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em qualquer nação, o teme e faz o que é justo

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Academic year: 2022

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Há muito tempo atrás ganhei uma pequena Bíblia de presente. Foi em 1991 e ainda hoje eu A guardo, em lembrança ao querido casal que me presenteou. Eu infelizmente não convivo mais com eles, mas sei que andam com Deus e permanecem perseverantes nos caminhos do Senhor. Convivo mesmo com a saudade que tenho deles, mas assim é a vida, que de tempos em tempos é causa de “diásporas” (dispersões), fazendo com que cada um tome o seu rumo. Amém.

Contudo, carrego no coração (e nunca me esqueço de seus termos) a dedicatória, que com carinho veio posta na primeira página da Bíblia presenteada. Diz assim: “Aqui está o nosso ‘Manual do Fabricante’. Encontramos nossa origem, finalidade, problemas e soluções.

Não deixe o Caminho do Senhor. Ele te ama” (SIC). E tem ainda um versículo transcrito: “De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a Tua Palavra” (Sl. 119: 9). Eis aí, pois, a dedicatória.

Chamar a Bíblia de “Manual do Fabricante” é uma maneira bastante carinhosa de a Ela se referir. Nada há de mal nisso. E, de fato, diga-se de passagem, a Bíblia contém tudo o que precisamos saber para concretizarmos a vontade e os propósitos de Deus em nossas vidas, bem como em relação a todos que estão à nossa volta. Portanto, à vista do que foi dito, só nos resta afirmar que a Bíblia é realmente “O Manual do Fabricante”.

Veja-se, porém, que se a Bíblia é (como acima mencionado) “O Manual do Fabricante”, como aplicá-la a toda humanidade se não há no Mundo um ser humano sequer, igual a outro?

Como pode ter o mesmo “peso” e a mesma “medida” para todos, se não existem duas pessoas iguais? Como, com tanta diversidade humana na imensidão do Planeta, um só Livro pode intentar disciplinar e alcançar a todos?

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Não é novidade a ninguém que existem muitos povos e nações, com costumes diferentes entre si e as mais variadas tradições e línguas. Também não é desconhecido de ninguém o fato de que mesmo dentro de um país, há inúmeras diferenças entre as pessoas. Dentro das famílias, há por certo semelhanças, mas cada pessoa guarda a sua própria individualidade. Nem mesmo irmãos gêmeos são iguais, apesar da aparência.

Raças, credos, tradições, origens, costumes, inclinações, gostos, dons, talentos, virtudes, defeitos, classes sociais e o que mais se possa pensar, tudo isso nos leva a um só raciocínio (lógico): a conjugação de todas essas coisas, reunidas em diferentes medidas numa determinada pessoa, faz dela um ser único. E Deus sabe disso, afinal, Ele é o

“Fabricante”, que nos fez à Sua imagem e semelhança. Se alguém há que duvide disso, então leia Gênesis, Capítulo 1, versículo 26.

Mas Deus, determinando que assim fosse a coisa toda, de caso pensado agiu. Queria e quer que cada um de nós seja um ser único.

Quer que sejamos livres para adorá-Lo e nos diz como fazer isso pelas Sagradas Escrituras. Precisamos mesmo do “Manual do Fabricante” para aprendermos sobre a nossa essência e direcionarmos nossas vidas a Deus, por intermédio de Cristo Jesus. Há um modo certo de fazer essas coisas: o modo que Deus instituiu.

Deus, além do mais, é justo. Disso (acho) ninguém duvida. Assim é que a maior prova de que Deus fez a Bíblia para todos está no fato de que Ele, Deus, não faz acepção de pessoas. Disse o apóstolo Pedro, na ocasião em que discursou em Cesaréia de Filipe (cidade ao norte do Mar da Galiléia): “Na verdade reconheço que Deus não faz acepção de pessoas, mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo” (At. 10: 34 e 35). Se Deus fizesse acepção de pessoas, Ele certamente trataria de providenciar tantas Bíblias quantas fossem as diferenças dos homens. Mas há só uma Bíblia, para todos, indistintamente.

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Deus não olha as aparências. Por isso não importa a condição do ser humano que O procura, pois Ele a todos atende, sem acepção. A Bíblia contém as instruções para o homem buscar e encontrar a Deus. É a Lei Espiritual de Deus Pai, que dita as regras da existência e pós- existência de todas as pessoas, ainda que muitas sequer saibam disso e outras tantas nem se preocupem com isso. Mas uma coisa é certa: não há como fugir do regramento imposto por Deus, pela Bíblia. Ela faz (quem A lê e observa) com que tenhamos o Céu e a Terra em nossas mãos e coração.

Outro indicativo de que a Bíblia foi idealizada para toda a humanidade é a Soberania de Deus. O Senhor é Soberano. E isso é muito fácil de explicar. Deus é o Criador. Nós fomos criados por Ele à Sua imagem e semelhança. Ele é o Criador e nós as criaturas. Assim, se Deus é Soberano e Criador, não é Ele que deve se adequar ao homem, mas sim este em relação a Deus. E como se faz isso? Por intermédio do “Manual do Criador”: a Bíblia Sagrada.

“Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Dirá a coisa formada ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?” (Rm. 9: 21 e 22). Devemos mesmo reconhecer e declarar a Soberania de Deus e nossa eterna dependência Dele. Que seja essa a nossa oração: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obras das tuas mãos” (Is. 64: 8).

A Bíblia vem às nossas mãos pronta e acabada. É como se Deus nos desse uma “massa de pão” pronta e já modelada em várias porções, e dissesse que nossa parte seria tão somente assar e comer. Tal

“massa” não precisa de mais sal, farinha, ovos, açúcar e muito menos de fermento. Aliás, disse Jesus: “Olhai, guardai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes” (Mc. 8: 15). A “massa” está pronta, na medida certa, feita por Deus. Nada deve ser acrescentado ou subtraído.

A “receita” da “massa de pão” é perfeita. Contudo sempre há aqueles que acrescentam e/ou subtraem “ingredientes”. Esse é o

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pior erro que uma pessoa à frente de uma igreja pode cometer: o adultério à Palavra de Deus. O dever do homem é seguir à risca o conteúdo da Bíblia, com fervoroso zelo, sem “inventar moda”. Deus nos deu a Bíblia pronta; e Ela é perfeita, completa e absoluta.

Por certo as igrejas devem ter uma estrutura organizada.

Mas não raras vezes essa organização “invade” o espaço daquilo que é Doutrina Bíblica. A partir daí se instala a confusão. Algum “iluminado”

teve uma “visão”, de que as coisas devem ser feitas e conduzidas desta ou daquela maneira. E a Bíblia? Talvez esta seja a lamentável resposta: “Ora, a igreja está cheia, Deus está ‘abençoando’, o ministério está

‘prosperando’. Nós usamos a Bíblia, mas ao impormos certas regras (doutrinas e preceitos de homens) nós damos uma ‘ajudazinha’ a Deus.

Quem não estiver satisfeito, que procure outra igreja”. E o mais engraçado é que Deus não faz acepção de pessoas, mas certos líderes de igrejas...

Disse Jesus, citando o profeta Isaías: “Este povo honra- me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão, porém, me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Mc. 7:

6 e 7). A verdadeira e sã doutrina, que deve ser ensinada e pregada dos púlpitos ao povo de Deus, é tão somente aquela pautada no conteúdo da Bíblia Sagrada. E mais nada. Significa dizer com isso, também, que nem sempre Deus tem palavras agradáveis para nós. São sempre palavras de vida eterna, mas nem sempre, como dito, são agradáveis.

O “fermento dos fariseus”, nos nossos dias, são postos na

“massa” pelos que se dizem pastores e dirigentes de igrejas, que se intitulam “homens de Deus”, mas na verdade eles estão frequentemente deturpando a Palavra de Deus e pregando engano, criando heresias e fábulas, normalmente para agradar aos seus ouvintes. E quando pregam alguma coisa de acordo com a Bíblia, comumente estão pregando contra eles mesmos, se contradizendo.

Esses “digníssimos” líderes acrescentam “ingredientes”

na “massa de pão”, que Deus nos deu já pronta para imediato consumo.

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Isso implica dizer que essas pessoas estão por aí espalhando heresias e muitos, por desconhecerem as Escrituras, confiam neles e “embarcam” no

“barco”, que certamente vai “afundar”. Fadado que está ao insucesso, pode até demorar e ter aspecto de algo idôneo, mas um dia o “barco” certamente vai “naufragar”.

Disse certa vez Jesus, respondendo uma pergunta com outra: “Não errais vós em razão de não conhecerdes as Escrituras, nem o poder de Deus?” (Mc. 12: 24). Temos mesmo que dedicar tempo à leitura e ao estudo da Bíblia. Só desta maneira nos livramos dos enganos e dos enganadores. Não podemos acreditar imediatamente em tudo que ouvimos dos púlpitos. Antes temos de conferir tudo o que foi dito, para ver se está de acordo com a Palavra de Deus. Essa é a atitude correta e prudente a se adotar.

Em conclusão só podemos dizer que a Bíblia é, de fato e em verdade, “O Manual do Fabricante”. Ou “O Manual do Criador”. Deus criou o homem e, ao invés de a ele dizer: “se vira”, lhe deixou as Suas Benditas Instruções. Oro para que este texto nos sirva de estímulo, a fim de que todos se tornem leitores ávidos e profundos conhecedores da Palavra de Deus. Os erros só podem ser evitados a partir do conhecimento do inteiro teor e do conteúdo puro da Bíblia Sagrada. Termino, então, com uma advertência, extraída do nosso “Manual”: “Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus, porque já muitos falsos profetas têm surgido no mundo” (I Jo. 4: 1).

© Amor-Perfeito © Cr./2007

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