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Teorema Fundamental do Cálculo: Aplicação em algumas áreas do conhecimento

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Academic year: 2021

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Centro de Ensino Superior do Serid´

o - CERES

Departamento de Ciˆ

encias Exatas e Aplicadas - DCEA

Curso de Licenciatura em Matem´

atica

Teorema Fundamental do C´

alculo:

Aplica¸c˜ao em algumas ´areas do conhecimento

Maria Jos´e Azevedo da Silva

Caic´o-RN 2016

(2)

Maria Jos´

e Azevedo da Silva

Teorema Fundamental do C´

alculo:

Aplica¸c˜ao em algumas ´areas do conhecimento

Trabalho de Conclus˜ao de Curso apre-sentado `a Coordena¸c˜ao do Curso de Licenciatura de Matem´atica pelo Centro de Ensino Superior do Serid´o, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obten¸c˜ao do t´ıtulo de licenciada em Matem´atica.

Orientadora:

Prof

a

Ma. Maria Jucimeire dos Santos

Coorientador:

Prof

o

Me. Ivanildo Freire Pereira

Caic´o-RN 2016

(3)

Silva, Maria José Azevedo da.

Teorema Fundamental do Cálculo: Aplicação em algumas áreas do conhecimento / Maria José Azevedo da Silva. - Caicó: UFRN, 2016. 35f: il.

Orientadora: Ms. Maria Jucimeire. .

Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ensino Superior do Seridó.

Licenciatura em Matemática.

1. Teorema Fundamental do Cálculo. 2. Derivada. 3. Integração. 4. Newton. 5. Leibniz. I. Jucimeire, Maria. II. Título.

RN/UF/BS07-CAICÓ CDU 517.2/.3

Catalogação da Publicação na Fonte

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

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(5)

-Dedicat´

oria

Aos meus pais, meus primeiros professores, que me ensinaram a ler, escrever e contar, sem que eu precisasse participar de alfabetiza¸c˜ao e que sempre me ensinaram a ´etica e a moral para seguir no caminho do bem.

Aos meus professores do Ensino Fundamental e M´edio, em especial a Albaniza Dias, que sempre me fez perceber o qu˜ao maravilhoso ´e estar em uma sala de aula, me mostrou o verdadeiro significado de ensinar por amor e a importˆancia de fazer o que realmente gosta.

A todos aqueles professores que fizeram parte da minha vida acadˆemica, sempre me ensinando que o importante ´e n˜ao desistir, mesmo quando tudo parecer dar errado.

(6)

Agradecimentos

Durante toda essa jornada como discente, s˜ao muitas as pessoas a quem devo agra-decer, pelo fato de estarem comigo, me motivando a seguir em frente nos momentos mais dif´ıceis.

Gostaria de agradecer a Deus primeiramente, por ter me concedido sa´ude e me dado a gra¸ca de ter pessoas maravilhosas ao meu redor para serem a minha base quando parecesse que o mundo desabaria.

´

E com o cora¸c˜ao cheio de alegria e um sorriso enorme nos l´abios que eu agrade¸co aos meus pais Francisca e Rog´erio, por toda a paciˆencia que tiveram comigo e por todo o esfor¸co que fizeram na doen¸ca da minha m˜ae para que eu n˜ao desistisse.

Aos meus familiares em geral, em especial a Anailson, Josefa e Betˆania que sempre acreditaram no meu potencial e por quem tenho um apre¸co e um carinho enorme. Aos meus afilhados J´ulio, Mellyni, Larissa e Lorena que me motivam a vencer na minha caminhada, para quem sabe um dia, servir de exemplo para eles.

Aos meus professores, em especial Ivanildo Freire, por tudo o que me ensinou, por todo o apoio que me prestou desde que entrou na minha vida acadˆemica e por toda a paciˆencia que teve comigo quando menos mereci e mais precisei.

`

A minha orientadora, Maria Jucimeire, por todo o apoio e por todas as vezes que me disse, calmamente, que tudo daria certo.

Aos meus colegas de universidade Denise, Kamila, Kaline, Lidiane, Daiane, Artur, Jonas e Brunno que fizeram com que essa caminhada de quase cinco anos, pudesse ser menos ´ardua, enchendo de alegria os meus dias e me fazendo compartilhar dos melhores momentos.

`

A Jardelly e Maria de F´atima, por todos os conselhos e “pux˜oes de orelha” para a conclus˜ao deste trabalho e por todas as motiva¸c˜oes nos dias em que mais pensei em desistir.

`

A Ana Santana, Renata, Jaqueline, Amanda, Joyce, Sidney, Netinho e Ana R´egia que sempre comemoraram a minha vit´oria, acreditaram no meu potencial e que foram v´ıtimas dos meus dias de estresse.

`

(7)

trajet´oria e pelas v´arias vezes que comemoraram ao meu lado os objetivos que conquistei ao longo dessa caminhada.

Aos demais amigos (em especial ao meu trio: Moany, Laiz e Micarla), que ouviram tantas reclama¸c˜oes e conseguiram suportar o meu estresse em todas as horas do dia e, ao inv´es de desistirem de mim, continuaram me motivando e me dizendo que Deus estava ao meu lado, al´em de proporcionarem os melhores sorrisos, no decorrer de todo este percurso.

Enfim, a todos que contribu´ıram direta ou indiretamente, Muito obrigada!

(8)

Resumo

O presente trabalho tem como objeto de estudo o Teorema Fundamental do C´alculo, como sendo um dos maiores feitos da Matem´atica, por ter sido criado para soluci-onar problemas que pareciam ser imposs´ıveis de resolver, este Teorema comprova a rela¸c˜ao inversa que existe entre a integra¸c˜ao e a diferencia¸c˜ao. Nesta perspectiva, o trabalho visa evidenciar a importˆancia deste Teorema para o C´alculo Diferencial e In-tegral, tendo como base alguns autores como Palaro (2006), Picone (2007), Anacleto (2007), Thomas (2009) e Santos (2011). Neste trabalho enfatizamos o contexto his-t´orico do Teorema, onde ´e especificada a sua “cria¸c˜ao” e a importˆancia de Newton e Leibniz neste feito. Abordamos tamb´em as demonstra¸c˜oes do referido Teorema, al´em de propriedades, defini¸c˜oes e resultados utilizados na demonstra¸c˜ao. Por fim, s˜ao feitas aplica¸c˜oes em diferentes ´areas do conhecimento com o objetivo de mostrar que o Teo-rema Fundamental do C´alculo pode relacionar-se com outras ´areas devido `a utiliza¸c˜ao de suas ferramentas e argumenta¸c˜oes que se fazem presentes na resolu¸c˜ao de diversos problemas.

