TO
283
IV
ERALDO
AMBON
IFILHO
1‹:sTUDo
coMPARATIvo
ENTRE
A
ULTRA-
SONOGRAFIA TRANSVAGINAL
E
A
VÍDEO-
H1sTERos‹:oP1A
DIAGNÓSTICA
NA
AVALIAÇÃO
DA
CAVIDADE
UTERINA
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, para a
conclusão do Curso de Graduação
em
Medicina.
FLORIANÓPOLIS
-SANTA CATARINA
ESTUDO
COMPARATIVO ENTRE A
ULTRA-
SONOGRAFIA TRANSVAGINAL
E
A
VÍDEO-
HISTEROSCOPIA
DIAGNÓSTICA
NA
AVALIAÇAO
DA
CAVIDADE
UTERINA
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão do Curso de Graduação
em
Medicina.
Coordenador do
Curso:
Prof. Dr.Edson
JoséCardoso
Orientador:
Prof. Dr.Luiz
Fernando
Sommacal
Co-orientador:
Dr. Luís
Fláviode
Andrade
Gonçalves
FLORIANÓPOLIS
-SANTA CATARINA
Amboni Filho, Iveraldo
Estudo comparativo entre a ultra-sonografia transvaginal e a vídeo-
histeroscopia diagnóstica na avaliação da cavidade uterina / Iveraldo Amboni
Filho. - Florianópolis, 1999. 29p.
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão do Curso de Graduação em Medicina.
Titulo em inglês: Comparative study of transvaginal sonography and
diagnostic video-hysteroscopy in the evaluation of uterine cavity. 1. Ultra-sonografia transvaginal. 2. Histeroscopia diagnóstica.
À
Deus
e aomeu
pai, por estaremcomigo
em
todos osmomentos.
À
minha
mãe,
à D. Iracema, e ao S. Lino,com
amor
e gratidão, por construírem a baseda
minha
formação,comemorando
junto as vitórias, pois sóassim
pude
ter forças para seguirem
frente.Aos meus
irmãos, Luiz Carlos,Marta
e Terezinha,que
me
auxiliaram nasdecisões
mais
importantes,sempre buscando o melhor
paramim.
Agradeço
em
especial ao Prof. Dr. LuizFernando
Sommacal,
por ter aceitoorientar-me
na
realização deste trabalho,com
muita
amizade,além do
exemplo
de profissionalismono
qual exerce a medicina.Ao
Dr. Luis Flávio deAndrade
Gonçalves, pelo “detalhesque
fizeram adiferença”
na
elaboração deste trabalho, e peloexemplo
decomo
o
médico
deve
sempre
estar atualizado cientificamente.Ao
Prof. Dr. Paulo Fontoura Freitas, pelas orientações metodológicas eestatísticas.
Ao
Prof
Dr.Edison
Natal Fedrizzi, pelo auxíliona
coleta dos dados.À
Universidade Federal de Santa Catarina,em
especial aos professoresdo
Curso
deGraduação
em
Medicina
e aosmédicos do
Hospital Universitário, pelas orientações e ensinamentos passados à nossaformação
acadêmica.1.
INTRODUÇÃO
... ._ 2.OBIETIVO
... .. 3.MÉTODO
... .. 4.RESULTADOS.
. . › . - . . « ‹ ~ ‹ . - . . . . . . . . . .. › ‹ - - - - - - . - . - - - . . . . . . . . . . . ..ÍNDICE
. ~ . . . z . . . . . . . . . . . .. . - . . . . . . . . . . . . . -z z . . . . . . . . . . . - z - z. . - . - ¢ . ¢ ¢ . › ‹ . z - . -- 5.DISCUSSÃO
... .. 6.CONCLUSÃO
... .. 7.REFERÊNCIAS
... ..RESUMO
... ._SUMMARY
... _.APÊNDICE
... .. - - - › - - - - - . z - - . - ¢ . . . - . - . . . .. . ~ z - › - ‹ z - z . . z . ~ . - . . . . . . . . .z . . . . . . . . . . . - › z - . . -z . . . . . . . . . . - . .z . - . - - . . . - .. . . . . . . . . .z.O
estudoda
cavidade uterina constituium
dos pontos principaisna
abordagem
do sangramento
uterino anormal, principalmentena
vigência de refratariedadeao
tratamento hormonal.Quando
o
ginecologista depara-secom
achados ultra-sonográficos
anonnais, independenteda
sugestão apresentadano
laudo, existea
necessidade de investigação diagnóstica posterior
com
o
objetivo de afastarpatologia maligna, principalmente
em
pacientes pós-menopáusicas. l'2”3Os
métodos que
avaliam a cavidade uterinaforam
inventados e aperfeiçoadosno
decorrer dos anos, permitindoum
diagnóstico morfológico efimcional
do
endométrio.A
avaliaçãoda
cavidade uterina através de curetagem uterina foi pioneirano
