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Título: Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

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Academic year: 2021

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Título: Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Departamento de Geografia - Faculdade de Letras

CEIS 20 – Centro de Estudos Interdisciplinades do Século XX Universidade de Coimbra, Portugal

Coordenação

António Rochette Cordeiro Luís Alcoforado

António Gomes Ferreira

Citação

In CORDEIRO, A. M. Rochette; ALCOFORADO, Luís; FERREIRA, A. Gomes (Coords.) Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável, Coimbra: DG-FLUC.

ISBN

978-989-96810-6-4 Edição

Departamento de Geografia - Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

Revisão

Patrícia Figueiredo Liliana Paredes Benjamim Lousada

Capa

DESIG, Arquitectura e Design Copyright 2014

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NOTA PRÉVIA

A reflexão sobre a importância do território na promoção de formas de desenvolvimento sustentado, ainda que não seja recente, adquiriu grande centralidade nos discursos e nas estratégias políticas atuais.

A educação e a formação, enquanto ações que materializam este desenvolvimento desejável, necessitam de um espaço e de um tempo que deem sentido às transformações que devem promover, a partir dos recursos disponíveis e mobilizáveis num contexto específico. Estas práticas necessitam de se estruturar a partir de políticas educativas de base local (articulando-se com outras ao nível nacional e transnacional), que promovam a participação de todos/as e impulsionem as mudanças necessárias a partir das diferentes comunidades, sendo desejável que todas contribuam para o desenvolvimento integrado e sustentado do seu território.

Por isso mesmo, as autarquias, a sociedade civil, as comunidades e os diferentes agentes devem ser convocados para um debate e uma reflexão crítica alargada sobre o melhor caminho para atingir estes objetivos comuns. Também a comunidade científica deve participar nesta procura, provocando o aparecimento do conhecimento e da inovação necessários para este desafio. Foram esses contributos que uma equipa multidisciplinar da Universidade de Coimbra procurou reunir e que este livro testemunha. Organizado na sequência do congresso internacional intitulado “Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável”, que decorreu em julho de 2014, reune trabalhos que traduzem a diversidade das temáticas então abordadas e a variedade de proveniência das/os participantes, abrindo diálogos e possibilidades para opções de mudança mais sintonizadas com os projetos e a vontade dos habitantes de um determinado território.

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; A. M. ROCHETTE CORDEIRO

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.

1)FLUC, CEGOT, (rgama@fl.uc.pt)

(2)CEGOT, (cbarros@fl.uc.pt)

(3)FLUC, GEGOT, CEIS 20, (rochettecordeiro@fl.uc.pt)

INTRODUÇÃO

As alterações na demografia traduzem processos de natureza diversa. Evidenciam desde logo transformações na economia ou na família, mas também nas acessibilidades ou nos estilos de vida e, igualmente, nas condições de saúde ou no domínio político. Paralelamente, alterações no ritmo de crescimento da população, nas estruturas demográficas e na distribuição no espaço das populações direcionam os trajetos evolutivos de muitos dos aspetos de base daqueles processos. A análise das alterações demográficas registadas nas últimas décadas deve ser assim integrada no contexto alargado da evolução dos respetivos sistemas sociais, culturais, económicos e políticos.

A leitura dos comportamentos demográficos é um dos aspetos que espelha o grau de dinamismo de um território. É neste sentido que importa conhecer as dinâmicas populacionais das últimas décadas, essenciais para se compreender os fatores e condições de dinamismo e competitividade de cada um dos territórios.

No entanto, não interessa apenas compreender o passado, sendo determinante conhecer os quantitativos e características futuras de uma população, base para a definição de cenários para as diversas atividades públicas e privadas.

Nesta investigação, procura-se compreender como será a evolução da população escolar para a Região Centro, realizando-se projeções escolares com base em duas metodologias distintas. Uma das metodologias baseia-se na previsão do número de alunos, com base nos nascimentos verificados, sendo que apenas conseguimos projetar para um horizonte temporal mais curto. Por outro lado, com a metodologia das projeções demográficas das componentes por coortes, conseguimos avançar com dados do que será a população escolar nos próximos vinte anos, concedendo excelentes orientações sobre a evolução futura da população que irá frequentar os diferentes níveis de ensino na Região.

É tendo em atenção este pano de fundo que pensamos que o conhecimento da dinâmica demográfica em geral, e da população escolar em particular, se afigura como essencial para que se possa, com antecedência e ponderação, refletir sobre as principais tendências que se prefiguram neste início de século, ordenando o espaço da forma mais adequada e no quadro de uma racionalidade que se pretende dinâmica, gerindo mais eficazmente recursos que, como bens escassos que são, exigem alguma cautela e ponderação nas decisões a tomar, uma vez que os custos associados a uma má gestão terão efeitos duradouros e crescentemente elevados.

1. DINÂMICAS DEMOGRÁFICAS RECENTES NA REGIÃO CENTRO (PORTUGAL)

A Região Centro (NUT II) estende-se por cerca de 30% do território nacional e na qual reside aproximadamente 23% da população de Portugal, sendo uma região com uma baixa densidade populacional (82,3 habitantes por km2). É constituída por doze sub-regiões - Baixo Mondego (BM), Baixo Vouga (BV), Beira Interior Norte (BIN), Beira Interior Sul (BIS), Cova da Beira (CB), Dão-Lafões (DL), Médio Tejo (MT), Oeste (OE), Pinhal Interior Norte (PIN), Pinhal Interior Sul (PIS), Pinhal Litoral (PL) e Serra da Estrela (SE) -, num total de 100 concelhos (Figura 1), abrangendo territórios litorais, dinâmicos e em expansão, e territórios rurais, interiores e em regressão, marcados pelo progressivo despovoamento e envelhecimento populacional.

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Os contrastes na paisagem observam-se também na evolução demográfica das últimas décadas e na estrutura do povoamento. As principais diferenças destacam as maiores áreas das sub-regiões interiores das Beiras Interiores Norte e Sul e de Dão-Lafões, por um lado, e os restantes territórios, por outro. Este aspeto não tem tido, contudo, tradução na existência de maiores densidades populacionais, nem na importância do volume de população. Outros fatores, relacionados com o êxodo rural, a litoralização e as dinâmicas de desenvolvimento regional têm contribuído para que os territórios do litoral apresentem maiores quantitativos populacionais, traduzidos em dinâmicas de crescimento em muitos concelhos ao longo das últimas décadas.

As alterações na estrutura demográfica dos territórios acabam por traduzir processos de natureza variada. Evidenciam transformações na economia ou nas famílias, mas também nas acessibilidades ou nos estilos de vida, e, igualmente, nas condições de saúde ou no próprio domínio político (Ferrão, 2005).

