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Macroeconomia. Lecture 1: Contabilidade Nacional. Fevereiro 2020

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(1)

Macroeconomia

(2)

Equipa docente

Macroeconomia

Nome E-mail Turma

Francisca Guedes de Oliveira

foliveira@porto.ucp.pt Lectures 1,2 e 5

Alexandra Leitão apleitao@porto.ucp.pt Lectures 3 e 4

Carlos Seixas cseixas@porto.ucp.pt Workshops 1, 3, 9 e DL-12

Liliana Fernandes lfernandes@porto.ucp.pt Workshops 4,6,7 10 e 11

(3)

Avaliação

Nota Final

Avaliação Contínua

Prova Global

50% 50%

(4)

Avaliação

Nota Final

Exame de Recurso

(5)

Datas

Avaliação

Assessment moment Date

1º Teste 2 semana de paragem

2º Teste Última semana de aulas

Prova Global

(6)

Obrigatório

Blanchard, O., Amighini, A., and Giavazzi, F. (2017),

Macroeconomics a European Perspective, 3

rd

edition,

Pearson

(7)

Macroeconomia

2. O mercado de bens e serviços A curva IS + 3. O mercado monetário A curva LM 4. O mercado de trabalho 5. A curva de Phillips 1. Conceitos chave:

•Produto Interno Bruto (PIB) e conceitos relacionados (contabilidade nacional)

•Comércio e fluxos de capital com o resto do mundo (balança de pagamentos)

•Inflação e conceitos relacionados

•Taxa de desemprego e conceitos relacionados

(8)

O que é a Macroeconomia?

1) A Macroeconomia representa o ramo da ciência económica que se preocupa em analisar e entender o comportamento agregado de variáveis relevantes de uma economia.

2) Enquanto a atividade económica de um país depende de milhares de ações isoladas, realizadas por consumidores, empresas, trabalhadores, funcionários do governo, etc., o objeto da Macroeconomia é preocupar-se com o efeito agregado dessas ações isoladas.

3) Os estudos Macroeconómicos procuram examinar uma vasta quantidade de dados agregados de um país, para se poder compreender padrões de comportamento e levantar hipóteses sobre prováveis tendências.

4) A base de informação mais importante para o estudo da Macroeconomia são as contas nacionais, que registam o nível agregado de: produção, rendimento, consumo, poupança, investimento, importações, exportações, gastos públicos, etc.

(9)

Definição e objetivos

Definição

Contabilidade Nacional é a representação simplificada, agregada e quantificada das operações económicas efetuadas por múltiplos agentes económicos, num país durante um determinado período de tempo

Objetivos

É uma forma de descrever a realidade económica, pelo que ajuda a fornecer evidência empírica no sentido de se:

i) Verificar/validar a teoria económica;

ii) Definir políticas económicas e avaliar a sua eficácia; iii) Estabelecer comparações entre diferentes economias.

(10)

Produto Interno Bruto (PIB)

Corresponde à agregação do valor dos bens e serviços finais produzidos num território durante um determinado período e é a medida central e básica da Contabilidade nacional.

Principais questões associadas à definição de PIB

1) “Corresponde à agregação…” – Dada a natureza muito diversa dos bens e serviços a agregar, recorre-se a uma unidade de medida comum: o valor monetário (quantidades x preços). Aqui levantam-se questões relacionadas com grandezas nominais (a preços correntes) e grandezas reais (a preços constantes) que analisaremos mais à frente.

2) Necessidade de evitar dupla contagem: não se mede a totalidade dos bens e serviços produzidos, mas apenas o valor acrescentado bruto (VAB) em cada processo produtivo, i.e., VAB = Produção – Consumos intermédios = Valor dos bens e serviços finais.

(11)

Produto Interno Bruto (PIB)

3) Delimitação espacial: existe uma área geográfica de referência para o apuramento do Produto Interno Bruto, que é o território de localização dos fatores. Se o critério espacial for o de residência dos agentes proprietários dos fatores então tratar-se-á do Produto Nacional Bruto.

