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PENSÃO POR MORTE. Marina Corrêa Matta Machado 1 Fernanda Marçal Pontes Resende 2

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Academic year: 2021

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PENSÃO POR MORTE

Marina Corrêa Matta Machado1

Fernanda Marçal Pontes Resende2

RESUMO: O presente artigo tem como objetivo trazer a lume as modificações previdenciárias da Medida Provisória 664/2014. Será explanado sobre o instituto da Seguridade Social, abrangendo a Previdência Social em relação aos benefícios previdenciários, enfatizando a pensão por morte no Regime Geral da Previdência Social. Em nosso ordenamento jurídico a regra é que o falecido tenha a qualidade de segurado na data do óbito, para que exista a relação jurídica entre os dependentes do INSS. A Previdência Social presa à proteção do segurado que contribui para esses benefícios, ou seja, a previdência depende dos benefícios pagos pelos segurados. É válido ressaltar, que antes de perder a qualidade de segurado, o falecido deve cumprir todos os requisitos para a obtenção da aposentadoria, para que os dependentes venham a ter direito à pensão por morte, como será demonstrado no presente estudo a seguir.

Palavras-Chave: Pensão por Morte; Benefícios aos dependentes do segurado; Óbito; Direito Previdenciário.

INTRODUÇÃO

A seguridade social foi criada para assegurar a todos os cidadãos o direito a saúde, a previdência e assistência social, contra os riscos que surgem durante a vida. A sociedade sofre com a incerteza de manter seu nível socioeconômico quando encera suas atividades trabalhistas, a partir desses dados houve a necessidade de criar um mecanismo que pudesse proporcionar uma vida mais digna e no caso em questão proteger o segurado.

O benefício da previdência social passou por muitas transformações ao longo do tempo, é um dos benefícios mais antigos do nosso ordenamento jurídico. O marco inicial no âmbito da Previdência Social Brasileira foi a Lei Eloy Chaves (Decreto nº 4.682/23). Referido decreto previa a concessão da pensão por morte para os herdeiros ferroviários que viessem a falecer após 10 anos de serviço ou por acidente de trabalho. Na época, os dependentes eram chamados de herdeiros e o tratamento para os herdeiros do sexo feminino era diferenciado. A justificativa se dava em razão das mulheres terem dificuldades de ingressar no mercado trabalhista. Em contrapartida, o Decreto 26.778/49 acrescentou a legislação previdenciária a esposa entre os beneficiários, presumindo a dependência em relação ao marido falecido. A Lei Orgânica da Previdência Social (Lei nº 3.807/60) seguiu o mesmo caminho, e no seu artigo 36 que versava sobre a pensão, dispunha que após o falecimento do trabalhador, a pensão era uma garantia aos dependentes do segurado, aposentado ou não, após 12 contribuições.

Para os trabalhadores rurais, o benefício pensão por morte passou a ser devido após a Lei nº 4.214 de 1963. Depois, com a Constituição Federal, em seu artigo 5º, I, determinando a igualdade de direitos e obrigações entre homens e mulheres, foi que os homens passaram a ser dependente da pensão por morte, capítulo exclusivo para seguridade social. Essa norma sendo refletida na Lei 8.213/91 incluindo entre os dependentes o cônjuge e ou companheiro independente do sexo.

O Decreto nº 89.312 mencionava que para o pagamento do benefício havia necessidade de um período de carência de 12 meses, mas com a Lei 8.213/91 no seu artigo 26 fica o entendimento modificado, passando a não possuir carência.

Refere-se então, o benefício pago aos dependentes do segurado, homem ou mulher, que falecer aposentado ou não, conforme previsão expressa do artigo 201, V, da Constituição Federal, e regulamentada pelo art.74 da Lei 8.213/91. Trata-se da prestação de pagamento continuado, com a função de possibilitar ao dependente um meio para que este possa suprir sua existência, ou seja, antes contava com a renda mensal do segurado, após o falecimento deste, não teria condição de se sustentar.

