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Estudo da Distribuição de Pequenos Objetos no Sistema SolarStudy of the Distribuition of Small Bodies in the Solar System

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Academic year: 2021

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(1)

Estudo da Distribui ~ao de Pequenos Objetos no Sistema Solar

Tese apresentada a Universidade

Federal de Vi osa omo parte das

exi-g^en iasdo programa de Pos-Gradua ~ao

emFsi a Apli adapara a obten ~aodo

ttulode Magister S ientiae.

VICOSA

MINAS GERAIS- BRASIL

(2)

A minha esposa,

Jandira,

eminha lha,

(3)

- Aos meus pais, Jo~ao e Fatima, pelo apoio e in entivo que sempre deram aos

meus estudos.

- Ao professor Ri ardo,peladedi a ~aoque teve omigo.

- A todos osprofessores dodepartamento de Fsi a.

- Aos olegas do urso.

(4)

Lista de Figuras vi Lista de Tabelas x Resumo xi Abstra t xii 1 Introdu ~ao 1 2 O Modelo 8

3 Resson^an ias de Movimento Medio 15

4 O Estudo da Distribui ~ao de Pequenos Corpos no Sistema Solar 24

4.1 O Modelo Planar . . . 31

4.1.1 Regi~aoSol-Jupiter . . . 31

4.1.2 Regi~aoentre Jupitere Saturno . . . 33

4.1.3 Regi~aoentre Saturno e Urano . . . 36

4.1.4 Regi~aoentre Urano eNetuno . . . 37

4.1.5 Regi~aoTransnetuno . . . 39

4.2 O Modelo 3-D . . . 41

4.2.1 Regi~aoSol-Jupiter . . . 41

4.2.2 Regi~aoentre Jupitere Saturno . . . 41

4.2.3 Regi~aoentre Saturno e Urano . . . 44

4.2.4 Regi~aoentre Urano eNetuno . . . 46

(5)
(6)

2.1 In u^en ia dos en ontros proximos: (a)no semi-eixo maior, (b) na

ex- entri idadee ( ) na in lina ~ao. . . 14

3.1 A rela ~aolinear dadapelaexpress~ao3.1entre os elementos$

m

2 e 

m

2

paraasregi~oesderesson^an iademovimentomedio: (a)resson^an ia3:2

om Jupiter, (b) 4:3 om Jupiter, ( ) 4:5 om Saturno e (d) 2:3 om

Saturno. . . 17

3.2 Resson^an ias om Jupiter naregi~aoSol-Jupiter. . . 19

3.3 Resson^an ias na regi~ao Jupiter-Saturno: (a) om Jupiter,(b) om

Sa-turno, ( ) om Urano e(d) om Netuno. . . 20

3.4 Resson^an ias na regi~ao Saturno-Urano: (a) om Jupiter,(b) om

Sat-urno, ( ) om Urano e(d) om Netuno. . . 21

3.5 Resson^an ias na regi~ao Urano-Netuno: (a) om Jupiter, (b) om

Sat-urno, ( ) om Urano e(d) om Netuno. . . 22

3.6 Resson^an ias naregi~ao Transnetuno: (a) om Saturno, (b) om Urano

e ( ) om Netuno. . . 23

4.1 Para ada faixa foi adotada uma distribui ~ao aleatoria n~ao uniforme

paraain lina ~ao. Ovalormaximoe30 o

ea urvanormalesta entrada

em 0 o

(7)

4.2 (a) Compara ~ao do oe iente de orrela ~ao, R , para sete leis de

de- aimento. (b) Umaamplia ~aonoeixoverti alde (a)permite-nos

visu-alizarosvaloresdeR 2

proximosde 1. Comopodemosobservaraleide

pot^en ia foia queapresentou o oe iente de orrela ~ao maisproximo

de 1 para a maioria das faixas. O ret^angulo transparente orresponde

a regi~ao onde o numero de en ontros proximos e pequeno, forne endo

baixos valores para R 2

. . . 29

4.3 O ajuste aos dados da integra ~aoforne ido pelalei de pot^en ia. . . 30

4.4 An~ao orrela ~aoentre N

nTotal et

m a x

paraaregi~aoSol-Jupiterno

mod-elo n~ao planar. Para as demais regi~oes, tanto para o modelo planar

omo para o modelo n~ao planar, N

nTotal e t

m a x

s~ao semelhantemente

n~ao orrela ionados. . . 31

4.5 A regi~ao interna a Jupiter: (a) gra o do tempo de deple ~ao, (b) do

numero relativo de objetos remane entes e ( ) o produto dos gra os

(a) e(b). . . 33

4.6 A distribui ~ao dos asteroides numerados para a regi~aoentre 0.5 UA e

5.5 UA. . . 33 4.7 Osgra os: (a)dot m a x ,(b)doN nTotal e( )doP PL

paraaregi~aoentre

Jupiter e Saturno. . . 34

4.8 A determina ~aodos lo ais queapresentam resson^an ias de movimento

medio (barras verti ais) no estudo da distribui ~ao de objetos (gra o

do P

PL

) naregi~aoentre Jupitere Saturno. . . 35

4.9 A regi~ao entre Saturno e Urano: (a) gra o do t

m a x , (b) do N nTotal e ( ) doP PL . . . 36

4.10 A determina ~aodos lo ais queapresentam resson^an ias de movimento

medio no estudo da distribui ~ao de objetos na regi~ao entre Saturno e

Urano. . . 37

4.11 Os resultados obtidos para a regi~ao entre Urano e Netuno: (a)para o

t m a x , (b) para o N nTotal e ( ) para o P PL . . . 38

(8)

medio no estudo da distribui ~ao de objetos na regi~ao entre Urano e

Netuno. . . 39

4.13 A regi~aotransnetuniana: (a)gra odot

m a x ,(b) doN nTotal e( ) doP PL . 40

4.14 A ara teriza ~ao de resson^a ias de movimento medio na distribui ~ao

de pequenos objetos daregi~aoTransnetuno. . . 40

4.15 A regi~ao interna a Jupiter: (a) gra o do tempo maximo de deple ~ao

de objetos, (b) do numero relativo de objetos remane entes e ( ) o

par^ametrode popula ~aolo al. . . 42

4.16 Regi~aoentre Jupiter e Saturno: (a) gra o do tempo de deple ~ao, (b)

donumerorelativodeobjetosremane entese( )oprodutodosgra os

(a) e(b). . . 43

4.17 A determina ~aode resson^a ias de movimentomedionogra o doP

PL

obtidonoestudodadistribui ~aodepequenosobjetosnaregi~aoJ

upiter-Saturno. . . 43

4.18 Regi~aoentre Saturno e Urano: (a) gra o dot

m a x

, (b) doN

nTotal e ( )

do par^ametro de popula ~aolo al, P

PL

. . . 44

4.19 A ara teriza ~aodos lo aisqueapresentam resson^an iasde movimento

medio no gra o do P

PL

obtido no estudo da distribui ~ao de objetos

na regi~aoentre Saturno e Urano. . . 45

4.20 Osresultadosobtidosparaaregi~aoentre UranoeNetuno. (a)ogra o

do t m ax , (b) doN nTotal e ( ) do P PL . . . 46

4.21 A determina ~aodos lo ais queapresentam resson^an ias de movimento

medio no estudo da distribui ~ao de objetos na regi~ao entre Urano e

Netuno. . . 47 4.22 Os gra os: (a) do t m a x , (b) do N nTotal e ( ) do P PL para a regi~ao Transnetuno. . . 49

4.23 Aidenti a ~aodoslo aisqueapresentaramresson^an iasdemovimento

medionogra odopar~ametrode popula ~aolo alobtidoparaaregi~ao

(9)

PL nTotal

4.25 A depend^en ia doP

PL

emrela ~aoaointervalode exentri idades ini iais. 51

4.26 A in u^en iado tnos valores de: (a) t

m a x ,(b) N nTotal e( ) P PL . . . . 51

(10)
(11)

LADEIRA, Denis Gouv^ea, M.S., Universidade Federal de Vi osa, Dezembro,

2003. Estudo da Distribui ~ao de Pequenos Objetos no Sistema

Solar. Orientador: Ri ardo Reis Cordeiro; Conselheiros: Afr^anio Pereira

Rodrigues,Jose ArnaldoRedinze Mar eloLobato Martins

No presente trabalhoestudamosa distribui ~aodos pequenos orpos emvarias

regi~oes doSistema Solar utilizandoo fato de que, para pequenos intervalos de

semi-eixo maior, o numero de part ulas que sofrem en ontros proximos no tempo segue

uma lei de pot^en ia. O estudo e realizado utilizando modelos planar e n~ao planar.

Considerando os sete maiores planetas, empregamos as equa ~oes do movimento do

problema de n- orpos em um sistema de refer^en ia helio ^entri o para integrar um

total de 10 x 10 6

ondi ~oes ini iais que foram distribudas entre 0.52 UA e 52 UA.

Os resultados obtidos s~ao omparados om a distribui ~ao de asteroides e ometas

(12)

LADEIRA, Denis Gouv^ea, M.S., Universidade Federal de Vi osa, De ember,

2003. Study of the Distribuition of Small Bodies in the Solar

System. Adviser: Ri ardo Reis Cordeiro; Committee members: Afr^anio

Pereira Rodrigues,Jose ArnaldoRedinze Mar elo LobatoMartins

Inthepresentworkwestudythedistribuitionofsmallbodiesinseveralregions

of the Solar System onsidering the fa t that, for small intervals of semi-major axis,

the parti lesnumber that su er lose approa hsin the time ful llsapowerlaw. The

study is performedby planarand 3-Dmodels. Consideringthe seven greaterplanets,

we employ the motion's equations for the n-body problem in a helio entri frame to

integratetheorbitsof10x10 6

initial onditionsdistributedbetween0.52AUe52AU.

