Regime Geral de Previdência Social
BENEFÍCIOS
DA
PREVIDÊNCIA SOCIAL
- Aposentadoria por tempo de contribuição.
- Aposentadoria especial.
APOSENTADORIA
POR
TEMPO DE
Objetivo.
Benefício de prestação continuada que protege os segurados trabalhadores contra mais um risco fisiológico, uma vez que também garante a possibilidade de cessar o exercício de
atividade remunerada com a manutenção de uma renda capaz de
Principal diferença em face da aposentadoria por idade.
A principal diferença em relação à aposentadoria por idade consiste no fato de que naquela o que se leva em consideração é o
efetivo envelhecimento do trabalhador, enquanto nesta,
independentemente da idade que tenha o segurado, poderá ele obter a aposentadoria, desde que complete o tempo de contribuição exigido pela legislação.
Beneficiários.
Assim como todas as aposentadorias do RGPS, a aposentadoria por tempo de contribuição é benefício destinado aos
segurados que preencham os requisitos necessários para tanto.
Socorre a todas as espécies de segurados, sejam obrigatórios ou facultativo.
Lei n. 8.213/91.
Art. 55. O tempo de serviço será comprovado na forma
estabelecida no Regulamento, compreendendo, além do correspondente às atividades de qualquer das categorias de
segurados de que trata o art. 11 desta Lei, mesmo que anterior à
perda da qualidade de segurado:
§ 4o. Não será computado como tempo de contribuição,
para efeito de concessão do benefício de que trata esta subseção, o período em que o segurado contribuinte individual ou facultativo tiver contribuído na forma do § 2o do art. 21 da Lei no 8.212, de 24
de julho de 1991, salvo se tiver complementado as contribuições na forma do § 3o do mesmo artigo.
Lei n. 8.212/91.
Art. 21. A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo será de vinte por cento sobre o respectivo
salário-de-contribuição.
§ 2o. No caso de opção pela exclusão do direito ao benefício de
aposentadoria por tempo de contribuição, a alíquota de contribuição
incidente sobre o limite mínimo mensal do salário de contribuição será de:
I - 11% para contribuinte individual e segurado facultativo;
II - 5% para microempreendedor individual e segurado facultativo
que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa
Estão, assim, excluídos do direito à aposentadoria por tempo de contribuição:
a) contribuinte individual - que opte pela alíquota de 11%;
b) segurado facultativo - que opte pela alíquota de 11%;
c) microempreendedor individual - que opte pela alíquota de 5%;
d) facultativo doméstico em sua
própria residência e de família - que opte pela alíquota de 5%. de baixa renda
Possibilidade de obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição.
§ 3o. O segurado que tenha contribuído na forma do § 2o
deste artigo e pretenda contar o tempo de contribuição correspondente para fins de obtenção da aposentadoria por tempo
de contribuição ou da contagem recíproca do tempo de
contribuição a que se refere o art. 94 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, deverá complementar a contribuição mensal mediante recolhimento, sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário-de-contribuição em vigor na competência a ser complementada, da diferença entre o percentual pago e o de 20% (vinte por cento), acrescido dos juros moratórios de que trata o § 3o
Carência.
O mesmo previsto no inc. II do art. 25 da Lei no 8.213/1991, o qual dispõe que, tanto para a aposentadoria por idade, quanto para as aposentadorias por tempo de contribuição e especial, a carência necessária será de 180 contribuições mensais.
Mas se a aposentadoria é por tempo de contribuição, com 35 anos para homem e 30 para mulher, portanto mais que 15 anos equivalente à carência, qual o efeito prático de tal exigência
?
EXEMPLO 1:
Filiação do ano de Segurado implementação |---| fev/1978 (35 anos de contribuição) fev/2013
Lei n. 8.213/91 - Art. 24...
Parágrafo único. Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa data só serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da
nova filiação à Previdência Social, com, no mínimo, 1/3 (um terço) do número de contribuições
exigidas para o cumprimento da carência definida para o benefício a ser requerido.
