TRATAMENTO
DE IMAGENS
GERADAS POR EOLOGRAFIA
CANDIDATO:
POLICARPO BATISTA
ULIANA
Esta dissertação foi julgada para obtenção do título de
MESTRE
EM
ENGENHARIA
-ESPECIALIDADE
ENGENHARIA
ELE
e a vadaem
sua forma final pelo Cursode Pós-Graduação. «
"
C.z°~..Lv\_
E Prof.
RUI
SEARA,
Dr.ORIENTADOR
zázfl
Prof.
ENIO
VALMOR
KAS
SICK, Dr.cooRDENADoR Do cuxso DE Pós-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELETRICA
BANCA
ExAM1NADoRAz
[Ã
\
ozzk
Prof.
RUI
SEARA,
Dr. _PREsn>EN'rE EW Prøf. S
I-IÉLMUT
ZÚRN,
Ph.D. ____,__ . M/, ._ ¢ ¢Í
í x/
AÉÊÂ
¿~@›'§*°"^
Prof. J ^ I iz ' 'JLICH
S1%'
^CZEWSKY,
Dr.Pzof.
FRANK
H1_1EBTZKY,
Dr.U
Ebfiomca
Uniwmârsnmng*S1
. W
_§
@Fàu
5UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SANTA CATARINA
PÓS-GRADUAÇÃO
EM
ENGENHARIA
ELÉTRICA
TRATAMENTO
DE
IMAGENS GERADAS POR
-
HOLOGRAFIA
ELETRONICA
D1ssERTAÇÃo
SUBMETIDA
À
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE
SANTA
CATARINA
› ~
PARA
OBTENÇAO
DE
GRAU
DE MESTRE
EM
ENGENHARIA
ELÉTRICA
POLICARPO
BATISTA
ULIANA
1=LoR1ANÓ1>oL1s,
DEZEMBRO
-1994
À
minha esposa Karla, quecom
seu amor, trabalhoe dedicação participou desta jomada.
Aos meus
pais, João e Salete e. aosmeus
sogros Aroldo e Lenir que sempreme
iv
AGRADECIMENTOS
Desejo registrar
meus
agradecimentos:Ao
Laboratório de Instrumentação e Eletrônica (LINSE) e aos professores que ointegram, pelosuporte dado a realização desta dissertação.
Em
especial ao Prof.Rui por sua orientação a este trabalho.
Ao
Laboratório de Metrôlogia(LABMETRO)
e aos profissionais a ele ligadosque viabilizaram toda a parte experimental deste trabalho.
Em
especial ao Prof.Armando
por seu apoio e orientação.A
Fundação Centro Regional de Tecnologia e Informática (CERTI), que tanto contribuiu para complementação da minha formação acadêmica.Ao
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial(SENAI)
e ao Centro deTecnologia
em
Automação
e Informática (CTAI) que deram condições para odesenvolvimento e a finalização deste trabalho.
Aos
colegas do LINSE,LABMETRO,
CERTI,
SENAI
eCTAI
dos quais alémSUMÁRIO
LISTA
DE
FIGURAS
... ..xLISTA
DE
TABELAS
... .. xivRESUMO
... .. xvABSTRACT
... .. xviCAPÍTULO
1 -INTRODUÇÃO
... ..11.1 - Objetivos do Trabalho ... ..2
1.2 - Organização do Trabalho ... ..3
CAPÍTULO
2 -coNcE1Tos
BÁs1cos
DA
HQLOGRAFIA
... ..52.1 -Introdução ... ..5
2.2 - Interferência Entre
Duas Ondas
... ..52.3 - Holografia ... ... ..7
2.4 - Holograma ... ..8
2.5 - Holografia Interferométrica ... .. 12
2.6 -
O
Speckle ... .. 152.7 -
A
Variação da Fase do Speckle ... .. 172.8 - Holografia Eletrônica ... .. 18
2.9 -
O
Mapa
de Fase ... .. 202.10 - Vetor de Sensibilidade ... ..20
vi
2.12 - Iluminação Dupla ... .. 22
2.13 - Determinação. de Deslocamentos Tridimensionais Através da Holografia ... ..24
2.14 - Holografia Convencional x Holografia Eletrônica ... ..27
CAPÍTULO
3 -HQLOGRAFIA
ELETRÔNICA
... .. 283.1 -Introdução ... ..28
3.2 - Métodos Baseados na Holografia Eletrônica ... .. 28
3.3 -
Método
do Esqueleto ... .. 283.4 -
Método
da Freqüência Portadora Temporal ... .. 303.5 -
Método
da Transformada de Fourier ... .. 313.6 -
Método
do Deslocamento de Fase ... .. 343.7 - Comparação Entre os Métodos de Detemrinação da Fase ... .. 36
3.7.1 - Requisitos Experimentais ... .. 37
3.7.2 - Resolução e Incertezas de Medição ... .. 37
3.7.3 Z- Erros e Distorções ... .. 38
3.8 - Conclusões ... .. 39
CAPÍTULO
4 -ERROS
NA
HOLOGRAFIA
ELETRÔNICA
... .. 404.1 -Introdução ... ..40
4.2 - Fontes de Erros Sistemáticos ... .. 40
4.3 - Fontes de Erros Aleatórios ... .. 41
4.4 - Minimização das Fontes de Erros ... ..4l 4.5 - Tratamento dos Erros Gerados na Medição ... .. 42
4.6 -
Modelagem
dos Erros noMapa
de Franjas ... ..424.7 -
Modelagem
dos Erros noMétodo
do Deslocamento de Fase ... .. 434.8 - Resultados Experimentais ... .. 48
CAPÍTULO
5 -FILTRAGEM
DO
MAPA
DE
FASE
... .. 52
5.1 -Introdução ... ..52
5.2 -
Modelagem
doMapa
de Fase... .. 52
5.3 -
Método
de Filtragemcom
Deslocamento de Fase... .. 53
5.4 - Método. de Filtragem
com
Transformação Sinusoidal... .. 60
5.5 - Análise Comparativa ... ...
.. ... .. 61
CAPÍTULO
6 -FILTRAGEM
PONDERADA DO
MAPA
DE
FASE
... .. 62
6.1 - Introdução ...
.. 62
6.2 - Filtragem
com
Ponderação de Amplitude... .. 62
6.3 - Aplicação do Filtro Ponderado
... .. 66
6.4 - Resultados Obtidos por Simulação
... .. 66
6.5 - Resultados Experimentais ...
.. 81
6.6 - Conclusões ...
