ESDE - Empresa
Santos Dumont
de Energia S.A.
Demonstrações contábeis intermediárias em 30 de junho de 2016ESDE - Empresa Santos Dumont de Energia S.A.
Demonstrações contábeis intermediárias em 30 de junho de 2016
Conteúdo
Relatório dos auditores independentes sobre a
revisão de informações contábeis intermediárias 3
Balanço patrimonial 5
Demonstração do resultado 6
Demonstração do resultado abrangente 7
Demonstração das mutações do patrimônio líquido 8
Demonstração dos fluxos de caixa 9
KPMG Auditores Independentes
Rua Arquiteto Olavo Redig de Campos, 105, 6º andar - Torre A 04711-904 - São Paulo/SP - Brasil
Caixa Postal 79518 - CEP 04707-970 - São Paulo/SP - Brasil Telefone 55 (11) 3940-1500, Fax 55 (11) 3940-1501
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Relatório dos auditores independentes sobre a
revisão de informações contábeis intermediárias
Aos
Acionistas, Conselheiros e Diretores da
ESDE - Empresa Santos Dumont de Energia S.A.
São Paulo - SP
Introdução
Revisamos as informações contábeis intermediárias, da ESDE - Empresa Santos Dumont de Energia S.A. (“Companhia”) referente ao semestre findo em 30 de junho de 2016, que compreendem o balanço patrimonial em 30 de junho de 2016, as respectivas
demonstrações do resultado e do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o período de seis meses findo naquela data, incluindo as notas explicativas.
A administração é responsável pela elaboração das informações contábeis intermediárias, de acordo com o CPC 21 (R1) - Demonstração Intermediária. Nossa responsabilidade é a de expressar uma conclusão sobre essas informações contábeis intermediárias com base em nossa revisão.
Alcance da revisão
Conduzimos nossa revisão de acordo com as normas brasileiras e internacionais de revisão de informações intermediárias (NBC TR 2410 - Revisão de Informações Intermediárias Executada pelo Auditor da Entidade e ISRE 2410 - Review of Interim Financial Information Performed by the Independent Auditor of the Entity, respectivamente). Uma revisão de informações intermediárias consiste na realização de indagações, principalmente às pessoas responsáveis pelos assuntos financeiros e contábeis e na aplicação de
procedimentos analíticos e de outros procedimentos de revisão. O alcance de uma revisão é significativamente menor do que o de uma auditoria conduzida de acordo com as normas de auditoria e, consequentemente, não nos permitiu obter segurança de que tomamos conhecimento de todos os assuntos significativos que poderiam ser identificados em uma auditoria. Portanto, não expressamos uma opinião de auditoria.
Conclusão sobre as informações contábeis intermediárias
Com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que as informações contábeis intermediárias acima referidas não foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com o CPC 21 (R1).
São Paulo, 04 de agosto de 2016
KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6
José Luiz Ribeiro de Carvalho Contador CRC 1SP141128/O-2
ESDE ‐ Empresa Santos Dumont de Energia S.A.
Balanço patrimonial 30 de Junho de 2016 e 31 de dezembro de 2015 (Em milhares de reais) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis intermediárias. Junho Dezembro 2016 2015 ATIVO CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa 4 1.653 3.627 Títulos e valores mobiliários 5 1.204 1.209 Contas a receber ativo financeiro 6 15.195 13.293 Impostos a recuperar 234 270 Outros ativos 105 92 18.391 18.491 ATIVO NÃO CIRCULANTE Contas a receber ativo financeiro 6 86.244 85.565 Outros ativos 46 46 Imobilizado 26 26 Intangível 41 47 86.357 85.684 TOTAL DO ATIVO 104.748 104.175 Nota PASSIVO CIRCULANTE Empréstimos e financiamentos 7 3.238 3.235 Fornecedores 1.763 2.225 Tributos e encargos sociais a recolher 8 127 194 Dividendos a pagar ‐ 2.668 Encargos regulatórios 9 631 705 Adiantamento de clientes 573 413 Outros passivos 112 105 6.444 9.545 PASSIVO NÃO CIRCULANTE Empréstimos e financiamentos 7 23.939 25.409 Adiantamento de clientes 63 320 Imposto de renda e contribuição social diferidos 8 3.090 3.013 27.132 28.742 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social 11 47.345 47.345 Reservas de lucro 18.543 18.543 Lucros acumulados 5.284 ‐ 71.172 65.888 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 104.748 104.175
