• Nenhum resultado encontrado

Sociedade Brasileira de Cardiologia ISSN X Volume 103, Nº 5, Novembro 2014

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Sociedade Brasileira de Cardiologia ISSN X Volume 103, Nº 5, Novembro 2014"

Copied!
112
0
0

Texto

(1)

www.arquivosonline.com.br

Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 103, Nº 5, Novembro 2014

Editorial

Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética

Cardiovascular: Histórico e Impacto Crescente no Brasil e no Mundo

Artigos Originais

Apneia do Sono e Arritmia Cardíaca Noturna: Estudo Populacional Aplicabilidade dos Critérios de Adequação em Cintilografia Miocárdica Cardiopatias Congênitas como um Sinal de Alerta para o Diagnóstico da Deleção do 22q11.2

Impacto da Fisioterapia Intensiva no Pós-Operatório de Revascularização Miocárdica

Associação entre Esclerose Valvar Aórtica com Doença Arterial Coronariana Prévia e Fatores de Risco

Prevenção da Repolarização Cardíaca Prolongada e dos Efeitos Pró-arrítmicos Induzidos por Pazopanibe

Efeitos Hemodinâmicos da Ventilação não Invasiva em Pacientes com Hipertensão Pulmonar Venocapilar

Ecoestresse Físico: Predição de Mortalidade e Eventos Cardíacos em Pacientes com Ergometria Isquêmica

Determinantes das Propriedades Funcionais e Estruturais de Grandes Artérias em Indivíduos Saudáveis

Artigo de Revisão

Prática de Yoga em Pacientes com Insuficiência Cardíaca Crônica: Uma Meta-análise

Cartas ao Editor

Polimorfismo I/D do Gene da ECA em Crianças com Histórico Familiar de Doença Arterial Coronariana Prematura

Errata

Páginas Eletrônicas

Correlação Anatomoclínica

Caso 5 / 2014 - Mulher de 41 Anos, Portadora de Doença Reumática e Plastia Valvar Mitral Prévia com Tromboembolismo Pulmonar e Choque Misto Cardiogênico e Séptico

Relato de Caso

Múltiplos Benefícios da Reabilitação em Paciente com Insuficiências Cardíaca e Renal

Imagem

Fístula entre Enxerto de Artéria Mamária Interna Esquerda e Artéria Pulmonar

Gráfico 1 – Principais cardiopatias em 47 pacientes com a síndrome da deleção 22q11.2. Pág. 385 Outras cardiopatias; 27,7%; Tetralogia de Fallot;38,3%; Comunicação interventricular; 21,3% Atresia Pulmonar; 12,7%; Tetralogia de Fallot Comunicação interventricular Atresia Pulmonar Outras Cardiopatias 38,3% 12,7% 21,3% 27,7%

(2)

Material destinado ao profissional de saúde. FO R.1 4. C. 24 0 – P ro du zid o e m j un ho /2 01 4.

Referências bibliográficas: 1. Forxiga® (dapagliflozina) comprimidos [bula do medicamento]. São Paulo, SP. Bristol-Myers Squibb Farmacêutica S.A.; 2014. 2. Wright EM. Renal Na(+)-glucose cotransporters. Am J Physiol Renal Physiol. 2001;280(1):F10-F18. 3. Lee YJ, Lee YJ, Han HJ. Regulatory mechanisms of Na(+)/glucose cotransporters in renal proximal tubule cells. Kidney Int Suppl. 2007;(106):S27-S35. 4. Hummel CS, Lu C,

Loo DD, Hirayama BA, Voss AA, Wright EM. Glucose transport by human renal Na+/D-glucose cotransporters SGLT1 and SGLT2. Am J Physiol Cell Physiol. 2011;300(1):C14-21. 5. Resolução - RE No 2. 234, de 28 de

Junho de 2013. Dapagliflozina: registro de medicamento novo. Diário Oficial da União 2013;124 (Supl):pp 18. 6. Abdul-Ghani MA, DeFronzo RA. Dapagliflozin for the treatment of type 2 diabetes. Expert Opin Pharmacother.

2013;14(12):1695-1703.

FORXIGA® (dapagliflozina) COMPRIMIDOS REVESTIDOS. FORXIGA® (dapagliflozina) comprimidos revestidos. USO ORAL. USO ADULTO. Reg. MS – 1.0180.0404. FORXIGA® (dapagliflozina) é um inibidor do cotransportador sódio – glicose 2 (SGLT2) que melhora o controle glicêmico em pacientes com diabetes mellitus tipo 2, através da redução da reabsorção renal de glicose e consequente excreção do excesso de glicose na urina. INDICAÇÕES: FORXIGA® é indicado como adjuvante a dieta e exercícios para melhora do controle glicêmico em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 em monoterapia ou em combinação com metformina, uma tiazolidinediona, uma sulfonilureia ou insulina (isolada ou com até duas medicações antidiabéticas orais), quando a terapia existente juntamente com dieta e exercícios não proporciona controle glicêmico adequado. Indicado em combinação inicial com metformina quando ambas as terapias são apropriadas. CONTRAINDICAÇÕES: FORXIGA® é contraindicado a pacientes com conhecida hipersensibilidade a dapagliflozina ou aos outros componentes da fórmula. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: FORXIGA®