.. 85
CAPÍTULO
7 _REMOÇÃO
DE
sALTos
DE
FASE
... .. 87
7.1 -Introdução ... ..87
7.2 -
Modelagem
Matemática ..... 88
7.3 - Algoritmo Básico para
Remoção
de Saltos de Fase... .. 90
7.4 - Fontes de Erros na
Remoção
dos Saltos de Fase... .. 91
7.5 - Algoritmos de
Remoção
de Saltos de Fase Aprimorados... .. 92
7.6 - Critérios para Avaliação dos Algoritmos de
Remoção
de Saltos de
Fase ... ..95
7.7 - Avaliação dos Algoritmos de
Remoção
de Saltos de Faseviii
CAPÍTULO
8 -ALOoR1TMO DE
REMOÇÃO
DE
SALTO
DE
FASE
POR M1N1M1zACÃo
DA
ENERGIA
Do
ERRO DE
FASE
... .. 988.1 -Introdução ... ..98
8.2 - Desenvolvimento do Algoritmo ... .. 98
8.3 - Aplicação do Algoritmo
em
Imagens Geradas por Simulação ... .. 1078.4 - Avaliação do
Novo
Algoritmo ... ... ._ 112 8.5 - Aplicação do Algoritmo a Imagens Reais ... .. 1 13 8.6 - Futuros Aprimoramentos ... .. 1158.7 - Conclusões ... .. 1 16
CAPÍTULO
9 -ALOORITMO DE
FILTRAGEM APÓS
A
REMOÇÃO
DE
sALTos
DE
FASE
... .. 1169.1 -Introdução ... ..116
9.2 - Análise do Algoritmo Convencional ... .. 116
9.3 - Apresentação do
Novo
Algoritmo ... ..1179.4 -
Modelagem
Matemática doNovo
Algoritmo ... .. 1189.5 - Análise Realizada por Simulação ... .. 120
9.6 - Conclusões ... ._ 129
CAPÍTULO
10 -CONCLUSÕES
... ..13oAPÊNDICE
1 -A ESTACÃO HOLOORÁFICA
... .. 133A1.1 -Introdução ... .. 133
Al
.2 - Composição da Estação Holográfica ... .. 133A1.2.1-
Mesa
paraMontagem
e Suportes de Fixação ... .. 133A1.2.2 - Laser ... .. 134
A1.2.3 - Espelho Parcial ... .. 134
A1.2.4 - Espelho de Deslocamento de Fase ... .. 135
Al
.2.6 - Fibras Ópticas ... ..Al
.2.7 - Chaveador de Fibras Ópticas .....
Al
.2.8 - Câmera de Vídeo ... ..Al
.2.9 - Monitor de Vídeo ... .. Al.2.10 - Microcomputador ... ..Al
.2.ll - Placa de Aquisição e Processamento de Imagens .....
Al
.2.l2 - Software de Aquisição e Controle .....
Al
.3 - Manipulação da Estação Holográfica ... _.H
Al
.3.l - Operações de Ajuste da Estação ... ..Al
.3.2 - Operações de Medição ... ..Al
.3.3 - Operações de Processamento ... ..Al
.3.4 - Operações de Análise ... ..APÊNDICE
2 -FILTRO
PONDERADO
-MODELAGEM
E
DESENVOLVIMENTO
... .. A2.1 - Introdução ... .. A2.2 -Modelagem
... .. A2.3 - Análise ... ..REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
... ._X
LISTA
DE
FIGURAS
Fig. 2.1- Gravação de
um
holograma ... ..9Fig. 2.2 - Reconstrução de
um
holograma ... ....._ .... ..9
Fig. 2.3 - Variação do caminho óptico devido ao deslocamento do objeto
13 Fig. 2.4 -
Mapa
de franjas ..... 15
Fig. 2.5 - Processo de formação do speckle
... _. 16
Fig. 2.6 - Padrão de speckle ... ...
_. 17
Fig. 2.7 - Variação da fase do speckle
... .. 18
Fig. 2.8 -Iluminação simples ... ... ..22
Fig. 2.9 - Iluminação dupla
... ..23
Fig. 2.10 - Vetor de sensibilidade no plano
(x,y) ... .. 25
Fig. 3.1 - Determinação da fase e da
ordem
de franja.... .. 29
Fig. 4.1 - Representação gráfica do erro
¢e(x,y) ... ..46
Fig. 4.2-Variação do erro (be
em
função da variação do fator demodulaçãoll ... .. .... ..47
Fig. 4.3 -
Uma
linha domapa
de fasecom
ruido.... ..49
Fig. 4.4 -
Uma
linha domapa
de fase após o processo de filtragem... .. 49
Fig. 4.5 -
Uma
linha do fator de modulação ... .. 50Fig. 4.6 -
Uma
linha do ruido sobreposto aomapa
de fase... .. 50
Fig. 4.7 - Gráfico relacionando o erro
com
o fator de modulação... .. 51
Fig. 5.1 _
uma
linha damapa
da faseoúgmai
... sóFig. 5.2 -
Uma
linha domapa
de fase deslocado... .. 56
Fig. 5.3 -
Uma
linha da matriz de ponderação... .. 57
Fig. 5.4 -
Uma
linha domapa
de fase filtradoFig. 5.5 -
Uma
linha domapa
de fase íiltrado ... .. 58Fig. 5.6 -
Uma
linha domapa
de fase filtrado e deslocado ... .. 58Fig. 5.7 -
Uma
linha domapa
de fase filtrado e ponderado ... .. 59Fig. 5.8 -
Uma
linha domapa
de fase filtrado, deslocado e ponderado ... .. 59Fig. 5.9 -
Uma
linha domapa
de fase final ... .. 60Fig. 6.1 - Fator de modulação ... .. 69
Fig. 6.2 - Ruído ponderado ... .. 69
Fig. 6.3 - Sinal original ... .. 70
Fig. 6.4 - Sinal
com
ruído ... .. 70Fig. 6.5 - Sinal
com
ruído e saltos de fase ... .. 71Fig. 6.6 - Sinal após a transfomiação sinusoidal. ... .. 71
Fig. 6.7 - Sinal após a transformação senoidal ... .. 72
Fig. 6.8 - Filtro aplicado ... .. 72
Fig. 6.9 - Filtragem do sinal apresentado na Fig. 6.6. ... .. 73
Fig. 6.10 - Filtragem do sinal apresentado na Fig. 6.7 ... .. 73
Fig. 6.1 1- Sinal filtrado A¢3(x) ... .. 74
Fig. 6.12 - Sinal
A¢3
(x) após a remoção dos saltos de fase ... .. 74Fig. 6.13 - Ruído e3(x) remanescente da filtragem ... .. 75
Fig. 6.14 -` Espectro de freqüências do ruído e3(x) ... .. 75
Fig. 6.15 - Sinal após a transformação senoidal multiplicado por I1(x). ... .. 76
Fig. 6.16 - Sinal após a transformação sinusoidal multiplicado por I1(x) ... .. 76
Fig. 6.17 - Filtragem
do
sinal apresentado na Fig. 6.15 ... .. 77Fig. 6.18 - Filtragem do sinal apresentado na Fig. 6.16 ... .. 77
Fig. 6.19 - Sinal filtrado
com
ponderação de aplitude A¢4(x) ... .. 78Fig. 6.20 - Sinal A¢4(x) após a remoção dos saltos de fase ... .. 78
Fig. 6.21 - Ruído e4(x) remanescente da filtragem ... .. 79
xii
Fig. 6.23 - Análise comparativa das relações sinal-ruido dos filtros
convencional e ponderado. ... .. 80
Fig. 6.24 -
Uma
linha domapa
de fasecom
ruído e saltos de fase. ... .. 82Fig. 6.25
-Uma
linha domapa
de fase tratado através de filtragem sinusoidal ... .. 82Fig. 6.26
-Uma
linha domapa
de fase tratado através de filtragem sinusoidalcom
ponderação de amplitude ... .. 83Fig. 6.27 -
Mapa
de fasecom
ruído e saltos de fase. ... .. 83Fig. 6.28 -
Mapa
de fase tratado através de filtragem sinusoidal ... ._ 84Fig. 6.29 -
Mapa
de fase tratado através de filtragem sinusoidalcom
ponderação ... .. 84