Esse estudo pretende mostrar as mudanças ocorridas depois da MP664/2014 e seus efeitos. A finalidade desse benefício é proteger os dependentes contra a extinção ou redução inesperada da fonte de sustento da família do segurado.

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O BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO E SEUS DEPENDENTES

O beneficio da pensão por morte do regime da previdência social é destinado aos dependentes do beneficiário, são estes: o companheiro, a companheira, o cônjuge, os filhos, e irmãos menores de 21 anos não emancipados ou inválidos. Existem requisitos para a concessão desse benefício:

A pensão por morte terá seu início a contar da data do óbito, quando requerido até trinta dias depois deste, ao passar desse prazo será pelo requerimento e em caso de morte presumida, será pela decisão judicial (Art.74 da Lei 8.213/91).

O autor Fábio Zambitte:

Atual regra de concessão é de extrema relevância, em especial a do item II-caso o dependente deixe passar o prazo de 30 (trinta) dias, a pensão somente será devida a partir da data de entrega do requerimento (DER), não retroagindo ao óbito. (Zambitte. 2014,p.680)

As modificações das regras de concessão do benefício pensão por morte têm causado muitos problemas, como se pode mencionar na hipótese de casais idosos que, cujo cônjuge sobrevivente, possui a senha do falecido e continua tirando a aposentadoria deste, sem solicitar o benefício devido, a pensão por morte. Porém, para que o INSS (Instituto Nacional da Previdência Social) possa suspender a aposentadoria e conceder o benefício, deve-se protocolar o requerimento do pedido do benefício. Assim, todo o período que foi retirado à aposentadoria terá que ser devolvido ao INSS. Criando uma situação desfavorável ao dependente.

O melhor seria a legislação já determinar a conversão automática da aposentadoria do segurado em pensão por morte nesses casos, como já se prevê o auxílio-reclusão, no art.118 do RPS... (Zambitte. 2014, p.680)

Para a concessão da pensão por morte, o primeiro requisito é a ocorrência do óbito do segurado. A legislação prevê a concessão do benefício no caso de morte presumida e ausência.

Entretanto, a pensão por morte poderá ser concedida em caráter provisório, por morte presumida, desde que seja declarado após seis meses de sua ausência (Lei 8.213/91, art. 78, caput), expedida por autoridade judiciária, embasando prova de desastre ou acidente ocorrido com o segurado.

A pensão por morte poderá ser concedida, em caráter provisório, por morte presumida mediante sentença declaratória de ausência, expedida por autoridade judicial, a contar da data de sua emissão, ou ainda, nos casos de desaparecimento do segurado por motivo de catástrofe, acidente ou desastre, a contar da data da ocorrência, mediante prova hábil [...] o dependente absolutamente incapaz, seja incapaz ou ausente, deve gozar igualitariamente do mesmo direito conferido ao menor impúbere, não correndo contra esse o prazo de trinta dias após o óbito. (Savaris. 2014, p.271)

Já em relação a ausência, quando for declarada judicialmente, e se posteriormente o segurado reaparecer, o pagamento da pensão irá cessar imediatamente, ficando os dependentes desobrigados de ressarcir os valores recebidos, este se feito de boa-fé. Se

houver mais de um dependente, a pensão por morte será rateada entre todos, ou seja, em partes iguais.

Esse benefício é de fundamental importância, pois busca efetivar a dignidade humana dando condições de sobrevivência àqueles que perderam seu provedor, criando condições de continuar a se sustentar.

Importante destacar, que antes da MP644 não necessitava de carência para ser concedido o benefício da pensão por morte, todos os assegurados poderiam instituir pensão se deixassem dependentes, hoje, o artigo 25 da Lei 8.213/91, passou a exigir carência de 24 recolhimentos mensais para a concessão da pensão por morte como regra geral, salvo nas exceções a serem vistas. Importante salientar que neste tópico vão surgir vários questionamentos, pois a MP/664 não define se essas 24 contribuições precisam ser obrigatoriamente antes do óbito ou no decorrer da vida do segurado.