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Demonstração do resultado Períodos de seis meses findos em 30 de junho de 2016 e 2015 (Em milhares de reais, exceto resultado por ação) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis intermediárias. Junho Junho 2016 2015 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 12 7.270 8.191 CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS Pessoal (118) (152) Material e serviços de terceiros (681) (1.022) Outros (31) (52) LUCRO BRUTO 6.440 6.965 (DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS Pessoal e administradores (5) ‐ Material e serviços de terceiros (81) (120) Depreciação e amortização (6) (20) Outras (21) (26) (113) (166) LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO 6.327 6.799 RECEITAS FINANCEIRAS 13 238 553 DESPESAS FINANCEIRAS 13 (985) (906) LUCRO ANTES DA CONTRIBUIÇÃO E DO IMPOSTO DE RENDA 5.580 6.446 IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Imposto de renda e contribuição social correntes 14 (219) (357) Imposto de renda e contribuição social diferidos 8 e 14 (77) (85) LUCRO LÍQUIDO DO PERÍODO 5.284 6.004 QUANTIDADE DE AÇÕES ORDINÁRIAS 50.176.097 43.191.000 LUCRO LÍQUIDO DO PERÍODO POR AÇÃO ORDINÁRIA ‐ EM R$ 0,105309 0,139010 Nota
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Demonstração do resultado abrangente Períodos de seis meses findos em 30 de junho de 2016 e 2015 (Em milhares de reais) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis intermediárias. Junho Junho 2016 2015 LUCRO LÍQUIDO DO PERÍODO 5.284 6.004 Outros resultados abrangentes ‐ ‐ TOTAL DO RESULTADO ABRANGENTE DO PERÍODO 5.284 6.004
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Demonstração das mutações do patrimônio líquido Períodos de seis meses findos em 30 de junho de 2016 e 2015 (Em milhares de reais) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis intermediárias.Reserva legal
Reserva de
retenção de
lucros
Saldo em 31 de Dezembro de 2014
43.191
1.139
17.459
‐
61.789
Lucro líquido do período
‐
‐
‐
6.004
6.004
Saldo em 30 de Junho de 2015
43.191
1.139
17.459
6.004
67.793
Saldo em 31 de Dezembro de 2015
47.345
1.699
16.844
‐
65.888
Lucro líquido do período
‐
‐
‐
5.284
5.284
Saldo em 30 de Junho de 2016
11
47.345
1.699
16.844
5.284
71.172
Total
Capital Social
Reservas de lucros
Lucros
(prejuízos)
acumulados
Nota
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Demonstração dos fluxos de caixa Períodos de seis meses findos em 30 de junho de 2016 e 2015 (Em milhares de reais) Junho Junho 2016 2015 Fluxos de caixa das atividades operacionais Lucro antes da contribuição social e imposto de renda 5.580 6.446 Itens que não afetam as disponibilidades Depreciação e amortização 6 20 Juros e variação monetária 954 870 Receita de aplicações financeiras (72) (135) Provisões para contingências 40 ‐ 6.508 7.201 (Aumento) redução no ativo Contas a receber ativo financeiro (2.581) (2.738) Impostos a recuperar 36 (147) Outros ativos (13) 3.400 Aumento (redução) no passivo Fornecedores (462) (3.179) Tributos e contribuições sociais a recolher (286) (208) Encargos regulatórios (83) 186 Outros passivos 7 (85) Adiantamento de clientes (97) 398 Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 3.029 4.828 Fluxos de caixa das atividades de investimentos Resgate de títulos e valores mobiliários 96 268 Aplicações de títulos e valores mobiliários (19) (255) Caixa líquido gerado nas atividades de investimentos 77 13 Fluxos de caixa das atividades de financiamentos Adiantamento para futuro aumento de capital ‐ 4.154 Pagamentos de dividendos e juros sobre capital próprio (2.668) (4.154) Amortização e pagamento de juros do financiamento (2.412) (2.449) Caixa líquido aplicado nas atividades de financiamentos (5.080) (2.449) Aumento (redução) no caixa e equivalentes de caixa (1.974) 2.392 Saldo inicial de caixa e equivalentes de caixa 3.627 6.734 Saldo final de caixa e equivalentes de caixa 1.653 9.126ESDE - Empresa Santos Dumont de Energia S.A. Demonstrações contábeis intermediárias em 30 de junho de 2016
1. Contexto operacional
A ESDE - Empresa Santos Dumont de Energia S.A. (“Companhia” ou “ESDE”) foi constituída como sociedade anônima de capital fechado, em 22 de junho de 2009 e tem como objeto social planejar, implantar, construir, operar e manter a infraestrutura de transmissão de energia elétrica e serviços correlatos. Domiciliada no Brasil, sua sede social está localizada na Rua Olimpíadas, 66 - 8º andar - Sala I - Vila Olímpia - São Paulo - SP.