diagnóstico e tratamento.Com
o
surgimentoda
ultra-sonografia, principahnente após o desenvolvimento de transdutores transvaginais, a visualizaçãoda
cavidade uterina demodo
não
invasivo
tomou-se
possível.A
ultra-sonografia transvaginal(U
STV)
é pormuitos
consideradaum
excelenteexame
de rastreamento de lesões hitra-utermas,4”5'6°7'8selecionando, desta forma, pacientes para
uma
posterior investigação diagnóstica definitiva.Mais
recentemente,com
o
emprego
do
método
histeroscópico, a avaliaçãoda
cavidade uterina
tomou-se
aindamais
eficaz,sendo
por alguns consideradao
método
de escolha,8'9”1° especialmentena
avaliação de pacientes pós-menopáusicasó
A
histeroscopia diagnóstica permite aomédico
avaliar toda a cavidade uterinana
busca de possíveis alterações e realizar biópsia dirigida das lesões encontradas, selecionando, assim, aforma mais
apropriada de tratamento.”O
desenvolvimento denovas
técnicas e métodos, dentre eles a utilização deequipamento
de vídeo5
acoplado ao histeroscópio,
tem
aumentado o uso
rotineiro deste procedimento.Na
última década, a histeroscopia diagnóstica
tem
semostrado
um
método
confiável
na
avaliação das anormalidades intra-uterinaslA
vídeo-histeroscopia diagnóstica(VHCD)
pode
atualmente ser realizadacom
segurançaem
consultório,podendo
substituir os procedimentos
mais
invasivos,como
acuretagem
uterina.”Além
disso, a presença de alterações intra-uterinas sugeridas por achados ultra-sonográficos
anonnais,podem
ser verificadas e diagnosticadas, às vezescom
maior
acurácia, pormétodos
de visualização diretada
cavidade uterina.Neste estudo busca-se determinar e
comparar
a acurácia diagnósticada
USTV,
um
método
amplamente
empregado
e realizadoem
vários serviços, e aVHCD,
um
2.
OBJETIVO
Avaliar a acurácia diagnóstica
da
ultra-sonografia transvaginal eda
vídeo7
3.
MÉTODO
Foi realizado
um
estudo retrospectivo, transversal, descritivo e consecutivoonde
analisaram-se pacientes submetidas à avaliaçãoda
cavidade uterina porvídeo-histeroscopia diagnóstica,
no
período de janeirode
1995 ajunho
de1999
(n=l47),em uma
clínica particular de ginecologiana
cidade de Florianópolis-SC.As
pacientes que realizaramVHCD
apresentavamexame
de
ultra-sonografiatransvaginal prévia realizada
em
diferentes serviços.Foram
colhidos dados referentes à idade, estado menopausal, terapiahormonal,
indicação à histeroscopia,
achado
ultra-sonográfico prévio e resultadoanatomopatológico,
conforme
ficha
de coleta dedados
(Apêndice).Foram
selecionadas, dentre as diversas indicações àVHCD,
pacientescom
sangramento
uterinoanormal
(SUA)
em
investigação e pacientes assintomáticascom
achados ultra-sonográficos anormais(AUA).
Foram
excluídasdo
estudo (n=11) pacientesque
apresentavam outrasindicações à
VHCD
(n=8), taiscomo:
infertilidade (n=2), dor pélvica crônica (n=2), revisão pós-cirúrgica (n=l), retenção de dispositivo intra-uterino (n=l), estenosedo
oriñcio cervical interno (n=l) e malforrnação uterina (n=l).Também
foram
excluídas pacientescom
dados insuficientes (n=3).Com
base nos dados colhidos,foram
determinados diferentes gruposconforme
a indicação à
VHCD,
o
estado menopausal, eo
achado, compativelou não
com
lesão focal (LF).Foram
consideradas lesão focal os achados compatíveiscom
pólipo endometrial e/ou
mioma
submucoso.
O
exame
deVHCD
foi realizadona segunda
fasedo
ciclo menstrual.O
exame
foi realizadoem
ambiente hospitalarcom
anestesia assistida. Utilizou-se,como
200
a250
ml/min
e a pressão intra-uterina entre30
e50
mmHg.
O
histeroscópioutilizado possuia
5mm
de diâmetro e 30° de inclinação,modelo
Hamou
II (K. StorzGmbH
e Co., Tuttlingen,Alemanha).