A Região Centro com os seus 2 348 397 habitantes no ano de 2011, apresenta-se como a terceira região com maiores quantitativos populacionais (22,7%), seguindo-se à região Norte (35,6%) e Lisboa (25,7%). Apresentando uma menor expressividade em termos populacionais, surgem as regiões do Alentejo e Algarve (7,5% e 3,8%), assim como as regiões autónomas da Madeira e Açores (2,4% e 2,3%).

O esquema de povoamento nas últimas décadas tem tido tradução na concentração da população no litoral e, de uma forma global, nas áreas mais dinâmicas do território, num processo de crescimento por “sucção” em desfavor das áreas envolventes, sendo que atualmente mais de ¾ dos habitantes da Região Centro residem numa área litoral ou próxima do litoral.

A distribuição da população apresenta um forte contraste entre as sub-regiões litorais do Baixo Vouga, Oeste, Baixo Mondego e Pinhal Litoral, que no conjunto representam aproximadamente 58% da população residente, e as sub-regiões interiores do Pinhal Interior Sul, Serra da Estrela e Beira Interior Sul, que apresentam apenas cerca de 7% dos residentes na região.

Analisando o padrão concelhio de distribuição de população na Região Centro, verifica-se que, no ano de 2011, são os principais polos da região que apresentam os maiores quantitativos populacionais (Coimbra, Leiria, Viseu, Torres Vedras e Aveiro, com 143 396, 126 897, 99 274, 79 465 e 78 450 habitantes, respetivamente). Por outro lado, os concelhos de Castanheira de Pêra, Manteigas, Vila de Rei e Vila Velha de Ródão possuem menores quantitativos populacionais (3 191, 3 430, 3 452, 3 521, respetivamente).

Em termos de variação populacional na última década, a Região Centro perdeu 20 642 habitantes, valor que correspondeu a -0,9%, sendo que a evolução no Continente se traduziu por um acréscimo de 1,8% da população residente.

As sub-regiões litorais do Oeste, Pinhal Litoral e Baixo Vouga apresentaram um maior dinamismo demográfico, com acréscimos populacionais de 7,0%, 4,0% e 1,5%, correspondendo a 23 829, 9 952 e 5 421 indivíduos, respetivamente. Por outro lado, as sub-regiões da Serra da Estrela, Beira Interior Norte e Pinhal Interior Sul apresentaram decréscimos muito expressivos (-12,3%, -9,5% e -9,1%, a que correspondem a -6 158, -10 908 e -4 098 habitantes, respetivamente). As restantes sub-regiões registaram também perdas populacionais, entre -2% e -6%.

Em termos globais, e no que se refere a uma análise de maior pormenor, verifica-se que 68 dos 100 concelhos da região perderam população na última década. Os decréscimos mais acentuados (superiores a 10%) ocorreram nos municípios do interior e designadamente em todos os concelhos de fronteira, que integram a sub-região da Beira Interior Norte, agravando assim o fenómeno de despovoamento que estes territórios têm vindo a observar. Por outro lado, sublinha-se que os concelhos localizados no litoral, ou próximos deste, foram os que mais cresceram neste período. De salientar os acréscimos muito expressivos verificados nos concelhos de Arruda dos Vinhos (29,4%), Sobral de Monte Agraço (13,8%), Murtosa (11,9%), Torres Vedras (10,0%), Marinha Grande (8,7%), mas também nos concelhos capitais de distrito, como Aveiro (7,0%), Leiria (5,9%), Viseu (6,2%) e, menos significativo, em Castelo Branco (0,7%).

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Figura 1. Enquadramento territorial da Região Centro.

Mas, se as tendências observadas no último período intercensitário transmitem muito do que são as dinâmicas de cada município, em termos de adoção de estratégias recentes, convém ter em linha de conta o que se observou ao longo da 2ª metade do século XX e da sua relação com a 1ª do presente século.

As dinâmicas existentes evidenciam uma tendência para o esvaziar dos territórios do interior, e de fronteira, e que apresentam características marcadamente rurais. A este facto, acresce a atração que os centros urbanos litorais têm vindo a exercer, muito por força do seu maior dinamismo e desenvolvimento económico, levando-os, por esse facto, a possuir um conjunto de bens e serviços que polarizam a população em seu redor.

Assim, e tendo em consideração o horizonte temporal 1950-2011, constata-se a ocorrência de um decréscimo de 4,6% da população na Região Centro, valor que correspondeu a uma perda de 112 837 habitantes, sendo que as sub-regiões do Pinhal Interior Sul, Beira Interior Norte, Serra da Estrela e Beira Interior Sul apresentaram perdas superiores a 40% (Figura 2). Do lado oposto, os concelhos do Baixo Vouga, Pinhal Litoral e Oeste apresentaram aumentos superiores a 20%, sendo que no caso do Baixo Vouga, o aumento foi mesmo superior a 40%, algo que demonstra de uma forma inequívoca a questão da já referida litoralização da Região Centro.

O fenómeno do crescimento populacional nestas últimas seis décadas, foi descontínuo e limitado sobretudo a alguns concelhos do litoral que tiveram aumentos populacionais superiores a 30% (Ovar, Aveiro, Ílhavo, Leiria, Marinha Grande, Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras), a Viseu, e a concelhos localizados sob a área de influência dos principais polos urbanos de Aveiro (Oliveira do Bairro, Albergaria-a-Velha, Águeda e Vagos), Coimbra (Mealhada, Condeixa-a-Nova, Lousã), Leiria (Alcobaça, Nazaré, Batalha, Porto de Mós), mas também de Lisboa (Arruda dos Vinhos, Sobral de Monte Agraço e Alenquer).

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Figura 2. Variação da população residente entre 1950 e 2011, nos concelhos da Região Centro. 1.1. INDICADORES DEMOGRÁFICOS: NATALIDADE, MORTALIDADE E CRESCIMENTO NATURAL

A crescente autonomia da mulher, a progressão nas carreiras profissionais, a dificuldade em conciliar vida familiar e profissional, o prolongamento dos estudos e consequente retardar na entrada no mercado de trabalho, o incremento do desemprego entre os jovens e a maior acessibilidade a métodos contracetivos seguros assumem-se como os principais fatores decisivos sobre o número de filhos a ter (Carrilho, 2010).

A análise da evolução dos valores da natalidade entre 1996 e 2013 revela uma tendência generalizada de diminuição para a Região Centro, enquanto o número de óbitos apresenta uma certa oscilação, com tendência para o seu aumento em igual período, o que se reflete num claro crescimento natural negativo (Figura 3).