EXEMPLO 2:
Filiação do ano de Segurado 2008 2013 implementação |---|---|---| fev/1978 (30 anos de contribuição) perda da nova (+ 5 anos de contribuição) fev/2018 qualidade de filiação segurado EXEMPLO 3: Filiação do ano de Segurado 2012 2015 2016 implementação |---|---|---|---| fev/1978 (34 anos de contribuição) perda da nova 35 (+ 5 anos de contribuição) fev/2020 qualidade de filiação anos
segurado de
Requisitos próprios ou específicos.
Número de contribuições necessárias :
- 35 anos de contribuição para os segurados do sexo
masculino;
- 30 anos de contribuição para as seguradas do sexo
Lei n. 8.213/91.
Art. 52. A aposentadoria por tempo de serviço será devida,
cumprida a carência exigida nesta Lei, ao segurado que completar 25 (vinte e cinco) anos de serviço, se do sexo
feminino, ou 30 (trinta) anos, se do sexo masculino.
Decreto n. 3.048/99.
Art. 56. A aposentadoria por tempo de contribuição será
devida ao segurado após trinta e cinco anos de
contribuição, se homem, ou trinta anos, se mulher,
Aposentadoria proporcional. (Extinta com a EC 20/98)
Lei n. 8.213/91.
Art. 53. A aposentadoria por tempo de serviço, observado o
disposto na Seção III deste Capítulo, especialmente no art. 33, consistirá numa renda mensal de:
I - para a mulher: 70% do salário-de-benefício aos 25 anos
de serviço, mais 6% deste, para cada novo ano completo de atividade, até o máximo de 100% do salário-de-benefício aos 30
anos de serviço;
II - para o homem: 70% do salário-de-benefício aos 30 anos de serviço, mais 6% deste, para cada novo ano completo de
atividade, até o máximo de 100% do salário-de-benefício aos 35
Constituição Federal - TEXTO ANTERIOR à EC-20/98.
Art. 202. É assegurada aposentadoria, nos termos da lei, ...
e obedecidas as seguintes condições:
...
II - após trinta e cinco anos de trabalho, ao homem, e, após trinta, à mulher, ou em tempo inferior, se sujeitos a trabalho sob
condições especiais, que prejudiquem a saúde ou a integridade física, definidas em lei;
§ 1º - É facultada aposentadoria proporcional, após trinta anos de
Constituição Federal – COM a EC-20/98.
Art. 201...
§ 7º. É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência
social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições:
I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de
EMENDA CONSTITUCIONAL n. 20/98.
Art. 9º - Observado o disposto no art. 4º desta Emenda e
ressalvado o direito de opção a aposentadoria pelas normas por ela estabelecidas para o regime geral de previdência social, é
assegurado o direito à aposentadoria ao segurado que se tenha filiado ao regime geral de previdência social, até a data de publicação desta Emenda, quando, cumulativamente, atender aos
§ 1º - O segurado de que trata este artigo, desde que atendido o disposto no inciso I do "caput", e observado o disposto no art. 4º desta Emenda,
pode aposentar-se com valores proporcionais ao tempo de
contribuição, quando atendidas as seguintes condições:
I - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:
a) trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos, se mulher; e
b) um período adicional de contribuição equivalente a 40% do tempo
que, na data da publicação desta Emenda, faltaria para atingir o
limite de tempo constante da alínea anterior;
II - o valor da aposentadoria proporcional será equivalente a 70%
do valor da aposentadoria a que se refere o "caput", acrescido
de 5% por ano de contribuição que supere a soma a que se
Aposentadoria integral.
IMPORTANTE - Quando se fala em aposentadoria integral no RGPS,
estamos falando em aposentadoria com 100% do
salário-de-benefício e não no valor integral da
remuneração recebida pelo segurado no exercício de sua atividade.
Portanto: integral = 100% do salário-de-benefício;
proporcional = de 70, 75, 80, 85, 90 ou 95% do de-benefício.
Evolução do regime de concessão da aposentadoria por tempo de contribuição - integral.
I - Direito adquirido até 15/12/1998;
II - Regime de transição para os já segurados; III - Regime definitivo para os novos filiados.
____________________________________
I até 15/12/98 - 35 anos de contribuição - homem; 30 anos de contribuição - mulher.