não é indicado para uso por pacientes com diabetes tipo 1 e não deve ser utilizado para o tratamento de cetoacidose diabética. FORXIGA® não deve ser usado em pacientes com insuficiência renal moderada a grave (taxa de filtração glomerular estimada [TFGe] persistentemente < 45 mL/min/1,73m2 calculada pela fórmula de Modificação da Dieta na Doença Renal [MDRD da sigla em inglês] ou depuração de creatinina [ClCr] persistentemente < 60 mL/min calculado pela fórmula de Cockcroft – Gault) ou doença renal em fase terminal (ESRD). Pacientes com diabetes e doença cardiovascular: o perfil de segurança de FORXIGA® em estudos nessa população específica foi consistente com o de FORXIGA® na população dos estudos clínicos em geral. Pacientes com risco de depleção de volume: deve – se considerar a suspensão temporária de FORXIGA® em pacientes que desenvolverem depleção de volume. Infecções do trato urinário: a excreção urinária de glicose pode estar associada com aumento no risco de infecções do trato urinário, portanto, a suspensão temporária de FORXIGA® deve ser considerada no tratamento de pielonefrite ou sepse urinária. Uso com medicações conhecidas por causar hipoglicemia: uma dose menor de insulina ou de secretagogos de insulina pode ser necessária para reduzir o risco de hipoglicemia em combinação

com FORXIGA®. Gravidez: não deve ser usado no segundo e terceiro trimestres de gravidez. Não existem estudos adequados e bem controlados de FORXIGA® em mulheres grávidas. Quando a gravidez for detectada, FORXIGA® deve ser descontinuado. Categoria de risco na gravidez: C – Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião dentista. Lactação: FORXIGA® não deve ser utilizado em mulheres que estejam amamentando. Uso pediátrico: segurança e a eficácia de FORXIGA® em pacientes pediátricos não foram estabelecidas. Uso geriátrico: não são recomendadas alterações de dose de FORXIGA® com base na idade. REAÇÕES ADVERSAS: a interrupção do tratamento devido a eventos adversos em pacientes que receberam FORXIGA® 10 mg foi de 4,3% em comparação com 3,6% para o grupo placebo. Os eventos mais comuns foram: infecção genital, infecção do trato urinário, dor nas costas e poliúria. Verificar a bula completa do produto para maiores informações. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: o metabolismo de dapagliflozina é mediado principalmente pela UGT1A9 – dependente da conjugação glicuronídeo. Em estudos realizados em indivíduos sadios, a farmacocinética da dapagliflozina não foi alterada pela metformina, pioglitazona, sitagliptina, glimepirida,

voglibose, hidroclorotiazida, bumetanida, valsartana ou sinvastatina. Após o uso concomitante de dapagliflozina com rifampicina ou ácido mefenâmico não houve qualquer efeito clinicamente significativo na eliminação de glicose na urina em 24 horas. Em estudos conduzidos em indivíduos sadios, a dapagliflozina não alterou significativamente a farmacocinética da metformina, pioglitazona, sitagliptina, glimepirida, hidroclorotiazida, bumetanida, valsartana, sinvastatina, digoxina ou varfarina. Outras interações: os efeitos da dieta, tabagismo, produtos à base de plantas e uso de álcool sobre a farmacocinética da dapagliflozina não foram especificamente estudados. POSOLOGIA: a dose recomendada

de FORXIGA®, em monoterapia ou terapia combinada, é 10 mg, uma vez ao dia, a qualquer hora do dia, independentemente das refeições. Para pacientes em risco de depleção de volume devido a condições coexistentes, uma dose inicial de 5 mg de FORXIGA® pode ser apropriada. Não são necessários ajustes de dose de FORXIGA® com base na função renal ou hepática. Para maiores informações, consulte a bula completa do produto. FRX004. Rev0114. VENDA

SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.

Primeiro com mecanismo de ação

independente de insulina

1,5,6

Controle glicêmico com perda de peso

1

Administração oral, 1 vez ao dia

1

Eficácia no controle glicêmico com

benefício adicional de perda de peso¹

ELIMINA EM MÉDIA 70g DE GLICOSE POR DIA1-4

CONTRAINDICAÇÕES: Pacientes com conhecida hipersensibilidade a dapagliflozina ou aos outros componentes

da fórmula.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: A farmacocinética da dapagliflozina não foi alterada pela

metformina, pioglitazona, sitagliptina, glimepirida, hidroclorotiazida, valsartana ou sinvastatina.