Neste contexto é de referir as sub-regiões que apresentam valores superiores na taxa de natalidade (Oeste, Pinhal Litoral e Baixo Vouga) e as sub-regiões que apresentam as menores taxas de natalidade (Pinhal Interior Sul, Serra da Estrela e Beira Interior Norte). Relativamente à taxa de mortalidade, esta é mais expressiva nas sub-regiões do Pinhal Interior Sul e Beira Interior Sul (15,5‰ e 14,9‰) e menos expressiva nas sub-regiões do Pinhal Litoral e Baixo Mondego (9,3‰ e 9,7‰).

Figura 3. Evolução do número de nascimentos e óbitos, entre 1996 e 2013, na Região Centro.

0 10000 20000 30000 40000 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 Nº Óbitos Nascimentos

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Em virtude das taxas de mortalidade serem superiores às taxas de natalidade, todas as sub-regiões apresentam um crescimento natural negativo, sendo este mais expressivo nas sub-regiões de Pinhal Interior Sul 10,9‰) e Beira Interior Sul 7,9‰), e menos expressivo nas sub-regiões de Pinhal Litoral (-0,2‰) e Baixo Vouga (-1,3‰).

1.2. ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO

Conjuntamente com os dados avançados para a dinâmica natural da população, a estrutura da população por idades, permite contextualizar e refletir sobre as principais características da população nas últimas quatro décadas (Figura 4).

A primeira conclusão a retirar da análise dos valores da população por escalão etário parece ser a crescente diminuição das classes mais jovens, em contraponto com o aumento das classes mais idosas, o que espelha de modo bastante claro a crescente tendência para o envelhecimento da população. Procedendo-se a uma análise mais pormenorizada por grupo de idades, verifica-se que na Região Centro, a população adulta (25-64 anos) e a idosa (mais de 65 anos) sofreu um aumento desde 1981 (de 46,1% para 53,6% e de 13,9% para 22,4%), ao mesmo tempo que a população jovem (0-14) e jovem-adulta (15-24) decresceu (de 23,8% para 13,7% e de 16,1% para 10,3%). Estes valores traduzem assim um duplo envelhecimento que caracteriza a generalidade das sociedades dos países desenvolvidos, e que no caso português deve merecer reflexão, dada a rapidez em que se passou de uma sociedade com uma população jovem para uma outra envelhecida.

Figura 4. População residente na Região Centro, segundo os grandes grupos etários, de 1981 a 2011.

A análise da pirâmide etária da Região Centro para o ano de 2011 reflete, comparativamente ao ano de 1950, uma tendência de envelhecimento da população, o que se traduz por um grande estreitamento da base e um alargamento do topo da pirâmide (Figura 5). Efetivamente, ao decréscimo pertencente aos grupos etários dos 0 aos 29 anos, corresponde um aumento nos restantes grupos etários. Os grupos etários entre os 0 aos 34 anos, assim como o grupo etário dos 40 aos 44 anos apresentam sucessivamente mais indivíduos nas classes seguintes, traduzindo a existência de um conjunto de classes ocas.

O fenómeno de envelhecimento populacional vivido em Portugal em geral, e na Região Centro em particular, assume proporções preocupantes, sobretudo nos concelhos do interior. As grandes mudanças na fecundidade e na mortalidade durante a segunda metade do século passado contribuíram para as alterações na estrutura etária, tendo o número de pessoas idosas ultrapassado o número de jovens.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1981

1991 2001 2011

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Figura 5. Pirâmide etária da população residente entre 1950 e 2011, na Região Centro.

Por força dos dados observados, no contexto da Região Centro constatou-se a existência de um acréscimo significativo no índice de envelhecimento1: de 129,5% em 2001 para 164,3% em 2011. Trata-se de valores superiores aos observados no Continente, já que esta relação era de 104,5% em 2001, evoluindo para 131,3% em 2011. Embora tenha ocorrido um acréscimo deste índice em todas as sub-regiões, destacam-se aquelas que apresentam os valores mais preocupantes no ano de 2011, casos do Pinhal Interior Sul (325,9%), Serra da Estrela (264,0%), Beira Interior Sul (250,5%) e Beira Interior Norte (250,1%). Por outro lado, as sub-regiões litorais e mais dinâmicas do Baixo Vouga, Pinhal Litoral e Oeste apresentam valores menos expressivos, alguns inferiores mesmo à média nacional (129,0%, 129,9% e 133,5%, respetivamente).

Deste modo, assiste-se a uma forte dicotomia entre os concelhos litorais, que apresentam menores valores e os concelhos do interior com valores muito expressivos (Figura 6). De salientar que os valores mais expressivos verificam-se nos concelhos de Penamacor (599,5%), Pampilhosa da Serra (591%), Vila Velha de Ródão (584,8%), Oleiros (573,9%) e Sabugal (515,4%), ou seja, para cada 100 jovens, existiam mais de 500 idosos nestes concelhos. Por seu turno, os concelhos de Arruda dos Vinhos, Ovar, Alenquer, Sobral de Monte Agraço e Ílhavo destacam-se por serem os menos envelhecidos da região (94,0%, 103,1%, 106,9%, 108,2% e 108,4%, respetivamente), e que apresentam valores claramente inferiores ao da média nacional.

Esta modificação da estrutura etária vai refletir-se sobre múltiplos domínios da sociedade (Rosa, 1996), com repercussões alarmantes ao nível económico, social e organizacional.

A leitura dos resultados do índice de dependência total2 ajuda, também, a refletir sobre a necessidade de definir políticas ativas no que diz respeito à população. Para a Região Centro ocorreu um ligeiro aumento do valor deste índice entre 2001 e 2011, de 52,6% para 56,6%, o que significa que para cada 100 indivíduos potencialmente ativos em 2001 e 2011 existiam respetivamente 52 e 56 não ativos. Quer isto dizer que não só ocorreu um aumento do peso dos não ativos em relação aos potencialmente ativos, mas também que, são cada vez menos os jovens e mais os idosos na Região Centro.

1 Relação entre a população idosa e a população jovem, definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas

com 65 ou mais anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos. Geralmente é expresso em percentagem (por 100 pessoas com idades entre os 0 aos 14 anos).

2 Relação entre a população jovem e idosa e a população em idade ativa, definida habitualmente como o quociente entre o

número de pessoas com idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos conjuntamente com as pessoas com 65 ou mais anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos (expressa habitualmente por 100 pessoas com 15-64 anos).

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Figura 6. Índice de envelhecimento em 2011, nos concelhos da Região Centro.

2.TENDÊNCIAS DE FUTURO.PROJEÇÕES DEMOGRÁFICAS NA REGIÃO CENTRO

Nos dias de hoje torna-se cada vez mais premente a necessidade de conhecer a dimensão e estrutura das populações assim como prever a sua evolução num futuro determinado, constituindo as projeções demográficas um importante elemento no processo de tomada de decisão, a diferentes escalas e a diferentes áreas de atuação.

