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Hidroponia - Um meio Sustentável de Produção de Alimentos

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Academic year: 2021

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Hidroponia - Um meio Sustentável de Produção de Alimentos

Dára Beatriz Vieira de Sousa - Técnica em Agronegócios – IFTO Campus Palmas –

darabeatriz5440@gmail.com

Karolaynne Bevane R. da Cruz - Técnica em Agronegócios – IFTO Campus Palmas - spfc-karol@hotmail.com

Samuel Gomes Dias Lima - Técnico em Agronegócios – IFTO Campus Palmas – samuel.gomes.dias@gmail.com

Luiz Filipe da Silva Schllenker - Técnico em Agronegócios – IFTO Campus Palmas – schllenkerluiz@gmail.com

Carlos Eduardo Araújo - Técnico em Agronegócios – IFTO Campus Palmas – acarloseduardo525@gmail.com

Resumo: A ideia de desenvolvimento sustentável surgiu a partir do conceito de eco desenvolvimento, proposto durante a Primeira Conferência Das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, em Estocolmo, na Suécia, em 1972. Desenvolvimento sustentável é aquele capaz de suprir as necessidades da humanidade sem prejudicar o meio ambiente. O alimento hidropônico é produzido sem a presença do solo e sempre em ambiente protegido, ou seja, estufas. Cultivado sobre suportes artificiais, em água, recebe soluções químicas para nutrição e tratamento de eventuais doenças. A hidroponia, termo derivado de duas palavras de origem grega, HYDRO (água) e PONIA (trabalho), se desenvolve como técnica de produção de vegetal, em especial hortaliças, em água. Esta pesquisa tem como objetivo demonstrar modelos hidropônicos que possam ser utilizados por comunidades de baixa renda, agricultores familiares e que vivem em locais isolados com pouco acesso ao grande mercado, visando fomentar o estudo da atividade no Agronegócio, e apresentar alternativa de cultivo de vegetais, além de divulgar a tecnologia nas pequenas propriedades.

Palavras-chaves: Sustentabilidade. Inovação. Hidroponia. Fatores Ambientais.

1. Introdução

A ideia de desenvolvimento sustentável surgiu a partir do conceito de eco desenvolvimento, proposto durante a Primeira Conferência Das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, em Estocolmo, na Suécia, em 1972. Segundo as fontes, desenvolvimento sustentável, é aquele capaz de suprir as necessidades da humanidade sem prejudicar o meio ambiente (DECICINO, 2008).

Segundo a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas, desenvolvimento sustentável é aquele capaz de suprir as necessidades dos seres

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humanos da atualidade, sem comprometer a capacidade do planeta para atender as futuras gerações. Portanto, é o desenvolvimento que não esgota os recursos, tornando-os perenemente disponíveis, se possível (DECICINO, 2008).

A Hidroponia, termo derivado de duas palavras de origem grega, hidro (água) e ponia (trabalho), técnica que, segundo Furlani (1998), está se desenvolvendo rapidamente como meio de produção vegetal, especialmente de hortaliças, pois é uma técnica alternativa de cultivo protegido, na qual o solo é substituído, por uma solução aquosa, contendo apenas os elementos minerais necessários aos vegetais.

A hidroponia é uma ciência jovem, sendo utilizada como atividade comercial há apenas quarenta anos (RESH, 1997). Nesse curto período de tempo adaptou-se a diversas situações, desde o cultivo no ar, em estufas altamente especializada passando por submarinos atômicos para obter verduras frescas para sua tripulação, porém, pode ser utilizada por países em desenvolvimento para prover a produção intensiva de alimento em áreas limitadas.

Mundialmente, vem sendo utilizada com diferentes aplicações como pesquisa, horta comercial, comunitária, doméstico, de lazer, de terapia ocupacional, e outras. No Brasil, a hidroponia é trabalhada em vários fins, nas diferentes regiões do País. No Nordeste, para consumo humano, até produção de forragem para criação animal, por pequenos produtores da caatinga, mudando a visão de improdutividade da região.

No Norte o calor e a umidade do ar restringem a produção em estufas controladas, e assim torna-se árduo manter mercado de alimento hidropônico. No Tocantins a atividade complementa a renda de muitos que empreendem neste negócio, as cidades de Xambioá, Paraíso do Tocantins, Palmas, Gurupi, Araguaína, Araguacema e Porto Nacional, são as que mais se obtém produtores do alimento hidropônico.

