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AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE MIGRATÓRIO DE ABELHAS SEM FERRÃO. João Marcos Cardoso Alves dos Santos¹ Soraya Regina Sacco²

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AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE MIGRATÓRIO DE ABELHAS SEM FERRÃO

João Marcos Cardoso Alves dos Santos¹ Soraya Regina Sacco²

¹Aluno do Curso de Tecnologia em Agronegócio da FATEC – Itapetininga. E-mail: joao_cardoso_alves@hotmail.com

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Professora do Curso de Tecnologia em Agronegócio da FATEC – Itapetininga. E-mail: skapa4@hotmail.com

Resumo: A produção de mel é uma atividade bastante difundida no Brasil, e fundamental para a

polinização da flora, assim sendo esta atua diretamente na produção de alimentos no mundo. A iniciativa deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura para avaliação do transporte migratório de abelhas sem ferrão, no qual as abelhas são transportadas em diferentes regiões para o aproveitamento da flora apícola disponível, utilizando espécies de abelhas sem ferrão, através do levantamento de trabalhos científicos disponíveis online e de livros na biblioteca da FATEC de Itapetininga-SP. De modo que foi possível concluir que a exploração do mel, própolis, dentre outros produtos produzido pelas abelhas, por meio da atividade migratória e com espécies de abelhas sem ferrão, pode ser uma alternativa de geração de renda para os pequenos produtores, da mesma forma que ela pode influenciar na produção e beneficiando a região onde está situada.

Palavras–chave: apicultura, apícola, mel, meliponicultura

Abstract: The production of honey is an activity quite widespread in Brazil, and essential for the

pollination of flora, thus being this acts directly in the production of food in the world. The initiative of this work was to conduct a literature review to assess the transport migration of stingless bees, in which the bees are, transported in different regions for the utilization of bee flora available, using species of stingless bees, through the survey of scientific works available online and in books in the library of the FATEC from Itapetininga-SP. So that it was possible to conclude that the holding of honey, propolis, among other products produced by bees, by means of migratory activity and with species of stingless bees, can be an alternative to income generation for small producers, in the same way that she can influence the production, benefiting from the region where it is located.

Keywords:apiculture, apíarian, honey, meliponiculture

Introdução

A exploração da apicultura vem desde os primórdios da humanidade, do qual era extraído de forma predatória, e com o passar dos anos o homem foi aprimorando as suas técnicas, de modo que não prejudicasse as abelhas e bem como o ambiente em que elas se situam, pois é de importância fundamental a flora para a produção do mel.

O Brasil possui uma infinidade de pequenos pecuaristas a base da atividade apícula, da qual extrai diversas formas de produto, tanto para fins alimentícios como cosmética farmacêuticas. Com base nisso pode-se firmar que o Brasil está entre os seis principais países produtores de mel, sobretudo, a média de mel consumida pelo elo brasileiro, é bem inferior a Alemanha e China, contudo o Brasil possui uma grande oportunidade para elevar a sua produção graças a enorme biodiversidade presente neste país (EMBRAPA, 2003).

Por meio disto o transporte migratório de abelhas aproveita toda esta biodiversidade da flora brasileira. Ao mesmo tempo em que as abelhas sem ferrão, criação conhecida como meliponicultura, produz mais mel e descarta necessidade da alimentação artificial. Desta forma o trabalho tem como objetivo demostrar as vantagens desta técnica, como também seu funcionamento e técnicas de produção.

Desenvolvimento

O estudo foi concretizado por meio de levantamento de dados através de literatura pesquisada. Foram realizadas diversas pesquisas bibliográficas por meio da internet e biblioteca da FATEC de Itapetininga-SP com a metodologia de revisão narrativa da literatura no período de agosto a setembro de 2013 utilizando o banco de dados SCIELO, AGRIS E AGRICOLA do portal Periódicos Capes, com as

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palavras chaves: apicultura, abelha, mel, meliponicultura, foi encontrado em torno de 113 artigos relacionados e utilizamos como critério selecionarmos os mais recentes e foi analisado em torno de 18 artigos todos em português, e somente um em inglês, a análise do estudo ocorreu de forma de leitura dos artigos e síntese dos mesmos.

