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Análise do Planejamento e Controle da Produção aplicado em Obra Civil

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Academic year: 2021

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CENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO MECÂNICA

SILVIA INACIO MARTINS DE CASTRO

ANÁLISE DO PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO APLICADO EM OBRA CIVIL

FORTALEZA 2014

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SILVIA INACIO MARTINS DE CASTRO

ANÁLISE DO PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO APLICADO EM OBRA CIVIL

T r a b a l h o d e C o n c l u s ã o d e C u r s o a p r e s e n t a d o a o C u r s o d e E n ge n h a r i a d e P r o d u ç ã o M e c â n i c a d o d e p a r t a m e n t o d e E n ge n h a r i a d e P r o d u ç ã o d a U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d o C e a r á , c o m o r e q u i s i t o p a r c i a l p a r a o b t e n ç ã o d o T í t u l o d e E n g e n h e i r a d e P r o d u ç ã o M e c â n i c a O r i e n t a d o r : P r o f . D r . S é r gi o J o s é B a r b o s a E l i a s F O R T A LE ZA 2 0 1 4

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C353 Castro, Silvia Inacio Martins de.

Análise do Planejamento e Controle da Produção aplicado em Obra Civil / Silvia Inacio Martins de Castro. – 2014.

60 f. : il. color.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Tecnologia, Curso de Engenharia de Produção Mecânica, Fortaleza, 2014.

Orientação: Prof. Dr. Sérgio José Barbosa Elias.

1. Planejamento e Controle da Produção. 2. Construção Civil. I. Título.

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S ILV IA INAC IO MARTINS DE CASTRO

ANÁLISE DO P LANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO AP LICADO EM OBRA C IVIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresent ado ao Curso de Engenharia de Produção Mecânica do departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Tí tulo de Engenheira de Produção Mecânica

Orientador: Prof. Dr. Sérgio José Barbosa Elias

Aprovada em: __/__/____

BANCA EXAMINADORA

____________________________________ Prof. Sérgio José Barbosa Elias, Dr.

Orientador

_____________________________________ Prof. Marcos Ronal do Albertin

Examinador – UFC

____________________________________ Profa. Morgana Baratta Monteiro de Mello Nunes

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À Deus.

À minha família no sentido mais completo que significa essa palavra.

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AGRADECIMENTOS

Um trabalho de conclusão de curso envolve não só a pesquisadora, mas também muitas pessoas, que direta ou indiretamente, com ela colaboram em grande parte.

Em primeiro lugar: Deus. Aquele que me deu o dom da v ida e tem cuidado da minha vida todos os dias, a Ele todo esse trabal ho e tudo o que sou hoje e sempre.

Aos meus pais que são os present es mais lindos que eu tenho na terra. Obrigada pela paciência comi go e por me ajudarem a conseguir chegar até aqui. Obri gada aos meus irmãos e a t oda a minha família que , longe ou perto, sempre senti o carinho de vocês e a força porque acreditam em mim.

Aos meus professores de graduação e, muito especialmente, meu orientador Sérgio Elias que vem me aj udando e a cada di a me espelho em ser al guém tão competente , profissional e inteligente como ele é.

Aos meus amigos de faculdade, esp ecialmente Anali a Vieira, Gabriela Pessoa, Glenia Pinheiro, Livia Rodrigues, Mariana Pessoa e Paulla Calhado : vocês fizeram tudo isso valer muito a pe na. Obri gada p or essa form ação. T am bém ao meu grupo de oração que diari amente me deu toda a força que eu preciso . E, claro, à Chloé, Larissa e Renato por serem os melhores amigos e irmãos do meu coração.

Por fim, aos m eus colegas de trabalho , especialmente Ícaro Sampai o, Sandro Gheller, Danuzio Ferreira e Heitor Studart pelo aprender de todo dia, pelo apoio e por serem os profissionais que me espelho .

Muito obrigada a t odos que acreditaram (e continuam acreditando) em mim e fizeram isso dar certo.

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"Não que possamos reivindicar qualquer coisa com base em nossos próprios

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méritos, mas a nossa capacidade vem de Deus." (2 Coríntios 3:5 )

RESUMO

O Planejamento e C ontrole da Produção (PCP) é formado por um conjunto de estrat égias e ferramentas que quando adequadamente utilizadas nas organizações, influenciam positivamente na eficiência do seu sistema produtivo. Diante dessa importânci a que o PCP tem, o objetivo desse trabalho foi de m ostrar como é real izado atualmente o PCP em uma Construção Civil e analisa -lo, identificando e propondo pontos de melhoria para aperfeiçoamento desse planejamento na obra . A estratégia utilizada nesse trabalho foi identificar , por meio de livros e estudos de caso , o que tem sido realizado em outras obras e, assim, sugerir novas ferram entas, além das que são utilizadas atualmente, para aprimorar o planejamento e controle da produção atual, adequandoo, para atender as datas pré -estabelecidas e satisfa zer as necessidades do cliente.

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ABSTRACT

The production planning and control (P PC) is formed by a set of strategi es and tools when properl y used in organizations, it influences, positivel y, the efficienc y of the s ystem production. By this importance t hat the PPC has, the objective of this work is to show how the PPC is currentl y held in a Construction and anal yzes it, identifyi ng areas for im provement. The strategy used in this work is to identify through books and case studies which have been carried out in other articles and thus suggest new too ls, beyond those that are currentl y used t o enhance the production planning and control of the current situation at t he construction, adapting the thus to meet the pre -establi shed dates and meet customer needs.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - O control e como garantia de eficiênci a e eficácia ... 18

Figura 2 - Planejam ento como meio de i nterligação do projeto e construção ... 19

Figura 3 - O fluxo de informações da programação da produção ... 21

Figura 4 - Exemplo de Dimensionament o do Pacote de Trabalho ... 22

Figura 5 - R ede de um projeto ... 23

Figura 6 - Definição da Linha de Balanço ... 25

Figura 7 - Nível típico de custos e de pessoal do projeto ao longo do seu ciclo de vida ... 27

Figura 8 - O entendi mento de um projeto pelos Stakeholders ... 28

Figura 9 - Exemplo de estrutura analítica do projeto com al guns ramos decompostos até o nível de pacotes de trabalho ... 37

Figura 10 - Fases do Ciclo PDCA ... 36

Figura 11 - Proj eto Terminal Portuário de Passageiro ... 39

Figura 12 - Situação Prevista x Situação Real do Empreendi mento .. 40

Figura 13 - Fotos Novo Terminal de Passageiros ... 41

Figura 14 - Parte do Escopo comentado na Reunião de Abertura da Obra ... 43

Figura 15 - EAP – Terminal de Passageiros ... 44

Figura 16 - Cronograma Terminal de Passageiros Modelo 1 ... 46

Figura 17 - Cronograma Terminal de Passageiros Modelo 2 ... 47

Figura 18 - Modelo do acompanham ento de executado ... 48

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Exemplo de Dimensionamento do Pacote de Trabalho para ser

aplicado na Obra do TMP ...52

Tabela 2 - Cál culo do Tempo do Rítmo... ...53

Tabela 3 - Início e Fim das atividades... ...53

Tabela 4 - Início e Fim das atividades e E quipes... ...54

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LISTA DE ABREVIA TURAS E SIGLAS

CPM - Critical Path Method / Método do Caminho Crítico EAP - Estrutura Analítica de Projeto

MP - Matéria Prima PA - Produtos Acabados

PCP - Planejamento e Controle da Produção

PDCA - Plan, Do, Check, Act / Planejar, Fazer, Checar, Agir

PERT - Program Evaluation and Review Technique / Técninca de Avaliação e de Revisão de Pro gramas

PMI - Project Management Institute / Instituto de Gerenci amento de Projetos

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ... 13 1.1 Contextualização ... 14 1.2 Objetivos ... 13 1.2.1 Objetivo Geral ... 13 1.2.2 Objetivos Específicos ... 13 1.3 Justificativa ... 14 1.4 Metodologia da Pesquisa ... 14 1.5 Estrutura do Trabalho ... 15

2. FUNDAMENTAÇ ÃO TEÓR ICA ... 17

2.1 O Planejamento e Controle da Produção ... 17

2.1.1 O Planejamento e C ontrole da Produção em Obra Civil 18 2.1.2 Programação da Produção ... 20

2.1.3 Técnicas do Pl anejamento / Programação da Produção ... 22

2.2 Gerenciamento de Projetos ... 26

2.2.1 Escopo ... 28

2.2.2 Estrutura Anal ítica d o Projeto (EAP) ... 30

2.2.3 Cronograma ... 32

2.3 Ciclo PDCA ... 36

3. ESTUDO DE CASO ... 38

3.1 Caracterização da organização ... 38

3.2 Descrição das etapas da aplicação da metodologia ... 41

3.3 O Planejamento e Controle da Produção do Estado Atual ... 42

3.3.1 Definição do Escopo ... 42

3.3.2 Estrutura Anal ítica d o Projeto ... 44

3.3.3 Cronograma da obra ... 44

3.3.4 Controle das atividades ... 47

3.4 Análise do Planejamento e Controle de Produção da Obra ... 49

3.5 Sugestões de m elhoria para o PCP da Obra ... 51

4. CONC LUSÃO: ... 56

5. REFERÊNC IAS ... 58

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1. INTRODUÇÃO 1.1 Contextualização

A organização utilizada no estudo de caso é um consórcio (formado por duas empresas) responsável pela construção do Terminal Marítimo de Passageiros de Fortaleza, estado do Ceará.