II Transição – art. 9o da EC-20/98:
Art. 9º - ... é assegurado o direito à aposentadoria ao segurado que
se tenha filiado ao regime geral de previdência social, até a
data de publicação desta Emenda, quando,
cumulativamente, atender aos seguintes requisitos:
I - contar com cinqüenta e três anos de idade, se homem, e quarenta e oito anos de idade, se mulher; e
II - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de: a) trinta e cinco anos, se homem, e trinta anos, se mulher; e
b) um período adicional de contribuição equivalente a vinte por cento do tempo que, na data da publicação desta Emenda,
faltaria para atingir o limite de tempo constante da alínea anterior.
Portanto, no regime de transição a EC estabeleceu a necessidade de mais requisitos:
- Homem 35 anos de contribuição; + pedágio (20%);
+ idade (53 anos)
- Mulher 30 anos de contribuição; + pedágio (20%);
III Regime definitivo para os novos filiados.
Art. 201. ...
§ 7º. É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições: I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de
contribuição, se mulher ;
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os
trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.
I Segurado(a) com direito adquirido até 15/12/98
35 anos de contribuição - homem; 30 anos de contribuição - mulher.
II Transição – art. 9o da EC-20/98:
- Homem 35 anos de contribuição + pedágio (20%) + idade (53 anos). - Mulher 30 anos de contribuição + pedágio (20%) + idade (48 anos)
III Regime definitivo para os novos filiados.
35 anos de contribuição - homem; 30 anos de contribuição - mulher.
http://www.previdencia.gov.br
Aposentadoria por tempo de contribuição
Pode ser integral ou proporcional. Para ter direito à
aposentadoria integral, o trabalhador homem deve comprovar pelo menos 35 anos de contribuição e a trabalhadora mulher, 30 anos.
Para requerer a aposentadoria proporcional, o trabalhador
tem que combinar dois requisitos: tempo de contribuição e idade mínima.
Os homens podem requerer aposentadoria proporcional aos 53 anos de idade e 30 anos de contribuição, mais um adicional de
40% sobre o tempo que faltava em 16 de dezembro de 1998 para completar 30 anos de contribuição.
As mulheres têm direito à proporcional aos 48 anos de idade e 25 de contribuição, mais um adicional de 40% sobre o tempo
que faltava em 16 de dezembro de 1998 para completar 25 anos de contribuição.
Tempo de contribuição.
Lei n. 8.213/91.
Art. 55. O tempo de serviço será comprovado na forma
estabelecida no Regulamento, compreendendo, além do correspondente às
atividades de qualquer das categorias de segurados de que trata o art. 11 desta Lei, mesmo que anterior à perda da qualidade de segurado:
I - tempo de serviço militar, inclusive o voluntário;
II - tempo intercalado em que esteve em gozo de auxílio-doença
ou aposentadoria por invalidez;
III - tempo de contribuição efetuado como segurado facultativo; IV - tempo de serviço referente ao exercício de mandato eletivo
federal, estadual ou municipal;
V - tempo de contribuição efetuado por segurado depois de ter
deixado de exercer atividade remunerada que o enquadrava no art. 11 desta Lei;
Decreto n. 3.048/99.
