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INICIAÇÃO CIENTÍFICA - COTAS

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Academic year: 2021

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INICIAÇÃO CIENTÍFICA - COTAS

RELATÓRIO FINAL

1.1. NOME DO BOLSISTA: Cláudia Hermínia Silva Cruz

1.2. TERMO DE OUTORGA N° BOL 1236/2011 1.3. PEDIDO N° /200

1.4. TELEFONE / CONTATO: (71) 88589165 1.5. EMAIL: claudiaherminia1@hotmail.com

1.6. CPF Nº: 776.211.825-04 1.7. IDENTIDADE Nº: 07021695-95

1.8. ORIENTADOR: Dr. Rubens Ribeiro Gonçalves da Silva

1.9. INSTITUIÇÃO: Universidade Federal da Bahia 1.10. SIGLA: UFBA

1.11. UNIDADE / DEPARTAMENTO: Instituto de Ciência da Informação- ICI/ Biblioteconomia e Documentação

1.12. ÁREA: História; Biblioteconomia; Memória. 2. PERÍODO ABRANGIDO PELO RELATÓRIO:

01/08/2011 A 30/05/2012 (conclusão antecipada pelo Termo de Rescisão nº 375/2012) 3. TÍTULO DO PROJETO DE PESQUISA:

Instituto Cultural Brasil-Alemanha / Goethe-Institut: 50 anos de história, cultura e livros na Cidade do Salvador.

4. METODOLOGIA EMPREGADA:

Para as análises desenvolvidas ao longo dos 12 meses de pesquisa procuramos reunir elementos de informação que nos possibilitem sintetizar os 50 anos de história do ICBA e identificar alguns dos sujeitos envolvidos no processo, suas relações e ações no percurso histórico, como agentes construtores da teia que nos tem permitido compreender, valorizar e respeitar os diferentes saberes e contribuir para o entrelaçamento da cultura brasileira, especialmente a soteropolitana, e da cultura alemã na sociedade baiana. É importante registrar que dois meses e meio após a entrega do Relatório Semestral concluímos a pesquisa, que havia sido iniciada com antecedência em nosso grupo de pesquisa, e por este motivo, solicitamos o encerramento da bolsa, já que os procedimentos foram finalizados em nosso Plano de Trabalho dois meses e meio antes do planejado em nosso Cronograma. Nestes dois meses e meio após a entrega do Relatório Parcial pude realizar, além deste Relatório Final: a) a leitura, os ajustes pós-orientação e a revisão final do texto completo para a monografia de trabalho de conclusão de curso (TCC), em co-autoria com a outra bolsista (PIBIC-CNPq); b) preparação para a apresentação e encaminhamentos para a defesa do TCC (já agendada para 04 de julho de 2012); c) documentos coletados organizados; d) todas as providências relativas à constituição de Comissão Julgadora, que eram parte de nosso cronograma; e e) todas as providências tomadas junto ao ICBA para a publicação de um livro, sob a responsabilidade do ICBA, previsto o lançamento para setembro de 2012 (em nosso cronograma estava previsto para julho de 2012). Quando do lançamento do livro, enviaremos convite à FAPESB. Além disso, o desenvolvimento do projeto já havia sido apresentado em dois eventos de extensão, o II Seminário de Pesquisa do PPGCI/UFBA: Integrando Graduação e Pós-Graduação, no dia 08 de julho de 2011, e o XXX Seminário Estudantil de Pesquisa, no dia 09 de novembro de 2011.

Para Oliveira (2002, p. 76), “existe uma grande preocupação da nova historiografia em rever o excesso de linearidade da história factual, levando em consideração a problemática das instituições culturais na sua relação com a comunidade envolvida”. Para isso, o processo que adotamos ocupou-se em construir interpretações a respeito da instituição e do espaço em que está inserida. A partir de diferentes fontes (documentos biblioteconômicos e arquivísticos, jornais, fotografias avulsas, dentre outros), procuramos congregar elementos que pudessem levar a um sentido histórico do contexto social e cultural do passado

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do Instituto Cultural Brasil-Alemanha / Salvador, além de suas influências até os dias atuais. É sabido que instituições culturais assumem um papel de relevância nas comunidades, no contexto do período militar, em virtude do próprio cerceamento e da migração de intelectuais para a Região Sul do país, o que, segundo Uchôa (2004), gera um florescimento cultural tardio, ainda que estes locais sejam ambientes de desenvolvimento cultural intenso. Normalmente, essas interpretações nos levam a investigar minuciosamente a instituição, procurando construir uma historiografia que explique melhor os fenômenos.