A hidroponia apresenta resultados satisfatórios aos produtores, devido a uma maior produtividade se comparado aos sistemas tradicionais, o que se deve a múltiplos fatores, tais como: o aumento da proteção da cultura a fitopatógenos (quando aliado ao emprego do cultivo protegido), consequente diminuição no uso de agrotóxicos, uso racional da água, podendo ser 70% mais econômico do que outros sistemas, diminuição no uso de insumos e possibilidade de plantio fora de época, aumentando assim sua viabilidade, segundo Santos (2005).

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Segundo Donnan (2003), a primeira produção efetiva de grande escala não ocorreu até a Segunda Guerra Mundial. O exército dos EUA estabeleceu unidades hidropônicas por inundação e drenagem, em várias ilhas áridas dos Oceanos Pacífico e Atlântico, usadas como pontos de aterrissagem. Isto foi seguido por uma unidade de 22 hectares (55 acres) em Chofu, Japão, para alimentar com hortaliças frescas as forças de ocupação. No entanto, o uso desta técnica sobre circunstâncias normais provou não ser comercialmente viável. Uma vez que Chofu fechou, apenas restou um punhado de pequenas unidades comerciais disseminadas ao redor do mundo, totalizando menos de 10 hectares.

Em 1955 foi fundada a Sociedade Internacional de Cultivo Sem Solo (ISOSC) por um pequeno grupo de dedicados cientistas. Naqueles primeiros anos, frequentemente estiveram sujeitos ao ridículo por perseguirem uma causa que comercialmente foi considerada inútil e irrelevante.

O primeiro uso comercial significativo não ocorreu até a metade da década de 1960, no Canadá. Existia uma sólida indústria de estufas de vidro em Columbia Britânica, principal produtor de tomates, que chegou a ser devastado por enfermidades do solo. Eventualmente, a única opção para sobreviver foi evitando o solo, pelo uso da hidroponia. No decorrer desta década, houve um aumento de investimento na investigação e desenvolvimento de sistemas hidropônicos, segundo Melo (2003).

Diante desses fatores, a pesquisa procurou entender os fatores climáticos, a viabilidade de implantação do meio de produção proposto em pequenas propriedades, e impor métodos que pudessem resolver os gargalos encontrados durante desenvolvimento da pesquisa, e indicar autores que disponibiliza os meios de resolução dos problemas encontrados durantes os ciclos de cultivo do alimento hidropônico. E assim, demonstrar os pros e contras, desse meio de produção, e o quão sustentável esse tipo de cultivo pode ser.

2. Referencial

A ideia de desenvolvimento sustentável surgiu a partir do conceito de eco desenvolvimento, proposto durante a Primeira Conferência Das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, em Estocolmo, na Suécia, em 1972. Segundo as fontes, desenvolvimento sustentável, é aquele capaz de suprir as necessidades da humanidade sem prejudicar o meio ambiente (DECICINO, 2008).

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Segundo a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas, desenvolvimento sustentável é aquele capaz de suprir as necessidades dos seres humanos da atualidade, sem comprometer a capacidade do planeta para atender as futuras gerações. Portanto, é o desenvolvimento que não esgota os recursos, tornando-os perenemente disponíveis, se possível (DECICINO, 2008).

Em 1937, o pesquisador William Frederick Gerick foi o primeiro a pesquisar em laboratórios e aplicar no campo a atividade de "hidroponia", desde então desenvolvida nos Estados Unidos e em outros países (FIGUEIRA, 2007).

A Hidroponia, termo derivado de duas palavras de origem grega, Hidro = água e Ponia = trabalho, técnica que segundo Furlani (1998), está se desenvolvendo rapidamente como meio de produção vegetal, especialmente de hortaliças, isto por ser uma técnica alternativa de cultivo protegido, na qual o solo é substituído por uma solução aquosa, contendo somente os elementos necessários aos vegetais, nutrindo-os e tratando eventuais doenças, e cultivados em suportes artificiais.

A Hidroponia é uma ciência Jovem, sendo utilizada há apenas quarenta anos (RESH, 1997). Nesse curto período de tempo, adaptou-se a diversas situações, desde o cultivo no ar em estufas altamente especializadas, passando por submarinos atômicos para obter alimentos frescos para tripulação, além de ser utilizada em países em desenvolvimento para prover a produção intensiva de alimentos em áreas limitadas.