Art. 60. Até que lei específica discipline a matéria, são contados
como tempo de contribuição, entre outros:
I - o período de exercício de atividade remunerada abrangida pela
previdência social urbana e rural;
II - o período de contribuição efetuada por segurado depois de ter
deixado de exercer atividade remunerada;
III - o período em que o segurado esteve recebendo auxílio-doença
ou aposentadoria por invalidez, entre períodos de atividade;
IV - o tempo de serviço militar, salvo se já contado para inatividade
remunerada:
a) obrigatório ou voluntário; e
b) alternativo - imperativo de consciência (crença religiosa
V - o período em que esteve recebendo salário-maternidade;
VI - o período de contribuição efetuada como segurado facultativo; VII - o período de afastamento da atividade do segurado anistiado
que, em virtude de motivação exclusivamente política, foi atingido por atos de exceção, ou que, em virtude de pressões ostensivas ou expedientes oficiais sigilosos, tenha sido
demitido ou compelido ao afastamento de atividade
remunerada no período de 18 de setembro de 1946 a 5 de outubro de 1988;
VIII - o tempo de serviço público federal, estadual, do Distrito
Federal ou municipal, inclusive o prestado a autarquia ou a sociedade de economia mista ou fundação instituída pelo Poder Público, regularmente certificado na forma da Lei nº 3.841/60;
IX - o período em que o segurado esteve recebendo benefício por
incapacidade por acidente do trabalho, intercalado ou não;
X - o tempo de serviço do segurado trabalhador rural anterior à
competência novembro de 1991;
XI - o tempo de exercício de mandato classista junto a órgão de
deliberação coletiva em que, nessa qualidade, tenha havido
contribuição para a previdência social;
XII - o tempo de serviço público prestado à administração federal
direta e autarquias federais, bem como às estaduais, do
Distrito Federal e municipais, quando aplicada a legislação que autorizou a contagem recíproca de tempo de contribuição;
XIII - o período de licença remunerada, desde que tenha havido
desconto de contribuições;
XIV - o período de disponibilidade remunerada, desde que tenha
XV - o tempo de serviço prestado à Justiça dos Estados, às
serventias extrajudiciais e às escrivanias judiciais, desde que não tenha havido remuneração pelos cofres públicos e que a atividade não estivesse à época vinculada a regime próprio de
previdência social;
XVI - o tempo de atividade patronal ou autônoma, exercida
anteriormente à vigência da Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960, desde que indenizado;
XVII - o período de atividade na condição de empregador rural,
desde que comprovado o recolhimento de contribuições na forma da Lei nº 6.260, de 6 de novembro de 1975, com
indenização do período anterior;
XVIII - o período de atividade dos auxiliares locais de
nacionalidade brasileira no exterior, amparados pela Lei nº
8.745/93, anteriormente a 01/01/94, desde que sua situação previdenciária esteja regularizada junto ao INSS;
XIX - o tempo de exercício de mandato eletivo federal, estadual,
distrital ou municipal, desde que tenha havido contribuição em época própria e não tenha sido contado para efeito de aposentadoria por outro regime de previdência social;
XX - o tempo de trabalho em que o segurado esteve exposto a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de
agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, observado o disposto nos arts. 64 a 70; e
XXI - o tempo de contribuição efetuado pelo servidor público de que
tratam as alíneas "i", "j" e "l" do inciso I do caput do art. 9º e o § 2º do art. 26, com base nos arts. 8º e 9º da Lei nº 8.162, de 8 de janeiro de 1991, e no art. 2º da Lei nº 8.688, de 21 de julho de 1993.
XXII - o tempo exercido na condição de aluno-aprendiz referente ao
período de aprendizado profissional realizado em escola
técnica, desde que comprovada a remuneração, mesmo que
indireta, à conta do orçamento público e o vínculo empregatício.
Períodos que não serão considerados:
§ 1º. Não será computado como tempo de contribuição o já
considerado para concessão de qualquer aposentadoria
prevista neste Regulamento ou por outro regime de previdência social.
Anistiados políticos. § 5º. ...
- segurado demitido ou exonerado em razão de processos
administrativos ou de aplicação de política de pessoal;
- segurado ex-dirigente ou ex-representante sindical que não
comprove prévia existência do vínculo empregatício mantido com a
empresa ou sindicato e o conseqüente afastamento da atividade remunerada em razão dos atos mencionados no referido inciso.
§ 6º Caberá a cada interessado comprovar:
- a condição de segurado obrigatório da previdência social; - fatos ensejadores da demissão ou afastamento;
- apresentar o ato declaratório da anistia, expedido pela autoridade
competente, e a conseqüente comprovação da sua publicação
Lei n. 8.13/91.
Art. 55...
§ 1º A averbação de tempo de serviço durante o qual o exercício da
atividade não determinava filiação obrigatória ao anterior Regime de Previdência Social Urbana só será admitida
mediante o recolhimento das contribuições correspondentes,
conforme dispuser o Regulamento, observado o disposto no § 2º.