O procedimento histórico permitiu, metodologicamente, conduzir a investigação sobre acontecimentos e processos do passado do ICBA ao longo dos seus cinquenta anos. Procuramos observar as influências da instituição na sociedade baiana e suas consequências. Para isso, os eventos culturais promovidos pelo Instituto e veiculados nos jornais de grande circulação foram subsídios importantes para o desenvolvimento da pesquisa. Organizados no próprio arquivo do Instituto, os recortes acumulados ao longo dos anos nos permitiram interpretar os acontecimentos em diferentes períodos. Além da análise de contexto realizada nestes recortes do arquivo do ICBA, tivemos acesso a uma pequena quantidade de documentos administrativos. Realizamos, ainda, um levantamento das publicações editadas pelo Instituto ao longo dos cinqüenta anos.

A coleta de dados, por meio de levantamento bibliográfico, pesquisa documental e iconográfica, foi realizada, principalmente, no próprio ICBA. A aplicação de questionários às pessoas que, de algum modo, tiveram ou têm ligação com o Instituto, também foi feita, predominantemente, com profissionais, atuais ou anteriores, que atuaram diretamente na administração do Instituto. Algumas tentativas de efetuar coleta de dados em outras instituições, como no acervo documental da UFBA, na Biblioteca Pública do Estado da Bahia e no Arquivo Histórico Municipal de Salvador, não foram bem sucedidas. O acervo documental da UFBA, precisamente o localizado no Palácio da Reitoria, não guarda nenhum documento da época em que o Instituto Cultural Brasil-Alemanha / Salvador foi fundado, conforme nos indicaram os servidores responsáveis pelo setor. Vale registrar que a reunião de fundação do ICBA / Salvador ocorreu em 3 de setembro de 1962 no Gabinete da Reitoria da UFBA.

À época da pesquisa documental não tivemos acesso a informações precisas sobre onde encontrar a documentação referente ao que precisávamos. Supomos que os próprios servidores que nos atenderam desconhecem a existência desta documentação, muito menos sua localização. Por esse motivo, acreditamos, nos desestimularam ao sugerir que poderíamos procurar, se assim o desejássemos, nos arquivos do subsolo ou na própria Reitoria. Nosso curto espaço de tempo disponível para essa fase da pesquisa nos impediu, naturalmente, de empreender tamanho processo de busca de originais cuja localização não poderiam nos indicar. Esperamos que uma eventual continuidade da pesquisa, em outros níveis de formação acadêmica, como o mestrado ou o doutorado, permita reunir novos dados nos arquivos da UFBA. O pouco que reunimos de dados sobre o período de 1962 a 1964, principalmente com relação à fundação do ICBA em Salvador, foi encontrado nos arquivos do próprio ICBA, como a Ata da reunião de fundação do Instituto (ver Apêndice 1). Conseguimos, também, no arquivo do ICBA, o recorte publicado por Odorico Tavares (que assinava O.T. em suas matérias), em 04 de setembro de 1962, no Diário de Notícias, sob o título “Rosa dos Ventos – Cultura Alemã” (TAVARES, 1962, P.4).

Já na Biblioteca Pública do Estado da Bahia as condições dos documentos das décadas de 1970, 1980, 1990, seu estado de conservação, fragilizados pelo tempo, e os riscos à nossa saúde trazidos pelas condições insalubres a que estaríamos expostas no manuseio da documentação, não permitiram avançar na coleta.

Os dados foram organizados por data e assunto, analisados e redigidos com a finalidade da elaboração de uma monografia de fim de curso de biblioteconomia e documentação, já com vistas à sua publicação pelo Instituto Cultural Brasil-Alemanha / Salvador (ICBA / Salvador), no âmbito das comemorações de seus 50 anos. Trata-se de uma pesquisa de caráter exploratório, buscando-se entender os aspectos e fatos

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caracterizadores do desenvolvimento do Instituto.