Segundo Donnan (2003), a primeira produção efetiva de grande escala não ocorreu até a Segunda Guerra Mundial. O exército dos EUA estabeleceu unidades hidropônicas por inundação e drenagem, em várias ilhas áridas dos Oceanos Pacífico e Atlântico, usadas como pontos de aterrissagem. Isto foi seguido por uma unidade de 22 hectares (55 acres) em Chofu, Japão, para alimentar com hortaliças frescas as forças de ocupação. No entanto, o uso desta técnica sobre circunstâncias normais provou não ser comercialmente viável. Uma vez que Chofu fechou, apenas restou um punhado de pequenas unidades comerciais disseminadas ao redor do mundo, totalizando menos de 10 hectares.

Em 1955 foi fundada a Sociedade Internacional de Cultivo Sem Solo (ISOSC) por um pequeno grupo de dedicados cientistas. Naqueles primeiros anos, frequentemente estiveram sujeitos ao ridículo por perseguirem uma causa que comercialmente foi considerada inútil e irrelevante.

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O primeiro uso comercial significativo não ocorreu até a metade da década de 1960, no Canadá. Existia uma sólida indústria de estufas de vidro em Columbia Britânica, principal produtor de tomates, que chegou a ser devastado por enfermidades do solo. Eventualmente, a única opção para sobreviver foi evitando o solo, pelo uso da hidroponia. A técnica que usaram foi rega por gotejamento em bolsas de serragem. Os recentes avanços técnicos também ajudaram especialmente ao desenvolvimento de plásticos e fertilizantes. No decorrer desta década, houve um aumento de investimento na investigação e desenvolvimento de sistemas hidropônicos. Também houve um pequeno aumento gradual na área comercial que estava sendo utilizada (MELO, 2003).

Geralmente a produção hidropônica se dá em locais fechados (estufas) e por isso o produtor hidropônico tem mais possibilidade de se adequar às variações climáticas, por isso existem dicas e recomendações de hidroponia para cultivo em regiões quentes para se evitar o aquecimento da solução nutritiva e o estresse das plantas em regiões quentes, Good (2017).

Dicas estas como: 1) Uso de estufas modelo lanternim (com aberturas no arco) para ajudar o ar quente a ser retirado da estufa; 2) Estufas com pé-direito a partir de 3 metros, sendo que para regiões muito quentes recomendamos pé-direito de no mínimo 4 metros para melhor ventilação; 3) Uso do filme azul, que converte “faixa de luz” menos utilizada pelas plantas no processo fotossintético em comprimentos de onda com maior efetividade, como é o caso do azul e vermelho/vermelho extremo; 4) Uso de Tela Aluminet na parte superior da estufa para refletir a radiação solar (diminui de 3º a 5ºC); 5) Uso de telas com maiores aberturas nas laterais para melhor circulação do ar; 6) Uso de torre de resfriamento (ajuda a manter a solução “menos quente” – no mínimo igual à temperatura externa da estufa); 7) Tubulação de água enterrada e caixa de água abaixo do nível do solo (solução não absorverá tanto calor, já que solo ajuda a manter mais fresca); 8) Uso do sistema Venturi no retorno de sua tubulação para maior oxigenação da solução; 9) Inclinação do terreno de 5 a 8% (para que solução circule rapidamente e não esteja exposta à grandes trocas de calor por muito tempo; 10) Estufas não muitos grandes (largas ou compridas) para melhor circulação de ar internamente; 11) Caso as medidas recomendadas não se mostrem suficientes, deverá ser estudado o uso de exaustores e nebulizadores; 12) Para controle da temperatura da solução, outra medida recomendada por alguns produtores é montar um espaço ao redor do reservatório e o encher com areia, molhando- a durante o dia. Dessa forma haverá troca de calor do reservatório com a areia fresca, auxiliando

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a reduzir a temperatura da sua solução; 13) Em dias muito quentes sua planta sentirá maior necessidade de água do que nutrientes. Caso as plantas apresentem alguma alteração, pode utilizar a condutividade em torno de 1,1 a 1,2 mS. Em dias normais, utilize a condutividade de 1,4 mS a 1,5 mS (GOOD, 2017).