§ 2º O tempo de serviço do segurado trabalhador rural, anterior à
data de início de vigência desta Lei, será computado
independentemente do recolhimento das contribuições a ele
correspondentes, exceto para efeito de carência, conforme dispuser o Regulamento. . . .
§ 3º A comprovação do tempo de serviço para os efeitos desta Lei,
inclusive mediante justificação administrativa ou judicial, conforme o disposto no art. 108, só produzirá efeito quando
baseada em início de prova material, não sendo admitida prova
exclusivamente testemunhal, salvo na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no
Regulamento.
Súmula 149 do Superior Tribunal de Justiça - STJ:
A prova exclusivamente testemunhal não basta a comprovação da atividade rurícola, para efeito da obtenção de beneficio previdenciário. . . .
§ 4o Não será computado como tempo de contribuição, para efeito
de concessão do benefício de que trata esta subseção, o período em que o segurado contribuinte individual ou facultativo tiver contribuído na forma do § 2o do art. 21 da Lei no 8.212, de 24
de julho de 1991, salvo se tiver complementado as
contribuições na forma do § 3o do mesmo artigo.
a) contribuinte individual - que opte pela alíquota de 11%; b) segurado facultativo - que opte pela alíquota de 11%; c) microempreendedor individual - que opte pela alíquota de 5%; d) facultativo doméstico em sua
própria residência e de família - que opte pela alíquota de 5%. de baixa renda
Data de início do benefício.
- Segurados empregados, inclusive domésticos:
- a partir da data do desligamento do emprego se requerida em até 90 dias;
- a partir do requerimento se requerido após os 90 dias do
desligamento;
- a partir do requerimento quando não houver
desligamento.
- Demais segurados, obrigatórios e facultativos:
- a partir da data da entrada do requerimento,
Segurado Empregado e
Empregado Doméstico
a) Desligamento - se requerido em até 90 dias;
b) Requerimento:
- quando não houver desligamento; ou
- se requerido após 90 dias do desligamento.
Contribuinte Individual Trabalhador Avulso
Segurado Especial Segurado Facultativo
- Data do requerimento - independentemente de haver ou não
Renda mensal inicial.
Com a extinção da aposentadoria proporcional, não há
mais variações em relação à fixação da renda mensal inicial da
aposentadoria por tempo de contribuição.
Assim somente sendo concedida aos segurados com 35 anos de contribuição e às seguradas com 30 anos de contribuição, a renda mensal inicial será invariavelmente de 100% do valor do
Cumulação.
Não é possível seu recebimento conjunto com:
- outra espécie de aposentadoria do RGPS; - auxílio-doença ou auxílio-acidente.
Pode ser recebida cumulativamente com:
- salário-família (desde que maior de 60 ou 65 anos de idade para mulher e homem, respectivamente); - salário-maternidade;
- pensão por morte (vale a mesma observação a respeito do posicionamento do INSS mencionado na aposentadoria por idade).
Cessação, suspensão ou extinção.
Tem caráter vitalício em favor do segurado, que somente será extinto com o seu falecimento.
APOSENTADORIA
ESPECIAL
Objetivo.
Benefício de prestação continuada que visa garantir a possibilidade de cessar o exercício de atividade remunerada com a
manutenção de uma renda capaz de prover a subsistência do
segurado e de seus dependentes.
Tem como característica a especialidade das condições em que são desenvolvidas as atividades do trabalhador que, em razão da insalubridade, periculosidade ou do grande esforço (penoso) exigido em sua realização, autorizam a aposentadoria precoce, com menos tempo de contribuição e sem qualquer limite de idade.
Beneficiários.
Lei n. 8.213/91.
Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez
cumprida a carência exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e
Decreto n. 3.048/99.
Art. 64. A aposentadoria especial, uma vez cumprida a
carência exigida, será devida ao segurado empregado, trabalhador
avulso e contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção, que tenha
trabalhado durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
Fundamento para limitação da espécie de segurado.
Lei n. 8.213/91.
Art. 57...
§ 6º. O benefício previsto neste artigo será financiado com
os recursos provenientes da contribuição de que trata o inciso II do
art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, cujas alíquotas serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a
atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa permita a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e
Lei n. 8.212/91.
Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à
Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é de:
II - para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos
em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das
remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos:
a) 1% para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve;
b) 2% para as empresas em cuja atividade preponderante
esse risco seja considerado médio;
c) 3% para as empresas em cuja atividade preponderante
esse risco seja considerado grave.
Portanto, em relação aos segurados empregados e
trabalhadores avulsos, a alíquota devida pela empresa será de:
Risco Leve Risco Médio Risco Grave
1% + 6% = 7% 2% + 6% = 8% 3% + 6% = 9%
1% + 9% = 10% 2% + 9% = 11% 3% + 9% = 12%
Contribuinte individual:
- somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção.
Lei n. 8.212/91.
Art. 15. Considera-se:
I - empresa - a firma individual ou sociedade que assume o risco de
atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional;
...
Parágrafo único. Equipara-se a empresa, para os efeitos desta Lei,
o contribuinte individual em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras.
Assim, podemos concluir que são beneficiários da aposentadoria
especial somente os SEGURADOS: a) empregado;
b) trabalhador avulso; e
c) contribuinte individual, quando cooperado filiado.
ATENÇÃO: Não há qualquer diferenciação em segurados e seguradas, pois aqui prevalecem as condições especiais do trabalho, as quais afetam a saúde ou integridade física tanto dos
segurados do sexo masculino quanto do feminino, razão pela qual um ou outro estará submetido aos prazos de 15, 20
Carência.
Não difere daquela prevista para a aposentadoria por idade e aposentadoria por tempo de contribuição, havendo necessidade, portanto, que o segurado cumpra o mínimo de 180 contribuições
Requisitos próprios ou específicos.
A característica principal consiste exatamente na diferenciação do período de contribuição exigido para que se adquira o direito de aposentar, sendo necessário que o segurado se
mantenha em atividade sob condições especiais durante 15, 20 ou 25 anos, de acordo com o potencial de agressividade do
ambiente e das atividades que desenvolve em relação à sua saúde ou a integridade física.
Lei n. 8.213/91. Art. 57...
§ 3º. A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante o INSS, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, em condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo fixado.
Decreto n. 3.048/99. Art. 64...
§ 1º. A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante o INSS, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, exercido em condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo fixado no caput.
Exige-se o exercício de trabalho sob condições especiais:
a) permanente; b) não ocasional; c) não intermitente.
Com exposição a agentes nocivos:
a) químicos; b) físicos;
c) biológicos; ou
Decreto n. 3.048/99.
Art. 65. Considera-se trabalho permanente, para efeito desta Subseção,
aquele que é exercido de forma não ocasional nem intermitente, no qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem
ou da prestação do serviço.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput aos períodos de descanso determinados pela legislação trabalhista, inclusive férias,
aos de afastamento decorrentes de gozo de benefícios de
auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez
acidentários, bem como aos de percepção de salário-
maternidade, desde que, à data do afastamento, o segurado
Comprovação da exposição aos agentes nocivos.
Decreto n. 3.048/99.
Art. 68...
§ 2º. A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes
nocivos será feita mediante formulário denominado perfil
profissiográfico previdenciário, na forma estabelecida pelo Instituto
Nacional do Seguro Social, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do
Também devem constar do laudo pericial:
Decreto n. 3.048/99.
Art. 68...
§ 3o. Do laudo técnico referido no § 2o deverá constar informação sobre a
existência de tecnologia de proteção coletiva, de medidas de caráter
administrativo ou de organização do trabalho, ou de tecnologia de
proteção individual, que elimine, minimize ou controle a exposição a agentes nocivos aos limites de tolerância, respeitado o estabelecido
P.P.P. – Perfil Profissiográfico Previdenciário.
Decreto n. 3.048/99.
Art. 68...
§ 4º. A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com
referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de
efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo estará
§ 6º. A empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico previdenciário, abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer a este, quando da rescisão
do contrato de trabalho ou do desligamento do cooperado, cópia
autêntica deste documento, sob pena da multa prevista no art. 283.
