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Nome: Nº: Turma: Português 3º ano Vanguardas Européias Wilton Mai/09

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Academic year: 2021

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O homem amarelo – Anita Malfatti (1915-1916)

3º ano

Vanguardas Européias

Wilton

Mai/09

Nome:

Nº:

Turma:

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Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que vêem normalmente as coisas e em conseqüência disso fazem arte pura, guardando os eternos ritmos da vida, e adotados para a concretização das emoções estéticas, os processos clássicos dos grandes mestres. [...] A outra espécie é formada pelos que vêem anormalmente a natureza, e interpretam-na à luz de teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. [...].

Todas as artes são regidas por princípios imutáveis, leis fundamentais que não dependem do tempo nem da latitude. As medidas de proporção e equilíbrio, na forma ou na cor, decorrem do que chamamos sentir. Quando as sensações do mundo externo transformam-se em impressões cerebrais, nós "sentimos"; para que sintamos de maneira diversa, cúbica ou futurista, é forçoso ou que a harmonia do universo sofra completa alteração, ou que o nosso cérebro esteja em "pane" por virtude de alguma grave lesão. Enquanto a percepção sensorial se fizer normalmente no homem, através da porta comum dos cinco sentidos, um artista diante de um gato não poderá "sentir" senão um gato, e é falsa a "interpretação" que do bichano fizer um "totó", um escaravelho, um amontoado de cubos transparentes.

Estas considerações são provocadas pela exposição da Sra. Malfatti, onde se notam acentuadíssimas tendências para uma atitude estética forçada no sentido das extravagâncias de Picasso e companhia. Essa artista possui um talento vigoroso, fora do comum. Poucas vezes, através de uma obra torcida para má direção, se notam tantas e tão preciosas qualidades latentes. Percebe-se de qualquer daqueles quadrinhos como a sua autora é independente, como é original, como é inventiva, em que alto grau possui um sem-número de qualidades inatas e adquiridas das mais fecundas para construir uma sólida individualidade artística. Entretanto, seduzida pelas teorias do que ela chama arte moderna, penetrou nos domínios dum impressionismo discutibilíssimo, e põe todo o seu talento a serviço duma nova espécie de caricatura.

Sejamos sinceros: futurismo, cubismo, impressionismo e tutti quanti não passam de outros tantos ramos da arte caricatural. [...]

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O artigo “Paranóia ou mistificação” foi escrito por Monteiro Lobato e publicado no dia 20 de dezembro de 1917, no jornal O Estado de S. Paulo. Nesse polêmico texto, Lobato, ignorando completamente o valor das vanguardas européias, critica os quadros expostos pela pintora Anita Malfatti em São Paulo. Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Di Cavalcanti, Menotti Del Picchia, entre outros artistas modernistas reuniram-se em defesa da pintora paulistana e dos movimentos que surgiam propondo novas leituras da realidade. Na Europa, a Belle Époque dos cabarés, dos aeroplanos, dos automóveis, produtos em série, do cinema foi surpreendida com a eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e suas devastadoras conseqüências. O Futurismo, Cubismo, Expressionismo, Dadaísmo, Surrealismo ofereceram uma nova forma de representação artística de um mundo estilhaçado.

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Futurismo

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Manifesto futurista

[...] Os elementos essenciais de nossa poesia serão a coragem, a audácia e a revolta.

Tendo a literatura até aqui enaltecido a imobilidade pensativa, o êxtase e o sono, nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, o passo ginástico, o salto mortal, a bofetada e o soco.

Nós declaramos que o esplendor do mundo se enriqueceu com uma beleza nova: a beleza da velocidade. [...]

É preciso que o poeta se desgaste com calor, brilho e prodigalidade, para aumentar o fervor entusiástico dos elementos primordiais.[...]

Nós queremos glorificar a guerra – única higiene do mundo – o militarismo, o patriotismo, o gesto destrutor dos anarquistas, as belas idéias que matam, e o menosprezo à mulher.

Nós queremos demolir os museus, as bibliotecas, combater o moralismo, o feminismo e todas as covardias oportunistas e utilitárias.[...]

(TELES, Gilberto Mendonça. Vanguardas européias e modernismo brasileiro. 7ª. Edição. Petrópolis: Vozes, 1983, p. 91-2)

O Manifesto futurista foi escrito pelo poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti e publicado no jornal francês Le Figaro em 20 de fevereiro de 1909.