Foram
avaliados a espessura, a morfologia,o
aspecto, a coloração e a vascularização
do
canal cervical,da
superficie endometrialna
cavidade uterina e os óstios tubários. Foi realizadaamostragem
endometrialcaso
o
exame
fosse considerado normal, e biópsia dirigidana
presença de lesõessuspeitas.
O
material colhido foi enviado paraexame
anatomopatológicoem
diferentes serviços
em
Florianópolis-SC.Os
dados obtidos utilizando-se aficha
de coleta (Apêndice)foram
repassados para oprograma
Epi Info versão 6.04b,onde
procedeu-se a análise dosmesmos.
Os exame
deUSTV
e deVHCD
foram
considerados verdadeiro positivo (VP),verdadeiro negativo
(VN),
falso positivo (FP)ou
falso negativo (FN), pela correlação de seus achados normaisou
anormaiscom
o resultadoanatomopatológico
(AP)
(padrão-ouro)normal
ou
anormal, independenteda
característica
do achado
encontradol.Foram
consideradoscomo
normal
osachados
anatomopatológicos de endométrio proliferativo
ou
endométrio secretor.Para avaliar a acurácia diagnóstica,
foram
determinados a sensibilidade(SEN),
a especificidade (ESP),
o
valor preditivo positivo(VPP)
eo
valor preditivo negativo(VPN)
dos doismétodos
(U
STV
eVHCD).
Na
análise estatística utilizou-se intervalo de confiança (IC) de 95
%,
o
qual expressa a confiançade que o
9 4.
RESULTADOS
A
média
de idade das pacientes foi de 48,1i
11,6(média
i
DP), variandode
20
a 75 anos;não
houve
diferença significativana
média
de idade das pacientesnos diferentes subgrupos.
Algumas
pacientes faziam uso de terapia de reposiçãoanormal
(TRH)
ou
de análogosdo
GnRH
(Tabela I).TABELA
I-
Caracterização
da amostra segundo
indicação à vídeo- histeroscopia.Indicação
Idade
(médiai
DP)
TRH
Análogos
do
GnRH
SUA
46,1i
10,1 16 2AUA
50,4i
12,8 2O
Todas
48,1i
11,6 182
Fonte: Clínica particular, 1999.
SUA = sangramento uterino anormal
AUA
= achados ultra-sonográficos anormaisDP = desvio padrão.
Predominaram,
quanto ao estado menopausal, pacientes pré-menopáusicascom
64,7%,
eem
relação à indicação àVHCD,
sangramento
uterinoanormal
em
investigação,
com
53,7%
(Tabela II). Dentre as pacientes pré-menopáusicas,62,5%
foisubmetida
àVHCD
por apresentarsangramento
uterino anormal.Das
pacientes pós-menopáusicas,62,5%
tiveramcomo
indicação àVHCD
a presença de achados ultra-sonograficos anonnais.TABELA
II-
Distribuiçãoda
indicação à vídeo-histeroscopiaem
relaçãoao
estadomenopausa]
das
pacientes.Estado
SUA
AUA
Todas
Menopausa]
11 /T
°/6 11 /T%
11 /T °/6Pré-menopausa
55 / ss 62,5 33 /ss 37,5 ss/ 136 64,7Pós-menopausa
1s /4s 37,5 3o / 43 62,5 4s / 136 35,3Todas
73/ 136 53,7 63/ 136 46,3 136/ 136100
Fonte: Clínica particular, 1999.
SUA
= sangramento uterino anormalAUA
= achados ultra-sonográficos anormaisT = total.
Dentre os diversos achados,
predominou o
de pólipoendometfial na
ultra-sonografia
transvaginal (Tabela III),na
vídeo-histeroscopia diagnóstica (TabelaIV) e
no
exame
anatomopatológico (Tabela V).Tabela
III -Achados
ultra-sonográficos préviosà
vídeo-histeroscopia.Achado
ultra-sonográficon
%
Pólipo endometrial*57
42,0Espessamento
endometrial38
27,9Normal
17 12,5Mioma
submucoso*
13 9,6Hematometra
7 5,1Líquido
na
cavidade endometrial4
2,9Total 136 100
Fonte: Clínica particular, 1999.
Tabela
IV
-Achados
vídeo-histeroscópicos.Achado
vídeo-histeroscópico Pólipoendometflal*
Normal
Atrofia endometfial
Espessamento
endometrial irregularEspessamento
endometrial regular Hiperplasia endometrialMioma
submucoso*
Pólipo endometrial*
+
espessamento endometrialMuco
Adenocarcinoma
Total
Fonte: Clínica particular, 1999.
