8 - Anexo ao balanço e à demonstração de resultados referente ao exercício económico de 2011
8.1. – Caracterização da entidade
8.1.1 – Identificação
Designação: Instituto Politécnico de Viseu (IPV) Endereço: Av.ª José Maria Vale de Andrade Código de classificação orgânica: 11.1.04.27.01
Código de classificação orgânica PIDDAC: 15.8.04.27.01 Tutela: Ministério da Educação e Ciência
Regime Financeiro: Serviços e Fundos Autónomos NPC: 680 033 548
8.1.2 – Legislação
Constituição: Decreto-Lei n.º 513-T/79 de 26 de Dezembro
Orgânica e funcionamento interno
Estatutos: Despacho Normativo n.º 12-A/2009 publicado na 2ª Série do Diário da República nº 61/2009, de 27/03/2009.
Natureza Jurídica: O IPV é uma pessoa colectiva do direito público dotado de autonomia estatutária, científica, pedagógica, cultural, administrativa, financeira, patrimonial e disciplinar.
8.1.3 – Estrutura organizacional institucional
O IPV integra as seguintes unidades de ensino e investigação: -Escola Superior de Educação de Viseu
-Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu -Escola Superior Agrária
-Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego -Escola Superior de Saúde
O IPV dispõe de Serviços Centrais orientados para o apoio técnico ou administrativo às actividades do IPV e das unidades orgânicas nele integradas, cuja estrutura organizacional é:
8.1.4 – Descrição sumária das actividades
Ao Instituto cabe-lhe nomeadamente:
-A criação, transmissão e difusão do saber de natureza profissional, através da articulação do estudo, do ensino, da investigação, orientada e do desenvolvimento experimental;
-A realização de ciclos de estudos visando a atribuição de graus académicos, bem como de cursos secundários, de cursos de formação pós-graduada e outros, nos termos da lei;
-A criação do ambiente educativo apropriado às suas finalidades; -A realização de investigação e o apoio e participação em instituições científicas;
-A transferência e valorização económica do conhecimento científico e tecnológico;
-A promoção e apoio à inserção dos estudantes e dos seus diplomados no mundo do trabalho;
-A realização de acções de formação profissional e de actualização e conhecimentos;
-A prestação de serviços à comunidade e de apoio ao desenvolvimento;
-A cooperação e o intercâmbio cultural, científico e técnico com instituições congéneres, nacionais e estrangeiras;
-A contribuição, no seu âmbito de actividade, para a cooperação internacional e para a aproximação entre os povos, com especial destaque para os países de língua oficial portuguesa e os países europeus;
-A produção e difusão de conhecimentos e da cultura.
Tendo em conta o atrás exposto, a descrição sumária das actividades
desenvolvidas, no ano 2011, encontram-se descriminadas no ponto 3 do relatório de gestão.
8.1.5 – Recursos Humanos
Identificação dos responsáveis pelo Conselho de Gestão
Presidente Engº Fernando Lopes Rodrigues Sebastião
Vice-Presidentes Prof. Doutora Maria Paula Oliveira Carvalho
Engº Pedro Rodrigues Dr. José dos Santos Costa
Administrador Dr. Mário Luís Guerra Sequeira e Cunha
O efetivo deste Instituto, à data de 31/12/2011, era constituído por 653 trabalhadores, dos quais:
Docentes Dirigentes Não Docente
438 10 205
Dos 438 docentes, apenas 390,1 correspondem a docentes equivalentes a tempo inteiro (ETI´s) dado que muitos estavam contratados em regime de tempo parcial.