Para a coleta de dados do projeto, procuramos estabelecer a relação entre fatos históricos intrínsecos aos contextos de maior importância, a criação do Centro de Informação, os eventos realizados, as parcerias com outras Instituições, especialmente com a UFBA, o uso dos Cadernos de Teatro Alemão pela Escola de Teatro da UFBA e os documentos periódicos arquivados na Biblioteca Pública do Estado da Bahia (clippings dos jornais A Tarde, Diário de Notícias, Correio da Bahia, Jornal da Bahia, Jornal do Brasil e Folha de São Paulo). Além dessas fontes, contamos com a colaboração de importantes colaboradores ligados ao Instituto ou ao cenário cultural da cidade, por meio de suas respostas aos questionários enviados por email, como o primeiro diretor do ICBA, Hanz-Joachim Schwierskott, o atual diretor do Instituto, Ulrich Gmünder, sempre atencioso e imprescindível para a realização da pesquisa, a atual diretora cultural do ICBA, Wiebke Kannengiesser, o administrador do Centro de Informação, Álvaro Almeida, o secretário de Cultura do Estado da Bahia, Albino Rubim, o professor da Escola de Teatro da UFBA, Armindo Bião.

Outra fonte importante de informação sobre o Instituto foram as entrevistas concedidas a jornais por artistas locais. Tuzé de Abreu, ex-secretário de Cultura do Estado da Bahia, Lia Robatto, atriz e coreógrafa, Renato da Silveira, artista plástico, e Guido Araújo, cineasta baiano, nos permitiram, por meio dessas entrevistas publicadas, reunir relevantes elementos de informação sobre o Instituto.

O administrador do Centro de Informação, Álvaro Almeida, foi o primeiro colaborador que abordamos para a entrega do questionário. Entretanto, Almeida foi tão solícito que nos propôs, ao invés da aplicação do questionário, a realização de uma entrevista. Almeida sempre foi muito atencioso durante as visitas para a pesquisa bibliográfica e documental, sempre concedendo depoimentos amplos, demonstrando seu envolvimento e sua dedicação à instituição.

O atual diretor do Instituto, Ulrich Gmünder, respondeu não só o questionário específico que lhe foi entregue por email, mas também o da atual diretora cultural do ICBA, Wiebke Kannengiesser, impedida de fazê-lo, à época, devido à sua licença maternidade. Indo além, Gmünder colocou-se à disposição para entrar em contato com o já citado primeiro diretor do ICBA, Hanz-Joachim Schwierskott, já que não havíamos conseguido, até aquele momento, nenhum contato. O questionário destinado a Schwierskott foi enviado por Gmünder. Tendo sido o primeiro diretor do ICBA, Schwierskott certamente poderia nos fornecer importantes detalhes sobre a chegada do Instituto na cidade.

Outro ex-diretor com o qual tivemos contato foi Roland Schaffner, diretor do ICBA entre os anos 1970 a 1977 e 1992 a 1999. À época de nosso primeiro contato, Schaffner estava publicando um livro pela Editora da Universidade Federal da Bahia – EDUFBA, a cujo lançamento estivemos presentes, em que registra sua trajetória no ICBA. Naquele feliz primeiro encontro, Schaffner acabou nos sugerindo que, ao invés de coletarmos dados que ele poderia nos fornecer por questionário ou entrevista, que estudássemos o livro dele, e foi o que fizemos.

O professor titular aposentado da UFBA, Armindo Bião, foi outra personalidade de grande colaboração para a realização deste trabalho, respondendo prontamente ao questionário que lhe foi enviado, fornecendo informações muito ricas a respeito da integração da Escola de Teatro da UFBA e do ICBA.