A Companhia possui o direito de explorar, diretamente o seguinte contrato de concessão de Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica:
Contrato de concessão
Número Prazo (anos) Vigência até RAP (*) Índice de correção
025/2009 30 2039 12.640 IPCA
(*)A Receita Anual Permitida (RAP) da concessionária é definida pelo Poder Concedente, a ANEEL e corrigida anualmente, para períodos definidos como ciclos, que compreendem os meses de julho a junho do ano posterior, por meio de Resoluções Homologatórias emitidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). A RAP informada está conforme Resolução Homologatória ANEEL nº 2.098/2016. Acrescida de PIS e COFINS, conforme definido contratualmente o valor será de R$ 13.134.
O Contrato de Concessão estabelece que a extinção da concessão determinará a reversão ao poder concedente dos bens vinculados ao serviço, procedendo-se aos levantamentos e avaliações, bem como a determinação do montante da indenização devida às transmissoras, observados os valores e as datas de sua incorporação ao sistema elétrico. Diante disso, a Administração da Companhia entende que ao final do prazo de concessão os valores residuais dos bens vinculados ao serviço serão indenizados pelo poder concedente. A metodologia aplicada à valorização desses ativos encontra-se explicitada na nota explicativa “Contas a receber ativos financeiros”.
2. Apresentação das demonstrações contábeis intermediárias
A emissão destas demonstrações contábeis intermediárias, foi autorizada pela Diretoria da Companhia, em 04 de agosto de 2016.
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2.1. Declaração de conformidade
As demonstrações contábeis intermediárias da Companhia, para o período de seis meses findo em 30 de junho de 2016, compreendem as demonstrações contábeis intermediárias preparadas de acordo com o CPC 21 - “Demonstração intermediária”
2.2. Base de preparação e apresentação
As demonstrações contábeis intermediárias foram preparadas utilizando o custo histórico como base de valor, exceto pela valorização de certos ativos e passivos como instrumentos financeiros, os quais são mensurados pelo valor justo.
Todos os valores apresentados nestas demonstrações contábeis intermediárias estão expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outro modo. Devido aos arredondamentos, os números ao longo deste documento podem não perfazer precisamente aos totais apresentados.
A preparação das demonstrações contábeis intermediárias requer o uso de estimativas contábeis, baseadas em fatores objetivos e subjetivos, com base no julgamento da administração para determinação do valor adequado a ser registrado nas demonstrações contábeis intermediárias.
Itens significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem: a avaliação dos ativos financeiros pelo valor justo, análise do risco de crédito para determinação da provisão para créditos de liquidação duvidosa, ativos financeiros da concessão, assim como da análise dos demais riscos para determinação de outras provisões, inclusive provisões para contingências. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores significativamente divergentes dos registrados nas demonstrações contábeis intermediárias devido ao processo inerente das estimativas. A Companhia revisa suas estimativas anualmente.
2.3. Moeda funcional e de apresentação
As demonstrações contábeis intermediárias foram preparadas e estão apresentadas em Reais (R$), que é a moeda funcional da Companhia. A moeda funcional foi determinada em função do ambiente econômico primário de suas operações.
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3. Sumário das principais práticas contábeis
As informações contábeis intermediárias da Companhia foram preparadas com base nas mesmas políticas, julgamentos e estimativas contábeis descritas na nota explicativa nº 3 divulgada nas demonstrações contábeis intermediárias relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2015, portanto devem ser lidas conjuntamente.