(3)

Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 103, Nº 5, Novembro 2014

REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - Publicada desde 1948

Sumário - Contents

Editorial

Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética Cardiovascular: Histórico e Impacto

Crescente no Brasil e no Mundo

Cardiovascular Computed Tomography and Magnetic Resonance: History and Growing Impact in Brazil and in the World Marcelo Souto Nacif e Carlos Eduardo Rochitte

...página 362

Artigos Originais - Original Articles

Arritmia Clínica

Apneia do Sono e Arritmia Cardíaca Noturna: Estudo Populacional

Sleep Apnea and Nocturnal Cardiac Arrhythmia: A Populational Study

Fatima Dumas Cintra, Renata Pimentel Leite, Luciana Julio Storti, Lia Azeredo Bittencourt, Dalva Poyares, Laura de Siqueira Castro, Sergio Tufik, Angelo de Paola

...página 368

Cardiologia Nuclear e PET

Aplicabilidade dos Critérios de Adequação em Cintilografia Miocárdica

Applicability of the Appropriate use Criteria for Myocardial Perfusion Scintigraphy

Anderson de Oliveira, Maria Fernanda Rezende, Renato Corrêa, Rodrigo Mousinho, Jader Cunha Azevedo, Sandra Marina Miranda, Aline Ribeiro Oliveira, Ricardo Fraga Gutterres, Evandro Tinoco Mesquita, Cláudio Tinoco Mesquita

...página 375

Cardiologia Pediátrica

Cardiopatias Congênitas como um Sinal de Alerta para o Diagnóstico da Deleção do 22q11.2

Congenital Heart Disease as a Warning Sign for the Diagnosis of the 22q11.2 Deletion

Marcília S. Grassi, Cristina M. A. Jacob, Leslie D. Kulikowski, Antonio C. Pastorino, Roberta L. Dutra, Nana Miura, Marcelo B. Jatene, Stephanie P. Pegler, Chong A. Kim, Magda Carneiro-Sampaio

...página 382

Cirurgia Cardíaca – Adultos

Impacto da Fisioterapia Intensiva no Pós-Operatório de Revascularização Miocárdica

Impact of Intensive Physiotherapy on Cognitive Function after Coronary Artery Bypass Graft Surgery

Elder dos Santos Cavalcante, Rosmeiri Magario, César Augusto Conforti, Gerson Cipriano Júnior, Ross Arena, Antonio Carlos C. Carvalho, Enio Buffolo, Bráulio Luna Filho

(4)

Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 103, Nº 5, Novembro 2014

Ecocardiografia – Adultos

Associação entre Esclerose Valvar Aórtica com Doença Arterial Coronariana Prévia e Fatores de Risco

Association of Aortic Valve Sclerosis with Previous Coronary Artery Disease and Risk Factors

Filipe Carvalho Marmelo, Sónia Matilde Fonseca Mateus, Alexandre José Marques Pereira

...página 398

Eletrofissiologia/Arritmias

Prevenção da Repolarização Cardíaca Prolongada e dos Efeitos Pró-arrítmicos Induzidos por Pazopanibe

Prevention of Pazopanib-Induced Prolonged Cardiac Repolarization and Proarrhythmic Effects

Tulay Akman, Oytun Erbas, Levent Akman, Ahmet U. Yilmaz

...página 403

Hemodinâmica – Adultos

Efeitos Hemodinâmicos da Ventilação não Invasiva em Pacientes com Hipertensão Pulmonar Venocapilar

Hemodynamic Effects of Noninvasive Ventilation in Patients with Venocapillary Pulmonary Hypertension

André Moreira Bento, Luiz Francisco Cardoso, Flávio Tarasoutchi, Roney Orismar Sampaio, Luiz Junya Kajita, Pedro Alves Lemos Neto

...página 410

Outras Técnicas de Imagem Cardiovascular

Ecoestresse Físico: Predição de Mortalidade e Eventos Cardíacos em Pacientes com Ergometria Isquêmica

Physical Stress Echocardiography: Prediction of Mortality and Cardiac Events in Patients with Exercise Test showing Ischemia Ana Carla Pereira de Araujo, Bruno F. de Oliveira Santos, Flavia Ricci Calasans, Ibraim M. Francisco Pinto, Daniel Pio de Oliveira, Luiza Dantas Melo, Stephanie Macedo Andrade, Irlaneide da Silva Tavares, Antonio Carlos Sobral Sousa, Joselina Luzia Menezes Oliveira

...página 418

Outros testes Diagnósticos (Não de Imagem)

Determinantes das Propriedades Funcionais e Estruturais de Grandes Artérias em Indivíduos Saudáveis

Determinants of Functional and Structural Properties of Large Arteries in Healthy Individuals

Elaine Cristina Tolezani, Valéria Costa-Hong, Gustavo Correia, Alfredo José Mansur, Luciano Ferreira Drager, Luiz Aparecido Bortolotto

...página 426

Artigo de Revisão - Review Article

Prática de Yoga em Pacientes com Insuficiência Cardíaca Crônica: Uma Meta-análise

