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Direito Administrativo

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Academic year: 2021

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Direito Administrativo

Profª Tatiana Marcello

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AULA 06

Olá turma, olá pessoal do EaD, estamos de volta para nossa aula de número 6.

Hoje o conteúdo é a Lei de Improbidade Administrativa, parece chata só pelo nome, mas é bem legal de ver, uma coisa boa.

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Em verde pessoal é tudo o que a gente já viu, deixei ali bem à mostra para vocês.

O interessante aqui é que eles não cobram toda a lei para nós. Vão ser só os tópicos que deixei aqui, não tem a parte chata que é o procedimento da ação, as penalidades. Tem todo o grande, o recheio da lei, a parte básica no edital.

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Essa lei vamos ver quase todos os artigos, podem acompanhar pelos slides ou pela apostila. Depois vamos pegar um por um de todos esses detalhes.

Nem sempre a improbidade é para benefício próprio, às vezes é para benefício de outro. O servidor não pode se valer do benefício do cargo para gerar dano ao erário.

Nós temos a lei própria, mas na CF já tem artigos sobre a questão. É um dos casos para perda de direitos políticos a improbidade.

Improbidade não é crime, por si só. Dependendo de qual foi o ato seja tipificado como crime, mas em termos genéricos não é crime. A lei não trata como crime, trata como dano ao erário, trata como suspensão de direitos políticos.

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Existe uma exceção, quando o Presidente da República responde como crime de responsabilidade. Ele deveria, em tese, ser o último a praticar tal ato.

A questão das pedaladas fiscais foi um bom tema, aplicaram algumas sanções mas outras não. Para nosso concurso não levamos esse caso em conta, pois isso estava sendo aplicado pela primeira vez.

A ação de improbidade é uma ação civil pública, judicial.

Para vocês memorizarem, o artigo 37 da CF é o RIPS.

Exemplo: A pessoa fez uma fraude na licitação para uma empresa ganhar. A construtora ganhou

a licitação e deu para a pessoa um carro importado como presente, uma mansão. O que pode acontecer para essa pessoa é a Perda da função pública (se aplica para todos os agentes públicos). Além disso a suspensão dos direitos políticos, por um prazo determinado pela lei, dependendo da gravidade do ato. Cuidem a confusão com perda de direitos políticos e a perda da função pública. Suspensão é por um tempo, a perda é para sempre. Além disso a pessoa vai ter que ressarcir os cofres públicos, devolver todo o dinheiro que foi desviado. Mas raciocinem que se a pessoa ganha os ‘presentes’ e começa a ser investigada. Aí a pessoa começa a vender os bens, se desfazer para não precisar ressarcir o erário. Porém uma das consequências é a indisponibilidade dos bens, que é o bloqueio dos bens enquanto durar a investigação. A pessoa pode ficar com os bens, mas não pode utilizar, para caso de condenação ela tenha como devolver o dano ao erário.

Muitas vezes essa indisponibilidade é definida antes de se iniciar o processo (medida cautelar) para garantir os bens.

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O artigo 1º vai trazer quem que pode sofrer o ato administrativo, a improbidade. Para ser ato de improbidade, deve ser contra órgão público. Onde há dinheiro público pode haver ato de improbidade.

Se tem uma entidade que só 40% de dinheiro é público e alguém atenta contra, responde pela lei de improbidade mas só em relação ao dinheiro público, não ao ato todo em si.

Vimos quem pode sofrer e no artigo 2º traz quem pode efetuar o ato.

Quem pratica, em regra, é agente público. Porém qualquer pessoa ou entidade que induza ou concorra à prática também responde pelo ato.

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O STF decidiu por súmula que deve haver conluio com ente público para que haja o ato. Já o STJ através também de súmula decidiu que estagiário do serviço público também responde, mesmo sendo um aprendiz.

Normalmente a banca pede o artigo, mas no caso do CESPE sempre aplica súmula, então quando tiver algo assim, lembrem das súmulas sobre o conluio.

Podem ser todos esses da tabela. Qualquer um que praticar um ato de improbidade vai sofrer a ação.

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A prova pode perguntar quem são os sujeitos do ato. Existe o passivo e o ativo. O passivo é quem sofre o ato, no caso, a Administração Pública, enquanto o sujeito ativo é aquele que pratica.

Pode ser que a prova pergunte em caso de ação de improbidade quem é o sujeito ativo do ato e quem é o sujeito ativo da ação civil pública. Nesse caso, é o contrário. O sujeito ativo da ação é quem entra, no caso quem sofreu o dano, a Administração. O passivo da ação aí será o agente ativo do ato. Cuidem o que eles pedem, qual o enunciado se é o ato ou a ação.

Os artigos 4º, 5º e 6º vão tratar de 3 das modalidades de ato de improbidade.

Mais adiante vamos tratar deles com maior detalhamento.

Aqui se aplica o LIMP – Legalidade, Impessoalidade, Moralidade e Publicidade. O ‘E’ de eficiência foi inserido no caput do art 37 em 1998, e essa lei é anterior.

Enriquecimento ilícito é aquilo que a pessoa que praticou o ato recebeu pelo dano, recebeu como ‘presente’.

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No caso de enriquecimento ilícito ou lesão ao patrimônio, a liminar será concedida mediante pedido do Ministério Público para que os bens bloqueiem,

O valor indisponibilizado será o necessário para a pessoa devolver aquilo que retirou do erário, não é todo o patrimônio.

A banca adora o artigo 8º, então a atenção é dobrada. A dívida em caso de morte fica para os herdeiros do sujeito ativo do ato. A administração pode cobrar até o limite do valor da herança. Se a dívida for de 500 mil mas a herança tiver somente 300 mil, a dívida limite de se cobrar são os 300 mil. Se o herdeiro usufruir desse valor com bens, a Administração poderá reter os bens para pagamento da dívida.

