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A vida venceu a morte!

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Academic year: 2022

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DOMINGO DA PÁSCOA NA RESSURREIÇÃO DO SENHOR - 05 DE ABRIL DE 2015

A vida venceu a morte!

Leituras: Atos dos Apóstolos 10, 34a. 37-43; Salmo 117 (118); Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 5, 6b-8; João 20, 1-9 ou, nas Missas vespertinas Lucas 24, 13-35. Na Missa do Dia pode-se também proclamar o Evangelho da Vigília Pascal (Mc 16, 1-7). Por estarmos no Ano B, conduzidos por Marcos, sugerimos que seja feita esta escolha pelo evangelista do ano.

COR LITÚRGICA: BRANCA OU DOURADA (Que o Círio Pascal seja o grande sinal deste Tempo Pascal)

Animador: "O Senhor ressuscitou, aleluia". A liturgia do Domingo de Páscoa é passagem da morte para a vida, pois celebramos de maneira eminente a Ressurreição do Senhor. Neste momento vivemos uma realidade passada e ao mesmo tempo presente e atual: vencida a morte, celebra-se a vida, Jesus Cristo, o Cordeiro imolado, tirou o pecado do mundo: morrendo destruiu a morte, ressurgindo deu-nos nova vida. O mundo exulta. A mão do Senhor, que pousou sobre Cristo, pousa agora sobre nós. O que realizou em Cristo realiza em nós: faz-nos viver. Hoje é um imenso dia. É o dia eterno: “estou sempre contigo”.

1. Situando-nos

O Senhor ressurgiu! Aleluia! É Páscoa! Festa da vida que venceu a morte. Neste domingo da Páscoa (primeiro dia da semana), transbordando de alegria pascal, celebramos a Ressurreição do Senhor, renovados pelo Espírito, ressuscitamos também na luz da vida nova.

Depois de termo vivido quarenta dias de Quaresma, sem cantar Aleluia, neste domingo de Ressurreição, com todos os nossos irmãos e irmãs, somos convocados a proclamar com alegria: “Aleluia, O Senhor Ressuscitou, Aleluia!”

Nossa fé na Ressurreição e Jesus, causa de nossa esperança, baseia-se na fé dos primeiros discípulos de Jesus que reconheceram o Crucificado-Ressuscitado! Embora ninguém tenha visto sua ressurreição, o agir ressuscitador de Deus atua no silêncio, segredo e na intimidade de seu seio regenerador. A comunidade cristã percebeu e compreendeu, aos poucos, no encontro com O Senhor e pela ação do Espírito, que seu Mestre tinha ressuscitado e continuava vivo nomeio dele.

A fé no Ressuscitado nos impulsiona a ir ao encontro dos crucificados de hoje para partilhar com eles a Boa-Nova de que Deus está vivo e no meio de nós, ressuscitando, libertando da morte e fazendo uma nova criação.

2. Recordando a Palavra

O Evangelho da Ressurreição de Jesus Cristo (Cf. Mc 16, 1-7) começa referindo o caminho das mulheres

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mas encontram-no aberto e vazio. Um anjo majestoso diz-lhes: “Não vos assusteis!” (Mc 16,6). E ordena- lhes que levem esta notícia aos discípulos: “Ele não está aqui... Ele irá à vossa frente na Galileia”. As mulheres se assustam, mas confiam. “Não temais”: essa é a voz que encoraja a abrir o coração para abrir para receber este anúncio.

Depois da morte do Mestre, os discípulos tinham-se dispersados; tudo parecia ter acabado: desabadas asa certezas, apagadas as esperanças. Mas agora, aquele anúncio das mulheres, embora incrível, chegava como um raio de luz na escuridão. A notícia espalha-se: Jesus ressuscitou, como predissera. E de igual modo a ordem de partir para a Galileia; duas vezes a ouviram as mulheres, primeiro do anjo, depois do próprio Jesus: “Partam para a Galileia. Lá Me verão”. “Não temais” e “ide para a Galileia”.

A Galileia é o lugar da primeira chamada, onde tudo começara! Trata-se de voltar lá, voltar ao lugar da primeira chamada. Jesus passara pela margem do lago, enquanto os pescadores estavam consertar as redes. Chamara-os “e eles, deixando tudo, seguiram-No” (Cf. Mt 4, 18-22).