Palavras-chave: Teorema Fundamental do C´alculo, Derivada, Integra¸c˜ao, Newton, Leibniz

(9)

Abstract

This paper has as object of study the Fundamental Theorem of Calculus, one of the greatest achievements of Mathematics, since it was created to solve problems that seemed to be impossible to solve. This theorem proves the inverse relation between integration and differentiation. In this perspective, the research aims to highlight the importance of this theorem for the Differential and Integral Calculus, based on some authors as Palaro (2006), Picone (2007), Anacleto (2007), Thomas (2009) and Santos (2011). During the paper the historical context of the Theorem will be emphasized through the “creation” and efforts of Newton and Leibniz. It also offers demonstrations of that Theorem, as well as properties, definitions and results used in the statement. Finally, applications are made in different areas of knowledge in order to show that the Fundamental Theorem of Calculus can relate to other areas due to the use of its tools and arguments are present in solutions from many different problems.

Keywords: Fundamental Theorem of Calculus, Derivative, Integration, Newton, Leibniz.

(10)

Lista de Figuras

1.1 Determina¸c˜ao da tangente `a uma curva dada, segundo Fermat . . . 14

1.2 Curva velociade-tempo . . . 16

1.3 Gr´afico espa¸co percorrido e tempo . . . 16

(11)

Sum´

ario

1 Aspectos Hist´oricos do Desenvolvimento do Teorema Fundamental do

C´alculo 13

1.1 Contribui¸c˜ao de alguns matem´aticos do s´eculo XVII . . . 14

1.2 Contribui¸c˜ao de Newton . . . 17

1.3 Contribui¸c˜ao de Leibniz . . . 18

2 Teorema Fundamental do C´alculo 20 2.1 Resultados e defini¸c˜oes . . . 20

2.2 Teorema Fundamental do C´alculo Parte I e II . . . 21

3 Aplica¸c˜oes utilizando o Teorema Fundamental do C´alculo 26 3.1 Aplica¸c˜ao na Entomologia . . . 26

3.2 Aplica¸c˜ao na F´ısica . . . 27

3.3 Aplica¸c˜ao na Engenharia do Tr´afego . . . 29

3.4 Aplica¸c˜ao na Economia . . . 30

3.5 Aplica¸c˜ao no Escoamento de Flu´ıdos . . . 31

(12)

Introdu¸

ao

A Matem´atica pode ser caracterizada por uma s´erie de s´ımbolos e argumenta¸c˜oes que est˜ao intimamente ligados a uma linguagem cient´ıfica que se encontra presente no desenvolvimento de competˆencias e habilidades para proporcionar uma maior facilidade na aprendizagem da mesma. O Teorema Fundamental do C´alculo, o qual abordamos neste trabalho, ´e um dos principais resultados da Matem´atica, pois tem uma vasta gama de aplica¸c˜oes tanto na Matem´atica quanto em outras ´areas. A escolha deste tema deve-se ao fato de que talvez este Teorema tenha sido contemplado por muitos que, ainda, n˜ao sabem de sua real importˆancia e que costumam acreditar que este ´e apenas mais um assunto que n˜ao far´a a m´ınima diferen¸ca em sua vida acadˆemica, al´em daquele momento em que est´a sendo repassado pelo docente.

Este trabalho tem por objetivo, mostrar que ´e poss´ıvel utilizar o Teorema Funda-mental do C´alculo para resolver problemas de diferentes ´areas do conhecimento fazendo uso dessa ferramenta, al´em de amenizar as dificuldades encontradas em resolu¸c˜oes de quest˜oes que utilizam v´arios conceitos e f´ormulas.

O Teorema foi inicialmente “criado” para desenvolver o c´alculo de ´areas de figuras planas e problemas com tra¸cado de tangentes. Considera-se importante que os pro-fessores busquem a cada dia atualizar-se do que acontece na ciˆencia para despertar a curiosidade de seus alunos no decorrer de suas aulas, fazendo com que eles se sintam motivados a pesquisar e descobrir novos contextos que ainda n˜ao fazem parte de seu conhecimento acadˆemico. Segundo Freire (1996, p. 94)

Se h´a uma pr´atica exemplar como nega¸c˜ao da experiˆencia formadora ´e a que dificulta ou inibe a curiosidade do educando e, em consequˆencia, a do educador. ´E que o educador que, entregue a procedimentos autorit´arios ou paternalistas que impedem ou dificultam o exerc´ıcio da curiosidade do educando, termina por igualmente tolher sua pr´opria curiosidade.[...] Como professor devo saber que sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, n˜ao aprendo nem ensino.

(13)

pre-12

parar sua aula e, al´em disso, incentivar que os discentes pesquisem e se informem sobre o conte´udo estudado. No estudo sobre o Teorema Fundamental do C´alculo, podemos nos deparar com pesquisas realizadas por Picone (2007) e Vianna (1998) que abordam o fato desse conte´udo n˜ao ser aplicado em sala de aula da forma como deveria, o que inibe aos alunos a capacidade de conhecer esse Teorema. Assim, ser´a poss´ıvel perceber que os alunos sentem dificuldade em entender o Teorema Fundamental do C´alculo como sendo um dos assuntos mais relevantes de um Curso de C´alculo Diferencial e Integral. O referido trabalho foi organizado em trˆes cap´ıtulos onde ser´a exposto o contexto hist´orico do Teorema Fundamental do C´alculo, as suas respectivas demonstra¸c˜oes e algumas aplica¸c˜oes em determinadas ´areas. O primeiro cap´ıtulo ´e composto por trˆes se¸c˜oes, as quais se referem aos matem´aticos que foram importantes na “cria¸c˜ao” do C´alculo Diferencial e Integral, assim como aqueles que elaboraram ideias e teses para desenvolver o Teorema em quest˜ao. Ser´a apresentado ainda um pouco do trabalho desses matem´aticos, que contribu´ıram para essa “cria¸c˜ao”, al´em de ser mencionada a rela¸c˜ao que existe entre a integra¸c˜ao e a diferencia¸c˜ao. O segundo cap´ıtulo, dividido em duas se¸c˜oes, cont´em as demonstra¸c˜oes, defini¸c˜oes e propriedades que se fazem necess´arias para mostrar os principais resultados do Teorema Fundamental do C´alculo (Partes I e II). O terceiro cap´ıtulo ´e formado pelas aplica¸c˜oes do Teorema que foi apresentado no cap´ıtulo anterior. As aplica¸c˜oes s˜ao realizadas em diversas ´areas do conhecimento, tais como: F´ısica, Entomologia, Engenharia do Tr´afego, Escoamento de Fluidos e Economia. Por ´ultimo, apresentamos as considera¸c˜oes finais e as referˆencias que subsidiaram este trabalho.

(14)

Cap´ıtulo 1

Aspectos Hist´

oricos do Desenvolvimento

do Teorema Fundamental do C´

alculo

O C´alculo Diferencial e Integral ´e de extrema importˆancia nos cursos de Ciˆencias Exatas, e de acordo com as dificuldades enfrentadas para resolver determinados pro-blemas foi criado o Teorema Fundamental do C´alculo que, em algumas partes do texto, ser´a denotado por (TFC).

