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Retorno e risco de ações e carteiras

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Academic year: 2021

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(1)

Curso de Ciências Econômicas

Retorno e risco de ações e de

carteiras

(2)

Retorno

 Os ativos permitem o recebimento de

ganhos ou perdas financeiras a seus

detentores, que são os retornos sobre o investimento.

 O retorno de um ativo é formado por

dois componentes:

Retorno: rendimento corrente+ rendimento de capital

Rendimento que ocorre pela posse do ativo, como dividendos de ações.

Rendimento que ocorre devido a variação no valor do ativo. No seu preço de mercado.

(3)

 Nesse sentido, o retorno financeiro ou

monetário de uma ação é dado por:

Retorno monetário=dividendo+ganho ou perda de capital

Parcela do lucro da empresa distribuído aos acionistas. Valorização/desvalorização no valor da ação no mercado. Título de propriedade de parte do capital de uma empresa, que confere ao acionista a condição de sócio da empresa que emitiu a ação.

(4)

 O rendimento com a ação é dado por:

Ganho(%)= [(preço atual da ação+dividendos recebidos)/preço de compra da ação)]-1

(5)

Carteira de investimento

 Carteira de investimento ou portfólio é um

conjunto de ativos (ações, títulos, moeda, depósitos à vista, depósitos em poupança...) mantidos por um investidor para diversificar sua renda com o objetivo de mantê-la estável pela diminuição de seus riscos, ou seja, de sua variabilidade.

(6)

 Uma carteira de investimento permite

que o retorno financeiro do agente seja mais tranquilo e menos instável

(volátil) e incerto do que se ele tivesse investido todo seu dinheiro em um só ativo.

(7)

 Uma carteira pode ser formada por ativos de

renda fixa (depósitos em poupança) ou variável (ações):

Carteira: ativos fixos + ativos variáveis

 O fator que vai determinar a proporção de

cada ativo em sua carteira, ou seja, a ser investido dependerá do seu perfil: avesso ou propenso ao risco.

(8)

Retornos e suas variações (ganhos e

perdas financeiras) ao longo do tempo

(9)
(10)

Análise prática: retornos e riscos

históricos no mercado americano

(11)

A Linha de Mercado de Títulos (LMT)

Ri sco e retorno de ativos

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Risco R et or no Inflação BCLP BGLP BGPI

Ações ordinári as Ações de empr. peq.

porte.

LT

A tendência é de todos os ativos e portfolios estarem na LMT, pois ativos acima da LMT terão seus preços de elevados devido ao aumento da sua demanda - visto que eles oferecem maior retorno ao mesmo nível de risco que outros ativos - levando a queda do seu retorno e do IS:

Compra Venda i P P R E     ( )

(12)

Como formar uma carteira

 Uma boa opção é que o investidor faça

uma carteia utilizando-se ambos os ativos.

(13)

 Como montar uma carteira

 Depende do perfil do investidor.

 O investidor pode ser auxiliado por modelos

matemáticos na montagem de sua carteira.

 O investidor pode ter mais de uma carteira

 De longo prazo: tem como meta receber

dividendos de ações e renda fixa (não deve ser trabalhada).

 De curto prazo: tem como meta ter ganhos

(14)

 O retorno de um portfólio é dado pelo somatório do produto

dos retornos esperados de cada ativo com seu respectivo peso de participação na carteira. Em forma de equação:

em que E(Rp) é o retorno esperado do portfólio, E(Ri) o retorno

esperado do ativo i, pi o peso do ativo i no portfólio, sendo

i=1,2,...,n., ou seja, é o percentual da carteira aplicada no

ativo. i n i i n n p

p

E

R

p

E

R

p

E

R

p

R

R

E

1 2 2 1 1

(

)

(

)

...

(

)

)

(

1 1 

n i i p

(15)

 Exemplo: Suponha uma carteira de

investimento composta por duas ações, A e B, com retornos de 10% e 5%. Qual o retorno da carteira, se são empregados pesos de 50% em cada ativo?