O setor de Planejamento e Controle da Produção assum e grande responsabilidade em gerenci ar primeiramente o projeto detalhando todos os requisitos do cliente e definindo todas as atividades que deverão ser realizadas na obra.

Segundo HOWELL (1999), o gerenciamento dos efeitos da interdependência entre as diversas atividades da cons trução e da variabilidade a qual estão sujeitas é essencial para se entregar o projeto no menor tempo possível. Assim, visando entregar a obra com o menor atraso possível, surge a necessidade de melhorar a confiabilidade e a previsibilidade das atividades. Nesse sentido, o planejamento e controle da produção deve estar bem estruturado para conseguir obter esses resultados.

Diante disso, surge a necessidade de se entender e analisar como está sendo realizado o PCP na obra atualmente e o que se pode fazer para aprimorá-lo afim de aumentar a previsibilidade das atividades e gerar resultados positivos na execução da obra .

1.2 Objetivos

A pesquisa será desenvolvida a partir dos seguintes objetivos:

1.2.1 Objetivo Geral

Analisar o Planej am ento e Controle da Produção de uma Obra Civil, identificando pontos de melhoria e propondo técnicas alternativas que possam aprimorar o planejamento atual.

1.2.2 Objetivos Específicos

 Descrever como é realizado o Planejamento e Controle da Produção (PCP) na empresa ;

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 Identificar as técnicas de PCP que são utilizadas pela empresa;  Analisar como é realizado o PCP na empresa ;

 Propor técnicas que possam aprimorar o planejamento e controle da produção na obra.

1.3 Justificativa

Diante das particularidades da indústria de construção civil (custo de contrato, exigências do cliente, gerenciamento do projet o , entre outros fatores) que a torna bastante complexa, é necessário que se faça uma busca por técnicas de gerenc iamento para que seja alcançado com eficiência o objetivo final, a obra desejada (ARAÚJO e MEIRA, 1997).

Com a competitividade do setor civil onde grandes empresas tem exercido grande influência no mercado (como Andrade Gutierrez, Odebrecht, Queiroz Galvão, entre outras) é importante que as empresas apresent em um diferencial no seu gerenciamento de sistema produtivo para obter lucro por meio de redução de custos.

Enxergando essa realidade, surge a importância das empresas possuírem um processo bem estrut urado de Planejamento de Controle da Produção (PCP), pois isso irá influenciar diret amente no desempenho do setor produção, obt endo aumento na produtividade, diminuição de perdas na produção agregando qualidade aos produtos (FORMOSO, 2001)

1.4 Metodologia da Pesquisa

Segundo Silva e Menezes (2005), o emprego de procedimentos científicos na busca de soluções para problemáticas ainda não solucionadas pode ser definido como processo de pesquisa. As formas clássicas de classificação de pesquisas são: natureza, forma de abordagem, objetivos e procedimentos técni cos.

Quanto à natureza, a pesquisa aqui apresentada pode ser classificada como aplicada porque gera conhecimentos para aplicação prática diri gida à solução de problem as específicos.

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Do ponto de vista da forma de abordagem, ela é considerada qualitativa por estar mais relacionada à interpretação dos fenômenos, e análise do processo e seus signifi cados.

Em relação aos objetivos, é considerada uma pesquisa descritiva porque levanta dados existentes da empresa onde a autora trabalha efetivamente e tem acesso in loco aos dados que aqui foram fornecidos. Assim, por meio da bibliografi a, são encontradas soluções que possam aprimorar o sistema de planejamento e controle da produção da empresa.

Quanto aos procedimentos técnicos utilizados neste trabalho, é englobada uma pesquisa bibliográfi ca em literatura, com o intuito de construir uma fundamentação teó rica preliminar a aplicação dos conceitos; uma pesquisa documental para coletar dados através de relatórios da empresa; um estudo de caso por envolver um estudo nas atividades realizadas na empresa e, por fim, uma pesquisa pois dados levantados foram obtidos pela própria autora diret amente da empresa.

1.5 Estrutura do Trabalho

Este trabalho encontra -se dividido em capítulos para melhor organização e entendimento dos conceitos e análises levant adas.

No primeiro capítulo, é feita uma cont extualização da p roblemática que ocorre na empresa que devem ser analisadas ao longo dessa pesquisa. Além disso, é apresentado o objetivo geral e específico do trabalho e a justificativa para a realização do mesmo.

No segundo capítulo serão encontrados os referenciais teó ricos que vão auxiliar na exploração e conceitos referentes ao planejamento e controle da produção , tanto conceitos gerais como aplicados em obra s civis. E, além disso, temas relacionados com o gerenciam ento de projetos que estão diret amente ligados ao pl a nej amento da empresa.

O tercei ro capítulo apresent a o estudo de caso abordado no trabalho. Assim é descrita um pouco da empresa, levantando informações de como é realizado o planejamento e controle da produção da obra, é analisado esse

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modelo baseado nas bibliografi as e resultados e, por fim, são levantas ideias que possam aprimorar o sistema de planejament o e controle da produção da obra.

O quarto capítulo apresent a as concl usões que podem ser obtidas referentes ao modo que a empresa t em aplicado o planejam ento e controle da produção e as demais contribuições que podem ser feitas para aprimorar esse sistema.

Por fim, no final do trabalho, encontram -se as referências que foram utilizadas para a realização desse trabalho.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 O Planejamento e Controle da Produção

Independent emente do sistema produtivo das empresas, após se criar a meta e estrat égia dela, faz -se necessário a criação de planos que possam auxiliar no caminho de chegar at é essa meta. A forma como serão administrados todos os recursos humanos sobre os físicos, permitindo a correção de prováveis desvios, são atividades desenvolvidas pelo Planejamento e Controle da Produção (T UBINO, 2000).

Além dessa administraçã o de recursos humanos e físicos, as atividades do Planejamento e Controle da Produção (PCP) envolvem um a série de tomas da decisão. Segundo Fernandes (2010), essas decisões t em o objetivo de definir o que, quanto e quando produzir, comprar e entr egar, além de quem e/ou onde e/ou como produzir.

Segundo Tubino ( 2000), as atividades do PCP são exercidas em três níveis hierárquicos das atividades produtivas:

-No nível estratégi co é realizado um Plano de produção par a um período de longo prazo segundo a dis ponibilidade de recurso s financeiros ;

- No nível tático onde é desenvolvido o Plano Mestre da Produção (PMP) que está rel acionado com planos de médio prazo;

- No nível operacional onde é realizada a Programação da Produção (PP) que são planos de curto pr azo e administram assuntos como a gest ão de estoques, ordens de compra, fabricação e m ontagem.

De acordo com Chiavenato (1990 , p.83), “Se tudo ocorresse exatamente de acordo com o que foi planejado, não haveria necessidade de controle de produção. Existe controle porque sem pre algo sai fora do planejado.”

Ainda segundo Chiavenato (1990, p.84) “o controle da produção (CP) é a ultima fase do PCP, que acompanha, avalia e regul a as atividades produtivas para mantê -la dentro do planejado”. O controle da produção

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deve existir sempre e de forma bem próxima para que tenha a certeza de que as metas do pl anejamento estão sendo realizadas e da forma correta. Ou seja, ele vai apontar se as atividades estão sendo eficazes e eficient es.