Segundo Stewart (2009, p. 364), “o Teorema Fundamental do C´alculo ´e inquestiona-velmente o mais importante do C´alculo e um dos maiores feitos da mente humana”. Antes de sua descoberta, os problemas que envolviam ´areas, volumes e tangentes eram t˜ao dif´ıceis a ponto de serem tratados como desafios, nos quais apenas um gˆenio conse-guiria enfrent´a-los. E de acordo com Simmons (2007, p. 70), a grande realiza¸c˜ao de Isaac Newton e Gottfried W. Leibniz foi reconhecer e entender o significado desse Teorema que expressa o fato de que o problema da tangente pode ser utilizado para resolver o problema da ´area.

Embora saibamos que o c´alculo ´e consequˆencia de uma longa evolu¸c˜ao, um dos pri-meiros trabalhos data do s´eculo IV a.C1 , ´e comum encontrar em livros da Hist´oria da

Matem´atica, Newton e Leibniz como sendo os “pais” do C´alculo Diferencial e Integral, pois com seus trabalhos independentes, conseguiram definir um papel decisivo nesse de-senvolvimento. Antes disso, outros matem´aticos, principalmente do s´eculo XVII, como Torricelli, Gregory e Fermat deram passos importantes para a descoberta das bases do C´alculo Diferencial e Integral, mas n˜ao perceberam a conex˜ao entre esses dois conceitos como Newton e Leibniz o fizeram.

1 O grego Eudoxo desenvolveu o m´etodo da exaust˜ao, que articula os conceitos de infinit´esimos (uma

(15)

1.1 Contribui¸c˜ao de alguns matem´aticos do s´eculo XVII 14

1.1 Contribui¸

ao de alguns matem´

aticos do s´

eculo

XVII

De acordo com Picone (2007), Pierre de Fermat, francˆes (1601-1665), foi o primeiro a encontrar o conceito moderno da reta tangente a uma curva dada e a criar um m´etodo para determinar a integral de curvas do tipo y = cxn. Fermat conhecia as regras

con-temporˆaneas de diferencia¸c˜ao e integra¸c˜ao para fun¸c˜oes potˆencias. Meneghetti (2010) aponta que o envolvimento de Fermat com trabalhos relacionados ao estudo de n´umeros infinitesimais2, levou-o a desenvolver um m´etodo para encontrar m´aximos e m´ınimos, que serviu para o in´ıcio de suas contribui¸c˜oes no desenvolvimento do C´alculo Diferencial e Integral. Segundo Santos (2011), Fermat decidiu utilizar esse m´etodo para encontrar os m´aximos e m´ınimos existentes em curvas poligonais e o processo de valores vizinhos para determinar a tangente de uma curva alg´ebrica do tipo y = f (x). Para isso, tomou como base o ponto de tangˆencia `a curva de coordenadas a e b, ou seja, P (a, b) e outro ponto pr´oximo da curva com coordenadas a + h e f (a + h), isto ´e, P0(a + h, f (a + h)), onde h ´e a extens˜ao de Q a Q0. Tomando um ponto T qualquer e dois pontos Q(a, 0) e Q0(a + h, 0), ´e poss´ıvel perceber que T P Q e T P0Q0 s˜ao semelhantes (ver figura 1.1).

Figura 1.1 Determina¸c˜ao da tangente `a uma curva dada, segundo Fermat

Fonte: Santos (2011, p. 74)

Obtemos a seguinte propor¸c˜ao:

P Q T Q =

P0Q0 T Q0 .

Considere que T Q = c, T Q0 = c + h, P Q = f (a) e P0Q0 = f (a + h). Ent˜ao, a propor¸c˜ao

2 Um n´umero  ´e dito ser infinitamente pequeno, ou infinitesimal, se −a <  < a, para todo n´umero

(16)

1.1 Contribui¸c˜ao de alguns matem´aticos do s´eculo XVII 15

pode ser escrita da seguinte forma

f (a) c = f (a + h) c + h . f (a).(c + h) = c.f (a + h) f (a).c + f (a).h = c.f (a + h).

Isolando os valores que acompanham c, obtemos:

c.f (a + h) − f (a).c = f (a).h c = f (a).h f (a + h) − f (a) = f (a) f (a+h)−f (a) h .

Como Fermat n˜ao possu´ıa conhecimentos sobre o conceito de limite, atribuiu a h, valores pr´oximos de 0. Assim:

c = f (a+h)−f (a)f (a)

h

= f (a) f0(a).

Atualmente, a nota¸c˜ao anterior ´e equivalente a escrever:

lim h→0 f (a + h) − f (a) h = f 0 (a).

Portanto, esse processo era utilizado para encontrar a reta tangente a uma determi-nada curva em um de seus pontos. Por´em, quando se tratava de fun¸c˜oes deriv´aveis, com derivada igual a zero, n˜ao havia a possibilidade de afirmar se o ponto era de m´aximo ou de m´ınimo.

Palaro (2006) afirma que, o italiano Evangelista Torricelli (1608-1647), percebeu a rela¸c˜ao inversa existente entre o problema do c´alculo de ´areas e o tra¸cado das tangentes, de forma intuitiva. Anacleto (2007) descreve a ideia de Torricelli, em uma linguagem contemporˆanea, mas faremos um breve coment´ario para n˜ao fugir o escopo do trabalho. Torricelli levou em considera¸c˜ao o trabalho de Galileu que era voltado para o movimento de um ponto sob uma reta com varia¸c˜ao de velocidade, cuja representa¸c˜ao era feita por meio de um gr´afico relacionando velocidade e tempo. Segundo Edwards Jr. (1979, p. 138-139), o racioc´ınio de Torricelli pode ser expresso atrav´es da figura 1.2

i) Supondo um objeto em movimento, descrevendo uma curva (ver figura 1.2), a distˆancia total percorrida pelo objeto ´e dada pela ´area da regi˜ao abaixo da curva. Se o ponto inicia o seu movimento com um tempo igual a 0 (t = 0) e a velocidade em um determinado tempo t varia de acordo com a fun¸c˜ao v(t) = tn, ent˜ao, a

(17)

1.1 Contribui¸c˜ao de alguns matem´aticos do s´eculo XVII 16

Figura 1.2 Curva velociade-tempo

Fonte: Edwards Jr. (1979, p. 138)

distˆancia percorrida ´e dada por

y = Z t 0 tndt = t n+1 n + 1.

ii) Ao encontrar a distˆancia percorrida y pelo ponto, o movimento do mesmo pode ser representado por um gr´afico espa¸co-tempo (ver figura 1.3)

Figura 1.3 Gr´afico espa¸co percorrido e tempo

Fonte: Edwards Jr. (1979, p. 139)

Basta considerar que o vetor velocidade do ponto ´e a resultante de dois vetores: um horizontal e um vertical, de comprimentos 1 e v, respectivamente. E da´ı, a inclina¸c˜ao da reta tangente `a curva ´e dada por v = tn, isto ´e,

dy dt = t

n

onde dydt ´e a derivada da fun¸c˜ao y em rela¸c˜ao ao tempo t.

