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O SIGNIFICADO DO ENSINO RELIGIOSO PARA OS ALUNOS DA ESCOLA MUNICIPAL DR. JOÃO CRUZ DE OLIVEIRA.

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O SIGNIFICADO DO ENSINO RELIGIOSO PARA OS ALUNOS DA ESCOLA MUNICIPAL DR. JOÃO CRUZ DE OLIVEIRA.

Profª Marília De Franceschi Neto Domingos - UFPB-CE-PPGCR Aldenir T. Claudio - aluna de Ciências das Religiões-UFPB Claudiana S.da Costa – aluna de Ciências das Religiões- UFPB-CR

A nossa intenção neste estudo é dar visibilidade sobre as questões do Ensino Religioso através da pesquisa e da construção teórica em torno do mesmo, vislumbrando uma possível desconstrução do conceito e prática equivocada que o trata, muitas vezes, como aula de Religião/catequese. Compreendemos que a educação do cidadão é um processo complexo que inclui múltiplos aspectos, inclusive o religioso enquanto dado antropológico e sócio cultural presente na história da humanidade. Segundo PASSOS, 2007, o conhecimento é assimilação crítica e responsável de conteúdos e métodos acumulados pelas ciências no decorrer da história, e a escola apresenta-se como facilitadora dessa, ao ensinar a aprender, ao oferecer aos educandos posturas e estratégias cognitivas éticas. Esse pensamento nos remede a interpretar que o Ensino Religioso participa desse processo complexo de ensinar a conhecer com autonomia e responsabilidade que é creditado à escola, pois, a religião compõe o conjunto dos demais conhecimentos, tanto como fonte de informação sobre o ser humano, a sociedade e a história, quanto como fonte de valor para a vida dos educandos.

Há uma distinção básica entre o Ensino Religioso e aula de religião. O primeiro, segundo o FONAPER, 1997, propõe estudar e interpretar o fenômeno religioso com base no convívio social dos alunos, constituindo-o objeto de estudo do conhecimento na diversidade cultural, visando à gradual descoberta e a releitura de seus diferentes aspectos. Em outras palavras, podemos dizer que o mesmo não deve ser entendido como ensino de uma religião ou como ensino das religiões nas escolas, porém, como um componente curricular centrado na antropologia religiosa sob os princípios da laicidade que tem como base o respeito por todas as religiões, inclusive por aqueles que declaram não possuí-las, ou seja, é o respeito ao direito do indivíduo em ter ou não ter religião, de praticá-la dentro dos seus preceitos, desde que não perturbe a ordem publica. (Declaração dos direitos do homem e do cidadão 1789, Declaração Universal dos Direitos Humanos 1948). A Laicidade, por sua vez, tem como ideal a igualdade na diversidade e respeito às particularidades. É concebida como um fator que favorece a construção de uma sociedade livre, garantia de liberdade de espírito e da liberdade do

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próprio homem. Nessa perspectiva o estudo do fenômeno religioso em suas diversas manifestações, contribui na educação do ser humano como um todo, proporcionando um espaço de respeito pela diversidade tendo como pressuposto o caráter pedagógico.

Em contrapartida a aula de religião se baseia pelo principio da fé, privilegiando um credo religioso em virtude de proteger e enriquecer uma tradição religiosa, em que os assuntos estudados nessa perspectiva toma a própria religião como referência e critério de verdade, ou seja, é a própria religião que está no centro dos interesses, dificultando conseqüentemente o encontro com as diferenças e reforçando os preconceitos existentes em toda a sociedade, contrapondo-se às bases da laicidade defendidos na Constituição brasileira desde 1988.

Nos últimos dez anos, o Ensino Religioso no Brasil tem sido novamente alvo de debate, não mais como nos períodos correspondentes ao processo constituinte e a elaboração das leis ordinárias conseqüentes das décadas 30 a 60, mas quanto à compreensão de sua natureza e papel na escola, como disciplina regular do currículo.