F i g u r a 1 : O c o n t r o l e c o mo g a r a n t i a d e e f i c i ê n c i a e e f i c á c i a

F o n t e : C h i a v e n a t o ( 1 9 9 0 ) a p u d P a u l a , d e ( 2 0 0 7 )

Resumidamente, o PCP pode ser definido como sendo um conjunto de atividades gerenciais a serem executadas, para que se concretize a produção de um produto (P IRES, 1995).

2.1.1 O Planejamento e Controle da Produção em Obra Civil

O Planejamento da Produção está ligado com a antecipação de identificar os fatores que podem interferir no processo produtivo. No caso da construção civil, o processo produtivo está vinculado a transformar mão de obra, equipamentos, produ tos (cimento, madeiras, tintas, etc.) em um a edificação como casas, portos, estradas, hospita is, por exemplo.

Para Marchesan (2001), o processo produtivo na construção civil acaba sendo conduzido por planos informais, elaborados pelos executores da obra que, muitas vezes, são diferentes dos planos formais.

A grande preocupação na construção civil é que as ferramentas do Planejamento e controle da Produção no processo produtivo nem sempre são bem utilizadas, reduzindo o potencial produtivo das em presas.

(20)

Q u a l q u e r q u e s e j a o t i p o d e p l a n i f i c a ç ã o é i mp o r t a n t e l e m b r a r q u e a f a l t a d e u m b o m p l a n e j a me n t o a f e t a r á d i r e t a me n t e n a d i s p o n i b i l i d a d e d e r e c u r s o s d i s p o n í v e i s p a r a a e l a b o r a ç ã o o u e x e c u ç ã o d a o b r a ( B O RG E S , 2 0 1 3 , p . 5 ) .

A maior responsabilidade que as empresas de construção civil enfrent am quanto ao planejamento e controle da produção é tenta r i gualar as tomadas de decisões, estudos, desvios ocorridos e os diagnósticos para esses desvios, baseados ao próprio planejamento inicial.

V a l e r e s s a l t a r q u e q u a n d o t r a t a mo s d e o b r a , o p l a n e j a me n t o t e m q u e s e r i n f i n i t a m e n t e m a i s p r e c i s o e r á p i d o j á q u e a e x e c u ç ã o d a m e s m a d e v e r á a c o n t e c e r e m u m p r a z o mí n i m o . E m c a s o d e a l g u m d e s c u i d o c o n c l u s i v o , p o r p a r t e d o g e s t o r , p o d e r á o c a s i o n a r u ma o n e r a ç ã o e x a c e r b a d a d e c u s t o s q u e , a u t o ma t i c a me n t e , o c a s i o n a r á e m u m d i m e n s i o n a me n t o q u a n t i t a t i v o e r r ô n e o d o s r e c u r s o s n e c e s s á r i o s p a r a a e x e c u ç ã o d a c o n s t r u ç ã o ( B O R G E S , 2 0 1 3 , p . 6 ) .

De um modo geral, percebe-se que os recursos dos processo s produtivos devem ser cont rolados e corretamente investidos em atividades que tragam benefíci os reais e imediatos e, além disso, é im portante atentar para o planejament o, o estudo, a concepção, o projeto, para obter uma melhor qualidade nos resultados.

Assumpção (1988), afirma que o pl anejamento situa -se entre o projeto e a construção de um empreendimento, como um instrumento interligado entre etapas.

F i g u r a 2 : P l a n e j a me n t o c o mo m e i o d e i n t e r l i g a ç ã o d o p r o j e t o e c o n s t r u ç ã o

(21)

Segundo Prado (2002), na etapa de anteprojeto, o planejamento auxilia fornecendo parâmetros para definição e alternativas, pois estabelece projeções globais sobre o comportamento de custos, prazos e recursos. Já na parte de projeto, o planejamento auxilia na elabor ação de estudos de viabilidade e estudos preliminares.

Com a construção em andamento, o planejamento auxilia na aferiçã o, comparação e reprogramação das operações, o que demonstra a função de controle para o planejamento.

2.1.2 Programação da Produção

A Programação da Produção (PP) é uma parte integrante do Planejamento da Produção a qual detalhar as atividades que serão desenvolvidas. Ela define como, quando e com que recursos qualitativos e quantitativos da construção serão execut adas essas atividades .

Stevenson (2001) afirma que é por meio da programação que se obtém um equilíbrio entre custos e benefícios, buscando utilizar de modo eficiente todos os recursos disponíveis (mão de obra, equipamentos e instalações), além de diminuir o tempo de espera d o cli ente e estoque, assim como o tempo de processamento.

Para Chiavenato (1990, p. 58) “a programação da produção corresponde ao det alhamento do Plano de produção e a sua transform ação em ordens de produção ou compra que deverão ser executadas cotidianamente pelas respectivas seções envolvidas” . A figura 4 a seguir mostra o fluxo de informações da programação da produção. Conforme defendido por Chiavenato (1990), ela está interligada desde o momento da compra até m esmo a estocagem do material.

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F i g u r a 3 : O f l u x o d e i n f o r ma ç õ e s d a p r o g r a ma ç ã o d a p r o d u ç ã o

F o n t e : C h i a v e n a t o , 1 9 9 0 , p . 5 9

A Program ação da Produção além de estabelecer um roteiro de tarefas para os diversos setores da empresa que estão envolvidas no processo produtivo, também estabelece um fl uxo de informações ent re todas as áreas envolvidas com a intenção de com andar, coordenar e i ntegrar todo o processo produtivo da empresa.

Segundo Chiavenat o (1990, p. 60) os objetivos da programação da produção são os seguintes:

a) Coordenar e integrar to dos os órgãos envolvidos direta ou indiretamente no processo produti vo da empresa;

b) Garantir a entrega dos produtos acabados (PA) ao cliente nas datas previstas ou prometi das;

c) Garantir disponibilidades de mat éri as -primas (MP) e componentes que serão requisitados pelos órgãos envolvi dos;

d) Distribuir a carga de t rabalho proporcionalmente aos diversos órgãos produtivos, de modo a assegurar a m elhor sequência da produção e o melhor resultado em termos de efici ênci a e efi cáci a;

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e) Bal ancear o processo produtivo de modo a evitar gargalos de produção, de um lado, e desperdícios de capacidade, de outro;

f) Aproveitar ao máximo a capacidade instalada, bem como o capital aplicado em MP, PA e materiais em processamento.

g) Estabel ecer uma maneira racional de obtenção de recursos, como MP (Compras), de mão -de-obra (Pessoal ), de máquinas e equipamentos (Engenhari a) et c;

h) Estabelecer, através de ordens de produção, padrões de controle para que o desempenho possa ser conti nuamente avaliado e melhorado.

2.1.3 Técnicas do Planejamento / Programação da Produção

Existem algumas técnicas descritas pelos autores que auxiliam no processo do Planej amento, Programação e Controle da Produção (PPCP). Algumas bastante simples, como o cál culo de Horas -Homens Trabalhadas para se encontrar a produtividade, e, assim, definir o plano de quanto tempo será necessário para a realizaç ão daquela atividade como técni cas conhecidas nas bibliografias: PERT/CPM, Linha de Balanço, entre outras.

Como exemplo, citado anteriormente, Angelim (2009) mostra em seu estudo de caso a ferramenta de horas homens sendo aplicada e gerando um quadro cham ado Di mensionamento do Pacote de Trabalho .

F i g u r a 4 : E x e mp l o d e D i me n s i o n a m e n t o d o P a c o t e d e T r ab a l h o

(24)

O PERT (Program Evaluation and Review Techni que - Técninca de Avaliação e de Revisão de Programas) e o CPM (Critical Path Method - Método do Caminho Crítico ) são sistemas que servem para coordenar projetos que vai integrar e correlacionar as atividades do planejam ento, coordenação e controle . O Primeiro foi desenvolvido em 1958 pela m arinha norte-americana, pela Lockeed Aircraft e pela firma de consultoria Booz

A l l e n a n d H a m i l t o n. A segunda foi desenvolvida em1957 por consultores da

R a m i n g t o n R a n d U n i v a c (FERNANDES , 2010).

Muitos autores defendem que a diferença entre as duas técnicas est á na consideração do tempo das atividades: o CPM considera tempos determinísticos e o PERT trabalha com tempos probabilísticos utilizando três estimativas de t empo: otimista, pess imista e mais provável.