Fig. 7.1 - Representação gráfica da remoção de saltos de fase ... .. 89
Fig. 7.2 -
Remoção
do saltos de faseem
uma
linha partindo deum
ponto 'de referência ... ._ 91
Fig. 7.3 -
Remoção
do saltos de fase nas colunas partindo de Luna linha dereferência ... .. 91
Fig. 8.1 - Imagens que ilustram duas possibilidades de propagação do en'o
de remoção de saltos
em
E(x,y)em uma
linha ... .. 104Fig. 8.2 - lrnagens que ilustram o processo de separação dos erros. ... .. 107
Fig. 8.3 - Simulação do
mapa
de fasecom uma
região descontínua ... .. 108Fig. 8.4 -
Remoção
dos saltos de fase nas colunas ... ._ 109Fig. 8.5 -
Remoção
dos saltos de fase nas linhas ... .. 109Fig. 8.6 - Erro cuja energia deve ser minimizada ... .. 110
Fig. 8.7 - Erro após a minimização ... .. 110
Fig. 8.8 - Fase obtida
com
o novo algoritmo ... .. 1 1 1Fig. 8.9 - Fase obtida
com
o algoritmo básico ... .. 111Fig. 8.10 - Erro E(x,y)
com
regiões que dificultam a operação do algoritmode separação
em
linhas e colunas ... .. 113Fig. 8.11 -
Remoção
de saltos de fase obtidacom
o algoritmo básico ... .. 115Fig. 9.4 - Espectro de freqüência do sinal
com
ruído. ... ..Fig. 9.5 - Sinal
com
ruído e saltos de fase ... ..Fig. 9.6 - Cosseno do sinal
com
ruído ... ..Fig. 9.7 - Espectro de freqüência do cosseno do sinal
com
ruído ... ..Fig. 9.8 - Cosseno filtrado ... ..
..-
nz
.za
z..
.-.
Fig. 9.9 - Espectro de freqüência do cosseno filtrado ... ..
Fig. 9.10 - Sinal após a transformação tangente inversa ... ..
Fig. 9.11 - Sinal após a remoção dos saltos de fase ... ..
z - - - ¢ - . - ¢ . zu
z z . z z . no
Fig. 9.12 - Espectro de freqüência do sinal após a remoção dos saltos ... ..
Fig. 9.13 - Erro presente no sinal ... ..
Fig. 9.14 - Sinal
com
ruído esem
saltos de fase. ... ..Fig. 9.15 - Sinal filtrado ... ..
Fig. 9.16 - Espectro de freqüência do sinal filtrado. ... ..
Fig. 9.17 - Erro presente no sinal ... ..
Fig. A1.1 - Elementos que
compõem
a Estação Holográfica ... ..Fig. A2.1- Diagrama da estrutura do filtro ponderado ... ..
...N . . . - . . .z ... .- zzzzzzzzzz .- ... zz ...u ...z
xiv
LISTA.
DE
TABELAS
Tabela 3.1 -
Resumo
comparativo dos métodos ... ..Tabela 7.1 - Comparação entre os algoritimos de remoção de saltos de
RESUMO
Neste trabalho de dissertação é apresentado
um
panorama do estado-da-artedas técnicas de tratamento de imagens geradas por Holografia Eletrônica (dos conceitos básicos até as técnicas de aquisição e processamento mais difundidas).
Três novos algoritmos são concebidos para tratamento de imagens geradas
por Holografia Eletrônica: -
i) o Filtro
com
Ponderação de Amplitude, que otimiza o processo defiltragem
com
base no valor do nível de ruído de cada ponto da imagem;ii) o Algoritmo de
Remoção
de Saltos de Fase por Minimização da Energiado Erro de Fase, que remove os saltos de fase considerando, simultaneamente, todos os pontos da imagem;
iii) o Algoritmo de Filtragem após a
Remoção
dos Saltos de Fase, quepermite a aplicação de filtros passa-baixas de banda estreita
no
processode atenuação do ruido presente no
mapa
de fase.Para a obtenção do Filtro
com
Ponderação de Amplitude é propostauma
nova estrutura de filtro passa-baixas.
Dada
a sua generalidade, esta estrutura defiltro pode
também
ser aplicada no processamento de qualquer tipo de sinalcontaminado por ruido ponderado.
É
apresentada ainda, neste trabalho,uma
novamodelagem
matemática do ruído presente nos sinais gerados por meio da Holografia Eletrônica.Estes algoritmos apresentam melhorias significativas quando comparados
com
os algoritmos atuahnente empregados epodem
ser considerados inéditos.Os
mesmos
foram desenvolvidos de forma analítica e foram testados e avaliadosatravés de simulação
em
computador,como
também, experimentahnente, atravésxvi
ABSTRACT
In this
work
the Electronic Holography Image Processing state-of-the-artare presented from the basic concepts to the acquisition and processing techniques.
Three
new
algorithms for Electronic Holography' image processing arepresented:
i) an Amplitude Weighting Filter, that optimizes the filtering process, based
on the noise level of each pixel;
ii) an Unwrapping by Phase Error Energy Minimization Algorithm, that removes the phase jumps using the information of all pixels at the
same
time;iii) a Filtering
Afler
Unwrapping Algorithm, which uses a narrow-bandlow-pass filter to eliminate the phase noise.
In the Amplitude Weighting Filter a
new
low-pass filter structure is proposed. This structure is generic and can be applied to processing signals withweighting noise.
A
new
mathematical model for the noise in ElectronicHolography is also presented.
These algorithms are considered original and present better results than the
conventional algorithms.
The
algorithms were developed analytically and evaluated by computing simulation and also experimentally on a holographicINTRODUÇÃO
Dentro do
campo
da metrologia óptica,em
que se utiliza propriedades daluz coerente para determinação de grandezas diversas, existem muitas técnicas de
medição que produzem resultados na forma de imagens de interferogramas ou
padrões de franjas, que são denominadas Técnicas Interferométricas.
Dentre as Técnicas Interferométricas, destacam-se as Técnicas Holográficas,
através das quais determinam-se deslocamentos micrométricos, vibrações e
características mecânicas dos materiais
em
níveis microscópicos [l ].As
Técnicas Holográficas, dão apoio a diversos campos de pesquisas,como
é o caso do desenvolvimento de novos materiais, particularmente materiais
compostos,
em
que a determinação de comportamentos sob carga, taiscomo
deformações, tensões são de grande importância.