Segundo Villas-Boas (2012), há dois grupos de insetos que ocupam uma posição destacada de valor econômico para o homem: o bicho-da-seda, por produzir uma fibra de alto valor comercial, e as abelhas pelo mel. Embora serem conhecidas principalmente como produtoras de mel, as abelhas também fornecem própolis, cera, geleia real, apitoxina etc. Vale citar ainda, que estima-se que um terço da alimentação humana dependa de forma direta ou indiretamente da polinização efetivada pelas abelhas.

Além disto, o Brasil possui uma flora bastante diversificada, logo detém uma variedade climática, devido a sua extensão territorial, desta forma o Brasil pode produzir mel durante todo o ano, diferente de muito outros países (SODRÉ et al., 2003).

Com base nisto Villas-Boas (2012) acredita que o uso de abelhas sem ferrão para a polinização agrícola pode ser considerada como o futuro da meliponicultura mundial. Essa declaração demonstra que há uma viabilidade de uso das abelhas sem ferrão para polinização de plantas de importância econômica como: morango, tomate, berinjela, açaí, pimentão, entre outros. Assim sendo, a fato de dominar as técnicas de multiplicação de colônias e fundar um meliponário autorizado têm potencial não só para provimento aos meliponicultores iniciantes, mas também para ocupar um nicho de mercado tanto para o fornecimento de colônias para venda ou aluguel e também para a polinização agrícola.

Vale ressaltar que a composição do mel depende, fundamentalmente, da composição do néctar da espécie vegetal produtora e da espécie de abelha que o produz, conferindo-lhe características específicas, ao mesmo tempo em que as condições climáticas; para cada espécie; e o manejo do apicultor têm menor influência nesta composição.

Na apicultura é importante destacar a diferença entre a produção fixa e a produção migratória. Desta forma a produção fixa, é bastante utilizada no Brasil, com um número de colmeia variável conforme a capacidade da fonte de alimentação disponível na natureza. Sendo assim a as abelhas se alimentam na região onde está inserida, da qual elas limitam-se ao aproveitamento das floradas que estão próximas ao apiário. As instalações fica em um local definido sendo que a colmeias ficam em suportes individuais ou coletivos provido de água corrente, bebedouros ou água encanada (REÌS, 2011; SODRÉ et al., 2003).

Este modelo de apiário migratório ou móvel como é conhecido, consiste na mudança das colmeias de uma região para a outra, aproveitando assim as floradas, aumentando a produção e a polinização. Neste tipo de exploração, introduz as colmeias para um local onde contém alimento disponível, associando muitas vezes produção de mel e polinização necessária para garantir a produção de sementes ou frutos das culturas. Tem grande importância em culturas que dependem da presença de abelhas polinizadoras para sua frutificação, permite a exploração da apicultura em escala profissional, ou empresarial com um grande número de colmeias, de forma que a capacidade de trabalho das abelhas é aproveitada integralmente, através de um planejamento técnico com suporte de calendário apícola (SODRÉ et al., 2003).

Com base na flora apícola deve-se destacar que uma região é composta de espécies de plantas com diferentes graus de importância, por isso deve ser elaborada uma lista com as espécies de cada região, o que é chamado de inventário apícola, uma vez que as espécies consideradas excelentes produtoras de néctar em uma região podem não ser em outro determinado local (SANTOS et al., 2006)

Analisando que os produtos produzidos pelas abelhas são oriundos da matéria prima de vegetal, principalmente das flores, com a captação do pólen, conclui-se que há uma dependência direta entre a atividade de uma colmeia e a disponibilidade de vegetação da região local.

Esta atividade apresenta diversas vantagens, como um melhor aproveitamento das floradas, como também contribui para manter as colmeias sempre populosas, igualmente possibilita a atividade operacional para o serviço de polinização, além disso proporciona maior proporção contra envenenamento das abelhas por inseticidas, pelo meio de uma localização mais apropriada e do mesmo modo dispensando alimentação artificial (SODRÉ et al., 2003).