4) Delimitação temporal: sendo o PIB uma variável fluxo reporta-se por definição a um intervalo de tempo específico.

Variável fluxo: medidas num dado intervalo de tempo Variável stock: medidas num dado momento de tempo.

5) Erros: economia paralela; fontes de informação; desfasamento temporal na publicação de dados; erros de medição

(12)

Unidades Institucionais

São centros de decisão homogeneos do ponto de vista dos

comportamentos, têm capacidade de decisão económica e

autonomia de decisão no exercício da sua função. Para o

exercício desta autonomia têm receitas e capacidade de

possuir ativos e contrair passivos e relaizar operações

económicas com outras unidades.

(13)

Sectores institucionais

As unidades institucionais que apresentam comportamentos similares são integradas nos mesmos setores institucionais.

As Contas Nacionais

Setores Institucionais Sociedades não Financeiras Sociedades Financeiras Administrações Públicas Famílias Instituições sem fins lucrativos ao serviços das famílias Resto do Mundo

(14)

Sectores institucionais

As unidades institucionais que apresentam comportamentos similares são integradas nos mesmos setores institucionais.

As Contas Nacionais

Sociedades não Financeiras

Sociedades Financeiras Administrações Públicas

Produzem bens e prestam serviços não financeiros.

Prestam serviços financeiros

Produtores não

mercantis cuja função principal é a de

(15)

Sectores institucionais

As unidades institucionais que apresentam comportamentos similares são integradas nos mesmos setores institucionais.

As Contas Nacionais

Famílias ISFLSF Resto do Mundo

Têm como atividade principal o consumo

Prestam serviços às

famílias e são produtores não mercantis privados

Unidades institucionais não residentes que efetuam operações ou possuem outros laços económicos com

(16)

Produto agregado

Diferentes “tipos” de produto:

1) Produto Interno versus Produto Nacional 2) Produto Bruto versus Produto Líquido

3) Produto a Preços Base versus Produto a Preços de Mercado

Óticas de cálculo do produto:

1) Ótica da produção 2) Ótica da despesa 3) Ótica do rendimento

(17)

“Tipos” de Produto

1) Produto Nacional versus Produto Interno

As Contas Nacionais

Produto Nacional Produto Interno

Valor, em termos monetários, de todos os Bens e Serviços finais produzidos por residentes1,

independentemente do território em que atividade produtiva é exercida, em determinado período (critério da residência dos proprietários dos fatores).

Valor, em termos monetários, dos Bens e Serviços finais produzidos no

território económico2 (por residentes ou não) num determinado período (critério do território económico de localização dos fatores).

1 Unidade que possui um centro de interesse económico predominante no território económico de um país, isto é, quando realiza atividades económicas neste território durante um período prolongado de tempo (um ano ou mais)

2 Espaço geográfico em relação ao qual o país

dispõe de direitos exclusivos, encontra-se sob domínio económico de uma única administração

(18)

“Tipos” de Produto

1) Produto Nacional versus Produto Interno

Balança de Rendimento Primário (BRP) =

Rendimentos recebidos do RM para remuneração de fatores produtivos

detidos por residentes que colaboraram na atividade produtiva doutros países ─

Rendimentos pagos ao RM para remuneração de fatores produtivos detidos por não residentes que colaboraram na atividade produtiva do País.

Então:

PN = PI + BRP

(19)

“Tipos” de Produto

2) Produto Bruto versus Produto Líquido

Os custos associados à depreciação dos bens de equipamento são contabilizados, prevendo-se uma determinada duração dos mesmos, ou seja a sua vida económica, ao longo da qual se reparte o seu preço de substituição: Consumo de Capital Fixo Esta depreciação é coberta pelas Amortizações (A) (necessário reinvestir para repor o stock de Capital).