De i) e ii) ´e poss´ıvel concluir que a ´area da regi˜ao abaixo da curva v(t) = tn que vai de 0 a t ´e y = tn+1n+1 e a inclina¸c˜ao da reta tangente `a curva ´e dydt = tn.

(18)

1.2 Contribui¸c˜ao de Newton 17

O escocˆes James Gregory (1638−1675) conhecia virtualmente todas as formas neces-s´arias para a constru¸c˜ao do C´alculo Diferencial e Integral e tinha uma clara compreen-s˜ao sobre a rela¸c˜ao entre os problemas citados anteriormente. Nos anos de 1667 e 1668, Gregory publicou obras relacionadas ao C´alculo Infinitesimal, onde eram apresentados resultados que poderiam ser ´uteis na determina¸c˜ao de ´areas e tangentes. De acordo com Boyer (1974, p. 282), Gregory poderia ter sido um dos primeiros a fundamentar o C´alculo Diferencial e Integral, caso tivesse exposto sua obra de forma anal´ıtica. As suas ideias foram essenciais na formula¸c˜ao e sistematiza¸c˜ao dos trabalhos desenvolvidos por Isaac Newton e Gottfried W. Leibniz na constru¸c˜ao do C´alculo.

1.2 Contribui¸

ao de Newton

De acordo com Batista (2010), os problemas fundamentais nessa constru¸c˜ao hist´orica dizem respeito ao c´alculo de ´areas, tamb´em conhecido como problema de quadraturas3 e ao tra¸cado de tangentes em uma determinada curva. Nas nota¸c˜oes atuais, dir´ıamos que esses dois problemas correspondem ao que chamamos, respectivamente, de integral e derivada. E foi ap´os descobrir a s´erie binomial, seguindo os passos de Wallis, que o inglˆes Isaac Newton (1642-1729) percebeu que esses dois problemas s˜ao inversos um do outro. Segundo Sad (2002), o inglˆes John Wallis (1616-1703) foi o respons´avel pela expans˜ao em s´erie como sendo uma ferramenta necess´aria para determinar o c´alculo de quadraturas, al´em de ter uma base sobre o tra¸cado das tangentes, foi tamb´em o primeiro a utilizar o atual s´ımbolo do infinito (∞) para representar infinitas linhas sob uma superf´ıcie plana.

Consegue-se essa s´erie escrevendo (1 + x)m como forma de s´erie de potˆencia,

(1 + x)m = 1 +mx + m(m − 1) 2! x 2+m(m − 1)(m − 2) 3! x 3+ ... + m(m − 1)...(m − k + 1) k! x k

A partir dessa s´erie, Newton calculou com facilidade, um dos principais problemas da sua ´epoca, ´areas de curvas diversas.

O Teorema Fundamental do C´alculo tornou-se importante devido ao fato de que ´e bem mais dif´ıcil calcular a ´area sob uma curva do que tra¸car a tangente dessa mesma curva. Newton deu in´ıcio aos seus trabalhos relacionando duas vari´aveis atrav´es do

3 Problema de obter a ´area de forma plana e fechada: expressar a ´area em termos de unidade de ´area.

De acordo com os gregos, toda forma plana e fechada poderia ser transformada em um quadrado equivalente, cuja ´area deveria ser encontrada por meio de opera¸c˜oes b´asicas.

(19)

1.3 Contribui¸c˜ao de Leibniz 18

que chamamos, hoje, de fun¸c˜ao quadr´atica e escreveu y = x2, determinando, assim, o “m´etodo das flux˜oes”. Nesse m´etodo, a vari´avel x muda para a quantidade ˙x durante um intervalo de tempo, onde ˙x ´e chamado de flux˜ao de x; de modo an´alogo, a vari´avel y muda para a quantidade ˙y no mesmo intervalo de tempo e ˙y ´e chamado de flux˜ao de y. Como x e y est˜ao variando a uma taxa constante foram chamados de fluentes. Portanto, esse processo de encontrar a flux˜ao de um determinado fluente ficou conhecido como problema da tangente. Hoje, esse processo ´e chamado de diferencia¸c˜ao e a flux˜ao de uma fun¸c˜ao ´e chamada de derivada. Assim como, o processo de encontrar a fluente de uma determinada flux˜ao ´e chamado, atualmente, de integra¸c˜ao indefinida. Newton facilitou o procedimento para encontrar a taxa de varia¸c˜ao de qualquer fun¸c˜ao e a maioria das regras evidenciadas nos cursos de Ciˆencias Exatas foram descobertas por ele.

1.3 Contribui¸

ao de Leibniz

Gottfried W. Leibniz (1646-1716), um cientista alem˜ao, dispˆos de in´umeras contri-bui¸c˜oes para a Matem´atica, come¸cando com o C´alculo e com seus trabalhos de An´alise Combinat´oria, at´e tentar desenvolver um sistema de l´ogica formal no qual todas as de-du¸c˜oes poderiam ser feitas atrav´es de algoritmos computacionais. Leibniz determinou pequenos acr´escimos para as vari´aveis x e y, chamando-os, respectivamente, por dx e dy. A propor¸c˜ao dy/dx ´e chamada de derivada de y em rela¸c˜ao `a x e ´e equivalente `

a flux˜ao de Newton, cuja nota¸c˜ao foi usada por mais de um s´eculo e em seguida foi substitu´ıda pela propor¸c˜ao apresentada anteriormente. Para determinar a derivada de uma fun¸c˜ao composta, Leibniz fez uso da regra da cadeia; por exemplo, se y = g(x) e x = h(a), temos que y = i(a), onde i(a) = g(h(a)) e, portanto, a derivada seria expressa por: dy da = dy dx. dx da .

Santos (2011) declara que o triˆangulo caracter´ıstico foi uma das inspira¸c˜oes utilizadas por Leibniz para fundamentar as suas ideias sobre as bases de “cria¸c˜ao” do C´alculo Diferencial e Integral. Ao observar o triˆangulo caracter´ıstico, Leibniz percebeu que a raz˜ao existente entre a diferen¸ca das ordenadas e a diferen¸ca das abcissas, estava diretamente relacionada com o tra¸cado da tangente sob uma determinada curva e que, em contrapartida, o problema das ´areas podia ser observado atrav´es da soma das ordenadas dos retˆangulos infinitamente finos sob o triˆangulo.