Segundo TUB INO ( 2000) A t écnica PERT/CPM consiste em, primeiramente, cri ar um diagrama ou uma rede de atividades que compõem o projeto e que sejam representadas todas as dependências que existem entre essas atividades. A partir da í, são inseridos os tempos e a distribuição de recursos necessários para atingir a previsão de conclusão do projeto.

Como mostrado na figura 4 , a rede PERT/CPM é formada por um conjunto interligado de setas e nós.

F i g u r a 5 : R e d e d e u m p r o j e to

F o n t e : M a r t i n s e L a u g e n i ( 2 0 0 5 , p . 4 1 9 )

A s s e t a s r e p r e s e n t a m a t i v i d a d e s d o p r o j et o q u e c o n s o m e m d e t e r m i n a d o r e c u r s o ( . . . ) e / o u t e m p o , j á o s n ó s r e p r e s e n t a m o

(25)

mo m e n t o d e i n í c i o e f i m d a s a t i v i d a d e s , q u e s ã o c h a ma d o s d e e v e n t o s . O s e v e n t o s s ã o p o n t o s n o t e m p o q u e d e ma r c a m o p r o j e t o e , d i f e r e n t e d a s a t i v i d a d e s , n ã o c o n s o me m r e c u r s o s , n e m t e mp o ( T UB I N O , p . 1 6 9 , 2 0 0 0 ) .

2.1.3.1 Linha de balanço

Segundo Ichihara (1998) apud Prado(2002) , Linha de Bal anço é um dos métodos mais conhecidos entre os pesquisadores para a programação de projetos lineares. Sua origem , nos anos 50, é derivada da indústria d e manufatura U.S. Navy Departament que tinha como obj etivo atingir ou avaliar a taxa de fl uxo de produtos acabados em uma linha de produção (AL SARRAJ apud ICHIHARA, 1998 apud PRADO, 2002 ).

A Linha de Bal anço é um método de programação essencialmente gráfico como mostrado pela fi gura 6. As atividades são represent adas num diagrama de espaço/ tempo onde, no eixo vertical se encont ram as unidades de repetição e no horizontal o tempo.

Alves et al (1996), afirmam que a Linha de Balanço é uma ferramenta poderosa na programação de obras, capaz de fornecer um relatório visual fundamental para o gerenciamento de empreendimentos. O gráfi co mostra quem (recursos alocados) faz o que (atividade), quando (duração, início e término) e onde (pavimento ).

F i g u r a 6 : D e f i n i ç ã o d a l i n h a d e b a l a n ç o

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Para realizar a linha de balanço são necessárias al gumas informações como: a ) U n i d a d e d e r e p e t i ç ã o : a d e t e r mi n a ç ã o d a u n i d a d e d e r e p e t i ç ã o é u m a d e c i s ã o e s t r a t é g i c a q u e d e p e n d e d e v á r i o s f a t o r e s t a i s c o mo : t i p o d e o b r a ; t i p o d e t e c n o l o g i a a s e r e mp r e g a d a ; d i s p o n i b i l i d a d e d e mã o - d e - o b r a e e q u i p a me n t o s e p o s s i b i l i d a d e d e a g r e g a r a t i v i d a d e s a f i n s . O n ú m e r o t o t a l d e r e p e t i ç ã o é r e p r e s e n t a d o p e l a l e t r a ( n ) . b ) D u r a ç ã o T o t a l ( DT ) : a d u r a ç ã o t o t a l d o e mp r e e n d i me n t o p o d e s e r u ma i m p o s i ç ã o p o l í t i c a , c o me r c i a l o u t é c n i c a . c ) T e mp o d e mo b i l i z a ç ã o ( t m) : é o t e mp o n e c e s s á r i o p a r a e x e c u t a r o s s e r v i ç o s p r e l i mi n a r e s n ã o r e p e t i t i v o s , t a i s c o mo : f u n d a ç õ e s , p i l o t i s e t é r r e o . d ) T e mp o d e b a s e ( t b ) : é o t e mp o n e c e s s á r i o p a r a a e x e c u ç ã o d e u ma u n i d a d e d e r e p e t i çã o . e ) T e mp o d e r i t mo ( t r ) : é o t e mp o n e c e s s á r i o p a r a a e x e c u ç ã o d e t o d a s a s u n i d a d e s d e r ep e t i ç ã o ( me n o s a p r i me i r a ) . f ) R i t m o ( R ) : é a t a x a d e p r o d u ç ã o o u r a z ã o d e e x e c u ç ã o d e f i n i d o e m n ú m e r o d e u n i d a d e p o r t e mp o o u t e m p o n e c e s s á r i o p a r a c a d a u n i d a d e d e r e p e t i ç ã o . g ) T e mp o p a r a i mp r e v i s t o s ( k ) : n u m a o b r a r e a l é n e c e s s á r i o c o n s i d e r a r t e mp o s p a r a a b s o r ç ã o d e a t r a s o s c o mo p o r e x e mp l o : c h u v a s , b a i x a p r o d u t i v i d a d e e e s p e r a s p o r ma t e r i a i s . E s s e s t e mp o s p o d e m s e r c o n s i d e r a d o s d ir e t a me n t e n o t e mp o d e b a s e o u a c r e s c e n t a d o s n a d u r a ç ã o t o t a l ( P R AD O , 2 0 0 2 , p . 4 7 e 4 8 ) .

Logo, para se calcul ar o Tempo d e ritmo e a razão, tem -se: Tr = Dt – Tb - Tm – k (eq. 1)

R= Tr/ (n-1) (eq. 2)

Muitos autores defendem que a linha de balanço é uma ferrament a prática para o gerenciamento de empreendimentos, pois constitui em um

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instrumento capaz de destacar graficamente as informações que podem passar despercebidas quando analisadas em grande volume.

2.2 Gerenciamento de Projetos

O gerenci amento de projetos é definido por PMBOK (20 04) como a aplicação de conhecimento, habilidad es, ferramentas e técnicas às atividades do projet o a fim de atender aos seus requisitos.

Diante da compet itividade crescente e busca por aumento da qualidade e produtividade das empresas, o estudo de gestão de projetos tem como objetivo compreender como se estrutura a organização de um projeto ao longo do seu ciclo de vida: Inici ação, planejamento, execução, control e e encerramento apresentado na fi gura 7.

F i g u r a 7 : N í v e l t í p i c o d e c u s t o s e d e p e s s o a l d o p r o j e t o a o l o n g o d o se u c i c l o d e v i d a F o n t e : P M B O K ( 2 0 0 4 ) A m a i o r i a d o s c i c l o s d e v i d a d o p r o j e t o c o mp a r t i l h a m d i v e r s a s c a r a c t e r í s t i c a s c o m u n s : - As f a s e s g e r a l me n t e s ã o s e q u e n c i a i s e n o r m a l m e n t e s ã o d e f i n i d a s p o r a l g u m f o r mu l á r i o d e t r a n s f e r ê n c i a d e i n f o r ma ç õ e s t é c n i c a s o u d e e n t r e g a d e c o mp o n e n t e s t é c n i c o s . - O s n í v e i s d e c u s t o s e d e p e s s o a l s ã o b a ix o s n o i n í c i o , a t i n g e m o v a l o r má x i m o d u r a n t e a s f a s e s i n t e r me d i á r i a s e c a e m r a p i d a me n t e c o n f o r me o p r o j e t o é f i n a l i z a d o .

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- O n í v e l d e i n c e r t e z a s é o ma i s a l t o e , p o r t a n t o , o r i s c o d e n ã o a t i n g i r o s o b j e t i v o s é o ma i o r n o i n í c i o d o p r o j e t o . A c e r t e z a d e t é r mi n o g e r a l m e n t e s e t o r n a c a d a v e z ma i o r c o n f o r me o p r o j e t o c o n t i n u a . - A c a p a c i d a d e d a s p a r t e s i n t e r e s s a d a s d e i n f l u e n c i a r e m a s c a r a c t e r í s t i c a s f i n a i s d o p r o d u t o d o p r o j e t o e o c u s t o f i n a l d o p r o j e t o é ma i s a l t a n o i n í c i o e t o r n a - s e c a d a v e z me n o r c o n f o r me o p r o j e t o c o n t i n u a ( P M B O K 2 0 0 4 . p . 2 1 e 2 2 ) .