Os docentes equivalentes a tempo inteiro, por Escola integrada, eram:
ESEV ESTGV ESAV ESSV ESTGL
Nº Docentes ETI´s M 44,1 127,7 19,5 14.,8 17,5
F 50,6 47,1 21,5 26,9 20,4
Total 94,7 174,8 41 41,7 37,9
Os docentes ETI´s encontravam-se distribuídos da seguinte forma:
Docentes Categorias Nº
Docentes
Observações Artigo 30º
do RJIES
CARREIRA Professor Coordenador 45 Dos quais 44 em regime de tenure
40%
Professor Adjunto 131 Dos quais 44 estão em
CTFP-TI em regime experimental
TOTAL 176
Assistentes 1º triénio 86,4
60% Prof Adjunto convidados 22,5
Assistente 2º triénio 105,2
TOTAL 214,1
TOTAL GERAL 390,1
A modalidade de vinculação por grupos e género encontra-se refletida no quadro seguinte:
CT em funções públicas por tempo
indeterminado CT em Funções Públicas a termo resolutivo certo Comissão de serviço no âmbito da LVCR Totais Dirigentes M 6 6 F 4 4 Total 10 10 Docentes M 93 143 236 F 71 131 202 Total 164 274 438
Pessoal Não Docente M 71 71
F 134 134
Total 205 205
Totais M 164 143 6 313
F 205 131 4 340
O pessoal não docente encontrava-se assim distribuído pelas diversas unidades integradas:
Serviços Centrais
ESEV ESTGV ESAV ESSV ESTGL Total
Nº Trabalhadores M 22 7 21 8 6 4 68 F 32 29 31 14 20 11 137 Total 54 36 52 22 26 15 205 Estrutura 26,3% 17,6% 25,4% 10,7% 12,7% 7,5%
Os 10 dirigentes encontram-se distribuídos internamente da seguinte forma:
Serviços Centrais
ESEV ESTGV ESAV ESSV ESTGL
Nº dirigentes M 6 1
F 2 1
Total 8 2
Estrutura 80% 20%
De salientar que 4 dirigentes desempenham o cargo de Presidente e Vice-Presidentes do IPV e estão contabilizados em termos de docentes ETI´s.
Esta informação encontra-se claramente detalhada no relatório de gestão (ponto 12).
8.1.6 – Organização contabilística
O Instituto Politécnico aprovou em 13.04.2012, um manual de controlo interno ao nível:
-do fundo de maneio -despesa
-gestão de existências
-aquisição de bens e serviços -execução de obras e empreitadas
-processamento de remunerações, abonos e regalias -liquidação e cobrança de receita
-cadastro e inventário dos bens
No âmbito da implementação do sistema de gestão de qualidade estão criados procedimentos e impressos próprios no que diz respeito à aquisição de bens e serviços.
Durante o ano económico de 2011 utilizou-se o livro de registos de faturas, conta correntes dos movimentos bancários e folha de cofre. Aqueles documentos estão informatizados.
O arquivo de documentação é feito por rubrica orçamental e fonte de financiamento. O processo de arquivo é constituído pelos seguintes elementos:
proposta de requisição e/ou informação do serviço/departamento que requisitou o bem e/ou serviço
cabimento de verba
requisição oficial ou cópia do contrato (quando aplicável) factura do fornecedor
documento de autorização do pagamento documento de pagamento
De acordo com o estipulado no Decreto de Execução Orçamental nº72-A/2010, de 18 de Junho, são elaborados mensalmente os mapas 7.1 e 7.2 –
Mapas de controlo de execução orçamental – Despesa e receita previsto no POC - Educação.
8.1.7– Outra informação considerada relevante
A prestação de contas é feita de acordo com o POC-Educação e apresentada apenas nessa versão.
A Instituição foi escolhida, em 2007, como instituição piloto, para prestar conta on-line ao Tribunal de Contas, e a partir dessa data efectuou a prestação de contas através daquele sistema.
8.2- Notas ao balanço e à demonstração de resultados 8.2.1- Princípios e normas contabilísticas adoptadas
Os princípios e normas contabilísticas adoptados foram os constantes no POC - Educação, de forma a dar uma imagem verdadeira e apropriada do activo, passivo e resultados desta Instituição de Ensino Superior.
8.2.2-Indicação e comentário das contas do balanço e demonstração de resultados
Não se verificou nenhuma alteração na política contabilística da instituição durante o exercício económico.
8.2.3-Critérios valorimétricos
O imobilizado corpóreo, incluindo os investimentos adicionais ou complementares, está valorizado ao custo de aquisição. Relativamente aos edifícios do domínio público (Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego e Escola Superior de Educação) o valor inscrito é o valor constante da matriz acrescido do valor das obras de ampliação e remodelações ocorridas (ao custo de aquisição).
Em 27/11/2008 foram enviados, pela Direcção Geral de Tesouro e Finanças, os autos de cessão daqueles dois imóveis, tendo o IPV solicitado esclarecimentos
sobre as cláusulas dos referidos autos (em 09/02/2009) não tendo até à presente data recebido qualquer resposta.
O edifício da Escola de Saúde está registado, em inventário, de acordo com o valor constante na matriz predial acrescido do valor de obras de ampliação e remodelação ocorridas (ao custo de aquisição).
