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AULA DE

DIREITO ADMINISTRATIVO I

Profª Lúcia Luz Meyer

atualizado em 03.2010

PONTO 22 – PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR-PAD

Roteiro de Aula (17 fls)

SUMÁRIO:

22.1. Independência das instâncias judicial e administrativa.

22.2. Fases e princípios regentes do PAD. 22.2.1. Fases. 22.2.2. Princípios regentes.

22.3. Alcance do contraditório e da ampla defesa no PAD.

22.4. A Lei federal n° 8.112/90. 22.5. A Lei baiana n° 6.677/94.

Procedimento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração

praticada no exercício de suas funções ou relacionada com as atribuições do seu cargo e a ele

estão sujeitos todos os servidores públicos estatutários , ainda que em estágio probatório, podendo

resultar nas seguintes penalidades:

advertência

, aplicada por escrito em faltas de menor

gravidade;

suspensão

;

demissão

;

cassação da aposentadoria ou da disponibilidade.

A

autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover sua

imediata apuração, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar.

(Fonte:

http://www.portaldoservidor.ba.gov.br/

)

22.1. INDEPENDÊNCIA DAS INSTÂNCIAS JUDICIAL E ADMINISTRATIVA:

O Processo Administrativo Disciplinar - PAD é espécie do gênero Processo Administrativo,

este objeto do Ponto anterior (Ponto 21) do Programa de Direito Administrativo I. O PAD trata da

apuração de irregularidades cometidas no serviço público.

De fato, toda e qualquer irregularidade cometida por servidores públicos deverá ser apurada

de imediato, ou através de Sindicância ou de Processo Administrativo Disciplinar – PAD

propriamente dito.

Importante o estudo da Lei Federal nº 8.112, de 11/12/1990 (Dispõe sobre o regime jurídico

dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais), no Título

V (arts. 143/182):

Título V - Do Processo Administrativo Disciplinar Capítulo I - Disposições Gerais

Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.

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§ 3° A apuração de que trata o caput, por solicitação da autoridade a que se refere, poderá ser promovida por autoridade de órgão ou entidade diverso daquele em que tenha ocorrido a irregularidade, mediante competência específica para tal finalidade, delegada em caráter permanente ou temporário pelo Presidente da República, pelos presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, no âmbito do respectivo Poder, órgão ou entidade, preservadas as competências para o julgamento que se seguir à apuração. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade. Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada, por falta de objeto.

Art. 145. Da sindicância poderá resultar: I - arquivamento do processo;

II - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias; III - instauração de processo disciplinar.

Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior.

Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de processo disciplinar.

[…].

Art. 148. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre investido.

[…].

Na Bahia, ver a Lei Estadual nº 6.677, de 26/09/1994 (Estatuto dos Servidores Públicos

Civis do Estado da Bahia, das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais) - arts. 204-251.

Segundo LEANDRO CADENAS PRADO (Servidores Públicos Federais – Lei nº

8.112/90, 3ª ed, Niterói-RJ: Editora Impetus, 2005, p. 161):

As irregularidades cometidas por servidores públicos deverão ser apuradas imediatamente pela autoridade que tiver ciência do fato ou ato. Isto se dará por dois meios, a saber: a sindicância ou o processo administrativo disciplinar, não se olvidando de sempre assegurar ao servidor o direito à ampla defesa (art. 143 do Estatuto e art. 5º, LV, da CF/88.

Sobre o assunto ler também ALEXANDRA PASSAI, no artigo de sua autoria intitulado o

“Responsabilidade

dos

servidores

públicos”,

disponível

em:

<

http://www.unisc.br/centros_nucleos/cepejur/artigo9.doc

) > (TEXTO Nº 0102):

O servidor pode ser responsabilizado penalmente sempre que praticar crime ou contravenção. (...). Quem apura a responsabilidade criminal é unicamente o Poder Judiciário. A infração a normas internas, leis, decretos ou qualquer outro provimento regulamentar e a ordens administrativas, na opinião de Toshio Mukai (1999), caracterizam o ilícito administrativo, que possui os mesmos elementos básicos do ilícito civil: ação ou omissão, desde que este tenha agido com dolo ou culpa. É a própria Administração Pública que apura tais infrações, sendo necessário instaurar procedimento adequado para esse fim. Os meios de apuração, segundo Di Pietro (1999), são os sumários, compreendendo a sindicância e o processo administrativo disciplinar. É sempre assegurado ao servidor o contraditório e a ampla defesa nos termos do artigo 5º, inciso LV da Constituição de 1988. Além disso, Di Pietro (1999) explica que a maior parte das infrações administrativas não é definida com precisão, já que a lei limita-se, quase sempre, falar em falta do cumprimento dos deveres, falta de

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exação no cumprimento do dever, insubordinação grave, procedimento irregular ou ainda incontinência pública. Raras são as infrações definidas como ocorre com o abandono de cargo ou os ilícitos que correspondem a crimes ou contravenções. Devido a estas condições, a Administração dispõe de grande discricionariedade no enquadramento dos ilícitos, diferente do que ocorre no âmbito penal, já que os tipos são bem precisos e definidos. Mas em razão da própria discricionariedade, é exigido que a Administração motive a penalidade imposta, e demonstrar adequação entre a infração e a pena aplicada. A punição por ilícito administrativo não depende de processo civil ou criminal, sendo, portanto, autônoma. A absolvição criminal só afastará o ato punitivo se ficar provada, na ação, a inexistência do fato ou que o acusado não foi seu autor.