Effects of Yoga in Patients with Chronic Heart Failure: A Meta-Analysis

Mansueto Gomes-Neto, Erenaldo Sousa Rodrigues-Jr, Walderi Monteiro Silva-Jr, Vitor Oliveira Carvalho

...página 433

Carta ao Editor - Letter to the Editor

Polimorfismo I/D do Gene da ECA em Crianças com Histórico Familiar de Doença Arterial

Coronariana Prematura

ACE I/D Gene Polymorphism in Children with Family History of Premature Coronary Disease Dilek Yý lmaz Çiftdoð an

...página 440

Errata - Erratum

(5)

Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 103, Nº 5, Novembro 2014

Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Páginas eletrônicas

Correlação Anatomoclínica - Anatomopathological Session

Caso 5 / 2014 - Mulher de 41 Anos, Portadora de Doença Reumática e Plastia Valvar Mitral

Prévia com Tromboembolismo Pulmonar e Choque Misto Cardiogênico e Séptico

Case 5/2014 - 41-Year-Old Woman with Rheumatic Disease and Previous Mitral Valve Repair with Pulmonary Embolism and Cardiogenic and Septic Shock

Eduardo Gomes Lima, Ricardo D’Oliveira Vieira, Paula Bombonati, Jussara Bianchi Castelli

... página e57

Relato de Caso - Case Report

Múltiplos Benefícios da Reabilitação em Paciente com Insuficiências Cardíaca e Renal

Multiple Benefits of Rehabilitation in a Patient with Heart and Renal Failure

Carlos Alberto Cordeiro Hossri, Fernando José Pinho Queiroga Júnior, Vitor Oliveira Carvalho, Carlos Roberto Ribeiro Carvalho, Andre Luis Pereira Albuquerque

... página e68

Imagem - Image

Fístula entre Enxerto de Artéria Mamária Interna Esquerda e Artéria Pulmonar

Left Internal Mammary Artery Graft-to-Pulmonary Artery Fistula

Emmanouil Petrou e Ioannis Iakovou

... página e72

(6)

Conselho Editorial

Brasil

Aguinaldo Figueiredo de Freitas Junior (GO) Alfredo José Mansur (SP)

Aloir Queiroz de Araújo Sobrinho (ES) Amanda G. M. R. Sousa (SP) Ana Clara Tude Rodrigues (SP) André Labrunie (PR) Andrei Sposito (SP) Angelo A. V. de Paola (SP)

Antonio Augusto Barbosa Lopes (SP) Antonio Carlos C. Carvalho (SP) Antônio Carlos Palandri Chagas (SP) Antonio Carlos Pereira Barretto (SP) Antonio Cláudio L. Nóbrega (RJ) Antonio de Padua Mansur (SP) Ari Timerman (SP)

Armênio Costa Guimarães (BA) Ayrton Pires Brandão (RJ) Beatriz Matsubara (SP) Brivaldo Markman Filho (PE) Bruno Caramelli (SP) Carisi A. Polanczyk (RS) Carlos Eduardo Rochitte (SP) Carlos Eduardo Suaide Silva (SP) Carlos Vicente Serrano Júnior (SP) Celso Amodeo (SP)

Charles Mady (SP)

Claudio Gil Soares de Araujo (RJ) Cláudio Tinoco Mesquita (RJ) Cleonice Carvalho C. Mota (MG) Clerio Francisco de Azevedo Filho (RJ) Dalton Bertolim Précoma (PR) Dário C. Sobral Filho (PE) Décio Mion Junior (SP)

Denilson Campos de Albuquerque (RJ) Djair Brindeiro Filho (PE)

Domingo M. Braile (SP) Edmar Atik (SP)

Emilio Hideyuki Moriguchi (RS)

Enio Buffolo (SP)

Eulógio E. Martinez Filho (SP) Evandro Tinoco Mesquita (RJ) Expedito E. Ribeiro da Silva (SP) Fábio Vilas-Boas (BA)

Fernando Bacal (SP) Flávio D. Fuchs (RS)

Francisco Antonio Helfenstein Fonseca (SP) Gilson Soares Feitosa (BA)

Glaucia Maria M. de Oliveira (RJ) Hans Fernando R. Dohmann (RJ) Humberto Villacorta Junior (RJ) Ínes Lessa (BA)

Iran Castro (RS)

Jarbas Jakson Dinkhuysen (SP) João Pimenta (SP)

Jorge Ilha Guimarães (RS)

José Antonio Franchini Ramires (SP) José Augusto Soares Barreto Filho (SE) José Carlos Nicolau (SP)

José Lázaro de Andrade (SP) José Péricles Esteves (BA) Leonardo A. M. Zornoff (SP) Leopoldo Soares Piegas (SP) Lucia Campos Pellanda (RS) Luís Eduardo Rohde (RS) Luís Cláudio Lemos Correia (BA) Luiz A. Machado César (SP) Luiz Alberto Piva e Mattos (SP) Marcia Melo Barbosa (MG) Maria da Consolação Moreira (MG) Mario S. S. de Azeredo Coutinho (SC) Maurício I. Scanavacca (SP)

