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III Encontro Interinstitucional da Equipe Itinerante

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Academic year: 2021

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III Encontro Interinstitucional

da Equipe Itinerante

Xare, Manaus, de 19 a 21 de Novembro de 2004

Participantes é Instituições (ver anexo):

Total de participantes: 31; Total de instituições: 15

Coordenação: Odila e Neori. Assessoria: Cláudio Perani sj. Cozinha: Ir. Verônica. Secretaria: Paco e Fernando. Objetivos: 1. Analisar a conjuntura regional.

2. Socializar a caminhada da Equipe Itinerante. 3. Ver os passos dados pelas instituições.

4. Assumir compromissos concretos: as instituições e os dois núcleos da equipe.

Pauta do encontro: 1. Informações:

Introdução: Memória dos dois primeiros encontros inter-institucionais. I.- Realidade.

II.- Informações sobre a Equipe e Comunidade Itinerantes

1 - Encontro de avaliação da missão: realidade, objetivos, atividades, resultados, desafios. 2 - Comunidade.

3 - Problemática estrutural da Equipe. Sub-Equipes, Núcleos e Membros.

III.- Informe das instituições sobre o que estão fazendo e avançando ao nível da Equipe It.

2. Compromissos:

a) Equipe Itinerante. b) Responsáveis.

3. Espiritualidade da Equipe.

Dar peso ao tema da espiritualidade. A CRB está avançando e priorizando o tema “Ecológico”.

4. Avaliação

Anexos: 1. Lista de participantes e instituições.

2. Carta de Mons. Alberto Campos, Bispo do Vicariato San José del Amazonas – Peru.

Dia 19/11 – Sexta – Manhã: Chegada e lazer.

Tarde: Apresentação dos participantes: Dinâmica dos caracóis. Quem sou? O que Deus me diz? Organização do encontro: Horário. Equipes de limpeza.

Assessor. Na apresentação muitos falaram: “Estou aqui para escutar”. Certo, mas não só. Todos nós

participantes temos que dialogar a partir de suas experiências para ajudar a encontrar o caminho. Cada um e uma deve dar a sua colaboração.

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1. I N F O R M A Ç Õ E S

Introdução: Memória dos dois primeiros Encontros Interinstitucionais:

Io Encontro Interinstitucional(2002): Participaram 13 pessoas e 4 instituições. Foi para conhecer e

compreender melhor o trabalho da Equipe Itinerante. Que valores despertavam em nós. E responder a muitas questões que levantamos: Como se trabalhava as relações de gênero? Como é a vida que tenta ter “tudo em comum”? Qual a distinção entre equipe e comunidade? A abertura de ter gente que está na equipe e não mora junto. Como é a manutenção com dois salários mínimos para a missão e um para a comunidade?

Pontos aprofundados: 1. Missão: nos três mundos: indígena, ribeirinho e marginalizado urbano. 2. Foi muito bom a proposta metodologia missionária com leveza e alegria. Novo estilo de vida com esperança. Fomos muito questionadas pela metodologia. 3. Equipe e comunidade: Dia a dia da comunidade. Bem querer de uns com os outros. 4. Economia: A equipe não é uma instituição jurídica que tem um patrimônio. O que se tem é ao serviço. As doações recebidas foram partilhadas em partes iguais para cada uma das três congregações que estavam participando para o “Fundo de Itinerncia”. A abertura da equipe para a inter-ajuda. 5. Participantes e ligação com as instituições: O que uma instituição estava vivendo forte toda a comunidade e equipe vivia em comunhão. As outras comunidades presentes em Manaus podiam participar. Percebemos a ligação de cada uma e cada um com sua congregação e as respectivas comunidades. Vislumbramos uma nova maneira de viver a vida religiosa. Nesse encontro foi assumido o projeto pelas 3 Instituições (no caso, Congregações) pressentes; já não era mais apenas dos jesuitas.

II Encontro Inter-Institucional (2003): 23 pessoas e 12 instituições pressentes. O tema principal do

encontro foi “As Fronteiras”. A Amazônia como segunda região geopolítica do mundo. Novos estilos e novas presenças de missão. As fronteiras como novo horizonte de inserção da Equipe. Foi confirmado o espírito da Equipe. A originalidade da Equipe Itinerante está no modo de fazer missão. Não é originalidade da Equipe nem a inserção nem a inter-institucionalidade. Três novas instituições entram na equipe: Maristas (Neori); Missionárias da Imaculada (Laura); CIMI (Raimunda).

Desafios: Inserção dos leigos/as na Equipe Itinerante foi um tema muito aprofundado. Como envolver mais outras instituições. E particularmente instituições locais. Como fortalecer a continuidade nos lugares onde a Equipe se faz presente. A instituição é o nó e o fio é a equipe. Dialogo intercultural, inter-religioso e interinstitucional. “A igreja deve ser mais itinerante e mais integrada entre fios e nós”. Compromissos: CRB: divulgar o projeto. CIMI: Raí. Maristas: Neori. FSCJ: Carmen. Missionárias da Imaculada: Laura.

Núcleo Três Fronteiras: É aberto com três pessoas. A Equipe decide quem vai e as instituições confirmam a destinação. Foi repartido o fundo acumulado, porém não a partes iguais e sim em função das necessidades de cada instituição-congregação.

I.- Realidade: Amazônia e Fronteiras.

Rápida apresentação em power point: “Juntos tecendo nossa rede pastoral na Amazônia: Amazônia 2ª Região geopolítica e área de missão de fronteira”. Esta apresentação foi preparada para os Bispos da Amazônia, reunidos em outubro de 2004.

Dia 20/11 – Sábado - Manhã

Oração: Ir Sonia, Ir Zenilda e Raí. Textos: Sab 69,1s-10 e Is 42,1-7.

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aos desafios da realidade. Barulho de motor e harmonia que temos aqui; ouvir também os outros gritos das fábricas, do desemprego. O texto de Isaías fala do ouvido, mas também da língua do discípulo, que Deus nos dei a língua do discípulo. Sabedoria é desfrutar a Deus em tudo e ser a voz do mesmo Deus. Muitos problemas nós enxergamos ontem com a apresentação que vimos. Temos uma arma que é que a sabedoria de Deus está no povo, na sua capacidade de resistência, de força, de busca, de coragem, cultura, etc. Essas são as armas da sabedoria de Deus.

Trabalho

Introdução: Ontem foi levantado o fato de ter mais tempo para discutir para compreender e debater.

Por isso a gente está reduzindo as informações de nosso encontro de avaliação. Também propomos à tarde aumentar o tempo de trabalho cortando o tempo do lazer. O pessoal que chega de fora quer mais tempo para aprofundar os temas já que foi muito custoso chegar até aqui. Temos que focalizar bem o trabalho da Equipe, não temos tempo para outros trabalhos.

Realidade levantada no encontro de avaliação: Ver as pessoas, os sujeitos.