A Hidroponia é uma técnica bastante difundida em todo o mundo e seu uso está crescendo em muitos países. Sua importância não é somente pelo fato de ser uma técnica para investigação hortícola e produção de vegetais, também está sendo empregada como uma ferramenta para resolver um amplo leque de problemas, que incluem tratamentos que reduzem a contaminação do solo e da água subterrânea e manipulação dos níveis de nutrientes no produto. (GRAVES, 1984; JENSEN E COLLINS, 1985; RESH, 1996; APUD FURLANI ET. AL., 1999).

Essa técnica vem sendo empregada por muitos produtores, principalmente os de hortaliças, sendo a alface a mais cultivada por meio da hidroponia, porém como não há restrições nesse sistema, pode ser cultivadas verduras e até forragem animal, como vem sendo utilizado nas regiões de caatinga, Santos (2015).

A hidroponia apresenta resultados satisfatórios aos produtores, devido a uma maior produtividade se comparado aos sistemas tradicionais, o que se deve a múltiplos fatores, tais como: o aumento da proteção da cultura a fitopatógenos (quando aliado ao emprego do cultivo protegido), consequente diminuição no uso de agrotóxicos, uso racional da água, podendo ser 70% mais econômico do que outros sistemas, diminuição no uso de insumos e possibilidade de plantios fora de época, Santos (2015).

3. Procedimentos Metodológicos

A Hidroponia constitui-se em uma técnica de produção de plantas na qual o solo é substituído por uma solução nutritiva composta de água e elementos minerais necessários para o bom desenvolvimento desta. O cultivo hidropônico adotado é com base na Técnica do Fluxo Laminar de Nutrientes (NFT). Nela a solução nutritiva flui sobre canais de cultivo, onde se alojam as raízes, irrigando-as e fornecendo oxigênio e nutrientes para as plantas.

A estrutura básica para este sistema de cultivo é o tanque de solução nutritiva, conjunto motobomba, tubulação de distribuição da solução nutritiva, canais de cultivos, tubulação coletora e temporizador, Filho (2003).

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A semeadura das hortaliças foi realizada em esfuma fenólica e bandejas de poliestireno expandido (isopor) de 220 células, com substrato comercial a base de vermiculita expandida (Figura 1- Mesa de Germinação). Em cada célula foram colocadas duas sementes, quando plantadas em bandejas de poliestireno expandido, e uma semente peletizada, quando em esfuma fenólica, as quais foram cobertas com uma fina camada de substrato.

Figura 1 – Mesa de Germinação (Fonte: Dára (2017)

As bandejas foram colocadas numa piscina e irrigadas através do sistema flutuante ("float") com uma lâmina de solução nutritiva de 5cm de altura. O desbaste das mudas foi realizado quando estas apresentaram a primeira folha verdadeira, deixando-se apenas a muda mais vigorosa de cada célula, procedimento realizado somente nas mudas produzidas na bandeja de poliestireno expandido.

Quando as mudas apresentaram de 4 a 5 folhas verdadeiras, foi realizada a retirada destas bandejas e a lavagem das suas raízes com água para retirada do substrato, sendo, então transferidas para fase intermediária, chamada berçário (Figura 2 – Cultivo intermediário/definitivo).

As mudas no berçário, foram sustentadas por placas de poliestireno expandido com 2,5 cm de espessura perfuradas com orifícios de aproximadamente 15 mm de diâmetro e espaçamento de 9x9cm, permanecendo as raízes em contato com uma lâmina de solução nutritiva de 6cm de

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altura, até que apresentaram em torno de 8 a 10 folhas verdadeiras, quando então foram transplantadas para as bancadas de cultivo definitivo (Figura 2 - Cultivo intermediário/definitivo).

Figura 2 – Cultivo Intermediário/Definitivo (Fonte: Dára (2017)

Nas bancadas de cultivo definitivo as plantas permaneceram até o ponto de colheita, este foi definido através da avaliação visual do tamanho e aspecto da planta, antes que estas apresentassem sinais de pendoamento.

Após a diluição, o volume dos reservatórios foi completado com água até atingir 400 litros, realizando-se, em seguida, a completa homogeneização das soluções nutritivas. Foi efetuada a leitura da condutividade elétrica e ajusta-se o pH para 5,5 +/- 0,3 na solução nutritiva .

