ENCONTRO TEMÁTICO
VIOLÊNCIA E SAÚDE
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VIOLÊNCIA E SAÚDE
RELATO DE UM EXPERIÊNCIA
Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro
Coordenação da Área Programática 3.1/
Grupo de Apoio Técnico/ Estratégia de Saúde da Família
anareisdemello@yahoo.com.br
Secretaria Municipal de Saúde
Rio de Janeiro/RJ
Áreas Programáticas
AP 3.1
AP 5.1
AP 3.3
AP 1
935.947 hab
.
867.788 hab.
AP 5.1
AP 4
AP5.2
AP 2.2
AP 3.2
AP 1
AP 2.1
AP 5.3
319.826 hab
.
607.058 hab
.
669.800 hab
.
708.780 hab.
935.947 hab
.
365.832 hab.
564.279 hab.
265.648 hab.
632.293 hab.
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, Censo Demográfico 2000 e estimativas
IPP - 2002
População total:6.022.019 hab
População IDH > 0,84: 3.552.983 hab (60,65%)
AP 3.1 - População Absoluta por Subsistema*
Subsistema Ilha
216.008 hab.
216.008 hab.
(24,76%)
(24,76%)
383.169 hab.
383.169 hab.
(43,92%)
(43,92%)
Total da AP 3.1= 872.453 hab
.
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*Fonte:Censos Demográficos de IBGE (1991 e 2001) e Estimativas do IPPDIG
Subsistema Ilha
Subsistema
Leopoldina
Norte
Subsistema
Leopoldina Sul
273.276 hab.
273.276 hab.
(31,32%)
(31,32%)
AP 3.1
AP 3.1 -- MALHA VIÁRIA
MALHA VIÁRIA
Caxias
Caxias
Linha vermelha
Linha vermelha
Washington Luís
Washington Luís
Presid.Dutra
Presid.Dutra
Av. Brasil
Av. Brasil
Cordovil
Cordovil
Vigário Geral
Vigário Geral
Parada de Lucas
Parada de Lucas
Brás de Pina
Brás de Pina
AP 3.3
AP 3.3
18,2 km
18,2 km
12
,5
km
12
,5
km
Estrada do Galeão
Estrada do Galeão
Linha Amarela
Linha Amarela
Linha vermelha
Linha vermelha
Manguinhos
Manguinhos
Bonsucesso
Bonsucesso
Ramos
Ramos
Olaria
Olaria
Penha
Penha
Penha Circular
Penha Circular
Brás de Pina
Brás de Pina
AP 3.2
AP 3.2
AP 3.3
AP 3.3
0
0
5 km
5 km
12
,5
km
12
,5
km
Jardim
Jardim
América
América
Vigário
Vigário
Geral
Geral
((
Parada de
Parada de
Lucas
Lucas
Cordovil
Cordovil
Brás
Brás
Penha
Penha
Galeão
Galeão
Jardim
Jardim
Guanabara
Guanabara
Portuguesa
Portuguesa Moneró
Moneró
Freguesia
Freguesia
Zumbi
Zumbi
Pitangueira
Pitangueira
Praia da Bandeira
Praia da Bandeira
Cocotá
Cocotá
Bancários
Bancários
Jardim Carioca
Jardim Carioca
Tauá
Tauá
COMUNIDADES
Manguinhos
Manguinhos
Bonsucesso
Bonsucesso
Ramos
Ramos
Maré
Maré
C. Alemão
C. Alemão
Brás
Brás
De Pina
De Pina
Penha Circular
Penha Circular
Penha
Penha
(72.917)
(72.917)
Olaria
Olaria
(62.809)
(62.809)
C.Universitária
C.Universitária
Guanabara
Guanabara
Ribeira
Ribeira
Cacuia
Cacuia
Apresentação
O Encontro Temático - Violência e Saúde reuniu:
n
dois profissionais de cada uma das 49 equipes de
Saúde da Família e das 5 equipes do Programa de
Agentes Comunitários de Saúde.
Agentes Comunitários de Saúde.
n
supervisores do Grupo de Apoio Técnico da Estratégia
de Saúde da Família(GAT/ESF) e Saúde Mental.
n
residentes e docentes do Curso de Especialização
multiprofissional, nos moldes de residência, em Saúde
da Família ( SMS/ENSP/MS).
n
representantes da coordenação de saúde da
A abordagem do tema
n
O Encontro Temático é uma experiência de debate
coletivo e contribuiu para uma melhor percepção dos
aspectos relacionados à violência no território em 2007.