 Muita diversidade de vida e culturas. O mundo dos ribeirinhos é diverso. Dentro dos indígenas a diversidade é maior, ainda dentro de um mesmo povo.

 Também há semelhanças: o tripé da Equipe permite uma relação e reflexão entre os três sujeitos, Ribeirinhos, Indígenas e Marginalizados Urbanos.

 O trabalho cultural que se faz com os povos indígenas pode iluminar o trabalho com os ribeirinhos e vice-versa: Enriquecimento mútuo.

 O trabalho urbano em Manaus ficou mais oculto. Porem apareceu o trabalho em fronteira como mobilidade humana.

 Exploração: o capitalismo invadindo tudo a velocidade muito grande, visando o lucro.

 Apareceu o 4º Mundo, na fronteira, migrantes, presos nas cadeias vitimas das drogas. Nesta realidade são outras as categorias tem que ser construídas para esse trabalho.

 Está crescendo a identidade dos povos indígenas e ribeirinhos. O trabalho do CIMI tem ajudado muito. A CPT está trabalhando isso no meio dos ribeirinhos.

 Confusão muito grande pelo número de atores que tem aparecido no meio desses sujeitos: Organizações governamentais, ONGs, Igrejas, etc. O discernimento é, muitas vezes, dificílimo.

Debate em plenário

 Geopolítica de fronteiras. Qual é a política que predomina hoje nas nossas fronteiras. Militarização que freia o tema das demarcações de terras indígenas: Fronteiras vivas e militarização. É importante ter maior compreensão como igreja desse assunto.

 É de admirar que, no governo Lula, a militarização na fronteira esteja se fortalecendo: 30.000 militares estão sendo enviados em diversos pontos. Parece que a sobrevivência da instituição militar é que está em jogo. Para eles os perigos que justificam sua presença são: narcotráfico; guerrilha; MST; Movimento Indígena... Não acreditamos que a solução seja militar, menos frente ao poder militar muito superior dos EUA. A solução é política, sócio-cultural e ética.

 Davi Kopenawa diz: Militares gastam dinheiro, não fazem nada e não respeitam os povos indígenas.

 Presença de USA na DEA. Os militares americanos estão nas zonas estratégicas. Há ONGs que estão apoiando outros interesses, abrem brechas... Indígenas na fronteira com Equador mexem com $USA. A presença da DEA é justificada para cuidar do narcotráfico. No Estrecho se vive o conflito. O conflito de Colômbia se está internacionalizando. A versão gringa é a que domina. Há grupo de militares que controlam muitos pontos estratégicos. Como Igreja que postura tomar, como juntar

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esforços na Amazônia, nas fronteiras. Dom Alberto tem esta preocupação enorme pela Amazônia, o tema das concessões florestais. Transnacionais se estão fazendo donos da Amazônia peruana. A Amazônia está sendo vendida às transnacionais.

 Narcotráfico em Colômbia é o argumento dos USA ao terminar os chefes do narco agora é a guerrilha que está diluída para atingir todos os estratos sociais. As plantações de COCA estão sendo atacada com veneno e o veneno vai para os rios que ficam contaminados.

 A militarização é contra USA. A presença americana é explícita em muitos paises LA. Em Brasil a presença USA é mais discreta, SIVAM e SIPAM. As ONGs estão ajudando a essa presença USA, que está financiando com 11 milhões $USA varias ONGs (GTA).

 O encontro da COIAB com os Militares em Brasilia: Eles queriam um documento conjunto para ver qual é o papel dos militares nas áreas indígenas. O documento chegou porém sem a participação dos índios. O reforço de Lula aos militares: submeter a demarcação de Terras Indígenas ao conselho de segurança militar. Violência dos militares às mulheres indígenas: Alto Rio Negro, Roraima, etc. A questão do Narcotráfico-Plantações, em terras indígenas. O que podemos fazer dentro do CIMI. No fórum pam-amazônico colocar o tema da militarização. As equipes do CIMI estamos tentando mapear a presença militar em área de fronteira.

 Expectativas em relação ao governo Lula. Como Brasil pode estabelecer uma mudança via eleitoral. Madre Cristina foi a primeira freira afiliada ao PT, porém ela não votava no PT. Ninguém faz mudança e revolução via parlamento. O PT é o resultado do que foi possível dentro das alianças históricas desta conjuntura. O povo não vai agüentar um bloqueio econômico que vai pedir “as cebolas de Egito”. Não sei como a Marina Silva agüenta depois da questão dos transgênicos. Um parlamento reacionário. Encontro da inteligência com religiosos. Um militante, em um encontro do governo, reagiu muito forte: Eu não votei no governo Lula para ver os índios massacrados. Manter a estratégia de fortalecer a Calha Norte.

 Os EUA, mais os militares colombianos, mais os militares brasileiros têm como estratégia empurrar a guerrilha para a fronteira, imprensá-la e acabar com ela, como já estão fazendo até com que é simplesmente suspeito, e de formas atrozes para aterrorizar a população.

 A Venezuela é uma das grandes travas para USA. Os “esquálidos” dizem que Chaves está deslocando o movimento guerrilheiro para a fronteira com Colômbia. Chaves está dando poder aos pobres. A educação e saúde está sendo coberta por varias missões. A corrupção é o problema do governo Chaves. A oposição está do lado de USA. Depois de ter ganhado Chaves 8 eleições agora só falta matá-lo. O cônsul de Venezuela,escutando músicas pro Chaves, comentou que a CIA está querendo eliminar o Chaves.

 ONGs e parcerias facilitadas pelo governo Lula. A CPT tem experiência de ver trabalho esvaziado por ONGs e Governamentais. O caso do Peru é significativo. USA quer institucionalizar o movimento social dando muito dinheiro. Com facilidade nós entramos também no discurso da “eficácia”. Quando chega muito dinheiro o movimento social fica dominado pelos financiadores. Mas as organizações populares são eficazes quando o povo mesmo dirigem o processo e criam seus próprios recursos econômicos.

 Lembro o vivido no Choco, com população negra. Eu vi como destroçaram muitos lideres, cabeças, mãos, etc. Com uma equipe a gente recolhia esses corpos. Tudo por a luta pela terra. É urgente na Amazônia ver como fortalecer as organizações indígenas. Sugeriria à Equipe Itinerante que contate com gente com experiência deste tipo de conflito para fortalecer a luta e resistência. Não esperemos para recolher os pedaços de nosso povo. Temos que unirmos forças e arriscar toda a vida respondendo ao chamado de Jesus. Colômbia tem muita experiência. O conflito está crescendo e crescendo.

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 Colocar a realidade ante os bispos não é tão difícil. O problema é que eles recebem dinheiro dos governos para obras sociais e pastorais. Como vão ter visão crítica e profética contra o próprio governo?