As penalidades que podem ser impostas, de acordo com o artigo 127 da Lei 8.112/90, são as seguintes:

a) Advertência: é aplicada por escrito em faltas de menor gravidade.

b) Suspensã o: é devida quando ocorrer reincidência em faltas punidas com advertência, e nas demais infrações que não tipificam caso de demissão, não devendo exceder 90 dias.

c) Demissão: é aplicada na ocorrência de infrações graves arroladas pelo artigo 132 da Lei 8.112/90, sendo o competente para tal aplicação o Presidente da República, os Presidentes das Casas Legislativas, os Presidentes dos Tribunais Federais e o Procurador-Geral da República, conforme a esfera a que esteja sujeito o servidor. Em alguns casos, a demissão acarretará inabilitação do servidor por cinco anos para cargo público federal, assim como em outros a inabilitação pode ser definitiva. Além disso, sendo a demissão aplicada em razão de improbidade administrativa, pela aplicação irregular de dinheiros públicos, por lesão aos cofres públicos e dilação do patrimônio nacional ou poe corrupção, haverá a indisponibilidade dos bens do servidor e sujeição ao ressarcimento do erário, sem prejuízo da ação penal cabível.

d) Cassação da aposentadoria ou disponibilid ade: é aplicada pelas mesmas autoridades competentes para imposição da demissão, nos casos em que o servidor inativo haja praticado, quando ainda em atividade, falta a que corresponderia demissão, e ainda que a lei não diga, terá de acarretar, por identidade de razão, as mesmas conseqüências previstas para a demissão, na opinião de Celso Antônio Bandeira de Mello (2002).

e) Destituição: pode ser aplicada a ocupante de cargo em comissão ou função comissionada, nas mesmas hipóteses que ensejam as penalidades de suspensão ou demissão. É competente para destituir a mesma autoridade que fez a nomeação.

- O ILÍCITO:

<http://www.cgu.gov.br/cgu/guia_PAD_novo/Apostila%20de

%20Texto%20CGU.pdf>

Por ser elemento integrante do objetivo do processo administrativo disciplinar, faz-se então necessário entender o que seja ilícito. Ilícito é toda conduta humana antijurídica, seja por ação (conduta comissiva), seja por omissão (conduta omissiva), que afronta a um ou mais ramos do Direito, de forma que um único ato pode acarretar diferentes responsabilizações, conforme se detalhará em 4.14. Portanto, é um gênero de que são espécies, por exemplo, os ilícitos civil, administrativo-disciplinar, penal, administrativo-fiscal, etc. Lei nº 8.112, de 11/12/90 - Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.

O ilícito civil é toda conduta que cause dano a alguém. Diante de tal definição genérica, não é possível a enumeração exaustiva em lei de todos os atos que configurem ilícito civil. Acarreta responsabilização patrimonial de indenizar, de índole não punitiva, apurável em rito do Código de Processo Civil (CPC), tutelando-se direitos privados, uma vez que o litígio entre o agressor e o agredido não move toda a sociedade. O ilícito penal, enfocando apenas o aspecto material (sem se levar em conta as condicionantes da ação ou omissão e do agente, que serão detalhadas em 4.6.1), é toda conduta exaustivamente descrita em lei, contrária à ordem jurídica e ao interesse público.

Acarreta responsabilização pessoal do agente, de índole punitiva, com penas do CP e de leis especiais, apurável no rito do Código de Processo Penal (CPP), com promoção do Ministério Público Federal, instaurando uma relação de direito público, pois a afronta do agressor atinge um bem tutelado e caro a toda a sociedade.

O ilícito administrativo-disciplinar é toda conduta do agente público que, no âmbito de suas atribuições ou a pretexto de exercê-las, contraria dispositivo estatutário. Dependendo da relevância do bem jurídico atingido, pode ser:

• Ilícito administrativo puro, que afeta somente a administração internamente. Acarreta responsabilização funcional, de índole punitiva, apurável via processo administrativo disciplinar da Lei nº 8.112, de 11/12/90, com penas do Estatuto.

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• Ilícito administrativo-civil, que é toda conduta contrária a dispositivo estatutário e causadora de prejuízo ao erário ou a terceiro. Acarreta responsabilizações funcional (com penas do Estatuto) e patrimonial (de indenizar), podendo ser ambas apuráveis na via administrativa, com possibilidade de repercussão processual civil.

• Ilícito administrativo-penal, que afeta não só a administração, mas a sociedade como um todo. Acarreta responsabilizações funcional (com penas do Estatuto) e penal (com 31 penas do CP e de leis especiais), apuráveis de forma independente, respectivamente via processo administrativo disciplinar e processo penal.

• Ilícito administrativo-penal-civil, que além de afetar a administração e a sociedade como um todo, ainda causa prejuízo ao erário ou a terceiro. Acarreta responsabilizações funcional (com penas do Estatuto), penal (com penas do CP e de leis especiais) e patrimonial (de indenizar), apuráveis de forma independente, respectivamente via processo administrativo disciplinar, processo penal e possivelmente processo civil.

Como exemplo de ilícitos de natureza penal passíveis de serem cometidos por servidores públicos, citam-se os crimes contra administração pública dos arts. 312 a 326 do CP; os crimes contra a ordem tributária do art. 3º da Lei nº 8.137, de 27/12/90; e os crimes de abuso de autoridade dos arts. 3º e 4º da Lei nº 4.898, de 09/12/65, todos apuráveis judicialmente, por meio de ação penal pública, promovida pelo Ministério Público Federal, nos moldes previstos no CPP, não sendo matéria de apuração administrativa disciplinar.

O pólo passivo desta relação jurídica penal engloba não só quem exerce cargo, emprego ou função pública, mesmo que transitoriamente ou sem remuneração, mas ainda inclui quem tem exercício em entidade paraestatal e quem trabalha para empresa prestadora de serviço, que executa atividade típica da administração.

CP - Funcionário público

Art. 327. Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

§ 1º Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividades típicas da administração pública;

Já os ilícitos administrativos passíveis de serem cometidos por servidores englobam inobservância de deveres funcionais do art. 116; afrontas às proibições do art. 117; e cometimento de condutas do art. 132, todos da Lei nº 8.112, de 11/12/90, apuráveis conforme o rito previsto naquele Estatuto. E têm pólo passivo menos abrangente que o penal, qual seja, alcança apenas a pessoa legalmente investida em cargo público.