The results were ompared with the distribution of observed asteroids and omets,

(13)

Introdu ~ao

Em muitos problemas da astronomia din^ami a as investiga ~oes via simula ~oes

om-puta ionais s~ao realizadas integrando sistemas de equa ~oes que des revem o

movi-mento de um onjuntode orpos uja on gura ~ao muda de a ordo om o problema

que esta sendo estudado. Tais simula ~oes normalmente envolvem integra ~oes para

largas es alas de tempo, as vezes equivalentes a idade do Sistema Solar. Estes

sis-temas s~ao normalmente omplexose apresentam din^ami asbastante ri as, revelando

estruturas fra tais e omportamentos de natureza aoti a ( omomostrado por

Muri-son (1989) e Cordeiro et al. (1999)). Podemos itar tambemo trabalho de Sussman

e Wisdom (1988), onde s~ao relatadas evid^en ias numeri as de que o movimento de

Plut~aoe aoti o,eotrabalhode Laskar(1989,1990) noqualemostrado queo

movi-mento dos planetasinternosetambem aoti o. Anotavel evolu ~aododesempenho e

poten ialidadedos omputadores eosurgimentodeumanovagera ~aode arquiteturas

omputa ionaisparalelasest~aopermitindoquenovosproblemasemastronomiasejam

estudados.

A n~ao uniformedistribui ~aodos pequenos objetos noSistemaSolarealgo que

tem despertado a uriosidade de muitos astr^onomos. Na regi~ao interna a Jupiter

s~ao onhe idos varios ni hos favoraveis a exist^en ia de aglomerados de asteroides.

Ja na regi~ao entre Jupiter e Netuno e onhe ido um numero relativamente pequeno

(14)

geral, es uros (3/4 dos asteroides onhe idos possuem albedo geometri o em torno

de 3.5 %), ent~ao a observa ~ao de tais objetos nesta regi~aoe bastante dif il. Existe

tambemapossibilidadedestaregi~aoserdinami amenteinstavel,aindaqueparalongos

perodos de tempo. Na fria regi~ao transnetuniana tambem e onhe ido um numero

signi ativode objetosque,nagrandemaioria,s~aonu leos ometarios possuindo, em

sua omposi ~ao,umaboapropor ~aode aguanoestadosolido. Bus andoumamelhor

ompreens~aodosaspe tosrela ionadosadistribui ~aodospequenos orposdoSistema

Solar varios modelos forampropostos edesenvolvidos aolongo dos ultimos anos.

Le ar e Franklin (1973) apresentaram os resultados de um estudo para as

regi~oes entre Marte e Jupiter e entre Jupiter e Saturno. A regi~ao entre Marte e

Jupiter foi estudada usando 260 part ulas, as quais tiveram valores de semi-eixo

maior uniformemente distribudos no intervalo de 2.862 UA a 4.423 UA. As

ex en-tri idades foram aleatoriamente es olhidas entre 0.0 a 0.3. Ja para a regi~ao entre

Jupiter e Saturno eles empregaram 100 part ulas om semi-eixo maior variando de

5.723UAa9.105UAeex entri idades aleatoriamentees olhidasnointervalode0.0a

0.1. Alemdisso eles assumiram Saturno om uma massade 30% damassade Jupiter

e omsemi-eixomaioriguala9.521UA.OplanetaSaturno foi onsideradoapenasno

estudo da regi~ao situada entre Jupiter e Saturno. Eles observaram que entre Marte

e Jupiter, na regi~ao entre 4.0 UA e 5.2 UA, uma grande quantidade de objetos e

ejetada ate2400 anos. Naresson^an ia 3:2 omJupiterpou as orbitasforamejetadas

em2400 anos e,nomesmointervalode tempo,nenhuma part uladeixou aregi~aoda

resson^an ia 2:1 om Jupiter. Para a regi~ao entre Jupiter e Saturno eles veri aram

que er a de 85% dos objetos abandonama regi~aoate6000 anos.

Nomesmoano,Everhart(1973),emborapreo upadoprin ipalmente omorbitas

dotipoferradurae omosasteroidesTroianos,apresentou um estudodaregi~aoentre

Jupiter e Saturno no qual orbitas de baixa ex entri idade permane eram nas

inte-gra ~oes por um tempoda ordemde 10 5

anos.

Shoemaker e Wolfe (1984) simularama evolu ~ao de 2000 part ulas na regi~ao

situada entre Urano eNetuno paraum tempode 4.5x 10 9

(15)

todaa simula ~aoapenas 9% das ondi ~oes ini iais.

Franklin et al. (1989) estenderam o trabalho que haviam realizado em 1973,

estudando a regi~ao situada entre 7.0 UA e 7.5 UA. Eles veri aram que orbitas om

valores de ex entri idades proximas aos dos planetas vizinhos eram mais estaveis

que orbitas menos ex ^entri as. Eles observaram, tambem, que part ulas dotadas

de in lina ~oes mais elevadas s~ao apazes de permane er em orbita por tempos mais

longos.

No mesmo ano, Dun an et al. (1989) usaramum modelo simpli ado de dois

planetasqueseaproximavabastantedoproblemarestritodetr^es orposetrataramas



orbitas das part ulas omo Keplerianas. As perturba ~oes provo adas nas part ulas

foramaproximadasporimpulsosa ada onjun ~ao. Alemdisso,nomodeloosplanetas

e as part ulas teste estavam on nados no plano. Com este metodoeles estudaram

as regi~oes situadasentre adapar de planetasadja entes, in luindoapenas estes dois

planetas omoperturbadores. Osplanetastiveramsuasorbitasrestritasamovimentos

ir ulares, e as part ulas assumiram orbitas de baixa ex entri idade. Realizando

integra ~oes para um tempo de 4.5 x 10 9

anos, eles veri aram que muitas part ulas

om orbitas noregimequase ir ularsobreviveram porum tempo daordemdaidade

do SistemaSolar.

Um ano mais tarde Weibel et al. (1990) desenvolveram um experimento no

qual onsideraram o Sol, Jupiter e Saturno omo mutuamente perturbadores. O

modelo onsistiu em integrar o movimento orbital de 125 part ulas teste situadas,

ini ialmente, no intervalo de 5.7 UA e 8.8 UA. A ex entri idade das part ulas foi

aleatoriamentees olhidanointervalode 0.0a0.02,easin lina ~oesentre0:0 o

e

aprox-imadamente 3:61 o

. Segundo o modelo proposto, a regi~ao entre Jupiter e Saturno

n~aoforne enenhuma ondi ~aopara queeventuais aglomeradosde objetosseformem,

ex eto nas regi~oes proximas aos pontos Lagrangeanos de Jupiter. Estes autores

on- luemqueumabus arealmenteminu iosapororbitas estaveisnaregi~aoentreJupiter

e Saturno exigesimula ~oes om maioresintervalosde ex entri idade ein lina ~ao.

(16)

numeri o poderiam afetar orbitas de natureza estavel. Eles en ontraram que orbitas

situadasnasproximidadesde7.2UAe7.54UAs~ao apazesdepermane erpor800000

perodos de Jupiter sem ruzar om a orbita dos planetas. O modelo usado por eles

foi o mesmo de Le ar e Franklin (1973).

Gladman e Dun an (1990), usando um metodo de mapeamentosimpleti o de

quarta ordemdesenvolvidoporCandy eRozmus(1990),apresentaramresultadosque

diferiram bastante de Dun an et al. (1989). O estudo foi realizado via integra ~ao

direta das equa ~oes de movimento tridimensionais para um problema de n - orpos.

A regi~ao entre Jupiter e Saturno foi estudada utilizando 900 part ulas que foram

distribudas entre 6.76 UA e 8.06 UA. O Sol, Jupiter e Saturno foram onsiderados

omomutuamenteinteragentes. Oestudo onsistiu,tambem,emsimular90part ulas

para a regi~ao situada entre Saturno e Urano e mais 90 para a regi~ao entre Urano e

Netuno. Os planetas tiveram liberdade para des reverem suas trajetorias no espa o

tridimensional e as orbitas das part ulas foram, ini ialmente, oplanares e de baixa

ex entri idade. Neste modelo as part ulas eram removidas da simula ~ao por

even-tuais en ontros proximos que o orriam om planetas ou aso elas abandonassem o

Sistema Solar. A integra ~ao foi pro essada por um tempo equivalente a 22.5 x 10 6

anos. Gladman e Dun an (1990) foram os primeiros a utilizarem o on eito de

en- ontroproximo omo riterio paraex luir objetosdaintegra ~ao,oque onstituiuma

aproxima ~ao mais realsti a que os trabalhos men ionados anteriormente, nos quais

as part ulas eram removidas aso ruzassem orbitas de planetas. Eles veri aram

que a maioria das part ulas teste situadasentre os planetasgigantes s~ao eliminadas

da integra ~ao em uma es ala de tempo daordem de 10 6

anos devido a o orr^en ia de

en ontros proximos.

Holman eWisdom (1993)usaram uma te ni a de mapeamentosimpleti oque

eles ja haviam desenvolvido anteriormente (Wisdom e Holman (1991)) para integrar

o movimento de part ulas e planetas em oordenadas de Ja obi. As simula ~oes

foram pro essadas no espa o tridimensional sendo as ondi ~oes ini iais da posi ~ao

(17)

realizadoemduas partes. Naprimeirafoi apresentadoum estudodaestabilidade dos

pontos Lagrangeanos L

4 e L

5

dos planetas Jupiter, Saturno, Urano e Netuno. Para

isto, osautores integraram asorbitas de 4000 part ulas teste que foramdistribudas

nas proximidades de taispontos. Os valores ini iaisde semi-eixo forames olhidosno

intervalo de 0.96 a 1.04 do semi-eixo do planeta do qual os pontos L

4 e L

5

estavam

sendo estudados. Os resultados obtidos mostraram que os pontos Lagrangeanos L

4

e L

5

de Jupiter, Urano e Netuno s~ao estaveis por 20 x 10 6

anos. Os pontosL

4 e L

5

de Saturno mostraram-se instaveis, embora que, uriosamente, a vizinhan a destes

pontostenham se revelado estaveis por 20 x 10 6

anos. Este sesultado foi on rmado

por de la Barre et al. (1996), que realizaram integra ~oes de 412 x 10 6

anos. Na

segunda parte do trabalho de Holman e Wisdom foi analisado o omportamento de

3000 part ulas teste que possuam semi-eixo maior ini ial no limite de 5 UA a 50

UA. Para asregi~oes exteriores a Netuno o tempo de integra ~aoadotado foi de 200 x

10 6

anos. Ja para as regi~oes interiores o tempo de integra ~ao foi de 800 x 10 6

anos.