As amortizações estão calculadas de acordo com o método das quotas constantes, sendo utilizadas para o efeito as taxas máximas permitidas previstas no Decreto Regulamentar nº2/90, de 12 de Janeiro, para os bens com entrada em funcionamento até 31 de Dezembro de 1999, e na Portaria nº 671/2000, de 17 de Abril, em data posterior.
Os livros e revistas, constantes do inventário da Instituição, não estão sujeitos a amortização.
As disponibilidades em Instituições Financeiras estão expressas pelos montantes dos saldos das contas de depósitos e meios de pagamento. Não existem disponibilidades em moeda estrangeira
8.2.7-Movimentos ocorridos nas rubricas do activo imobilizado
Os movimentos ocorridos nas principais rubricas do activo imobilizado e amortizações respectivas encontram-se descritos nos quadros seguintes:
Imobilizado corpóreo
euros-
Rubricas Saldo inicial Reforços Regularizações Saldo final
Abates regular De imobilizações corpóreas:
Terrenos e recursos naturais... 833.240,35 833.240,35 Edifícios e outras construções... 27.156.184,09 128.650,12 27.284.834,21 Equipamento e material básico... 9.737.731,39 229.442,04 35.529,24 131,31 9.931.512,88 Equipamento de transporte... 604.881,83 253.701,68 858.583,51 Ferramentas e utensílios... 320.761,90 6.596,64 2.530,90 -310,75 325.138,39 Equipamento administrativo... 5.741.987,38 125.030,26 13.318,79 5.853.698,85 Taras e vasilhame...
Amortizações
Rubricas Saldo inicial Reforços Regularizações Saldo final
De imobilizações corpóreas:
Terrenos e recursos naturais...
Edifícios e outras construções... 5.507.399,70 523.583,30 0,00 6.030.983,00 Equipamento e material básico... 8.052.013,90 547.197,47 -35.951,94 8.563.259,43 Equipamento de transporte... 505.028,79 55.219,42 55.866,68 616.114,89 Ferramentas e utensílios... 276.822,72 17.004,97 -2.530,90 291.296,79 Equipamento administrativo... 5.257.195,11 193.719,22 -13.741,53 5.437.172,80 Taras e vasilhame...
Outras imobilizações corpóreas... 222.600,46 35.520,35 17,73 258.138,54 19.821.060,68 1.372.244,73 3.660,04 21.196.965,45
8.2.12- Imobilizado em curso
Em 2011 existia imobilizado em curso no montante de 502.745,27€ referente ao:
-Projecto para ampliação da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego.
-Projecto para construção do pavilhão polidesportivo multiusos do
Campos Politécnico do IPV.
-Projecto para construção de unidade pedagógica e de investigação do
Departamento de Indústria Alimentar da ESAV.
-Empreitada do pavilhão polidesportivo multiusos do Campos
8.2.17-Títulos negociáveis
Em 2011 efetuámos a renovação da aplicação financeira em certificados especiais de dívidas de curto prazo (CEDIC), na Direcção Geral do Tesouro, pelo período de 9 meses no seguinte montante:
Data da renovação Referência da aplicação Valor inicial contabilístico Valor nominal do reembolso Valor do reembolso líquido Taxa de juro 06-04-2011 67578 10.000.000,00 10.153.504,44 10.120.500,90 2,062%
Para estas aplicações houve lugar a pagamento de juros, no montante de 120.500,90€, por parte do Instituto de Gestão do Crédito Público, em 30-12-2011.
Estas aplicações encontravam-se vencidas à data de 31/12/2011.
8.2.23- Dívidas de cobrança duvidosa
Em 2011 não existiam dívidas de cobrança duvidosa de curto prazo.
8.2.31- Provisões acumuladas
8.2.32- Fundo Patrimonial
O fundo patrimonial aumentou significativamente, de 2010 para 2011, na ordem de 5%, em virtude de termos tido um resultado líquido do exercício positivo e ainda decorrente da doação de um autocarro por parte de Caixa Geral de Depósitos no valor de 197.835,00€.