Lei nº 8.112, de 11/12/90 –

Art. 1º Esta Lei institui o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais.

Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.

Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.

Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.

Parecer-AGU nº GQ-35, vinculante: “4. A Lei nº 8.112, de 1990, comina a aplicação de penalidade a quem incorre em ilícito administrativo, na condição de servidor público, assim entendido a pessoa legalmente investida em cargo público, de provimento efetivo ou em comissão, nos termos dos arts. 2º e 3º. Essa responsabilidade de que provém a apenação do servidor não alcança os titulares de cargos de natureza especial, providos em caráter precário e transitório, eis que falta a previsão legal da punição. Os titulares dos cargos de Ministro de Estado (cargo de natureza especial) se excluem da viabilidade legal de responsabilização administrativa, pois não os submete a positividade do regime jurídico dos servidores públicos federais aos deveres funcionais, cuja inobservância acarreta a penalidade administrativa.

[...]

Aquela primeira definição, extraída do art. 327 do CP, remete ao que genericamente se chama de “agente público”: todo aquele que presta qualquer tipo de serviço ao Estado (funções públicas, em sentido amplo). Todos os agentes incluídos nesta definição ampla são passíveis de cometer crimes associados ao exercício da função pública e sujeitam-se à responsabilização penal. Embora não seja uma lei de índole penal, vale acrescentar que o pólo passivo a que se aplica a Lei de Improbidade (Lei nº 8.429, de 02/06/92) é ainda um pouco mais abrangente que o do art. 327 do CP, estendendo o conceito de agente público.

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Lei nº 8.429, de 02/06/92 –

Art. 2º Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.”

[...]

Dito isto, importa enumerar as inúmeras espécies de agentes públicos cabíveis nessa definição ampla. Pela sua diversidade, esses agentes mantêm diferentes graus de vinculação com a administração pública, graus esses que definem se, além de figurarem nos abrangentes pólos passivos do CP e da Lei nº 8.429, de 02/06/92, também se sujeitam à responsabilização administrativa via processo administrativo disciplinar.

Primeiramente, esta definição geral de agente público engloba os agentes políticos (eleitos por mandatos transitórios, como os Chefes de Poder Executivo e membros do Poder Legislativo, além de cargos de Ministros de Estado e de Secretários nas Unidades da Federação), que, no que se refere a sua atividade, não respondem administrativamente, mas sim por crimes de responsabilidade.

Uma outra categoria específica de agentes públicos são aqueles que detêm cargos vitalícios, de ocupação permanente: os membros da magistratura, do Ministério Público e dos Tribunais de Contas, os quais, por garantia constitucional (arts. 95, I; 128, § 5º, I, “a”; e 73, § 3º da CF), têm a prerrogativa da desinvestidura se dar apenas mediante processo judicial (não são demissíveis administrativamente). Mas este destaque é exclusivo dos membros propriamente ditos competentes pelas respectivas atividades-fim, não alcançando os serventuários das atividades-meio daquelas três instituições.

22.2. FASES E PRINCÍPIOS REGENTES DO PAD:

São fases do processo administrativo disciplinar: instauração, instrução, defesa, relatório e

decisão. Considera-se as fases de instrução, defesa e relatório, juntas, como “inquérito

administrativo”. Ver o art. 151 da Lei n° 8.112/90:

Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases: I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão; II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório; III - julgamento.

Como princípios regentes destacam-se: da legalidade objetiva, da oficialidade, do

informalismo (ou formalismo mitigado), da publicidade dos atos, da verdade material, da ampla

defesa e do contraditório.

22.2.1. FASES:

Considera-se, pois, as seguintes fases no processo administrativo disciplinar (arts. 151):

a) instauração

-Ao tomar conhecimento de alguma irregularidade a autoridade competente emite

despacho determinando a instauração do processo publicando o ato para constituir a

Comissão.

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competente, e será presidida por servidor de cargo efetivo superior ou do mesmo

nível do indiciado, ou nível de escolaridade igual ou superior (arts. 149-150/Lei nº

8.112/90):

Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três servidores estáveis designados pela autoridade competente, observado o disposto no § 3° do art. 143, que indicará, dentre eles, o seu presidente, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§1° A Comissão terá como secretário servidor designado pelo seu presidente, podendo a indicação recair em um de seus membros.

§2° Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do acusado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau. Art. 150. A Comissão exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da administração.

Parágrafo único. As reuniões e as audiências das comissões terão caráter reservado.

Vigora o princípio da oficialidade: independe de provocação.

Caso não haja elementos para instaurar o processo, será realizada uma sindicância; a

citação do indiciado será encaminhada com cópia da Portaria (que deverá conter

todos os elementos que permitam ao indiciado conhecer os ilícitos de que é acusado).

b) instrução

-Vigoram os princípios da oficialidade e do contraditório (o indiciado pode

acompanhar todo o processo); realização de diligências, levantamento de provas, etc.

Ver os arts. 153-166/Lei 8112/90):

Art. 153. O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.

Art. 154. Os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar, como peça informativa da instrução.

Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração está capitulada como ilícito penal, a autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, independentemente da imediata instauração do processo disciplinar. Art. 155. Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.

Art. 156. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.

§ 1° O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente protelatórios, ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.

§ 2° Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de conhecimento especial de perito.

Art. 157. As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da comissão, devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser anexado aos autos.

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Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será imediatamente comunicada ao chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e hora marcados para inquirição.

Art. 158. O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito.

§ 1° As testemunhas serão inquiridas separadamente.

§ 2° Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-se-á à acareação entre os depoentes.

Art. 159. Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório do acusado, observados os procedimentos previstos nos arts. 157 e 158.

§ 1° No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente, e sempre que divergirem em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a acareação entre eles.