 O CIMI e a CPT tem presença na CNBB e na CRB. Dom Luiz colocou a importância da Equipe Itinerante... Num informe que passou o Egon dum encontro indígena sobre Projeto Etnopolítico”, os índios afirmam: “Não esperávamos ser considerados criminosos em nossas casas e invasores de nossas terras. Não esperávamos que as terras e os direitos indígenas fossem usados como moedas de troca”. Os índios manifestaram a indignação e decepção com a política indigenista do governo Lula.

 Nós não estamos aqui para buscar como fazer que esta rede da Equipe Itinerante seja mais eficiente. Como dar mais um passo no fortalecimento desta rede da Equipe. Nossas instituições devem ser informadas sobre esta caminhada para poder fortalecer mais isto. O desafio não é que dê certo o trabalho da Equipe, é muito maior... Nos níveis de articulação temos que fazer-nos pressentes para que esta realidade entre nos planejamentos e se façam opções para as prioridades...

 A inter-relação existe junto ao episcopado da Comissão para a Amazônia. O trabalho sobre a Amazônia que existia antes foi engavetado. Agora temos que retomar a caminhada. A CA deu um passo grande ao sair do gueto da CNBB e abriu para o CIMI, Cáritas, CPT, etc. Isso para abrir e trazer a realidade, para catalisar as forças que existem e dando uma visibilização. Agora estamos trabalhando a Mutirão da Amazônia. A Equipe Itinerante está em pauta e no coração da gente, deve ser conhecido pelas próprias igrejas da Amazônia por ser uma nova forma de presença. Temos que ajudar a mudar a cabeça dos bispos com estas novas perspectivas.

 A CLAR deve entrar nesta proposta e perspectiva Amazônica mais ampla. Não só a CRB motivando a missão na Amazônia Brasileira, mas a CLAR deve mobilizar-se com a Amazônia Continental.

 O encontro do CELAM estava desarticulado. A voz profética da itinerância está ajudando ao CELAM, CLAR, CRB, etc. A gente tem que cochichar uma nova eclesialidade. O que os bispos necessitam é clero. As outras questões são outras pessoas quem tomam conta... Isso é a visão e preocupação deles... Buscar uma nova eclesialidade.

II.- Equipe Itinerante: 1. Informações várias

Encontros Inter-Institucionais: Ver em anexo relatórios do I e II Encontro Inter-institucional da Equipe Itinerante (está no CD).

Motivações dos membros da Equipe [Objetivos]: Fé no Reino. Impulso interior, que vem de Deus. Sair do próprio ambiente e conhecer outras culturas. Desejo de participar do cotidiano do povo, morar no meio dos pobres. Evangelização que humaniza a vida. Estrutura leve. Viver a vida religiosa com maior radicalidade.

Sociedade com que sonhamos: Justa, que promova a Vida para todos.

Objetivo Geral da Equipe: “Escutar, despertar, incentivar e apoiar pessoas, projetos e

iniciativas no mundo dos Ribeirinhos, Indígenas e Marginalizados Urbanos através da itinerância e da articulação com pessoas e entidades afins, para que os pobres e excluídos se tornem sujeitos da sua libertação e se reconheçam como pessoas e filhos/as preferidos/as de Deus, a fim de evangelizar, humanizando os ambientes mais agressivos, injustos e opressores onde a vida humana está sendo ameaçada, as culturas desrespeitadas e os direitos humanos ignorados”.

Perspectiva do trabalho da Equipe: Apoiar projeto, iniciativas dos outros. Articulação. Necessidade de escutar mais. Pensar mais nas pessoas e não só no projeto; para que os excluídos se tornem sujeitos. A equipe itinerante corre o risco de esquecer o 4º mundo e a necessidade de escutar e valorizar as pessoas e comunidades.

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O que a Equipe faz e os resultados: Foi pouco trabalhado pela falta do tempo. O trabalho da Equipe é limitado.

- Indígena 3 Fronteiras: A inserção no mundo indígena. A Equipe de Tabatinga está tentando articular o CIMI local. Presença e contato direto com peruanos, colombianos e brasileiros na fronteira, mobilidade humana, drogados, presos, etc. Ser amigo dos peruanos, colombianos, drogados, etc. para ajudar a reconciliar e valorizar, criando auto-estima. Superar as divisões diocesanas e de fronteira.

- Indígenas Manaus: A equipe fez 6 itinerâncias. O trabalho que mais apareceu foi o trabalho em parceria com o CIMI sobre legislação, oficinas e materiais de devolução.

- Ribeirinho 3 Fronteiras: Carta do Fr. Benigno que no inicio não aceitou a proposta da equipe. Passam dois dias em cada comunidade: visitas, encontros sobre “queremos ver Jesus” e consciência política neste ano. Metodologia participativa.

- Ribeirinhos Manaus: 4 itinerâncias. A experiência em Maués que é uma paróquia bem articulada e organizada. Visita às famílias, celebrações, batizados, contato com a equipe local e com outros grupos de DDHH. Avaliação com eles. O objetivo do trabalho: ajudar a juntar fé e vida.

2. Vivência comunitária:

Núcleos 3 Fronteiras: Chegamos no dia 10 de Abril de 2004. Odila morou com a Raí e Fernando com os Maristas. Chegamos lá e não tínhamos nada. Buscamos local para ter uma casinha para a gente viver. Foi difícil encontrar casa porque o bairro La Unión é pequeno e não tinha tantas possibilidades. Queríamos duas casinhas prontas e próximas. Encontramos um local com uma casa e um local do lado. O dono teve problema com a policia e fugiu. Parte do dinheiro sumiu. Agora estamos com uma casa e media porque a família não tem recursos. Repartimos as tarefas de casa, respeitando os carismas. Boa convivência. Dois dias de oração comunitária, oração pessoal 3 dias e participamos dos dias na missa da paróquia ou em casa. Dificuldade da água que em toda Letícia não chega. Quando chega água se tem que recolher. A chuva também é recolhida. A relação com os vizinhos do bairro a gente está ganhando uma relação de bem querer. Neori, Enrique e Odila visitamos quase todas as famílias do bairro. Debaixo de uma marquise tem um grupo de drogados que tem uma grande amizade com a gente. Vem em casa para conversar, comer. A família da Raí e os Maristas nos acolheram desde faz já vários anos.

Comunidade Trindade (Manaus): A comunidade está ao serviço da missão. Quando passamos descansamos e os vizinhos apóiam a gente. Como todas as famílias estamos lá, acreditando na proposta e tendo a comunidade itinerante como escola permanente de formação. Queremos ser irmãos e irmãs entre nos para testemunhar fora o que vivemos dentro. Não temos como prioridade trabalhar com os vizinhos. Queremos continuar. O salário mínimo por pessoa é muito comparado com o que os vizinhos vivem. É muito relativa nossa pobreza. Neste ano 2004 os antigos se repartiram para ficar com os novos.

