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TAREFA DA SEMANA DE 28 DE ABRIL A 02 DE MAIO

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TAREFA DA SEMANA DE 28 DE ABRIL A 02 DE MAIO

PORTUGUÊS – 2ª SÉRIE TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

O tempo em que o mundo tinha a nossa idade

5Nesse entretempo, ele nos chamava para escutarmos seus imprevistos improvisos. 1As estórias dele faziam o nosso lugarzinho crescer até ficar maior que o mundo. Nenhuma narração tinha fim, o sono lhe apagava a boca antes do desfecho. 9Éramos nós que recolhíamos seu corpo dorminhoso.

6Não lhe deitávamos dentro da casa: ele sempre recusara cama feita. 10Seu conceito era que a morte nos apanha deitados sobre a moleza de uma esteira. Leito dele era o puro chão, lugar onde a chuva também gosta de deitar. Nós simplesmente lhe encostávamos na parede da casa. Ali ficava até de manhã. Lhe encontrávamos coberto de formigas. Parece que os insetos gostavam do suor docicado do velho Taímo. 7Ele nem sentia o corrupio do formigueiro em sua pele.

− Chiças: transpiro mais que palmeira!

Proferia tontices enquanto ia acordando. 8Nós lhe sacudíamos os infatigáveis bichos. Taímo nos sacudia a nós, incomodado por lhe dedicarmos cuidados.

2Meu pai sofria de sonhos, saía pela noite de olhos transabertos. Como dormia fora, nem dávamos conta. Minha mãe, manhã seguinte, é que nos convocava:

− Venham: papá teve um sonho!

3E nos juntávamos, todos completos, para escutar as verdades que lhe tinham sido reveladas.

Taímo recebia notícia do futuro por via dos antepassados. Dizia tantas previsões que nem havia tempo de provar nenhuma. Eu me perguntava sobre a verdade daquelas visões do velho, estorinhador como ele era.

− Nem duvidem, avisava mamã, suspeitando-nos.

E assim seguia nossa criancice, tempos afora. 4Nesses anos ainda tudo tinha sentido: a razão deste mundo estava num outro mundo inexplicável. 11Os mais velhos faziam a ponte entre esses dois mundos. (...)

Mia Couto Terra sonâmbula. São Paulo, Cia das Letras, 2007.

1. Este texto é uma narrativa ficcional que se refere à própria ficção, o que caracteriza uma espécie de metalinguagem.

A metalinguagem está melhor explicitada no seguinte trecho:

a) As estórias dele faziam o nosso lugarzinho crescer até ficar maior que o mundo. (ref. 1) b) Meu pai sofria de sonhos, saía pela noite de olhos transabertos. (ref. 2)

c) E nos juntávamos, todos completos, para escutar as verdades que lhe tinham sido reveladas. (ref. 3) d) Nesses anos ainda tudo tinha sentido: (ref. 4)

2. Futebol: “A rebeldia é que muda o mundo”

(2)

Conheça a história de Afonsinho, o primeiro jogador do futebol brasileiro a derrotar a cartolagem e a conquistar o Passe Livre, há exatos 40 anos

Pelé estava se aposentando pra valer pela primeira vez, então com a camisa do Santos (porque depois voltaria a atuar pelo New York Cosmos, dos Estados Unidos), em 1972, quando foi questionado se, finalmente, sentia-se um homem livre. O Rei respondeu sem titubear:

— Homem livre no futebol só conheço um: o Afonsinho. Este sim pode dizer, usando as suas palavras, que deu o grito de independência ou morte. Ninguém mais. O resto é conversa.

Apesar de suas declarações serem motivo de chacota por parte da mídia futebolística e até dos torcedores brasileiros, o Atleta do Século acertou. E provavelmente acertaria novamente hoje.

Pela admiração por um de seus colegas de clube daquele ano. Pelo reconhecimento do caráter e personalidade de um dos jogadores mais contestadores do futebol nacional. E principalmente em razão da história de luta — e vitória — de Afonsinho sobre os cartolas.

ANDREUCCI, R. Disponível em: http://carosamigos.terra.com.br. Acesso em: 19 ago. 2011.