(20)

1.3 Contribui¸c˜ao de Leibniz 19

Figura 1.4 Triˆangulo Caracter´ıstico

Fonte: Santos (2011, p. 74)

Podemos observar (via figura 1.4) que o triˆangulo caracter´ıstico P QR e o triˆangulo T V U s˜ao semelhantes. Ent˜ao, obtemos a propor¸c˜ao:

QR P R =

U V T U

Considere P R = dx, QR = dy, T U = y e U V = p. Da´ı,

dy dx =

p y p.dx = y.dy

Assim como Newton, Leibniz considerava a integra¸c˜ao como sendo um processo so-mat´orio e inverso `a diferencia¸c˜ao. Em 1675, utilizou o s´ımbolo R

para a soma e os s´ımbolos dx e dy para as diferenciais. Leibniz foi o primeiro a enunciar que a integra-¸c˜ao e a diferencia¸c˜ao eram processos inversos um do outro.

Em alguns cursos de C´alculo, o Teorema Fundamental do C´alculo tende a ser tra-tado sem a sua devida importˆancia, de modo que integral e derivada sejam estudadas separadamente, passando despercebida a conex˜ao que existe entre esses dois assuntos. De acordo com Picone (2007), o professor pode ser considerado culpado por n˜ao dar a aten¸c˜ao necess´aria a essa rela¸c˜ao ou ent˜ao o aluno ´e quem n˜ao consegue entender o seu significado.

As aplica¸c˜oes realizadas no decorrer das aulas de C´alculo s˜ao de extrema importˆancia para que os alunos consigam desenvolver o racioc´ınio, entender a utiliza¸c˜ao do Teorema Fundamental do C´alculo em problemas que envolvem varia¸c˜ao e perceber a necessidade de usar essa ferramenta para diminuir as somas extensas e tediosas que poderiam ser feitas sem o TFC.

(21)

Cap´ıtulo 2

Teorema Fundamental do C´

alculo

No in´ıcio deste cap´ıtulo, apresentamos alguns resultados e defini¸c˜oes, encontrados em Thomas (2009), que ser˜ao necess´arios na demonstra¸c˜ao do Teorema Fundamental do C´alculo.

2.1 Resultados e defini¸

oes

Defini¸c˜ao 2.1.1. Seja f uma fun¸c˜ao definida em X ⊂ R. f ´e cont´ınua em c ∈ X se

lim

x→cf (x) = f (c).

Se o limite acima n˜ao existir, ou se existir, mas for diferente de f (c), dizemos que f tem uma descontinuidade (ou que ´e descont´ınua) em x = c.

Defini¸c˜ao 2.1.2. Uma fun¸c˜ao F : X ⊂ R → R ´e uma primitiva de uma fun¸c˜ao f : X ⊂ R → R, se

F0(x) = f (x)

para qualquer x no dom´ınio de f .

Defini¸c˜ao 2.1.3. A derivada de uma fun¸c˜ao f : X ⊂ R → R ´e a fun¸c˜ao denotada por f0 : X ⊂ R → R, tal que seu valor em qualquer n´umero x do dom´ınio de f seja dado por

f0(x) = lim

h→0

f (x + h) − f (x)

h ,

desde que o limite exista.

Defini¸c˜ao 2.1.4. Uma equa¸c˜ao diferencial cont´em as derivadas ou diferenciais de uma ou mais vari´aveis dependentes, em rela¸c˜ao a uma ou mais vari´aveis independentes.

(22)

2.2 Teorema Fundamental do C´alculo Parte I e II 21

o teorema 2.1.2, que qualquer fun¸c˜ao limitada em [α, β] e descont´ınua em um n´umero finito de pontos de [α, β] ´e integrav´el em [α, β].

Teorema 2.1.1. Se f for cont´ınua em [α, β], ent˜ao f ser´a integr´avel em [α, β].

Teorema 2.1.2. Se f for limitada em [α, β] e descont´ınua em apenas um n´umero finito de pontos em [α, β], ent˜ao f ser´a integrav´el em [α, β]

Proposi¸c˜ao 2.1.1. (Ordem de Integra¸c˜ao) Seja f uma fun¸c˜ao integrav´el definida em [α, β], ent˜ao Z α β f (x)dx = − Z β α f (x)dx.

Proposi¸c˜ao 2.1.2. (Aditividade para integrais definidas) Sendo f uma fun¸c˜ao inte-grav´el definida em [α, β], ent˜ao

Z β α f (x)dx + Z c β f (x) = Z c α f (x)dx.

Proposi¸c˜ao 2.1.3. (Zero) Seja f uma fun¸c˜ao integrav´el definida em [α, β], ent˜ao

Z α

α

f (x)dx = 0.

2.2 Teorema Fundamental do C´

alculo

Parte I e II

De acordo com Thomas 2009, o Teorema Fundamental do C´alculo ´e enunciado por duas partes. A primeira parte diz que se f for uma fun¸c˜ao integr´avel, existe uma fun¸c˜ao F definida por uma integral que vai de um n´umero fixo at´e outro n´umero x, cujo valor em x ´e dado por

F (x) = Z x

α

f (t)dt. (2.1)

A vari´avel independente x ´e denominada como o limite superior de integra¸c˜ao de uma integral, F ´e como qualquer outra fun¸c˜ao real de uma vari´avel real e para cada valor que essa vari´avel x assume, existe um valor bem definido da fun¸c˜ao, como no caso anterior em que temos a integral de f , de α at´e x. A equa¸c˜ao 2.1 pode ser utilizada para encontrar solu¸c˜oes de equa¸c˜oes diferenciais (Defini¸c˜ao 2.1.4), al´em de definir novas

(23)

2.2 Teorema Fundamental do C´alculo Parte I e II 22

fun¸c˜oes e estabelecer a rela¸c˜ao existente entre integrais e derivadas. Se f for uma fun¸c˜ao cont´ınua qualquer, ent˜ao existe F como uma fun¸c˜ao deriv´avel de x cuja derivada ´e a pr´opria f . Assim, podemos escrever

d dxF (x) = d dx Z x α f (t)dt = f (x),

(lemos “dxdF (x)” como derivada da fun¸c˜ao F em rela¸c˜ao a x).

A seguir, apresentamos o Teorema do Valor M´edio que ´e utilizado na demonstra¸c˜ao do TFC.

Teorema 2.2.1. (Teorema do Valor M´edio para Integrais Definidas): Se f : X ⊂ R → R for cont´ınua em [α, β], , ent˜ao existe c ∈ [α, β] tal que

f (c) = 1 β − α

Z β

α

f (x)dx.

A demonstra¸c˜ao do Teorema 2.2.1 pode ser encontrada em Thomas (2009, p. 357-358), pois devido ao fato de fazer uso de outros resultados, n˜ao a colocamos neste espa¸co para evitar a fuga do escopo do trabalho.

