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INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

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Academic year: 2021

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TÍTULO: A EVOLUÇÃO DA MULHER NO TRABALHO E SEU IMPACTO NA ECONOMIA TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS ÁREA:

SUBÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): VANESSA CUNHA RODRIGUES AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): LUCIANA DE MAGALHÃES PEREIRA ORIENTADOR(ES):

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A EVOLUÇÃO DA MULHER NO TRABALHO E SEU IMPACTO NA ECONOMIA

Resumo

Este projeto de Iniciação Científica tem como objetivo traçar o histórico da relação mulher e trabalho, sua participação na sociedade e na economia. Este trabalho tem como desafio fornecer uma justificativa para a importância da igualdade de gênero e a participação ativa da mulher no mercado de trabalho como evolução econômica e social.

Introdução

Desde na Antiguidade até os dias de hoje, a mulher encontra-se em um patamar abaixo ao homem na hierarquia social, porém em intensidades diferentes. A mulher passou por grandes transições e desenvolvimento no que se refere ao seu papel na sociedade. Hoje as mulheres ocupam posições na política, nas ciências, tecnologia etc. Em um cenário político e econômico onde a figura da mulher está marcantemente presente, vivenciamos a ascensão de estudos e movimentos em prol do direito da mulher, da sua participação na sociedade e a igualdade de gêneros. Mas qual é o benefício econômico que a igualitária participação das mulheres no mercado de trabalho pode trazer para a sociedade e para sua economia?

Retornemos ao passado para o papel da mulher em diferentes momentos da História. Por muitos anos cabia à mulher atividades voltadas ao meio familiar e doméstico, não tinha direitos de posse ou venda, a mulher era propriedade de seu marido. Há também mulheres, estas em sua maioria de classe nobre, que serviam como símbolo de status, abundância e fartura. Contudo, existem as exceções, como no Antigo Egito as mulheres tinham um papel vital na sociedade. Cabia às mulheres egípcias a mesma participação sócio-política que aos homens. O marco da inserção da mulher no mercado de trabalho deu-se na Revolução Industrial, no qual a demanda por produção exigiu maior mão-de-obra, e firmou-se no entre as guerras mundiais, onde muitas mulheres ficaram viúvas e responsáveis pelo sustento da casa. Desde então as mulheres foram buscando conquistar seu espaço no mercado. Hoje em dia a mulher está presente no mercado como nunca antes na história, sua participação no mercado de trabalho é imensa devido à vários fatores. Segundo dados do IBGE 2013, as mulheres são 51,4% da população e representam 42,79% na participação do mercado, segundo RAIS 2013. No Brasil as mulheres são a maioria nas faculdades, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), de 6 milhões de matrículas, 3,4 são de

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estudantes mulheres, e elas representaram 60% dos estudantes que concluem a graduação em 2013. É importante apontar que mesmo com tamanha participação, a mulher no mercado de trabalho sofre discriminação e preconceito como um fator cultural. Este impasse resulta em um retardo à participação da mulher na sociedade e à igualdade de gêneros, tanto que segundo a lista dos países com maior igualdade de gênero do relatório do Fórum Econômico Mundial de 2014, o Brasil está em 74º posição. A diferença média de salário entre homens e mulheres é de 27,1% no Brasil (PNAD 2012). Também no Brasil 49% dos homens de 15 à 29 anos estão empregados contra 35% das mulheres da mesma idade. E dados apontam como as mulheres investem mais em qualificação, em contratempo estão menos presentes no mercado em comparação aos homens.

Países com maior igualdade de gênero têm sua economia mais desenvolvida e qualidade de vida maior, em sua maioria os países nórdicos. Diante das desigualdades expostas em dados, é importante compreender os beneíficios da heterogeneidade no mercado de trabalho e ter conhecimento da participação da mulher na sociedade, reconhecendo e o seu papel no mundo e principalmente no Brasil.

Objetivo

O objetivo deste trabalho é confirmar a importância do papel da mulher contemporânea na sociedade e analisar como sua crescente participação sócio-política e econômica pode mudar o curso da História e da economia de uma nação. O motivo que implica a realização deste trabalho é aprofundar nos estudos sobre a importância da mulher da sociedade e quais os desafios enfrentados por ela. Obter experiência em pesquisa científica para a realização de um mestrado futuramente na área de estudos sobre a mulher.

Metodologia

A Metodologia utilizada para este trabalho é documental. Livros, artigos de revista, pesquisas e estatísticas de relatórios e banco de dados de instituições como ONU, Banco Mundial, Forum Econômico e Social, IBGE entre outros, para a análise de dados qualitativos e quantitativos dessas fontes.

A Mulher e o Trabalho

O trabalho é uma atividade física e mental que tem o objetivo de gerar um produto, abstrato ou concreto. O trabalho é uma atividade produtora que transforma uma

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ideia ou matéria em algo. Um alfaiate faz uso de tecidos e os transforma em um terno bem talhado. O trabalho não necessariamente resulta um produto físico, mas também pode ser um produto intangível. Um programador usa códigos de linguagens de tecnologia para construir um software. Contudo, a ideia de trabalho não foi sempre esta em que se conhece hoje em dia.

A princípio nas antigas civilizações, a ideia de trabalho estava associada aos trabalhos manuais que resultassem em produtos físicos, como um ferreiro que produzia peças de ferragem ou um padeiro que cozinhava pães. Estas obras eram produzidas por trabalhadores. Considerando esta concepção de trabalho, a mulher por mais que fizesse trabalhos manuais, como tecelagem e agricultura não lhe eram marcado o título de trabalhadoras na sociedade.