R=0,5.(10%)+0,5.(5%)=7,5%

E se os pesos são de 70% e 30%, respectivamente?

R=0,7.(10%)+0,3.(5%)=8,5%

A soma dos pesos em cada carteira sempre é 1, garantindo que o investidor utiliza 100% do seu capital (recursos) nesses ativos.

(16)

Risco do investimento

Dizemos que há risco de investimento

quando estamos sujeitos as perdas

financeira.

(17)

i n i i n n p p E R p E R p E R p R R E

      1 2 2 1 1 ( ) ( ) ... ( ) ) (

Problema do investidor: qual o

retorno do ativo e da carteira a se

realizar no próximo período?

.

?

?,

?,

2 1

R

R

n

R

(18)

 Os investimentos estão sujeitos a dois tipos de

riscos, o diversificável (não-sistemático ou específicos) e o não-diversificável (sistemático ou de mercado).

 A formação de portfólio e sua diversificação não

elimina o risco não-diversificável (ou de mercado), pois este risco atinge todos os ativos do mercado, pois afetam de alguma forma todas a empresas. Entre as fontes deste risco estão as incertezas sobre as condições econômicas: PIB, juros, ...

(19)

 O risco de mercado é aquele que atinge o valor

de mercado do ativo, isto é, o preço que o mercado estipula para o título.

 Por exemplo: uma expectativa de queda na renda

(PIB), promove uma expectativa de queda do consumo e investimento, reduzindo as projeções de lucros das empresas e levando a queda nos dividendos e no preço de suas ações.

(20)

 Por sua vez, a diversificação da carteira pela

adoção de ativos diferentes reduz o risco diversificado, isso ocorre porque o risco não sistemático atinge um único ativo ou um pequeno grupo destes, ou seja, a uma ou poucas empresas.

 Por exemplo: A descoberta de petróleo pela Petrobrás

eleva as projeções de lucros da empresa, elevando o preço de suas ações. Porém, não afeta os preços das ações das demais empresas do mercado que não tem relação com esse ramo de atividade.

(21)

 Assim, se investimos em ações de uma

única empresa ou de um pequeno grupo de empresas, o valor do investimento oscilará em conseqüência de eventos específicos das empresas.

 Exemplo:

 Lançamentos de novos produtos bem sucedidos, utilização

de novos processos produtivos, redução de custos elevam os preços das ações.

 Greves, ações judiciais, acidentes industriais, reduzem os

(22)

 Em uma carteira os preços de algumas

ações elevarão devido a eventos específicos favoráveis e os preços de outras reduzirão devido a eventos negativos.

 No geral, o efeito líquido tende a ser

pequeno, uma vez que um efeito favorável tende cancelar o efeito negativo e o efeito desfavorável tende cancelar o efeito positivo.

(23)

 Dessa forma, a diversificação do portfólio é eficaz na redução do risco, mas não totalmente, porque uma parte do risco é não-diversificada.

 Risco total = risco diversificável (específico) + risco não-diversificável (mercado)

(24)

Análise prática dos efeitos da diversificação sobre o risco de uma carteira

Número de ações na carteira Desvio padrão médio dos retornos da carteira (risco)

1 49,24 2 37,36 4 29,69 6 26,64 8 24,98 10 23,93 20 21,68 30 20,87 40 20,46 50 20,2 100 19,69 200 19,42 300 19,34 400 19,29 500 19,27 1000 19,21

(25)

Fonte: Ross et al. (1998).

(26)

 A diversificação diminui o risco, mantendo o

retorno mais estável com um nível de risco menor (com menor variação).

 Princípio da diversificação: diz que a

distribuição do investimento em muitos ativos eliminará parte do risco.

 Quanto maior o grau de aversão do investidor,

(27)

A correlação é essencial para a capacidade de

redução do risco pelo ativo no portfólio através da diversificação.