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n
Esta ferramenta estimula a construção de abordagens a
Objetivo
n
Potencializar os profissionais para a percepção,
discussão e construção conjunta do manejo de
situações de violência no território.
Metodologia
n
Atividades Preliminares ao Encontro Temático: leituras,
filme, questionário(ficha de inscrição).
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n
Encontro Temático: grupos de trabalho, dinâmica de
estudo de casos,construção de projeto terapêutico e
apresentação dos grupos.
Atividades Preliminares
n
oficinas mensais de leitura nas equipes sobre o tema
n
exibição e debate de filme
n
resposta à duas questões norteadoras ( ficha de
inscrição):
inscrição):
- No seu território, em qual ciclo de vida (criança,
adolescente, jovem, adulto, idoso) a equipe reconhece
mais fatores de risco para violência?
- Quais dificuldades e possibilidades que a equipe
O Encontro Temático
n
Oito grupos de trabalho: dinâmica de apresentação,
escolha de um coordenador e um relator.
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n
Apresentação da cartografia Violência e Saúde da
A.P.3.1., construída com as respostas das questões
norteadoras enviadas pelos participantes, com o ciclo de
vida identificado pelas equipes com mais fatores de
risco para violência:adolescente e adulto jovem e as
dificuldades e possibilidades encontradas pelas equipes
no trabalho.
n
O facilitador recebe a cartografia e com o auxílio destas
frases o grupo identifica na sua comunidade uma
situação de violência com adolescente/adulto jovem e
elabora a construção conjunta de um projeto terapêutico
para o caso.
para o caso.
Cartografia da Violência e Saúde –
Código de silêncio
Dificuldades Possibilidades
n
“Quando se é morador e profissional,
tudo fica mais difícil.Pois não podemos
falar de certas coisas.Para não se
prejudicar enquanto morador.”
n
“É fazer a comunidade falar sobre este
assunto que tanto incomoda. No
nosso território as pessoas não
querem discutir essa “ferida” e já
acham que o contexto da violência é
normal e além disso, o morador tem
n
“Quando a pessoa está sendo
vítima da violência nos procura não
como morador,mas como
profissional.Nós temos sempre uma
solução ou quase uma para
tentarmos pelo menos amenizar um
pouco.”
n
“Melhor forma de tratar este tema é
agindo de forma indireta,através de
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acham que o contexto da violência é
normal e além disso, o morador tem
muito medo de tocar nesse assunto,
pois acha que isso pode fazê-lo se
comprometer com o poder paralelo.”
n
“O ciclo de violência dentro da
comunidade.”
n
“Alguns assuntos são proibidos na
comunidade.”
n
“Há necessidade do silêncio em
relação ao quê e a quem provoca a
violência.”
n
“Não fazer visitas a algumas casas.”
agindo de forma indireta,através de
parcerias para incentivo ao esporte
e atividades educacionais e grupos
que ensinem ocupações
profissionalizantes.”
n
“A tentativa constante de
coexistência pacífica com os fatores
provocadores da violência.”
Cartografia da Violência e Saúde –
Violência explicitada
Dificuldades Possibilidades
n
“Violência externa da comunidade
gerando intenso convívio com a força
paralela e todos malefícios que ela
traz.”
n
“O tráfico de drogas...grupo fechado
que não aceita aproximação da
equipe.”
n
“Nenhuma, não tem tráfico.”
n
“Fazer reuniões mensais com a
comunidade.”
n
“Formação de pequenos grupos por
microárea com vários temas com
participação dos residentes de Saúde
da Família”
n
“Nenhuma, não tem tráfico.”
n
“Fazer a população entender que a
violência não é só tiro e polícia.”
n
“Acesso ao módulo após violência
Cartografia da Violência e Saúde –
Família
Dificuldades Possibilidades
n
“Falta de abertura para falar no
assunto e despertar o interesse das
famílias para esta discussão.”
n
“Conflito entre familiares.”
n
“Sentimento de estar invadindo a
privacidade/autoridade familiar.”
n
“Chefe de família, a mãe, que na
maioria das vezes não encontramos
em casa, por estar trabalhando.”