3. Membros da Equipe Itinerante e tripé (Ribeirinhos, Indígenas e Marginalizados Urbanos):

Somos 6 membros em Tabatinga com possibilidade de 4 novos no próximo ano. Manaus somos 6 membros e saem dois membros. Na possibilidade do ano próximo somar uma nova irmã. Em termos de número. A Equipe de Tabatinga está maior que a Equipe Manaus (9 frente a 5 neste próximo ano). Temos que ver juntos como trabalhar isso. As pessoas que entram passam por uma estagio de uns 3 meses. As pessoas que vem por curto prazo ficam fazendo estagio também? Pessoas que vem para a Equipe por pouco tempo, como fica? Cláudio: A questão dos membros ficaria a cargo de cada núcleo com eventuais conversas para se ajudar um núcleo ao outro.

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Plenário

 Estrutura. Colocar no quadro a composição da equipe neste ano 2004, no próximo ano 2005 e no 2006, para a gente poder manter a dinâmica dos núcleos e prever.

 A questão das sub-equipes. Unidade da caminhada. Vamos ficar como uma Equipe Itinerante com vários núcleos? Equipes autônomas? Sem criar estruturas? Quem faz de articulador entre os dois núcleos?

 O PIMI está-se abrindo a novas realidades. Por isso estou aqui. O problema é que sou o coordenador da PI na diocese. Como se poderia participar eventualmente na Equipe sem deixar desfazer a PI. Como participar a tempo limitado?

 Formação dos novos membros. Introdução dos novos membros. Como fazer isso para que gradativamente possam as pessoas inserir-se na caminhada para não ser duro de mais para a pessoa e para a Equipe. Que passos vamos oferecer para os novos introduzir-se. Quanto mais a equipe se amplia mais será esse desafio. O grupo fundador carismático vai, porém depois os outros devem ser introduzidos.

 Como CRB temos pessoas que querem introduzir-se. Como fazer a articulação e o encaminhamento para a Amazônia. Vão aparecer bastantes pessoas que querem formar parte da Equipe. Como encaminhar isso. Formação e como articular.

 Ter cuidado da leveza em termos de estrutura. A caminhada do CIMI mostra isso. Como ter uma referência para facilitar essa inserção. O SARES não seria uma referência. CIMI e CPT já tem espaços para a formação. Pessoas abertas para os três frentes e pessoas que vem para uma área específica. Também não fazer rígida a participação parcial para que outros possam abrir-se a novas formas de presença. Também as equipes itinerantes fazem de elo com as equipes locais.

 Confirmar os três sujeitos. Atuação da equipe: em que sentido o trabalho da equipe intervém na transformação dessa realidade que está ai? A equipe não vai mudar o mundo, porém como a equipe intervém na realidade? Quem vem para mais tempo e para menos tempo: Não pode criar raízes, por as continuas mudanças pode dificultar a continuidade... Como ficam as mudanças constantes? Como CPT queremos a integração mais efetiva com Graça na Fronteira. A gente pode ajudar a articular melhor. Podemos pensar também a Graça na equipe de Manaus.

 Mudança dos membros: assegurar a continuidade com uma pessoa. O outro pode variar para possibilitar outras coisas. Mínimo de tempo para que essa gente possa ajudar desde o aspecto de apoio aos sujeitos.

 Sugestão: Inspiração da CPT que são equipes de serviços também inspirado no CIMI. Equipes de serviço autônomos em relação com a igreja local oficiosa e não oficial. A unidade foi mantida a partir de trocas de informações, subsídios do nacional e assembléias nacionais para avaliar a caminhada. Deveria ter muita autonomia das equipes. Sobre tudo se queremos criar outras equipes. Defendo a autonomia. Como responder a unidade: Imagem do Corpo. Articulação sem governo geral: repassando noticias, mutua ajuda, encontros um por ano. Os membros: o mínimo de presença são dois anos. Não é necessário passar por todas as itinerâncias. Organizar uma formação maior é difícil. Poderia vir pessoas definidas para trabalhar nos campo urbano, indígena, ribeirinho. Chegar com discernimento feito. Sobre o pessoal que não é da vida comunitária influi na missão. Na comunidade se elabora também a missão. Favorável para abrir a equipe que moram na mesma cidade para participar do ritmo de planejamento e vivencia da equipe. A Equipe é manter maior liberdade e leveza que o CIMI e a CPT. A Equipe era considerada como beija-flor. O trabalho do beija-flor é necessário: fecunda. O responsável do crescimento é o pezinho.

 O que a gente sente no nível de resultados: Em Parintins a Equipe ajudou a articular. Também no Alto Solimões ajudado com articulação. Também com as organizações indígenas. Veio um apoio

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grande para o CIMI a Equipe. Também ajudando a que a formação das equipes locais. Fecundaram nessas regiões.

 Carisma pessoa, necessidade e especificidade institucional: Necessita pessoas com perfil para as necessidades que surgem. As periferias são um grande desafio.

 Discussão do tempo de participação na Equipe. Floranice vem para um ano por estarmos necessitando para a formação. A equipe da experiência para a missão.

 Sobre a Floranice não tem dificuldade, porém a orientação para o futuro? As pessoas que chegam com uma orientação fixa. Se as pessoas chegam abertas que se possam abrir à necessidade da equipe.

 Fazer estagio as pessoas nas três sub-equipes para situar-se melhor. Fernando tem carisma para articular e empolgar pessoas. A equipe itinerante não é a tal, são pessoas como qualquer outra.

 Não colocar normas rígidas para a admissão. Manter a flexibilidade. Não fazer uma estrutura pesada. Estrutura mínima e flexibilidade.

 É importante que as pessoas novas cheguem para os encontros da Equipe para se situar melhor.

 Flexibilidade com rumo. É muito rico passar pelas três áreas. Porém, quem vem por um período mais curto de alguns meses, é melhor ficar numa área só do que ficar pingando sem penetrar mais numa destas realidades. Para que chega com a intenção de ficar vários anos, sim é bom fazer as três experiências.

 Questionamento: A Equipe pode correr muitos riscos de institucionalizar-se. Os leigos que trabalham por uma diocese. Não estariam vivendo com um grupo de religiosos/as fortes para incluir mais leigos/as com flexibilidade. Oxalá que não se institucionalize para poder introduzir leigos/as.

 Pergunta do conselho. Vocacionalmente as pessoas da equipe estão felizes. Os vocacionados que aparecem são vocacionados dos 8 ‘I’? Como vamos amassar o barro. CRB: Formação de formadores e de animadores vocacionais. O que é ser vocacionado neste contexto. O Nilvo é o formador do Alto Solimões. Como trabalhar a formação na experiência inter-congregacional.

 Sobre a questão das normas: crescendo há que colocar normas sem absolutizar, sabendo ficar por cima delas. Não temos que ter medo, algumas normas mínimas tem que ser colocadas. Fernando se torna um pouco para a Equipe Manaus e Equipe Tabatinga não como coordenador e sim como apoio ou animação. A Equipe não tem forma institucional própria formal. Porém tem 8 instituições estão por trás. A carga administrativa e a responsabilidade das instituições faz possível a leveza da equipe. Leigos/as: é um problema que está desde o inicio. Causas: o estilo de vida comunitária é mais religioso que leigo/a. Como a equipe se abrir para espiritualidade leiga isso exige uma abertura por parte da equipe. Deve ser respeitado esse processo.