Sobretudo há algumas desvantagens neste modelo de produção migratória, como: possui um maior custo operacional para o transporte e manutenção, como também necessita de equipamentos

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específicos, além disso necessita de técnicas especificas de manejo, do mesmo modo que possibilita a substituição antecipada ou mais frequentes das rainhas por esgotamento físico (SODRÉ et al., 2003).

Outro fator relevante na produção fixa, é o estresse causado às abelhas confinadas às colmeias por longas distâncias, coligado com à exposição desses insetos a diversos ambientes, e submetidas a manejo intensificado, essa atividade tem sido apontada também como um dos fatores desencadeadores de seu desaparecimento e/ou diminuição da população (SANTOS et al., 2011)

Segundo Villas-Boas (2012) as abelhas sem ferrão são totalmente dependentes do ambiente onde estão inseridas, fato relacionado à íntima ligação com os recursos florais disponíveis em regiões diferentes e em climas específicos. De modo que, as principais espécies para criar são as que naturalmente existem na região onde se deseja instalar o meliponário. Existem algumas exceções como a espécie uruçu-nordestina (Meliponascutellaris), abelha que vem sendo transportada para diversas regiões do Brasil e apresentando resultados expressivos na produção de mel e multiplicação de colônias. Trata-se de uma espécie generalista, que explora alimento em ampla diversidade de plantas, além de se adaptar em diferentes condições climáticas. Contudo as legislação brasileira reprova esta prática, conforme o artigo 6º da Resolução CONAMA no 346/2004:

O artigo 6° cita que “O transporte de abelhas silvestres nativas entre os Estados será feito mediante autorização do IBAMA, sem prejuízo das exigências de outras instâncias públicas, sendo vedada a criação de abelhas nativas fora de sua região geográfica de ocorrência natural, exceto para fins científicos” (BRASIL, 2004).

Na escolha das espécies para a produção, o meliponicultor deve dar prioridade às que são nativas ou que eram nativas na região onde está o meliponário, bem como as espécies procedentes de áreas vizinhas ou de ecologia compatível (NOGUEIRA-NETO, 1997).

Para e exploração desta atividade é importante definir quais serão as espécie utilizadas sem ferrão, sendo assim destacam-se: na região norte a Melípona compressipes popularmente conhecida como Jupará, Jandaíra, Jandaíra-Preta; Melípona fasciculataTiúba, conhecida como Uruçu-Cinzenta; Melípona

seminigraconhecida como Uruçu-Boca-de-Renda, Jandaíra-Amarela; Scaptotrigonasp, conhecida como

Canudo (VILLAS-BOAS, 2012).

A região nordeste possui as espécies, Meliponaasilvai conhecida como Monduri, Rajada;

Melípona fasciculata, conhecida popularmente como Tiúba; Melípona mandacaia conhecida como

Mandaçaia; Melípona quadrifasciata, conhecida como Mandaçaia; Melípona scutellaris conhecida como Uruçu, Uruçu-Nordestina, Uruçu-Verdadeira; Meliponasubnitida conhecida como Jandaíra, Uruçu (RABELÔet al., 2003; VILLAS-BOAS, 2012).

O Centro-oeste possui as espécies, Melípona compressipes conhecida como Uruçu, Jandaíra;

Meliponarufiventris conhecida como Amarela; Melípona rufiventris conhecida como

Uruçu-Amarela; Scaptotrigonasp, conhecida como Canudo; Tetragoniscaangustula, conhecida popularmente como a Jataí (VILLAS-BOAS, 2012).

A Jataí é a espécie que mais se adaptou ao território brasileiro, além disso, trata-se de uma abelha muito limpa, cujo mel praticamente dispensa pasteurização, da mesma forma que é resistente e fácil de manter e de multiplicar (NOGUEIRA-NETO, 1997).

A região sudeste e sul apresenta algumas espécies semelhantes como Melípona bicolor, conhecida como Guarupú, Guaraipo; Melípona quadrifasciata, conhecida como Mandaçaia; Melípona rufiventris, conhecida como Uruçu-Amarela, Tetragoniscaangustula, conhecida popularmente como a Jataí. Somente a espécie Melípona rufiventris, conhecida como Uruçu-Amarela na região sudeste. (VILLAS-BOAS, 2012).