Elesveri aramquenumerosaspart ulassituadasentreosplanetasexterioresealem

Netuno ate43UAforamremovidasdaintegra ~aoporen ontros proximos, ex eto em

pequenas regi~oes entre Urano e Netuno nas quais pou as part ulas permane eram

por800 x 10 6

anos.

Holman (1997) usou o mesmo esquema simpleti o de Wisdom e Holman para

simular orbitasde milharesde part ulas teste na regi~aoentre Urano e Netuno,

situ-adas entre 24UA e 27UA. As part ulas tiveram, ini ialmente, in lina ~oes variando

de 0 o

a 10 o

e ex entri idades inferiores a 0.05. A simula ~ao foi pro essada por um

tempoequivalentea4.5x10 9

anos. Osresultadosal an adosrevelaramquepart ulas

om ex entri idadeini iale o >0:03 ouin lina ~aoini iali o >3 o s~aoremovidasem1x 10 9

anos, enquanto que part ulas om ex entri idade ini ial e

o >0:01 ou in lina ~ao ini ial i o >1 o s~ao removidas ate 4.5 x 10 9 anos.

Mais re entemente, Grazier et al. (1999) publi aram um estudo onde foi

uti-lizadoumpro essodeintegra ~aootimizadode13 a

ordemasso iadoametodos apazes

(18)

todos os planetas jovianos. A massa dos planetas terrestres foi adi ionada a massa

do Sol e aspart ulas foram onsideradas sem massa. O estudo foi realizadopara as

regi~oes entre Jupiter e Saturno, entre Saturno e Urano e entre Urano e Netuno. A

distribui ~ao dos valores ini iais do semi-eixo maior das part ulas foi uma gaussiana

entrada no valor medio de semi-eixo maior do par de planetas que delimitam ada

regi~aodetalformaqueadist^an iaentre estes planetas orrespondesse a6

a

,onde 

a

orrespondeaodesvio padr~aodagaussiana. As in lina ~oesini iais foramdistribudas

de formagaussiana ommediaem0 o

edesviopadr~ao

i de10

o

. Alemdisso,osvalores

ini iais da ex entri idade foram aleatoriamente es olhidos de 0.0 a 1.0 usando uma

distribui ~aoexponen ial que privilegiaex entri idades mais baixas. As fasesini iais,

bem omoaslongitudesdoperielioedonodoas endente, foramdistribudasuniforme

e randomi amente de 0 o

a 360 o

. As integra ~oes foramrealizadas para um tempo de

1 x 10 9

anos. No estudo da regi~ao entre Jupiter eSaturno, 100000 ondi ~oes ini iais

foram integradas utilizando, para isto, 10 esta ~oes de trabalho em paralelo. Para

as regi~oes entre Saturno e Urano e entre Urano e Netuno, eles empregaram 10000

part ulasusando50esta ~oes de trabalhosimultaneamente, emesmoassim gastaram

30 vezes mais tempode CPU omrela ~aoaregi~aoentre JupitereSaturno. Eles

veri- aramquepou osobjetospodem permane erestaveissobreumafra ~aosigni ativa

da idade do Sistema Solar. Na regi~ao entre Saturno e Urano eles observaram que

objetospodempermane erestaveisate100x10 6

anosem12.5UA,14.4UA e16UA.

Eles onstataram tambem a exist^en ia de orbitas estaveis ate 5 x 10 6

anos em 22.4

UA, 23.2 UA, 24.5 UA e 26UA.

O presentetrabalhotambemtem omo objetivo analizaradistribui ~aode

pe-quenos objetos no Sistema Solar. O estudo e realizado onsiderando que a taxa de

en ontrosproximosdepart ulasqueapresentamsemi-eixomaiorini ialdentrodeum

pequeno intervalo segue uma lei de pot^en ia. No aptulo 2 apresentamos o modelo

din^ami o empregadoe uma des ri ~ao date ni ade integra ~aoutilizada. No aptulo

3 apresentamos os resultados obtidos no estudo de identi a ~ao das prin ipais

(19)

sultados obtidosneste estudo, identi amosas prin ipaisresson^an ias de movimento

medioasso iadasaregi~oesde baixadensidadede objetosbem omoaquelasqueest~ao

asso iadas a regi~oes que apresentam maior densidade de objetos e ainda dis utimos

omo a arbitrariedadede ertos par^ametrospode afetar osresultados. Por m,

(20)

O Modelo

Em nosso trabalhodividimos o SistemaSolar em in o regi~oes ara terizando-as por

intervalos delimitados pelos valores de semi-eixo maior dos quatro planetasgigantes.

Mostramos, natabelaque se segue,o que ada uma destas regi~oes abrange:

Regi~ao Abrang^en ia Semi-eixomaior (UA)

Sol - J upiter Desde asproximidades doSol De 0.52 a 5.72

atepou oalemde Jupiter

J upiter - Saturno Desde Jupiterate pou o De 5.2a10.4

alem de Saturno

Saturno - Urano Aproximadamenteentre De 9.36 a19.25

Saturno e Urano

Urano - Netuno Aproximadamenteentre De 19.25 a 30.17

Urano e Netuno

Alem de Netuno

Transnetuno englobandoa regi~ao De 30.17 a52.0

do intur~ao de Kuiper

Tabela2.1: A divis~aodo SistemaSolar emregi~oes.

Consideramos em nosso estudo os sete maiores planetas do Sistema Solar

(V^enus, Terra, Marte, Jupiter, Saturno, Urano eNetuno), admitindo-os omo orpos

pontuais emutuamenteperturbadores. Devidoaofatode que,noSistemaSolar real,

os pequenos objetos apresentam massas relativamente pequenas quando omparadas



as massasdos planetas, des onsideramos, ent~ao, os efeitos gravita ionaisdestes sobre

(21)

en iaisparaoproblemaden- orposabaixo(Danby,1994,MurrayeDermott,(1999)): _ ~r i =~v i (2.1) _ ~v i = k 2 (m 0 +m i ) k~r i k 3 ~ r i +k 2 n 1 X j=1;j6=i m j ~r j ~r i k~r ij k 3 k 2 n 1 X j=1;j6=i m j ~r j k~r j k 3 (2.2) onde m 0  e a massa do Sol, m i

e a massa do i-esimo orpo, ~r

i

e o vetor posi ~ao do

i-esimo orpo om rela ~ao ao Sol, k 2



e a onstante da gravita ~ao universal, ~r

ij  e o

vetor posi ~aodoi-esimo orpo omrela ~aoao orpoj. Oprimeirotermo dasegunda

express~ao e a intera ~ao gravita ional entre o Sol e o orpo i. O primeiro somatorio

orrespondeaos termosdiretosdaperturba ~aoqueosoutrosn 2 orposexer emno

i-esimo orpo. Osegundo somatorio orrespondeaos termosindiretos,oqual

origina-se aoadotarmos o sistema de refer^en ia n~ao iner ial. Se o orpo i for uma part ula

teste ent~ao m

i =0.

Existemmuitosintegradoresquepodemserutilizadosparadeterminarasolu ~ao

numeri a do sistema de equa ~oes diferen iais a ima. Tais integradores s~ao

ara -terizados pela apa idade de resolver qualquer sistema de equa ~oes diferen iais

or-dinarias. Embora sejam pre isos, estes integradores demandam um tempo de

om-puta ~ao apre iavel. Este e opre o a ser pago pelageneralidade que eles apresentam.

Comainten ~aodeimplementaralgoritmosmaisvelozesparaoestudode

prob-lemas Hamiltonianos, Neri(1988), Forest e Ruth (1990),Yoshida (1990)propuseram

um algoritmosimpleti oparaoestudodeproblemasdin^ami osparaosquaisa

Hamil-toniana H(~q;~p) pode ser es rita omo a soma de de duas fun ~oes, uma das quais

depende apenas do momentop~e outra quedepende apenas da oordenada ~q

H(~q;~p)=T( ~p)+V(~q).

Assim, se o sistema evolui de um tempo ini ial t

o

para um tempo posterior

t

o

+,onde e opassode tempo,ent~aoointervaloentre t

o et

o

+ podeser dividido

em um numero inteiro n de subintervalos, onde o valorde n, o qual de ne a ordem

(22)

lim L() k , om k nito e real,

 !0  n

onde L()edado por

L()=maxk~q(k  n ) ~q k k, k=1;2;3;:::;n. em que ~q(k   n ) e a solu ~ao exata e ~q k 

e o valor forne ido pelo mapa. O esquema

simpleti o proposto estabele e que a evolu ~ao dos vetores ~q e ~p, em um passo de

tempo,edada por:

~ q 1 =~q 0 + 1  H  ~ p ( ~p 0 ;~q 0 ) ~ p 1 =~p 0 d 1  H  ~ q ( ~p 0 ;~q 1 ) ~ q 2 =~q 1 + 2  H  ~ p ( ~p 1 ;~q 1 ) ~ p 2 =~p 1 d 2  H  ~ q ( ~p 1 ;~q 2 ) ~ q 3 =~q 2 + 3  H  ~ p ( ~p 2 ;~q 2 ) ~ p 3 =~p 2 d 3  H  ~ q ( ~p 2 ;~q 3 ) : : : : : : ~ q n =~q n 1 + n  H  ~ p ( ~p n 1 ;~q n 1 ) ~ p n =~p n 1 d n  H  ~ q ( ~p n 1 ;~q n ) onde ~ q i =~q(t o +i  n )

omo o intervalo de tempo entre t

o e t

o

+ esta sendo dividido em n subintervalos

temos que: n X i=1  i = n X i=1 d i =: Portanto, os oe ientes i ed i

obede em aseguintepropriedade:

n X i=1 i = n X i=1 d i =1;

No aso parti ular emque o mapa utilizadoede 1 a

(23)

1 e d 1 =1. Se o mapafor de 2 a ordem,n =2, 1 = 2 = 1 2 ; d 1 =1ed 2 =0. E, se for de 4 a ordem, n=4, 1 = 4 = 1 2(2 2 1=3 ) ; 2 = 3 = 1 2 1=3 2(2 2 1=3 ) ; d 1 =d 3 = 1 2 2 1=3 ; d 2 = 2 1=3 2 2 1=3 ; ed 4 =0.