Tabela
V
-Resultados
anatomopatológicos das
biópsias video- histeroscópicas.Resultado anatomopatológico
%
Pólipo endometrial*Normal
_Atrofia
endometrial Insuficiência lúteaLeiomioma
submucoso*
Maturação
irregularReação
decidual Hiperplasiasem
atipiaAdenocarcinoma
Hiperplasia
com
atipiaMuco
+
fibrinaPólipo endometrial*
+
hiperplasiasem
atipia Pólipo endometrial*+
leiomioma
submucoso*
35,4 19,2 11,0 8,1 4,4 4,4 4,4 2,9 2,9 2,2 2,2 2,2 0,7 Total
100
Fonte: Clínica particular, 1999.
13
A
sensibilidadeda
ultra-sonografia transvaginal, considerando toda aamostra
estudada, foi de
89,1%,
variando entre73,3%
em
pacientepós-menopáusicas
com
sangramento
uterina anormal, e100%
nas pacientescom
achados ultra-sonográficos
anormais (Tabela VI).A
vídeo-histeroscopia apresentou sensibilidadegeral de
92,7%, chegando
a100%
nas pacientespós-menopáusicas
com
sangramento
uterino anormal.TABELA
VI
-
Sensibilidadeda
ultra-sonografia transvaginal eda
vídeo-histeroscopia
na
avaliaçãoda
cavidade
intra-uterinaem
diferentesgrupos
de
pacientes.USTV
VHCD
%
°/›GRUPO
VP/VP+FN
IC
VP/VP+FN
IC
Todas
SUA
AUA
sUA Pós
LF
136 89,1 98/ 11o 78,2 43/55100
55/55 73,3 11/ 15 75,9 44/ ss 81,4-
94,0 64,6-
87,8 91,9-
100 44,8-
91,1 62,5-
85,7 92,7 102/ 11o 92,7 51/55 92,7 51/55100
15 / 15 96,6 só / 58 85,7-
96,6 81,6-
97,6 81,6-
97,6 74,7-
100
87,0-
99,4Fonte: Clinica particular, 1999.
SUA = sangramento uterino anormal
AUA
= achados ultra-sonográficos anormaisSUA PÓS = sangramento uterino anormal pós-menopausa
A
ultra-sonografia transvaginal apresentou especificidade de 19,2%, variandoentre
0%
na
investigação desangramento
uterinoanormal
em
pacientesna
pós-menopáusicas
eem
pacientescom
achados ultra-sonográficos anonnais, e66,7%
no
diagnóstico de lesões focais (Tabela VII).A
especificidadeda
vídeo-histeroscopia diagnóstica foi de
65,4%,
variando entre61,1%
nas pacientecom
sangramento
uterino anonnal, e96,2%
no
diagnóstico de lesões focais.TABELA
VII
-
Especificidade
da
ultra-sonografia
transvaginal eda
vídeo-histeroscopia
na
avaliaçãoda
cavidade
intra-uterinaem
diferentesgrupos de
pacientes.USTV
VHCD
GRUPO
n%
%
VN/vN+FP
IC
VN/vN+1‹"1>IC
Todas
136 19,2 7,3-
40,0 5/26SUA
73 27,8 5/ isAUA
63 0 0-
40,2 o /sSUA
Pós
tz0
0-
69,0 o /3LF
136 66,7 sz / vs 10,7-
53,6 55,0-
76,7 65,4 17/26 61,1 11 / 13 75,0 6 /s 66,7 2/3 96,2 75 / vs 44,4-
82,1 36,1 - 81,7 35,6~
95,5 12,5-
98,2 88,4-
99,0Fonte: Clinica particular, 1999.
SUA
= sangramento uterino anormalAUA
= achados ultra-sonográficos anormaisSUA
PÓS = sangramento uterino anormal pós-menopausa15
O
valor preditivo positivoda
ultra-sonografia transvaginal foi de82,4%,
variando de
62,9%
na
investigação de lesões focais, a87,3%
em
pacientes assintomáticascom
achados ultra-sonográficos anomiais (Tabela VII).A
vídeo- histeroscopia apresentouVPP
de91,9%,
variando entre87,9%,
entre as pacientescom
sangramento
uterino anormal, e96,2%
na
presença de achados ultra-sonográficos
anomiais.TABELA
VIII
-
Valor
preditivo positivoda
ultra-sonografia transvaginal eda
vídeo-histeroscopiana
avaliaçãoda
cavidade
intra-uterinaem
diferentesgrupos de
pacientes.USTV
VHCD
0/0 OÁ)GRUPO
VP/VP+FP
IC
VP/VP+FP
IC
Todas
SUA
AUA
sUA Pós
LF
136 82,4 93 / 119 76,8 43 / só 87,3 55 / 63 78,6 11 / 14 62,9 44/ 7o 74,1-
88,5 63,3-
86,6 76,0-
94,0 48,8-
94,3 50,4-
73,9 91,9 102/ 111 87,9 51/5s 96,2 51 /53 93,8 15/ 16 94,9 só / 59 84,8-
96,0 76,1-
94,6 85,9-
99,7 67,7-
99,7 84,9-
98,7Fonte: Clínica particular, 1999.