 O imaginário sobre a equipe itinerante é que só podem entrar e agüentar pessoas “perfeitas”. Os leigos/as nos ajudam a abrir-nos. Se limitarmos aos ideais da itinerância, muitas pessoas ficamos de fora. A questão econômica tem determinado bastante. A igreja é dos leigos e se faz com aquela caminhada. A equipe teria que ser um espaço mais aberto aos leigos/as. Como as Congregações religiosas podem implicar-se com leigos/as?

 Vai chegar um momento em que Arizete tenha que parar na Equipe. Como poderíamos como congregação apoiar também com leigos/as? É importante não fechar muito a experiência.

 Distinguir pessoas que vem para fazer uma experiência e outras para consolidar a Equipe.

 Garantir a continuidade na fronteira e em Manaus. Garantindo isso podem chegar outros.

 Manter a leveza. Ser flexível em relação às pessoas que vem. A experiência é rica para elas. Tem muitas pessoas querendo fazer experiência... Estar abertos ao Espírito...

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 Flexibilidade para os que vêm para experiência curta e “rigidez” para as instituições enviar pessoas estáveis que fortaleçam a base da equipe. Assim podem ser assumidas mais pessoas para fazer experiência na Equipe. Tendo duas pessoas por sub-equipe é mais fácil receber as pessoas que vem para fazer experiência.

 Continuidade da equipe, porém com estrutura leve. Se a equipe perde a estrutura leve e coloca normas não sei como vai ficar para o futuro. Só entrar por meio de uma instituição e com muita formação: isso assusta. Como poder pescar outros/as? Comunidade itinerante tem seu jeito de ser. Nós como leigos/as temos nosso jeito de ser. Como leigos/as na comunidade algumas coisas devem mudar; deve ser aberto um espaço para cada um.

 Importância da abertura para as experiências. Eu sinto em mim um processo de abertura com a experiência de vocês. Eu sendo membro de uma instituição a experiência de vocês me ajuda pessoalmente, mas também ajuda a toda minha instituição.

 Que núcleos novos têm para abrir? Como seria isso.

 Equipe sub-urbana para Manaus. Temos que ver como abordar isso com muito carinho, as periferias urbanas dentro da Amazônia estão crescendo. O que fazer?

 Ter uma base estável com 4 pessoas sem morar na comunidade e se a tempo integral, morando na mesma cidade. Não pode se abrir a área urbana em Manaus quando não temos pessoas.

 As pessoas que vêm têm que saber que estamos a fim de conviver com leigos/as e religiosos/as.

 Velocidade dos caramujos. As instituições são pesadas, devem ser constantemente informadas para que possam avançar.

 Os leigos/as tem um jeito e os religiosos/as tem outro. Temos que nos abrir para buscarmos juntos novas formas onde todos tenhamos espaço.

Tarde

Foi entregue como pressente abanos de palha: “ventiladores ecológicos sem fio”.

III.- Trabalhos institucionais e compromissos feitos pela instituição

Cada um tem 7 minutos para falar.

1. Tere - CIMI: Desde o inicio o CIMI vem acompanhando mais a caminhada da Equipe Itinerante. O

ano passado o Chico esteve presente no II Enc-Int. Arizete e Fernando já participavam e eram assumido pelo CIMI, neste ano o CIMI foi quem conseguiu viabilizar a liberação de uma leiga, a Raí, como membro da equipe na fronteira. Também a contribuição da Equipe pelas regiões assim como cutucar ao CIMI com todo o tema geopolítica das fronteiras. Articulações mais amplas com Green Peace para Dez/2004: Duas pessoas de Peru, CPT, CIMI e Equipe Itinerante. Encontro sobre sustentabilidade de Julho. Para a gente é muito importante continuar com as equipes de fronteira ampliando para Roraima, Acre-Rondonia com Bolívia e Peru. Empenharmos melhor na questão indígena urbana aqui em Manaus.

2. Bruno – Jesuitas da Amazônia: Contato freqüente meu com a Equipe Itinerante. Visitando a

comunidade, ir almoçar com eles. Isso foi muito bom. Me falta a visita nas 3 fronteiras, espero programar para o ano próximo. Sensibilizar a CRB, ajudando a ser ponte e que assim conheçam. Também estou animando aos provinciais do Brasil e os provinciais de AL. Nessas instancias estamos tentando articular os sj da Amazônia. Encontros com os provinciais dos paises mais vizinhos. Provinciais de Colômbia, Peru e nós encontrarmos em Tabatinga para o próximo ano. O desenrolar dos próximos dois anos: Vanildo sai agora; Enrique e Coco saem no próximo ano. Não tenho clareza de

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que alguém chegue nos outros dois anos. Fernando vai sair para terminar a 3ª Provação no segundo semestre de 2006.

3. Sonia – FSCJ Nordeste. Chegamos com uma irmã na comunidade interprovincial. Participei no I

Encontro Interinstitucional, e fiquei muito tocada. Voltando o partilhei com a província e se foi criando um desejo e uma disponibilidade. Somo 43 irmãs e 3 noviças. Na província há um desejo de participar na Equipe. Houve uma sensibilidade e a gente vai a enviar a irmã Floranice que terminou filosofia e agora teologia, ela vai para a formação. Porém pensamos que ela possa fazer uma experiência dentro da Equipe. Também temos tentado reproduzir dentro da província essa metodologia itinerante. No capitulo a gente convidou a Fernando e Odila: Abertas para os novos desafios. Temos leigas sensibilizadas para a Equipe ainda que o processo vai devagar. Nas reuniões da CRB a gente coloca a proposta e o projeto da Equipe.

4. Elizabeth – FSCJ Sul. Participei no ano passado no II Enc. Int. Tocou-me muito. Colocamos na

província para sensibilizar a toda a província. No só no Brasil, mas também em Bolívia e Argentina. Grande simpatia pela Equipe. Ter algum momento de parada para refazer-se. Tem que ser programado para que todos não parem ao mesmo tempo. Em curto prazo não temos outra irmã. Uma coisa bonita é o fato das comunidades inseridas está nascendo uma equipe itinerante de animação das comunidades inseridas. Tem a mesma metodologia.

5. João – Maristas. Foi um momento de muita riqueza a experiência da Equipe. Importante o espírito

de unidade dos irmãos do Alto Solimões. O Espírito foi conduzindo e a gente foi arrumando coragem. Os materiais da equipe ajudam a divulgar e sensibilizar também no encontro dos provinciais de AL. A leveza, a itinerância, as tendas é uma motivação forte. Motivação humana, motivação vocacional, etc. é mais importante que ter coisas ou defender propostas. O ir. Neori está contente e o Ir. Nilvo é muito importante. Tal vez esta proposta ajuda a encontrar um novo modo de ser religioso, de ser marista. Hoje a Equipe é uma nova pequena célula que ilumina a caminhada da igreja na Amazônia.