“Cristo, o nosso cordeiro pascal, foi imolado” (1Cor 5,7): ressoa hoje esta exclamação de Paulo que ouvimos na segunda leitura, tirada , da primeira Carta aos Coríntios. É um teto que remonta apenas há uns vinte anos depois da morte e Ressurreição de Jesus e no entanto – como é típico de certas expressões paulinas – já encerra, numa síntese admirável, a plena consciência da novidade cristã. Aqui, o símbolo central da história da salvação – o cordeiro pascal – é identificado em Jesus, chamado precisamente “o nosso cordeiro pascal”.

A Páscoa hebraica, memorial da libertação da escravidão do Egito, previa anualmente o rito da imolação do cordeiro, um cordeiro por família, segundo a prescrição de Moisés. Na sua paixão e morte, Jesus revela-e como o Cordeiro de Deus “imolado” na cruz para tirar os pecados do mundo. Foi morto precisamente na hora em que era costume imolar os cordeiros no Templo de Jerusalém. O sentido deste seu sacrifício tinha- o antecipado Ele mesmo durante a Última Ceia, substituindo-Se – sob os sinais do pão e do vinho – aos alimentos rituais da refeição na Páscoa hebraica. Podemos assim afirmar com verdade que Jesus levou a cumprimento a tradição da antiga Páscoa e transformou-a na sua Páscoa.

A partir deste novo significado da festa pascal, compreende-se também a interpretação dos “ázimos” dada por Paulo. O Apóstolo refere-se a um antigo costume hebraico, segundo o qual, por ocasião da Páscoa, era preciso eliminar de casa todo e qualquer resto de pão fermentado. Por um lado, isto constituía uma recordação do que tinha acontecido aos seus antepassados no momento da fuga do Egito: saindo à pressa do país, tinham levado consigo apenas fogaças não fermentadas. Mas, por outro, “os ázimos” eram símbolo de purificação: eliminar o que era velho para dar espaço ao novo.

Agora, explica Paulo, também esta antiga tradição adquire um sentido novo, precisamente a partir do no

“êxodo” que é a passagem de Jesus da morte à vida eterna. E dado que Cristo, como verdadeiro Cordeiro, sacrificou-Se por nós, também nós, seus discípulos – graças a Ele e por meio d’Ele -, podemos e devemos ser “nova massa”, “pães ázimos”, livres de qualquer resíduo do velho fermento do pecado: nada de malicia ou perversidade no nosso coração (Cf. Papa Bento XVI, homilia no dia da Páscoa, 2009)

3. Atualizando a Palavra

“Celebremos, pois, a festa (...) com os pães ázimos da pureza e da verdade”. Amados irmãos e irmãs, acolhamos o convite do Apóstolo; abramos o espírito ao Cristo morto e ressuscitado para que nos renove, para que elimine do nosso coração o veneno do pecado e da morte e nele infunda a seiva vital do Espírito Santo: a vida divina e eterna.

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Na Sequencia Pascal, como que respondendo às palavras do Apóstolo, cantamos: “Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos”. Sim! Isto e precisamente o núcleo fundamental da nossa profissão de fé; é o grito de vitória que hoje nos une a todos. E se Jesus ressuscitou e, por conseguinte, está vivo, quem poderá separar-nos d’Ele? Quem poderá privar-nos do seu amor, que venceu o ódio e derrotou a morte?

O anúncio da Páscoa propaga-se pelo mundo com o cântico jubiloso do Aleluia. Cantemo-lo com os lábios:

Cantemo-lo sobretudo com o coração e com a vida: com um estilo “ázimo” de vida, isto é, simples, humilde e fecundo de obras boas. “Ressuscitou Cristo, minha esperança/precede-vos na Galileia”. O Ressuscitado precede-nos e acompanha-nos pelas estradas do mundo. É Ele a nossa esperança, é Ele a verdadeira paz do mundo.

Voltar à Galileia significa reler tudo a partir da cruz e da vitória: sem medo, “não temais”. Reler tudo – a pregação, os milagres, a nova comunidade, os entusiasmos e as deserções, até a traição – reler tudo a partir do fim, que é um novo início, a partir deste supremo ato de amor.