Paran =3n~aoexiste umaformaanalti apara os oe ientes

i ed

i

.

Normal-mente a pre is~ao de um mapa res e quanto maior for a sua ordem. Por outro lado,

podemos observar que a omplexidade do mapa tambem res e om n, o que pode

n~ao ser interessante, em fun ~ao do tempo de pro essamento que sera onsumido na

integra ~ao.

Ometodode integra ~aoqueadotamosebaseado nomapeamentode 2 a

ordem

de Wisdon e Holman (1992). Neste mapeamento o intervalo de tempo  (passo do

integrador)e dividido em duas partes e opro esso de integra ~aoe ara terizadopor

tr^es etapas:

1 - Na primeira etapa, emum intervalode tempoigual a 

2

, ada orpo evolui sua



orbita em torno do Sol independentemente dos demais. Em outras palavras,

o sistema evolui des onsiderando as intera ~oes mutuas entre os planetas bem

omo ain u^en iados planetasnas orbitas daspart ulas. Oestudoe,portanto,

onsiderado omo n 1problemas de dois orpose, utilizandoo algoritmo

ap-resentado emDanby (1988),aevolu ~aodosistemae determinadapelas fun ~oes

f eg de Gauss.

(24)

determinadas no primeiroestagio, o termo das perturba ~oes multipli adas por

.

3 - Finalmenterepete-seaprimeiraetapaondenovameteasintera ~oesmutuasentre

os orposs~aodes onsideradase,paraumintervalodetempoiguala 

2

,asfun ~oes

f eg deGausss~aoempregadasdeterminando,assim,aevolu ~aodosistemapara

a outra metadedo intervalode tempo.

No modelo omputa ional empregado as integra ~os s~ao efetuadas de forma

simult^anea para o movimento dos planetas e das part ulas e, monitorando em ada

passo de tempo a dist^an ia relativa das part ulas aos planetas, somos apazes de

dete tar ao orr^en ia de en ontros proximos.

Consideramos,emnossoestudo,oen ontroproximo omoasitua ~aoondeuma

part ula e en ontrada dentro da esfera de in u^en ia de algum planeta. O valor do

raiodaesferade in u^en ia deum planetafoi onsiderado omoadist^an iado\ponto

de equilbrio instavel interno", L

1

, ao respe tivo planeta. Como o nosso problema e

elpti oent~ao al ulamosopontodeequilbrioL

1

\instant^aneo",oqualedeterminado

em adapassodeintegra ~aosupondo,apenasparaefeitode al ulodeL

1

,queaorbita

do planetae ir ular. Esta de ni ~aoapresenta umvalorque n~aodifere muito doraio

da esfera de Hill. Com este riterio a ex entri idade do planeta produz um efeito

os ilanteno raiodaesfera de in u^en ia.

Comoebem onhe ido, quando uma part ula penetra naesfera de in u^en ia

de algum planeta os valores do semi-eixo maior e da ex entri idade desta part ula,

muitas das vezes, sofrem abruptas mudan as, passando a des rever uma orbita om

ara tersti a ompletamentediferentedaquepossuaanteriormenteaoen ontro,

po-dendo ulminar em uma olis~ao om o Sol ou om algum planeta, ou ate mesmo

adquirir uma orbita hiperboli a (em rela ~ao aoSol), fazendo om que esta part ula

seja ejetada do SistemaSolar. Na gura 2.1nos mostramos osresultados de uma

in-tegra ~aoondes~aoilustradososefeitos dosen ontros proximosnos elementosorbitais,

(25)

ri idade e ( ) da in lina ~ao de uma orbita om a o = 4:5 UA, e o = 0:05, i o = 1:65 o , o =78:0 o ,  o =199:4 o e$ o =122:2 o

. Os en ontros proximos s~ao mar ados quando

as linhas nas se tornam verti ais. O valor 4 nos gra os de linha na indi a que

a part ula penetrou na esfera de in u^en ia de Jupiter e o valor 5 indi a que este

fen^omeno o orreu om Saturno. Como podemos per eber, osinstantes dos en ontros

proximos est~ao,namaioriados asos, asso iadosamudan as substan iaisnos valores

dos par^ametros orbitaisa, e e i.

Como nosso trabalho onsiste em estudar a distribui ~ao dos pequenos orpos

em varias regi~oes doSistemaSolar, ent~aoo nosso interesseeidenti ar quaisorbitas

s~ao estaveis, no sentido de n~ao apresentarem en ontro proximo, uma vez que tais



orbitas ontribuemde modomaissigni ativoparaa ara teriza ~aodapopula ~ao de

objetosemumasubregi~aodoSistemaSolar. Emfun ~aodestefato,oquea onte eapos

o en ontro proximon~ao sera objeto de estudo neste trabalho. Assim, as integra ~oes

efetuadasaolongodestetrabalhos~aointerrompidasaposoinstanteemqueapart ula

(26)

Figura 2.1: In u^en ia dos en ontros proximos: (a)no semi-eixomaior, (b) na

ex en-tri idade e( ) nain lina ~ao. (b)

(27)

Resson^an ias de Movimento Medio

Como e bem onhe ido (ver, por exemplo, Mi helle Moons (1997)), os fen^omenos

de resson^an ias de movimento medio s~ao de grande import^an ia nos estudos da

dis-tribui ~ao dos pequenos orpos no Sistema Solar. O riterio que adotamos na

iden-ti a ~ao das resson^an ias de movimento medio onsiste em determinar se o ^angulo

ressonante  libra em torno de 0 o

ou 180 o

durante um determinado perodo de

in-tegra ~ao. A express~ao do ^angulo , a qual pode ser obtida do estudo da teoria de

perturba ~aoparaoproblemadetr^es orpos,rela ionaaslongitudesmediasdoplaneta

e da part ula,  m 1 e  m 2

, e a longitude do perielio da part ula, $

m 2 , da seguinte forma: =p m1 q m2 (p q)$ m2

onde p e q s~aointeirostais que

p q  n m 2 n m 1 ; onde n m 1 

e o movimento medio do planeta e n

m

2

o movimento medio da part ula.

Da express~ao do ^anguloressonante  a ima temos que:

$ m2 = p p q  m1 q p q  m2  p q (3.1)

(28)

m

2

a longitude media,

m

2

, dapart ula. Na gura 3.1mostramos oresultado de quatro

simula ~oes onde as equa ~oes (2.1) e (2.2) foramintegradas noespa o tridimensional

por um tempo de, aproximadamente, 47600 anos. As integra ~oes foram realizadas

empregando, para ada gra o da gura 3.1, 10000 part ulas. As longitudes ini iais

(do perielio, media e do nodo as edente) das part ulas foram es olhidas uniforme

e aleatoriamente entre 0 o

e 360 o

. As ex entri idades ini iais foram distribudas de

formauniforme nointervaloentre 0 e0.4easin lina ~oes ini iaisforamdeterminadas

randomi amente entre 0 o

e 30 o

, porem obede endo uma distribui ~ao gaussiana om

< i >= 0 o e desvio padr~ao  i = 10 o

. As ondi ~oes ini iais dos planetas foram

extradasdoTheAstronomi alAlmana (1996)paraadata07/02/1996. Cadagra o

mostrado na gura 3.1 orresponde auma resson^an iade movimento medio: a gura

3.1-a orresponde aresson^an ia 3:2 om Jupiter (grupo de Hilda,proximade 4 UA),

a gura3.1-b orrespondearesson^an ia4:3 omJupiter(Thule, proximade4.3UA),

a 3.1- a 4:5 om Saturno (situada perto de 11.2 UA) e a 3.1-d a 2:3 om Saturno

(nasproximidadesde 12.7UA).Ospontospretos orrespondema ondi ~oesini iaisde

part ulasquen~aosofreramen ontroproximoduranteotempodeintegra ~aoadotado.

As linhaslargas orrespondemaos valoresde $

m2 emfun ~aode  m2 dadospor3.1no aso emque=0 o

. Aslinhasestreitas, analogamenteaslinhaslargas, orrespondem

ao aso emque =180 o

(29)

Figura 3.1: A rela ~ao linear dada pela express~ao 3.1 entre os elementos $ m 2 e  m 2

para as regi~oes de resson^an iade movimentomedio: (a)resson^an ia 3:2 omJupiter,

(b) 4:3 om Jupiter, ( ) 4:5 om Saturno e(d) 2:3 om Saturno.

( ) (d)

Com o objetivode identi ar asprin ipais resson^an ias no SistemaSolar,

uti-lizamos um modelo planar, restrito e elpti o, onde os sete maiores planetas e as

part ulas evoluem suas orbitas em torno do Sol, o qual onstitui a origem do nosso

sistemaderefer^en ia. Asorbitasdaspart ulass~aoperturbadasportodososplanetas,

os quaistambemseperturbammutuamente. O onjuntodeequa ~oes diferen iaisque

des reve a din^ami ado sistemae dado pelas equa ~oes 2.1e 2.2, onde os vetores ~r,~v

e _

~v est~ao on nados em um mesmo plano. As ondi ~oes ini iais dos planetas foram

obtidas,projetando nae lpti a,osvalores deposi ~aoevelo idade al uladosapartir

dos dados extrados do The Astronomi al Almana , 1996. Para ada regi~aodes rita

(30)

aleatoriaeuniforme, es olhidasentre 0 e360 eaintegra ~aodomovimentode todas

part ulasini iounoperihelio. Nesta etapadotrabalhoadotamos, paraaregi~ao

inte-rioraSaturno,opassodetempo omoum inquentaavosdoperododeJupiter,oque

orrespondea,aproximadamente, 0.2372anos. Para asregi~oes exterioresaSaturno o

passo foi de um de imo do perodo de Jupiter (1:186 anos). As integra ~oes foram

pro essadas para um tempototal orrespondente a 1000 passos.