Neste contexto, e tendo em consideração as dinâmicas populacionais descritas e as principais implicações do ponto de vista da organização das infraestruturas e das atividades no território importa, no quadro dos objetivos desta análise, tentar enquadrar as tendências de evolução no horizonte temporal das próximas duas décadas. Utilizou-se com esse fim, o método das componentes por coortes como metodologia de base para uma análise mais detalhada (por grupos de idades).

Os resultados da aplicação deste método a populações particulares fornecem informações sobre o volume e a composição (segundo o sexo e as idades) da população em momentos futuros, não tendo em atenção acontecimentos de natureza excecional (catástrofes, guerras, epidemias, etc.). Os resultados projetados para o futuro traduzem não só a composição da população no presente, como têm que ser interpretados a partir das hipóteses assumidas sobre a evolução, ao longo do período prospetivo, dos comportamentos demográficos (mortalidade, fecundidade e movimentos migratórios). O momento de partida utilizado foi a data do último recenseamento (21 de março de 2011), projetando-se sucessivamente para períodos de 5 anos até 2031.

O maior fator de erro em demografia prospetiva advém dos movimentos migratórios, uma vez que estes caracterizam-se pela sua imprevisibilidade. Embora esta seja uma componente importante para o conhecimento das dinâmicas futuras da população, a deficiente qualidade dos dados estatísticos existentes, fizeram com que os fluxos migratórios não fossem considerados na presente análise.

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A análise dos resultados reforça a tendência de diminuição da população residente na Região Centro para a próxima década (ou seja, um decréscimo de 5,5%, correspondendo a -128 487 habitantes), devendo, no entanto, ser realçado que estes resultados deverão ser entendidos no quadro da metodologia de projeção da população que considera apenas a dinâmica natural (nascimentos e óbitos)3. As sub-regiões do Pinhal Interior Sul, Serra da Estrela, Beira Interior Sul e Beira Interior Norte são aquelas que deverão vir a apresentar perdas superiores a 9% dos seus efetivos, aliás um pouco à semelhança do que tem acontecido nas últimas décadas, como resultado dos elevados índices de envelhecimento e dos processos de despovoamento verificados nestes territórios do interior. Por outro lado, projetam-se perdas menos significativas nas sub-regiões do Pinhal Litoral (-2,3%), Baixo Vouga (-2,8%) e Oeste (-3,8%). Considerando o horizonte temporal 2011-2031, é expectável, em função da projeção realizada, uma diminuição de 12,8% da população residente na Região Centro (-297 332 habitantes), destacando-se perdas superiores a 20% nas sub-regiões do Pinhal Interior Sul e Serra da Estrela. Estes resultados, embora tendo em consideração as margens de erro associadas a cálculos desta natureza, assumem-se muito preocupantes, sobretudo em territórios que têm vindo a perder drasticamente elevados quantitativos populacionais (Figura 7).

Considerando os valores a uma outra escala de análise - a concelhia - observa-se que os municípios de Sardoal, Vila Nova da Barquinha, Penamacor e Vila Velha de Ródão deverão registar decréscimos superiores a 20% na próxima década. Por outro lado, projetam-se acréscimos para os concelhos de Ourém (1,7%), Caldas da Rainha (4,5%), Tomar (4,6%) e Alenquer (1,7%). Para os principais polos urbanos da região também se projetam decréscimos, mais expressivos no caso de Castelo Branco (-6,8%), Guarda 4,3%) e Coimbra 3,5%), e menos expressivos nos casos de Viseu 1,6%), Leiria 0,8%) e Aveiro (-0,8%)4.

Quadro 1. População residente, sobreviventes e variação entre 2011 e 2031.

% % % % %

Baixo M ondego 362361 355002 344260 331090 316333 -7359 -2,0 -10741 -3,0 -13170 -3,8 -14757 -4,5 -46028 -12,7 Baixo Vouga 370394 366698 359909 350824 339738 -3696 -1,0 -6789 -1,9 -9085 -2,5 -11086 -3,2 -30656 -8,3 Beira Interior Sul 75028 71550 67701 63868 60141 -3478 -4,6 -3849 -5,4 -3833 -5,7 -3727 -5,8 -14887 -19,8 Beira Interior Norte 104417 99568 94316 88996 83719 -4849 -4,6 -5251 -5,3 -5320 -5,6 -5277 -5,9 -20698 -19,8 Cova da Beira 87869 84872 81269 77340 73200 -2997 -3,4 -3603 -4,2 -3929 -4,8 -4139 -5,4 -14669 -16,7 Dão Lafões 267633 256613 245523 234560 223480 -11020 -4,1 -11090 -4,3 -10963 -4,5 -11080 -4,7 -44153 -16,5 M édio Tejo 220661 214776 207393 199303 190959 -5885 -2,7 -7383 -3,4 -8089 -3,9 -8344 -4,2 -29702 -13,5 Oeste 362540 356993 348592 338591 327588 -5547 -1,5 -8402 -2,4 -10001 -2,9 -11003 -3,2 -34952 -9,6 P inhal Interior Norte 131468 126423 120675 114717 108786 -5045 -3,8 -5748 -4,5 -5958 -4,9 -5931 -5,2 -22682 -17,3 P inhal Interior Sul 40705 38127 35480 32952 30592 -2578 -6,3 -2647 -6,9 -2527 -7,1 -2360 -7,2 -10113 -24,8 P inhal Litoral 260942 259163 254811 248669 241301 -1779 -0,7 -4352 -1,7 -6142 -2,4 -7368 -3,0 -19641 -7,5 Serra da Estrela 43737 41635 39340 36984 34585 -2102 -4,8 -2295 -5,5 -2356 -6,0 -2399 -6,5 -9152 -20,9 Região Centro 2327755 2271418 2199268 2117895 2030423 -56337 -2,4 -72149 -3,2 -81373 -3,7 -87471 -4,1 -297332 -12,8 Sub-regiões 2011 2016 2021 2026 2031 2011-2021 2016-2021 2021-2026 2026-2031 2011-2031

3 A questão da crise económica que o país atravessa, e a consequente emigração, sobretudo de jovens casais em idade fértil,

trará inevitavelmente consequências ainda mais marcantes nos valores, sobretudo na redução de população, assim como na diminuição ainda mais expressiva no número de nascimentos.

4

A análise das tendências das últimas décadas, bem como uma clara estagnação na área do imobiliário, leva a ponderar que a capacidade atrativa destes polos urbanos relativamente aos municípios vizinhos poderá levar a uma ligeira inversão nas tendências, aliás à semelhança do observado no último momento intercensitário no concelho de Viseu.