Max Grinberg (SP) Michel Batlouni (SP) Murilo Foppa (RS) Nadine O. Clausell (RS) Orlando Campos Filho (SP) Otávio Rizzi Coelho (SP)

Otoni Moreira Gomes (MG) Paulo Andrade Lotufo (SP) Paulo Cesar B. V. Jardim (GO) Paulo J. F. Tucci (SP) Paulo R. A. Caramori (RS) Paulo Roberto B. Évora (SP) Paulo Roberto S. Brofman (PR) Pedro A. Lemos (SP)

Protásio Lemos da Luz (SP) Reinaldo B. Bestetti (SP) Renato A. K. Kalil (RS) Ricardo Stein (RS) Salvador Rassi (GO) Sandra da Silva Mattos (PE) Sandra Fuchs (RS) Sergio Timerman (SP) Silvio Henrique Barberato (PR) Tales de Carvalho (SC) Vera D. Aiello (SP) Walter José Gomes (SP) Weimar K. S. B. de Souza (GO) William Azem Chalela (SP) Wilson Mathias Junior (SP)

Exterior

Adelino F. Leite-Moreira (Portugal) Alan Maisel (Estados Unidos) Aldo P. Maggioni (Itália) Cândida Fonseca (Portugal) Fausto Pinto (Portugal) Hugo Grancelli (Argentina) James de Lemos (Estados Unidos) João A. Lima (Estados Unidos) John G. F. Cleland (Inglaterra) Maria Pilar Tornos (Espanha) Pedro Brugada (Bélgica)

Peter A. McCullough (Estados Unidos) Peter Libby (Estados Unidos) Piero Anversa (Itália) Diretora Científica

Maria da Consolação Vieira Moreira

Editor-Chefe Luiz Felipe P. Moreira Editores Associados Cardiologia Clínica José Augusto Barreto-Filho

Cardiologia Cirúrgica Paulo Roberto B. Evora Cardiologia Intervencionista Pedro A. Lemos

Cardiologia Pediátrica/ Congênitas

Antonio Augusto Lopes Arritmias/Marcapasso Mauricio Scanavacca Métodos Diagnósticos Não-Invasivos Carlos E. Rochitte Pesquisa Básica ou Experimental Leonardo A. M. Zornoff Epidemiologia/Estatística Lucia Campos Pellanda

REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - Publicada desde 1948

Hipertensão Arterial Paulo Cesar B. V. Jardim Ergometria, Exercício e Reabilitação Cardíaca Ricardo Stein Primeiro Editor (1948-1953) † Jairo Ramos

www.arquivosonline.com.br

(7)