§ 8º. Considera-se perfil profissiográfico previdenciário, para os efeitos
do § 6º, o documento histórico-laboral do trabalhador, segundo modelo instituído pelo Instituto Nacional do Seguro Social, que, entre
outras informações, deve conter registros ambientais, resultados de monitoração biológica e dados administrativos.
Relação dos Agentes Nocivos.
Lei n. 8.213/91.
Art. 58. A relação dos agentes nocivos químicos, físicos e biológicos
ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à
integridade física considerados para fins de concessão da
aposentadoria especial de que trata o artigo anterior será definida pelo Poder Executivo.
Decreto n. 3.048/99.
Art. 68. A relação dos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos
ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à
integridade física, considerados para fins de concessão de
CÓDIGO AGENTE NOCIVO TEMPO DE EXPOSIÇÃO
1.0.0
AGENTES QUÍMICOS
O que determina o direito ao benefício é a exposição do
trabalhador ao agente nocivo presente no ambiente de trabalho e no processo produtivo, em nível de concentração superior aos limites de tolerância estabelecidos.
O rol de agentes nocivos é exaustivo, enquanto que as atividades listadas, nas quais pode haver a exposição, é exemplificativa.
1.0.1
ARSÊNIO E SEUS COMPOSTOS
a) extração de arsênio e seus compostos tóxicos; b) metalurgia de minérios arsenicais; ...
25 ANOS
1.0.2
ASBESTOS (mineral incombustível – ex. amianto)
a) extração, processamento e manipulação de rochas amiantíferas;
b) fabricação de guarnições para freios, embreagens e materiais isolantes contendo asbestos; ...
20 ANOS
CÓDIGO AGENTE NOCIVO TEMPO DE EXPOSIÇÃO
2.0.0
AGENTES FÍSICOS
Exposição acima dos limites de tolerância especificados ou às atividades descritas.
2.0.1
RUÍDO
a) exposição a Níveis de Exposição Normalizados (NEN) superiores a 85 dB(A). (Decreto nº 4.882, de 2003)
25 ANOS
2.0.2 VIBRAÇÕES
a) trabalhos com perfuratrizes e marteletes pneumáticos. 25 ANOS 2.0.3
RADIAÇÕES IONIZANTES
a) extração e beneficiamento de minerais radioativos; b) atividades em minerações com exposição ao radônio;...
25 ANOS
2.0.4
TEMPERATURAS ANORMAIS
a) trabalhos com exposição ao calor acima dos limites de tolerância estabelecidos na NR-15, da Portaria no 3.214/78.
25 ANOS
2.0.5
PRESSÃO ATMOSFÉRICA ANORMAL
a) trabalhos em caixões ou câmaras hiperbáricas;
b) trabalhos em tubulões ou túneis sob ar comprimido;
c) operações de mergulho com o uso de escafandros ou outros equipamentos .
CÓDIGO AGENTE NOCIVO TEMPO DE EXPOSIÇÃO
3.0.0
AGENTES BIOLÓGICOS
Exposição aos agentes citados unicamente nas atividades relacionadas.
3.0.1
MICROORGANISMOS E PARASITAS INFECTO-CONTAGIOSOS VIVOS E SUAS TOXINAS
a) trabalhos em estabelecimentos de saúde em contato com pacientes portadores de doenças infecto-contagiosas ou com manuseio de materiais contaminados;
b) trabalhos com animais infectados para tratamento ou para o preparo de soro, vacinas e outros produtos;
c) trabalhos em laboratórios de autópsia, de anatomia e anátomo-histologia;
d) trabalho de exumação de corpos e manipulação de resíduos de animais deteriorados;
e) trabalhos em galerias, fossas e tanques de esgoto; f) esvaziamento de biodigestores;
g) coleta e industrialização do lixo.
CÓDIGO AGENTE NOCIVO TEMPO DE EXPOSIÇÃO
4.0.0
ASSOCIAÇÃO DE AGENTES
Nas associações de agentes que estejam acima do nível de tolerância, será considerado o enquadramento relativo ao que exigir menor tempo de exposição.
4.0.1
FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS
a) mineração subterrânea cujas atividades sejam exercidas afastadas das frentes de produção.