As omensurabilidades analisadas no estudo da identi a ~ao das prin ipais

resson^an ias de movimentomedio foram: 1:1, 1:2, 1:3, 1:4, 1:5, 1:6, 1:7, 1:8, 1:9, 2:3,

2:5, 2:7,2:9,3:4, 3:5,3:7,3:8, 4:5,4:7,4:9,5:6, 5:7,5:8,5:9,6:7, 7:8,7:9,8:9etambem

as raz~oes inversas. Oprograma desenvolvidoe apaz de veri ar, para ada uma das

40000 ondi ~oes ini iais em uma dada regi~ao, se existe alguma raz~ao de movimento

medio entre as men ionadas a ima para a qual o ^angulo ressonante  libra, durante

o tempode integra ~ao,emtorno de 0 o

ou180 o

.

Nas guras queseseguemmostramososresultados obtidosnoestudoda

iden-ti a ~ao de resson^an ias de movimento medio. Para melhorar a vizualiza ~ao, nestas

guras est~ao mostradas apenas as resson^an ias que apresentaram maior numero de

ondi ~oes ini iais, visto que algumas regi~oes apresentam um numero relativamente

grande de resson^an ias de movimento medio. Desta forma as regi~oes bran as

or-respondem a resson^an ias que apresentam menor numero de ondi ~oes ini iais om

o ^angulo  librando em torno de 0 o

ou 180 o

ou a ondi ~oes ini iais para as quais o

^

angulo  apresenta ir ula ~ao.

Asresson^an ias3:1,5:2e2:1na gura3.2est~aoasso iadasasgaps deKirkwood

no intur~ao prin ipal. Podemos tambem veri ar resson^an ias que est~ao asso iadas

a popula ~oes onhe idas de objetos, omo porexemplo, as resson^an ias 3:2 e 1:1, as

(31)

As omensurabilidades1:1 omJupiter/5:2 omSaturno,nas guras3.3-ae

3.3-b, respe tivamente, orrespondem ao grupo dos asteroides Troianos. As resson^an ias

1:1 om Saturno/2:5 om Jupiter, nas guras 3.3-b e 3.3-a, est~ao rela ionadas aos

pontos Lagrangeanos L

4 e L

5

de Saturno e, onforme nossa abordagem para

deter-minar a distribui ~ao de pequenos objetos que sera apresentada no aptulo 4, estas

resson^an ias orrespondemauma on entra ~ao depart ulasteste. Veremostambem

queoespa oentre JupitereSaturnoapresentaumpequenonumerode part ulasque

n~ao sofrem en ontro proximo, o que pode ser onsequ^en ia da grandequantidade de

(32)

( ) (d)

Figura 3.3: Resson^an ias na regi~ao Jupiter-Saturno: (a) om Jupiter, (b) om

Sa-turno, ( ) om Urano e(d) om Netuno.

Os resultados obtidosnoestudo daregi~aoentre Saturno eUrano s~ao

apresen-tados na gura 3.4. No aptulo 4 veremos que algumas destas resson^an ias est~ao

asso iadas a on entra ~oes de part ulasteste, omoas resson^an ias 4:7 om Saturno

e 1:1 om Urano (2:1 om Netuno). Veremos tambem que existem resson^an ias para

asquaiso orreo ontrario. Porexemploasresson^an ias8:7e7:6 omUrano, 9:4 om

Netuno e 2:5 om Saturno orrespondem, em semi-eixo, a regi~oes onde e pequeno o

(33)

( ) (d)

Figura3.4: Resson^an iasnaregi~aoSaturno-Urano: (a) omJupiter,(b) omSaturno,

( ) om Urano e (d) om Netuno.

As resson^an ias 1:1 om Urano/2:1 om Netuno nas guras 3.5- e 3.5-d

on-stituem, respe tivamente, a ontinua ~ao das guras 3.4- e 3.4-d e est~ao asso iadas

aos pontos de equilbrio Lagrangeanos L

4 e L

5

de Urano. Como podemos observar,

esta regi~ao apresenta um grande numero de resson^an ias de movimento medio,

(34)

( ) (d)

Figura3.5: Resson^an iasnaregi~aoUrano-Netuno: (a) omJupiter,(b) om Saturno,

( ) om Urano e (d) om Netuno.

Na gura 3.6 mostramos as prin ipais omensurabilidades om os planetas

Saturno, UranoeNetunoobtidasparaaregi~aoTransnetuno. Nenhumadas ondi ~oes

ini iais apresentou libra ~ao om Jupiter. Como veremos, as resson^an ias 2:3, 4:7 e

1:2 om Netuno orrespondem,emsemi-eixo,aregi~oes queapresentam on entra ~oes

de part ulas teste. Podemos observar que as resson^an ias 1:2 om Urano/1:1 om

Netuno que surgem nas guras 3.6-b e 3.6- se ompletam, respe tivamente, om os

(35)

(b) ( )

Figura 3.6: Resson^an ias na regi~ao Transnetuno: (a) om Saturno, (b) om Urano e

(36)

O Estudo da Distribui ~ao de

Pequenos Corpos no Sistema Solar

O metodo empregado neste aptulo onsiste em dividir ada uma das in o regi~oes

men ionadas na tabela 2.1 em em faixas ara terizadas por pequenos intervalos de

semi-eixo maior. Em ada uma destas faixas, onde a ex entri idade varia

uniforme-mente de 0.0 a 0.4, adotamos um grid 100 x 100 no espa o a-e orrespondendo ao

semi-eixo maior e ex entri idadeini iais das orbitas a serem integradas. Pro edendo

desta forma,aevolu ~ao orbitalde 1.000.000 de part ulasfoi determinada para ada

regi~ao. As equa ~oes do movimento dadas por (2.1) e (2.2) s~ao integradas ate que

a part ula penetre na esfera de in u^en ia de algum planeta ou ate que um tempo

limite seja atingido. Se dentro do prazo de integra ~aoa part ula penetrar na esfera

de in u^en ia de qualquer planeta a simula ~aoidenti a o instante que isto a onte e

e tambem om qual planeta o en ontro proximo o orreu. O valor empregado para

o passo foi P J 50 , onde P J

 11:9 anos e o perodo de Jupiter, e o tempo maximo de

integra ~ao foi 4000P

J

(47600anos).

No estudo via um modelo planar a longitude do perielio in ial foi, para as

part ulas, aleatoriamente determinada de 0 o

a 360 o

e a longitude media ini ial foi

0 o

. As ondi ~oes ini iais dos planetas foram obtidas a partir dos elementos orbitais

forne idospeloTheAstronomi alAlmana (1996)paraadata07/02/1996,projetando

(37)

duzidos de formaaleatoria, poremseguindo uma distribui ~aonormal onde adotamos < i >= 0 o e desvio padr~ao  i = 10 o

. Alem disso, om o intuito de n~ao in luirmos



obitas retrogradas,nos onsideramos apenasos valoresabsolutos de i forne idospelo

algoritmo desenvolvido om base no metodo de VonNewman; Sobol, J.M.(1983). A

situa ~ao des rita pode ser visualizada na gura 4.1, onde mostramos a distribui ~ao

gerada para uma subregi~ao parti ular, situada na regi~ao Jupiter - Saturno. Os

de-mais elementos lassi os, longitude donodoas endente, longitude media e longitude

do perielioforam distribudos uniformementee de formaaleatoria nointervalo de 0 o

a 360 o

. Neste estudo, os par^ametros orbitais dos planetas foram extrados do The

Astronomi alAlmana (1996)para a data 07/02/1996.

Figura4.1: Para ada faixafoiadotadaumadistribui ~aoaleatorian~aouniformepara

a in lina ~ao. O valor maximo e 30 o

e a urva normal esta entrada em 0 o

. O eixo

verti al dohistograma estanormalizado.

(38)

Sis-ao grande tempo de pro essamento normalmente requerido. Um numero

su ien-temente grande de part ulas teste distribudas de forma onveniente pode ser mais

interessantequeumestudorealizadoutilizandoumamodestaquantidadede ondi ~oes

ini iais. Por outrolado otempode integra ~aodeveser longoo su ientepara queos

variosfen^omenosinvestigadostenham ondi ~oes de semanifestar. Muitos estudosem

astronomia s~ao realizados tentando-se maximizar, na medida do possvel, estes dois

fatores.

O estudo que aqui propomos se diferen ia dos trabalhos ja desenvolvidos

ba-si amente por levar em onta um numero onsideravel de ondi ~oes ini iais que s~ao

integradas por um intervalo de tempo n~ao muito grande. A ideia fundamental

on-siste natentativade inferiralgunsresultadosdin^ami ospara onsideraveistemposde

evolu ~ao sem efetuar longas integra ~oes.

O fato de que no passado os impa tos entre pequenos e grandes orpos eram

mais frequentes do que nos dias atuais (ver por exemplo Shoemaker & Shoemaker

(1999)) nos leva a assumir que a taxa de o orr^en ia de en ontros proximos e uma

fun ~ao de res ente dotempo. Dividindoo tempototal de integra ~aoemk intervalos

de valort

t=

tem po total dei ntegra  ~a o k (4.1) e onsiderando queN ep

(nt) seja o numerode objetos quesofrem en ontroproximo

om algumplanetanointervalode tempoentre (n 1)tent, ondeneum inteiro

tal que n =1; 2; 3; :::; k, ent~ao podemos, a partir dos valores de N

ep

(nt) obtidos

da integra ~ao, determinar a lei de de aimento representativa de ada uma das em

faixas de uma dada regi~ao. Uma vez onhe ida aexpress~ao matemati aque des reve

a o orr^en ia dos en ontros proximos somos ent~ao apazes de determinar N

ep (nt)

para valores de n t~ao grandes quanto sejam ne essarios. Seja n

m a x

o valor de n a

partir doqualaquantidade de en ontros proximos possa ser onsideradadesprezvel.