O atual secretário de Cultura do Estado da Bahia, Albino Rubim, também respondeu ao questionário que lhe foi enviado via email. Antes de enviar o questionário à Secretaria de Cultura foram feitas várias tentativas de agendar a entrevista que havíamos planejado inicialmente, e cuja intenção foi tão gentilmente acolhida pelo secretário de Cultura, tendo sido, no entanto, adiada seguidamente, em função de compromissos prioritários de Sua Excelência. Achou-se mais conveniente, então, consultá-lo sobre a possibilidade de enviar-lhe um questionário por email, alcançando, assim, nosso objetivo de obter sua preciosa colaboração.

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Durante o levantamento bibliográfico nos perguntamos qual formalização documental o Instituto adotava para suas ações e seus eventos. Deparamo-nos com a falta de relatórios anuais de produções culturais e tivemos que recorrer a algumas informações da década de 2000, disponíveis no site institucional do ICBA, e à pesquisa nos arquivos do próprio Instituto. Observamos que muitos seminários eram transformados em publicações financiadas pelo próprio ICBA. Contudo, para a nossa surpresa, a biblioteca não possuía esses títulos no seu acervo, e recorremos, então, mais uma vez, à biblioteca pessoal do diretor Ulrich Gmünder, que nos emprestou aproximadamente vinte títulos lançados pelo Instituto, para que fizéssemos uma leitura técnica, procedimento adotado para a identificação de dados da obra e produção de resumos e referências, e ainda nos sinalizou com a existência dos Cadernos de Teatro Alemão, traduções do original em alemão publicadas por unidades do Goethe-Institut em Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR) e também na de Salvador (BA). Conseguimos coletar pouco mais de setenta títulos entre os Cadernos de Teatro e publicações ligadas a outras temáticas, como sustentabilidade, meio ambiente, economia, entre outros.

Para análise dos Cadernos de Teatro Alemão tivemos que organizar a coleção e observamos que alguns números não constavam no acervo do Instituto. Soubemos que estes Cadernos haviam sido muito utilizados pelos alunos do curso de Teatro da UFBA. Procuramos, então, em bibliotecas da Universidade, com sucesso, mas infelizmente não encontramos todos os números que faltavam. De qualquer forma, conseguimos reunir, organizar e agregar em um único ambiente quase toda a coleção, com seus respectivos números disponíveis no Instituto, já que as conseguimos alguns exemplares que faltavam no arquivo do ICBA, a partir de gentil doação da Escola de Belas Artes da UFBA, que foi repassada ao acervo do ICBA, ficando faltando apenas nove títulos dos 56 publicados.

Todo esse material pesquisado foi organizado e analisado de acordo com a temática e o ano de publicação/realização: seminários, música, teatro, exposições e oficinas. A partir dessa análise, percebe-se como o Instituto movimentava e movimenta a sociedade, em termos culturais, artísticos e sociais. Todos os eventos realizados têm como objetivo manter o intercâmbio e as relações culturais entre os dois países, Brasil e Alemanha, mas também contribuir demonstrando o seu papel social em diferentes contextos.

5. CONCLUSÕES:

A pesquisa desenvolvida no Plano de Trabalho denominado Fontes documentais textuais, orais e iconográficas para a história do ICBA em Salvador, a partir do projeto de pesquisa sintetizando a história do ICBA ao longo dos seus cinquenta anos, torna-se um instrumento que nos permite entender a identidade dos sujeitos envolvidos no processo, suas relações com os sujeitos históricos e agentes construtores capazes de compreender, valorizar e respeitar os seus saberes e contribuir para o entrelaçamento da cultura brasileira, especialmente a soteropolitana, e a cultura alemã na sociedade baiana.

Ao longo desses cinqüenta anos de existência, o ICBA contribuiu de forma muito significativa para despertar na sociedade baiana o interesse pela cultura alemã. A sociedade baiana tem demonstrado interesse em conhecer a cultura alemã ao participar de seminários, exposições, mostras de filmes, peças de teatro, razão da existência da Instituição. As parcerias com diversos órgãos do Governo do Estado e com a Universidade Federal da Bahia, que se fez presente na grande maioria dos eventos realizados, seja disponibilizando professores ou o espaço acadêmico para a realização das conferências, tiveram importância singular nestes 50 anos.