A gestão de Gerenci amento de Projetos vem aumentando consideravelmente. Aplicar a abordagem de gestão de projetos em atividades de projeto vem sendo visto como uma ferramenta em prol ao aumento da competi t ividade entre as em presas ( FERNANDES , 2010).

Para Maximiano (2002), a gestão de projetos sistematizou suas práticas convertendo -se em uma disci plina a partir de um movimento liderado pelo Project Ma nagement Institute (PMI) - Instituto de Gerenciamento de P rojeto -, o qual produziu o Guia de Conhecimentos de Gestão de Projetos (PMBOK) onde são definidos os principais conhecimentos e técnicas da área de Gerenciamento de Projetos.

O s p r o j e t o s c o n t e mp o r â n e o s a p r e s e n t a m - s e e m m u i t a s f o r ma s e t a ma n h o s . Al g u n s s ã o d e c u r t a d u r a ç ã o , e mp r e e n d i me n t o s b a r a t o s q u e d u r a m a p e n a s a l g u n s d i a s e n e c e s s i t a m d e r e c u r s o s mí n i mo s . P r o j e t o s d e mé d i o o u l o n g o p r a z o , p o r o u t r o l a d o , p o d e m r e p r e s e n t a r e mp r e e n d i m e n t o s a m b i c i o s o s q u e s e e s t e n d e m p o r m u i t o s a n o s e e x i g e m g r a n d e s r e c u r s o s f i n a n c e i r o s e ma t e r i a i s , a l t o s n í v e i s d e h a b i l i d a d e t é c n i c a e c i e n t í f i c a e e s t r u t u r a s d e a d m i n i s t r a ç ã o c o mp l e x a s . ( K E L L I N G , 2 0 0 2 , p . 4 )

Segundo P rado (2002), depois que o projeto foi definido, o planejamento estabelece parâmetros para a construção, por meio da elaboração de orçamentos, cronogramas e especificações, possibilitando a estruturação da em presa para a execução da obra.

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2.2.1 Escopo

Segundo Dinsmore e Cabanis -Brewin (2006) apud Imbrizi (2012), o principal fator crítico de sucesso para qualquer projeto é um abrangente gerenci amento do escopo.

A definição do escopo e o controle do escopo devem ser examinados cuidadosa e continuamente para que o projeto atenda a todos os requisitos do cliente. Além disso, é importante que toda a equipe da empresa ent enda exatamente o que o cliente necessita para que o produt o final não seja fabricado desconforme em relação ao que o cliente solicitou como mostra a figura 8.

F i g u r a 8 : O e n t e n d i me n t o d o p r o j e t o p o r s e u s s t a k e h o l d e r s

F o n t e : S c h r o e d e r , R . O p e r a t i o n s . M c G r a w - H i l l , 1 9 8 1 , p .5 6 ap u d E l i a s , 2 0 1 3

Segundo PMBOK (20 04), o gerenciamento do escopo do projeto trata principalmente da definição e control e do que est á e do que não est á incluído no projeto. Ou seja, todas as etapas do proj eto devem ser inseridas no escopo para que nenhuma parte do projeto seja esquecida .

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O Project Management Institute (PMI) (2004) com plementa afirmando que a verificação do escopo é o processo de formalização da aceitação das entregas finalizadas do projeto. Isso inclui atividades de mensuração, exame e verificação para determinar se o trabalho e as entregas estão de acordo com os requisitos e critérios de aceitação do produto.

De acordo com o PMI (2004), o termo escopo se refere ao escopo do produto (características e funcionalidades que caracterizam um produto, serviço ou resultado) e/ou ao escopo do projeto (trabalho a ser executado para entregar um produto, serviço ou resultado com as caract erísticas e funcionalidades específicas). " O t i m e d e p r o j e t o d e ve r e a l i z a r o p l a n e j a m e n t o d o e s c o p o q u e c o n t é m a s s e g u i n t e s s a í d a s : o p l a n o d e g e r e n c i a m e n t o d o e s c o p o , a d e f i n i ç ã o d o e s c o p o , a c r i a ç ã o d a e s t r u t u r a a n a l í t i c a d e p r o j e t o s ( E A P ) o u w o r k b r e a k d o w n s t r u c t u r e ( W B S ) , a a p r o v a ç ã o d o e s c o p o , o c o n t r o l e d o e s c o p o e a v e r i f i c a ç ã o d o e s c o p o . O t i m e d e v e g a r a n t i r q u e c a d a á r e a é e n d e r e ç a d a c o m a a t e n ç ã o d e v i d a p a r a a t i n g i r o s u c e s s o d o p r o j e t o " ( DI N S M O R E ; C AB AN I S - B R E W I N , 2 0 0 6 , ap u d I M B R I Z I , 2 0 1 2 , p .3 ) .

Ainda segund o Dinsmore (2006) apud Imbrizi (2012) , o plano de gerenci amento do escopo deve conter o processo detalhado para det erminar o escopo do projet o (baseado na expectativa do cliente e experiência da equipe).

A definição do escopo inclui o det alhamento dos ob j etivos do projeto. A partir desses objetivos, o time de projetos identifica as premissas e restrições do escopo.

O gerente de projet os é o responsável em garantir que o escopo do projeto está totalmente controlado em todas as fases do projeto. Assim, qualquer discrepância nas atividades do projeto e riscos potenciais que o desvie dos objetivos e cronogram as definidos deve m ser documentados e comunicado a todos os interessados e à equipe de projetos . (DINSMORE; CABANIS-BREW IN, 2006 , apud IMBR IZI, 2012, p.3)

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2.2.2 Estrutura Analítica de Projeto (EAP)

Após definidos os requisito s do cliente e aprovado pelo gerente de projetos, deve ser detalhado o instrumento denominado Estrutura Analítica do Projeto (EAP).

Segundo PMBOK (20 04), A EAP é uma decomposição hierárquica orientada à entrega do trabalho a ser executado pel a equipe do projeto, para atingir os objetivos do projeto e cri ar as entregas necessárias.

A E AP o r g a n i z a e d e f i n e o e s c o p o to t a l d o p r o j e to . A E AP s u b d i v i d e o t r a b a l h o d o p r o j e t o e m p a r t e s me n o r e s e ma i s f a c i l m e n t e g e r e n c i á v e i s , e m q u e c a d a n í v e l d e s c e n d e n t e d a E AP r e p r e s e n t a u m a d e f i n i ç ã o c a d a v e z ma i s d e t a l h a d a d o t r a b a l h o d o p r o j e t o . É p o s s í v e l a g e n d a r , e s t i m a r c u s t o s , m o n i t o r a r e c o n t r o l a r o t r a b a l h o p l a n e j a d o c o n t i d o n o s c o mp o n e n t e s d e n í v e l m a i s b a i x o d a E AP , d e n o m i n a d o s p a c o t e s d e t r a b a l h o ( P M B O K 2 0 0 4 . p 1 1 2 ) .

O gerenciamento do projeto envolve detalhar as atividades sobre o trajeto, sobre os recursos humanos, recursos materiais, comunicação e documentação. Com a EAP estruturada, essas atividades podem ser delegadas, facilitando a cobrança dos resultados e favorecendo o acompanham ento no nível gerencial de cada etapa. Isto permite inserir essas atividades em um cronograma de Gerenciamento do Tempo do Projeto que será discutido adiante.

Segundo PMBOK (20 04), embora cada projeto seja exclusivo, uma EAP de um projet o anterior pode frequentemente ser usada como um modelo para um novo projeto, pois alguns projetos se assemelham até certo ponto a outro projeto anterior. Isso se deve porque, ge ral mente, a maioria dos projetos em uma empresa tem estruturas i guais e/ou semelhantes e, assim, as organizações já possuem um modelo de EAP padrão.

O PMI fornece orientação para a geração, desenvolvimento e aplicação de estruturas analíticas de projetos. Essa publ icação contém exemplos de modelos de EAP, específicos do setor, que podem ser

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adequados a projetos específicos de uma determinada área de aplicação (PMBOK, 2004).