Também para cada um de nós há uma “Galileia”, no princípio do caminho com Jesus. “Partir para a Galileia” significa uma coisa estupenda, significa redescobrirmos o nosso Batismo como fonte viva, tirarmos energia nova da raiz da nossa fé e da nossa experiência cristã. Voltar para a Galileia significa antes de tudo retornar lá, aquele ponto incandescente onde a Graça de Deus me tocou no início do caminho. É desta fagulha que posso acender o fogo para o dia de hoje, para cada dia, e levar calor e luz aos meus irmãos e às minhas irmãs. A partir daquela fagulha, acende-se uma alegria humilde, uma alegria que no ofende o sofrimento e o desespero, uma alegria mansa e bondosa.

Na vida do cristão, depois do Batismo, há também outra “Galileia”, uma Galileia mais existencial: a experiência do encontro pessoal com Jesus Cristo, que me chamou para segui-Lo e participar da sua missão. Neste sentido, voltar à Galileia significa guardar o coração a memória viva desta chamada, quando Jesus passou pela minha estrada, olhou-me com misericórdia, pediu-me para segui-Lo; voltar para Galileia significa recuperar a lembrança daquele momento em que os olhos d’Ele se cruzaram com os meus, quando me fez sentir que me amava.

Hoje, neste domingo, cada um de nós pode interrogar-se: Qual é a minha Galileia? Trata-se de fazer memória, ir ao encontro da lembrança. Ode é aminha Galileia? Lembro-me dela? Ou a esqueci? Procura e a encontrarás! Ali o Senhor te espera. Andei por estradas e sendas que me fizeram esquecer. Senhor, ajudai- me! Dizei-me qual é a minha Galileia. Como sabeis, eu quero voltar lá para encontrar-Vos e deixar-me abraçar pela vossa misericórdia. Não tenhais medo, não temais, voltai para a Galileia!

O Evangelho é claro: é preciso voltar lá, para ver Jesus ressuscitado e tornar-se testemunha da sua Ressurreição. Não é voltar atrás, não nostalgia. É voltar ao primeiro amor, para receber o fogo que Jesus acendeu no mundo, e levá-lo a todos, até os confins da terra. Voltai para a Galileia sem medo. “Galileia dos gentios” (Mt 4, 15; Is 8,23): horizonte do Ressuscitado, horizonte da Igreja; desejo intenso de encontro.

Ponhamo-nos a caminho.

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica

A Eucaristia é o sacramento da Páscoa, isto é, da morte e Ressurreição de Jesus Cristo, que o Espírito Santo atualiza na Igreja, em memória de Jesus Cristo ressuscitado. O Cristo nossa Páscoa, morreu como um Cordeiro. Seu corpo é nossa oferta, Pão vivo e verdadeiro.

Graças à morte e à Ressurreição de Cristo, também nós, hoje, ressurgimos para uma vida nova e, unindo a nossa voz à do Ressuscitado proclamamos o desejo de permanecer em comunhão para sempre com Deus,

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nosso Pai infinitamente bom e misericordioso. Deste modo, mergulharmos na profundidade do mistério pascal.

Como discípulos missionários do Senhor, a exemplo de Maria Madalena e dos Apóstolos Pedro e João diante do túmulo vazio, nos tornemos testemunhas da ressurreição e experimentemos sua presença de Ressuscitado na pessoa de cada irmão, na comunidade reunida na fé, na Palavra de Deus proclamada e no Pão e Vinho partilhados.

Oração da Assembleia

Presidente: Reunidos na alegria da celebração da Páscoa do Senhor, elevemos nossas preces ao Pai.

1. Senhor, que nos concedeis a alegria de celebrar a Ressurreição de teu Filho Jesus, dai que tua Igreja seja fermento de vida nova e plena em nosso mundo. Peçamos:

Todos: Deus da vida, concedei-nos vida em plenitude!