Teorema 2.2.2. (Teorema Fundamental do C´alculo – Parte I): Se f ´e uma fun¸c˜ao cont´ınua no intervalo [α, β], ent˜ao a fun¸c˜ao

F (x) = Z x

α

f (t)dt

´e deriv´avel em todo ponto x em [α, β] e

d dxF (x) = d dx Z x α f (t)dt = f (x). (2.2)

A equa¸c˜ao 2.2 pode ser considerada uma das mais importantes da Matem´atica, pois evidencia o fato de que toda fun¸c˜ao cont´ınua possui uma primitiva (Defini¸c˜ao 2.1.2) e que integrais e derivadas s˜ao processos inversos um do outro; al´em disso, a equa¸c˜ao mostra que existe uma fun¸c˜ao cont´ınua f que ´e a derivada de outra fun¸c˜ao, ou seja, Rx

α f (t)dt = F (x). Como d

dxF (x) = f (x) ´e uma equa¸c˜ao que apresenta a derivada de

uma fun¸c˜ao desconhecida ´e, portanto, chamada de Equa¸c˜ao diferencial. Demonstra¸c˜ao (Parte I):Queremos mostrar que a derivada da fun¸c˜ao

F (x) = Z x

α

(24)

2.2 Teorema Fundamental do C´alculo Parte I e II 23

´e igual a f . Para isso, vamos aplicar a Defini¸c˜ao 2.1.3 `a fun¸c˜ao F . Ent˜ao, escrevemos

d

dxF (x) = limh→0

F (x + h) − F (x)

h . (2.3)

Devemos mostrar que quando h → 0, o limite desse quociente ´e igual a f . Temos que,

F (x + h) − F (x) = Z x+h α f (t)dt − Z x α f (t)dt.

Pelas Propriedades 2.1.1 e 2.1.2, ´e poss´ıvel simplificar o lado direito da igualdade para Rx+h x f (t)dt, ou seja, Z x+h α f (t)dt − Z x α f (t)dt = Z x+h α f (t)dt + Z α x f (t)dt = Z x+h x f (t)dt.

Assim, a equa¸c˜ao 2.3 passa a ser escrita da seguinte forma

d dxF (x) = h→0lim F (x + h) − F (x) h (2.4) = 1 h[F (x + h) − F (x)] (2.5) = 1 h Z x+h x f (t)dt. (2.6)

Como x + h − x = h, pelo Teorema do Valor M´edio o valor da da integral ´e um dos valores tomados por f no intervalo que une x + h a x, para algum c pertencente a esse intervalo, da´ı, escrevemos

1 h

Z x+h

x

f (t)dt = f (c). (2.7)

Agora, podemos constatar o que acontece para 1h multiplicado pela integral, a partir do que ocorre a f (c) quando h → 0. Como c pertence ao intervalo [x, x+h], quando h → 0, x + h aproxima-se de x e, consequentemente, c tamb´em se aproxima de x. Como f ´e uma fun¸c˜ao cont´ınua em x, temos que f (c) tende a f (x), quando h −→ 0 isto ´e,

lim

(25)

2.2 Teorema Fundamental do C´alculo Parte I e II 24

Usando a Defini¸c˜ao 2.1.3 e as equa¸c˜oes 2.6, 2.7 e 2.8, temos que:

d dxF (x) = h→0lim F (x + h) − F (x) h = lim h→0 1 h Z x+h x f (t)dt = lim h→0f (c) = f (x)

como quer´ıamos demonstrar.

A seguir, enunciamos a segunda parte do Teorema Fundamental do C´alculo que diz respeito ao c´alculo de integrais tendo conhecimento de pelo menos uma de suas primitivas.

Teorema 2.2.3. (Teorema Fundamental do C´alculo – Parte II): Se f ´e con-t´ınua em todo ponto de [α, β] e se F ´e qualquer primitiva de f em [α, β], ent˜ao

Z β

α

f (x)dx = F (β) − F (α).

A partir desta equa¸c˜ao, o C´alculo Diferencial e Integral passou a ser considerado de extrema importˆancia e porque n˜ao dizer, um verdadeiro fenˆomeno, pelo simples fato de n˜ao existir mais a necessidade de fazer c´alculos atrav´es de somas extensas e tediosas e nem de haver conhecimentos sobre limites, pois a equa¸c˜ao envolve apenas a necessidade de que uma primitiva de f seja encontrada. Fala-se sobre somas extensas, pois a ´unica alternativa para desenvolver solu¸c˜oes para problemas do mundo real era encontrar aproxima¸c˜oes por meio destas e tamb´em j´a que a primeira parte do Teorema em quest˜ao envolve o conceito de limite.

Demonstra¸c˜ao (Parte II): Note que pela Parte I do Teorema Fundamental do C´alculo, temos que se f ´e uma fun¸c˜ao cont´ınua no intervalo [α, β], f possui uma primitiva, ou seja,

G(x) = Z x

α

f (t)dt

Considere, agora, F como sendo uma primitiva de f tal que F (x) = G(x) + C, para alguma constante C. Aplicando a primitiva F nos extremos do intervalo [α, β], temos

(26)

2.2 Teorema Fundamental do C´alculo Parte I e II 25

que

F (β) − F (α) = [G(β) + C] − [G(α) + C] = G(β) + C − G(α) − C = G(β) − G(α).

Aplicando o Teorema, utilizada como base no in´ıcio da demonstra¸c˜ao, temos

F (β) − F (α) = Z β α f (t)dt − Z α α f (t)dt

Observe que, pela Propriedade 2.1.3, temos

Z α α f (t)dt = 0. Da´ı, F (β) − F (α) = Z β α f (t)dt − 0 = Z β α f (t)dt. Portanto, F (β) − F (α) = Z β α f (t)dt,

(27)

Cap´ıtulo 3

Aplica¸

oes utilizando o Teorema

Fundamental do C´

alculo

A seguir, apresentamos algumas aplica¸c˜oes do Teorema Fundamental do C´alculo em determinadas ciˆencias e podemos ver que o objetivo desse Teorema ´e facilitar o desenvolvimento de solu¸c˜oes que s˜ao apresentadas de uma forma mais complicada sem esta ferramenta. Al´em disso, existe a oportunidade de perceber que o C´alculo pode ser utilizado em v´arias ´areas do conhecimento e n˜ao apenas na Matem´atica.

3.1 Aplica¸

ao na Entomologia

A Entomologia ´e a ciˆencia que estuda os insetos. O entom´ologo, profissional que se dedica ao estudo de insetos, ´e respons´avel pelo estudo das caracter´ısticas f´ısicas, comportamentais e reprodutivas dos insetos.

Problema 3.1.1. Uma popula¸c˜ao de insetos cresce a uma taxa de 200 + 10t + 0, 25t2 insetos por dia. Encontre a popula¸c˜ao de insetos depois de 3 dias, supondo que existam 35 insetos em t = 0 (ROGAWSKI, 2009).