A figura 9 (PMBOK , 2004) ilustra um exemplo de Estrutura Analítica de Projeto que é geralmente utilizada como base para modelo de EAP nas organizações. F i g u r a 9 : E x e mp l o d e e s t r u t u r a a n a l í t i c a d o p r o j e t o c o m a l g u n s r a mo s d e c o mp o s t o s a t é o n í v e l d e p a c o t e s d e t r a b a l h o F o n t e : P M B O K , 2 0 0 4 A d e c o mp o s i ç ã o d o s c o mp o n e n t e s d e n í v e l ma i s a l t o d a E AP e x i g e a s u b d i v i s ã o d o t r a b a l h o p a r a c a d a u m a d a s e n t r e g a s o u s u b p r o j e t o s e m s e u s c o mp o n e n t e s f u n d a m e n t a i s , e m q u e o s c o mp o n e n t e s d a E A P r e p r e s e n t a m p r o d u t o s , s e r v i ç o s o u r e s u l t a d o s v e r i f i c á v e i s . C a d a c o mp o n e n t e d e v e s e r c l a r a e t o t a l me n t e d e f i n i d o e a t r i b u í d o a u ma u n i d a d e o r g a n i z a c i o n a l e x e c u t o r a e s p e c í f i c a , q u e a c e i t a a r e s p o n s a b i l i d a d e p e l o t é r mi n o d o c o mp o n e n t e d a E AP . O s c o mp o n e n t e s s ã o d e f i n i d o s e m t e r mo s d e c o mo o t r a b a l h o d o p r o j e to s e r á r e a lm e n t e e x e c u t a d o e c o n t r o l a d o . P o r e x e mp l o , o c o mp o n e n t e d o r e l a t ó r i o d e

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a n d a me n t o d e g e r e n c i a me n t o d e p r o j e t o s p o d e r i a i n c l u i r r e l a t ó r i o s d e a n d a me n t o s e ma n a i s , e n q u a n t o u m p r o d u t o q u e s e r á f a b r i c a d o p o d e r á in c l u i r d i v e r s o s c o mp o n e n t e s f í s i c o s i n d i v i d u a i s m a i s a mo n t a g e m f i n a l . ( P M B O K , 2 0 0 4 p . 1 1 5 )

2.2.3 Cronograma

De acordo com PMBOK (20 04), o desenvolvimento do cronograma do projeto é um processo iterativo que determina as datas de início e término planejadas das atividades do projeto. P ara montar essa etapa do proj eto , são necessárias as análises de al gumas informações como: recursos necessários, restrições, durações e sequências das atividades do projeto.

É uma fase de grande importância, poi s estabelece tanto o prazo de início quanto o fim do projeto , é uma forma de control ar o andamento do projeto em desenvolvimento e estabelece um compromisso da equipe com os prazos estabelecidos . Mesmo com os prazos estabelecidos, é importante lembrar que, devido às situações inesperadas, essas datas pré -estabelecidas podem sofrer al guma alteração.

O d e s e n v o l v i m e n t o d o c r o n o g r a ma p o d e e x i g i r q u e a s e s t i m a t i v a s d e d u r a ç ã o e a s e s t i m a t i v a s d e r e c u r s o s s e j a m r e e x a m i n a d a s e r e v i s a d a s p a r a c r i a r u m c r o n o g r a ma d o p r o j e t o a p r o v a d o , q u e p o s s a s e r v i r c o mo u m a l i n h a d e b a s e e m r e l a ç ã o a q u a l o p r o g r e s s o p o d e s e r a co mp a n h a d o ( P M B O K , 2 0 0 4 p . 1 4 3 ) .

De uma forma geral, o desenvolvimento do cronograma vai existir sempre ao longo de todo o proj eto conforme o trabalho vai sendo desenvolvido, o plano de gerenciament o se modifica e os riscos do projeto que são esperados ou não ta mbém vão sendo identificados.

2.2.3.1 Entradas do Cronograma

Segundo PMBOK (2004), as entradas para el aboração do cronograma são:

-Ativos de processos organizacionais: são itens da empresa que são utilizados que estão relacionados com o cronograma, por exemplo, o

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calendário. Ou sej a, são definidos os dias e horas que a equipes da produção trabalha.

- Declaração do escopo do projeto: são as premissas (itens considerados como reais e verdadeiros do projeto) e as restrições (fatores que irão limitar a equipe de trabalho);

- Lista de atividades: todas as atividades que devem ser executadas para el aboração do projeto;

- Atributos da ativi d ade: extensão dos atributos da atividade da lista de atividades e identificam os vários atributos associados a cada atividade do cronogram a;

- Diagram as de rede do cronogram a do projeto:

- Recursos necessários para as atividades: materiais, mão -de-obra, espaço, por exemple, que serão necessários para executar as atividades do projeto;

- Calendários de Recursos: datas pra quando os recursos serão utilizados (logo, quando devem estar di sponíveis);

- Estimativas de duração das atividades: tempo estimado de qua nto vai durar cada atividade;

- Plano de Gerenciamento de Projeto:

C o n t é m o p l a n o d e g e r e n c i a me n t o d o c r o n o g r a ma , o p l a n o d e g e r e n c i a m e n t o d e c u s t o s , o p l a n o d e g e r e n c i a m e n t o d o e s c o p o d o p r o j e t o e o p l a n o d e g e r e n c i a me n t o d e r i s c o s . E s s e s p l a n o s o r i e n t a m o d e s e n v o l v i me n t o d o c r o n o g r a m a , e t a mb é m o s c o mp o n e n t e s q u e d ã o s u p o r t e d i r e t o a o p r o c e s s o D e s e n v o l v i me n t o d o c r o n o g r a ma . U m d e s s e s c o mp o n e n t e s é o r e g i s t r o d e r i s c o s . ( P MB O K , 2 0 0 4 p . 1 4 4 ) 2.2.3.2 Saídas do Cronograma

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- Cronograma do Projeto: onde devem ser estabel ecidas as datas iniciais e finais de cada atividade. Geralmente, o cronograma é apresent ado em uma das seguintes formas listadas abaixo:

- Diagramas de rede: esses diagramas contêm informações sobre dat as de atividades, apresentando a lógica do projeto e seu caminho crítico ; - Diagramas de rede: esses diagramas contêm informações sobre dat as de atividades, apresentando a lógica do projeto e seu caminho crítico; - Gráfico de Barras: barras que representam início e fim das atividades;

- Gráfico de Barras: barras que representam início e fim das atividades;

- Gráfico de Marcos: é bastante pareci do com os gráficos de barras, ele identifica o início e término de entregas mais importantes e interfaces externas.

- Dados do Cronograma: incluem pelo menos as atividades e seus os atributos, os marcos e as restri ções e as premissas document adas. - Linha de Base do Cronograma: é uma versão específica do cronogram a de um projeto, desenvolvi do a partir de sua análise de rede. Ele é aceito e aprovado pel a equi pe e possui datas de base de início e datas de base de término.

- Atualizações: são os recursos necessários, os atributos das atividades, o calendário do projeto e o Plano de Gerenci amento de Projetos, enfim.

- Mudanças solicitadas: Segundo PMBOK (2004), o processo desenvolvimento do cronogram a pod e criar mudanças solicitadas que são processadas para revisão e destinação pelo processo “Controle i n t e g r a d o d e m u d a n ç a s”.

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2.2.3.3 Ferramentas e técnicas do cronograma

- Método do Caminho Crítico: Como foi explicado anteriormente, calcula datas teóri cas de inicio e fim de cada atividade, sem levar em conta qualquer restrição de recurso ou cronograma; em seguida alocando -as no cronogram a.

- Método da Cadeia Crítica: Técnica que modifica o cronograma para que se leve em consideração inicialmente as limitações de recursos. Utiliza as técnicas de diagrama de rede e cami nho crítico é calcul ado, adicionando posteriormente as li mitações e dependências de recursos entre atividades.

- Nivelamento de Recursos: É aplicada a um cronograma que já foi analisado pelo método do caminho critico, sendo utilizada quando recursos compartilhados por atividades, ou críticos, só estão disponíveis em determinados momentos do tempo total do projeto.

- Análise de Cenário: Se baseia na análise de uma pergunta “E se o cenário ‘X’ acontecer?”. Aplica uma análise de rede sobre o cronograma para averi guar se el e é viável mesmo em situações adversas.

- Software de Gerenciamento de Projetos: São softwares que auxiliam o desenvolvimento do projeto. Segundo PMBOK (2004), esses produtos automatizam o cálculo da análise matemática do caminho crítico de ida e de volta e do nivelamento de recursos e permitem, dessa forma, um a análise rápida das diversas alternativas de cronograma. Também são amplamente usados para imprimir ou exibir as saídas dos cronogram as desenvolvidos.