6. Sueli - Cônegas: Sinto-me muito parte da missão. No inicio se deu muito no nível das instancias de

coordenação. Depois pouco a pouco vai entrando a metodologia da Equipe. Na congregação a experiência se iniciou como a experiência de Arizete. A madre geral se sentiu muito tocada. Para o retiro da Equipe a que vem é nossa conselheira geral. Aos poucos vai ser uma experiência coletiva. O que acontecia na Europa há 100 anos atrás quando vieram nossas irmãs para o Brasil. A Equipe projeta um novo modo de vida religiosa. Nós gostaríamos perceber melhor o processo como metodologia. Necessitamos como grupo que venham mais retornos das pessoas para as instituições. A gente está num processo devagar. A Equipe tem que ajudar a entender melhor. A instituição apóia com a estrutura para a Equipe ter leveza. A Equipe tem mais um Ser que um Ter.

7. Auriedia – CPT: Assumi a coordenação da CPT há um ano e meio. Desde março deste ano a gente

se juntou com membros da Equipe para ver o jeito de alguém da CPT entrar na Equipe, dado já que a Equipe trabalha com ribeirinhos. No Alto Solimões a gente tem muitos pedidos e por isso pensamos em colocar alguém da CPT na Equipe das 3 Fronteiras. Entre-culturas apóia para ter uma pessoa da CPT na Equipe. A gente não tinha pessoas, ficamos reduzidos e a gente pensou buscar uma pessoa. Surgiu a proposta da Graça que tem experiência para poder iniciar no 2005. A Equipe pode ajudar a enfrentar os novos desafios, a Equipe como caminho novo que ajuda a buscar resposta aos novos desafios. Já foi colocado no conselho da CPT e foi decidido o apoio. Hoje não daí mais para trabalhar isolado. A experiência está sendo feita e a coisa vai caminhando. Temos que enfrentar juntos os novos desafios.

8. Eleta – Missionárias da Imaculada. Eu estou representando a Ir. Valeria. A Ir. Laura foi

empurrada para entrar e entrou. Este ano a gente está com pouca gente porque estamos enviando para áfrica. Pensamos que a Ir. Laura devia conhecer novas experiências e agora se estão abrindo novas possibilidades vendo novas formas de experiência.

(11)

Vicariato. A presença da Equipe Itinerante na próxima assembléia do Vicariato é muito importante. O Vicariato está pouco a pouco abrindo-se e conhecendo a problemática mais ampla. Temos muitos missionários leigos/as. A Equipe pode ajudar-nos muito. Devemos continuar juntos na missão e na oração.

10. Carlos – Consolata. Com a participação do Antonio no II Enc. Int. foi importante para abrir-nos

para as fronteiras. Antonio levou um material da Equipe sobre as fronteiras. A gente pensou que agora é o momento. Em fevereiro ou março a gente vai reconhecer o terreno para depois avaliar e tomar uma decisão. Para nós é muito importante o trabalho inter-institucional na fronteira já que temos também missionários na Amazônia colombiana. Estamos avançando pouco a pouco. Antonio vai levar a experiência para o Capitulo Geral no próximo ano, para colocar esta proposta inter-institucional na fronteira. Antonio, sua proposta é liberar dois padres para a Equipe.

11. Salvador – PIMI. No final de Janeiro/2005 devemos ter uma assembléia para liberar um padre

para a Equipe Itinerante. Ele quer propor esta nova experiência para o PIMI aqui na Amazônia. A idéia do regional é liberar dois padres: um para a Equipe Itinerante e outro para os ribeirinhos. Eu estou aberto para esta experiência.

12. Zenilda – CRB. Temos vários projetos para nossa colaboração com a Amazônia. Como é que nós

vamos nos engajar na itinerância. Como apoiar também economicamente esse projeto. No próximo encontro a gente vai dar passos concretos. A CRB vai ser aliada neste projeto da Equipe Itinerante. Contem com o apoio da CRB nacional.

13. Cecília Tada – CNBB Amazônia. O ano passado a gente conheceu a Equipe Itinerante. Eu fiquei

muito feliz e emocionada. Na Equipe encontrei a faceta do profetismo que a vida religiosa está fazendo no mundo onde somos mão de obra barata para o estado. A Equipe é profecia e esperança para a vida religiosa. Coloquei nas pagina web da CNBB a proposta da Equipe. Como é que a comissão poderia dar passos concretos. Agora a partir das duas reuniões que tivemos da equipe ampliada. Vemos na Equipe uma renovação da missão na Amazônia. Já programamos o encontro nacional para refletir sobre “O mutirão sobre a Amazônia”. A gente quer colocar a renovada proposta da Equipe nesse encontro. A gente quer propiciar o que os próprios amazônidas possam ser os protagonistas desta história, uma Amazônia com inclusão justiça social.

Observações do assessor:

 Admiração diante da abertura que as instituições estão revelando neste encontro. É difícil ainda hoje encontrar essa abertura. Isso é muito bonito.

 Hoje não dá mais para viver e trabalhar isolados. O fato de superar o próprio âmbito de espiritualidade, trabalho, etc. Isto não esvazia o próprio carisma; pelo contrario se fortalecem os carismas: Quanto mais nos abrimos aos outro, mais nos enriquecemos.

 Gostei do João que focalizou a prioridade em privilegiar as “relações”, o “ser” mais do que as “mediações”, o “possuir”.

 As estruturas leves. As obras pesadas, no seu dia foram meio de evangelização. Hoje não são mais vistas assim. Os novos padres locais dizem: nós queremos evangelizar e não carregar essas obras pesadas.

 Há outras experiências na Amazônia que são muito ricas. Porém a Equipe Itinerante usou bem os MCS para poder fazer acontecer. Outras experiências ricas têm que ser conhecidas.

 Os membros das Equipes procurem aprimorar a volta para as congregações e instituições, para ajudar a sensibilizar e avançar às próprias instituições.

(12)

Outras colocações:

 Se aparecem leigos/as interessados e compromissados... Poderia ajudar a CRB e a CNBB a enviar pessoas. Temos muitas pessoas que querem realizar um trabalho missionário na Amazônia. Um bispo emérito se está oferecendo para Tefé. Em relação a leigos e religiosos é difícil pela tramitação para que a diocese assuma e envie. Ainda falta sensibilizar para a Amazônia e para uma proposta como a Equipe Itinerante. O encontro nacional é para criarmos instancias e que as dioceses e paróquias possam enviar leigos/as e religiosos/as, padres...

 Leigos/as locais que possam ser enviados e bancados por a CNBB e a CRB. Fundo de solidariedade.