Algumas
das Técnicas Holográficasdemandam
o processamento deum
grande voltune de dados,
como
é o caso da Holografia Eletrônica.A
evolução dossistemas computacionais oconida na última década, está permitindo a popularização destas técnicas, através da implantação de estações holográficas,
baseadas
em
microcomputadores.Apesar da evolução crescente da Holografia Eletrônica, a maior parte dos
trabalhos publicados nesta área, utilizam a Holografia
como
ferramenta de apoiopara obtenção de resultados específicos. Desta forma,
um
menor
espaço édedicado ao aprimoramento dos métodos e técnicas de processamento digital
atuahnente empregados.
Os
trabalhos que contemplam amodelagem
matemática dos processos holográficos, incluindo as não-linearidades inerentes aos mesmos, ainda estão noinício. Assim sendo, o
campo
da Holografia Eletrônica ainda encontra-serelativamente inexplorado e aberto a novas pesquisas,
como
as que são2
As
imagens geradas por meio da Holografia Eletrônica, são denominadasmapas
de fase.Cada
ponto domapa
de fase, representa o valor deum
ângulo(delocamento de fase) proporcional ao deslocamento de
uma
região pontual dasuperficie sob teste. -
Os
mapas
de fase apresentamum
elevado nível de ruído etambém
saltos defase.
O
salto de fase ocorre quando o valor do ângulo de fase toma-semenor
doque O ou maior que 21: radianos, nestes casos é gerado urna variação (salto) de 21:
radianos no valor da fase.
O
processamento domapa
de fase visa basicamente a atenuação do ruidoea remoção dos saltos de fase. Este processamento é dificultado pelo fato de que os
saltos de fase não são facihnente removidos na presença de ruído.
Como
os saltosde fase possuem componentes de alta freqüência, os
mesmos
são distorcidos peloprocesso de filtragem passa-baixas. Desta forma, o ruído não pode diretamente ser
filtrado na presença dos saltos de fase.
1.1 - Objetivos do Trabalho
O
primeiro objetivo, deste trabalho de dissertação, é apresentarum
panorama do estado-da-arte das técnicas de tratamento de imagens geradas por
holografia eletrônica que servirá
também
como
referência introdutória para estetema. Desta forma, são abordados vários aspectos relacionados
com
a HolografiaInterferométrica Convencional e a Holografia Eletrônica, desde os conceitos básicos até as técnicas de aquisição e processamento mais difundidas atualmente.
Sempre que possível, são apresentados os modelos matemáticos que dão embasamento teórico às técnicas descritas.
O
segundo objetivo deste trabalho é o aprimoramento .de algmnas técnicasde processamento dos
mapas
de fase atualmente utilizadas. Três novos algoritmosforam concebidos para tratamento de imagens geradas por Holografia Eletrônica:
i) o Filtro
com
Ponderação de Amplitude, que levaem
conta parâmetros demodulação do ruído presente no
mapa
de fase afim
de otimizar o processo de filtragem.O
algoritmo de filtragem está baseado no fato deque alguns dos pontos da superficie medida não geram informações e
devem
ser desconsiderados no processo de obtenção do sinal filtrado.A
estrutura de filtro passa-baixas proposta para o Filtrocom
Ponderação deAmplitude é genérica e pode ser aplicada no processamento de qualquer
tipo de sinal contaminado por ruído ponderado;
ii) o Algoritmo de
Remoção
de Saltos de Fase por Minimização da Energiado Erro de Fase, que remove os saltos de fase levando
em
conta, simultaneamente, todos os pontos domapa
de fase;iii) o Algoritmo de Filtragem após a
Remoção
dos Saltos de Fase, quepermite a aplicação de filtros passa-baixas de banda estreita no processo
de atenuação do ruído presente no
mapa
de fase. ., _
E
apresentada ainda, neste trabalho,uma
novamodelagem
matemática do ruido presente nos sinais gerados por meio da Holografia Eletrônica, que levaem
conta as não-linearidades, presentes na determinação domapa
de fase, pelometodo de Deslocamento de Fase.
Os
três algoritmos apresentam melhorias significativas quando comparadoscom
os algoritmos atualmente utilizados epodem
ser considerados inéditos.Os
mesmos
foram desenvolvidos de forma analítica e foram testados e avaliadosatravés de simulação
em
computador,como
também, experimentahnente, atravésdos resultados obtidos na Estação Holográfica desenvolvida pela Fundação
CERTI
e peloLABMETRO/UF
SC.1.2 - Organização do Trabalho
No
Capítulo 2, apresenta-se a título introdutório, os conceitos básicos e osmodelos matemáticos da Holografia Interferométrica Convencional e da
Holografia Eletrônica.
No
Capítulo 3, realiza-seuma
análise comparativa dosquatro principais métodos utilizados no de tratamento dos
mapas
de franja.Um
dos maiores problemas no tratamento das imagens geradas por meio daHolografia Eletrônica é o alto nível de ruído presente nas mesmas. Desta forma,
no Capitulo 4, apresenta-se as principais fontes de ruído e erros de medição
presentes no processo de Holografia Eletrônica.
É
apresentada ainda neste Capítulouma
nova abordagem para amodelagem
do ruido presente nomapa
de fase.No
Capítulo 5, são descritas as principais técnicas de filtragem passa-baixas4
Um
novo algoritmo de filtragem, denominado "Filtragem Ponderada doMapa
de Fase" é proposto no Capítulo 6, sendo apresentados resultados obtidospor simulação
em
computador eem
uma
Estação Holográfica.No
Capitulo 7, são descritos e comparados os principais algoritmos deremoção de saltos de fase.
No
Capítulo 8, é apresentado eum
novo algoritmo para remoção de saltosde fase denominado "Algoritmo de
Remoção
de Saltos de Fase por Minimizaçãoda Energia do Erro de Fase". Para validação do algoritmo, são analisados
resultados obtidos através de simulações
em
computador eem
uma
EstaçãoHolográfica. ›
No
Capítulo 9, é apresentadoum
novo algoritmo, denominado "Algoritrno de Filtragem após aRemoção
dos Saltos de Fase", que permite a utilização defiltros passa-baixas de banda estreita no processo de atenuaçao do ruído presente
no
mapa
de fase.No
Capítulo 10, são apresentadas as conclusões finais deste trabalho deCONCEITOS
BÁSICOS
DA
HOLOGRAFIA
2.1 -Introdução
Neste capítulo são apresentados os princípios fundamentais nos quais as
técnicas de Holografia Convencional e Holografia Eletrônica estão baseadas.
Desta fonna, serão abordados os vários aspectos relacionados
com
a Holografiadesde os modelos matemáticos até os aspectos referentes a terminologia adotada.
2.2 - Interferência Entre
Duas
Ondas
O
fenômeno da interferência entre ondas é o princípio fimdamental no qual estão baseadas as técnicas interferométncas de medição.O
princípio da superposição de ondas, que é válido para a óptica linear,estabelece que quando duas ou mais ondas se interceptam
em
um
ponto aamplitude resultante naquele ponto será dada pela
soma
vetorial das amplitudesdas ondas originais.