Trata-se de um retrocesso na proteção previdenciária, mas feita, para prevenir ilegalidades. Excepcionalmente, somente dispensará a carência de 24 contribuições apenas em duas situações: quando o segurado falecido estava em gozo de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez; ou quando a morte do segurado decorreu de acidente de trabalho (típico, por equiparação ou no caso das doenças ocupacionais).

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desta Medida Provisória”, ou seja, somente se aplica aos óbitos perpetrados a partir de 01 de março de 2015. Essa mudança busca acabar com as fraudes que ocorria com o benefício da Previdência Social, como exemplo, impedir filiações à beira da morte apenas com o objetivo de gerar a pensão por morte. Conforme introdução do §2º do art.74 da Lei de benefícios nº 8.213/91: “o cônjuge, companheiro ou companheira não terá direito ao benefício da pensão por morte se o casamento ou o início da união estável tiver ocorrido há menos de dois anos da data do óbito do instituidor do benefício, salvo nos casos em que”:

I - o óbito do segurado seja decorrente de acidente posterior ao casamento ou ao início da união estável; ou

II - o cônjuge, o companheiro ou a companheira for considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade remunerada que lhe garanta subsistência, mediante exame médico-pericial a cargo do INSS, por doença ou acidente ocorrido após o casamento ou início da união estável e anterior ao óbito.

Percebe-se, no entanto, que apesar da exigência do período mínimo de casamento ou convivência, caso o óbito do segurado decorra de acidente posterior ao casamento ou ao início da união estável; ou observada invalidez do cônjuge, ocorrida em momento posterior ao casamento, ou início da união estável e anterior ao óbito, resta à regra do disposto acima supracitado.

Vale frisar que a vigência do novo § 2º do artigo 74 da Lei 8.213/91 não se deu em 30/12/2014, data da publicação da MP 664/2014, e sim quinze dias após, em 14 de janeiro de 2015, somente se aplicando aos óbitos verificados a contar desta data.

A pensão por morte consistia numa renda de 100% do valor da aposentadoria, ou seja, era paga no mesmo valor da aposentadoria, hoje, depois da Medida Provisória 644, passou a prever que:

O valor mensal da pensão por morte corresponde a 50% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquele que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento, acrescido de tantas cotas individuais de 10% do valor da mesma aposentadoria, quantos forem os dependentes do segurado, até o máximo de cinco. Sendo assegurado um salário mínimo no total. (50% da cota familiar e 10% por dependente até o limite de 100%)

O benefício da pensão por morte é paga aos dependentes do segurado que falecer. Quem estabelece quem são os dependentes é a legislação e não o segurado, ou seja, é a própria lei que prevê quem tem o direito de ser considerado dependente. De acordo com artigo 16 da Lei 8.213/91, esses dependentes são divididos em três classes:

1ª-Cônjuge; Companheiro (hetero ou homoafetivo); Filho menor de 21 anos, desde que não tenha sido emancipado; Filho inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente (nesse caso, não importa a idade).

Nessa classe a dependência econômica é presumida em Lei. 2ª- Pais do segurado.

3ª-Irmão menor de 21 anos, desde que não tenha sido emancipado; Irmão inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente (nesse caso, não importa a idade).

Nas 2ª e 3ª classes citadas acima precisam provar que eram dependentes financeiros do segurado.

Ementa: PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE PENSÃO POR MORTE DE COMPANHEIRO. COMPROVAÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL. DEPENDÊNCIA ECONÔMICA PRESUMIDA. BENEFÍCIO DEVIDO. 1. Para a obtenção do benefício de pensão por morte deve a parte interessada preencher os requisitos estabelecidos na legislação previdenciária vigente à data do óbito, consoante iterativa jurisprudência dos Tribunais Superiores e desta Corte. 2. Comprovada a união estável, presume-se a dependência econômica (artigo 16 , § 4º , da Lei 8.213 /91), impondo-se à Previdência Social demonstrar que esta não existia.