Para o manejo das soluções nutritivas foram considerados tais parâmetros: pH, condutividade elétrica , temperaturas da solução no tanque de armazenamento, além da reposição do volume da solução nutritiva , o que foi realizado sempre que a altura de lâmina de solução no tanque baixou para aproximadamente 20 cm, ou seja, antes de comprometer o funcionamento da bomba.

O monitoramento do pH das soluções nutritivas foi realizado através de peagômetro manual. Quando o valor do pH esteve abaixo de 5,0 adicionou-se uma solução básica de bicarbonato de potássio (KHCO3) para elevá-lo e, quando o pH encontrou-se acima de 6,0 utilizou-se uma solução a base de ácido nítrico (NHO3: 1,0 N) para abaixa-lo, objetivando mantê-lo entre 5 e 6. A condutividade elétrica foi monitorada através de condutivímetro manual.

Os dados de temperatura das soluções nutritivas no reservatório foram determinados através de leitura direta com um termômetro de mercúrio com escala em graus Celsius, de -10 a 100°C.

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As medidas de pH ,condutividade elétrica e temperatura das soluções foram realizadas diariamente , durante turnos da manhã . Assim, obtivemos diversos dados que validaram nossa pesquisa.

4. Resultados e discussões

A hidroponia dispõe de resultados satisfatórios aos produtores, devido a uma maior produtividade se comparado aos sistemas tradicionais, o que se deve a múltiplos fatores, tais como: o aumento da proteção a fitopatógenos (quando aliada ao cultivo protegido), consequente diminuição no uso de agrotóxicos, uso racional de água, podendo ser 70% mais econômico que outros sistemas de produção, diminuição no uso de insumos e possibilidade de plantios fora de época, Santos (2015).

As variações de temperaturas de cada região pode afetar profundamente a produção, porém, esses fatores podem ser ajustados dependendo de quão aparentes são. Cada espécie de planta tem suas exigências com relação à faixa de temperatura ideal para seu crescimento e produção. Dentro de um sistema de produção de alimento hidropônico, a temperatura tem que ser avaliada tanto na solução nutritiva, quanto no ambiente.

Em regiões muito quentes, quanto á em que a pesquisa foi desenvolvida (Gráfico 1 – Variação de Temperatura), o ideal é a utilização de estufas climatizadas, onde haja aparelhos tanto para aumento quanto para diminuição da temperatura dentro desta, sendo recomendável a instalação de termômetro para avaliação frequente da temperatura, Filho (2003).

Alguns cuidados devem ser tomados diante de temperaturas extremas. Quando houver necessidade de elevar a temperatura dentro da estufa devem-se manter as cortinas fechadas, utilizar aquecedores de estufas, construir quebra-ventos para evitar o resfriamento decorrente da incidência de ventos frios. E quando a necessidade for abaixar a temperatura dentro da estufa deve-se usar lanternim na estufa, por janelas, manter as laterais da estufa aberta, fazer utilização de telas de sombreamento (sombrite), utilizar aspersores e nebulizadores, e até mesmo exaustores.

Diante dessas indicações, pode se obter uma boa produção apesar de altas ou baixas temperaturas da região onde a hidroponia está sendo implantada. Na região de desenvolvimento da pesquisa a variação de temperatura é bem frequente, como mostra o gráfico de temperatura dos meses em que esta foi desenvolvida.

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Gráfico 1 – Variação de Temperatura (Fonte: Karolaynne Bevane (2017)

Com uso de técnicas para diminuição de temperatura houve resultados na produção. Porém, durante este tempo de pesquisa fungos, como o Pythim sp. e Rhizoctonia so. , ocasionados pelo excesso de calor foram encontrados na produção afetando assim o desenvolvimento de algumas folhosas. Além de ataques de pequenas pragas, que foram retiradas por meio de pequenas técnicas de manejo de produção.

Diante de vários fatores ambientais que afetaram o cultivo, obtiveram-se resultados ainda consideráveis na produção, dentro de um ciclo de 45 dias foram produzidos 100 pés de folhosas (Figura 3 – Ponto de Colheita), destacando que a produção e voltada para pequenos produtores e não para produtores de grande escala, assim pode se verificar que os gastos não são altos, que à um alto aproveitamento da água dentro do ciclo produtivo, uso eficiente dos nutrientes, demonstrando a viabilidade de implantação do sistema e ainda os pros e contras do meio de produção indicado.