4. Caixa e equivalentes de caixa
As aplicações financeiras possuem remuneração equivalente a 97,23% do CDI em 30 de junho de 2016, (90,00% do CDI em 31 de dezembro de 2015). Referem-se substancialmente a certificados de depósitos bancários e fundos de investimento em renda fixa. As aplicações financeiras em 30 de junho de 2016 possuem liquidez imediata, vencimento na data do balanço patrimonial é igual ou inferior a 90 dias da data da aplicação e não possuem risco de variação significativa do valor em caso de resgate antecipado.
5. Títulos e valores mobiliários
Em 30 de junho de 2016 a Companhia tem no ativo circulante o saldo de R$ 1.204 (R$ 1.209 em 31 de dezembro de 2015) referente a conta reserva vinculada ao financiamento com o BNDES. Junho Dezembro 2016 2015 Caixa e bancos 14 21 Aplicações financeiras 1.639 3.606 1.653 3.627
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6. Contas a receber ativo financeiro
A infraestrutura implantada na atividade de transmissão que estava originalmente representada pelo ativo imobilizado da ESDE é, ou será, recuperada por meio de dois fluxos de caixa, a saber:
a) Parte por meio da Receita Anual Permitida - RAP recebida durante o prazo definido pelo contrato de concessão;
b) Parte como indenização dos bens reversíveis no final do prazo da concessão. Movimentação do ativo financeiro da concessão em 30 de junho de 2016:
As contas a receber ativos financeiros incluem os valores a receber decorrentes da implantação de infraestrutura, da receita financeira e da operação e manutenção, bem como o valor do ativo indenizável, referente ao montante que o concessionário terá direito quando do término do contrato de concessão. A Companhia considera que o valor da indenização a que terá direito deve corresponder ao valor novo de reposição ajustado pela depreciação acumulada de cada item.
Saldo em 31 de Dezembro de 2014 93.431
Receita de operação e manutenção 3.377
Remuneração do ativo financeiro da concessão 14.378
(-) Parcela variável (210)
Realização do ativo financeiro (recebimento) (12.118)
Saldo em 31 de Dezembro de 2015 98.858
Receita de operação e manutenção 960
Remuneração do ativo financeiro da concessão 7.567
(-) Parcela variável (886)
Realização do ativo financeiro (recebimento) (5.060)
Saldo em 30 de Junho de 2016 101.439
Contas a receber ativo financeiro - circulante 15.195
Contas a receber ativo financeiro - não circulante 86.244
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7. Empréstimos e financiamentos
Os contratos com o BNDES da Companhia exigem a manutenção de certos índices financeiros (quantitativos) e o cumprimento de outras obrigações específicas (qualitativas). Dentre estas cláusulas restritivas destaca-se o Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (ICSD), que deve ser no mínimo 1,30, ao longo de todo o prazo de amortização.
A Administração da Companhia mantém o acompanhamento de todas essas obrigações definidas em contrato. Em 30 de junho de 2016, todas as obrigações (quantitativas e qualitativas) especificadas nos contratos foram cumpridas. O índice de cobertura do serviço da divída - ICSD auditado deve ser fornecido ao BNDES anualmente.
Os vencimentos anuais dos empréstimos e financiamentos a longo prazo são como segue: Dezembro
2015 Não Circulante
Encargos Principal Principal
BNDES - Subcrédito A 56 1.589 15.629 17.274 17.947 BNDES - Subcrédito B 10 1.583 8.310 9.903 10.697 66 3.172 23.939 27.177 28.644 Junho 2016 Circulante Total Total
Indexador Juros (%) Principal Encargos
BNDES - Subcrédito A nov/12 abr/27 26.319 TJLP 2,08% Mensal Mensal BNDES - Subcrédito B nov/12 set/22 16.478 - 2,50% Mensal Mensal
Vencimento Principal contratado
Periodicidade da amortização Taxa efetiva a.a.
Financiadores / credores Condições contratadas Data da Contratação 2017 1.586 2018 3.172 2019 3.172 2020 3.172 2021 3.172 Após 2021 9.665 23.939
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8. Tributos e contribuições sociais a recolher e diferidos
a) O imposto de renda e a contribuição social diferidos passivos, decorrem substancialmente da diferença entre as receitas recebidas (base fiscal) e o reconhecimento de receitas (base contábil) conforme o ICPC 01 (R1) e OCPC 05 - contratos de concessão e foram mensurados pelas alíquotas aplicáveis nos períodos nos quais se espera que o passivo seja liquidado, com base nas alíquotas previstas na legislação tributária vigente no final de cada exercício.