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Encontrado em: fazendo parte integrante do presente julgado. SEXTA TURMA D.E. 27/08/2015 - 27/8/2015 REMESSA EX OFFICIO... EM AÇÃO CÍVEL REOAC 86971220154049999 PR 0008697-12.2015.404.9999 (TRF-4) OSNI CARDOSO FILHO.

Uma observação a ser feita é da concessão do benefício para ex-cônjuge com pensão alimentícia e companheira, nesse caso as duas terão direito ao benefício pensão por morte, sendo metade para cada uma, comprovando a dependência financeira. Tendo em vista a Súmula 379 do STF e a 336 do STJ, a prestação alimentar é irrenunciável, e na hipótese de novo matrimônio, o direito ao benefício continua. De acordo com a jurisprudência do Tribunal Regional Federal:

PREVIDENCIARIO - RESTABELECIMENTO DE PENSÃO - VIUVA QUE CONTRAIU NOVAS NUPCIAS - PRESCRIÇÃO - CORREÇÃO MONETÁRIA. - RESTANDO COMPROVADO NOS AUTOS QUE O NOVO CASAMENTO NÃO TROUXE MELHORIA NA SITUAÇÃO ECONOMICO-FINANCEIRA DA VIUVA, IMPÕE-SE O RESTABELECIMENTO DO BENEFICIO COM PAGAMENTO DAS PARCELAS EM ATRASO DESDE O CANCELAMENTO, OBSERVADO O PRAZO PRESCRICIONAL. - A CORREÇÃO MONETÁRIA DAS PRESTAÇÕES PREVIDENCIARIAS DEVE INCIDIR NOS TERMOS DA SUMULA N. 71 DO EXTINTO TRIBUNAL FEDERAL DE RECURSOS ATE O AJUIZAMENTO DA AÇÃO, E, A PARTIR DE ENTÃO, PELOS CRITERIOS DA LEI N. 6.899/81, OBSERVADO O PRAZO PRESCRICIONAL QUINQUENAL. - APELO DO REU IMPROVIDO. - RECURSO ADESIVO DO AUTOR PROVIDO. (LEG-FED LEI-3807 ANO-1960 LEG-(LEG-FED DEL-89312 ANO-1984 ART-50 LEG-(LEG-FED LEI-6899 ANO-1981

Assim, mesmo com outro casamento, se a viúva comprovar que não houve melhoria econômica ela continuará recebendo o beneficio.

Outro ponto a ser observado com a mudança da MP664/2014 é: se o cônjuge causou de forma dolosa a morte do segurado, esse não terá direito ao benefício da pensão por morte. Acontece que, essa mudança só será válida para aqueles que causaram a morte depois da publicação e validade da medida provisória 664, se o caso tenha ocorrido antes, o sujeito terá recebido a pensão até seus 21 anos.

Em que pese às assustadoras alterações, sem dúvida, a mudança mais significativa foi a previsão de tempo de duração da pensão de acordo com a expectativa de sobrevida do cônjuge no momento do óbito do segurado. Cumpre ressalvar, que no período anterior ao da medida provisória à pensão por morte possuía efeito vitalício independente da idade do beneficiário e era vedada a acumulação de mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvada a opção pela mais vantajosa, porém a partir de agora foi previsto um prazo máximo de duração do benefício, observando a expectativa de vida.

A mudança considerada uma mini reforma na previdência, ocorreu no intuito de evitar os danos causados que estavam desencadeando um desequilíbrio para o governo, cada vez se tornava comum idosos casando-se com pessoas mais jovens.

Para equilibrar essa situação, a MP664/2014 acrescentou o § 5º ao artigo 77da Lei 8.213/91, onde prevê uma tabela com o tempo máximo de duração da pensão por morte devida ao cônjuge ou companheiro (a) do segurado falecido, esse tempo varia de acordo com a expectativa de vida dos dependentes no momento da morte do segurado.