§ 2° O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-se-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do presidente da comissão.

c) defesa

-Haverá, em regra, a apresentação de razões escritas (diretamente ou através de

advogado); não havendo defesa escrita, a Comissão designará servidor para defender

o indiciado. Ver arts. 160-164/Lei 8112/90):

Art. 160. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá à autoridade competente que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual participe pelo menos um médico psiquiatra.

Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado e apenso ao processo principal, após a expedição do laudo pericial.

Art. 161. Tipificada a infração disciplinar, será formulada a indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele imputados e das respectivas provas.

§ 1° O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição.

§ 2° Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias.

§ 3° O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para diligências reputadas indispensáveis.

§ 4° No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação, com a assinatura de (2) duas testemunhas.

Art. 162. O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser encontrado.

Art. 163. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado no Diário Oficial da União e em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio conhecido, para apresentar defesa.

Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação do edital.

Art. 164. Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal.

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§1° A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e devolverá o prazo para a defesa.

§2° Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designará um servidor como defensor dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

d) relatório

-Este concluirá pela proposta de absolvição ou pela proposta de aplicação de

penalidade, indicando as provas em que se baseia para sua conclusão. Observe-se

que é opinativo, portanto, não vinculante. Ver o art. 165/Lei 8112/90):

Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção.

§1° O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor. §2° Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.

Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade que determinou a sua instauração, para julgamento.

e) decisão

-A autoridade competente para julgar poderá acolher (neste caso o relatório

corresponde à motivação) ou não aceitar a proposta da comissão processante, e

então deverá motivar sua decisão apontando os elementos em que se fundamenta.

Poderá também declarar a nulidade do processo, por ilegalidade, determinar o

saneamento do processo, por irregularidade, determinar a realização de novas

diligências, etc. Veja-se os arts. 167-173/Lei n° 8.112/90):

Observe-se mais uma vez que as fases de instrução, defesa e relatório constituem o

‘inquérito administrativo’.

Após o julgamento caberá, em caso de aplicação de penalidade, o pedido de reconsideração,

recursos hierárquicos e pedido de revisão.

O servidor indiciado só poderá ser exonerado a pedido ou aposentado voluntariamente após

a conclusão do PAD e cumprimento da penalidade, se houver (art. 172/Lei nº 8.112/90).

Prazo do PAD: 60 dias, prorrogáveis por mais 60 (art. 152/Lei 8.112/90).

A SINDICÂNCIA ADMINISTRATIVA é um processo sumário; é o próprio PAD, com

mais agilidade, conforme previsto nos arts. 133 – 140 da Lei nº 8.112/90:

Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e regularização imediata, cujo processo

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administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases:(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por dois servidores estáveis, e simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da transgressão objeto da apuração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e relatório; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

III - julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1° A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-á pelo nome e matrícula do servidor, e a materialidade pela descrição dos cargos, empregos ou funções públicas em situação de acumulação ilegal, dos órgãos ou entidades de vinculação, das datas de ingresso, do horário de trabalho e do correspondente regime jurídico. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2° A comissão lavrará, até três dias após a publicação do ato que a constituiu, termo de indiciação em que serão transcritas as informações de que trata o parágrafo anterior, bem como promoverá a citação pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo de cinco dias, apresentar defesa escrita, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição, observado o disposto nos arts. 163 e 164. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 3° Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, opinará sobre a licitude da acumulação em exame, indicará o respectivo dispositivo legal e remeterá o processo à autoridade instauradora, para julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 4° No prazo de cinco dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão, aplicando-se, quando for o caso, o disposto no § 3o do art. 167. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 5° A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 6° Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 7° O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 8° O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste artigo, observando-se, no que lhe for aplicável, subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97).

[…].

Assim, realiza-se a sindicância previamente, caso não haja elementos suficientes para

instaurar o processo administrativo disciplinar. É um procedimento apuratório sumário ou

procedimento investigatório (correspondente ao inquérito policial que antecede ao processo penal)

mais célere e mais simples; objetiva apurar o cometimento de irregularidades por servidores, ou sua

autoria. Prazo: 30 dias, prorrogáveis por mais 30 (art. 145, PU/Lei 8.112/90):

Art. 145. (…): […].

Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior.

(10)

Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de processo disciplinar.

[…].

Em havendo posterior PAD os autos da sindicância serão parte do processo como peça

informativa (art. 154/Lei 8112/90):

Art. 154. Os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar, como peça informativa da instrução.

Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração está capitulada como ilícito penal, a autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, independentemente da imediata instauração do processo disciplinar.

Conseqüências da sindicância:

a) arquivamento do processo;

b) advertência ou suspensão (esta, de até no máximo 30 dias);

Caso enseje penalidade de suspensão superior a 30 dias (e o máximo da suspensão é

de 90 dias), de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou

destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de PAD (art.

146/Lei nº 8112/90):

Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de processo disciplinar.

c) instauração do processo administrativo disciplinar.

É o que prescreve o já citado art. 145/Lei nº 8112/90:

Art. 145. Da sindicância poderá resultar: I - arquivamento do processo;

II - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias; III - instauração de processo disciplinar.

[…].

Ver pp. 28-29 do site:

http://www.cgu.gov.br/cgu/guia_PAD_novo/Apostila%20de

<

%20Texto%20CGU.pdf

>

:

Retornando à enumeração dos diferentes graus de refinamento da representação ou denúncia, em uma segunda hipótese, se a notícia traz bons indícios do cometimento do fato (materialidade), mas não indica a autoria (ou concorrência), a princípio, se poderia cogitar da instauração de sindicância contraditória. Por último, se a notícia traz bons indícios tanto do fato quanto da autoria (ou concorrência), se teria a justificativa para instaurar processo administrativo disciplinar. As diferenças entre sindicância e processo administrativo disciplinar e os respectivos critérios de instauração serão abordados em 3.4. Por ora, basta destacar que, tendo tido ciência de suposta irregularidade, associada direta ou indiretamente ao exercício do cargo, e atendidos os critérios de admissibilidade, a autoridade

(11)

competente determina imediata apuração, via sindicância ou processo administrativo disciplinar. Esta é a regra geral, bastando para tal haver indícios da suposta irregularidade. É óbvio que não se espera nesse momento inequívoca configuração da irregularidade, visto que esta configuração e a conseqüente responsabilização somente ficarão caracterizadas após o curso do apuratório, bastando, neste momento inicial, para que se instaure, a existência um mínimo de plausibilidade da ocorrência do fato e de sua autoria (ou concorrência).