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Figura 7. Provável variação da população residente na Região Centro, entre 2011 e 2031 (%).

Tendo em consideração que a população da Região Centro deverá decrescer nas próximas duas décadas, esse decréscimo será mais expressivo no sexo masculino (-15,8%), comparativamente ao sexo feminino (-10,0%).

As alterações na estrutura etária indicam uma diminuição no número de jovens até aos 14 anos (-19,3%) e dos jovens adultos dos 15 aos 24 anos (-12,4%). Os adultos (25-64 anos) registarão uma diminuição de apenas 3,6%, enquanto se projeta um preocupante aumento no número de idosos (26,2%).

Esta dinâmica demográfica tem vindo a traduzir-se num nítido fenómeno de envelhecimento da população, uma vez que já em 2011, o número de idosos correspondia a 22,4%, projetando-se que em 2031 os idosos correspondam a 28,3% da população total da região (Quadro 2). Deste modo, se o índice de envelhecimento era de 163,4% em 2011, espera-se que em 2021 este valor seja de 208,5% e em 2031 ele deverá passar para 255,7%. Estes valores assumem-se como muito preocupantes, uma vez que se projeta para o ano de 2031, 255 idosos para cada 100 jovens.

A diminuição de população residente esperada, assim como o extraordinário aumento de idosos nesta região, fará com que venham a nascer cada vez menos crianças, mesmo sem a consideração de outras circunstâncias económicas, políticas ou de natureza excecional (a referida emigração de jovens casais associada à crise económica em Portugal). Se no ano de 2011 nasceram 19 169 crianças na Região Centro, no ano de 2031 deverão nascer apenas 14 070 crianças, o que corresponde a um decréscimo de 26,6% (Quadro 3)5. Os valores da taxa de natalidade refletirão esta diminuição, uma vez que se espera uma taxa de natalidade de 6,9‰ em 2031, quando em 2011 a taxa era de 8,2‰.

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Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

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Quadro 2. Principais resultados retirados das projeções demográficas.

Numa análise espacial, destaca-se os decréscimos esperados no número de nascimentos para as subregiões do Baixo Mondego, Baixo Vouga e Cova da Beira (33,0%, 29,3% e 29,3%, correspondendo a -969, -991 e -184 nascimentos entre 2011 e 2031). Salienta-se ainda que todas as sub-regiões irão ter decréscimos superiores a 20%, em virtude das baixas taxas de natalidade, diminuição do índice sintético de fecundidade e do aumento do envelhecimento, com consequências muito dramáticas e preocupantes para o futuro destes territórios.

Quadro 3. Provável evolução dos nascimentos, entre 2011 e 2031.

Ao contraste regional verificado na distribuição da população residente junta-se, por um lado, o envelhecimento demográfico mais evidente nas áreas em perda e, por outro, os maiores contingentes de jovens nas áreas de maior densidade populacional.

Tal como foi referido, a Região Centro apresenta um dos mais elevados índices de envelhecimento do país, sendo contudo diferenciado territorialmente, tanto no presente, como no que se projeta para o futuro. Neste contexto, as sub-regiões que registarão maiores perdas populacionais, serão aquelas que apresentarão os maiores índices de envelhecimento (Quadro 4), designadamente o Pinhal Interior Sul (390,7%), Serra da Estrela (364,4%) e Beira Interior Norte (345,5%). Por outro lado, as sub-regiões do Oeste, Dão Lafões e Pinhal Litoral deverão vir a apresentar menores índices de envelhecimento (210,1%, 219,3% e 236,0%, respetivamente). Variação 2011-2031 % População total (nº) 2327755 2199268 2030423 -12,8 Homens (nº) 1111263 1012103 935196 -15,8 Mulheres (nº) 1216492 1187165 1095227 -10,0 0-14 anos (%) 13,7 12,0 11,1 -19,3 15-24 anos (%) 10,3 10,2 9,0 -12,4 25-64 anos (%) 53,6 52,9 51,6 -3,6 65 e + anos (%) 22,4 25,0 28,3 26,2 Nados Vivos (nº) 19169 16081 14070 -26,6 Taxa de Natalidade (‰) 8,2 7,3 6,9 -Índice de Envelhecimento (%) 163,4 208,5 255,7 -Principais resultados 2011 2021 2031 % % Baixo Mondego 2939 2747 2412 2144 1970 -527 -17,9 -969 -33,0 Baixo Vouga 3382 3007 2755 2563 2391 -627 -18,5 -991 -29,3

Beira Interior Sul 534 517 463 422 388 -71 -13,2 -146 -27,3

Beira Interior Norte 645 626 582 540 496 -63 -9,8 -149 -23,1

Cova da Beira 629 585 529 483 445 -100 -15,8 -184 -29,3

Dão Lafões 2090 2023 1867 1763 1656 -223 -10,7 -434 -20,8

Médio Tejo 1763 1613 1486 1409 1343 -277 -15,7 -420 -23,8

Oeste 3432 3112 2793 2632 2552 -639 -18,6 -880 -25,6

Pinhal Interior Norte 929 857 788 750 712 -141 -15,2 -217 -23,4

Pinhal Interior Sul 226 210 202 193 178 -24 -10,7 -48 -21,3

Pinhal Litoral 2339 2202 1965 1820 1736 -374 -16,0 -603 -25,8

Serra da Estrela 261 254 239 224 202 -22 -8,3 -59 -22,5

Região Centro 19169 17753 16081 14944 14070 -3088 -16,1 -5099 -26,6 2031

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Numa análise aos principais polos urbanos da região, destacam-se os concelhos da Guarda, Coimbra e Castelo Branco, que apresentarão índices de envelhecimento mais expressivos no ano de 2031 (292,0%, 288,2% e 271,8%, quando em 2011 eram de, respetivamente, 152,1%, 161,4% e 187,9%). Por outro lado, projetam-se valores menos expressivos para Aveiro (213,2%), Viseu (220,4%) e Leiria (228,9%), ainda assim muito superiores aos verificados no ano de 2011 (116,1%, 122,0% e 114,1%, respetivamente).

Quadro 4. Provável evolução do índice de envelhecimento, entre 2011 e 2031.

Em suma, os resultados das projeções deixam antever um cenário deveras preocupante para a Região Centro, uma vez que o panorama expectável é de decréscimo da população residente até 2031. Não sendo este decréscimo homogéneo no território, salienta-se que as maiores perdas serão visíveis nas sub-regiões do Pinhal Interior Sul, Serra da Estrela, Beira Interior Sul e Beira Interior Norte, o que irá agravar ainda mais os problemas com os quais o interior já presentemente se depara. De igual modo, o interior sofrerá de uma forma ainda mais vincada o acelerar dos processos de despovoamento e envelhecimento populacional. É neste sentido, e com o conhecimento das dinâmicas demográficas prospetivas, que se deve ponderar e refletir sobre o futuro que se espera para estes territórios.