SUA
= sangramento uterino anormalAUA
= achados ultra-sonográficos anormaisSUA
PÓS = sangramento uterino anormal pós-menopausaO
valor preditivo negativoda
ultra-sonografia transvaginal foi de29,4%
em
toda a população estudada; variou entre
0%,
nas pacientespós-menopáusicas
com
sangramento
uterino anormal, e78,8%
na
investigação de lesões focais (TabelaIX).
A VHCD
apresentouVPP
de68,0%,
variando entre60,0%
nas pacientesAUA
e100%
nas pacientescom
SUA
pós-menopausa.TABELA
IX
-
Valor
preditivo negativoda
ultra-sonografia transvaginal eda
vídeo-histeroscopiana
avaliaçãoda
cavidade
intra-uterinaem
diferentesgrupos de
pacientes.USTV
VHCD
%
%
GRUPO
nVN
/VN
+FN
IC
VN/VN+FN
IC
Todas
136 29,4 11,4-
56
5/17SUA
73 29,4 5 / 17AUA
63_
_
o /o is0
o /4LF
136 78,8 52 / óó 11,4-
56,00-ód4
SUA Pós
66,7-
87,5 68,0 17/25 73,3 11 / 15 60,0 ó/ 1o100
2/2 97,4 75 / 77 46,4-
84,3 44,8-
91,1 27,4-
86,3 19,8-
100
90,1-
99,5Fonte: Clínica particular, 1999.
SUA
= sangramento uterino anormalAUA
= achados ultra-sonográficos anormaisSUA
PÓS = sangramento uterino anormal pós-menopausa17
A
ultra-sonografia transvaginal apresentou sensibilidade semelhante e valorpreditivo positivo
um
pouco
inferiorem
relação à vídeo-histeroscopia diagnóstica.A
vídeo-histeroscopia diagnóstica mostrou-secom
especificidade e valor preditivo negativo superiores àUSTV
(TabelasX
e XI).Tabela
X
-Acurácia
diagnósticada
USTV
em
diferentes grupos.Grupo
n
SEN
(%)
ESP
(%)
VPP
(%)
VPN
(°Á›)Todas
136 89,1 19,2SUA
73 78,2AUA
63 100,0SUA Pós
LF
136 75,9 27,80
18 73,30
66,7 82,4 76,8 87,3 78,6 62,9 29,4 29,4NA
0 78,8Fonte: Clinica particular, 1999.
SUA
= sangramento uterino anormalAUA
= achados ultra-sonográficos anormaisSUA
PÓS = sangramento uterino anormal pós-menopausaLF = lesões focais
Tabela
XI
-Acurácia
diagnósticada
VHCD
em
diferentes grupos.Grupo
n
SEN
(%)
ESP
(%)
VPP
(%)
VPN
(%)
Todas
136 92,7sUA
73 92,7AUA
63 92,7SUA Pós
13 100,0LF
136 9ó,ó 65,4 61,1 75,0 66,7 96,2 91,9 87,9 96,2 93,8 94,9 68,0 73,3 60,0 100,0 97,4Fonte: Clinica particular, 1999.
SUA
= sangramento uterino anormalAUA
= achados ultra-sonográficos anomiaisSUA
PÓS = sangramento uterino anormal pós-menopausa5.
D1scUssÃo
A
utilização deum
determinadométodo
diagnóstico tende a serbaseada
na
relação custo-beneficio.
A
ultra-sonografia transvaginaltem
setomado
um
exame
amplamente
utilizado, principalmente por ser deum
método
inócuoque
causapouco
desconforto, terboa
disponibilidade e baixo custo.Desta
forma, a ultra-sonograña
transvaginal possui vantagensque
atomam
um
excelentemétodo
parainiciar
uma
investigaçãoda
cavidade uterina (primeira escolha).O
diagnóstico verdadeiro deuma
patologia intra-uterina é feitosomente
com
o
exame
histológico.Apesar
de serum
método
acurado,1”l3 a ultra-sonografiatransvaginal é incapaz de diagnosticar
uma
patologia intra-uterina pormais
sugestivoque
aimagem
observada possa ser.Algims
estudostêm
avaliado a acuráciada
ultra-sonografia transvaginalno
sangramento
uterino anormal, considerandocomo
diagnóstico fmal oexame
histológico
da
amostra obtida por biópsia dirigidana
histeroscopiaou
da peça
cirúrgica (histerectomia) (Tabela XII).