22.2.2

PRINCÍPIOS REGENTES:

Vale aqui transcrever as palavras extraídas do artigo “Processo Administrativo Disciplinar

na Administração Pública”, de

ELISÂNGELA GONÇALVES DE LIMA (disponível em: (

http://

www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=4793

- TEXTO Nº 0021):

Em todo e qualquer processo administrativo estão assegurados princípios da legalidade objetiva, da oficialidade, do informalismo, da publicidade dos atos, da verdade material, da ampla defesa e do contraditório, e ainda os princípios que foram arrolados pela Lei Federal nº 9.784/99 e sabiamente chamados de critérios, que estão em seu artigo 2º e incisos. Contudo, os primeiros completam os segundos e no estudo em tela serão abordados os princípios deixando para uma outra oportunidade os critérios.

O princípio da legalidade objetiva diz respeito à instauração do processo dentro das normas legais, portanto todo processo administrativo, inclusive o disciplinar, precisa embasar-se em uma norma legal sob pena de ser invalidado. Quanto ao princípio da legalidade, com apoio de Gianini, diz Hely Lopes Meirelles:

Que o processo administrativo ao mesmo tempo em que ampara o particular serve ao interesse público na defesa da norma objetiva, visando manter o império da legalidade e da justiça no funcionamento da administração pública. (LOPES, Direito administrativo, cit., p.558).

Logo após nos deparamos com o princípio da oficialidade, o qual rege que a administração pública é responsável pela movimentação do processo, mesmo que esse tenha sido provocado pelo servidor, depois de instaurado o processo é responsabilidade da administração dar andamento às fases processuais pertinentes ao mesmo. No caso de retardamento do processo por negligência ou desinteresse da autoridade pública pode essa ser responsabilizada, podendo ser o processo findado por decurso de tempo, salvo se houver previsão legal.

Adiante nos deparamos com o princípio da verdade material, o qual somente não admite o meio de prova ilícito para o processo, logo mais temos o princípio do informalismo que a grosso modo pode representar um certo desleixo para com a condução do processo administrativo disciplinar, no entanto esse não é o intuito, na verdade o que se busca atingir por esse princípio é a flexibilidade e menor formalismo no processo, não fazendo assim desse um processo judicial. Assim nos ensina Maria Sylvia Zanella Di Pietro (Direito administrativo, cit., p. 401), ao asseverar que "às vezes, a Lei impõe determinadas formalidades ou estabelece um procedimento mais rígido, prescrevendo a nulidade para o caso de sua inobservância", diante disso, o processo administrativo disciplinar busca um equilíbrio em seus atos procurando garantir a credibilidade e certeza de que foram aplicadas corretamente as legislações previstas para o caso concreto.

E então chegamos ao princípio da publicidade dos atos, o qual permite que os interessados tenham acesso aos atos praticados dentro do processo, sendo esses publicados, salvo se o interesse público exigir sigilo o que está fundamentado no artigo 5º, LX da CF/88. Fora dessa hipótese tem o acusado direito de ter acesso, poder examinar e fazer anotações do que entender de seu interesse, bem como requerer certidões das peças que desejar.

Portanto os princípios básicos do processo administrativo aplicam-se na instauração do processo administrativo disciplinar, sendo seguidos de acordo com as normas pertinentes à matéria.

Essa preocupação deve-se ao fato de ser obrigatória a instauração do devido processo legal em torno dos processos administrativos disciplinares e dentro desse assegurar os mais importantes princípios regidos dentro do processo, quais sejam: o do contraditório e o da ampla defesa, sem os quais o processo administrativo disciplinar não tem validade.

(12)

ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR:

A respeito do contraditório e da ampla defesa, trazemos do mesmo artigo retro-citado,

“Processo Administrativo Disciplinar na Administração Pública”, de

ELISÂNGELA

GONÇALVES DE LIMA (TEXTO Nº 0021) a seguinte observação:

Não há que se falar em princípios do contraditório e da ampla defesa, sem que seja instaurado o devido processo legal; dessa forma expressa-se a beira da matéria Ana Lúcia Berbert de Castro Fontes, que entende que a instrução contraditória e o direito à ampla defesa com os recursos e meios inerentes resultam da concretização do princípio do devido processo legal. Igualmente, Carlos Ari Sundfeld pondera que:

Na esfera administrativa, o devido processo legal também se realiza, nos termos do artigo 5º inciso LIV, da Constituição, através da garantia do contraditório e da ampla defesa aos litigantes e acusados em geral. (SUNDFELD, 1998, p.199).

Dessa forma, a aplicação de sanções administrativas para que tenham validade deve ser assegurada a oportunidade para a manifestação do interessado e a produção de provas por ele requeridas, desde que promovidas por meios lícitos.

A bilateralidade do processo administrativo disciplinar enseja que ao contrário do que acontece em processos inquisitórios, a administração nessa vertente de processo administrativo, não pode estar em posição de supremacia, pois o contraditório enseja diálogo, e caso a administração pública tenha tal supremacia o acusado será mero interlocutor, não caracterizando assim o contraditório.