9. Encargos regulatórios
Junho Dezembro
2016 2015
Passivo circulante
Imposto de renda pessoa jurídica - IRPJ 46 88
PIS e COFINS 42 47
Contribuição social - CSLL 13 29
Outros 26 30
127 194
Passivo não circulante IRPJ e CSLL diferidos, líquido (a) 3.090 3.013 Saldo em 31 de Dezembro de 2014 2.336 Imposto diferido reconhecido no resultado 677
Saldo em 31 de Dezembro de 2015 3.013 Imposto diferido reconhecido no resultado 77
Saldo em 30 de Junho de 2016 3.090 Junho Dezembro 2016 2015 Quota de reserva global de reversão - RGR 422 518
Pesquisa e desenvolvimento - P&D 152 126
Taxa de fiscalização - ANEEL 57 61
631 705
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10. Provisão para contingências
A Companhia discute temas, que na opinião de seus assessores legais, tem probabilidade de êxito, classificado como “possível” e consequentemente, não há qualquer provisionamento de valores em conformidade com as normas de contabilidade adotadas. Em 30 de junho de 2016 o valor envolvido estimado foi de R$ 93 em processos trabalhistas (R$ 146 em 31 de dezembro de 2015).
11. Patrimônio líquido
11.1. Capital socialO capital social integralizado em 30 de junho de 2016 é de R$ 47.345, representado por 50.176.097 ações ordinárias, sem valor nominal.
11.2. Reserva de lucro
11.2.1. Reserva legal
A reserva legal é calculada com base em 5% do lucro líquido conforme previsto na legislação em vigor, limitada a 20% do capital social.
11.2.2. Reserva retenção de lucros
Conforme a modificação introduzida pela Lei nº 11.638/07, o lucro líquido do exercício deverá ser destinado de acordo com os artigos 193 e 197 da Lei nº 6.404/76. Em 31 de dezembro de 2015, o lucro remanescente, foi transferido para a conta de reserva de retenção de lucros.
Integralizadas
Ordinárias Votante Total
Empresa Paraense de Trans. de Energia S.A. 50.176.096 99,999998% 99,999998% Membros do Conselho de Administração 1 0,000002% 0,000002%
50.176.097
100,000000% 100,000000% Quantidade de ações
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12.
Receita operacional líquida
A Receita operacional líquida é composta da seguinte forma:
13. Receitas e despesas financeiras
Junho Junho
2016 2015
Receita operacional bruta 7.641 8.633
Receita de operação e manutenção 960 1.414 Remuneração do ativo financeiro da concessão 7.567 7.341
(-) Parcela variável (886) (122)
Deduções da receita operacional (371) (442)
PIS (32) (38)
COFINS (147) (175)
Quota para reserva global de reversão - RGR (127) (152)
Pesquisa e desenvolvimento - P&D (45) (54)
Taxa de fiscalização de serviços de energia elétrica - TFSEE (20) (23)
Receita operacional líquida 7.270 8.191 Junho Junho 2016 2015 Receitas financeiras 238 553
Receita de aplicações financeiras 236 550
Juros ativos 2 3
Despesas financeiras (985) (906)
Encargos sobre empréstimos e financiamentos (945) (869)
Variação monetária (9) (4)
Outras despesas financeiras (31) (33)
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14.Imposto de renda e contribuição social
A conciliação da despesa calculada pela aplicação das alíquotas fiscais combinadas e da despesa de imposto de renda e contribuição social debitada em resultado é demonstrada como segue:
15. Instrumentos financeiros
Em 30 de junho de 2016 a Companhia não teve contratos em aberto envolvendo operações com derivativos.