O MS-Project é um tipo de software bastante utilizado e comum pois facilita a administração do tempo i nvestido por tarefa nos trabalhos em equipe, ajudando a fazer uma distribuição adequada.

Após aprovação do cronograma, o mesmo se torna um dos componentes do planejamento do projeto, sendo usado para avaliar e acompanhar o seu desempenho (XAV IER; CHUER I, 2008), e garantir que o

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projeto seja finalizado de acordo com o prazo previsto (DINSMORE; CAVALIER I, 2008 , apud IMBR IZI, 2012 ).

2.3 Ciclo PDCA

Com as várias mudanças que existem no mercado, as em presas tem buscado cada vez mais se adaptar a esse processo para melhorar seu desempenho no m undo globalizado e competitivo por meio de novas abordagens são apli cadas no sistema de gestão da empresa.

Na década de 40 surgiram ferrament as da qualidade aplicadas nas práticas gerenciai s que buscassem melhorias contí nuas para as organizações . Entre elas, destacam -se a adequação ao uso de Joseph M. Juran, Controle Total da Qualidade de Armand Fei genbaum e o Ciclo PDCA (do inglês Plan – Planejar, Do – Executar, Check – Checar/Verificar e Act – Agir/Atuar) de Edwards Deming defendido por Slack et al (1999) como uma ferramenta de melhoria cont ínua que gera um procedimento ininterrupto, algo repetitivo e periódico.

Segundo Lima (2006) o Ciclo PDCA é uma ferramenta utilizada p ara a aplicação das ações de control e dos processos, tal como estabelecimento da “diretriz de controle”, planejamento da qualidade, manutenção de padrões e alteração da diretriz de controle, ou sej a, real izar melhorias. Essas ações se dividem em quatro fas es básicas que devem ser repetidas continuamente. Tais etapas, constituídas de seis fases, serão mostradas na figura 10 a seguir:

F i g u r a 1 0 : F a s e s d o C i c l o P D C A

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- Plan (P) – Planejar: Essa é a etapa de planejamento do projeto. Aqui serão definidos os itens de controle e as metas para esses itens. Também todos os procedimentos padrões, ou seja, a forma como vão atingir essas metas. Segundo N eves (2007), Quanto melhor se planejar, melhores metas serão atingidas.

- DO (D) – Executar: Esse é o momento em que o planejamento elaborado na fase anterior vai ser executado conforme os procedimentos padrões já estabelecidos. Dessa forma, as pessoas vão ser educadas/treinadas antes do início da execução para que el as estejam aptas a executar as atividades .

- CHECK (C) – Verificar: Essa é a fase em que vai detectar se está sendo alcançado conforme o planejado. Ou seja, se o “Do” tem atingido as metas que foram est abelecidas no projet o. É de suma import ância o suport e de uma metodologi a estatística para que se minimize a possibilidade de erros e haja economia de tempo e recursos (NEVES, 2007).

- Act (A) – Agir/Atuar: – Depois da verificação, é necessário atuar no sentido de adot ar como padrão o plano proposto, no caso das met as terem sido al cançadas ou atuar corretivamente sobre as causas que não permitiram que a meta fosse atingida.

Ao final dessa fase, origina -se a primeira fase do próximo PDCA (gira o ciclo, voltando ao plane jamento), permitindo que se faça o processo de melhoria contínua (NEVES, 2007) .

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3. ESTUDO DE CASO

3.1 Caracterização da organização

A organização na qual o presente estudo de caso foi realizado é um consórcio entre duas empresas paulistas de Construção Civil situada na cidade de Fortal eza, Ceará com o objetivo de construir o novo Terminal Marítimo de Passageiros do Estado. A obra tem em uma área de 74 mil metros quadrados, oferecendo em torno de 450 empregados diretos e indiretos.

O empreendi mento Novo Terminal Marítimo de Passageiros do Porto de Fortaleza é uma obra voltada para a copa do mundo que tem por objetivo receber os turistas que visitarem a cidade nessa época. Tam bém funcionará como um futuro ponto turístico para vi sitantes e a popu lação da cidade. A obra compreende três frentes principais:

- Um novo cais de atracação com 350 metros de extensão e 13 metros de profundidade;

- Uma retroárea de 40 mil m² para armazenagem de contêineres;

- E uma estação de passageiros (com balcão de ate ndimento, espaço para check-in e check-out, restaurante e lojas de conveniência,) com terminal de bagagens e estacionamento .

A figura 11 demonstra o projeto que será construído com os respectivos setores citados anteriorment e.

(40)

F i g u r a 1 1 : P r o j e to T e r m i n a l P o r t u á r i o d e P a s s a g e i r o s

F o n t e : A u t o r , 2 0 1 4

A obra teve início em março de 2012 e deveria ser final izada em Dezembro de 2013. Contudo, em função de condições oceânicas adversas, o projeto do Novo Terminal Marítimo de Passageiros do Porto de Fortal eza, que deveria ser terra (conforme projet o licitado em dezembro de 2011), passou a ser em mar (realidade do iníci o da obra em m arço de 2012) : isso significa que, com o avanço do mar/erosão , foi provocada uma mudança na metodologia executiva do empr eendimento, alterando as técnicas de fundação e os equipamentos utilizados (estacas hélice e balsa) – a área que anteriormente era terra, foi invadida pelo mar conforme mostrado na figura 12.

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F i g u r a 1 2 : S i t u a ç ã o P r e v i s t a x S i t u a ç ã o R e a l d o E mp r e e n d i m e n t o

F o n t e : A u t o r , 2 0 1 4

Além das dificuldades no início da obra, ao longo da construção do empreendimento, a linha de costa sofreu novo avanço em virtude do Swell (onda que vem do hemisfério Norte, influenciada pel a velocidade dos ventos e que provoca a conhecida ressaca da maré), paral isando por oito meses a frente de serviço da estação de passageiros. Neste período, houve, ainda, greve de 30 dias dos trabalhadore s, afetando as duas outras frentes de serviço.

Todas as dificuldades, mudanças de projetos e aditivo de recursos foram comunicados e autorizados pela Secretaria de Portos da Presidênci a da República (SEP/PR) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

A figura 13 mostra algumas fotos de como está ficando o projeto do terminal atualmente.

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F i g u r a 1 3 : F o t o s N o v o T e r mi n a l P o r t u á r i o

F o n t e : A u t o r , 2 0 1 4

3.2 Descrição das etapas da aplicação da metodologia

A condução desse trabalho foi realizada diretamente com os membros do consórcio. Foi analisada como é feito o planejamento na obra e um a análise crítica baseada nas teorias e em estudos de caso encontrados em artigos acadêmicos e livros.

O trabalho real izado ocorreu conforme a seguinte est rutura de atividades:

- Familiarização com os serviços do consórcio: foi feita uma integração na obra para que se conhecesse mais sobre ela e todos os aspectos de segurança do trabalho que é necessário ser passada par a todos os colaboradores, seus processos e serviços que serão executados para a entrega final do novo Terminal Marítimo de Passageiros.

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- Levantamento in loco de como é realizado o Planejamento e Controle da Produção atualmente: para dar início à análise do Planejamento, foi necessário conhecer melhor como el e é realizado atualmente. Assim como a program ação da produção baseada nesse planejamento e, num todo, o Gerenciamento do Projeto da Obra.

- Identificação de pontos de melhoria: depois de estudar o planejamento atual, foram levantados os pontos de melhoria para aprimorar o processo de Planejamento e Controle da Produção da Obra e o Gerenciamento de P rojeto da mesma.

- Recomendações futuras: possíveis alternativas de técnicas e ferramentas do Planejam ento e Controle da Produção que possam ser utilizados na obra a fim de apurar valores mais próximos do real e facilitar no PCP.

3.3 O Planejamento e Contr ole da Produção do Estado Atual

Este trabalho tem como objetivo analisar o Planejam ento e Controle da Produção que é aplicado na obra e, em seguida, propor possíveis medidas que possam aprimorar o Planejamento e Controle. Diante disso, foi estudado como a empresa realiza esse Planejamento e Controle do que é realizado na Obra.

3.3.1 Definição do Escopo

Antes da aplicação do Planejamento em si, embora realizado todos os passos a seguir pel o setor de planej amento/engenhari a da obra, a primeira ação realizada é a definição do escopo do proj eto. Aqui são definidos todos os requisitos que o cliente solicitou.