Mas quais são os atos de Improbidade?

Basicamente serão três modalidades, que em 2016 teve o acréscimo de mais um. Esse último veremos de forma isolada porque é mais fácil.

Cada uma dessas modalidades tem uma lista extensa. E a prova vai dar um desse item da lista e pedir em qual modalidade ele se encaixa. Como é extensa demais e não tem como decorar, existem macetes para que isso fique pelo menos mais fácil de identificar.

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Porém antes eu preciso dizer uma coisa: Os atos considerados como enriquecimento ilícito são os mais graves. Ato que cause prejuízo ou lesão aos cofres públicos são os mais ou menos graves. Os que atentam contra princípios são os menos graves. O último depois vemos.

Os atos de enriquecimento ilícito, por exemplo, receber dinheiro para não fazer uma vistoria, receber uma ferrari como ‘presente’ para facilitar uma licitação.

Teremos atos que serão de lesão aos cofres públicos, mas não que signifiquem que a pessoa enriquece com o ato, mas alguma conduta que resulte em prejuízo aos cofres.

Teremos ainda ato que não causa prejuízo nem enriquece ou cause vantagem, mas é contra os princípios cometer tal ato.

Sempre que um ato for uma soma de modalidades, ele sempre será classificado como o ato mais grave entre os cometidos.

Ato mais grave tem que ter sido praticado com dolo, com intenção. Senão não é ato de improbidade. É algo bem estranho mas é o que a lei diz. Ato de enriquecimento ilícito, para ser considerado ato de improbidade tem que ser considerado com dolo.

Ato médio que causar prejuízo ao erário será de qualquer forma ressarcido. Por dolo ou culpa, o agente ativo deverá ser responsabilizado e deverá ressarcir o dano.

Ato que atente contra princípios sempre terá que ser considerado somente se for com dolo. A culpa (imprudência, negligência ou imperícia) não é considerada nesse caso.

A questão vai definir se for dolo ou culpa mas na vida real é difícil provar o dolo ou culpa, é mais questão de moralidade por isso tantos passam impunes.

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Vou trazer o macete:

Os atos que importam enriquecimento ilícito tem uma coisa em comum: Todos trazem a ideia

de que o próprio agente se beneficiou.

Os atos que causam prejuízo ao erário não dizem que o agente se beneficiou.

Os atos que atentam contra os princípios dão ideia de subsidiariedade. Se o agente não se

beneficiou ou não beneficiou alguém então deve ser ato que atenta contra os princípios. Praticamente todas elas se consegue resolver com essa dica.

A dica é prestar atenção no verbo. A banca não troca palavras do meio dos incisos, mas sim dá

o ato e pede a modalidade.

Enriquecimento Ilícito é perceber (receber) vantagem patrimonial indevida.

Apesar da lei trazer listas gigantes, é um rol meramente exemplificativo, são exemplos. Não são somente os exemplos. São os exemplos e muito mais o que surgir de enriquecimento ilícito ou outra modalidade.

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Quando você toma posse, tem que fazer uma declaração para dizer o que você tem, e a cada ano deve ser atualizado com os bens (como se fosse o IRPF). Serve para a Administração visualizar se o servidor está tendo enriquecimento ilícito.

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Todos eles falam em aceitar, receber, perceber. Beneficiamento próprio.

Acabamos com a lista de enriquecimento ilícito, passamos à lista de danos ao erário.

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Lá no enriquecimento dizia em aceitar, receber. Aqui já aparece sobre permitir ou facilitar. Se percebe a diferença no verbo, se há vantagem própria ou somente dano ao erário.

ATENÇÃO ao inciso VIII – Frustrar licitação é prejuízo ao erário, é diferente de frustrar concurso

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O inciso XII cai bastante, muita gente acha que é enriquecimento ilícito mas veja como é de terceiros!

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Quando diz agir negligente é ato culposo, é de alguém que se beneficiou.

Terminada a lista dos Danos ao Erário, vamos à lista de atos que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública.

Não diz sobre benefícios, seja próprio ou de terceiros, mas diz sobre algo fora da normalidade, da legalidade.

Se a questão perguntar se é dolosa ou culposa, lembra que é só dolosa. Normalmente a questão pergunta especificamente ou dá indícios. Pode ser que venha pedindo jurisprudência.

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ATENÇÃO ao inciso X que é novo, entrou esse ano como ato contra princípio.

Ele deveria estar no prejuízo ao erário, mas colocaram aqui.

Cuidado aqui nas diferenciações. Frustrar licitação é lesão ao erário, e frustrar concurso público é mais leve, ato contra princípios.

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Só lendo esse artigo para tentar entender o que é.

Isso diz que constitui ato de improbidade fazer coisa contrária ao que diz o caput e o § 1º do artigo 8º da LC 116/2003. Atentem para o mínimo de 2% do Imposto, que é para evitar a guerra fiscal entre os municípios.

Exemplo: sou prefeita do Município A e uma empresa quer se instalar no meu município. Aí Fulana é prefeita do Município B e diz para a empresa que o imposto será isento de ISSQN se a empresa trocar de localidade.

Por isso que vai ser ato de improbidade se o servidor conceder, aplicar ou manter um benefício de alíquota inferior aos 2%.

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Vamos para as questões então, pois é até aqui que o edital cobra.

R: Letra B.

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R: Certo. Olha como dá a ideia de dolo na parte de ‘desafeição’.

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R: Certo.

Muito bem, encerramos a aula 6.

Ainda teremos outras pela frente, nos encontramos na próxima! Até mais!

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