Por simplicidade de equacionamento, considera-se ondas
com
amesma
freqüência e polarizadas na
mesma
direção. Neste caso, a notação vetorial podeser dispensada e as duas ondas
podem
ser definidas por:o=Aei(<°1+¢>
(2.1)6
onde:
.
O
eR
:> frentes de onda;0) :> freqüência angular da onda luminosa; ¢` e
\|/ :> fases arbitrárias das frentes de onda;
A
eB
:> amplitudes das frentes de onda.Sendo A, B, cb e U/ função da posição espacial.
Como
a frente de onda éo lugar geométrico onde o valor da fase é constante, a posição espacial não precisa ser explicitada na equação (2.2).Pelo principio da superposição de ondas, a amplitude no ponto de
intersecção das duas ondas será dada por:
T =
O
+
R
(2.3)onde
T
representa a amplitude total da onda resultante.Substituindo as expressões de
O
eR
na equação (2.3), obtém-se:T=Aej(‹››I+4>)+Bej(‹››I+w) (2,4)
T=(AeJ`¢+BeJ\I')eí°>1
(2.5)A
equação (2.5) expressaia amplitude total resultante da superposição deduas ondas que se interceptam. Quando,
em
um
dado ponto, é efetuada a medidada intensidade luminosa (I), esta será proporcional ao quadrado da amplitude de
T. `
A
Tem-se portanto:
onde T* é complexo conjugado de T.
Desenvolvendo a equação (2.6), obtém-se:
I=A2+B2+2ABcos(¢-\V)
(2.7) definindo: _10=A2+B2
e'11=2AB
(2.8) Substituindo (2.8)em
(2.7), tem-se : I=
10+
I] cos - \|/) (2.9)Nota-se aqui que a intensidade resultante depende da diferença de fase
entre as ondas incidentes, e pode variar entre
um
valormáximo
(lg+
11) quandoa diferença de fase for de 2n1r radianos e
um
valormínimo
(IQ - I1) , quando adiferença de fase for múltipla de (2n+l)1r radianos, sendo n
um
número
inteiro.Este fenômeno é conhecido
como
interferência entre ondas luminosas.2.3 -
Holografia
Em
1948, Dennis Gabor [2,3] publicouum
artigo no qual apresentava osprincípios de
uma
nova técnica que permitia a reconstrução de frentes de ondascomplexas. Devido à inexistência de
uma
fonte monocromáticacom
ascaracterísticas necessárias para a aplicação prática desta técnica, a
mesma
permaneceu
como
uma
curiosidade da ñsica por mais deuma
dezena de anos.Dada
a possibilidade de reconstrução de toda a frente de onda, Gabor batizou esta técnica de Holografia (do grego holos=
todo).A
Holografia éuma
técnica através da qual é possível gravar e reconstruir8
elevada.
Como
resultado, a frente de onda reconstruída pode exibiruma
notávelfidelidade
em
relação à onda original, podendo sermesmo
consideradaindestinguível desta última.
Somente no início da década de 1960,
com
o advento do laser,começaram
a aparecer os primeiros trabalhos práticos sobre Holografia. Desde então, aHolografia lnterferométrica tem sido usada
como
uma
importante ferramentaem
vários campos da mecânica experimental, podendo-se citar:a) medição de microdeslocamentos; b) medição de defonnações mecânicas; c) análise experimental de tensões;
d) determinação do fator de intensificação de tensões;
e) detenninação de propriedades dos materiais;
f) determinação de
modos
e amplitudes de vibrações.2.4 -
Holograma
O
holograma é composto porum
filme
fotográfico exposto por meio deuma
técnica apropriada.
Quando
o holograma é iluminado porum
feixe de laser, égerada
uma
frente de ondacom
asmesmas
características da frente de onda doobjeto que gerou o holograma.
Um
observador ao captar a frente de onda geradaatravés do holograma visualizará o objeto original
com
urna perfeita noção detridimensionalidade.
A
Figura 2.1 ilustra o processo de gravação deum
holograma.O
raio emitido pela fonte de luz monocromática, nomialmenteum
laser, é divididoem
duas partes por
um
divisor de feixe.Umdos
raios é expandido e direcionado parao objeto que reflete a luz, formando
uma
frente de onda de elevada complexidadeque se propaga na direção do fihne fotossensível.
A
outra do laser éexpandida e direcionada diretamente para o
mesmo
filme.A
interferência entre asdivisor
laser dofeixe espemo
| lj
N
A lano __ filtro espacialR
holograma Õ' objeto filtro espacial espelho planoFig. 2.1 - Gravação de
um
holograma.lasfif espelho
I:lfl
W*
filtro espacial.R
observador -_ .imagem
reconstruída hologramaFig. 2.2 - Reconstrução de
um
holograma.Para demonstrar analiticamente que qualquer frente de onda pode ser
reconstruída por meio da holografia, utilizaremos a equação de onda caracterizada
pela notação complexa. -
A
equação de onda que se propagaem
um
meiohomogêneo
no sentidopositivo do eixo
Z
é dada por:10
onde:
¢
=
¢(x,y) :> fases arbitrárias da frente de onda;A
=
A
(x,y) :> amplitudes das frentes de onda;co
=
21rc / 9» :> freqüência angular da onda luminosa;ot
=
21: / 7»D
freqüência espacial da onda luminosa;Ê :> vetor unitário na direção do eixo Z; c :> velocidade da luz;
7» :> comprimento de onda.
u
Considerando que a onda será analisada no plano z=0 e é utilizada
uma
única fonte de radiação (oo é constante e o fator 8 'jm' aparecerá
como
fatormultiplicativo para todas as ondas), toda a informação estará contida na amplitude
e na fase da onda. Assirn sendo, a equação (2.l0) pode ser reduzida para :
_. _.
o-Aenk
(zu)
Para a geração do holograma, urna onda de referência
R
é adicionada àonda O, gerando
uma
onda resultanteT
:Ê=BervE
QA»
T=õ+ñ=AenE+BwwE
(zu)
Supondo
queum
ñlme fotográfico seja colocado no plano z=0, aintensidade luminosa (I) atuante neste
filme
será dada por:1=TT*
`QÀQ
l=A2+B2+2ABc0s(¢-\|/)
.(2.l5)Demonstra-se a seguir que utilizando
um
onda de referência R, parailuminar o holograma, a onda'
O
é reconstruída.Quando
a onda de referência atravessa o holograma a amplitude da onda transmitida é proporcional a intensidade luminosa registrada no holograma.Escrevendo:
_. -0
o,-(ø+‹z1)
R
(2.1ó)onde: B e ot são fatores constantes.
Aplicando (2.l5)
em
(2. 16), tem-se:Õlz
[3B
ejw E +<×[A2+
B2+AB
ej(¢›w)+AB e -j(¢-w)]B
e iw
12õl =
[ [s+‹zB(A2+B2) eiw+‹zB2A e›'¢ +‹zB2A e -1 <¢ -2”/>] E (2.l7)A
equãção (2.l7) pode ser separada, para efeito de análise,em
trêscomponentes.