Em razão disso, o servidor colocado em confronto com a administração pública no exercício de suas funções é o sujeito ativo no processo, sendo analisadas as acusações da administração pública e as provas produzidas em contrário do acusado, sugerindo assim um juízo de imparcialidade para que tenha validade o processo de apuração da falta supostamente cometida.

Não pode a administração ser julgadora e parte ao mesmo tempo, justamente por isso é instituída uma comissão para apurar os fatos, com profissionais competentes para tanto, como foi visto no início do estudo.

Portanto o contraditório dentro do processo administrativo disciplinar está previsto para que possa proteger a capacidade de influência da administração pública na formação do convencimento da comissão julgadora, para que dessa forma seja expedido um relatório mais ponderado e conforme a realidade dos fatos.

Sendo que o contraditório é instaurado dentro do processo a partir do momento em que o acusado é citado e então é comunicado de que poderá promover sua defesa assim desejando, esse procedimento dentro do processo é primordial para que o mesmo tenha validade, pois só através dele se tem à formação da relação bilateral.

Da mesma forma é assegurada a ampla defesa no processo administrativo disciplinar, ensejando o direito do acusado ser ouvido, apresentar razões de convencimento de sua inocência, produção de provas, desde que sejam lícitas e ainda de impugnar provas produzidas pela administração pública através da comissão de apuração de faltas graves e ainda o direito a uma defesa especializada, qual seja a contratação de um profissional da área jurídica para representá-lo no processo.

Portanto os princípios acima comentados são fundamentais para que se possa apurar as faltas supostamente cometidas, de acordo com a legislação pertinente a matéria e ainda com relação às Garantias Constitucionais, pois sem que esses princípios sejam obedecidos, caracteriza-se o cerceamento de defesa e conseqüentemente a nulidade dos atos cometidos daí por diante.

Também, extraído do site da Corregedoria Geral da União (

<

http://www.cgu.gov.br/cgu/guia_PAD_novo/Apostila%20de%20Texto%20CGU.pdf

>

), as

preciosas palavras (grifamos):

Em termos de processo administrativo disciplinar, a garantia constitucional da ampla defesa proporciona ao acusado, pessoalmente ou, a seu critério, por meio de procurador, os direitos gratuitos, perante a administração e por ela respeitados, de: ser notificado da existência do processo (verdadeira cláusula inicial da ampla defesa, pois ninguém pode se defender se antes não souber que existe, contra si, uma acusação), ter acesso aos autos, participar da formação de provas e vê-las

(13)

apreciadas, ter a faculdade de se manifestar por último, ter defesa escrita analisada antes da decisão, ser alvo de julgamento fundamentado e motivado e dele ter ciência (como pré-condição para poder exercer o direito de recorrer). Ainda, como corolário da ampla defesa, tem-se a presunção de inocência do servidor até o julgamento do processo, com o ônus de provar a responsabilização a cargo da administração. Infraconstitucionalmente, este princípio, além dos arts. 116, parágrafo único, 143, 153 e 156 da Lei nº 8.112, de 11/12/90, também se encontra positivado no art. 2º, caput e parágrafo único, X, da Lei nº 9.784, de 29/01/99.

Assim se manifestou a Advocacia-Geral da União, quando o órgão jurídico apreciou os direitos ao contraditório e à ampla defesa, nos seus Pareceres nº GQ-37, 55 e 177, vinculantes, conforme se verá em 3.3.6, reproduzindo citação doutrinária:

“É por isto que o contraditório não se pode limitar ao oferecimento de oportunidade para produção de provas. É preciso que ele mesmo (o magistrado) avalie se a quantidade de defesa produzida foi satisfatória para a formação do seu convencimento. Portanto, a ampla defesa não é aquela que é satisfatória segundo os critérios do réu, mas sim aquela que satisfaz a exigência do juízo. (...) (Celso Ribeiro Bastos, Comentários à Constituição do Brasil, Editora Saraiva, 1989, 2º vol, pg. 267).”

Por sua vez, a garantia constitucional do contraditório significa para o acusado ter ciência de cada prova juntada aos autos e poder contestá-la de imediato, caso deseje, estabelecendo uma relação bilateral, não necessariamente antagônica, mas sim preferencialmente colaboradora com a elucidação da verdade. Por outro lado, o contraditório se satisfaz apenas com a oferta, com a faculdade, com a prerrogativa que se concede ao interessado em produzir contradita em relação a atos que militem a seu desfavor, não caracterizando afronta ao princípio, se, uma vez devidamente ofertada a oportunidade à parte, ela se omite e não a exercita. Em síntese, o contraditório se concretiza quando o processo propicia o diálogo. Para isso, é necessário, então, dar ciência ao acusado, como regra geral, com prazo hábil de antecedência de três dias úteis, de atos de produção de provas (diligências, perícias, testemunhos, etc) e decisões prolatadas, conforme se verá em 4.4.2, a fim de que a parte, caso queira, possa se opor ou dar outra versão ou fornecer interpretação jurídica diversa.

Enfim, não basta que a comissão colete os elementos de prova que lhe pareçam relevantes para formar sua convicção; o contraditório garante ao acusado a faculdade não só de contra-arrazoar as provas elaboradas pela comissão, como também de produzir suas próprias provas e de ter suas alegações imparcialmente apreciadas e valoradas pela administração. Em patamar infraconstitucional, este princípio, além dos arts. 153 e 156 da Lei nº 8.112, de 11/12/90, também se encontra positivado no art. 2º, caput, da Lei nº 9.784, de 29/01/99, conforme 3.3.2.

As garantias da ampla defesa e do contraditório devem ser encaradas pela comissão como a base da condução do processo, pois são os pilares da validade dos atos processuais, da decisão prolatada e de todo o processo em si, independentemente do rito (se processo administrativo disciplinar em rito ordinário ou sumário ou se sindicância). A comissão deve reservar, no curso de todo o apuratório, constante atenção a esses dois direitos, visto que, no processo administrativo disciplinar, em regra, somente a sua inobservância pode acarretar nulidade.