Considerando">0 omoumnumerodespresveldeen ontrosproximosnumintervalo

t, ent~ao n

m a x

(39)

N ep (n m a x t)<"N ep (n m a x 1)t : (4.2) Conhe endo n m a x

podemos,para ada faixa, determinar otempomaximo

t

m ax =n

m a x

t; (4.3)

apartirdoqualopro essodeen ontros proximospodeserdes onsiderado. Onumero

de orbitas quen~aoapresentam en ontros proximos sera, ent~ao,dado por

N restante =N Total n max X n=1 N ep (nt)) (4.4) onde N Total

eo numeroini ial de part ulas em ada faixa. Fazendo

N nTotal = N restante N Total (4.5)

temos o numerorelativo de objetosque n~aosofrem en ontroproximoem ada faixa.

A maior parte deste estudo foi realizada adotando-se t = 200 P

J

, o que

orrespondeaproximadamentea2380anos. Maisadiantedis utiremos omoaes olha

do valordo t e de outros par^ametros pode afetar os resultados da distribui ~ao dos

pequenos objetos no Sistema Solar. Como o tempo empregado nas simula ~oes foi

de 4000P

J

e t = 200 P

J

, temos, de 4.1, que k = 20. Deste modo, utilizando os

resultados das integra ~oes determinamos, para ada faixa, os valores de N

ep

(nt),

onde 1  n  k(= 20). Com o objetivo de identi ar a express~ao matemati a

que melhor des reve a taxa temporal N

ep

(nt) de en ontros proximos, ajustes n~

ao-linearesforamfeitos onsiderandoseis leisde de aimentoatr^espar^ametros(a,b e ).

As formas de de aimentoutilizadasforam asseguintes:

N ep (nt)=alog  b nt+  (4.6)

(40)

N ep (nt)=alog b nt + (4.7) N ep (nt)=a+be nt (4.8) N ep (nt)=ae  b n t +  (4.9) N ep (nt)=ae 1 bn t+ ! (4.10) N ep (nt)=a(nt b) (4.11)

Realizamos, ainda,o ajuste n~ao-linearpara uma generaliza ~aodaleide

de ai-mento mista de Simoet al. 1995,de nida adois par^ametros,a e b, omo:

N ep (nt)=(nt) a log(nt) b (4.12)

Ospar^ametrosdasleisdede aimentoa imaforamdeterminados,viaajusten~ao

linear, para ada faixa daregi~aoSol-Jupiter. Comparandoo oe ientede orrela ~ao

R 2

forne ido peloajuste para ada leide de aimentopodemosidenti ar aquela que

melhor se ajusta aos dados obtidos pela integra ~ao. Os resultados s~ao apresentados

na gura 4.2. Como podemos veri ar a lei de pot^en ia apresenta, na maioria dos

asos, omaior valorpara R 2

e, portanto,o melhor ajuste. Com base neste resultado

(41)

Figura 4.2: (a)Compara ~ao do oe iente de orrela ~ao, R 2

, para sete leis de

de ai-mento. (b) Uma amplia ~aono eixo verti al de (a) permite-nos visualizar os valores

de R 2

proximos de 1. Como podemos observara leide pot^en ia foia que apresentou

o oe iente de orrela ~aomais proximode 1 para amaioria das faixas. O ret^angulo

transparente orresponde a regi~ao onde o numero de en ontros proximos e pequeno,

forne endo baixos valores para R 2

.

deste trabalho. A regi~ao delimitada pelo ret^angulo transparente orresponde a um

onjunto de faixas onde o metodon~ao eapli avel. O numero de en ontros proximos

nesta regi~aoe,dentro doprazo de tempoempregado nasimula ~ao, muito pequeno,o

que forne e baixos valores de R 2

para todas asleis de de aimentoanalisadas. Como

podemosnotar,ointervalodesemi-eixomaior ompreendidopeloret^angulo

transpar-ente orresponde, emboaparte, aregi~aodo intur~aodos asteroides.

Nas guras4.3-ae4.3-bmostramos,emgra oslog-log,oajusteforne idopela

lei de pot^en ia para duas diferentes faixas. A primeira orresponde ao intervalo de

semi-eixo entre 1.40462 UA e 1.45664UA e asegunda aointervaloentre 7.69939 UA

(42)

transparente da gura 4.2. Como podemos observar, o oe iente de orrela ~ao, R 2

,

obtidonoajusteda gura4.3-dapresentaum valorsigni ativamentemais baixoque

os outros tr^esajustes.

( ) (d)

(a) (b)

Figura 4.3: Oajusteaos dadosda integra ~aoforne idopelaleide pot^en ia: (a) para

uma faixa da regi~ao Sol-Jupiter, (b) para uma faixa da regi~ao Jupiter-Saturno, ( )

paraumafaixalo alizadanaregi~aodeThulee(d)paraumafaixalo alizadanaregi~ao

do ret^angulo da gura 4.2, onde o metodon~aoe apli avel.

Com o numero de en ontros proximos, N

ep

(nt), forne ido pela integra ~ao,

determinamos, via ajuste n~ao-linear, os par^ametros a, b e da lei de pot^en ia para

ada faixa de todas as regi~oes do SistemaSolar. Empregando a express~ao 4.11 para

determinar onumerode en ontros proximose adotando"=1obtemos, pormeio das

express~oes 4.2 e 4.3, o valordo tempo maximo t

m a x

a partir do qual a o orr^en ia de

en ontros proximos pode ser des onsiderada e, pela express~ao 4.5, determinamos o

numero relativoN

nTotal

de objetos quepermane emem ada faixa.

Na gura4.4mostramos,para aregi~aoSol-Jupiter,ogra o deN

nTotal xt

m a x .

(43)

nTotal m a x

faixa. Por meio desta gura podemos on luir que n~ao existe uma orrela ~ao bem

de nida entre ospar^ametrosN

nTotal e t

m a x

(uma orrela ~aolinear, porexemplo,seria

visualizada, na gura 4.4, omo um alinhamento dos pontos em torno de uma reta

media). Desta forma oproduto t

m a x N

nTotal

pode ser um par^ametroimportantena

ara teriza ~ao da distribui ~ao de objetos. De fato, omo mostraremos na proxima

se ~ao, o produto t

m a x N

nTotal

se aproxima melhor da distribui ~ao observada de

pe-quenos objetosederesultadosobtidosemoutrostrabalhos,queospar^ametrosN

nTotal

ou t

m a x

onsiderados separadamente. Em fun ~ao deste fato o produto t

m a x N

nTotal

sera de nido omo par^ametro de popula ~aolo al, P

PL : P PL =t m a x N nTotal : (4.13)

Figura4.4: A n~ao orrela ~aoentre N

nTotal et

m a x

paraaregi~aoSol-Jupiternomodelo

n~ao planar. Para asdemais regi~oes, tanto para omodelo planar omopara o modelo

n~ao planar,N nTotal e t m a x s~aosemelhantemente n~ao orrela ionados. 4.1 O Modelo Planar

4.1.1 Regi~ao Sol-Jupiter

Na gura 4.5mostramos os gra osde t

m a x , N

nTotal eP

PL

(44)

nTotal

enquantoquet

m a x

,paraomesmovalordesemi-eixo,apresentaummaximo(altovalor

relativo). Proximo a 4.0 UA temos um maximo em N

nTotal

e um mnimo em t

m a x e

o mesmo a ontesse para 3.5 UA e 3.7 UA. Entre 3.75 UA e 3.85 UA t

m a x

apresenta

valores onsideraveisenquantoN

nTotal

apresentabaixos valores; eomaximoquet

m ax

apresenta nas proximidades de 3.65 UA orresponde a um mnimo em N

nTotal . O

mesmojan~aoa onte e paraointervaloentre4.5UAe5.0UAonde t

m a x eN

nTotal

ap-resentamvalorespequenos,eentre5.0UAe5.5UAondeambosapresentammaximo.

Per ebemos tambem que os maximos e os mnimos de N

nTotal

que surgem para os

valores de semi-eixo menores que 1.5 UA est~ao todos semelhantemente asso iados a

baixos valores de t

m a x

. Toda esta omplexidade e, sem duvida, proveniente da n~ao

exist^en ia de orrela ~ao entre os par^ametros t

m a x e N

nTotal

, onforme dis utido na

se ~aoanterior.

Agora, analizando a gura 4.5- , veri amos que o P

PL

apresenta maximos

para valores de semi-eixo maior orrespondentes ao grupo de Apollo (entre 1.2 UA

e 1.5 UA), ao grupo de Hungaria (em 2.0 UA), ao grupo de Cybele (em 3.5 UA),

ao grupo Hilda (resson^an ia 3:2, em 4.0 UA), a Thule (resson^an ia 4:3, em 4.3 UA)

e aos asteroides Troianos (resson^an ia 1:1, em 5.2 UA). O maximo em 3.7 UA,

res-son^an ia 5:3, pare e n~ao onstituir um grupo onhe ido de asteroides. Osret^angulos

de or inza que s~ao apresentados na gura 4.5 orrespondem, em semi-eixo maior,

aos ret^angulos transparentes da gura 4.2.