Presidente

Angelo Amato V. de Paola

Vice-Presidente

Sergio Tavares Montenegro

Diretor Financeiro

Jacob Atié

Diretora Científica

Maria da Consolação Vieira Moreira

Diretor Administrativo

Emilio Cesar Zilli

Diretor de Qualidade Assistencial

Pedro Ferreira de Albuquerque

Diretor de Comunicação

Maurício Batista Nunes

Diretor de Tecnologia da Informação

José Carlos Moura Jorge

Diretor de Relações Governamentais

Luiz César Nazário Scala

Diretor de Relações com Estaduais e Regionais

Abrahão Afiune Neto

Diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular – SBC/Funcor

Carlos Costa Magalhães

Diretor de Departamentos

Especializados - Jorge Eduardo Assef

Diretora de Pesquisa

Fernanda Marciano Consolim Colombo

Editor-Chefe dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia

Luiz Felipe P. Moreira

Assessoria Especial da Presidência

Fábio Sândoli de Brito

Coordenadorias Adjuntas Editoria do Jornal SBC

Nabil Ghorayeb e Fernando Antonio Lucchese

Coordenadoria de Educação Continuada

Estêvão Lanna Figueiredo

Coordenadoria de Normatizações e Diretrizes

Luiz Carlos Bodanese

Coordenadoria de Integração Governamental

Edna Maria Marques de Oliveira

Coordenadoria de Integração Regional

José Luis Aziz

Presidentes das Soc. Estaduais e Regionais SBC/AL - Carlos Alberto Ramos Macias

SBC/AM - Simão Gonçalves Maduro

SBC/BA - Mario de Seixas Rocha

SBC/CE - Ana Lucia de Sá Leitão Ramos

SBC/CO - Frederico Somaio Neto

SBC/DF - Wagner Pires de Oliveira Junior

SBC/ES - Marcio Augusto Silva

SBC/GO - Thiago de Souza Veiga Jardim

SBC/MA - Nilton Santana de Oliveira

SBC/MG - Odilon Gariglio Alvarenga de Freitas

SBC/MS - Mércule Pedro Paulista Cavalcante

SBC/MT - Julio César De Oliveira

SBC/NNE - Jose Itamar Abreu Costa

SBC/PA - Luiz Alberto Rolla Maneschy

SBC/PB - Helman Campos Martins

SBC/PE - Catarina Vasconcelos Cavalcanti

SBC/PI - João Francisco de Sousa

SBC/PR - Osni Moreira Filho

SBC/RJ - Olga Ferreira de Souza

SBC/RN - Rui Alberto de Faria Filho

SBC/RS - Carisi Anne Polanczyk

SBC/SC - Marcos Venício Garcia Joaquim

SBC/SE - Fabio Serra Silveira

SBC/SP - Francisco Antonio Helfenstein Fonseca

SBC/TO - Hueverson Junqueira Neves

Sociedade Brasileira de Cardiologia

Presidentes dos Departamentos Especializados e Grupos de Estudos

SBC/DA - José Rocha Faria Neto

SBC/DECAGE - Josmar de Castro Alves

SBC/DCC - José Carlos Nicolau

SBC/DCM - Maria Alayde Mendonça da Silva

SBC/DCC/CP - Isabel Cristina Britto Guimarães

SBC/DIC - Arnaldo Rabischoffsky

SBC/DERC - Nabil Ghorayeb

SBC/DFCVR - Ricardo Adala Benfati

SBC/DHA - Luiz Aparecido Bortolotto

SOBRAC - Luiz Pereira de Magalhães

SBCCV - Marcelo Matos Cascado

SBHCI - Helio Roque Figueira

SBC/DEIC - Dirceu Rodrigues Almeida

GERTC - Clerio Francisco de Azevedo Filho

GAPO - Danielle Menosi Gualandro

GEECG - Joel Alves Pinho Filho

GEECABE - Mario Sergio S. de Azeredo Coutinho

GECETI - Gilson Soares Feitosa Filho

GEMCA - Alvaro Avezum Junior

GECC - Mauricio Wanjgarten

GEPREC - Glaucia Maria Moraes de Oliveira

Grupo de Estudos de Cardiologia Hospitalar

-Evandro Tinoco Mesquita

Grupo de Estudos de Cardio-Oncologia -

Roberto Kalil Filho

GEEC - Cláudio José Fuganti

GECIP - Gisela Martina Bohns Meyer

GECESP - Ricardo Stein

GECN - Ronaldo de Souza Leão Lima

(8)

Arquivos Brasileiros de Cardiologia

Filiada à Associação Médica Brasileira

Volume 103, Nº 5, Novembro 2014

Indexação: ISI (Thomson Scientific), Cumulated Index Medicus (NLM), SCOPUS, MEDLINE, EMBASE, LILACS, SciELO, PubMed

Os anúncios veiculados nesta edição são de exclusiva responsabilidade dos anunciantes, assim como os conceitos emitidos em artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a

opinião da SBC.

Material de distribuição exclusiva à classe médica. Os Arquivos Brasileiros de Cardiologia não se responsabilizam pelo acesso indevido a seu conteúdo e que

contrarie a determinação em atendimento à Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 96/08 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que atualiza o regulamento técnico sobre Propaganda, Publicidade, Promoção e informação de Medicamentos. Segundo o artigo 27 da insígnia, "a propaganda ou publicidade de medicamentos de venda sob prescrição deve ser restrita, única e exclusivamente, aos profissionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar tais produtos (...)".

Garantindo o acesso universal, o conteúdo científico do periódico continua disponível para acesso gratuito e integral a todos os interessados no endereço:

www.arquivosonline.com.br.

Av. Marechal Câmara, 160 - 3º andar - Sala 330 20020-907 • Centro • Rio de Janeiro, RJ • Brasil

Tel.: (21) 3478-2700 E-mail: arquivos@cardiol.br www.arquivosonline.com.br SciELO: www.scielo.br Departamento Comercial Telefone: (11) 3411-5500 e-mail: comercialsp@cardiol.br Produção Editorial SBC - Tecnologia da Informação e Comunicação

Núcleo Interno de Publicações

Produção Gráfica e Diagramação

SBC - Tecnologia da Informação e Comunicação

Núcleo Interno de Design

Impressão

IMOS Editora e Gráfica

Tiragem

1.500

(9)

Editorial

Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética

Cardiovascular: Histórico e Impacto Crescente no Brasil e no Mundo

Cardiovascular Computed Tomography and Magnetic Resonance: History and Growing Impact in Brazil and in

the World

Marcelo Souto Nacif

1,2

e Carlos Eduardo Rochitte

3,4,5

Hospital Universitário Antônio Pedro - HUAP - Setor de Ressonância Magnética e Tomografia Computadorizada Cardiovascular1; Pós-graduação

em Ciências Cardiovasculares - Universidade Federal Fluminense - UFF2, Niterói, RJ; Instituto do Coração - InCor - Setor de Ressonância

Magnética e Tomografia Computadorizada Cardiovascular3, São Paulo, SP; Hospital do Coração – HCOR - Associação do Sanatório Sírio4,

São Paulo, SP; Hospital Pro-cardíaco5 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil

Correspondência: Marcelo Souto Nacif •

Av. São João, 2400 – 232b. Jd Colinas, CEP 12242-000, São José dos Campos, SP - Brasil

E-mail – msnacif@gmail.com

Palavras-chave

Tomografia Computadorizada por Raios X/história; Tomografia Computadorizada por Raios X/tendências; Diagnóstico por Imagem/tendências; Diagnóstico por Imagem/ história; Espectroscopia de Ressonância Magnética/história.