Uma rápida visão panorâmica dos quinhentos anos desse ensino no Brasil contribui para uma melhor compreensão da questão. Hoje, as concepções que permanecem num imaginário de muitos setores, consideram o Ensino Religioso ainda como elemento eclesiástico na escola e não como disciplina regular, integrante do sistema escolar. Isso por conta dos princípios que regem as relações entre Estado – Igreja – Política – Religião ao longo do processo. Sendo assim vejamos:

Primeira Fase – 1500 a 1800 – Horizonte do Colonialismo - Nesse período a ênfase é a integração entre escola, igreja, sociedade política e econômica. O objetivo básico é ativar os alunos para que se integrem nos valores da sociedade. O que se desenvolve como Ensino Religioso é o Ensino da Religião Oficial, como evangelização dos gentios e catequese dos negros, conforme os acordos estabelecidos entre o Sumo Pontífice e o Monarca de Portugal.

Segunda Fase – 1800 a 1964 – Horizonte do Regalismo - A educação é referendada pelo Estado-Nação. O objetivo é a escola pública gratuita, laica, para todos. Nesse contexto, o religioso submete-se ao estado. A burguesia toma o lugar da hierarquia religiosa e a educação mantém-se vinculada ao projeto da sociedade. A dinâmica, no entanto, se mantém a mesma, escola e professor continuam sujeitos a um projeto amplo, unitário, agora sob a direção do Estado; o processo educacional e o professor são acionados em função do projeto global.

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Na Monarquia Constitucional – 1823 a 1889 - O Ensino Religioso é submetido ao esquema protecionismo da Metrópole, em decorrência do regime regalista, oficialmente implantado no período. O fio condutor é o texto da Carta Magna de 1824, que mantém a “Religião Católica Apostólica Romana, a Religião Oficial do Império” em seu artigo 5º. A instituição eclesial é o principal sustentáculo do poder estabelecido, e o que se faz na escola é o Ensino da Religião Católica Apostólica Romana.

Na Implantação do Regime Republicano – 1890 a 1930 – Horizonte do Positivismo - O Ensino da Religião passa pelos mais controvertidos questionamentos uma vez tomado como principal empecilho para a implantação do novo regime, em que a separação entre Estado e Igreja se dá pelo viés dos ideais positivistas. A expressão “será leigo o ensino ministrado nos estabelecimentos oficiais de ensino” é o único dispositivo da primeira Constituição da República a orientar a educação brasileira gerida pelo sistema estatal. Tal enunciado dá origem ao mais polêmico debate da história do ensino Religioso no Brasil. Isso decorre da interpretação dada ao dispositivo. Assim, mesmo perante a proclamada laicidade do ensino nos estabelecimentos oficiais, o Ensino da Religião esteve presente pelo zelo à orientação da Igreja Católica.

No Período de Transição – 1930 a 1937 - O Ensino Religioso é inicialmente admitido em caráter facultativo, através do decreto de 30 de abril de 1931, por conta da Reforma de Francisco Campos. Esse é o marco de todas as concepções sobre o Ensino Religioso, presentes nas discussões sobre a matéria, nos sucessivos períodos de sua regulamentação, desde a carta de 1934 até a Lei maior vigente, e da nova Lei de diretrizes e Bases da Educação nacional, em tramitação no congresso.

No Estado Novo – 1937 a 1945 – Horizonte do Nacionalismo - É efetivada a Reforma “Francisco Campos”. O Ensino Religioso perde o seu caráter de obrigatoriedade, uma vez que não implica em obrigação para mestres e alunos, nos termos do artigo 133 da Constituição de 1937.

Terceiro Período Republicano – 1946 a 1964 – Horizonte do Liberalismo - O Ensino Religioso é contemplado como dever do Estado para com a liberdade religiosa do cidadão que freqüenta a escola. Apesar da Lei Maior pretender orientar o processo de tal redemocratização e garantir o espaço do Ensino Religioso na escola, a regulamentação do dispositivo constitucional na Lei de Diretrizes e Bases 4024/61, artigo 97, é transportada da Carta de 1934 quase na íntegra.

Terceira Fase - 1964 a 1996 - Cai por terra o projeto unitário, ocorrendo transformações profundas que mexem com os esquemas de referência. A escola deixa de

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ser o espaço unitário e coerente de um grupo privilegiado. Com maior universalização do ensino, as mazelas e contradições da sociedade são trazidas para a Escola.