A mulher desde o princípio fazia essas atividades, porém entedia-se que trabalho não bastava o serviço manual, haveria de ter troca de remuneração ou de serviço. O que não ocorria com a mulher, pois ela era propriedade de seu pai, marido ou senhor.

A mulher permaneceu, muito mais tempo do que o homem, neste esquema de atividade, a maior parte das vêzes, submetida à autoridade do macho – espôso ou patrão - , o que queria dizer que o beneficiário da sua atividade era, mais do que ela, uma pequena sociedade, no seio da qual vivia, mas onde não gozava de autonomia ou de liberdade de ação. (SULLEROT, 1970 p. 20)

O trabalho da mulher tornou-se ocupação, não tinha o reconhecimento de uma atividade produtora. Esta visão resultada na degradação da imagem da mulher. A mulher trabalhava principalmente nos períodos de guerra, porém ela nunca foi socialmente reconhecida e tratada como produtora. Os trabalhos domésticos, escravo, manuais por mais árduos que fossem não lhe conferia reconhecimento social pelas suas atividades e pela construção da sociedade, assim como riquezas ou independência.

Jamais, em qualquer época, o trabalho exclusivamente reservado às mulheres, […] era, por vêzes terrivelmente duro (ou extraindo minerais nas minas da Antiguidade, ou como escrava, fazendo rodar as noras), ou exigia grandes aptidões (tercedeira de ouro ou de sêda, na Idade Média), jamais êsses trabalhos, reservados às mulheres, lhes deram prestígio na sociedade. (SULLEROT, 1970 p. 22)

Há certo conformismo em relação ao trabalho da mulher. Na Antiguidade o trabalho da mulher era justificado como uma função natural. O fato de a mulher produzir filhos, comida, tear fios, tingi-los não se passava da sua função social considerada

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com natural, a natureza feminina, assim como a árvore que tem a função de produzir frutos, faz parte da sua natureza, como descreve o filósofo grego “Se a Natureza não tivesse criado as mulheres e os escravos, teria dado ao tear a propriedade de fiar sozinho.” (PLATÃO apud SULLEROT, 1970). Esta citação demonstra como o trabalho da mulher não era uma atividade livre, a mulher devera contribuir para a sociedade com os trabalhos manuais que cabiam à sua natureza.

É interessante observar também como as escrituras de uma época podem revelar a cultura e o pensamento vivido naquele momento. Conforme a citação do filósofo Xenofonte pode-se notar a forma em que o trabalho da mulher era considerado:

Os Deuses criaram a mulher para as funções domésticas, o homem para tôdas as outras. Os Deuses a puseram nos serviços caseiros, porque ela suporta menos bem o frio, o calor e a guerra. As mulheres que ficam em casa são honestas e as que vagueiam pelas ruas são desonestas; para os homens, seria vergonhoso ´ficar em casa´ e se não se ocupar das coisas de fora de casa. (XENOFONTE apud. SULLEROT, 1970 p. 22)

As mulheres sempre chegaram com atraso nos estágios de reconhecimento, trabalhavam quando o trabalho não era valorizado, queriam participação política quando não permitido, resultando no reconhecimento do seu trabalho anos após já estarem trabalhando, e participação na política, como o poder do voto, anos após os homens. As profissões masculinas, só foram alcançadas pelas mulheres quando já tinham perdido prestígio e poder e isto é algo que pode-se ver até hoje em profissões como Medicina e Engenharia.

As atividades destinadas à mulheres, domésticas, trabalhos interiores, sob o comando de seu pai ou esposo, justificado pela natureza, e até a prostituição, foi um dos motivos que privaram as mulheres de evoluir, de avançarem na história social do trabalho. A intenção de manter oque se entendia por feminilidade, fez a ingressão e ascensão da mulher no mercado de trabalho mais difícil e tardia.

Resultados Preliminares

Diversas mudanças ocorreram ao longo da História na relação da mulher com o trabalho e sua participação na economia. No estágio em que esta pesquisa se encontra foi possível identificar com as estatísticas apresentadas nos relatórios do IBGE e World Bank que as mulheres estão mais participativas no mercado de trabalho e na área acadêmica, elas são maioria nas universidades e nos empregos. No entanto o que impossibilita o avanço da mulher no mercado de trabalho e consequentemente o avanço da economia são ainda heranças de como o trabalho da mulher ainda é visto diante da sociedade, porém ainda há muitos fatores econômicos a serem estudados.

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Referência Bibliográfica

DELGADO, Dídice, et al. Mulher e Trabalho: experiências de ação afirmativa. São Paulo: Boitempo, 2000.

SULLEROT, Evelyne. A mulher no trabalho: História e Sociologia Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1970.

DE OLIVEIRA, Rosiska Darcy. Elogio da Diferença. São Paulo: Editora Brasiliense, 1999.

HANASHIRO, Darcy Mitiko et al. Diversidade na Liderança: Há diferença em Gênero? 14 f. Pesquisa Acadêmica

MEYER, Carolina e ARAGÃO, Marianna O Maior dos Mercados emergentes. Revista Exame São Paulo, Abril, ano 44, nª 9, Maio, 2010.

World Bank Report. The Effect of Women´s economic power in Latin America and the Caribbean. 2013.

Relatório IBGE: Mulher no Mercado de Trabalho: Perguntas e Respostas. Março 2010.

Referências

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