Solu¸c˜ao 3.1.1. Observe que a popula¸c˜ao de insetos varia de acordo com o tempo. Seja p(t) = 200 + 10t + 0, 25t2 a popula¸ao de insetos em um determinado instante t, ou

seja, vaira¸c˜ao da popula¸c˜ao p(t) em rela¸c˜ao ao tempo t. Como queremos descobrir a quantidade de insetos depois de 3 dias, o intervalo varia de 0 a 3. Considere P como sendo uma primitiva de p no intervalo [0, 3]. Note que

Z p(t)dt = Z 200 + 10t + 0, 25t2 dt = 200t + 5t2+ t 3 12+ C.

(28)

3.2 Aplica¸c˜ao na F´ısica 27

Fundamental do C´alculo, temos

P (3) − P (0) = 200.3 + 5.32+ 3 3 12+ C −  200.0 + 5.02+ 0 3 12+ C  = 647, 25.

Como j´a existiam 35 insetos quando t = 0, ent˜ao

647, 25 + 35 = 682, 25.

Portanto, depois de 3 dias, a popula¸c˜ao de insetos ´e de, aproximadamente, 682 insetos.

3.2 Aplica¸

ao na F´ısica

A F´ısica ´e a ciˆencia que busca o conhecimento do universo, estudando as diferentes formas de intera¸c˜oes entre m´ateria e energia, suas propriedades e as leis que regem tais intera¸c˜oes.

Dentre todos os ramos da F´ısica, escolhemos a Mˆecanica, parte da F´ısica que es-tuda os movimentos dos corpos, para mostrar aplica¸c˜oes do Teorema Fundamental do C´alculo nesta ´area.

Problema 3.2.1. Um proj´etil ´e lan¸cado com velocidade inicial (vertical) de 100m/s. Use a f´ormula v(t) = 100 − 9, 8t da velocidade para determinar a distˆancia percorrida durante os primeiros 15s (ROGAWSKI, 2009).

Solu¸c˜ao 3.2.1. Na F´ısica, a fun¸c˜ao hor´aria da velocidade em fun¸c˜ao do tempo ´e dada por v = v0+ at, em que a ´e a acelera¸c˜ao escalar. Mas quando se trata de queda livre

ou lan¸camento vertical, a acelera¸c˜ao escalar ´e substitu´ıda pela acelera¸c˜ao da gravidade e por estar em sentido contr´ario ao da velocidade, fica com o sinal negativo. Ou seja, v(t) = v0 − gt. Nesse caso, como a velocidade inicial ´e 100m/s e a acelera¸c˜ao da

gravidade na Terra ´e de, aproximadamente, 9, 8m/s2, temos a f´ormula v(t) = 100 −

9, 8t. Temos ainda que a distˆancia total percorrida pode ser calculada pelaR |v(t)| dt. Da´ı Z |v(t)| dt = Z (100 − 9, 8t)dt = 100t − 4, 9t2+ C.

(29)

3.2 Aplica¸c˜ao na F´ısica 28

o TFC, obtemos

S(15) − S(10) = 100.15 − 4, 9.152+ C − (100.0 − 4, 9.02+ C) = 1500 − 1102, 5

= 397, 5.

Portanto, a distˆancia percorrida durante os primeiros 15s foi de 397, 5 metros.

Problema 3.2.2. A densidade linear de uma barra de comprimento 4m ´e dada por ρ(x) = 9 + 2√x medida em quilogramas por metro, em que x ´e medido em metros a partir de uma extremidade da barra. Ache a massa total da barra (ROGAWSKI, 2009).

Solu¸c˜ao 3.2.2. De acordo com a F´ısica, a densidade linear de um determinado objeto ´e a rela¸c˜ao existente entre a massa e o comprimento desse objeto, ou seja,

ρ = m L.

Neste problema, a densidade linear ´e expressa por ρ(x) = 9 + 2√x. Como a barra tem comprimento de 4m e queremos calcular a sua massa total, vamos considerar o intervalo de 0 a 4 m. Note que

Z ρ(x)dx = Z 9 + 2√x dx = Z  9 + 2x12  dx = 9x +4 3 √ x3+ C.

Seja P (x) = 9x + 43√x3 + C, uma primitiva de ρ(x) no intervalo [0, 4]. Da´ı, pelo

Teorema Fundamental do C´alculo

P (4) − P (0) = 9.4 +4 3. √ 43+ C − (9.0 + 4 3. √ 03+ C) = 36 + 32 3 = 140 3 .

Portanto, a massa total da barra ´e 140

(30)

3.3 Aplica¸c˜ao na Engenharia do Tr´afego 29

3.3 Aplica¸

ao na Engenharia do Tr´

afego

Segundo o ITE-Institute fo Traffic Engineering ´e a ´area da Engenharia que lida com Planejamento e Desenho Geom´etrico da ruas, estradas de rodagem, com as opera¸c˜oes de tr´afego, terminais, terrenos adjacentes, embora tamb´em trate da Integra¸c˜ao com outros modos de transporte, visando oferecer a movimenta¸c˜ao segura, eficiente e conveniente das pessoas e das mercadorias.

Problema 3.3.1. O fluxo de tr´afego num certo ponto de uma rodovia ´e q(t) = 3000 + 2000t − 300t2, onde t ´e o tempo em horas e t = 0 corresponde a 8 horas da manh˜a. Quantos carros passam pelo ponto durante o intervalo de tempo das 8 `as 10 da manh˜a? (STEWART, 2012).

Solu¸c˜ao 3.3.1. Perceba que o fluxo de tr´afego ´e uma taxa de varia¸c˜ao da quantidade de carros em rela¸c˜ao ao intervalo de tempo, em um certo ponto da rodovia. E ainda que de 8 `as 10 da manh˜a, temos um intervalo de tempo de 2 horas e temos que 8 horas da manh˜a ´e equivalente a t=0. Note que

Z

q(t)dt = Z

3000 + 2000t − 300t2 dt = 3.000t + 1.000t2− 100t3+ C.

Seja Q(t) = 3.000t + 1.000t2− 100t3 + C a primitiva de q(t) no intervalo [0, 2], onde

q(t) ´e o fluxo de tr´afego em um determinado instante t. Pelo Teorema Fundamental do C´alculo,

Q(2) − Q(0) = 3000.2 + 1000.22− 100.23+ C − (3000.0 + 1000.02− 100.03+ C)

= 6000 + 4000 − 800 = 9200.

(31)

3.4 Aplica¸c˜ao na Economia 30

3.4 Aplica¸

ao na Economia

Economia ´e a ciˆencia social que estuda os processos de produ¸c˜ao, distribui¸c˜ao, acumu-la¸c˜ao e consumo de bens materiais. Ou seja, estuda o controle para evitar desperd´ıcios em quaisquer atividade ou servi¸co.