§ 5º: O tempo de duração da pensão por morte devida ao cônjuge, companheiro ou companheira, inclusive na hipótese de que trata o § 2º do art. 76, será calculado de acordo com sua expectativa de sobrevida no momento do óbito do instituidor segurado, conforme tabela abaixo:

A expectativa de sobrevida é calculada pela Tábua Completa de Mortalidade construída pelo IBGE. É uma espécie de tabela dizendo o quanto se espera que uma pessoa, com tal idade, irá viver.

Importante destacar que o cônjuge ou companheiro que por motivos de saúde se torna inválido depois do casamento ou união, o artigo 77 da Lei 8.213/91 em seu §7º garante a pensão vitalícia. Se a invalidez já existia antes do casamento, o dependente não terá direito à pensão por morte vitalícia, receberá a pensão de acordo com a tabela do §5º do mesmo artigo.

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essa se encerrou, caso fique inválido depois, esse não terá direito de voltar a receber a pensão. Nas situações onde o dependente é considerado invalido diz que:

O benefício somente será devido se for comprovada pela perícia médica a existência de invalidez na data do óbito do segurado, sendo que ao dependente aposentado por invalidez poderá ser exigido exame médico-pericial, a critério do INSS(Savaris. 2014, p.268).

Os brasileiros foram surpreendidos com as mudanças ocorridas no sistema previdenciário, a Medida Provisória 664/2014 alterou significativamente a Lei nº 8213/91 em diversos pontos. As alterações para o recebimento da pensão por morte são assustadoras.

Regras anteriores e as Novas regras: CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após essa breve análise, conclui-se que todo trabalhador que contribuiu de alguma forma estará segurado pela previdência social. A edição da Medida Provisória tem como finalidade suprir urgência em situações relevantes no interesse público, ocorre que essa mudança foi uma reforma previdenciária, gerando um prejuízo econômico nos critérios do beneficio da pensão por morte, trazendo a insegurança para a população brasileira. Produz um efeito negativo na redução das desigualdades, visto que o papel

da seguridade é de proteger pessoas em situação de vulnerabilidade como doença e morte. Essa reforma na previdência social teve um papel muito negativo paras os trabalhadores levando em consideração que a sociedade vive em constante transformação, a legislação previdenciária deve ser aplicada de forma a proporcionar soluções dos conflitos visando o bem comum no caso de pensão por morte aos dependentes do falecido bem como os demais benefícios, e não gerar mais conflitos como vem causando depois da MP/664. Essas alterações devem ser procedidas pela reflexão não apenas sobre gastos crescentes, mas também sobre a realidade social e aos princípios do Direito Previdenciário, sem as quais as leis perdem parte de seu sentido. Embora seja uma mudança legal, pode prejudicar pessoas que verdadeiramente precisam do benefício em razão da morte do parceiro.

Infelizmente, é certo que todos os benefícios de pensão por morte derivados de óbitos ocorridos a partir de 01/03/2015, já deverão observar as novas regras.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ZAMBITTE, Fábio Zambitte Ibrahim. Curso de Direito Previdenciário. 19ª edição, revista e atualizada. Niterói-RJ: Editora Impetus, 2014. SAVARIS, José Antônio. Direito previdenciário: Problemas e Jurisprudência. Curitiba: Alteridade, 2014.

Ministério da Previdência Social. LEGISLAÇÃO: Regras do auxílio-doença e pensão por morte da MP 664 passam a valer. Disponível em: http://www.previdencia.gov.br/noticias/legislacao-regras-do-auxilio-doenca-e-pensao-por-morte-da-mp-664-passam-a-valer/ . Publicado em 27/02/2015.

GOES, Hugo Medeiros. Manual de Direito Previdenciário. 4ª edição. Rio de Janeiro. Ed. Ferreira, 2011.

GOES, Hugo Medeiros. Manual de Direito Previdenciário teoria e questões. 8ª edição. Rio de Janeiro: Ed. Ferreira 2014.

NOTAS DE FIM

1 Discente do curso de Direito. Faculdade Promove, Belo Horizonte, Minas Gerais.

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