3. RELAÇÕES ENTRE DEMOGRAFIA E EDUCAÇÃO.PROJEÇÕES DA POPULAÇÃO ESCOLAR

3.1.MÉTODO BASEADO NOS NASCIMENTOS

A realização de projeções da população escolar afigura-se de especial importância de maneira a tornar possível a previsão das necessidades associadas ao ensino, nomeadamente as infraestruturas de apoio, salas de aula e recursos humanos (docentes e não docentes).

Os valores obtidos, a partir da consideração dos nascimentos, devem ser entendidos como tendências, que deverão ser tidas em consideração no momento de equacionar e planear equipamentos, infraestruturas, necessidades formativas e de recursos humanos.

Para o cálculo destas projeções foram apenas considerados os dados relativos aos nascimentos em cada concelho que integra a Região Centro. Ou seja, parte-se do pressuposto que as crianças nascidas nos anos de 2009, 2008 e 2007 terão no ano letivo 2012/2013, 3, 4 e 5 anos, e por esse motivo estarão a frequentar o ensino pré-escolar (Figura 8). A partir daqui, e com os dados dos nascimentos obtidos, conseguimos projetar até ao ano letivo de 2014/2015. O mapa da variação das crianças a frequentar o pré-escolar (dos 3 aos 5 anos) entre os anos letivos de 2012/2013 e 2014/2015 evidencia que dos 100 municípios da região, cerca de 77 perderão crianças com estas idades. Importa aqui destacar decréscimos muito significativos nos concelhos de Gouveia, Góis, Figueiró dos Vinhos, Tábua, Abrantes, Sátão e Celorico da Beira, com perdas superiores a 18%. Por outro lado, destacam-se alguns concelhos, que em

Sub-regiões 2011 2021 2031

Baixo Mondego 173,7 224,9 290,9

Baixo Vouga 126,9 177,6 236,2

Beira Interior Sul 249,6 267,8 302,6

Beira Interior Norte 248,9 306,0 345,5

Cova da Beira 209,0 267,2 323,9

Dão Lafões 166,9 196,4 219,3

Médio Tejo 174,1 221,3 265,4

Oeste 132,6 170,3 210,1

Pinhal Interior Norte 203,4 258,1 296,7

Pinhal Interior Sul 325,2 383,2 390,7

Pinhal Litoral 129,3 178,8 236,0

Serra da Estrela 263,1 329,0 364,4

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função dos nascimentos registados, verão o número de crianças com estas idades a aumentar. É o caso de Sardoal, Batalha, Proença-a-Nova e Montemor-o-Velho, com acréscimos superiores a 11%.

Relativamente ao número de crianças a frequentar o 1º ciclo (dos 6 aos 9 anos), conseguimos projetar até ao ano letivo de 2017/2018 (Figura 9). A quase totalidade dos concelhos registará uma diminuição de crianças com estas idades entre os anos letivos de 2012/2013 e 2017/2018. Apenas se projeta um aumento de crianças nos concelhos de Montemor-o-Velho, Vila Velha de Ródão, Nazaré, Figueira de Castelo Rodrigo, Condeixa-a-Nova e Mira, correspondendo a 127, 7, 41, 10, 17 e 7 crianças, respetivamente. Dos concelhos que perderão crianças com idades para frequentar o 1º CEB, destacam-se os concelhos de Fornos de Algodres (-67 crianças), Oleiros (-37), Góis (-42), Gouveia (-114), Pinhel (-88), Vouzela (-103) e Aguiar da Beira (-47). De salientar que 52 concelhos registarão perdas superiores a 15%, e destes, 29 concelhos apresentarão decréscimos superiores a 20%.

Relativamente ao 2º ciclo a análise segue o observado anteriormente para o 1º CEB (Figura 10). De facto, apenas para 9 concelhos se projeta uma evolução positiva, com acréscimos de crianças entre os 10 e 11 anos. São os concelhos de Arruda dos Vinhos (71 crianças), Condeixa-a-Nova (57), Sobral de Monte Agraço (14), Penela (5), Mira (9), Alenquer (39), Mortágua (5), Oliveira do Bairro (15) e Cadaval (5) que possivelmente terão um crescimento de alunos no 2º CEB, entre os anos letivos de 2012/2013 e 2019/2020. Projetando-se decréscimos muito expressivos, acima de 50%, destacam-se os concelhos de Manteigas (-32 crianças, correspondendo a -64%), Arganil (-69 crianças, -54,2%), Ílhavo (-85 crianças, 52,6%) e Aguiar da Beira (-49 crianças, 50,5%).

No que diz respeito à evolução projetada para o 3º ciclo do ensino básico, há um conjunto de concelhos que merecem destaque pelo facto de se esperar uma evolução positiva (Figura 11). Para os concelhos de Arruda dos Vinhos, Constância, Lousã, Alenquer e Vila Nova da Barquinha espera-se um aumento de 40,9%, 30,3%, 27,0%, 20,9% e 12,8%, correspondendo a 130, 30, 138, 258 e 24 jovens entre os 12 e 14 anos. Com acréscimos previstos superiores a 5% destaca-se um conjunto de concelhos: Sobral de Monte Agraço, Condeixa-a-Nova, Vila de Rei, Cadaval, Bombarral e Murtosa. Por outro lado, para os concelhos de Manteigas, Almeida, Vouzela, Oleiros e Oliveira do Hospital projetam-se decréscimos muito expressivos (-46,0%, -45,3%, -35,3%, -34,3% e -31,3%, correspondendo a -52, -78, -125, -34 e -226 jovens). Para além destes 5 concelhos, há um outro conjunto constituído por 80 concelhos, para os quais se espera uma diminuição da população escolar a frequentar o 3º CEB.

Por fim, a evolução projetada para o ensino secundário apresenta contornos mais positivos, com 39 dos 100 concelhos da região para os quais se espera um aumento, ainda que ligeiro em muitos casos, de jovens entre os 15 e os 17 anos, a frequentar o ensino secundário (Figura 12).