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O que você deve saber sobre o Futurismo

Marinetti foi o principal expoente do Futurismo;

Os futuristas expuseram suas idéias por meio de manifestos; Os versos livres e brancos marcaram os “poemas” futuristas;

Foram abolidos dos textos dessa corrente conjunções, advérbios e adjetivos; A sintaxe tradicional e a pontuação foram suprimidas das produções futuristas; A velocidade das máquinas, o progresso e a tecnologia foram temas constantes na

arte futurista;

O “design” tipográfico utilizado em jornais e propagandas foi utilizado na arte futurista.

No Brasil

O Futurismo influenciou artistas brasileiros ligados à Semana de Arte Moderna de 1922 como Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Anita Malfatti.

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Cubismo

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Poema de Apollinaire.

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O que você deve saber sobre o Cubismo

Os cubistas recusavam a idéia de que a arte deveria imitar a natureza (mimesis); Utilizando volumes, cubos e outros planos geométricos, os artistas cubistas

procuraram reconstruir as formas sob vários ângulos diferentes;

Os principais representantes dessa vanguarda na pintura foram Pablo Picasso, Georges Braque e Fernand Léger;

Na poesia, que tem como principal expoente Guillaume Apollinaire, os cubistas dispuseram versos em linhas curvas, antecipando o Concretismo, além de utilizarem o humor em suas criações.

No Brasil

Influências do movimento cubista podem ser observadas em artistas como Vicente do Rego Monteiro, Antonio Gomide e, sobretudo, na obra de Tarsila do Amaral.

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Expressionismo

O grito – Edward Munch

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O que você deve saber sobre o Expressionismo

No Expressionismo, a arte deveria representar necessariamente uma crítica à sociedade;

As cores utilizadas nos quadros expressionistas são fortes, contrastantes, com pinceladas vigorosas, criando figuras por vezes deformadas e distantes dos padrões de beleza;

Os expressionistas foram influenciados pela arte primitiva e popular;

Na pintura, destacaram-se Edvard Munch e Vincent Van Gogh; na dramaturgia, Ibsen e Strindberg; no cinema, Robert Wiene, Friedrich Murnau e Fritz Lang.

No Brasil

O russo Lasar Segall realizou, em 1913, uma exposição expressionista no Brasil. Sofreu também forte influência desse movimento a pintora Anita Malfatti, sobretudo em suas obras de 1915-16. Flávio de Carvalho e Iberê Camargo também foram influenciados pelo Expressionismo.

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Dadaísmo

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Pegue um jornal. Pegue a tesoura.

Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema. Recorte o artigo.

Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.

Agite suavemente.

Tire em seguida cada pedaço um após o outro.

Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco. O poema se parecerá com você.

E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.

(Tristan Tzara. TELES, Gilberto Mendonça. Vanguardas européias e Modernismo brasileiro. 7ª. edição. Petrópolis: Vozes, 1983, p. 132)

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O que você deve saber sobre o Dadaísmo

O movimento surgiu em Zurique, na Suíça, e é o mais radical das correntes de vanguarda.

O Dadaísmo recusava os valores burgueses.

Os artistas dadaístas negavam a lógica da linguagem, da arte e da ciência. Embora negassem a possibilidade de uma “escola” artística com regras a

serem seguidas, os dadaístas defendiam a criação de poemas aleatórios e o ready made.

A postura liberta dos artistas ligados ao Dadaísmo serviu de base para o surgimento de movimentos artísticos importantes como o Surrealismo, a Arte Conceitual, a Pop Art e o Expressionismo abstrato.

Marcel Duchamp, François Picabia, Max Ernest e Man Ray são alguns dos artistas importantes do Dadaísmo.

No Brasil

Ainda que indiretamente, o Dadaísmo influenciou artistas brasileiros como Mário de Andrade, Manuel Bandeira, entre outros.

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Surrealismo

Salvador Dalí

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O que você deve saber sobre o Surrealismo

Influenciados pela idéia de Freud e da Psicanálise, os surrealistas buscaram incorporar à criação artística o “caos” do inconsciente humano;

O mundo dos sonhos e a irracionalidade são elementos presentes nas obras surrealistas;

A livre associação de idéias foi um dos recursos utilizados pelos surrealistas em suas obras;

Destacaram-se, na pintura, Salvador Dalí, João Miró e René Magritte; na literatura, Paul Eluard e André Breton; no cinema, Luís Buñuel e no teatro, Antonin Artaud.

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No Brasil

O Surrealismo marcou a literatura de Jorge de Lima e Murilo Mendes. Nas artes plásticas, as idéias surrealistas influenciaram artistas como Ismael Nery e Tarsila do Amaral, entre outros.

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Referências

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