A
interpretação de cada Luna destas componentes é dada a seguir:'B+otB(A2+B2)
CN
É :> parcela da onda de referência que não sofreudifração;
otB2
A
6'í¢ lt :>imagem
verdadeira composta pela ondareconstruída, que está multiplicada por
um
fator constante ( ot B2);
otB2
A
e 'J (4) '2\V) li :>imagem
conjugada composta pela interação dasfases e amplitudes de ambas as ondas.
A
análise acima é generica, não havendo restrição quanto à forma de ondade referência e do objeto,
nem
sobre a natureza da radiação utilizada (desde que a12
2.5 - Holografia lnterferométrica A
A
holografia pennite a reconstrução da frente de ondacom
um
grau defidelidade tão elevado, que a
mesma
pode ser comparada interferométricamentecom
a frente de onda original do objeto[4].As
ondas superpostas interferem entresi, e ao ocorrerem deslocamentos no objeto que
mudem
a frente de onda original,padrões de interferências, denominados
mapas
de franja serão gerados.A
interferência pode ser obtida tanto por dupla exposição, na qual duasondas são registradas no
mesmo
holograma ou por exposiçãoem
tempo real, naqual oiholograma é revelado e reposicionado. Neste último caso, a frente de onda
gerada pelo holograma é comparada diretamente
com
a frente de onda gerada peloobjeto, gerando padrões de interferência
em
tempo real.Considerando que as ondas geradas tanto pelo holograma quanto pelo
objeto têm a
mesma
fase e amplitudes proporcionais, quando estas ondas sãosomadas no ponto de observação ocorre
uma
interferência construtivacom
a intensificação de todos os pontos da imagem.Ao
serem realizados deslocamentos microscópicos no objeto, as fases daonda serão diferentes da fase do holograma,
como
ilustrado na Figura 2.3:Fonte
F
ObservadorO
/ i Í Holograma/V
objeto › §\. ” 4%\?
Er. ==-1 ei \\\ 1 . ¬Inicialmente o feixe luminoso percorre o caminho Óptico
FP +
PO.
Com
odeslocamento do objeto o feixe passa a percorrer o caminho óptico
Ê'
+
É
A
diferença
Ad
entre os caminhos é dada por :Ad=(fi'+
P_'õ)-(Ê +
É)
(2.18)_.
Como
o deslocamento d é muito pequeno se comparado aos caminhosópticos envolvidos, pode-se considerar que os segimentos
FP
e FP' sãopraticamente paralelos. Desta fonna, a diferença de comprimento dos segmentos
ff' e ~F'l3 será causada somente pela componente do
vetor d, na direção do vetor unitário ñl.
O
módulo
deste deslocamento pode ser facilmente calculado através doproduto vetorial :
Ê'-í>'=-Eí.õ,
(2.l9)pelo
mesmo
principio, através do vetor unitário ñz, calcula-se:W-ñ=
Zi.fi2 (2.2o) substituindo (2.l9) e (2.20)em
(2.l8), tem-se :Aó=ã.fi2+ã.õ,=ã(fi2+fi,)
(2.21)Ad
=
ã § š (2.22)l4
O
vetor de sensibilidade é portantoum
parâmetro geométrico que define oquanto a fase da frente de onda irá variar
em
conseqüência do deslocamentosofiido pela superficie iluminada.
O
valor do vetor de sensibilidade pode ser calculado a partir dascoordenadas da peça e do sistema óptico associado (pontos de iluminação e
observação),
em
relação aum
dado sistema de referência.Desta forma, para
uma
variação de caminho óptico Ad, a variação de faseentre as frentes de ondas será dada por:
A¢
=
2 fzAd
/ i (223)onde :
Ad)
=
A¢(x,y) :> defasagem entre as duas frentes de onda;Ad
=
Ad(x,y)D
variação do caminho óptico de cada ponto.Pela equação da interferometria (2.9),
um
plano de gravação deimagem
perpendicular ao ponto de observação irá registrar a seguinte intensidade luminosa:
1 (X›Y)
=
1 0(X,y)+1l(X›Y) ¢0S (A¢(X›Y)) (2-24)onde I0 representa a intensidade média de iluminação e I1 representa o fator de modulação das fi'anj as.
Caso o deslocamento dos pontos do objeto não seja uniforme
(deslocamentos devido à aplicação de esforços mecânicos) o valor A¢(x,y) não
será o
mesmo
para todos os pontos da imagem, desta forma, será obtidauma
imagem
com
regiões mais claras e mais escuras que são denominadas Franjas Interferométricas. Estaimagem
recebe a denominação deMapa
de Franjas, sendoFig. 2.4 - Mapa de franjas.
2.6 -
O
SpeckleA
imagem
deuma
peça iluminada pela luz do laser aparenta teruma
textura granular, composta por pontos claros e escuros. Estes "grãos" são denominadosspeckles, que significa "mancha"
em
inglês.O
speckle pode ser observado tanto aolho
nú
quanto por instriunentos ópticos.O
processo de fonnação do speckle pode ser descritocom
o auxílio daFigura 2.5.
A
luz do laser ao incidirem
uma
superficie rugosa é refletidaem
várias direções.Um
observador que capte esta luz irá verificar a interferência entre os raiosprovenientes dos diversos pontos da superficie iluminada, pontos escuros serão
gerados pela interferência destrutiva e os pontos claros pela interferência
construtiva dos raios.
O
observador irá perceber portanto run padrão granular aleatóriodenominado padrão de speckle (Figura 2.6).
A
natureza aleatória deste padrão éuma
conseqüência da rugosidade da superficie iluminada.O
fenômeno de formação de speckleem
imagens de objetos iluminadoscom
laser normalmente prejudica o processo holográfico pois osmesmos
se“W V,/rf. .¿zÍ'ú_//¿ ízÍ';;ff/'I r 12€?-/:V4 , ,.,_,¿ .W \,¢../,-=, :í/////// -' ff; % //z .if///2/' <¢%' vfií/› .›/fz, /,, ;, Laser Superficie Rugosa
Fig. 2.5 - Processo de formação do speckle.