Relacionando-se ativos com baixa correlação (ou

covariância inversa) é possível reduzir o risco da carteira:

Corr=1, não há capacidade de redução do

risco pela diversificação.

(28)

Dessa forma, pode-se reduzir o

risco de uma carteira combinando

ativos que tenham alguma relação

inversa entre eles.

(29)

 Em uma caso extremo, quando Corr=-1, os resultados desfavoráveis verificados em alguns ativos são perfeitamente compensados por outros ativos.

 Ou seja, quando o retorno de um deles cair o retorno de outro ativo elevará na mesma proporção.

(30)

Efeito da diversificação

 Investimento com correlação perfeitamente

negativa, Corr=-1. Ver exemplo no arquivo (Excel):

(31)

Efeito da diversificação

 Investimento com correlação perfeitamente

positiva, Corr=+1. Ver exemplo no arquivo (Excel):

(32)

Efeitos da correlação sobre o risco da

carteira

 Considere um exemplo de uma carteira

formada por duas ações A e B, com retorno e risco dados pela tabela:

(33)

 A Tabela a seguir mostra os retornos esperados e os

riscos para cada carteira formada para diferentes participações das ações A e B adotando-se os coeficientes de correlação extremos +1 e -1:

Fonte: Assaf Neto (2010).

Menor risco. Essa situação, com correlação perfeita negativa, dificilmente se verifica na prática.

(34)

 De acordo com o conceito de

diversificação, selecionado-se ativos com correlação perfeitamente negativa ocorre a eliminação total do risco diversificado (não sistemático) da carteira. Embora fique sempre presente a parcela do risco sistemático.

 No exercício, isso ocorreu quando a

carteira era composta por 60% do ativo A e 40% do ativo B.

(35)

 Nota-se que quando a corr=+1 a diversificação não reduz o risco. O menor risco obtido pela diversificação é 19,8% que é maior que o risco do ativo A que é de 18%.

 Estudos mostram que no mercado acionário a diversificação pode reduzir mais da metade do risco da carteira (Assaf Neto, 2010).

(36)

Seleção de carteiras

 Considere os resultados das combinações de

duas ações A e B, as quais possuem as seguintes características:

(37)

Qual é a combinação entre as

ações que resulta em menor risco?

Quais os pesos de cada ativo na

carteira? Qual o retorno dessa

carteira? Qual o seu risco?

(38)

Resultados

Carteira com menor risco.

Fonte: Assaf Neto (2010).

Nota-se que a combinação dos ativos permite que se formem carteiras com riscos totais menores do que o risco de cada ativo isolado. A carteira B, por exemplo, tem um risco de 20,3%, menor que do ativo A (36%) e B (22%).

(39)

 Logo, para o exercício:

(40)

Fronteira eficiente

Fonte: Assaf Neto (2010).

A combinação de ativos permite a redução do risco do investimento. Em B o risco é menor que em A e o retorno é maior. Mesmo reduzindo o risco o investidor elevou o retorno.

(41)

 De acordo com o gráfico, a carteira M é

a de menor risco (menor desvio-padrão). O Ponto M domina todos os demais pontos formados abaixo dele, tendo menor risco para um retorno esperado mais elevado.

 Quanto mais uma carteira se distância

dessa carteira M (de variância mínima) maior o seu risco, porém mais elevado é seu retorno esperado.

(42)

 O investidor com maior grau de aversão ao risco escolherá carteiras mais próximas do ponto M. Valendo o inverso para o investidor com menor aversão.

 As oportunidades de investimento a serem consideradas pelos investidores estão localizadas sobre a curva MF, denominada conjunto ou fronteira eficiente.

(43)

O VaR (Value at Risk/Valor no Risco)

 O VaR é um indicador financeiro muito

utilizado na gestão de risco de mercado, pois permite quantificar o risco de mercado de ativos ou carteiras.

 Mas precisamente, ele mede as chances

máximas esperadas de perdas do

investimento decorrente da queda do preço do ativo ou da carteira em um dado período de tempo: dia-a-dia, mês-a-mês, ...