2011 2010
Património 34.592.843,89 34.592.843,89
Reservas decorrentes da transferência de activos
-10.020,39 -10.020,39
Doações 204.586,80 6.751,80
Resultados transitados -8.436.125,01 -9.566.144,48
Resultado líquido do exercício 1.143.686,27 1.130.019,47
Total Fundo Patrimonial 27.494.971,56 26.153.450,29
Os movimentos ocorridos nos fundos próprios foram:
Saldo inicial Reforços Regularizações Saldo final
Património 34.592.843,89 34.592.843,89 Doações 6.751,80 197.835,00 204.586,80 Reservas decorrentes da transferência de activos -10.020,39 -10.020,39 Resultados transitados -9.566.144,48 -1.130.019,47 -8.436.125,01
Resultado líquido do exercício 1.130.019,47 1.143.686,27 +1.130.019,47 1.143.686,27
26.153.450,29 1.341.521,27 0,00 27.494.971,56
8.2.33 Demonstração do custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas -em euros
Código
de conta Movimentos Produtos acabados e
intermédios Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 33 Existências iniciais 8.546,63 Compras 14.428,01 Regularização Existências finais 7.399,93 Custo no exercício 15.574,71
8.2.34- Demonstração da variação da produção
- em euros-
Código
de conta Movimentos Produtos acabados e
intermédios
Existências finais 6.203,38
Regularização de existências
Existências iniciais 2.648,08
Aumento(/ Redução no exercício 3.555,30
8.2.37-Demonstração dos resultados financeiros
-em euros-
Código de conta
Custos e perdas Exercício Códig o de conta
Proveitos e ganhos Exercício
2011 2010 2011 2010
681 Juros obtidos 47,80 13,61 781 Juros obtidos 153.504,44 67.419,00
682 Perdas em entidades ou subentidades 782 Ganhos em entidades ou subentidades 683 Amortizações de investim,. em imóveis 783 Rendimentos de imóveis 684 Provisões para aplicações financeiras 784 Rendimentos de particip de capital 685 Diferenças de câmbio desfavoráveis 785 Diferenças de câmbio favoráveis 687 Perdas na aplicações de tesouraria 786 Descontos de pronto pagamento obtidos 688 Outros custos e perdas
financeiras 55.260,92 38.868,38 787 Ganhos na alienação de aplicações de tesouraria 788 Outros proveitos e ganhos financeiros Resultados financeiros 98.195,72 28.537,01 153.504,44 67.419,00 153.504,44 67.419,00
Como se pode verificar os resultados financeiros aumentou em cerca de 127,7% comparativamente ao ano anterior, neste caso resultante fundamentalmente da taxa de juro de 0,9% para 2%.
8.2.38-Demonstração dos Resultados Extraordinários
-em
euros-Código de conta
Custos e perdas Exercício Código de conta
Proveitos e ganhos Exercício
2011 2010 2011 2010
691 Transferência de capital concedidas
791 Restituições de impostos
692 Dívidas incobráveis 7892 Recuperação de dívidas
693 Perdas em existências 793 Ganhos em existências 24,65
694 Perdas em imobilizações 205,24 794 Ganhos em imobilizações 150,00
695 Multas e penalidades 3,25 21,66 795 Benefícios de
penalizações contratuais 696 Aumentos de amortizações e provisões 796 Reduções de amortizações e provisões 697 Correcções relativas a exercícios anteriores 70.568,98 6.535,46 797 Correcções relativas a exercícios anteriores 63.195,63 6.802,16 698 Outros custos e perdas
extraordinárias 124.788,97 798 Outros proveitos e ganhos extraordinários 397.032,41 348.897,69 Resultados extraordinários 264.866,84 349.112,14 460.228,04 355.874,50 460.228,04 355.874,50
Os resultados extraordinários tiveram uma diminuição na ordem dos 29% de 2010 para 2011.
8.2.39 - Outras informações consideradas relevantes para melhor compreensão da posição financeira e dos resultados
O valor constante na rubrica de fornecedores no activo no montante de 100€, corresponde a uma nota de crédito de um fornecedor, recebida no final do ano.
À data da elaboração das Demonstrações Financeiras, existem um conjunto de processos em contencioso, intentados contra o IPV, cujo desfecho se desconhece.
Dividem-se em três grupos:
1. Processos em que o Instituto intervém na qualidade de réu, conjuntamente
com outras entidades, cuja eventual obrigação isolada, não é possível de determinar;
2. Processos cujos valores das ações se encontram definidos apenas para efeitos
de valor de ação em Tribunal. (encontram-se nessa situação processos que totalizam 95.000,01 euros e correspondem basicamente a ações administrativas de pretensão conexa, com actos administrativos)
3. Outros processos cujo valor reclamado ascende a 277.242,61 euros.
De salientar que historicamente não há registos de condenações em processos semelhantes, ressalvada condenação decorrente de montante não pago, referente a mudança de escalão por promoção, no montante de 14.710,27€.
Apenas foram mencionadas as notas ao balanço e demonstração de resultados por natureza aplicáveis à Instituição.