H; . _ _ ._ .1¢._A 'šâb .zz . . gÊÍx§,. 0. .;' Tv .v"ë_›*‹.$¡ - z§$i*~1š§“ Í . W; msëššãü. P .Ílššš sê z ‹ Qä _._;_i;~.1 .'‹=‹¡ ‹"\¿ ›1
Fig. 2.6 - Padrão de speckle H dx › . I Í u ....›:À::::::tr::;-z;;::;::r;::t:::::šr:§51;:55::;§;5:::::r;§:::;:Í:;§:;:%:;§5;¿5:;;§5í;5;:;:;;;:;;§;::ä;:;r:;;;;:;š; t ., 9,33, _ , . ¿~;.,, .~› ,,‹. 5,4 . 31. . _i - Y ›l - ,¿‹_ ` i z*
nt
z sz ft. .,‹.,.íf:â,.é§z›t- .zw ¿~?š=?«.‹ '='€f.i$ 3' z.í.'§$~ ,.*^ . gx; ,fa ¿~::à=,' ' ʧ~=z,¿› .,. fifa. âé,;;;-«z A qi,-,;:.:vק na g ~ . ~ `V _,_¡. ~§§'**Ê.i šáz; die 'Í' “* ,-n. ~ ~:« -r za. r' -i ‹- sir; z*;~1¿×'| I. ._ _ \ ~›-1_ fg Vs? \€‹` _; . êqa. . " _' fi›‹¿gi:.., '= '§¶".' *Q z .~'~¡;“. . N* '›. ,¿z Ô *$-: ÍQVÍ'-Í ~, qn ‹- ...L .‹ _ wa. :›_,_ É ¡ ~ as fã' 0 ! «fràššf
N.:O o‹*_ «<›sw,
44! sz « i+râ”'~':*Íâš~ _ ,tr ih QQ 3%á,,s‹ .t r`.i": ,z ':."ti ...z .ëfi *r sã* f« rfsr» z'~
ft*-“`&'i'.¡,,:' ; "¡\I xa ¿;,¡‹š';j' .. “Ji . '.“›~‹w 'f ~“'z . _/. _ ._ "*w
" Ê- Ã: 4.; , ç. H V ` I .zfz;?§z»{~fÀz _!f" ;¿ ea ›'~ '~ -- . '‹- '~‹; ... '.""-.. -' - -z. ã fr ff2
A \`€ Ê»-‹'*\I* az . ff” Q'°°f›1° -4 Y: ës~“" _4z;«›‹ ,f Taaa*
šø Íàifififi
' 16' ¢;{›}@ vv 'fi' gq auf ` if Ú J' Plano de gravação óptica ' "*.?‹*¢;** 4. ê¿':.›í'»à;3- §~"'%” ff* as ~ «‹ W ãázêíã "iÊ3
Ê' ‹§'~Wykes
[5] demonstra que cada speckle será formado pela interferência dosraios difundidos por
uma
pequena região da superficie denominada região deinfluência. Desta fomia, aplicando-se urna carga na superficie, as deformações
geradas sobre
uma
dada região de influência irão gerar variações na intensidadedo speckle associado à mesma.
As
dimensões de cada speckle e das regiões de influência associadas aosmesmos
são dependentes das características do sistema óptico utilizado.Quando
não há
um
sistema óptico para a visualização da superficie, os speckles seformam
provenientes dos inúmeros pontos da referida superficie.
Um
estudo maisdetalhado da teoria do speckle pode ser encontrado
em
[6]. .2.7 -
A
Variação da Fase do SpeckleO
fenômeno de formação do speckle permite a geração demapas
de fasemuito semelhantes aos gerados através da holografia. .A medição de
deslocamentos e deformações na superficie de tuna peça pode
também
serexplicada, graças à
mudança
na fase de cada speckle desta superficie,em
conseqüência do deslocamento sofrido pela peça. Este processo pode ser descrito
mais facilmente
com
o auxílio da Figura 2.7.Fonte
F
ObservadorO
. -O ‹=-1 Objeto 2Fig. 2.7 - Variação da fase do speckle devido à mudança do caminho óptico decorrente do
deslocamento do objeto.
Um
feixe de luz coerente partindo deuma
fonte F, incidindo na superficieno ponto P e dirigindo-se ao observador O, descreve o caminho óptico dado por
(FF +
É).
Quando
o objeto é deslocado e o pontoP
passa para a posição P', o feixepassa a descrever o caminho
(W
+ FÕ).
De
forma análoga à holografial8
_...
A¢-21z(ó.s)/À
(225)A
equação (2.25) mostra que a variação de fase do speckle está diretamenterelacionada
com
a componente do deslocamento na direção do vetor desensibilidade.
Para que o observador possa visualizar esta variação de fase é nescessário
que ao feixe de luz proveniente do objeto seja adicionado
um
feixe de referência.A
interferência entre os dois feixes irá geraruma
variação na intensidade dosspeckles que será firnção da variação de fase dos mesmos.
Para que as franjas sejam geradas é necessário que as intensidades
resultantes da interferência do feixe de referência
com
os padrões de speckles,relativas ao objeto antes e depois do deslocamento, sejam subtraidas.
Como
asubtração de intensidades não pode ser realizada diretamente sobre
um
filme fotográfico, é necessário que seja utilizadoum
sistema de aquisição de imagens.2.8 - Holografia Eletrônica
Por ser bastante recente não existe ainda, a nível intemacional,
uma
unanimidade quanto à denominação da técnica que utiliza a variação de fase dos
speckles
como
principio de determinação de deslocamentos.Alguns autores [7] utilizam a denominação Electronic Speckle Pattern
Interƒerometrzy (ESPI), outros [8] utilizam o termo
TV
Holography.Há
aindaautores que
usam
a denominação de Digital Speckle Pattern Intefferometry (DSPI). Neste trabalho adotaremos a denominação de Electronic Holography [9]ou
Holografia Eletrônica [10] , por considerarmos esta denominação maisrepresentativa, haja vista que os resultados obtidos
com
esta técnica (quedependem
da aquisição de imagens através de sistemas eletrônicos)são
equivalentes aos obtidos por meio da Holografia convencional.A
Holografia Eletrônica é, portanto, urna técnica onde os padrões de speckle da superficie a ser medida interferemcom
um
padrão de referência e são captadospor Luna câmera de video.
Duas
ou mais imagens deste padrão de interferência sao obtidasem
instantes diferentes e-referentes à configuração original e a configuraçãocom
deformação da superficie a ser medida.
O
padrão das franjas é obtido através doprocessamento digital destas imagens. -
A
intensidade paraimagem
da superficie original (sem formação) é dadapor:
1í‹›‹,y›=1‹›‹×,y›+11‹›‹,y›z‹›s‹‹1›i‹›‹,y›› ‹2.2õ›
onde I0(x,y) representa a intensidade de iluminação média e I1(x,y) representa o fator de modulação dos speckles.
Considerando que a intensidade média I()(x,y) e o fator de modulação
I¡(x,y)
permanecem
constantes após a superficie ser deformada, a intensidade daimagem
obtida após o deslocamento é dada por :1f(X›y) =10(X›Y)
+
1l(X›>') COS (¢f(×›Y)) (2-27)onde a variação da fase é dada por:
A¢‹×,y›=¢f‹×,y›-¢i‹×,y› ‹2.28›
subtraindo as imagens If(x,y) e I¡(x,y), obtém-se:
'1(×,y)
=
1f(X,y) -1i(×,y) (2-29)Aplicando as equações (2.26), (2.27) e (2.28)
em
(2.29), tem-se :1(X›y)
=
11(×,y) l 005 (¢f(X,y)) - 005 (¢i(X,y)) 120
Observa-se da equação (2.30) que :
'
1(×,y)
=
o ,A¢(×,y)= zmz
,n=
o,1,2,...1(×,y)
=
-z 11(×,y) , A¢(×,y)=
(2n+1)zz ,n= o,1,2,...Desta forma será obtido
um
mapa
de franjas semelhante ao obtido por meiode Holografia Interferométrica convencional mostrado na Figura 2.4.