A
sensibilidade e a especificidadeda
ultra-sonografia transvaginalno
sangramento
uterinoanormal
apresentou-se variando de54
a96
%,
e entre65
e90%,
respectivamente.No
estudo deEmanuel,
M;
et al.1,em
279
pacientescom
sangramento
uterino anormal encontrou-seum
sensibilidade de96%
euma
especificidade de
89%
para a ultra-sonografia transvaginal.Já
no
estudo deTowbin, N;
et al.9, a ultra-sonografia transvaginal ea
vídeo-histeroscopia apresentaram sensibilidade de
54%
e79%,
e especificidade de90%
e94%,
respectivamente. Mortakis,A
e Mavrelos,K3
encontraram para a ultra-sonografia
transvaginalno
sangramento
uterino anormal, Luna sensibilidade de19
Tabela XII
- Sensibilidade e especificidadeda
ultra-sonografiatransvaginal
no sangramento
uterinoanormal por
diferentes estudos.Autor
n
SEN
(%)
ESP
(%)
Emanuel,
MH;
at al'279
9ó
89
Tawbin,
NA;
et al. 9 14954
90
Pal, L; et al. '°
54
óo
as
caâafta,
D;
at al7zss
9189
Vercellini, P; et al.”
742
96
86
salàl,
MH;
at al.”ós
95
ósA
vídeo-histeroscopia diagnóstica possui avantagem
de serum
método
que,com
a visualizaçãoda
cavidade uterina, viabilizao
diagnóstico definitivo.Atuahnente
a vídeo-histeroscopia diagnósticapode
ser realizadaem
consultório, causandomínimo
desconforto à paciente.”Os
achados video-histeroscópicos, por terem alta correlaçãocom
o
resultado anatomopatológico,permitem
aomédico
planejar
uma
terapia futuracom
maior
precisão.Apesar
das vantagensda
histeroscopiaserem
evidentes, tal procedimentonão
éisento de riscos.
As
complicações desteprocedimento
são raras, ocorrendoprincipalmente
na
histeroscopia operatóriaquando
ignora-se as contra-indicaçõesou
utiliza-se técnicas cirúrgicas einstmmentos
incorretos”. Dentre as complicações estão a intoxicação hídrica pelomeio
distensor,a
infecção,a
perfuração uterina e a hemorragia.A
histeroscopiatem
como
contra-indicação absoluta a vigência de infecção pélvica,devendo
ser evitadatambém
no carcinoma
uterino; a perfuração e o
sangramento
uterinocausam
dificuldades técnicas,sendo
consideradas contra-indicações relativas.
Devido
ao uso cada vezmais
freqüentedo
método
histeroscópico, vários trabalhostem
surgidocom
o objetivo decomparar
a acurácia diagnósticaem
relação à ultra-sonografia transvaginal, principalmente
na
avaliaçãoda
cavidadeuterina
em
pacientesque
apresentamsangramento
uterinoanormal
pós-menopausa
(Tabela XIII).
Tabela XIII
-Acurácia
diagnósticada
ultra-sonografia
transvaginal eda
vídeo-histeroscopia
no sangramento
uterinoanormal pós-menopausa por
diferentes autores.
USTV
VHCD
Autor
(et al.)n
SEN
ESP
VPP
VPN
SEN
ESP
VPP
VPN
Salmaggi,P2
46
90,9 72,0 90,9_
96,7 92,8 96,8 67,4 Cacciatore,B4
45
73,9 Karlsson,B”
51 100 Conoscenti,G”
261
100 Aicâzar,A”
28
100 95,7 75 35,6 60,0 77,7 48,8 35,7 100 86,9 97,0 69,7 100 91,7 88,0 79.1 89,4_
100
80,9_
71,4_
Analisando-se a acurácia diagnóstica
da
ultra-sonografia transvaginal eda
vídeo-histeroscopiano
sangramento
uterinoanormal pós-menopausa
encontra-se valores díspares.Enquanto
alguns estudosmostram
uma
sensibilidade igual”ou
pouco
maior”
da
ultra-sonografia transvaginalem
relação à histeroscopia, outrosmostram
haver superioridadeda
histeroscopia.2'4'”Os
valores referentes à acurácia diagnósticada
USTV
eda
VHCD
foram
semelhantes à literatura, exceto
em
relação à especificidadeda
USTV.