2. Senhor, que nos concedei a alegria de celebrar a Ressurreição de teu Filho Jesus, abri os corações de nossos governantes, a fim de que possam sempre colaborar com a saúde corporal e espiritual do nosso povo. Peçamos:

3. Senhor, que nos concedei a alegria de celebrar a Ressurreição de teu Filho Jesus, ajudai aqueles que sofrem a construir vida nova sobre a “pedra viva”, que é o próprio Cristo. Peçamos:

4. Senhor, que nos concedei a alegria de celebrar a Ressurreição de teu Filho Jesus, fazei que nossa comunidade, como as mulheres e os apóstolos, seja testemunha da ressurreição. Peçamos:

(Outras intenções)

Presidente: Colocamos diante de Ti as nossas súplicas que demonstram nossa disposição de fermentar a sociedade com a vida nova e plena que vem da ressurreição de Jesus. Vinde em socorro de nossa fraqueza, para que possamos corresponder com um testemunho vivo e eficaz. Por Cristo nosso Senhor.

Todos: Amém!

III. LITURGIA EUCARÍSTICA Oração sobre as oferendas:

Oremos: Transbordando de alegria pascal, nós vos oferecemos, ó Deus, o sacrifício pelo qual a vossa Igreja maravilhosamente renasce e se alimenta. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

Oração depois da Comunhão

Oremos: Guardai, ó Deus, a vossa Igreja sob a vossa constante proteção para que, renovados pelos sacramentos pascais, cheguemos à luz da ressurreição. Por Cristo, nosso Senhor!

Todos: Amém.

BÊNÇÃO E DESPEDIDA:

Presidente: O Senhor esteja convosco. Aleluia. Aleluia.

Todos: Ele está no meio de nós. Aleluia. Aleluia.

Presidente: Abençoe-vos o Deus todo-poderoso nesta solenidade da Páscoa, cheio de misericórdia vos defenda de todo o perigo do pecado. Aleluia. Aleluia.

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Todos: Amém. Aleluia. Aleluia.

Presidente: E aquele que na ressurreição do seu Unigênito vos restaura para a vida eterna vos cumule com os prêmios da imortalidade. Aleluia. Aleluia.

Todos: Amém. Aleluia. Aleluia.

Presidente: E vós terminados os dias da Paixão do Senhor, celebrais as festas da Páscoa, possais chegar àquele festim que se soleniza em gozos eternos. Aleluia. Aleluia.

Todos: Amém. Aleluia. Aleluia.

Presidente: A benção de Deus todo-poderoso Pai e Filho + e Espírito Santo desça sobre vós e permaneça para sempre. Aleluia. Aleluia.

Todos: Amém. Aleluia. Aleluia.

Presidente: Levai a todos alegria de Cristo Ressuscitado, ide em paz e o Senhor vos acompanhe.

Todos: Graças a Deus. Aleluia. Aleluia.

MENSAGEM DE PÁSCOA

Cristo deu-se a reconhecer no partir do pão. Que sejamos comunidades verdadeiramente eucarísticas, encontrando em sua celebração a plenitude do que somos chamados a fazer: viver concreta e testemunhalmente o amor, como autênticos discípulos e missionários do Mestre, para que N´Ele todos tenham vida em abundância. Assim encontraremos nossa verdadeira vocação, perdida pelo velho Adão, mas restaurada no Cristo que morreu e verdadeiramente ressuscitou.

Somos testemunhas de tudo isso. Nunca nos devemos cansar de espalhar por todo o mundo esta notícia:

Cristo venceu o pecado e a morte! Sejamos fiéis, contando com a intercessão de nossa Excelsa Padroeira Diocesana, Nossa Senhora das Dores. Na pessoa do discípulo amado, Ele nos entregou a Ela e pediu que a acolhêssemos como Mãe.

Enfim, que sejamos, a exemplo de Maria, perseverantes no seguimento de Jesus Cristo até o fim. Que ela olhe por toda nossa Igreja, pelo Santo Padre o Papa, que me confiou esta porção do Povo de Deus, que é a diocese de Limeira, por nossos padres, diáconos, seminaristas, religiosos(as) e por todo o povo, que faz desta uma diocese viva, dinâmica e unida. Viva Jesus Cristo Ressuscitado, pois Ele é a nossa paz!

Limeira, 04 de abril de 2015.

+ Dom Vilson Dias de Oliveira, DC Bispo Diocesano de Limeira, SP

Referências

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