Agosto (°C) Setembro (°C) Colunas1

Dia 30 Dia 26 Dia 22 Dia 18 Dia 14 Dia 10 35 30 25 20 15 10 5 0

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Figura 3 – Ponto de Colheita (Fonte: Dára (2017)

5. Considerações finais

A construção de uma unidade básica de hidroponia, possibilitou estudos preliminares relacionados ao manejo da solução nutritiva na produção de hortaliças hidropônicas, bem como avaliar os diferentes cultivares sob diferentes épocas, compreender os efeitos que o clima trás a produção, cálculo de gastos e validar o meio para utilização por pequenos produtores.

O sistema hidropônico de produção adotado é caracterizado por ser um sistema fechado e recirculante, possibilitando uma alta eficiência no uso da água e dos nutrientes, e assim tratando com consciência e sustentabilidade os meios de produção.

A pesquisa é um modelo hidropônico de pequeno porte, com objetivo de resolver problemas hídricos, de falta de área e edáficos, desde que utilizado numa forma adaptada à realidade do agricultor familiar, neste caso, os produtores de comunidades da baixa renda no município de Palmas-TO.

Com a finalização da pesquisa observou-se que o sistema hidropônico produziu cerca de 100 plantas em 45 dias (mesmo com a retirada das perdas), dentro de três ciclos de produção, com o término da primeira produção comprovou-se a viabilidade da pesquisa e de sua implantação em quaisquer propriedades, podendo ajudar na produção do cultivo em qualquer espaço de forma mais sustentável e econômica.

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A questão de alta temperatura na região foi resolvida com utilização de lanternim na parte alta da estufa, uso de janelas, e também uso de nebulizações e aspersores. Estes equipamentos e cuidados ajudaram a manter a temperatura da produção nos dentro dos limites esperados, assim diminuindo as perdas por fatores climáticos.

A utilização do modelo hidropônico, entre outros benefícios promove o uso de tecnologia na agricultura familiar, com isso, gera empregos e renda, eliminando a sazonalidade da produção. Para uma análise mais detalhada de rentabilidade econômica e financeira da pesquisa, sugere-se uma continuidade da pesquisa para efeitos desta comprovação.

6. Referências

DECICINO, Ronaldo. Desenvolvimento sustentável: Como surgiu esse conceito?. 1°. 2008. Disponível em: <https://educação.uol.br/geografia/desenvolvimento-sustentavel-2-como-surgiu-esse-conceito.htm>. Acesso em: 16 jun.2018.

FILHO, José Damião. Hidroponia - Cultivo sem Solo: Sistemas Hidropônicos. 1º. Ed. Viçosa MG: Aprenda Fácil, 2003. 299 p. v. 1.

FAQUIN, V.; FURLANI, P. R. Cultivo de hortaliças de folhas em hidroponia em ambiente

protegido. : proteção. 1º. 1999. Disponível em:

https://www.bdpa.cnptia.embrapa.br/consulta/busca?b=ad&id=765686&biblioteca=vazio&vazio &busca=autoria:%22FURLANI,%20P.R.%22&qFacets=autoria:%20P.R.%22&sort=%paginaca oAtual=1. Acesso em: 16 jun. 2018.

GOOD, Hidro. 13 DICAS DE HIDROPONIA PARA REGIÕES QUENTES: produza mais e melhor. 1°. 2017. Disponível em: https://hidrogood.com.br/noticias/hidroponia/dicas-de-hidroponia-para-regioes-quentes. Acesso em: 16 jun. 2018.

GOOD, Hidro. Projeto Completo para Cultivo de Alface Hidropônica: todo o ciclo. 1°. 2013. Disponível em: https://tudohidroponia.net/projeto-completo-para-cultivo-de-alface-hidropinica/. Acesso em: 16 jun. 2018.

MELO, Berildo. HIDROPONIA: tudo. 1°. 2003. Disponível em:

http://www.fruticultura.iciag.ufu.br/hidripo.htm. Acesso em: 16 jun. 2018.

MONTEZANO, E.M. Eficiência no uso da água e dos nutrientes e relações de contaminação de cultivos de alface em sistema hidropônico. Pelotas, UFPEL, 2003. 60p.

SANTOS, Carlos Bernardo da Cruz. Cultivo Hidropônico: uma prática eficiente e de alta

rentabilidade: Tipos de Sistemas Hidropônicos. 1°. 2015. Disponível em:

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