Na obra, especi ficamente, existe o Manual Descritivo da obra onde é escrito detalhadam ente o que será fei to de acordo com aquilo que foi solicitado. São descrit os todos os detalhes necessário s para execução da obra desde metragens, modelo de luminárias e tudo que está envolvido para construção do terminal.

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Após o fechamento do memorial, é criado o edital de recitação. O edital também contém os requisitos exigidos pelo cliente, sendo que de um a forma mais reduzida que o memorial, em bora que ainda bastan te detalhado.

Depois de detalhado tudo aquilo que vai compor a obra, é realizada uma Reunião de Abertura da Obra (RAO) onde a figura 1 4 ilustra um slide do que é apresentado na reunião da RAO . Assim, são mostradas para todas as áreas envolvidas no projeto as questões definidas no edital e no Manual Descritivo da Obra: Definições sobre o cliente, descrição do empreendimento, informações básicas da obra, valores e prazo do contrato, as obrigações da contratada e da cont ratante, detalhamentos do projeto, orçamento, organograma com respectivas responsabilidades, análise SWOT (Forças, fraquezas, oportunidades e am eaças para a/da empresa) , plano de trabalho e metas a serem cumpridas.

F i g u r a 1 4 : P a r t e d o E s co p o c o me n t a d o n a R e u n i ã o d e Ab e r t u r a d a O b r a

(45)

3.3.2 Estrutura Analítica do Projeto

A segunda fase real izada na Obra é montar a Estrutura Analítica do Projeto (EAP). É importante lembrar que essa EAP é revisada de três em três meses que é quando acontece o Repl anejamento (Repl an) da obra.

O que é chamado de EAP na obra nada mais é que uma est rutura em que são detalhadas as fases do projet o com as entregas (subprojetos), a quantidade em unidade que será realizado p ara cada item e seus respectivos valores de contrato conforme mostrado na figura 1 5 (os val ores fornecidos abaixo são ilustrativos visto que os reais não puderam ser mencionados para a pesquisa) .

F i g u r a 1 5 : E AP – T erminal de Passageiros

F o n t e : E l a b o r a ç ã o d o Au t o r , 2 0 1 4 3.3.3 Cronograma da obra

A partir desse momento , são definidas todas as datas de início e fim dos serviços que serão realizados. O setor costuma subdividir o cronogram a geral em cronogram as menores que correspondem aos itens mac ros da EAP.

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São eles: Serviços indiretos e preliminares; Cais de Múltiplo Uso; Eixo 60 (continuação do cai s); Área de Transição; Dolfin; Retroárea; Edificação do Terminal de Passageiros e Estacionam ento. Esse estudo focará mais no cronogram a do Terminal de Passageiros em si para exemplos e demais explicações.

Quanto às edificações do terminal de passageiros a maior parte é realizada por empresas terceirizadas. Assim, são estabelecidos prazos máximos para as atividades que el as est ão responsáveis pel a reali zação e as empresas terceirizadas que vão definir junto ao consórcio como será feita a distribuição das atividades e quantidades que serão realizadas por semana.

Basicamente, as dat as do cronograma são estabelecidas sem analmente devido a reuniões semanais que são feitas entre o consórcio e o client e (também entre o consórcio e as terceirizadas) para que seja acompanhado se as empresas tem seguido ou não o cronogram a e, assi m, analisar se os serviços estão ou não atrasados.

Para montar o cronograma (ilustrado na fi gura 1 6) baseado no planejamento da produção, é analisado quanto de cada serviço é realizado por semana. Por exemplo: semanalmente são feitos 300 m² de alvenari a com quatro pedreiros e seis serventes. Pela quantidade total de alvenari a que deve ser realizada e com essa quantidade de mão de obra, obtém-se uma média de quant as semanas são necessárias para terminar o serviço de alvenaria. Caso não atenda ao prazo máximo já estabelecido, faz -se necessária a contrat ação de mais mão -de-obra.

(47)

F i g u r a 1 6 : C r o n o g r a ma T e r mi n a l d e P a s s a g e i r o s mo d e l o 1

F o n t e : E l a b o r a ç ã o d o Au t o r , 2 0 1 4

Diante disso, é est abelecida a previsão de quando inicia e termina cada frente de serviço. Outro ponto importante na fase do cronogram a é que é detalhado no software Ms . Project todas essas frentes de serviço e se alguma del as há ou não precedência. Assim, o próprio software já monta um gráfi co e uma tabela mostrando as dependências de cada serviço que será executado de acordo como é mostrado na fi gura 1 7.

ITEM DESCRIÇÃO QTD TOTAL REAL ATÉ 22/02 SEM 09 SEM 10

1 TERMINAL DE PASSAGEIROS

1.1 PAVIMENTO TÉRREO

1.1.1 FECHAMENTO E VEDAÇÕES

1.1.1.1 Assentamento de Alvenaria 3.734,00m² 2.578,00m² 770,67m² 192,67m²

1.1.2 ESQUADRIAS

1.1.2.1 Assentamento de Porta de Madeira 19,00und

1.1.3 REVESTIMENTOS

1.1.3.1 PISO

1.1.3.1.1 Aplicação Chapisco / Reboco 4.190,00m² 2.095,00m² 209,50m² 209,50m²

1.1.3.1.2 Assentamento de Granito (todos) 3.009,00m² 481,87m² 505,43m² 505,43m² 1.1.3.1.3 Assentamento Cerâmicas / Porcelanatos 715,60m² 40,00m²

1.1.3.2 PAREDES

1.1.3.2.1 Assentamento Pastilhas 1.240,00m² 496,00m²

1.1.3.2.2 Pintura Látex 1.050,00m²

1.1.3.2.3 Aplicação Textura 395,00m²

1.1.4 INFRAESTRUTURA

1.1.4.1 ELÉTRICA / SONORIZAÇÃO / CFTV / DADOS

1.1.4.1.1 Eletroduto / Eletrocalha 2.641,89m 1.056,76m 528,38m 528,38m

(48)

F i g u r a 1 7 : C r o n o g r a ma T e r mi n a l d e P a s s a g e i r o s M o d e l o 2

F o n t e : E l a b o r a ç ã o d o Au t o r , 2 0 1 4 3.3.4 Controle das atividades

Depois de montado o cronograma, é feito o controle da produção, ou seja, como que está o andamento da produção da obra (execução dos serviços) de acordo com o que foi planejado. Esse controle é realizado da seguinte forma: Apontado res vão ao campo com um projeto reduzido e “pintam” nessa folha (a qual foi ilustrada na figura 1 8) conforme vai sendo executado o serviço, depois ele passa para um projeto maior que existe na sala do pl anejamento e assim pode se medir, por semana, quanto foi realizado de cada serviço (iluminação, hidráulica, piso, al venaria, pele de vidro, climatização, etc.).

A equipe do planej amento realiza os cálculos de quanto foi feito de acordo com o que o apontador passou para a equipe e então é colocado em uma planilha o realizado. Depois de preenchido todos os dados, são gerados relatórios (Relatório do Cronograma ) o qual é uti lizado tanto em reuniões do consórcio com o cliente quanto do consórci o com as suas terceirizadas (Relat ório encontrado no anexo A).

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É importante dizer que esse relatório é discutido em reuniões na terça-feira e ele gera dados do que aconteceu at é o ultimo dia da semana anterior. Assim, a equipe de planejamento tem a responsabilidade de coletar todos os dados do realizado até a segunda -feira para montar o relatório que será di scutido no dia segui nte.

F i g u r a 1 8 : M o d e l o d o ac o mp a n h a m e n t o d e e x e c u t a d o

F o n t e : A u t o r , 2 0 1 4

Conforme visto no relatório que se gue no anexo A, são identificada s se as atividades estão ou não atrasadas t anto em relação ao que foi previsto para aquela semana quanto o acumulado desde que o serviço deveri a ter começado. Os gerentes analisam item por item que são discutidos na reunião e exigem justificativas de por q ual motivo a atividade está atrasada e qual será o plano de ação que a tercei rizada tomará para reverter a situação ilustrado n a figura 19 (esses planos de ação são cobrados e devem ser entregados para os gerentes via e -m ail ou impresso) . Da mesma forma, o cliente analisa o relatório e pergunta ao consórcio as medidas que ele vai tomar para impedir grandes atrasos.

Referências

Outline

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