n
“Reunir famílias para a discussão que
abordaria as causas,conseqüências e
soluções para o fim ou a redução da
violência familiar.”
n
“Mural abordando o tema violência
infantil ( imagens com intuito de
sensibilizar a população).”
n
“Acompanhamento das famílias que
temos o conhecimento acerca da
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em casa, por estar trabalhando.”
n
“Filhos de pais diferentes.”
n
“Falta de perspectiva de vida,
“facilidade” de dinheiro rápido vindo do
tráfico associada à dificuldade
financeira da família.”
n
“Diversas mães com pouca idade
gerando muitas vezes o despreparo
para o cuidado e o vínculo afetivo,
assim como aprivação dos direitos das
mesmas.”
n
“Ausência de referência paterna
.”
temos o conhecimento acerca da
violência.”
n
“Grupos de mães com ênfase nas
Cartografia da Violência e Saúde –
Ciclo de Vida
Dificuldades Possibilidades
n
“As dificuldades são as envolvidas no
nosso próprio conceito sobre a vida.As
barreiras e preconceitos que trazemos
da nossa própria vivência.”
n
“Os adolescentes não tem uma
participação ativa nos encontros,não
procuram para tirar possíveis dúvidas,
quando chega até nós é porque já tem
um problema instalado.”
n
“Trabalho educativo intenso junto com
a comunidade.”
n
“Para conseguir alcançar estes grupos
(Jovens e adolescentes), temos que ir
às escolas ou em locais onde eles se
reúnem.”
n
“Oficina para os adolescentes através
de parceiros sociais, grupos e rodas
sobre a violência.”
um problema instalado.”
n
“Os jovens, principalmente homens,
são trabalhadores o que dificulta,
devido ao horário,o nosso encontro
com eles.”
n
“Difícil acesso ao jovem em razão da
influência do tráfico.”
n
“Valorização social da coragem=uso
de armas.”
n
“A facilidade de se envolver com o
poder paralelo.”
sobre a violência.”
n
“Envolver a família no cuidado.”
n
“Tentar sensibilizar no sentido de se
ter alguma qualidade de vida através
de encontros contínuos com estes
jovens.”
n
“Trabalho em equipe com seus
familiares é papel
importante,levantando a auto-estima
deles e de seus familiares.”
Apresentação dos grupos
n
Foram apresentados os casos assim discriminados:
-
Violência intrafamiliar: 2 com violência física e 2 de abuso sexual
(pai e padrasto / adolescente).
-
Violência urbana: muitos adolescentes envolvidos com tráfico de
drogas. Assassinatos de jovens.
-
Prostituição /DST de meninas na pré-adolescência.
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-
Prostituição /DST de meninas na pré-adolescência.
n
Dificuldade de acesso da equipe de saúde da família a esse jovem.
n
Dificuldade pelos agentes comunitários de saúde de falar sobre
violência urbana já que residem nestas áreas de vulnerabilidade
social e também estão expostos à violência local.
n
Dificuldade das famílias falarem sobre violência intrafamiliar e
Considerações finais - observação
participante e avaliação escrita
n
Os profissionais buscam encontrar uma coexistência
pacífica com os fatores geradores de violência que
permitam a continuidade do trabalho sem paralisar
diante de tais agravos.
n
As possibilidades discutidas e construídas de forma
conjunta no Encontro Temático,quando continuadas em
reuniões regulares das equipes com a comunidade, com
as famílias e escolas, apresentam-se como uma
ferramenta imprescindível para o manejo e parcerias na
abordagem a violência
.
n
A observação das atividades constatou:
- a circulação da palavra,
- a apresentação de situações verídicas de violência
com a construção de propostas de enfrentamento,
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com a construção de propostas de enfrentamento,
- que os profissionais puderam se apropriar um pouco
mais do tema e assim serem facilitadores da discussão
com suas equipes.
n
A avaliação escrita dos participantes ao final do
encontro confirmaram a eficácia da metodologia e do
tema escolhido: ”abordagem estimulante e motivadora”,
“construtivo”, “dinâmico”, “informativo” e “interativo”.
n
Os depoimentos valorizaram a importância dos espaços
coletivos e democráticos de discussão para se
Conclusão
O trabalho de temas complexos através de uma
metodologia diversificada porém com um elo central, o
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