Após a fase da hegemonia da Igreja (séc. XVI a XVIII), do Estado (séc. XVIII a XX) sobre a escola e a educação, assiste-se hoje ao fim do monopólio de ambos. Caminha-se para a redefinição de poderes e regulações no seio da instituição escolar. Observa-se que o Estado não será mais a única referência, pois as diversas forças sociais profissionais se articulam para assumir sua responsabilidade, erigindo novas modalidades de funcionamento da ação escolar.

No quarto período republicano - 1964 a 1984 - Os avanços democráticos alcançados pela sociedade brasileira são interrompidos. O conceito de liberdade passa pela ótica da segurança nacional. Nesse contexto, o Ensino Religioso é obrigatório para a escola, concedendo ao aluno o direito de optar pela freqüência ou não, no ato da matrícula. A Lei de Diretrizes e Bases para o ensino de lº e 2º Graus, de nº 5692/71, em seu artigo 7º, parágrafo único, repete o dispositivo da Carta Magna de 1968 e Emenda Constitucional nº 1/69, incluindo o Ensino Religioso no sistema escolar da rede oficial, nos respectivos graus de ensino.

Nos últimos dez anos - 1986 a 1996 - Nesse período, acentua-se na escola o processo de rupturas com as concepções vigentes de educação pela dimensão da crise cultural que se instaura em todos os aspectos da sociedade. Frente à crise e aos paradigmas que apontam possibilidades e geram incertezas, também o Ensino Religioso busca a sua redefinição como disciplina regular do conjunto curricular. Do início do processo constituinte, em 1985, à tramitação do projeto da nova Lei de Diretrizes e Bases no Congresso Nacional, o Ensino Religioso volta a ser objeto de discussão e alvo de novas polêmicas. De um lado, recuperam-se aspectos dos discursos pronunciados nas respectivas fases anteriores à regulamentação da matéria, principalmente dos setores contrários à sua permanência ou inclusão no sistema escolar. Por outro lado, recuperam-se argumentos e propostas em vista de sua permanência no currículo, como disciplina a permitir ao educando ter, na escola, a oportunidade de compreender sua dimensão religiosa, permitindo-lhe encontrar respostas aos seus questionamentos existenciais mais profundos, descobrindo e redescobrindo o sentido da sua busca, na convivência com as diferenças. A Constituição Federal em vigor, promulgada em 1988, garante, através do artigo 210, parágrafo 1º do Capítulo III da Ordem Social, o Ensino Religioso nos seguintes termos: "O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental".

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Supomos que todo esse percurso da construção histórica do Ensino Religioso se baseia no pensamento de que o ser humano constitui-se num ser em relação. Na busca de sobreviver e dar significação para sua existência ao longo da história, desenvolve as mais variadas formas de relacionamento com a natureza, com a sociedade e com o Transcendente, na tentativa de superação da sua provisoriedade, limitação, ou seja, sua finitude.

Partindo desse pressuposto teórico, indagamos se o Ensino Religioso público direciona sua prática para uma formação confessional ou se para um estudo do fenômeno religioso enquanto característica cultural dos povos identificando suas correlações socioculturais. Compreendemos que uma das formas mais coerente de aproximação dessa realidade, ou seja, descobrir se a disciplina Ensino Religioso efetivamente atende as exigências curriculares nacionais, é pesquisar mediante os próprios alunos de tal disciplina sobre o significado e importância que a mesma tem para eles, os temas trabalhados, isto é, tudo que diz respeito à prática exercida em sala de aula. Supomos que através do conhecimento acerca do significado da disciplina Ensino Religioso para os alunos torna-se possível obter informações que nos levem a refletir a respeito do Ensino Religioso em nosso município, contribuindo para que a sociedade como um todo compreenda seu real papel (Estudo da Cultura Religiosa), desmistificando consequentemente, qualquer idéia que possa inseri-lo enquanto aula de religião que privilegia apenas um credo. Essa pesquisa teve como objetivo configurar e analisar o significado do Ensino Religioso para os alunos da Escola Municipal João Santa Cruz de Oliveira da cidade de João Pessoa. A metodologia utilizada foi descritiva, de campo e com abordagem qualitativa. Como instrumento para coleta dos dados, foi utilizado um questionário com questões semi-estruturadas, para setenta e quatros alunos do ensino fundamental, considerando: gênero, faixa etária, série, vínculos familiares, os motivos pelos quais participam da disciplina ensino religioso, a importância do mesmo, entre outros.