Por força do art. 5º, LV da CF, conforme abordado em 3.1.2, estendem-se as garantias da ampla defesa e do contraditório a celetistas requisitados pela administração pública ou que lhe prestem serviços, os quais, sem ocupar cargo público, envolvem-se em irregularidades. (pp. 40-41).

22.4. A LEI FEDERAL Nº 8.112/90:

Finalmente, vale trazer as seguintes considerações a respeito da Lei n° 8.112/90, feitas pela

Corregedoria Geral da União, na já citada Apostila (disponível em:

<

http://www.cgu.gov.br/cgu/guia_PAD_novo/Apostila%20de%20Texto%20CGU.pdf

>

):

A Lei nº 8.112, de 11/12/90, constituindo-se no Estatuto do servidor público civil federal, como tal, aborda todo o tipo de direitos e deveres da relação de trabalho na administração pública federal, de sorte que a matéria disciplinar nela encartada não é a única e nem mesmo a sua principal vocação. Dessa forma, a Lei nº 8.112, de 11/12/90, deixa muitas lacunas acerca do processo administrativo disciplinar, que obrigam a integração por meio de outras leis, voltadas para a processualística administrativa ou até mesmo penal, e de demais fontes, tais como princípios jurídicos, entendimentos sedimentados na administração e no Poder Judiciário e, por fim, nas manifestações da doutrina.

(14)

22.5. A LEI BAIANA Nº 6.677/94:

Finalmente, sugerimos a leitura da Lei baiana n° 6.677, de 26.09.1994 (Dispõe sobre o

Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado da Bahia, das Autarquias e das Fundações

Públicas Estaduais), sobretudo n

os artigos 204 à 251.

DOUTRINA:

CARVALHO FILHO, José dos Santos – ‘Manual de Direito Administrativo’, 17ª ed. Rio

de Janeiro: Lumen Iuris, 2007.

COSTA, Nelson Nery - 'Processo Administrativo e suas Espécies’, 4ª ed. São Paulo:

Forense, 2003.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella – ’Direito Administrativo’, 19ª Ed. São Paulo: Atlas,

2006.

FERRAZ, Sérgio; DALLARI, Adilson Abreu - 'Processo Administrativo', São Paulo:

Malheiros, 02.2002.

MEDAUAR, Odete - 'Direito Administrativo Moderno', 7ª ed. São Paulo: Revista dos

Tribunais, 2.2003.

MELLO, Celso Antônio Bandeira de – ‘Curso de Direito Administrativo’, 20ª Ed. São

Paulo: Malheiros, 2.2006.

MOREIRA, Egon Bockmann -

‘Processo Administrativo’, 2ª ed, São Paulo: Malheiros,

05.2003.

PRADO, Leandro Cadenas - “Servidores Públicos Federais – Lei n° 8.112/90”, 3ª ed,

Niterói-RJ: Impetus, 2005.

TEXTOS RECOMENDADOS COMO LEITURA COMPLEMENTAR:

DEZAN, Sandro Lúcio - “Notações à Teoria Geral do Ato Administrativo, aplicadas ao

Processo Disciplinar e a Questões Disciplinares Controversas”, (disponível em:

http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=5264

) - TEXTO Nº 0015.

LIMA, Elisângela Gonçalves de - “Processo Administrativo Disciplinar na

Administração Pública”, (disponível em: -

http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?

id=4793

) - TEXTO Nº 0021.

MARTINS, João Bosco Barbosa - “A Sindicância Administrativa como instrumento

sumário de busca de autoria ou da existência de irregularidades no serviço público

federal”, (disponível em:

http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=5028

) -

TEXTO

Nº 0020.

PEPEU, Sérgio Ricardo Freire – “Processo Administrativo Disciplinar: Uma Visão

Sistemática”, (disponível em: -

http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=4831

) -

TEXTO Nº 0022.

PASSAIA, Alexandra – “Responsabilidade dos Servidores Públicos”, (disponível em: -

http://www.unisc.br/centros_nucleos/cepejur/artigo9.doc

) - TEXTO Nº 0102.

PESSOA, Robertonio Santos – “Processo Administrativo”, (disponível em: -

http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=2107

)

- TEXTO Nº 0109.

(15)

em: -

http://www.mundojuridico.adv.br/html/artigos/documentos/texto293.htm)

TEXTO Nº 0056.

SANTOS, Marília Lourido – “Noções gerais acerca do Processo Administrativo e da Lei

n° 9.784/99”, (disponível em: -

http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?

id=410&p=2

) - TEXTO Nº 0110.

“Processo

Administrativo

Disciplinar”,

(disponível

em:

http://www.portaldoservidor.ba.gov.br/

)

- TEXTO Nº 0037.

GUIA DO PAD

-

<http://www.cgu.gov.br/cgu/guia_PAD_novo/Apostila%20de

%20Texto%20CGU.pdf>

Osnabrück, Niedersachsen - Deutschland, atualizado em 19 de marco de 2010

Profª LUCIA LUZ MEYER

meyer.lucia@gmail.com

http://sites.google.com/site/meyerlucia/

ADENDO

LEGISLA

ÇÃO FEDERAL

:

CONSTITUIÇÃO FEDERAL, DE 1988

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 - Dispõe sobre o regime jurídico dos

servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992 - Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes

públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências.

DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994 - Aprova o Código de Ética Profissional do

Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.

LEI Nº 8.906, DE 4 DE JULHO DE 1994 - ESTATUTO DA ADVOCACIA - Dispõe sobre o

Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999 - Regula o processo administrativo no âmbito da

Administração Pública Federal.

DECRETO Nº 5.483, DE 30 DE JUNHO DE 2005 - Regulamenta, no âmbito do Poder

Executivo Federal, o art. 13 da Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992, institui a sindic ância patrimonial e dá outras providências.