 A CRB têm fundos, porém temos que estudar caso por caso. Estamos vendo religiosas pobres que querem vir.

 Ser fio na rede... Na verdade o problema não são os recursos e sim pessoas que tenham o perfil missionário para criar ‘sinergia’...

2. D E C I S Õ E S E C O M P R O M I S S O S

Trabalho em grupo (Cláudio)

Dois grupos: Responsáveis e Equipe Itinerante.

Assuntos a serem discutidos para se chegar a uma decisão:

1. Sobre a Estrutura:

 Criar Novos Núcleos: A Equipe Itinerante deve considerar os apelos e as possibilidades. A decisão só pelos responsáveis.

 Relação entre os núcleos: com autonomia mais com mutua ajuda:

+ Sem coordenador geral? + Com um animador?

 Encontro anual: + Um ano: Retiro e responsáveis. + No seguinte ano: Partilha e formação.

 Avaliação anual por cada núcleo e partilha.

2. Sobre os Membros:

 Para ter um Núcleo estável: Quantos membros, como mínimo, deveriam ser?

 Flexibilidade do núcleo para receber membros e como?

 Continuar a reflexão sobre a presença leiga e membros externos à comunidade.

3. Ver os envios possíveis para o ano 2006 (só responsáveis institucionais)

Celebração Eucarística: Jô 12,1-11. Quebrar o jarro de perfume.

(13)

Plenário:

1. Sobre a estrutura da Equipe Itinerante e os núcleos:

1.1. Criar novos núcleos

Equipe Itinerante: Decisão junto com os responsáveis.

Responsáveis: A decisão conjunta. Por enquanto não abrir novos grupos. Solidificar Tabatinga e

Manaus, porém conhecendo pouco a pouco outras possibilidades. A metodologia de trabalho colocar para novos grupos.

CONCLUSÃO: A decisão de abrir novos núcleos será conjunta, dos membros da equipe itinerante

junto com os responsáveis institucionais. Não abrir novos núcleos por enquanto, antes de consolidar Tabatinga e Manaus. Continuar com os contatos, fomentar e apoiar outras possibilidades e iniciativas de outros que desejem formar equipes itinerantes independentes.

Outras considerações: Quer dizer que se em outro lugar de fronteira têm outros grupos que querem

trabalhar e organizar-se podem fazê-lo com ajuda da gente. Manter o contato com outras fronteiras. Ir polinizando. Com tudo, parece prematuro abrir novos núcleos ‘nossos’.

1.2. Relação entre os dois núcleos: Manaus e Tabatinga Equipe Itinerante: Manter um coordenador em cada núcleo.

Responsáveis: Autonomia e ajuda mutua. Questões: A quem a gente dirige o envio. Quando vem

alguém estrangeiro a quem recorrer? Há uma necessidade de manter em ambos os núcleos uma pessoa que daria noticias para as instituições e situações diversas. A CRB ser em Manaus a ponte e em Tabatinga os Maristas pessoais de contato. Precisamos de pessoas de contato nos diferentes núcleos. Encontros cada ano e não de 2 em 2.

CONCLUSÃO: 1. Os dois núcleos com autonomia, mas com mutua ajuda entre eles. 2. Cada núcleo

têm seu coordenador/a que é a referência. 3. Ter uma instituição de referência e apoio: Em Manaus os Jesuitas; em Tabatinga os Maristas. 4. Fernando continua incentivando e propagando a proposta da Equipe junto com todos os membros da Equipe.

Outras considerações colocadas: Sem coordenador/a geral. Quem é o contato dos novos que

chegam? Os coordenadores/as são a referencia.

Cada núcleo faz a promoção de novas pessoas, porém deve ter mutua ajuda e partilhar os recursos. A equipe sub-urbana é quem da continuidade aos processos por ficar mais na cidade e acompanhar melhor o escritório.

A decisão para onde vão os novos membros fica sempre a ser considerada pelas duas partes (Equipe e Instituição), tendo em conta as necessidades. A pessoa fazer experiência nos dois núcleos? Para quem fica um tempo mais curto não é necessário passar por todos os núcleos ou sub-equipes.

Os Jesuitas (Manaus) e os Maristas (Tabatinga) devem ter os dados de contato fundamentais dos membros da Equipe Itinerante.

Fernando continuará fazendo do mesmo jeito, apoiando às coordenadoras dentro das possibilidades.

1.3. Encontro anual conjunto dos dois núcleos?

Equipe Itinerante: Os responsáveis visitam seus membros cada ano. Um ano termos encontro

(14)

Responsáveis: Um ano participar no encontro de formação e outro no ano do retiro. Sempre tenha um

momento para nos participar. Colocar sempre dois dias em cada encontro. Um encontro por ano alternado Tabatinga e Manaus.

CONCLUSÃO: Os responsáveis institucionais terão um encontro, a cada ano, com a Equipe. O

encontro conjunto anual dos dois núcleos da Equipe será realizado, um ano em Tabatinga e outro em Manaus. Um ano, o encontro será de partilha e formação, reservando dois dias para encontrar-se com os responsáveis institucionais. No outro ano, o encontro será para partilha e retiro, também reservando dois dias para encontrar-nos com os responsáveis institucionais. Dois membros da equipe e dois responsáveis institucionais assumem a preparação deste encontro. Em cada encontro serão nomeadas as pessoas que assumam o seguinte encontro. Queremos ter leveza nos dois encontros.

Outros comentários e observações: As congregações são nossa fonte e por isso, com esses encontros

podem sensibilizar-se mais. A continuidade do processo é importante para dentro das congregações. As nossas pessoas se alimentam com vocês da Equipe. Foi sugerido que no próximo ano os bispos da fronteira possam participar. “Eu estava contando com conhecer o cotidiano de vocês. Conviver e fazer experiência. Vocês não deveriam sofrer tanto com isso”.

1.4. Avaliação anual: cada núcleo e partilha.

Foi aprovado que a avaliação anual corresponde a cada núcleo fazê-la e partilhá-la.

2. Sobre os Membros da Equipe Itinerante e dos núcleos.

2.1. Quantos membros deveria ter como mínimo cada núcleo para ser “estável”?

Responsáveis: 4 pessoas estáveis por núcleo. Retomar o tema dos marginalizados urbanos,

especialmente no núcleo Manaus, incorporando parcerias, pastorais sociais, etc. A participação de pessoas que vem por pouco tempo que fique a decisão com cada núcleo. Continuar a reflexão com a presença dos leigos/as. Documentação dos estrangeiros/as.

Equipe Itinerante: 6 pessoas como mínimo, duas por cada sub-equipe. Estruturando a sub-equipe

marginalizados urbanos ajuda a ter uma presença mais fixa. As realidades Manaus e 3 Fronteiras são muito diferentes: Em Manaus fica mais diluída a presença da Equipe; Tabatinga é uma realidade menor e por isso a Equipe “pesa” mais.