Este facto prende-se fundamentalmente com a dinâmica de natalidade ainda positiva observada nos primeiros anos do segundo milénio, uma vez que os jovens nascidos no ano de 2004 iniciarão o percurso no ensino secundário no ano letivo de 2019/2020. De entre os concelhos para os quais se espera uma evolução positiva, salienta-se Arruda dos Vinhos (156 jovens, correspondendo a 62,9%) Lousã (200 jovens, 46,5%), Alenquer (475 jovens, 46,1%), Constância (35 jovens, 41,2%), Condeixa-a-Nova (161 jovens, 40,1%), Sobral de Monte Agraço (83 jovens, 35,9%) e Entroncamento (174 jovens, 32,4%). Do lado oposto, os concelhos de Figueiró dos Vinhos 76 jovens), Vila Velha de Ródão 25), Castanheira de Pêra (-43), Aguiar da Beira (-57) e Pampilhosa da Serra (-24) registarão uma diminuição muito expressiva de jovens com estas idades, superiores a 28%.

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Figura 8. Provável evolução da população escolar 2012/13-2014/2015 no ensino pré-escolar.

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Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

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Figura 10. Provável evolução da população escolar 2012/13-2019/2020 no 2º CEB.

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nº % nº % nº % nº %

Baixo Mondego -1425 -16,3 -1461 -11,9 117 0,7 -1093 -10,8

Baixo Vouga -1759 -17,4 -2343 -16,3 -377 -1,9 -1502 -12,5

Beira Interior Sul -249 -15,1 -249 -11,0 113 3,6 -147 -7,9

Beira Interior Norte -421 -19,3 -838 -25,3 -666 -14,5 -372 -13,3

Cova da Beira -373 -18,8 -536 -18,9 -160 -4,1 -328 -13,8

Dão Lafões -1180 -17,3 -2174 -21,5 -1189 -8,5 -1121 -13,1

Médio Tejo -1231 -21,5 -1809 -22,2 -623 -5,6 -504 -7,7

Oeste -2143 -20,3 -2777 -18,6 282 1,4 53 0,5

Pinhal Interior Norte -737 -23,8 -1131 -25,2 -824 -12,7 -631 -16,3

Pinhal Interior Sul -124 -16,7 -318 -27,4 -322 -19,3 -280 -25,9

Pinhal Litoral -1536 -20,6 -1884 -17,9 -126 -0,9 -559 -6,8 Serra da Estrela -168 -18,8 -215 -17,7 -223 -12,0 -292 -24,0 Região Centro -11347 -18,9 -15736 -18,4 -3997 -3,4 -6775 -9,7 15 a 17 anos (Secundário) variação 2011-2021 10 a 14 anos (2º e 3º ciclo) 6 a 9 anos (1º ciclo) Sub-regiões 3 a 5 anos (pré-escolar)

Figura 12. Provável evolução da população escolar 2012/13-2019/2020 no ensino secundário. 3.2. MÉTODO DAS COMPONENTES POR COORTES

Numa tentativa de projetar a evolução da população escolar num horizonte temporal mais longo, utilizou-se o método das componentes por coortes. Este método permite calcular o volume da população em idade escolar num horizonte temporal de duas décadas (Quadros 5 e 6).

No sentido de se compreender a evolução futura da população escolar nas sub-regiões que integram a Região Centro, optou-se por apresentar os valores que dizem respeito à variação da população escolar que tendencialmente poderá vir a acontecer, entre um horizonte temporal mais curto (2011-2021) e mais longo (2011-2031).

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Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

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nº % nº % nº % nº %

Baixo Mondego -2791 -31,8 -3907 -31,8 -5291 -31,4 -2310 -22,9

Baixo Vouga -2701 -26,7 -4248 -29,5 -6611 -32,9 -3277 -27,3

Beira Interior Sul -464 -28,2 -613 -26,9 -863 -27,8 -400 -21,5

Beira Interior Norte -653 -30,0 -1169 -35,3 -1755 -38,2 -996 -35,6

Cova da Beira -621 -31,3 -931 -32,8 -1342 -34,2 -695 -29,3

Dão Lafões -1714 -25,2 -3122 -30,8 -4779 -34,3 -2745 -32,2

Médio Tejo -1612 -28,2 -2562 -31,4 -3910 -34,9 -1887 -28,9

Oeste -2771 -26,3 -4523 -30,2 -6065 -30,9 -2313 -20,9

Pinhal Interior Norte -908 -29,3 -1499 -33,4 -2654 -40,8 -1438 -37,1

Pinhal Interior Sul -183 -24,6 -374 -32,2 -645 -38,7 -457 -42,3

Pinhal Litoral -2192 -29,4 -3333 -31,7 -4652 -32,9 -2054 -24,9 Serra da Estrela -261 -29,3 -318 -26,1 -668 -36,0 -480 -39,4 Região Centro -16871 -28,1 -26599 -31,0 -39237 -33,4 -19053 -27,3 Sub-regiões 3 a 5 anos (pré-escolar) 6 a 9 anos (1º ciclo) 10 a 14 anos (2º e 3º ciclo) 15 a 17 anos (Secundário) variação 2011-2031

Deste modo, e considerando a evolução projetada para o ensino pré-escolar, espera-se uma diminuição de crianças com idades entre os 3 a 5 anos, em todas as sub-regiões em análise. Em termos dos valores para a Região Centro, projetase uma diminuição de 11 347 crianças, correspondendo a -18,9%, entre 2011 e 2021. Considerando o horizonte temporal 2011-2031, a evolução esperada corresponderá a uma perda de 16 871 crianças, correspondendo a -28,1%.

Entre 2011 e 2021 projeta-se para a Região Centro um decréscimo de 18,4% de alunos a frequentar o 1º CEB, ou seja uma diminuição muito expressiva de 15 736 alunos. As sub-regiões do Pinhal Interior Sul, Beira Interior Norte e Pinhal Interior Norte registarão uma diminuição de 27,4%, 25,3% e 25,2%, correspondendo a -318, -838 e -1 131 alunos. Todas as restantes sub-regiões terão uma grande quebra de alunos, em todas elas superiores a 10%. Considerando o horizonte temporal 2011-2031, os resultados são mais alarmantes, com uma diminuição projetada de 31,0% de alunos na Região Centro (-26 599 alunos), de 35,3% na Beira Interior Norte (-1 169 alunos) e de 33,4% no Pinhal Interior Norte (-1 499 alunos).

No que diz respeito aos jovens que estarão a frequentar o 2º e 3º CEB na Região Centro, espera-se uma diminuição de 3,4%, correspondendo a -3 997 indivíduos entre 2011 e 2021. Considerando um horizonte temporal mais vasto (2011-2031), verifica-se que todas as sub-regiões irão perder jovens com estas idades (10 a 14 anos), sendo que para a Região Centro esse decréscimo será de -33,4%, correspondendo a -39 237 jovens em duas décadas. Numa análise às sub-regiões verifica-se que para este período temporal mais vasto, o Pinhal Interior Norte, Pinhal Interior Sul e Beira Interior Norte terão perdas mais assinaláveis (-40,8%, -38,7% e -38,2%, correspondendo a -2 654, -645 e -1 755 jovens).