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Gráfico 01

IDADE

88%

11%

1%

0%

50%

100%

10 a 15 ano

16 a 20 anos

21 a 25 anos

Do total dos participantes 88% tem entre 10 a 15 anos que corresponde uma média de mais ou menos 14 anos.

Gráfico 02

SEXO

58% 42% 0% 50% 100% Feminino Masculino

Houve maior participação do sexo feminino com 58% do total dos alunos Gráfico 03 SÉRIE 0% 30% 16% 0% 10% 20% 30% 40%

5º ano 6º ano 7º ano

30% dos participantes cursam o 6º ano, os alunos do 5º ano não participaram da pesquisa porque no momento da aplicação do questionário estavam fazendo prova.

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Gráfico 04 VÍNCULO FAMILIAR / MORA COM 55% 7% 35% 0% 20% 40% 60%

Pai, mãe e irmãos Só com o pai Só com a mãe

55% moram com os pais e possuem irmãos. Dos pais separados, 35% dos alunos moram com a mãe, 7% com o pai e 3% (não consta no gráfico) com os avós, configurando uma nova composição familiar, ou seja, novos arranjos familiares.

Gráfico 05 COMPOSIÇÃO DOS IRMÃOS 29% 34% 26% 0% 20% 40%

Tem um irmão Tem dois irmãos Tem três irmãos

Essa composição se destaca em 34% com o número máximo de dois irmãos, mostrando um perfil familiar bastante reduzido, contrapondo-se ao modelo tradicional de família extensa Gráfico 06 . PRÁTICA RELIGIOSA 59% 41% 0% 20% 40% 60% 80% Sim Não

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Notamos que há um número considerável de alunos que não tem nenhuma prática religiosa. Gráfico 07 DENOMINAÇÕES RELIGIOSAS 59% 30% 2% 0% 20% 40% 60% 80%

Protestante Católica Mormom

As denominações com maior percentual de participação são: protestante 59%, a católica com 30%. É interessante perceber que 5% dizem pertencer à católica e espírita, como não tivemos esclarecimentos sobre tal questão, supomos que o pai e a mãe podem ser um espírita e outro católico e o filho participa dos dois credos, ou então, não se sentiram a vontade para colocar apenas a religião espírita com receio de serem descriminados/excluídos. Gráfico 08 VOCÊ PARTICIPA DA DISCIPLINA ER: 51% 43% 6% 0% 50% 100% Porque quer

Porque a escola quer Porque a família quer

Responderam porque querem 51%, dos quais 76¨% são do sexo feminino e 66% cursam o 6º ano; porque é a escola que quer foram 43%, com 62% do sexo masculino pertencentes ao 8º e 9º ano; porque é a família que quer 6%.

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QUAL A IMPORTÂNCIA DO ENSINO RELIGIOSO EM SUA VIDA? 20% 80% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Não Responderam Responderam

Gráfico 10 JUSTIFICATIVAS 31% 14% 14% 0% 10% 20% 30% 40%

Não tem nenhuma importância Porque aprendemos mais

Porque fala bem de Jesus e de Deus

80% responderam à questão, dos quais 31% afirmaram que a disciplina não tem nenhuma importância, mostrando uma certa coerência com a questão anterior em que 49% dizem assistirem as aulas do ER porque a escola e família querem e não apenas por vontade própria; dos que disseram ser importante apontaram várias justificativas, dentre as quais destacaram porque fala de Jesus/Deus e religião, podemos pensar que a questão do transcendente perpassa o universo dos alunos mediante diferentes expressões tendo que 59% tem o prática religiosa em diferentes denominações.