O autor utiliza marcas linguísticas que dão ao texto um caráter informal. Uma dessas marcas é identificada em:

a) “[...] o Atleta do Século acertou.”

b) “O Rei respondeu sem titubear [...]”.

c) “E provavelmente acertaria novamente hoje.”

d) “Pelé estava se aposentando pra valer pela primeira vez [...]”.

e) “Pela admiração por um de seus colegas de clube daquele ano.”

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Leia o seguinte trecho de uma entrevista concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa:

Entrevistador: - O protagonismo do STF dos últimos tempos tem usurpado as funções do Congresso?

Entrevistado: - Temos uma Constituição muito boa, mas excessivamente detalhista, com um número imenso de dispositivos e, por isso, suscetível a fomentar interpretações e toda sorte de litígios. Também temos um sistema de jurisdição constitucional, talvez único no mundo, com um rol enorme de agentes e instituições dotadas da prerrogativa ou de competência para trazer questões ao Supremo. É um leque considerável de interesses, de visões, que acaba causando a intervenção do STF nas mais diversas questões, nas mais diferentes áreas, inclusive dando margem a esse tipo de acusação. Nossas decisões não deveriam passar de duzentas, trezentas por ano. Hoje, são analisados cinquenta mil, sessenta mil processos. É uma insanidade.

Veja, 15/06/2011.

3. No trecho “dotadas da prerrogativa ou de competência”, a presença de artigo antes do primeiro substantivo e a sua ausência antes do segundo fazem que o sentido de cada um desses substantivos seja, respectivamente,

a) figurado e próprio.

b) abstrato e concreto.

c) específico e genérico.

d) técnico e comum.

e) lato e estrito.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Chove chuva, chove sem parar

O óbvio, o esperado. Nos últimos dias, o comentário que teimou e bateu ponto em qualquer canto de Curitiba, principalmente nos botecos, foi um só:

– Mas que chuvarada, né?

(3)

De olho no nível das águas do pequeno riacho que passa junto à mansão da Vila Piroquinha, Natureza Morta procurou o lado bom de tanta chuva ininterrupta.

Concluiu que, pelo excesso de uso, dispositivo sempre operante, o tempo fez a alegria do pessoal que conserta limpador de para-brisa. Desse pessoal e, nem tanto, de quem vende guarda-chuva. Afinal, do jeito que a coisa andava, agravada pelo frio, a freguesia – de maneira compulsória – praticamente desapareceu das ruas.

(Gazeta do Povo, 02.08.2011.)

4. Analise as afirmações, com base na frase – Mas que chuvarada, né?

I. O termo chuvarada, conforme o sufixo que o compõe, indica chuva em grande quantidade, da mesma forma como ocorre com os substantivos papelada e criançada.

II. No contexto, o termo Mas deve ser entendido como um marcador de oralidade, sem valor adversativo.

III. A frase não é, de fato, uma pergunta, pois traz a constatação de uma situação vivida. Portanto, funciona com valor fático, principalmente.

Está correto o que se afirma em a) I, apenas.

b) III, apenas.

c) I e II, apenas.

d) II e III, apenas.

e) I, II e III.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:

O leão e a raposa

Um 11leão envelhecido, 1não podendo mais procurar alimento por sua própria conta, julgou que devia arranjar um jeito de fazer isso. E, então, foi a uma caverna, deitou-se e se fingiu de doente. Dessa forma, quando 8recebia a visita de outros 13animais, ele 4os pegava e 5os comia. Depois que muitas

14feras 6já tinham morrido, uma 12raposa, ciente da armadilha, parou a 9certa distância da caverna e perguntou ao leão como ele estava. Como ele 2respondesse: “Mal!” e lhe 3perguntasse 10por que ela não entrava, disse a raposa: “Ora, eu entraria 7se não visse marcas de muitos entrando, mas de ninguém saindo”.

Esopo - escritor grego do século VI a.C.