Por fim, entre 2011 e 2021 espera-se uma diminuição de 6 775 jovens entre os 15 a 17 anos que estarão a frequentar o ensino secundário (-9,7%). Apenas para o Oeste se projeta um aumento de 53 jovens (0,5%). Para as restantes sub-regiões espera-se uma quebra no número de jovens com estas idades, salientando-se as quebras projetadas para as sub-regiões do Pinhal Interior Sul, a Serra da Estrela e o Pinhal Interior Norte (-25,9%, -24,0% e -16,3%, correspondendo a -280, -292 e -631 jovens). Considerando o período 2011-2031, espera-se uma diminuição de 19 053 jovens com estas idades na Região Centro (-27,3%). As sub-regiões do Pinhal Interior Sul e Pinhal Interior Norte terão perdas muito expressivas (-42,3% e -37,1%, correspondendo a -457 e -1 438 jovens).

O exercício prospetivo apresentado, com base em duas metodologias de trabalho distintas, permitiu avançar com as principais alterações que iremos ter no futuro em termos de população escolar.

(23)

Com base unicamente nos nascimentos registados conseguimos projetar para um horizonte temporal mais curto, observando-se alguns contrastes espaciais, sendo que os territórios do interior e mais periféricos irão ter decréscimos mais expressivos de população escolar. No entanto, verifica-se que a maior parte dos concelhos que integram a Região Centro irá ter perdas muito assinaláveis de crianças e jovens em idade escolar em virtude das baixas taxas de natalidade, do declínio do índice sintético de fecundidade e da consequente diminuição progressiva no número de nascimentos.

Com a outra metodologia de projeção populacional baseada no método das componentes por coortes, consegue-se projetar num horizonte temporal mais longo, dando excelentes indicações sobre a evolução futura da população que irá frequentar os diferentes níveis de ensino. Neste sentido, e como se projeta por períodos de dez ou vinte anos é compreensível que os valores de variação são, em alguns casos, muito expressivos.

No entanto, importa salientar que para uma ou outra metodologia, os valores são apenas os expectáveis, uma vez que para uma análise mais próxima da realidade, há que ter em consideração todo um conjunto de fatores determinantes na manutenção ou não das crianças e jovens no sistema de ensino: taxas de conclusão/transição, taxas de retenção e taxas de abandono escolar.

Os cenários apresentados dão indicações de um futuro dramático em termos de diminuição da população escolar, colocando imensos desafios em matéria de oferta e procura de equipamentos educativos, adequação das redes educativas e de diminuição das necessidades de docentes e não docentes.

4.ALGUMAS CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Região Centro é marcada, por um lado, pela fratura entre territórios urbanizados, industrializados e densamente povoados, e o interior rural, com menores rendimentos e em progressiva perda populacional e, por outro lado, é o reflexo de um território de transição entre as duas grandes áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, que polarizam e concentram os recursos e atividades económicas.

A Região Centro tem vindo a perder população, ainda que o decréscimo assistido entre 1991 e 2001 (-4,1%) tenha sido superior ao decréscimo verificado entre 2001 e 2011 (-0,9%). Esta desaceleração no ritmo de decréscimo da população na Região, a par de um progressivo envelhecimento populacional bem como da diminuição no número de nascimentos, é claramente o balanço global que se deverá efetuar. No entanto, esta evolução não se tem processado de uma forma homogénea no território, uma vez que, as sub-regiões do litoral, mais densamente povoadas e com uma estrutura económica mais dinâmica, têm apresentado nas últimas décadas um crescimento populacional. Por outro lado, as sub-regiões do interior têm sido marcadas por um progressivo despovoamento, declínio populacional e inevitável envelhecimento das suas estruturas demográficas.

Este padrão de distribuição da população, assim como as dinâmicas de crescimento e perda populacional, encontram-se completamente articuladas ao grau de desenvolvimento económico de cada um dos territórios. Neste contexto, observa-se a existência de uma dualidade na Região, com as NUT III da faixa litoral a denotarem um maior desenvolvimento económico face às sub-regiões do interior, visível por exemplo no maior poder de compra que estes territórios apresentam comparativamente à média da Região Centro.

O exercício prospetivo apresentado, permite-nos ficar a saber o que, sem a intervenção das políticas e sem a ocorrência de acontecimentos imprevisíveis, poderá ser a população da Região Centro nas próximas duas décadas. Em termos de futuro, e tendo em consideração o cálculo das projeções demográficas efetuado, prevê-se que a população da Região Centro deva diminuir, como resultado das transformações nas estruturas etárias, caracterizadas pelo aumento no número de idosos e o decréscimo assinalável no número de nascimentos e de jovens.

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Embora se projete uma diminuição de residentes para o período 2011-2031, esta diminuição terá contornos mais expressivos nas sub-regiões localizadas no interior e menos expressivos nas sub-regiões do litoral, reforçando assim tudo o que se tem vindo a observar de algumas décadas a esta parte.

Este cenário coloca assim urgentes desafios a que importa responder. No futuro, a população jovem na Região Centro será de apenas 11,1% (em 1981 era de 23,9%), e a população idosa corresponderá a 28,3% (em 1981 era de 13,9%). As famílias continuarão a ter em média um filho por casal, o interior e os territórios rurais da região estarão certamente muito mais envelhecidos e despovoados, com reflexos nefastos a vários níveis.

Um grande número de escolas do ensino básico, e até secundárias, e mesmo com toda a reorganização verificada na 1ª década deste século, muito provavelmente terão de encerrar, assim como será necessário reorganizar a rede de equipamentos de saúde, com novos centros de saúde e hospitais nos territórios do litoral, enquanto que a perspetiva para o interior será a de encerramento de muitos destes equipamentos. Neste contexto, as necessidades em medicina geriátrica e em cuidados continuados e paliativos serão muito maiores, bem como deverão surgir instituições especializadas nos cuidados e acolhimento de idosos que vivem sozinhos. Também, a por alguns anunciada falência do modelo de Estado Social poderá ganhar novos contornos, uma vez que o número de ativos contribuintes para a segurança social deverá vir a ser igual ou inferior ao de pensionistas.

Neste contexto, e tendo em atenção a dimensão do problema demográfico que poderemos ter no futuro, as políticas públicas e de desenvolvimento regional coerentes serão decisivas. A criação de emprego, novas políticas de saúde e de segurança social e o próprio ordenamento do território, decidirão o futuro da demografia portuguesa. De igual modo, a competitividade territorial vai ser muito associada a estes padrões tendenciais, algo que pressupõe um quadro muito desfavorável para uma esmagadora percentagem do território regional.

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