A abelha da espécie Játai, é a mais utilizada, mesmo que produzindo mel em menor quantidade, os meliponíneos fornecem um produto diferenciado do mel de Apis mellifera, pela doçura e aroma inigualáveis, possuindo consumidores distintos, dispostos a pagar altos preços pelo produto no mercado (CARVALHO et al., 2005).

A localização do apiário pode ser considera como a parte mais importante para o sucesso da exploração da apicultura, ter acesso a informações como condições de luz e vegetação, do período de floração de cada espécie e grau de interesse das abelhas em determinada variedade de planta é de extrema importância. Deste modo para a instalação do apiário deve-se considerar a flora apícola, agua, escoamento dos produtos, topografia, proteção contra os ventos, proteção contra os raios solares, direitos dos vizinhos, saturação e a distribuição das colmeias no apiário (SODRÉet al., 2003).

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O local deve dispor de boas condições para o manejo da atividade, facilitando tanto o escoamento dos produtos apícolas como no momento das instalações nos equipamento para a produção. Como também o local deve disponibilizar acesso a água, pois as abelhas consomem um número considerável de água, por isso deve-se disponibilizar água ao redor do apiário, no máximo 500 metros. Caso o local não possua nenhum acesso a água, necessita-se instalar bebedouros nas proximidades do apiário (SODRÉ et al., 2003).

Na localização do apiário deve-se levar em conta alguns fatores como exposição a agrotóxicos, má nutrição e incidência de microrganismos também têm sido frequentemente mencionados como os possíveis causadores da Síndrome do Desaparecimento das Abelhas, salientando que em relação aos patógenos ainda não há suficiente clareza quanto àqueles que de fato são patogênicos ou simplesmente comensais (MARTINSON et al., 2011).

É importante destacar que no local onde será instalado o apiário, deve-se verificar se não está saturado com abelhas, se assim for a atividade pode ser improdutiva. Com base nisto o apiário deve ser instalado a 5 km um do outro, pois sabe-se que as abelhas coletam alimento a uma distância de 2,5 km (SODRÉet al., 2003).

As abelhas podem ser colocadas em suportes individuais ou em suportes coletivos, isso depende do grau da agressividade das abelhas, onde abelhas mais mansas se adaptam melhor nas colmeias coletivas do que as mais agressivas. Além disso, para evitar a presença de alguns predadores, recomenda-se colocar as colmeias entre 50 a 60 centímetro do solo (SODRÉ et al., 2003).

Sabendo-se que a legislação brasileira não permite a captura de ninhos em habitat natural, o produtor deve adquirir as colônias em meliponários autorizados. Com isso a criação passa pelos conceitos ninhos-isca e a multiplicação artificial (VILLAS-BOAS, 2012).

Para induzir que as abelhas estabeleçam uma nova colônia, espalham-se pela região, algumas colmeias desocupadas, de preferência as que antes já tenham abrigado colônias sadias de abelhas, mais conhecidas como colmeia-isca ou ninhos-isca (NOGUEIRA-NETO, 1997).

Há diversos formas dos ninhos-isca otimizar as possibilidades de capturar um enxame. As caixas de madeira onde se pretende deixar definitivamente uma colônia, podem ser usadas com esse propósito. Considerando que no processo de enxameagem, as localidades previamente ocupados por outras colônias têm a preferência das abelhas, mas o que traz os resultados adequados é fazer os ninhos-isca se parecerem com cavidades já ocupadas, também saturar as iscas com cerume ou própolis é o método mais eficiente (VILLAS-BOAS, 2012).

Outro método muito utilizado e bem semelhante é a confecção de garrafas plásticas tipo pet apresentando no seu interior própolis ou mel.

Os desmatamentos das florestas e as queimadas, provocadas pela ação do homem, resultam na diminuição no número de colônias de abelhas presentes nas selvas brasileiras (AIDAR, 1998).

A multiplicação artificial de colônias é uma técnica formidável para a conservação das abelhas sem ferrão, de modo que possibilite subsidio o repovoamento de populações em ambientes degradados e evita a aquisição predatória de colônias em habitats naturais, além de ser uma alternativa econômica, pois oferece a oportunidade para que o meliponicultor venda colônias para futuros criadores, centros de pesquisa, projetos de repovoamento ou polinização agrícola (VILLAS-BOAS, 2012).