DOI: 10.5935/abc.20140186

Crescimento no Brasil e no Mundo

A tomografia computadorizada e a ressonância magnética cardiovascular são um importante tópico dentro da área de imagem cardiovascular no Brasil e no mundo. Nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia não é diferente, e apesar do maior enfoque nos estudo clínicos, estes dois tópicos cresceram em impacto e publicações científicas nos últimos anos.

É notória a ampliação do parque tecnológico nacional com entrada de inúmeros aparelhos capazes de realizar estudos avançados utilizando a tomografia e ressonância magnética cardiovascular com um impulso cada vez maior para abertura de mais centros especializados nestes métodos.

Quando realizamos uma revisão sistemática utilizando o EndNote como ferramenta de busca e selecionamos apenas o PubMed como banco de dados com as palavras “magnetic resonance” e “computed tomography” apenas no jornal “Arquivos Brasileiros de Cardiologia” observamos um total de 182 trabalhos (Figura 1).

Paralelamente quando fazemos uma busca no PubMed utilizando a palavra “cardiac” e os MeSH (Medical Subject Headings) terms “computed tomography” e “magnetic resonance imaging” encontramos uma somatória de publicações próxima a 45 mil artigos (44.711 artigos) (Figura 2).

Estes gráficos acabam sendo meramente ilustrativos mas são, sem dúvida, marcadores do impacto destes métodos no Brasil (Figura 1) e no mundo (Figura 2). É fácil identificar que após o ano 2000 e na última década houve uma grande inserção destes métodos no cenário científico e acreditamos refletir também no cenário clínico.

Histórico nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia

Os primeiros trabalhos publicados nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia foram basicamente estudos de contexto clínico e relatos de caso, onde os métodos conseguiram contribuir para um melhor diagnóstico1-4. Os primeiros artigos originais vieram com a utilização da ressonância magnética nos trabalhos de Kalil Filho e cols.5,6 no ano de 1995. Neste mesmo ano, guiado por Pinto e cols.7, surgiu o primeiro consenso brasileiro para a utilização da ressonância magnética cardíaca na prática cardiológica. A tomografia computadorizada teve o seu primeiro artigo original publicado em 1997, por Kalil e cols.8. Um dos trabalhos pioneiros no caminho da avaliação do atual escore de cálcio foi realizado por Feldman e cols.9.

Relação com Sociedades Internacionais

Temos atualmente duas sociedades internacionais dedicadas especificamente aos métodos. A SCMR (Society for Cardiovascular Magnetic Resonance) foi a primeira a ser fundada, e no ano 2000 já organizava o processo de credenciamento para os que se dedicavam à ressonância magnética cardiovascular10. A SCCT (Society of Cardiovascular Computed Tomography) foi fundada um pouco depois, seguindo os avanços do método, e em 2009 já colocava à disposição as suas diretrizes para melhor prática do método11,12. No Brasil, os Arquivos Brasileiros de Cardiologia tiveram papel fundamental na publicação da nossa primeira diretriz13 que, neste ano (2014), foi atualizada e está passando pelo processo de editoração para futura publicação.

Organização Científica e Educacional no Brasil

Nos primórdios da organização no Brasil, ocorreu a formação de um grupo de estudos de ressonância e tomografia cardiovascular, chamado de GERT, e que teve papel fundamental na difusão do conhecimento por todo o Brasil. Um grupo de médicos dedicados à tomografia computadorizada e à ressonância magnética cardiovascular criaram no Brasil o Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca (ENRC) que irá para o oitavo ano consecutivo em 2015. Este grupo é formado por radiologistas e cardiologistas que aproveitam o suporte da SCMR e da SCCT, em conjunto com as sociedades nacionais, para aprimorar os métodos no Brasil e discutir as experiências no território nacional. Da mesma forma, o Departamento de Imagem Cardiovascular (DIC) da SBC, reunindo especialistas em ecocardiografia, medicina nuclear, ultrassom vascular,

362

(10)

Editorial

Nacif e Rochitte

TC e RM Cardiovascular: Impacto no Brasil e no Mundo

Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):362-367

Figura 1 – Número de publicações nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia com foco exclusivo em tomografia computadorizada e ressonância magnética cardiovascular.