Na gura 4.6 mostramos a distribui ~ao observada de objetos. Nesta gura

foram onsideradosapenasosasteroidesnumerados omexe entri idadesmenoresque

0.5ein lina ~oesinferioresa10 o

. Nesta guraas olunasdohistogramat^emlargurade

0.052 UA,oque orresponde alarguraadotadade adafaixa paraobten ~ao da gura

4.5. A es ala verti al foi limitada em 100 para melhor visualiza ~ao dos lo ais om

menornumerodeasteroides. Comparandoas guras4.5- e4.6podemos on luirque

queopar^ametrode popula ~olo al,P

PL

,pare e onstituir umaboaaproxima ~aopara

o estudo dadistribui ~aode pequenos objetos,uma vez que amaioriadas regi~oes que

apresentam altosvalores doP

PL

(45)

Figura 4.5: A regi~ao interna a Jupiter: (a) gra o do tempo de deple ~ao, (b) do

numero relativode objetos remane entes e( ) oproduto dos gra os (a)e (b). (b)

( )

4.1.2 Regi~ao entre Jupiter e Saturno

Na gura 4.7 apresentamos os resultados obtidos para a regi~ao entre Jupiter e

Sat-urno. Como podemos observar, t

m a x e N

nTotal

apresentam valores onsideraveis nas

proximidades de 5.2 UA, o que produz um P

PL

bem alto naregi~ao dos Troianos. O

maximoque o gra o do P

PL

apresenta emtorno de 9.6UA esta rela ionado om as

vizinhan as dos pontos L

4 e L

5

de Saturno. Osmaximos queoP

PL

apresenta em 7.2

(46)

atraves deuma integra ~aopara10 9

anos. Alinha horizontalmostrada na gura4.7-

orresponde aovalordo P

PL

da regi~aode Thule, na gura 4.5- . Comopodemos

ob-servar,opar^ametrode popula ~aolo alquearegi~aoentre JupitereSaturnoapresenta

e, ex eto nas proximidades de Jupiter, menor que o P

PL

de Thule. De fato, pou os

objetos s~ao onhe idos nesta regi~ao alemdos asteroides Troianos.

Figura 4.7: Os gra os: (a) do t

m a x

, (b) doN

nTotal

e ( ) do P

PL

para a regi~aoentre

Jupitere Saturno. (a)

(b)

( )

Utilizandoo metododes rito no aptulo 3identi amos, nos gra osdo P

PL ,

as prin ipais resson^an ias de movimento medio. Nas guras que seguem as olunas

retangulares indi am regi~oes de resson^an ia media om um determinado planeta. A

linha na ontnua indi a as resson^an ias om Jupiter e a linha mais larga ontnua

indi a as resson^an ias om Saturno. As resson^an ias om Urano e Netuno s~ao

indi- adas pelas linhas tra ejadas, na e larga, respe tivamente. O entro destas barras

orrespondeaovalormedioemsemi-eixomaior,<a>

ress

,dasresson^an iasanalisadas

e a largura das barrase 2

ress

, sendo 

ress

o desvio padr~ao, em semi-eixo maior, de

ada resson^an ia. A altura das barras, dada por N

r

(47)

numero totalde ondi ~oes ini iaisem ada regi~ao. Desta formaasbarrasmais largas

indi amresson^an iasque obremummaiorintervalode semi-eixo,enquantoqueuma

barra mais alta aponta a regi~ao onde foi maior o numero de ondi ~oes ini iais que

apresentaram libra ~aodo^angulo rti o duranteo tempo de integra ~ao adotado.

Figura 4.8: A determina ~ao dos lo ais que apresentam resson^an ias de movimento

medio (barras verti ais) no estudo da distribui ~ao de objetos (gra o do P

PL ) na

regi~aoentre Jupitere Saturno.

Na gura4.8podemosobservarqueosmaximosnas proximidadesde7.2UAe

7.4UAn~ao orrespondemao entrodenenhumadasresson^an iasdemovimentomedio

analisadas. Entre estes maximos temos as resson^an ias 3:5 om Jupiter e 3:8 om

Saturno. Entre5.5 UA e7UAeentre 7.5UAe 9UAobservamos um grandenumero

de resson^an iasdemovimentomedio,oquepode tersidoresponsavelpelobaixovalor

doP

PL

paraestesintervalosdesemi-eixo. Naregi~aode Jupiter,emaproximadamente

5.2 UA,podemosobservarumaresson^an ia om Jupiter(1:1) asso iadaaosTroianos.

Nesta regi~ao observamos tambem resson^an ias om dois outros planetas, sendo elas

a 5:2 om Saturno e 7:1 om Netuno. O maximo em 9.4 UA orresponde ao entro

(48)

Osresultadosobtidosparaaregi~aoSaturno-Uranos~aomostradosna gura4.9. Como

podemos notar, os maximos que t

m ax

apresenta para 13 UA, 13.8 UA, 14.25 UA e

14.4 UA est~ao asso iados a baixos valores de N

nTotal

, o que reduz o P

PL

para estes

valores de semi-eixo maior. Podemos observar tambem que os maximos que o P

PL

apresenta nas proximidades de 12 UA, 12.5 UA, 13.5 UA e entre 14.7 UA e 16 UA

est~ao asso iados aos altos valores que N

nTotal

apresenta para estes valores de

semi-eixo. Os maximos que P

PL

apresenta nas proximidades de 9.6 UA e 19.3 UA est~ao

asso iados aos hipoteti os troianos de Saturno e Urano, respe tivamente. A linha

horizontal na gura 4.9- mostra o valor do P

PL

da regi~ao dos Troianos na gura

4.5- . Como podemos veri ar, em 12.5 UA e 13.5 UA o P

PL

e superior ao P

PL dos

Troianos. As vizinha as destesvaloresde semi-eixomaior s~ao, portanto,boas

andi-Figura 4.9: A regi~ao entre Saturno e Urano: (a) gra o dot

m a x , (b) do N nTotal e ( ) do P PL . (a) (b) ( )

datas a possurem on entra ~oes de pequenos orpos. O maximo em 12.5 UA e o

pi o em16UA tambemforamen ontrados porGrazieret al. 1999. Contudo nosn~ao

(49)

ri a em resson^an ias de movimento medio. Em 9.6 UA veri amos, novamente, as

resson^an ias 1:1 om Saturno e 2:5 om Jupiter. O maximo que o P

PL

apresenta

em 12.5 UA orresponde a resson^an ia 2:3 om Saturno e o maximo em 13.5 UA

orresponde ao entro da resson^an ia 3:5 om Saturno. Osmaximos doP

PL

em 14.8

UA e 15.3 UA n~ao orrespondem ao entro de nenhuma das resson^an ias analisadas.

Em 15.9 UA oP

PL

possiu um maximoque orresponde aresson^an ia 4:3 om Urano

e opequeno pi oem17 UA orresponde aresson^an ia 7:3 om Netuno. Em19.3 UA

temos a resson^an ia 1:1 om Urano. O maximo que o P

PL

apresenta em 18.9 UA

orrespondearesson^an ia 2:1 omNetuno eagap em 19.2 UA aresson^an ia 1:7 om

Jupiter.

Figura 4.10: A determina ~ao dos lo ais que apresentam resson^an ias de movimento

medio no estudoda distribui ~aode objetos naregi~aoentre Saturno eUrano.

4.1.4 Regi~ao entre Urano e Netuno

Na gura4.11apresentamos osgra ospara aregi~aoentre UranoeNetuno. Aes ala

(50)

m a x PL

esta asso iadoaos hipoteti ostroianos de Netuno. Como podemos observar,a gura

4.11- apresenta, em 19.6 UA, 21.9 UA, 22.5 UA, 24 UA e 26 UA, valores que n~ao

diferem muito do P

PL

de Thule. Portanto n~ao esperamos que sejam en ontrados

muitos objetos entre 19.5 UA e 29 UA. Holmam 1997 en ontrou on entra ~oes de

objetosestaveis para 4.5Gyr naregi~aoentre Urano eNetuno. O baixovalordo P

PL

que veri amos para esta regi~ao e, ontudo, onsistente om o fato de que apenas

quatro part ulas al an aram100 Myr notrabalhode Grazieret al. 1999.

Figura 4.11: Os resultados obtidos para a regi~ao entre Urano e Netuno: (a) para o

t m a x , (b) para oN nTotal e ( ) para o P PL . (a) (b) ( )

Comopodemosveri ar,omaximoem19.6UAnas guras4.11 e4.12ea

on-tinua ~aodas guras4.9e4.10, orrespondendoaresson^an ia1:1 omUrano. Podemos

observartambem, na gura4.12, que os pi os em21.9 UA e 22.5 UA n~ao

orrespon-dem ao entro de nenhuma resson^an ia e que entre eles temos tr^es resson^an ias: em

22 UA temos a 2:7 om Saturno e a 8:5 om Netuno e, um pou o a direita, em 22.3

UA, temos a4:5 om Urano. Omaximodo par^ametro de popula ~aolo alem24 UA

(51)

PL

proximoa 30UA orresponde aresson^an ia 1:1 om Netuno.

Figura 4.12: A determina ~ao dos lo ais que apresentam resson^an ias de movimento

medio no estudoda distribui ~aode objetos naregi~aoentre Urano e Netuno.

4.1.5 Regi~ao Transnetuno

Os resultados obtidos para a regi~ao Transnetuno s~ao mostrados na gura 4.13. Da

mesma forma que na gura 4.11-a, a es ala verti al da gura 4.13-a esta logaritmi a

para melhor visualiza ~ao dos valores pequenos de t

m a x

. Como podemos observar,

o gra o do P

PL

da regi~ao transnetuniana e mar ada pela presen a de inumeros

maximos, sendo alguns superiores ao P

PL

dos Troianos. Os pi os nas proximidades

de 43.7 UA e 47.7 UA orrespondem, respe tivamente, as resson^an ias 4:7 e 1:2,

ambas om Netuno, onde s~ao observados aglomerados de objetos. O gra o do P

PL

apresenta um pi o em 39.6 UA, o qual esta asso iado a resson^an ia 2:3 om Netuno,

onde tambem e observada uma popula ~ao de objetos (lembramos, entretanto, que

estes resultados foramobtidosdomodelo planar. Como seramostrado nase ~ao4.2.5

este maximoebem mais a entuado no modelo 3-D).Algumas das faixas situadasno

(52)

Figura4.13: Aregi~aotransnetuniana: (a)gra odot m ax ,(b)doN nTotal e( )doP PL . (b) ( ) de orrela ~ao R 2

n~ao muito satisfatorios. Portantoos gra os de t

m a x , N

nTotal e P

PL

podem, para alguns valores de semi-eixo deste intervalo,n~aoserem muito on aveis.