Os valores contábeis dos instrumentos financeiros, ativos e passivos, quando comparados com os valores que poderiam ser obtidos na sua negociação em um mercado ativo ou, na ausência deste, com valor presente líquido ajustado com base na taxa vigente de juros no mercado, aproximam-se substancialmente de seus correspondentes valores de mercado.
a) Valor justo e classificação dos instrumentos financeiros
As metodologias utilizadas pela Companhia para a divulgação do valor justo e classificação dos instrumentos financeiros foram as seguintes:
Caixa e equivalentes de caixa, títulos e valores mobiliários, contas a receber ativo financeiro e fornecedores se aproximam do seu respectivo valor contábil assim a divulgação destes permanecem inalteradas e são classificados da seguinte forma: (i) “Caixa e equivalentes de caixa” e “Títulos e valores mobiliários como valor justo por meio do resultado”; (ii) “Contas a receber ativo financeiro” como empréstimos e recebíveis; (iii) “Fornecedores” como outros
IRPJ CSLL IRPJ CSLL
Receita operacional 7.401 7.401 8.633 8.633 Receita operacional ajustada 7.401 7.401 8.633 8.633 Alíquota aplicada sobre a receita 8% 12% 8% 12%
592
888 691 1.036 Receitas financeiras 238 238 552 552 Base de cálculo 830 1.126 1.243 1.588 Alíquotas utilizadas para o cálculo 15 % e 10% 9% 15 % e 10% 9%
195
101 299 143
Imposto de renda e contribuição social 195 101 299 143 2016
Junho 2015 Junho
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Empréstimos e financiamentos (líquidos dos custos a amortizar):
(i) BNDES: em decorrência desse contrato ser de longo prazo, portanto, não contemplado sob o escopo do CPC 12, que preceitua que passivos dessa natureza não estão sujeitos à aplicação do conceito de valor presente por taxas diversas daquelas a que esses empréstimos e financiamentos já estão sujeitos, pelo fato do Brasil não ter um mercado consolidado para esse tipo de dívida de longo prazo, ficando a oferta de crédito restrita a apenas um ente governamental. Diante do exposto acima, a Companhia utilizou o mesmo conceito na definição do valor justo para esses empréstimos e financiamentos.
Estes instrumentos financeiros são classificados pela Companhia como outros passivos financeiros.
b) Gerenciamento de riscos
Os principais fatores de risco inerentes às operações da Companhia podem ser assim identificados:
(i) Risco de crédito - A Companhia mantém contrato com o Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS, concessionárias e outros agentes, regulando a prestação de seus serviços vinculados à rede básica a aproximadamente 560 usuários, com cláusula de garantia bancária. Igualmente, a Companhia mantém contratos regulando a prestação de seus serviços nas demais instalações de transmissão - DIT e também com cláusula de garantia bancária;
(ii) Risco de preço - As receitas da Companhia são, nos termos do contrato de concessão, reajustadas anualmente pela ANEEL, pela variação do IPCA;
(iii) Risco de taxas de juros - A atualização do contrato de empréstimo e financiamento está vinculada à variação da TJLP;
(iv) Risco de liquidez - A principal fonte de caixa da Companhia é proveniente de suas operações, principalmente do uso do seu sistema de transmissão de energia elétrica por outras concessionárias e agentes do setor. Seu montante anual, representado pela RAP vinculada às instalações de rede básica e demais instalações de transmissão - DIT é definida, nos termos da legislação vigente, pela ANEEL;
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c) Hierarquia do valor justo
A Companhia utiliza a seguinte hierarquia para determinar e divulgar o valor justo de instrumentos financeiros pela técnica de avaliação:
Nível I - preços cotados nos mercados ativos para ativos e passivos idênticos;
Nível II - outras técnicas para as quais todos os dados que tenham efeito significativo sobre o valor justo registrado sejam observáveis, direta ou indiretamente, e
Nível III - técnicas que usam dados que tenham efeito significativo no valor justo registrado que não sejam baseados em dados observáveis no mercado.
No decorrer do período de seis meses findo em 30 de junho de 2016 e do exercício findo em 31 de dezembro de 2015, não ocorreu transferências entre avaliações de valor justo nível I e nível II, e nem transferência entre avaliações de valor justo nível III e nível II. Em 30 de junho de 2016 e em 31 de dezembro de 2015, a Companhia classificou como nível I os saldos de caixa e equivalentes de caixa e os títulos e valores mobiliários e como Nível II as contas a receber - ativo financeiro.
16.Benefícios a empregados
A Companhia oferece aos seus empregados benefícios que englobam basicamente: seguro de vida, assistência médica, vale transporte, vale refeição e plano de previdência privada de contribuição definida.
17.Compromissos assumidos
A Companhia mantém contrato de prestação de serviços de operação e manutenção pelo prazo da concessão no valor mensal de R$ 52.