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O período em que o ICBA ganhou mais destaque na sociedade, sem dúvida, foi na ditadura militar. Algumas personalidades, como o atual secretário de Cultura do Estado da Bahia, Albino Rubim, os ex-diretores do ICBA durante as décadas de da ditadura militar e depois dela, como Rolland Schaffner e Ulrich Gmünder, realçam o valor que a instituição teve para os artistas e jovens, principalmente no período ditatorial, por ser um local com certa “imunidade diplomática”.

Passado esse período de repressão e censura, nas últimas décadas o Instituto continua promovendo eventos e realizando seus projetos, buscando atingir, atualmente, o lado mais social. Atualmente, o ICBA defende uma política cultural interdisciplinar, voltada para a responsabilidade social. Suas parcerias têm permitido a promoção de eventos com temáticas voltadas principalmente para o desenvolvimento sócio-cultural como: “Sustentabilidade: Um Caminho para o Desenvolvimento”; “Semana do Cinema Nacional”; “Metamorfoses do Cacau”; “Salvador / Hamburgo: Presente e Passado da Globalização”, entre outros. Essas ações oferecem à sociedade a possibilidade de se relacionar com novos modelos de comportamento, perceber a cultura local e do outro, também através da arte, refletindo sobre as dinâmicas dos processos existentes.

O ICBA talvez tenha sido o primeiro local em Salvador a se preocupar com as temáticas de sustentabilidade e responsabilidade social, desenvolvendo projetos através dos seus seminários e mostrando que é possível uma sociedade justa, igualitária e saudável para todos. Os assuntos tratados nos seminários e conferências sempre foram diversificados, com temas que envolvem tanto a Bahia como a Alemanha, mostrando o quanto duas culturas diferentes podem ter tantos assuntos em comum.

Esse perfil se mostra, também, mais recentemente, na elaboração de um projeto com Centros Comunitários dos Bairros, em fase de discussão, que tem como objetivo criar ambientes culturais em bairros periféricos da cidade, como também divulgar à sociedade baiana a cultura alemã nas mais diversas áreas do conhecimento, seja na filosofia, no teatro, na literatura.

As parcerias mantidas com outras entidades baianas, com a UFBA e com a Universidade do Estado da Bahia, possibilitaram um grande aprendizado para seus alunos e um relevante crescimento de ações culturais locais, provocando, assim, a reflexão crítica sobre os contextos vividos pelas gerações que passaram e passam pelo Instituto, chamando especialmente a atenção de todos para suas formas de resistência aos que desejaram, no passado, fazer calar o direito de liberdade intelectual e cultural dos cidadãos.

Mesmo quando silenciada pelo Estado ditatorial, a semente da reflexão já estava plantada e disseminada por todos os cantos da cidade, haja vista as primeiras montagens teatrais com moldes do Teatro Opinião, do Rio de Janeiro, e as primeiras ideias de movimento afro iniciados pelo Olodum. Aliás, foi no ICBA que surgiram as primeiras discussões sobre o dia Nacional da Consciência Negra.

O ICBA deu oportunidade para que recém-formados apresentassem seus trabalhos no espaço da instituição, mostrando para a cidade os novos talentos da cena artística baiana, seja nas artes plásticas, na música ou no teatro. Tudo isso contribuiu para uma aproximação com a população baiana, já que além de estar cedendo espaço para o estudante recém-concluinte de seu curso superior, mantém também uma preocupação no sentido de realizar seus eventos procurando selecionar profissionais liberais, artistas, intelectuais e estudantes universitários da cidade.

Este livro é mais uma dessas ações: pela primeira vez na história do Instituto de Ciência da Informação, incluindo o período em que se chamava Escola de Biblioteconomia e Documentação, estudantes concluintes do curso de biblioteconomia têm a oportunidade de publicar seu Trabalho de Conclusão de Curso através de tão importante instituição alemã, presente e atuante internacionalmente. Com isso, tivemos a oportunidade de desempenhar o papel e a responsabilidade social inerente ao bibliotecário na

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sociedade, da seguinte forma: preservando a informação (ser responsável pela memória e cultura da produção técnica e científica local e institucional); organizando a informação para uso; acessando e planejando a informação; trabalhando a informação de tal forma que venha a agregar valor; pesquisando e socializando a informação; preocupando-se com o acesso público à informação, como um patrimônio público; criando, pesquisando e consumindo informação.