As Contas Nacionais

Produto Bruto - PB Produto Líquido - PL

Totalidade do Produto Produto que pode ser utilizado para além daquele que se destina a cobrir o consumo de capital fixo

(20)

Tipos” de Produto

3) Produto a preços base versus Produto a preços de mercado

Esta distinção prende-se com o momento em que é avaliado o produto (à saída da fábrica ou no momento de aquisição)

Produto a Preços Base (Ppb) = inclui custos em bens e serviços utilizados no processo produtivo, remunerações dos fatores de produção excluíndo os impostos indiretos líquidos de subsídios

Produto a Preços de Mercado (Ppm) = Avaliado ao preço das transações no mercado, i.e., inclui os impostos indiretos e não considera os subsídios à produção.

P

pm

= P

pb

+ (Ti – SP)

Em que: Ti – Impostos indiretos SP – Subsídios à produção

(21)

Óticas de cálculo do produto:

1) Ótica da produção 2) Ótica da despesa 3) Ótica do rendimento

(22)

Óticas de cálculo

As contas Nacionais

(23)

Ótica da produção

Unidades de produção homogénea:

Realizam um conjunto

de operações específicas e exclusivas, recorrendo a um

processo produtivo comum e produzindo bens com

caraterísticas semelhantes.

Ramos de atividade:

Agrupam as unidades que exercem

uma atividade económica idêntica ou similar, tanto as que

produzem bens e serviços mercantis como as que produzem

(24)

Ótica da produção

Nesta ótica analisamos a criação do produto, ou seja, a forma como se

combinam os fatores de produção para dar origem ao produto.

Método dos Valores Acrescentados:

VAB = Valor da Produção – Consumos Intermédios

Então, nesta ótica obtemos:

PIB

pb

=

VAB

ramos de atividade

(25)

Ótica da produção

Método dos Produtos Finais:

Só contabiliza a produção dos produtos de consumo final, ou seja, não se

considera a produção dos consumos intermédios.

Então, nesta ótica obtemos:

PIB

pb

=

Produtos Finais

ramos de atividade

(26)

Óticas de cálculo

As contas Nacionais

(27)

Ótica da despesa

Nesta ótica o produto entende-se como o conjunto das utilizações de bens e serviços finais realizadas no território económico nacional. Traduz a forma como os intervenientes do processo produtivo gastaram os seus rendimentos.

Desagregação do Produto por tipo de Despesa:

a) Consumo privado (C) de Bens e Serviços b) Investimento Bruto (I), 2 parcelas

Formação bruta de capital fixo (FBCF)Variação de existências (VE)

c) Consumo Público (G)

d) Exportações de Bens e Serviços (X) e) Importações de Bens e Serviços (IM)

(28)

Ótica da despesa

As Contas Nacionais

Consumo Privado Consumo Público Formação Bruta de Capital Corresponde à despesa efetuada pelas unidades residentes(Famílias ou ISFLSL) na aquisição de bens e serviços que satisfaçam diretamente as suas necessidades, com exceção da aquisição de habitação. Corresponde à despesa efetuada pelo Estado em produtos, essencialmente serviços, que fornece de forma gratuita ou tendencialmente gratuita a todos os membros da coletividade. Formação Bruta de Capital Fixo Variação das Existências Despesas efetuadas pelas Empresas e pelo Estado na aquisição de máquinas, edifícios e outro material a ser utilizado no processo produtivo ou na satisfação das necessidades coletivas, incluindo ainda a compra de habitação própria por parte das Famílias.

(29)

Óticas de cálculo

As contas Nacionais

(30)

Ótica do rendimento

Nesta ótica o produto entende-se como o conjunto dos rendimentos brutos(1) gerados no território económico nacional pelos setores institucionais.