Istopode
ser explicado, de certa forma, pelo fato de
que
as pacientes submetidas àVHCD
apresentavam
sangramento
uterinoou
achados ultra-sonográficos anormais. Nestescasos a possibilidade de haver alteração intra-uterina é
maior que
a possibilidade desta estar ausente.Assim
sendo,houveram
poucos
casosonde
aUSTV
mostrou
21
reduzida, exceto
no grupo
de lesões focais.O
aspecto ecográfico deste tipode
lesão contribui para a capacidadedo
método
em
afirmar a sua ausência.Apesar
denão
ter sido observado grande diferença entre as indicações à vídeo-histeroscopia, esta esteve presente ao
compararmos
o estado menopausal,onde
predominararn pacientes pré-menopáusicas (64,7%).
No
grupo
com
sangramento
uterinoanonnal
a maioriaeram
pacientes pré-menopáusicas
(75,3%). Esta diferençanão
foi observada entre as pacientescom
achados ultra-sonográficos anormais.
Houve
predomínio
de pacientescom
sangramento
uterinoanormal
no
grupo de
pacientes pré-menopáusicas (62,5%), enquanto
que
no
grupo
de pacientes pós-menopáusicas
a maioria foisubmetida
à vídeo-histeroscopia por apresentarachados ultra-sonográficos anormais.
Estas diferenças observadas são explicadas pelo fato
do sangramento
uterinoanormal
seruma
queixa ginecológicamuito
freqüente, principalmenteno
período pré-menopausa, levando a paciente à procura médica.No
períodopós-menopausa,
o sangramento
uterinoanormal
não
é tão freqüente, e,além
disso, a presençade
um
achado
ultra-sonográficoanormal merece
investigação diagnóstica posterior, buscando-se afastar patologia maligna.Comparando-se
o intervalo deconfiança
(IC)da
sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo dos dois métodos,podemos
observarque
em
alguns casos os intervalossofiem
intersecção. Isto significa que, ao extrapolar-seos valores para a população, existe a possibilidade deles
serem
semelhantes.Dessa
forma, quanto
maior
a amostra estudada,menor
será seu intervalo de confiança emaior
será a sua representatividade.A
VHCD
apresentou-secom
sensibilidade superior aUSTV,
havendo
intersecção dos intervalos de confiança dos dois
métodos
em
todos os gruposVHCD
ser realmentemais
sensívelque
aUSTV
na
capacidade de detectar a presença de alterações intra-uterinas émaior
quando
investiga-se lesões focais.Quanto
à especificidade, aVHCD
demonstrou-se superior àUSTV,
não
havendo
intersecção de seus intervalos deconfiança
em
toda amostra. Istodemonstra
que,muito
provavelmente, aVHCD
é superior àUSTV
na
capacidade de detectar a ausência de alterações intra-uterinas.Ambos
osmétodos
apresentaram valor preditivo positivo elevados,com
ligeiravantagem da
VHCD,
não
havendo
intersecção de intervalos deconfiança
apenasno
grupo de lesões focais.Dessa
forma, aVHCD
parece ser realmente superiorà
USTV
na
capacidade deafrmar
a presença de alterações intra-uterinas,principalmente
quando
busca-se diagnosticar lesões focais.Em
relação ao valor preditivo negativo, apesarda
VHCD
apresentar-se superior àUSTV,
houve
intersecção de intervalos de confiançaem
todos os gruposanalisados, exceto
em
relação a lesões focais. Istodemonstra
que aVHCD
pode
realmente ser superior à
USTV
na
capacidade de afirmar a ausência de alterações intra-uterinas, especialmentequando
em
investiga-se lesões focais.A
VHCD
mostrou-se superior àUSTV
principahnentena
investigação depacientes
com
SUA
pós-menopausa,
pois houve, neste grupo,maior
diferençaentre os respectivos valores de sensibilidade, especificidade, valor preditivo
positivo e negativo. Desta forma, a
VHCD
poderia ser utilizada,quando
disponível,
como
primeira escolhana
investigação diagnósticaem
pacientes pós-menopáusicas
com
sangramento
uterino anormal,onde
a possibilidade dehaver
achado
ultra-sonográficoanormal
prévio é maior.O
tamanho
reduzido desta amostrapode
ser consideradoum
fator de viés.Novos
estudos,com
amostrasmais
representativas,poderiam
vir a confirmar a23 ó.
coNcLUsÃo
A
vídeo-histeroscopia diagnóstica mostra-semais
acuradaque
a ultra-sonografia
transvaginalna
avaliaçãoda
cavidade uterina,com
sensibilidade de92,7%
e89,1%,
especificidade de65,4%
e 19,2%, valor preditivo positivode
91,9%
e82,4%
e valor preditivo negativo de68,0%
e29,4%,
respectivamente.A
ultra-sonografia transvaginal, por apresentar sensibilidade e valor preditivo positivo satisfatórios, presta-secomo
método
de rastreamentode
lesões intra-uterinas, selecionando pacientes para investigação diagnóstica posterior.