Na pesquisa, nos colocamos as seguintes questões: De que forma eram promovidas as ações culturais do Instituto? Qual o público-alvo? O objetivo era atingido? A chamada “imunidade diplomática” existia de fato? Qual o papel do ICBA durante o período militar? Quais as ações desenvolvidas pela biblioteca do Centro de Informação do ICBA? Qual a importância do ICBA como disseminador de cultura entre o Brasil e Alemanha nestes 50 anos? Temos o sentimento de ter alcançado as respostas ao longo do trabalho que agora compartilhamos.

O Centro de Informação, como é conhecida a biblioteca, faz parte do “tripé cultural” do Instituto, pois ele está dividido em três setores principais: a Direção de Cursos, a Direção Cultural e a Biblioteca. As ações culturais são planejadas um ano antes de acontecerem, a programação dos eventos é enviada para o Goethe-Institut São Paulo, que entrará em contato com o Goethe-Institut da Alemanha disponibilizando as verbas para que ocorra a programação cultural. O público alvo do Instituto são os interessados pela cultura alemã, além dos estudantes do curso de língua alemã estudantes universitários, professores e pesquisadores que sempre compareceram aos eventos promovidos pelo Instituto. Para o desenvolvimento dos eventos, O ICBA leva em consideração os temas que estão sendo discutidos no momento e a partir daí cria seu planejamento para a biblioteca, de forma a atingir seu público-alvo, sempre procurando, sobretudo, cumprir seu papel social. Esses eventos têm como temática filosofia, literatura, economia e, atualmente, as questões pertinentes à informação e ao papel do bibliotecário.

O período da ditadura militar, época em que a censura limitou a criatividade de alguns artistas, o ICBA abriu sua portas para que artistas baianos e estudantes pudessem conhecer, por exemplo, a filosofia alemã então proibida, porém permitida dentro do ICBA, em forma de livros de filósofos alemães traduzidos para o português. A partir das leituras de alguns autores, como Santanna (2011), e personalidades que frequentaram o ICBA naquela época, conclui-se que havia certa liberdade proporcionada pela “imunidade diplomática”, cujo objetivo principal era manter longe do Instituto qualquer forma de retaliação do Governo. O que podemos observar sobre a questão da imunidade diplomática, é que o Instituto se beneficiou de uma falta de informação sobre essa questão, contribuindo para o desenvolvimento cultural na cidade. Além disso, a criação de oficinas de teatro, dança e música favoreceu a formação de grupos para desenvolvimento dessas atividades como o Interarte e o Intercena. De certa forma, exercitavam os alunos dos cursos de teatro e de dança da UFBA, pois parte desses eventos aconteciam na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia, e outra parte no Instituto.

Ao longo destes 50 anos o ICBA teve como objetivo disseminar a cultura alemã na Bahia, como, também, valorizar a cultura baiana, abordando temas relevantes para a cidade. Além disso, o ICBA proporciona o encontro entre profissionais de diferentes nacionalidades, ao trazer artistas e pesquisadores baianos para os eventos, para que eles compartilhem com seus pares alemães suas experiências e opiniões sobre um determinado tema. Os eventos realizados, como lançamentos de livros, exposições, não têm custo para os visitantes, agregando público de todas as camadas sociais. Tudo isso faz do ICBA um importante centro disseminador da cultura alemã no Brasil, mostrando que, mesmo possuindo um idioma completamente diferente do nosso – fato que poderia até levar ao distanciamento da cultura baiana –, essa diferença, no entanto, aproxima as duas culturas, promovendo o compartilhamento do conhecimento.

Agora, concluída a pesquisa, uma breve introdução, apenas, a meio século de disseminação cultural na Bahia, nos permitimos abstrair da reflexão acadêmica, científica, e ficamos a nos perguntar: como não desejar vida longa para uma Instituição que só beneficiou a sociedade baiana, mostrando que uma

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sociedade mais humana e justa é possível, conseguindo agregar culturas e costumes tão diferentes em um único ambiente, que ampliou e produziu liberdade em momentos tão delicados de nossa história? Permitir-nos essas indagações é uma maneira de apresentar o respeito que nós, as Autoras, e todos os cidadãos, artistas, professores, intelectuais e estudantes, dedicamos ao Instituto Cultural Brasil-Alemanha. Hoje, passados 50 anos, percebemos e entendemos a sua adaptação aos contextos sociais da cidade, que continuam nos favorecendo intelectual e culturalmente.