As colmeias para criação de abelhas de forma geral são blocos retangulares, vazios, arquitetados com madeira. Há uma ampla diversidade de madeiras que podem ser utilizadas para esse propósito. Aconselha-se escolher as madeiras leves, resistentes, com pouco ou nenhum cheiro, e a seleção da madeira deve considerar a sua disponibilidade e o preço de cada região (VILLAS-BOAS, 2012).

Nogueira-Neto (1997) afirma que o tamanho das colmeias não pode ser exagerado, pois termicamente isso é prejudicial. Da mesma forma que não pode ser excessivamente pequeno, pois nesse caso as abelhas não se desenvolvem adequadamente, por falta de espaço.

O processo de transferência de uma colmeia por outra, geralmente é realizada para trocar o modelo de colmeia utilizada ou retirar uma colônia de uma caixa em estado avançado de degradação. O método de transferência, deve ser realizado preferencialmente entre o período das 8h e 11h em dias ensolarados (VILLAS-BOAS, 2012).

A respeito da frequência com que se deve observar uma colônia para avaliar seu desenvolvimento, não existe uma regra geral para o monitoramento, devido à grande variedade de espécies de abelhas. Alguns produtores hesitam em abrir as caixas para observar as estruturas internas da

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colônia, preocupados com os possíveis danos que a exposição do ninho pode ocasionar. Mas separar o espaço do ninho e o espaço do alimento na colônia, possibilita uma que as avaliações sejam mais frequentes e não causam tantos danos (VILLAS-BOAS, 2012).

Sobretudo a Embrapa (2003) afirma que para os enxames recém-coletados, recomenda-se realizar um monitoramento cerca de 15 dias após sua instalação, verificando o desenvolvimento inicial do enxame e observando as condições gerais dos favos.

As formigas são alguns dos vários tipos de inimigos naturais desta atividade, do qual são atraídas para a colônia pelo odor de alimento. O manusearem das caixas de forma cautelosa evitando a exibição dos potes de pólen e mel é uma das formas mais eficazes de prevenir os ataques. Esses ataques quando ocorrido causam um atrito entre as abelhas e as formigas, de forma que o prejuízo ocasionado na população de abelhas pode ser desastroso (VILLAS-BOAS, 2012).

Outro inimigo comumente conhecido pelos produtores de abelha sem ferrão são os forédeos, que são moscas do gênero Pseudohypocera. Seus ataques consistem em invadir as colônias, onde as fêmeas destes insetos ovipositam, de forma que ao eclodir suas larvas, estas se alimentam do mel e do pólen acumulado pelas abelhas (VILLAS-BOAS, 2012).

Conclusões

Conclui-se que a exploração do mel, própolis, cera, entre outros produtos produzido pelas abelhas, através da atividade migratória e com espécies de abelhas sem ferrão, pode ser uma boa alternativa para os pequenos produtores. Do mesmo modo que ela pode influenciar na produção, beneficiando a região onde está localizada, por meio da polinização tanto nas florestas silvestres, como também em florestas de eucalipto, no entanto um local muito utilizado é a instalação das colmeias em áreas de cultivo de laranjeiras.

Pode-se afirmar também que a escolha de espécies de abelhas sem ferrão, é uma alternativa muito importante para o transporte migratório de abelhas, pois, um dos principais problemas são os possíveis danos aos vizinhos, como na atividade pecuária principalmente na produção de bovino que são frequentemente atacados por abelhas, além de a aproveitar melhor as floradas, a produção de mel é maior e dispensa alimentação artificial.

Agradecimentos

Devo muito às valiosas contribuições de várias pessoas que me ajudou a realizar este trabalho. Meu agradecimento, em especial aos professos pelos seus ensinamentos, com seus conselhos e conversas ao longo de toda essa fase acadêmica. Sou grato ainda aos meus colegas de classe por seus apoios e contribuições e por suas gentis sugestões e pelas conversas que muito me auxiliaram-na realização deste trabalho.

Referências

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