A
vídeo-histeroscopia diagnóstica,quando
disponível,pode
serempregada
como
primeira escolhana
avaliaçãoda
cavidade uterina, principalmenteem
7.
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hysteroscopy in
postmenopausal
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Obstet Invest27
RESUMO
OBJETIVO:
Avaliar a acurácia diagnósticada
ultra-sonografia transvaginal(U
STV)
eda
vídeo-histeroscopiana
avaliação de alteraçõesda
cavidade uterina.MÉTODO:
Realizou-semn
estudo retrospectivo, transversal, descritivo e consecutivo,onde
avaliaram-se pacientes submetidas à avaliaçãoda
cavidadeuterina por vídeo-histeroscopia diagnóstica
(VHCD),
no
período de janeirode
1995 a
jtmho
de 1999,em
Luna clínica particularna
cidade de Florianópolis-SC.Foram
coletados dados referentes à idade, estado menopausal, indicação àVHCD,
achados ultra-sonográficos prévios, e resultado anatomopatológico
da
biópsia realizada durante aVHCD
(padrão-ouro).RESULTADOS:
De
um
total de 147 pacientesforam
selecionadas 136,sendo
53,7%
com
sangramento
uterino anormalem
investigação e46,3%
assintomáticascom
achados ultra-sonográficos anormais;64,7% eram
pacientes pré-menopáusicas.
A
ultra-sonografia transvaginal e aVHCD
apresentaramsensibilidade de
89,1%
e92,7%,
especificidade de19,2%
e65,4%,
valor preditivopositivo de
82,4%
e91,9%
e valor preditivo negativo de29,4%
e68,0%,
respectivamente.CONCLUSÃO:
A
VHCD
apresenta-semais
acuradaque
aUSTV
para a avaliaçãoda
cavidade uterina, principalmenteem
relação à especificidade e valor preditivonegativo.
A
USTV
presta-secomo
método
de rastreamento de alterações intra-uterinas, tendo a capacidade de detectar a sua presença,
mas
imprecisaem
afinnar
a sua ausência.
A
VHCD
poderia ser utilizadacomo
primeira escolhaem
pacientescom
sangramento
uterinoanormal pós-menopausa.
SUMMARY
OBJECTIVE:
To
evaluate the diagnostic accuracyof
the transvaginalultrasonography
(TVUS)
and of
the video-hysteroscopy in the evaluationof
uterine cavity alterations.METHOD:
It took place a retrospective, transversal, descriptiveand
serial study,where
analized patientswere
submitted to the evaluationof
the uterine cavity fordiagnostic video-hysteroscopy
(DVHC),
in the periodfrom
January 1995 toJune
1999, in a private clinic in the city
of
Florianópolis-SC. Referring datawere
collected to the age,
menopausal
state, indication toDVHC,
previousultrasonographic fmdings,
and
hystologic resultof
the biopsy accomplished duringDVHC
(gold-standard).RESULTS:
Of
a total de 147 patients 136were
selected, being53,7%
withabnonnal
uterine bleeding in investigationand
46,3%
asymptomatic
withhaving
abnonnal
ultrasonographic fmdings;64,7%
theywere premenopausal
patients.USTV
and
VHCD
presented sensibilityof
89,1%
and 92,7%,
specificityof
19,2%
and 65,4%,
positive predictive valueof
82,4%
and
91,9%
and
negative predictivevalue
of
29,4%
and 68,0%,
respectively.CONCLUSION:
DVHC
was
shown
superior toTVUS
for the evaluationof
theuterine cavity, mainly in relation to the specificity
and
negative predictive value.TVUS
is rendered as intrauterine lesions screningmethod,
tends the capacity to detect its presence, but not in affirming its absence.DVHC
couldbe
used
as the first diagnostic stepmainly
inpostmenopausal
patients withabnonnal
uterineAPÊNDICE
FICHA
DE
COLETA DE
DADOS
Nome
da
paciente: Idade: Estado menopausal:Pré-menopausa
( )Pós-menopausa
( ) Terapia honnonal: Indicação àVHCD:
Achado
àUSTV:
Achado
àVHCD:
ResultadoAP:
TO
0283 Ex.l
IIIII Ill IIIII IIIII Ill II l|||Il
972812775 Ac. 254413 Ex.l UFSC BSCCSM