2.9 -
O
Mapa
de FaseUma
imagem
contendouma
variação de fase é denominadamapa
de fase epode ser representada por:
A¢(×›y)
=
A
<P(X,y) - 2 ff N(x,y) (2-31)onde:
A¢(x,y) :> módulo 21: da variação da fase causada pelo
deslocamento do objeto;
N(x,y) :>
número
de voltas inteiras associadas ao ângulo de fase;A
‹p(x,y) :> variaçao completa da fase.O
número de voltas N(x,y) deve ser detemiinado pela aplicação dealgoritmos de remoção de saltos de fase (unwrapping).
O
problema de remoção desalto de fase será abordado,
com
mais detalhes, no Capítulo 7 desta dissertação.2.10 - Vetor de Sensibilidade
_.
O
vetor de sensibilidade S é de fundamental importância para a holografiainterferométrica, pois somente os módulos das componentes dos deslocamentos
deslocamentos tridimensionais são necessários três
mapas
de fase obtidos atravésde três vetores de sensibilidades linearmente independentes._Para variar o vetor de
sensibilidade dois tipos de configuração de iluminação
podem
ser utilizados :i) iluminação simples '
ii) iluminação dupla
2.11 - Iluminação Simples
Esta configuração possibilita a obtenção de
um
vetor de sensibilidadenormal à superficie iluminada. Somente
um
feixe de luz ilumina a peça a sermedida, enquanto que outro feixe, denominado de feixe de referência, ilumina
um
dos braços do interferômetro (espelho parcial) onde ocorre a superposição entre o feixe proveniente da peça
com
o feixe de referência._.
O
vetor S será dado pelasoma
vetorial de dois vetores unitários,um
nadireção da fonte de iluminação e outro na direção do observador (plano óptico de
gravação).
Como
pode ser observado na Figura 2.8, pode-se obterum
vetor resultante aproximadamente nonnal à superficie do objeto.Superficie de referência Fonte l Plano Óptico |
1
de gravação |4
'lx
Espelho -› parcial S Fonte 2 _22
2.12 - Iluminação
Dupla
Esta configuração possibilita obtenção de vetores de sensibilidade
em
um
plano (x,y) paralelo à superñcie a ser medida, através da utilização de duas fontes
de iluminação,
como
mostra a Figura 2.9.Fonte 1 _D U1 ., 1, .zz.. vz ×,‹ Plano óptico
`
.I de gravaçao 5; __V
S/
ng Fonte 2Fig. 2.9 - Iluminação dupla.
Por se tratar de
um
sistema linear, a influência de cada fonte luminosa podeser considerada separadamente, sendo que cada caminho Óptico terá
uma
variaçãodistinta
em
função do deslocamento da superficie:Adl
=
ã. (fz, -fi,) (232)Aziz
=
Ei. (za, -fi,) (233)onde:
Ad] :> variação do caminho óptico que vai da fonte 1 ao observador;
A
variação total do caminho óptico será dada por1Ad
=
E1 . š=
Ad) -Ad; (233)A‹1= ã. (za, -ñ,
-õ, +53)
(234)Aà=
ã. (õ,-fi,) (235)Desta forma, o vetor de sensibilidade será dado por:
š
=
(ñ, -z-1,) (2.3ó)É
importante salientar que, devido ao problema de ambiguidade da fase, adetemiinação do sentido do vetor de sensibilidade dado pela equação (2.36)
depende do método utilizado na aquisição e tratamento do
mapas
de fi'anjas emapas
de fase.Como
será exposto no Capitulo 3, para os métodos que atuam sobremapas
de franjas ( método do Esqueleto e método da Transformada de Fourier), a
determinação do sentido do vetor de sensibilidade deve ser realizada
com
baseem
parâmetros experimentais. Já para os métodos que atuam sobre os
mapas
de fase(método do Deslocamento de Fase) o sentido do vetor de sensibilidade pode ser
determinado de forma analítica.
Como
os vetores nl e n3 são unitários, o valor dosmesmos
pode ser facihnente obtido a partir das coordenadas da peça e do sistema óptico associado.24
A
Figura 2.10 mostra que a orientação do vetor de sensibilidade no plano(x,y) é dada pelas coordenadas das fontes luminosas projetadas neste plano.
Plano óptico Fontel de gravação
O
-›Y.
Y0
L
X Fonte2Fig. 2.10 - Vetor de sensibilidade no plano (x,y).
2.13 - Determinação de Deslocamentos Tridimensionais Através da Holografia
Para
um
dado objeto, deseja-se obter o valor de deslocamento deuma
região da superficie domesmo
devido à aplicação deuma
carga.O
deslocamentoserá medido para
um
conjunto de pontos desta superficie, projetadosem
um
planoóptico de gravação [12]
(um
fihiie fotográfico ouum
arranjoCCD),
queconsideraremos
como
sendoum
plano de referência (x,y).O
deslocamento do conjunto de pontos da superficie pode ser representadopor
uma
matriz de vetores de deslocamentos d(x,y), onde a coordenada (x,y)representa o ponto de projeção da superficie da peça no plano de referência [l 3].
Com
o objetoem
repouso são adquiridas três imagenscom
três formas deiluminação distintas. Cada forma de iluminação gera
um
vetor de sensibilidade,sendo que através do adequado posicionamento das fontes luminosas são obtidos
os seguintes vetores de sensibilidade:
šx
D
vetor paralelo ao eixo x do plano de referência (x,y);Êy :> vetor paralelo ao eixo y do plano de referência (x,y);
Este conjunto de vetores de sensibilidade forma
uma
base para o espaçotridimensional.
Na
práticanem
sempre se consegue vetores paralelos aos eixos dosistema de referência, entretanto, sendo os vetores lineramente independentes,
uma
mudança
de base sempre pode ser aplicada.Aplicando-se
uma
carga no objeto, os pontos da superficie irão se deslocaretrês novas imagens são adquiridas,
uma
para cada vetor de sensibilidade. Destaforma très
mapas
de fase serão obtidos:1×(×.y)
=
11×(×,y) [ cos (¢fi‹(×,y))) - <>0S (¢i×(X,y)) 1 (2-37)Iy(X›y)
=
11y(X,y) [ COS (¢fy(X›y) ) - ¢0S (¢¡×(×,y)) 1 (2-38)1z(×,y)
=
11z(×›y) [ cos (¢fz(×,y) ) -ws
(¢¡×(×›y)) 1 (239)Através de métodos que serão detalhados no Capítulo 3 os valores dos
deslocamentos de fase segundo cada vetor de sensibilidade (A‹1›X(x,y) , A¢y(x,y)e
A¢z(x,y)) são determinados, e 0 deslocamento d(x,y) pode ser calculado
com
base nas seguintes equações:A¢x‹›‹,y›
=
2 fz ‹ã‹›‹,y› . šx> />» <2.4‹››-à _.
A¢y(×,y)