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MECANISMOS DE REAÇÕES

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Academic year: 2021

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MECANISMOS DE REAÇÕES

Prof. Harley P. Martins Filho

• Reações elementares

Reações que acontecem em apenas uma etapa são reações elementares. A molecularidade da reação elementar é o número de moléculas que reagem.

Reação elementar unimolecular:

Cada molécula tem uma probabilidade intrínseca de se decompor (ou isomerizar) em um dado intervalo de tempo  velocidade da reação é proporcional à quantidade de moléculas presentes.

Cinética de primeira ordem:

Exemplo: interconversão ciclopropano ⇌ propeno

] [ ] [ A k dt A d P A 

(2)

Reação elementar bimolecular:

Velocidade da reação é proporcional ao número de encontros de moléculas A e B, que é por sua vez proporcional às respectivas concentrações.

Cinética de segunda ordem:

 Reações elementares bimoleculares têm cinética de segunda ordem, mas o inverso nem sempre é verdade.

Exemplo: Reação CH3I(alc) + CH3CH2Oˉ(alc) 

CH3OCH2CH3(alc) + Iˉ(alc) é de primeira ordem nos dois reagentes mas a reação H2(g) + I2(g)  2HI(g) não é.

] ][ [ ] [ B A k dt A d P B A  

• Reações elementares consecutivas

Reações unimoleculares consecutivas: ka kb

A I P

Variação das concentrações com o tempo:

Decomposição unimolecular de A: (I)

Formação líquida de I: (II)

Decomposição de I para P: (III)

] [ ] [ A k dt A d a   ] [ ] [ ] [ I k A k dt I d b a   ] [ ] [ I k dt P d b

(3)

Lei de velocidade (I) integrada: Substituindo em (II):

Solução para a equação diferencial de primeira ordem

Aplicando ao caso, y = [I], x = t, f(x) = kb e g(x) = ka[A]0e-kat t k a b t k a a e A k I k dt I d e A A      0 0 ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ C dx x g e y e x g x yf dx dy dx x f dx x f       

( ) ) ( ) ( ) ( ) (

e

C

k

k

A

k

C

dt

e

A

k

I

e

C

dt

e

A

k

e

I

e

t k k a b a t k k a t k t k a dt k dt k a b a b b a b b

  

) ( 0 ) ( 0 0

)

(

]

[

]

[

]

[

]

[

]

[

Condição de contorno: t = 0  [I] = 0

Solução:

Para cálculo de [P], em qualquer instante, [A] + [I] + [P] = [A]0

) ( ] [ ) ( ] [ 0 1 0 0 a b a a b a k k A k C C k k A k         

kt kt

a b a t k t k k a b a t k k a b a t k b a b a b a b b

e

e

k

k

A

k

I

e

e

k

k

A

k

I

e

k

k

A

k

I

e

    

)

(

]

[

]

[

1

)

(

]

[

]

[

1

)

(

]

[

]

[

0 ) ( 0 ) ( 0 0

]

[

1

]

[

A

k

k

e

k

e

k

P

a b t k b t k a a b

 

(4)

Se o interesse for a produção de I, é necessário saber o momento de concentração máxima:

b a b a t k a t k b t k b t k a a b a k k k k t e k e k e k e k k k A k dt I d a b b a ln 1 0 ) ( ] [ ] [ max 0              

Usando tmax na eq. para [I],

Quanto menor kb em relação a ka, maior o rendimento máximo em [I].               b a b k k k b a k k A I]max [ ]0 [ ka = 10kb

 Aproximação da etapa determinante No caso em que kb ≫ ka, e-kbt ≪ e-kat e k

b – ka ≈ kb

Formação de P fica dependente somente da menor entre as duas constantes de velocidade  Etapa ‘A  I’ é a etapa determinante da velocidade  Lei de velocidade global equivale à lei da etapa determinante. Pode-se obter equações cinéticas simplificadas considerando-se mecanismo reduzido apenas à etapa determinante.

Aplicação da aproximação ao exemplo das duas reações unimoleculares consecutivas: desprezamos a segunda etapa, reduzindo o mecanismo a ‘A  P’, com constante ka.