20 ANOS
4.0.2
FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS
a) trabalhos em atividades permanentes no subsolo de minerações subterrâneas em frente de produção.
Exercício sucessivo de atividades especiais
ou de atividade especial e comum.
É comum ocorrer que um segurado não cumpra todo o período de contribuição em uma mesma atividade para que obtenha o direito ao benefício de aposentadoria especial.
De tal maneira, terá ele períodos de atividades de contagem de tempo diferentes durante sua vida, havendo necessidade de composição de tais períodos.
Decreto n. 3.048/99.
Art. 66. Para o segurado que houver exercido sucessivamente duas ou mais atividades sujeitas a condições especiais prejudiciais à saúde ou à
integridade física, sem completar em qualquer delas o prazo mínimo exigido para a aposentadoria especial, os respectivos períodos serão somados após conversão, conforme tabela abaixo, considerada a atividade preponderante:
TEMPO A CONVERTER
MULTIPLICADORES
PARA 15 PARA 20 PARA 25
DE 15 ANOS - 1,33 1,67
DE 20 ANOS 0,75 - 1,25
-Decreto n. 3.048/99:
Art. 70. A conversão de tempo de atividade sob condições especiais em
tempo de atividade comum dar-se-á de acordo com a seguinte
tabela:
MULTIPLICADORES TEMPO A CONVERTER
MULHER (PARA 30) HOMEM (PARA 35)
DE 15 ANOS 2,00 2,33
DE 20 ANOS 1,50 1,75
Data de início do benefício.
Será fixada nos mesmos termos em que ocorre com a aposentadoria por tempo de contribuição:
- Segurados empregados, inclusive domésticos:
- a partir da data do desligamento do emprego se requerida em até 90 dias;
- a partir do requerimento se requerido após os 90 dias do
desligamento;
- a partir do requerimento quando não houver
desligamento.
- Demais segurados, obrigatórios e facultativos:
- a partir da data da entrada do requerimento,
Segurado Empregado e
Empregado Doméstico
a) Desligamento - se requerido em até 90 dias;
b) Requerimento:
- quando não houver desligamento; ou
- se requerido após 90 dias do desligamento.
Contribuinte Individual
Trabalhador Avulso Segurado Especial Segurado Facultativo
- Data do requerimento - independentemente de haver ou não
Renda Mensal Inicial.
A aposentadoria especial terá sua renda mensal inicial fixada com base no salário-de-benefício e consistirá 100% deste, independentemente de ter sido concedida aos 15, 20 ou 25 anos de contribuição.
Cumulação.
Não é possível seu recebimento conjunto com:
- outra espécie de aposentadoria do RGPS; - auxílio-doença ou auxílio-acidente.
Pode ser recebida cumulativamente com:
- salário-família (desde que maior de 60 ou 65 anos de idade para mulher e homem, respectivamente); - salário-maternidade;
- pensão por morte (vale a mesma observação a respeito do posicionamento do INSS mencionado na aposentadoria por idade).
Cessação, suspensão ou extinção.
Lei n. 8.213/91.
Art. 97...
§ 8º. Aplica-se o disposto no art. 46 ao segurado aposentado nos termos deste
artigo que continuar no exercício de atividade ou operação que o
sujeite aos agentes nocivos constantes da relação referida no art. 58
desta Lei.
Art. 46. O aposentado por invalidez que retornar
voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do retorno.
Assim como na aposentadoria por invalidez, o retorno voluntário à atividade implica na cessação automática do benefício.
No entanto, a regra no caso da aposentadoria especial é mais restrita, pois somente cessará quando o retorno ao exercício ocorrer em relação à atividade ou operações que o sujeitem aos agentes nocivos.
O retorno a atividade que submeta o segurado a condições especiais de trabalho, faz cessar (suspender) o benefício até que retorne à inatividade ou ao exercício de atividade comum, quando então será sua aposentadoria restabelecida.
Caso não ocorra o retorno do aposentado à atividade que faça cessar seu benefício, a aposentadoria especial será mantida até a época de seu falecimento, dado o seu caráter vitalício.