Problema 3.4.1. O custo marginal de fabrica¸c˜ao de x metros de um certo tecido ´e C0(x) = 3 − 0, 01x + 0, 000006x2 (em d´olares por metro). Ache o aumento do custo se o n´ıvel de produ¸c˜ao for elevado de 2000 para 4000 metros (STEWART, 2012).

Solu¸c˜ao 3.4.1. De acordo com a Economia, o custo marginal de um bem ´e o acr´escimo do custo total para produzir uma unidade adicional do bem. Nesse caso, temos que x ´e a unidade produzida de um tecido, em metros e C0 ´e a derivada de C em rela¸c˜ao a x, que representa o custo marginal de fabrica¸c˜ao desta unidade. Pela primeira parte do Teorema Fundamental do C´alculo, temos que

d dxC(x) = d dx Z x a c(t)dt = c(x).

Ou seja, C0(x) = c(x) = 3 − 0, 01x + 0, 000006x2. Note que

Z

c(x)dx = Z

3 − 0, 01x + 0, 000006x2 dx = 3x − 0, 005x2+ 0, 000002x3+ K.

Considere C(x) = 3x − 0, 005x2 + 0, 000002x3 + K como uma primitiva de c(x) no

intervalo [2000, 4000], ent˜ao, pela segunda parte do Teorema Fundamental do C´alculo

C(4000) − C(2000) = 3x − 0, 005x2+ 0, 000002x3+ K40002000.

Substituindo os limites de integra¸c˜ao no resultado da integra¸c˜ao, temos

• limite superior: C(4000) = 3.4000 − 0, 005.40002+ 0.000002.40003.

• limite inferior: C(2000) = 3.2000 − 0, 005.20002+ 0.000002.20003.

O limite superior menos limite inferior ´e igual a 58000. Logo, o custo marginal de fabrica¸c˜ao quando h´a um acr´escimo no n´ıvel de produ¸c˜ao de 2000 para 4000 ´e de $58000 (lˆe-se “cinquenta e oito mil d´olares”).

(32)

3.5 Aplica¸c˜ao no Escoamento de Flu´ıdos 31

3.5 Aplica¸

ao no Escoamento de Flu´ıdos

Escoamento ´e uma altera¸c˜ao na forma do flu´ıdo sujeito a a¸c˜ao de uma tens˜ao de cisalhamento. O escoamento de flu´ıdos torna-se altamente complexo, pois est´a ligado a um enorme n´umero de vari´aveis necess´arias para sua descri¸c˜ao matem´atica.

Problema 3.5.1. A ´agua escoa pelo fundo de um tanque de armazenamento a uma taxa de r(t) = 200 − 4t litros por minuto, onde 0 ≤ t ≤ 10. Encontre a quantidade de ´

agua que escoa do tanque durante os primeiros dez minutos (STEWART, 2012).

Solu¸c˜ao 3.5.1. De acordo com a fun¸c˜ao citada pelo problema, temos que o escoamento da ´agua varia de acordo com o tempo t, em minutos. Observe que pela fun¸c˜ao a quanti-dade inicial de ´agua que escoa pelo fundo do tanque ´e de 200 litros e que a cada minuto o tanque perde uma quantidade de ´agua equivalente a 4 litros. Como queremos calcular a quantidade de ´agua durante os primeiros dez minutos, vamos considerar o intervalo de 0 a 10 minutos. Da´ı Z r(t)dt = Z (200 − 4t) dt = 200t − 2t2+ C.

Seja R(t) = 200t − 2t2 + C, uma primitiva da fun¸c˜ao r(t) em [0, 10]. Ent˜ao, pelo Teorema Fundamental do C´alculo, temos

R(10) − R(0) = 200.10 − 2.102+ C − (200.0 − 2.02+ C) = 2000 − 200

= 1800.

Portanto, a quantidade de ´agua que escoa pelo tanque nos primeiros dez minutos ´e de 1800 litros.

(33)

Considera¸

oes Finais

Ao longo deste trabalho foi poss´ıvel notar que o Teorema Fundamental do C´alculo est´a intimamente ligado a outras ciˆencias e que possui t´ecnicas necess´arias na resolu¸c˜ao de problemas tanto da Matem´atica quanto das outras ´areas. Al´em de possuir v´ınculos com a interdisciplinaridade, o Teorema Fundamental do C´alculo costuma ser utilizado no dia a dia das pessoas sem que elas percebam. As perguntas sobre o que fazer com tais assuntos podem ser constantes, mas este Teorema possui ferramentas que podem ser ´uteis na constru¸c˜ao de v´arios conhecimentos, como no c´alculo de distˆancias, tr´afego de ve´ıculos e at´e no escoamento da ´agua.

O Teorema Fundamental do C´alculo nos permite a vis˜ao de que a sua cria¸c˜ao foi necess´aria para desencadear problemas, encontrados por matem´aticos, que eram, at´e ent˜ao, considerados imposs´ıveis de serem resolvidos. Ent˜ao, temos que o objetivo geral do trabalho ´e mostrar a aplica¸c˜ao do TFC em outras ´areas do conhecimento, como as citadas anteriormente. Atrav´es dele, tem-se a oportunidade de perceber que a diferen-cia¸c˜ao e a integra¸c˜ao s˜ao problemas inversos um do outro e que outros matem´aticos, al´em de Newton e Leibniz, possu´ıam ideias fundamentais para a sua constru¸c˜ao. Mesmo sem realizar descobertas em conjunto, as ideias de Newton e Leibniz se complementa-ram no decorrer desse processo de cria¸c˜ao e s˜ao consideradas a base para um dos mais importantes feitos no estudo do C´alculo Diferencial e Integral.

Por fim, estudar Matem´atica ´e muito mais do que aprender f´ormulas e conceitos, ´e conhecer os princ´ıpios de sua cria¸c˜ao e descobrir os motivos que levaram `a sua fun-damenta¸c˜ao te´orica. Devemos lembrar que ´e importante para o professor, descobrir t´ecnicas novas e diferentes para transmitir esse conhecimento, j´a que a Matem´atica ´e considerada como uma ciˆencia dif´ıcil e complicada de se entender. O ensino dessa ciˆencia tem como objetivo a forma¸c˜ao de cidad˜aos que estejam aptos a realizar interven¸c˜oes nos conte´udos estudados relacionando-os com a sua vivˆencia social e a interessar-se pelo motivo de suas aplica¸c˜oes. Como o Teorema Fundamental do C´alculo pode ser utilizado em diferentes ´areas, ´e importante conhecer o seu contexto hist´orico e as suas aplica¸c˜oes antes de expor o conte´udo em sala de aula para estar apto a responder os questionamentos que podem ser lan¸cados pelos alunos.

(34)

Referˆ

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Referências

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