5. Assinale a alternativa correta.

a) O fragmento não podendo mais procurar alimento por sua própria conta (ref. 1) apresenta a causa da decisão assumida pelo leão.

b) A narrativa contém apenas discurso indireto, aquele em que o narrador faz uma paráfrase da fala dos personagens.

c) O uso do subjuntivo em respondesse (ref. 2) e perguntasse (ref. 3) denota a mesma ideia de hipótese presente em “O que você faria se ganhasse na loteria?”.

d) O pronome os (ref. 4 e 5), nas duas ocorrências, evidencia que a relação de coesão é estabelecida com elemento que será apresentado no texto apenas após os pronomes.

e) A partícula já (ref. 5) denota temporalidade relacionada exatamente a um momento presente, como em “Faça isso já, agora mesmo!”.

6. Assinale a alternativa correta.

a) É indiferente o emprego das grafias se não (ref. 7) ou “senão” para a formação dos sentidos textuais.

b) A forma verbal recebia (ref. 8) exprime um fato passado já concluído, anterior a outro fato também passado.

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c) A troca da posição da palavra certa (ref. 9) altera os sentidos: a uma certa distância / “a uma distância certa”.

d) O uso de por que (ref. 10) está de acordo com a norma culta, como em “Ele explicou novamente todos os exercícios por que os alunos pediram”.

e) As palavras leão (ref. 11) e raposa (ref. 12) apresentam sentido generalizado, enquanto animais (ref.

13) e feras (ref. 14) têm sentido mais específico.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Competição e individualismo excessivos ameaçam saúde dos trabalhadores Ideologia do individualismo

O novo cenário mundial do trabalho apresenta facetas como a da competição globalizada e a da ideologia do individualismo. A afirmação foi feita pelo professor da Universidade de Brasília (UnB) Mário César Ferreira, ao participar do seminário Trabalho em Debate: Crise e Oportunidades.

Segundo ele, pela primeira vez, há uma ligação direta entre trabalho e índices de suicídio, sobretudo na França, em função das mudanças focadas na ideia de excelência.

Fim da especialização

2“A configuração do mundo do trabalho é cada vez mais volátil”, disse o professor. Ele destacou ainda a crescente expansão do terceiro setor, do trabalho em domicílio e do trabalho feminino, bem como a exclusão de perfis como o de trabalhadores jovens e dos fortemente especializados. “As organizações preferem perfis polivalentes e multifuncionais.” Desta forma, a escolarização clássica do trabalhador amplia-se para a qualificação contínua, enquanto a ultraespecialização evolui para a multiespecialização.

Metamorfoses do trabalho

1Ele ressaltou que as “metamorfoses” no cenário do trabalho não são “indolores” para os que trabalham e provocam erros frequentes, retrabalho, danificação de máquinas e queda de produtividade.

3Outra grande consequência, de acordo com o professor, diz respeito à saúde dos trabalhadores, que leva à alta rotatividade nos postos de trabalho e aos casos de suicídio. 4“Trata-se de um cenário em que todos perdem, a sociedade, os governantes e, em particular, os trabalhadores”, avaliou.

Articulação entre econômico e social

Para a coordenadora da Diretoria de Cooperação e Desenvolvimento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Christiane Girard, a problemática das relações de trabalho envolve também uma questão: 5qual o tipo de desenvolvimento que nós, como cidadãos, queremos ter?

Segundo Christiane, é preciso “articular” o econômico e o social, como acontece na economia solidária.

“Ela é uma das alternativas que aparecem e precisa ser discutida. 6A resposta do trabalhador se manifesta por meio do estresse, de doenças diversas e do suicídio. A gente não se pergunta o suficiente sobre o peso da gestão do trabalho”, disse a representante do Ipea.

Adaptado de www.diariodasaude.com.br 7. Na coesão textual, os pronomes podem ser empregados para fazer a ligação entre o que está

sendo dito e o que foi enunciado anteriormente.

O pronome sublinhado que estabelece ligação com uma parte anterior do texto está na seguinte passagem:

a) “A configuração do mundo do trabalho é cada vez mais volátil” (ref. 2)

b) Outra grande consequência, de acordo com o professor, diz respeito à saúde dos trabalhadores, (ref. 3)

c) “Trata-se de um cenário em que todos perdem,” (ref. 4)

d) qual o tipo de desenvolvimento que nós, como cidadãos, queremos ter? (ref. 5)

(5)

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: As questões a seguir tomam por base um fragmento do livro Comunicação e folclore, de Luiz Beltrão (1918-1986).