CONCLUSÃO: 6 membros é o mínimo ideal para cada núcleo ter estabilidade. Isto não impede os

núcleos funcionarem com menos membros, mas de forma muito limitada, tendo que colocar entre parêntese uma das 3 sub-equipes ou deixar apenas uma pessoa em alguma delas. Cada núcleo decide com flexibilidade, segundo suas possibilidades, receber novos membros e por quanto tempo. Continuar a reflexão sobre a presença leiga e membros externos à comunidade.

Outros comentários e observações: Tendo dois membros em cada sub-equipe, a acolhida de pessoas

que vêm passar um tempo mais curto como experiência, se torna mais fácil e viável. Têm muitos outros que estão trabalhando e somando. A proposta da Equipe é mais um método pastoral. A questão dos estrangeiros, ver a possibilidade de apoiar-se na proposta da irmã que trabalha em Brasília

ajudando a organizar os papeis. A instituição assume a papelada dos leigos/as que se enviam.

3. Envios possíveis para o ano 2006 (só responsáveis institucionais) Ano 2005:

(15)

Ano 2006:

Membros saindo: Enrique e Jorge (os dois estudantes jesuítas), Arizete (ano sabático), Fernando (6 meses, segundo semestre).

Novos: Pe. Salvador, dois estudantes jesuitas. A CRB Nacional e também as outras congregações não tem certeza de poder enviar novos membros.

Também foi informado de muitas outras pessoas que estão enamorando a Equipe.

Assessor: Sugere enviar os relatórios da Equipe para as pessoas que se estão preparando para entrar.

4. Recursos econômicos

Temos 5 mil euros e 1,5 mil dólares por núcleo (Total 10 mil Euros e 3 mil dólares) de doações espontâneas. Para Tabatinga se entregou a metade dos recursos para instalar a casa e o escritório, mas não precisou ser usado porque MAGIS garantiu seu apoio.

Após diversas sugestões, chegamos á seguinte conclusão a ser encaminhada. Três propostas:

1. O CIMI ver a possibilidade de prestar o serviço de ser caixa para o fundo inter-institucional de apoio à Equipe Itinerante.

2. Se o CIMI não pode, ver a possibilidade da CRB fazer de caixa. 3. Repartir o fundo em partes iguais.

5. Calendário:

Encontro de Partilha dos dois núcleos da Equipe Itinerante:

Data: 15-18/06/2005. Local: Tabatinga/

Encontro de Formação dos dois núcleos:

Tema de formação: “As Fronteiras na Bíblia” e “Espiritualidade da Fronteira”. Data: 19-22/06/2005

Local: Tabatinga.

Assessora: Ani ou Ivone. Também Zenilda vai procurar alguma outra possibilidade.

“IV Encontro Inter-Institucional”:

Data: 24-25/06/2005. Chegada no dia 23/06 e saída no 26/06. Local: Tabatinga.

Coordenação: Bruno e Sonia com duas pessoas pela Equipe, uma de cada núcleo.

3. E S P I R I T U A L I D A D E

Não tivemos tempo de trabalhar este ponto. Porém foram levantados dois questionamentos interessantes:

+ Como aparece a espiritualidade nesta caminhada da Equipe Itinerante? + Corresponde ou não ao carisma próprio de cada uma das nossas instituições?

(16)

A V A L I A Ç Ã O (breve)

 Um encontro muito rico. Juntar as mãos. Recebi muito escutando a experiência, os desafios que temos. Foram repassadas varias datas.

 Estamos caminhando. O tema dos leigos/as tem que ser mastigado mais buscando alguém que nos ajude. Nível de partilha bom. Um pouco cansativo hoje.

 Positivo dentro da caminhada. Foi muito rico a presença de outras instituições CPT, CIMI, CNBB e CRB. Não teve dificuldades. Clima fraterno e de abertura. O ambiente bom, bem preparado. Em alguns momentos fomos repetitivos e o grupo não avança. Ficamos um pouco cansados.

 Presença especial da Silvia, Carmen e Daniel, querendo entender a caminhada. Foi hoje de manhã cansativo. A gente vai crescer nessa confiança. O que não pode ser dito. Agora o processo é nosso e devemos ajudar a nossas instâncias a compreender esta renovação.

 Nossa opção preferencial pelos povos indígenas. Como ajudar a esses povos. Para mim este momento foi muito rico. Não esperava uma reunião com todos os altos cargos das congregações. Vivi com muita fraternidade e muito bem acolhida. Agradecer a todos os que nos acolheram em sua casa. Levo a impressão e desejo de continuar trabalhando pelos povos de fronteira e opção preferencial pelos pobres. Tenho esperança de que a igreja se abra aos leigos/as aqui na Amazônia.

 Gratidão por mergulhar e vislumbrar esse perfume novo. Para a CRB nacional isto foi muito bom.

 Agradecer poder participar nesta proposta nova para a Amazônia. Muitos bispos da Amazônia gostaram da proposta e do Presidente Dom Jaime para fazer esse contato e ver de perto como poderíamos estar somando em todas estas iniciativas.

 Contribuiu muito a assessoria do Cláudio e a ajuda da Ir. Verônica com a cozinha. A coordenação e os outros serviços foram bem assumidos e com alegria.

... Foi sugerido enviar cada um sua avaliação por escrito se quiser.

Observações finais do assessor:

 Tensões: Vejo a equipe dentro de tensões entre prática e defesa da ortodoxia. Entre trabalho de serviço e amor, e trabalho em defesa da verdade. Aqui vejo que se tenta valorizar prática e experiência, liberdade, serviço, misericórdia, amor, etc. Continuar nessa linha!

 Perda de controle é mito sadio. Criar espaços de discussão eliminando o poder sagrado. Se a Igreja toda se tornasse mais democrática para amadurecer a decisão melhor, caminharia melhor. Devemos obedecer à vontade de Deus que se manifesta através dos pobres. A equipe puxa essa linha.

Celebração final e despedida de Vanildo Filho sj:

Fechamos o encontro com a Eucaristia. O texto de Gêneses 12 nos iluminou na nossa peregrinação e leveza. Tomar de conta que cada um de nós, participantes deste encontro, um dia o Senhor nos chamou para partir rumo a outros horizontes. Escutamos a leitura, logo caminhamos ate baixo uma arvore onde celebramos a Eucaristia. Cada um levava pequenas coisas para construir o alter no chão: uma rede, uma mochila, umas flechas, um remo, uma bola; coisas que no cotidiano, o povo e a equipe usam. Depois da leitura do Evangelho, Arizete explicou o sentido das pedrinhas com os nomes de cada um dos membros que deixaram a comunidade. O Vanildo que estava terminando a experiência também apresentou a sua pedrinha com seu nome gravado para sempre continuar presente na Equipe e nas nossas orações. Depois da comunhão a Raí entregou a cada responsável das instituições duas flechas e um pequeno arco. Lançou a pergunta: Pensar cada um/a para onde deve apontar e atirar suas flechas. A

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