Consumo de A: Solução integrada:

A

A

e

kat

0

]

[

]

[

0 ] )[ 1 ( ] [P  ekat A 0

]

[

1

]

[

A

k

k

e

k

e

k

P

a b t k b t k a a b

  ] [ ] [ A k dt A d a  

(5)

Perfil de reação:

RDS = Rate Determinant Step

k1 k2 k3 k4 k5 Reação genérica: A  I1 I2 I3 I4 P

k4

Se k4 ≪ k1, k2, k3 e k5, reação se reduz a A  P Para a cinética de formação de P

considerar apenas a relação estequiométrica com A:

[A] + [P] = [A]0  [P] = [A]0 – [A] = (1 – e-kat)[A]

0

 Igual ao resultado simplificado a partir do resultado exato.

 A aproximação do estado permanente

Se etapa inicial é a mais lenta, depois de um período de indução as concentrações de intermediários ficam aproximadamente constantes (e baixas) na maior parte do tempo.

Exemplo das duas etapas unimoleculares consecutivas com kbka: kb= 10ka [P] [I] [A] t ] [ ] [ ] [ I k A k dt I d b a   ] [ ] [ A k dt A d a   ] [ ] [ I k dt P d b ka kb A I P t ka e A A][ ]0  [

Lei de velocidade (I) integrada: (I)

(II)

(6)

Substituindo em (III): [ ] k [I] k [A] dt P d a b  

Substituindo eq. integrada para [A]:

0 0 0 0 0 0

]

)[

1

(

1

]

[

]

[

]

[

]

[

]

[

A

e

e

k

A

k

dt

e

A

k

P

e

A

k

dt

P

d

t k t t k a a t kt a t k a a a a a    

 Igual ao resultados aproximados obtidos anteriormente.

Aproximação do estado permanente: na equação (II), considerar d[I]/dt ≈ 0.

0 =ka[A] – kb[I] ou [I] ≈ (ka/kb)[A]

Comparação dos resultados para duas reações unimoleculares consecutivas com kb = 10ka. Curvas vermelhas correspondem aos resultados da aproximação do estado permanente.

(7)

Exemplo: deduzir a lei de velocidade da decomposição do N2O5,

2N2O5(g)  4NO2(g) + O2(g)

admitindo o seguinte mecanismo:

N2O5 NO2 + NO3 ka NO2 + NO3 N2O5 ka’ NO2 + NO3 NO2 + O2 + NO kb NO + N2O5 NO2 + NO2 + NO2 kc Cinética para o reagente N2O5:

(I) Mas a lei de velocidade deve ser expressa com concentrações apenas de reagentes (e produtos em alguns casos).

] ][ [ ] ][ [ ] [ ] [ 5 2 3 2 5 2 5 2 k N O k NO NO k NO N O dt O N d c a a      0 ] ][ )[ ( ] [ ] ][ [ ] ][ [ ] [ ] [ 0 ] ][ [ ] ][ [ ] [ 3 2 5 2 3 2 3 2 5 2 3 5 2 3 2             NO NO k k O N k NO NO k NO NO k O N k dt NO d O N NO k NO NO k dt NO d b a a b a a c b

Intermediários: NO e NO3. Aproximação do estado permanente: (II) (III) (IV) (V) De (III), De (II), ) ( ] [ ] ][ [ ] ][ [ ) ( ] [ ] ][ [ 5 2 3 2 5 2 5 2 3 2 b a c a b c b b a a k k k O N k k NO NO k k O N NO k k O N k NO NO       

(8)

Substituindo (IV) e (V) em (I): ] [ ) ( 2 ] [ ] [ ) ( ) ( ) ( ] [ ) ( ] [ ] [ ] [ 5 2 5 2 5 2 5 2 5 2 5 2 5 2 O N k k k k dt O N d O N k k k k k k k k k k k k O N k k k k k O N k k O N k dt O N d b a b a b a a b b a a a a b a c a b c b a a a a                             

Cinética da formação do produto O2:

Substituindo (IV): (Cinética de 1a ordem) ] ][ [ ] [ 3 2 2 NO NO k dt O d b

[ ] ] [ 5 2 2 O N k k k k dt O d b a a b     Pré-equilíbrios ka kb Exemplo: A + B ⇌ I  P ka

Obtendo a lei de velocidade para o produto através da aproximação do estado permanente:

(I) (II) Se d[I]/dt ≈ 0, ] [ ] [ ] [ ] [ ] ][ [ ] [ I k dt P d I k I k B A k dt I d b b a a      b a a

k

k

B

A

k

I

[

][

]

]

[

(9)

Substituindo em (II):

Se ka’ ≫ kb, k = ka kb/ ka’.

Alternativamente, consideramos que se ka’ ≫ kb, forma-se um pré-equilíbrio entre [A], [B] e [I], que pode ser aproveitado para obtenção de equações cinéticas simplificadas.

Utilizando o pré-equilíbrio para tratamento da cinética: Constante de equilíbrio da primeira etapa:

[I] = K[A][B] Substituindo em (II):

 Mesmo resultado que o da aproximação do estado permanente com ka’ ≫ kb ] ][ [ ] ][ [ ] [ B A k B A k k k k dt P d b a b a     a a

k

k

B

A

I

K

]

][

[

]

[

] ][ [ ] ][ [ ] [ B A k k k B A K k dt P d a a b b   

• Reações unimoleculares

Isomerização do ciclopropano em fase gasosa C3H6(g) ⇌ CH3CH═CH2(g) v = k[C3H6]  O mecanismo de Lindemann-Hinshelwood

Excitação por colisão: A + A  A* + A (I)

Desativação de A*: A* + A A + A (II)

Formação dos produtos: A* P (III)

(IV)  Intermediário da reação: A* ] [ ] [ ou ] [ ] [ ] ][ [ ] [ ] [ ] [ * * * * * 2 * A k dt P d A k dt A d A A k dt A d A k dt A d b b a a       

(10)

Aproximação do estado permanente:

Substituindo em (IV): (V)

Se [A] for muito alta (limite de pressão alta), k’a[A] ≫ kb  Cinética de 1a ordem ] [ ] [ ] [ 0 ] [ ] ][ [ ] [ ] [ 2 * * * 2 * A k k A k A A k A A k A k dt A d a b a b a a          ] [ ] [ ] [ 2 A k k A k k dt P d a b a b    a b a k k k k A k dt P d     [ ] [ ] onde

Mas se [A] for muito baixa (limite de pressão baixa), k’a[A] ≪ kb

 Cinética de 2ª ordem

Teste experimental da teoria: reescrevendo (V) na forma de eq. cinética de pseudo-primeira ordem:

Constante de velocidade de pseudo-primeira ordem k depende de [A]. Mede-se então várias velocidades iniciais para valores diferentes de [A], calculando-se k para cada [A] (v0 = k[A]0 k = v0/[A]0).

Invertendo equação da definição de k:

Relação linear 1/k  1/[A]

2 ] [ ] [ A k dt P d a   ] [ ] [ onde ] [ ] [ A k k A k k k A k dt P d a b b a    

]

[

1

1

A

k

k

k

k

k

a b a a

(11)

Exemplo: isomerização do trans-CHD═CHD

 Aparece curva na região inicial ([A] alta). Valores de k reais são maiores do que os extrapolados da reta em [A] baixa (falha na teoria)

 A energia de ativação de uma reação composta

Para o limite do mecanismo de Lindemann-Hinshelwood em pressões altas:

 Energia de ativação global: Ea = Ea(a) + Ea(b) - E’a(a)

Se Ea(b) é da magnitude de Ea(a): Ea(a) + Ea(b) > E’a(a) Ea > 0

(12)

Se Ea(b) é pequena Ea(a) + Ea(b) < E’a(a) Ea < 0  Energia de ativação negativa, k diminui com T

Neste caso, destivação de A* é a

etapa mais sensível à temperatura  Se T aumenta, desativação fica muito rápida  falta intermediário para a formação dos produtos. No limite de pressões baixas, k = ka k aumenta com T.

Referências

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