O Bumba-Meu-Boi

Entre os autos populares conhecidos e praticados no Brasil – pastoril, fandango, chegança, reisado, congada, etc. – aquele em que melhor o povo exprime a sua crítica, aquele que tem maior conteúdo jornalístico, é, realmente, o bumba-meu-boi, ou simplesmente boi.

Para Renato Almeida, é o “bailado mais notável do Brasil, o folguedo brasileiro de maior significação estética e social”. Luís da Câmara Cascudo, por seu turno, observou a sua superioridade porque “enquanto os outros autos cristalizaram, imóveis, no elenco de outrora, o bumba-meu-boi é sempre atual, incluindo soluções modernas, figuras de agora, vocabulário, sensação, percepção contemporânea. Na época da escravidão mostrava os vaqueiros escravos vencendo pela inteligência, astúcia e cinismo. Chibateava a cupidez, a materialidade, o sensualismo de doutores, padres, delegados, fazendo-os cantar versinhos que eram confissões estertóricas. O capitão-do-mato, preador de escravos, assombro dos moleques, faz-sono dos negrinhos, vai ‘caçar’ os negros que fugiram, depois da morte do Boi, e em vez de trazê-los é trazido amarrado, humilhado, tremendo de medo. O valentão mestiço, capoeira, apanha pancada e é mais mofino que todos os mofinos. Imaginem a alegria negra, vendo e ouvindo essa sublimação aberta, franca, na porta da casa-grande de engenho ou no terreiro da fazenda, nos pátios das vilas, diante do adro da igreja! A figura dos padres, os padres do interior, vinha arrastada com a violência de um ajuste de contas. O doutor, o curioso, metido a entender de tudo, o delegado autoritário, valente com a patrulha e covarde sem ela, toda a galeria perpassa, expondo suas mazelas, vícios, manias, cacoetes, olhada por uma assistência onde estavam muitas vítimas dos personagens reais, ali subalternizados pela virulência do desabafo”.

Como algumas outras manifestações folclóricas, o bumba-meu- boi utiliza uma forma antiga, tradicional; entretanto, fá-la revestir-se de novos aspectos, atualiza o entrecho, recompõe a trama. Daí

“o interesse do tipo solidário que desperta nas camadas populares”, como o assinala Édison Carneiro.

Interesse que só pode manter-se porque o que no auto se apresenta não reflete apenas situações do passado, “mas porque têm importância para o futuro”. Com efeito, tendo por tema central a morte e a ressurreição do boi, “cerca-se de episódios acessórios, não essenciais, muito desligados da ação principal, que variam de região para região... em cada lugar, novos personagens são enxertados, aparentemente sem outro objetivo senão o de prolongar e variar a brincadeira”. Contudo, dentre esses personagens, os que representam as classes superiores são caricaturados, cobrindo-se de ridículo, o que torna “o folguedo, em si mesmo, uma reivindicação”.

Sílvio Romero recolheu os versos de um bumba-meu-boi, através dos quais se constata a intenção caricaturesca nos personagens do folguedo. Como o Padre, que recita:

Não sou padre, não sou nada

“Quem me ver estar dançando Não julgue que estou louco;

Secular sou como os outros”.

Ou como o Capitão-do-Mato que, dando com o negro Fidélis, vai prendê-lo:

“CAPITÃO – Eu te atiro, negro Eu te amarro, ladrão,

Eu te acabo, cão.”

Mas, ao contrário, quem vai sobre o Capitão e o amarra é o Fidélis:

“CORO – Capitão de campo Veja que o mundo virou Foi ao mato pegar negro Mas o negro lhe amarrou.

CAPITÃO – Sou valente afamado Como eu não pode haver Qualquer susto que me fazem Logo me ponho a correr”.

(Luiz Beltrão. Comunicação e folclore. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1971.)

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8. O capitão-do-mato, preador de escravos, assombro dos moleques, faz-sono dos negrinhos, vai

‘caçar’ os negros que fugiram (...)

Nesta passagem, levando-se em conta o contexto, a função sintática e o significado, verifica-se que faz- sono é

a) substantivo.

b) adjetivo.

c) verbo.

d) advérbio.

e) interjeição.

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