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Gráfico 11

VOCÊ ACHA NECESSÁRIO TER A DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO? 62% 28% 9% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

Sim Não acha necessário Não responderam

62% disseram que sim, desses 63% são do sexo feminino e 66% são do 6º ano, como maior percentual de motivos apontaram: porque se aprende mais, porque fala de Deus e porque é uma nova informação sobre religião. 28% afirmaram não ser necessário, justificando que não gostam da disciplina, acham a mesma chata e não gostam da professora (apenas 2%). Percebemos uma contradição quando anteriormente 31% afirmaram a não importância da disciplina, agora o maior percentual defende a necessidade da mesma, pensamos que como são adolescentes em fase de afirmação e contestação, responderam de tal forma como resposta a uma suposta imposição, assim entendida pelos mesmos.

Gráfico 12

QUAIS OS TEMAS TRABALHADOS NAS AULAS DE ENSINO RELIGIOSO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA?

68% 32% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%

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Gráfico 13 TEMAS 1% 7% 7% 8% 8% 8% 18% 35% 0% 10% 20% 30% 40%

Família Cultura religiosa Ensino religioso Alcorão

Religião Bíblia Cristianismo Nenhum

Os alunos lembraram bastante dos temas, porém, não temos a certeza de que os mesmos não olharam nos apontamentos ao responderem esse item. 35% disseram que nenhum tema é importante, 18% que é sobre o cristianismo, 8% o alcorão, religião, bíblia, cultura religiosa e ensino religioso (2%).

As duas ultimas questões feitas aos alunos foram: na religião que você frequenta, o que você aprende, é diferente do que a professora ensina na sala de aula? responderam Sim: 49%; responderam Não: 22% e não responderam: 29%, o fato de 49% afirmarem ser diferente não podemos inferir que a prática da disciplina ER não tenha nenhum aspecto proselitista, isso pode está relacionado com o fato desses alunos pertencerem a tradições religiosas diferente das que são expostas em sala de aula. A outra questão foi em relação a quem ensina religião para eles fora da sala de aula, o maior percentual apontou a mãe, o que podemos considerar que é a mesma que tem o papel na educação familiar, como transmissora de valores e da tradição religiosa.

Concluímos assim, que o Estado brasileiro deveria promover de forma mais significativa o respeita a diversidade cultural religiosa, que transita no cotidiano escolar, permitindo que todos os educandos tenham acesso ao conjunto de todos os conhecimentos religiosos presentes no substrato das diferentes culturas, de forma integrada e pedagógica, a exemplo das demais disciplinas do currículo escolar.

Que a formação dos professores nessa disciplina seja prioritária no conjunto das políticas públicas de educação, cujo sinais já presenciamos na atualidade como a implantação do Curso de Licenciatura em Ciências das Religiões na Universidade Federal da Paraíba, o qual trata de uma abordagem articulada entre as Ciências sociais

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para o fenômeno religioso, sendo esse entendido como característica cultural dos povos e patrimônio da humanidade, passível de ser pesquisado, o qual visa estudar as crenças e práticas religiosas e suas conseqüências para a vida humana e a sociedade, pois, a interdisciplinaridade constitui um amplo e genérico campo de ensino-pesquisa constituído por um “conhecimento imaginativo, crítico e compreensivo” das crenças e práticas religiosas que se desdobra em “aberturas” a combinações e complementações entre as diversas disciplinas.(CAMURÇA, 2008). O que nos leva a afirmar que os professores do ensino religioso terão mais condições de tratar de forma crítica e ampliada os temas em sala de aula, evitando qualquer tipo de proselitismo promovendo de fato a formação integral do cidadão.

Referências Bibliográficas

GILZ, Cláudio. O livro didático na formação do professor de ensino religioso. Editora vozes, 2007.

LILIAN, Blanck de Oliveira...[et al.]. Ensino Religioso: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2007.

PASSOS, João Décio. Ensino Religioso: construção de uma proposta. São Paulo: Paulinas, 2007.

FONAPER. Parâmetros curriculares nacionais: ensino religioso. São Paulo: Ed. Ave Maria, 2004.

CAMURÇA, Marcelo. Ciências Sociais e Ciências da Religião: polêmicas e interlocuções. São Paulo: Paulinas, 2008.

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