Na gura 4.14 podemos observar que omaximoem30.8 UA n~ao orresponde

Figura 4.14: A ara teriza ~aode resson^a ias de movimentomedio na distribui ~ao de

pequenos objetos daregi~aoTransnetuno.

ao entrode nenhumaresson^an iade movimentomedio. Omaximoem35UA

(53)

tivamente, asresson^an ias2:3, 5:8e3:5, todas omNetuno. Osmaximosem43.7UA

e em47.7 UA orrespondemas resson^an ias 4:7e 1:2, ambas omNetuno. A gap em

40 UA orresponde a resson^an ia 1:3 om Urano.

4.2 O Modelo 3-D

4.2.1 Regi~ao Sol-Jupiter

Na gura4.15 mostramososresultados obtidosnoestudodomodelon~aoplanarpara

a regi~ao Sol-Jupiter. Como podemos notar, a regi~ao onde o ajuste n~ao e on avel,

mar ada pela faixa inza, aumentou om rela ~ao ao modelo planar. Os pi os que o

P

PL

apresenta nas proximidades de 4 UA e 4.3 UA orrespondem, respe tivamente,

ao grupo de Hilda, resson^an ia 3:2, e Thule, resson^an ia 4:3. Podemos observar

tambemaltosvaloresdoP

PL

para aregi~aodos Troianos,resson^an ia1:1, em5.2UA.

Comparando as guras4.5- e4.15- notamosqueo maximoem3.7UA, resson^an ia

5:3, desapare e para o modelo n~ao planar. O alto valor que o P

PL

apresenta nas

proximidades de 0.52 UA n~ao orresponde a nenhum grupo de asteroides onhe ido.

Entretantolembramosaqui quenomodelo adotadon~ao foiin ludoMer urio. Assim

n~aosabemos oefeitodesteplanetanoP

PL

paraa regi~aosituadanas proximidades de

0.52 UA.

4.2.2 Regi~ao entre Jupiter e Saturno

Na gura 4.16 e mostrado o resultado obtido para a regi~ao entre Jupiter e Saturno.

Comparando as guras 4.7 e 4.16 podemos observar que, para esta regi~ao, o modelo

planar e o modelo tridimensional n~ao apresentam signi ativas diferen as. A linha

horizontalmostraoP

PL

daregi~aode Thuleobtidonomodelon~aoplanar(em 4.3UA

na gura4.15- ). Oaltovalorqueo P

PL

(54)

as-(b)

( )

Figura 4.15: A regi~ao interna a Jupiter: (a) gra o do tempo maximo de deple ~ao

de objetos, (b) do numero relativo de objetos remane entes e ( ) o par^ametro de

popula ~aolo al.

teroidesTroianos,eopi oem9.65UAestarela ionadoaospontosL

4 eL

5

deSaturno.

Como podemosobservar,os pi osque oP

PL

apresenta em 7.2 UA e7.4 UA possuem

valores quen~aodiferem muito doP

PL

de Thule.

Na gura 4.17 podemos observar que o maximo do P

PL

nas proximidades de

Saturno, em 9.65UA, esta asso iadoaduasresson^an ias. S~aoelasa1:1 om Saturno

e 2:5 om Jupiter. Da mesma forma que no modelo planar, os pequenos pi os em

7.2 UA e7.4 UA n~ao orrespondemao entro de nenhuma resson^an ia de movimento

medio. Proximo a Jupiter, em 5.2 UA, temos as resson^an ias 1:1 om Jupiter, 5:2

(55)

Figura 4.16: Regi~ao entre Jupiter e Saturno: (a) gra o do tempo de deple ~ao, (b)

do numerorelativo de objetosremane entes e ( ) o produtodos gra os (a) e(b). (b)

( )

Troianos. Como podemos observar a maior parte desta regi~ao e oberta por

res-son^an iasdemovimentomedio. Possivelmenteestaeraz~aopelaqualoP

PL

apresenta,

para esta regi~ao,baixos valores.

Figura 4.17: A determina ~ao de resson^a ias de movimento medio no gra o do P

PL

(56)

Os resultados obtidos no estudo da regi~ao entre Saturno e Urano s~ao mostrados na

gura 4.18. Comparandoas guras 4.9e4.18notamosque,nesta regi~ao,ain lina ~ao

produziu uma grande diferen a na distribui ~ao dos pequenos orpos. Podemos

ob-servar na gura 4.18- que o par^ametro de popula ~ao lo al apresenta, em 13.9 UA,

um maximorelativamentemais altoque o P

PL

dos Troianos. Notamos tambemque

os maximos do par^ametro de popula ~ao lo al em11.6 UA, 12.8 UA, 13.1 UA e 13.6

UA apresentam valores proximos ao P

PL

dos Troianos. Portanto, diferentemente da

regi~aoentre JupitereSaturno, aregi~aoentre Saturno eUrano ofere e ondi ~oes mais

favoraveisaexist^en ia deregi~oes om on entra ~oes de pequenos orpos. Oret^angulo

inza entre 19.1 UAe 19.3UA esta obrindo umaregi~aoondeonumerode en ontros

proximos foi, dentro doprazo de integra ~ao, pequeno, o quen~ao nos permitiu

deter-minar, omseguran a, ospar^ametrosdaleide pot^en ia. Omaximoqueen ontramos

Figura 4.18: Regi~ao entre Saturno e Urano: (a) gra o do t

m a x

, (b) do N

nTotal e ( )

do par^ametro de popula ~ao lo al, P

PL . (a)

(b)

(57)

Grazier et al. 1999 en ontram dois outros pi os, em 12.5 UA e 16 UA, que nos n~ao

obtemos.

Analisando a gura 4.19 veri amos que o maximo do P

PL

em 9.65 UA

or-responde a duas resson^an ias de movimento medio, sendo elas a 2:5 om Jupiter e

1:1 om Saturno. Os maximos que o P

PL

apresenta em11.6 UA e 12.8 UA n~ao

or-respondem ao entro de nenhuma das resson^an ias de movimento medio analisadas.

O maximo em 13.1 UA orresponde ao entro da resson^an ia 1:4 om Jupiter. O

maximo em 13.6 UA orresponde a resson^an ia 5:3 om Urano e o maximo em 13.9

UA n~ao orrespondeao entrodenenhumaresson^an ia. Agapem13UA orresponde

Figura 4.19: A ara teriza ~ao dos lo ais que apresentam resson^an ias de movimento

medio nogra o do P

PL

obtido no estudoda distribui ~aode objetos na regi~aoentre

Saturno e Urano.



a resson^an ia 9:5 om Urano e a gap em 14.15 UA as resson^an ias 2:9 om Jupiter

e 5:9 om Saturno. O maximo que o P

PL

apresenta em 14.3 UA n~ao orresponde

ao entro de nenhuma resson^an ia de movimento medio estudada. Como podemos

observar,ogra odoP

PL

apresenta,nointervalodesemi-eixoentre 14.5UAe18UA,

valores baixos, o que pode ser uma onsequ^en ia do grande numero de resson^an ias

(58)

4.2.4 Regi~ao entre Urano e Netuno

Na gura4.20mostramososgra osdot

m a x ,N

nTotal eP

PL

paraaregi~aoentreUranoe

Netuno. ComopodemosnotarosmaximosqueN

nTotal

apresentanasproximidadesde

22.9UA,24.9UA,25.15UA,25.4UAe29.4UAest~aotodosasso iados,nestesmesmos

valores de semi-eixo, a mnimos no gra o do t

m a x

. As faixas inza que apare em

em torno de 19.5 UA e 30 UA est~ao, da mesma forma que nos asos anteriores,

obrindo faixasondeonumerodeen ontrosproximosfoipequenodentrodotempode

integra ~aoe,portanto,n~aonos permitiuobterum bomajustepara aleide pot^en ia.

Como podemos observar, o gra o do par^ametro de popula ~ao lo al apresenta, em

22.9 UA, 24.9 UA, 25.15 UA, 25.4 UA e 29.4, valores quen~ao diferemmuito doP

PL

Figura 4.20: Osresultados obtidos para aregi~aoentre Urano e Netuno. (a)ogra o

do t m a x , (b) doN nTotal e ( ) do P PL . (a) (b) ( )

dos Troianos. O maximoque obtemosem 25.4 UA on rma o resultado de Holmam

1997 no qual objetos nas vizinhan as de 25.6 UA permane eram na integra ~ao por

(59)

proximidadesde 24.6 UAs~ao apazes de permane ernaintegra ~aopor4.5Gyr.

Gra-zier et al. 1999observaramqueosobjetosnas vizinhan as de24.5 UAs~aoeliminados

da integra ~ao antes de 100 Myr. Como podemos observar, o P

PL

que obtemos para

este intervalo de semi-eixo foi baixo. Grazier et al. 1999 veri aram que, na regi~ao

entre Urano e Netuno, apenas quatro de 10000 ondi ~oes ini iais permane eram por

100 Myr. De fato, a maior parte desta regi~ao e ara terizada por baixos valores de

P

PL .

Figura 4.21: A determina ~ao dos lo ais que apresentam resson^an ias de movimento

medio no estudoda distribui ~aode objetos naregi~aoentre Urano e Netuno.

Podemos observar, nas guras 4.20 e 4.21, que a faixa inza entre 19.3 UA e

19.6 UA e a ontinua ~ao da faixa inza das guras 4.18 e 4.19, orrespondendo as

resson^an ias 1:7 om Jupiter, 1:1 om Urano e 2:1 om Netuno. O maximo que o

P

PL

apresenta em 22.9 UA n~ao orresponde ao entro de nenhuma das resson^an ias

de movimentomedioestudadas eesta situadaentre asresson^an ias 7:9 om Urano (a

esquerda) e3:2 omNetuno (adireita). OmaximoqueoP

PL

apresentaem29.4 UA,

omo podemosveri ar,tambemn~ao orrespondeao entrode nenhumaresson^an ia.

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