(44)

 É um método de fácil compreensão no

gerenciamento de risco que teve sua origem devido a necessidade das instituições financeiras em mensurar suas exposições de perdas.

 Obtido empregando-se técnicas estatísticas, o

VaR permite calcular a perda máxima em dinheiro de um ativo ou de uma carteira em um horizonte de tempo definido e a um nível de confiança estatística.

(45)

 Exemplo:

 Suponha que um dado investidor tenha

as seguintes informações sobre sua carteira de ativos.

 VaR: R$1.000,00  Período: 10 dias

(46)

 Com base nessas informações, o

investidor interpreta que:

 Ao longo de 10 dias, ele espera que:

 Há 5% de probabilidade de verificarem perdas

na carteira em um valor superior a R$ 1.000,00.

 Ou que há 95% de probabilidade de

verificarem perdas máximas na carteira de R$ 1.000,00 .

(47)

 Fórmula de determinação do VaR para um ativo:

Em que:

= Valor do risco.

= Constante relativa ao intervalo de confiança de 95%.

= Desvio padrão do ativo A (do seu retorno). = Valor de mercado do ativo A.

A

i

VaR

A

95%

.

A

.

A VaR % 95 i AA

(48)

 Utilizando a fórmula e a informação

de que:

 Os retornos diários do ativo A possui

um desvio padrão de 15%.

 O valor de mercado do ativo hoje é de

R$ 5.000,00.

 A constante relativa ao intervalo de

confiança é de 1,645 para 95% (conforme a tabela estatística de uma distribuição normal).

(49)

 O valor do risco do ativo A é:

 Isso significa que há 5% de

probabilidade de ocorrerem perdas diárias no ativo em montante superior a R$ 1.233,75. Ou de que há 95% de probabilidade de ocorrerem perdas máximas no ativo no montante de R$ 1.233,75. 75 , 233 . 1 $ 645 , 1 % 15 00 , 000 . 5 $ x x R R VaR  

(50)

 Para uma carteira, com apenas um

ativo pode-se empregar a fórmula de cálculo do VaR como apresentada anteriormente.

 Porém, quando a carteira é

composta por mais de um ativo a fórmula deve incorporar a correlação entre os retornos dos ativos na carteira.

(51)

 Fórmula de determinação do VaR de um

portfólio:

em que VaR

p

, VaR

A

e VaR

B

são os

valores em risco da carteira e dos

ativos A e B; e , é o coeficiente

de correlação entre os ativos A e

B.

B A AB B A

p VaR VaR VaR VaR

(52)

Referências Bibliografias

 ASSAF NETO, A. Mercado financeiro. 7ª ed.: São Paulo: Atlas, 2006.

 FARIAS, C. A., VIEIRA, W. C., SANTOS, M. L. Modelagem de jogos de duas

pessoas com programação. In:Métodos quantitativos em economia. Santos, M. L.; Vieira, W. V. p. 27-55, 2004a.

FARIAS, C. A., VIEIRA, W. C., SANTOS, M. L. Teoria dos jogos e seleção de

portfólio: uma proposta de adaptação ao modelo minimax e aplicação aomercado acionário brasileiro. Disponível em:http://posgrad.der.ufv.br/revista/pdf/2004/Artigo4_V2N1.pdf. Capturado em 16 de setembro de 2004b.

GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 7ª ed. São Paulo:

Harbra, 1997.

PINHEIRO, J. L. Mercados de capitais: fundamentos e técnicas. 4ª ed.:

São Paulo: Atlas, 2007. 349 p.

ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JORDAN, B. D. Princípios de

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Silva Neto, L. A. Derivativos: definições, emprego e risco. 4ª ed. São

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VARIAN, H. R. Microeconomia: princípios básicos. 6ª ed. Rio de janeiro:

Elsevier, 2003. 778p.

WOILER, S.; MATHIAS, W. F. Projetos: planejamento, elaboração e

(53)

Referências

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