Os rendimentos gerados no processo produtivo são os salários(2) (W), as rendas (Rn), os juros (J) e os Lucros (L)

Então, nesta ótica obtemos:

PIL

pb

= W + Rn + J + L

Este agregado corresponde ao Rendimento Interno (RI)

(1)Antes de impostos

(2)Salários + Contribuições para a segurança social

(31)

Ótica do rendimento

Sabendo que os rendimentos de propriedade e empresa (RPE) correspondem à soma das rendas, dos juros e dos lucros, podemos escrever:

RI = PIL

pb

= W + RPE

Sabendo que o excedente bruto de exploração (EBE) corresponde à soma dos RPE com as Amortizações, podemos escrever:

PIL

pb

+ A = W + RPE + A

ou seja,

PIB

= W + EBE

(32)

Rendimento Disponível

Para apurarmos o rendimento de que cada setor institucional e a Nação como um todo dispõem para afetar ao consumo e à poupança, temos que ter em consideração as operações de distribuição e redistribuição do rendimento.

1) Rendimento Disponível das famílias

Para calcularmos o RDf seguimos os seguintes passos: i. Passamos o agregado interno para agregado nacional:

PIL

pb

+ BRP = W + Rn + J + L + BRP

RN = RI + BRP

(33)

Rendimento Disponível

1) Rendimento Disponível das famílias

ii. Subtraímos os impostos diretos (Td) que as famílias pagam ao estado e somamos as transferências unilaterais que o estado paga às famílias (R). Temos também que somar as transferências líquidas do exterior (BRS) e subtrair os lucros não distribuídos (Lnd):

RDf = W + Rn + J + L + BRP – Td + R + BRS - Lnd

RDf = RN – Td + R + BRS - Lnd

(34)

Rendimento Disponível

1) Rendimento Disponível das famílias

O rendimento disponível das famílias irá ser afeto ao consumo e à poupança:

RDf = C + Sf

(35)

Rendimento Disponível Bruto da Nação

Para calcularmos o RDBN seguimos os seguintes passos: i.Passamos o agregado interno para agregado nacional:

PIL

pb

+ BRP = W + Rn + J + L + BRP

RN = RI + BRP

ii.Passamos o agregado a custo de fatores para o agregado a preços de mercado:

(36)

Rendimento Disponível Bruto da Nação

iii.Passamos o agregado líquido para o agregado bruto:

PIL

pb

+ BRP + Ti – SP + A = W + Rn + J + L + BRP + Ti – SP + A

RNB

pm

= RN

pm

+ A

iv. Somamos as transferências líquidas com o exterior:

RDBN = W + Rn + J + L + BRP + Ti – SP + A + BRS

RDBN = RI

pm

+ BRP + A + BRS

RDBN = PIL

pm

+ BRP + A + BRS

RDBN = PIB

pm

+ BRP + BRS

(37)

Rendimento Disponível Bruto da Nação

A poupança bruta da nação é calculada de forma residual, correspondendo ao rendimento da nação que não é utilizado na aquisição de bens de consumo (C+G):

S

BN

= RDBN - (C + G) = PIB

pm

+ BRP + BRS – C – G

(38)

Identidade Fundamental da Contabilidade Nacional

A poupança bruta da nação corresponde à soma da poupança do sector privado com a poupança do estado:

S

BN

= S

P

+ S

G

S

P

+ S

G

= RDBN - (C + G) = PIB

pm

+ BRP + BRS – C – G

S

P

+ S

G

= C + G + I + X - IM + BRP + BRS – C – G

S

P

+ S

G

= I + X - IM + BRP + BRS

S

P

+ S

G

= I – (IM - X - BRP - BRS)

S

P

+ S

G

= I – S

ext

S

P

+ S

G

+ S

ext

= I

S = I

As Contas Nacionais

(39)

Poupança do setor privado

A poupança do sector privado corresponde à poupança das famílias (Sf) e à poupança bruta das empresas (Sbe)

SP = Sf + Sbe

Em que:

Sbe = Sle + A = L – Ld + A = Lnd + A

(40)

O Saldo do Orçamento de Estado

O Saldo do Orçamento de Estado é calculado subtraindo as despesas públicas às receitas que o estado coleta:

SO=Td + Ti – G – R – SP = S

G

Este saldo irá corresponder à poupança pública ou poupança do estado (que geralmente é negativa traduzindo-se numa necessidade de endividamento)

Referências

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