(16)

PORTARIA Nº 335, DE 30 DE MAIO DE 2006 - Regulamenta o Sistema de Correição do

Poder Executivo Federal, de que trata o Decreto nº 5.480, de 30 de junho de 2005.

DECRETO Nº 6.029, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2007 - Institui Sistema de Gestão da Ética

do Poder Executivo Federal, e dá outras providências.

LEI Nº 11.719, DE 20 JUNHO DE 2008 - Altera dispositivos do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal, relativos à suspensão do processo, emendatio libelli, mutatio libelli e aos procedimentos.

Legislação Estadual

*Acre - LEI COMPLEMENTAR Nº 39, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1993 Dispõe sobre

o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado do Acre, das Autarquias e das Fundações Públicas, instituídas e mantidas pelo Poder Público.

*Amazonas - LEI Nº 2.794, DE 06 DE MAIO DE 2003 Regula o processo administrativo

no âmbito da Administração Pública Estadual.

*Bahia - LEI Nº 6.677 DE 26 DE SETEMBRO DE 1994 Dispõe sobre o Estatuto dos

Servidores Públicos Civis do Estado da Bahia, das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais.

*Ceará - LEI Nº 9.826, DE 14 DE MAIO DE 1974 Dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado.

*Espírito Santo - LEI COMPLEMENTAR Nº 46 Institui o Regime Jurídico Único para os servidores públicos civis da administração direta, das autarquias e das fundações do Estado do Espírito Santo, de qualquer dos seus Poderes.

*Goiás - LEI Nº 10.460, DE 22 DE FEVEREIRO DE 1988 Estatuto dos Funcionários

Públicos Civis do Estado de Goiás e de suas Autarquias.

*Maranhão - LEI Nº 6.107, DE 27 DE JULHO DE 1994 Dispõe sobre o estatuto dos

servidores públicos civis do estado e dá outras providências.

*Mato Grosso . LEI COMPLEMENTAR Nº 04, DE 15 DE OUTUBRO DE 1990 Dispõe

sobre o Estatuto dos Servidores, Públicos da Administração Direta das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais. - LEI COMPLEMENTAR Nº 112, DE 1º DE JULHO DE

2002 Institui o Código de Ética Funcional do Servidor Público Civil do Estado de Mato

Grosso. - LEI COMPLEMENTAR Nº 207, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2004 Institui o Código Disciplinar do Servidor Público Civil do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso, e dá outras providências. - LEI Nº 8.265, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2004 - Dispõe sobre a Corregedoria Fazendária e dá outras providências. - PROVIMENTO Nº

005 - TJ – MT Dispõe sobre o sistema de controle das infrações disciplinares, aplicável aos

servidores do Poder Judiciário.

*Mato Grosso do Sul - LEI Nº 1.102, DE 10 DE OUTUBRO DE 1990 Dispõe sobre o

Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo, das Autarquias e das Fundações Públicas do Estado de Mato Grosso do Sul, e dá outras providências.

* Pará - LEI N° 5.810, DE 24 DE JANEIRO DE 1994 Dispõe sobre o Regime Jurídico

Único dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas do Estado do Pará.

* Paraná - LEI Nº 6.174, DE 16 DE NOVEMBRO DE 1970 Estabelece o regime Jurídico

dos funcionários civis do Poder Executivo do Estado do Paraná.

*Pernambuco - LEI COMPLEMENTAR Nº 03, DE 22 DE AGOSTO DE 1990 Institui o

regime jurídico único de que trata o Art. 98 da Constituição Estadual, e dá outras providências.

(17)

*Piauí - LEI COMPLEMENTAR Nº 13, DE 03 DE JANEIRO DE 1994 Dispõe sobre o

Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado do Piauí, das autarquias e das fundações públicas estaduais e dá outras providências.

*Rio de Janeiro - DECRETO-LEI Nº 220, DE 18 DE JULHO DE 1975 Dispõe sobre o

Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro.

*Santa Catarina - LEI N° 6.745, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1985 Dispõe sobre o

Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Santa Catarina. - LEI Nº 6.844, DE

29 DE JULHO DE 1986 Dispõe sobre o Estatuto do Magistério Público Estadual do Estado

de Santa Catarina.

*São Paulo - LEI ESTADUAL Nº 10.177, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1998 Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Estadual. - LEI Nº 10.261, DE 28 DE OUTUBRO DE 1968 Dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo.

*Tocantins LEI Nº 1.818, DE 23 DE AGOSTO DE 2007 Dispõe sobre o Estatuto dos

Servidores Públicos Civis do Estado do Tocantins.- LEI Nº 1.654, DE 6 DE JANEIRO DE

2006 Dispõe sobre o Estatuto dos Policiais Civis do Estado do Tocantins.

Legislação Municipal

slaç

ão Municipal

*São Luís – MA - LEI Nº 4.615, DE 19 DE JUNHO DE 2006 Dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Públicos do Município de São Luís e dá outras providências.

*São Paulo – SP - LEI Nº 14.141, DE 27 DE MARÇO DE 2006 Dispõe sobre o processo administrativo na Administração Pública Municipal. - LEI N° 8.989, DE 29 DE OUTUBRO

DE 1979 Dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de São Paulo e dá

providências correlatas.

*Palmas – TO - LEI COMPLEMENTAR Nº 008, DE 16 DE NOVEMBRO DE 1999 Institui

o Estatuto dos Servidores Públicos da Administração Direta e Indireta dos Poderes do Município de Palmas.

*Rio de Janeiro – RJ - LEI Nº 94, DE 14 DE MARÇO DE 1979 Dispõe sobre o Estatuto dos

Funcionários Públicos do Poder Executivo do Município do Rio de Janeiro e dá outras providências.

(FONTE: http://www.leodasilvaalves.com/legislacao.htm – Acesso em 16.03.2010) Legislação Munil

Referências

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assegurada ampla defesa ao acusado, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito. C) A comissão processante, sempre que necessário e expressamente

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