O que esperamos do ICBA na comemoração dos seus 50 anos, é justamente que a instituição siga em frente no que sempre se propôs a fazer durante estes anos de residência na cidade do Salvador: promover o intercâmbio cultural entre Brasil e Alemanha, valorizando nossas culturas e construindo nossas relações históricas e culturais.

Em setembro deste ano, ainda estaremos vivenciando e compartilhando os resultados da pesquisa. Na data exata do aniversário de fundação do ICBA, no dia 3 de setembro, a Parede Galeria, do Núcleo Interdisciplinar de Extensão (NEXT-ICI-UFBA), exporá a documentação iconográfica reunida ao longo da pesquisa.

6. REFERÊNCIAS (todas usadas no TCC e no livro a ser publicado):

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UCHÔA, Sara. Políticas Culturais na Bahia (1964–1987). In: Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura, Cult-UFBA, Salvador, n.6, p. 1-21, 2004. Disponível em:

<http://www.cult.ufba.br/arquivos/politicas_culturais_1964_1987_.pdf>. Acesso em: 06 de jun. 2011.

7.

ASSINATURA DO BOLSISTA

8. DATA: _____/______/______

ASSINATURA DO ORIENTADOR

9. PARECER DO ORIENTADOR:

A bolsista correspondeu a todos os níveis de requisitos para o perfil de um estudante que almeja o universo da pesquisa científica. Na condição de bolsista PIBIC-FAPESB, membro de um grupo de pesquisa, demonstrou capacidade de liderança, fazendo repercutir o seu nível de compromisso e responsabilidade na colega bolsista com a qual trabalhou diretamente, ao longo de um ano, neste projeto e, como consequência, nas demais estudantes de graduação que compõem o grupo de pesquisa. Seu desenvolvimento na apresentação oral de trabalhos evoluiu positivamente, bem como sua capacidade de redação científica. O livro que será publicado em setembro de 2012, na data comemorativa dos 50 anos do ICBA é o principal resultado desta evolução da estudante. Continuamos aguardando a publicação de uma das apresentações orais pelo Programa

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de Pós-Graduação em Ciência da Informação. Seu comportamento diante de intelectuais reconhecidos e autoridades públicas com as quais se relacionou durante o desenvolvimento do projeto são irrepreensíveis, bem como sua capacidade de resistir às pressões para a conclusão de etapas nos prazos estabelecidos no cronograma, até mesmo antecipando a conclusão de algumas etapas. Certamente um dos motivos que nos permitiu concluir o projeto antes do prazo, resultando na interrrupção da bolsa, foi esse alto grau de compromisso da estudante, e não apenas o fato de termos iniciado a executar o projeto antes da concessão formal da bolsa PIBIC-FAPESB, fundamental para que a estudante demonstrasse sua capacidade de trabalho em pesquisa. O livro a ser publicado pelo IBICT, cuja primeira prova recebi hoje (14/5) da editora, vai coroar esse trabalho, levando na capa a autoria de duas estudantes, entre elas Cláudia Hermínia como autora principal. É o mínimo que o orientador pode fazer, neste caso, em reconhecimento ao resultado do projeto que idealizou e aprovou no PIBIC: as bolsistas serão as autoras do livro, porque o são de fato, pois se o projeto é do orientador, esse primeiro produto (o livro) é da lavra direta das estudantes, que também apresentarão seus Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) sobre o tema pesquisado. A logomarca da FAPESB, entre outras que apoiaram o desenvolvimento do projeto, estará no livro a ser publicado em setembro, uma honra para todos nós, especialmente se consideramos que este é o primeiro livro, na história do curso de biblioteconomia do ICI-UFBA, a ser publicado por uma estudante formanda no curso, resultante de seu TCC.

Referências

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