25 20 15 10 5 0 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014

Tomografia computadorizada e ressonância magnética

* Pubmed acesso no dia 06/10/2014 utilizando Termos: computed tomography[Title/Abstract], magnetic resonance[Title/Abstract] AND Arquivos Brasileiros de Cardiologia [Journal]

 

Figura 2 – Número de publicações no PubMed com foco exclusivo em tomografia computadorizada e ressonância magnética cardiovascular.

1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 1986 1984 1982 1980 1976 1978 2500 2000 1500 1000 500 0

* Pubmed acesso no dia 06/10/2014 utilizando os MeSH Termo: computed tomography AND cardiac 1988 1990 199 2 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 1986 1984 1982 1980 1976 1978 1974 1972 1970 1968 1966 1964 2500 2000 1500 1000 500 0

** Pubmed acesso no dia 06/10/2014 utilizando os MeSH Termo: magnetic resonance spectroscopies AND magnetic imaging AND cardiac

A Tomografia computadorizada cardíaca B Ressonância magnética cardíaca

ressonância e tomografia cardiovascular, reúne-se anualmente em um congresso com quase 2 mil participantes e mantém o papel difusor do conhecimento nas áreas de ressonância magnética e tomografia cardiovascular iniciado com o GERT.

Ainda temos poucos centros formadores de especialistas na área, a maioria no eixo Rio-São Paulo, mas nos últimos 5 anos um maior número de instituições privadas e hospitais universitários estão fortalecendo o ensino e a pesquisa na área. Muitos que atualmente estão chefiando os centros especializados no Brasil buscaram sua especialização em centros internacionais e acreditamos que em um futuro próximo esta realidade não será mais verdadeira, pois teremos grandes grupos em todo o território nacional.

Impacto das Últimas Publicações de Brasileiros no Mundo

O crescente aumento do grupo de pessoas envolvidas em imagem cardiovascular no Brasil e no mundo culminou em

uma explosão de publicações dedicadas à padronização e correta utilização do método nos últimos anos14-31.

Alguns trabalhos pioneiros e de grande impacto internacional foram elaborados por brasileiros e conseguimos, através deste editorial, chamar a atenção para cada um em sua área.

- Tomografia Computadorizada

Avaliação de coronárias – O trabalho realizado por Miller e cols.32 teve um dos maiores impactos científicos e colaboração de 3 brasileiros, sendo um deles o investigador principal, e teve ainda o maior número de pacientes do estudo incluídos por um centro brasileiro. Publicado no The New England Journal of Medicine, os autores concluíram que a tomografia computadorizada pode identificar a presença e a severidade da doença arterial coronariana com boa acurácia mas que quando positiva não poderia substituir

363

(11)

Editorial

Nacif e Rochitte TC e RM Cardiovascular: Impacto no Brasil e no Mundo

Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):362-367

a angiografia coronariana convencional. Recentemente, a tomografia mostrou seu valor nos pacientes com síndrome coronariana aguda33.

Avaliação de perfusão miocárdica – Os trabalhos de Cury e cols.34, primeiramente publicados na Radiology, trouxeram uma nova proposta para a utilização da tomografia computadorizada na avaliação de isquemia miocárdica. Com protocolos simples e de fácil aplicabilidade clinica, conseguiu demonstrar que a perfusão miocárdica por tomografia computadorizada tem boa correlação com o SPECT e com a angiografia coronariana convencional na identificação de estenose de vasos nativos35 ou com stent36. O primeiro trabalho multicêntrico validando esta nova técnica de detecção de isquemia miocárdica foi recentemente publicada por Rochitte e cols.37. Neste estudo observou-se alta acurácia para detecção de estenoses significativas associadas a defeitos perfusionais no mesmo território na avaliação pela tomografia quando comparada à combinação do cateterismo invasivo com a cintilografia por SPECT, e com um custo menor de dose de radiação. Assim, este novo método é capaz de diagnosticar estenoses hemodinamicamente significativas ou que se associam à redução do fluxo sanguíneo miocárdico.

Avaliação de volumes e função – A quantificação de volumes e função ventricular já foi validada frente a outros métodos de grande aplicabilidade clínica38,39, mas recentemente o uso destas mensurações demonstrou um grande potencial de detecção do risco cardiovascular e mortalidade40.

Avaliação de fibrose focal – Nos trabalhos de Shiozaki e cols.41,42, conseguimos observar que além da capacidade de detectar fibrose focal, a tomografia pode ser utilizada para predizer arritmias ventriculares. Este campo é de grande importância pois alguns pacientes não conseguem realizar a ressonância magnética e podem se beneficiar com esta nova técnica.

Avaliação de fibrose intersticial – Na quantificação de fibrose intersticial pela tomografia computadorizada, os trabalhos de Nacif e cols.43,44 foram pioneiros e abrem um potencial de avaliação de comprometimento miocárdico subclínico anteriormente não possível no contexto das miocardiopatias.

Impacto epidemiológico – Os trabalhos de Bittencourt e cols.45 e Hulten e cols.46, demonstraram o potencial prognóstico da tomografia computadorizada em pacientes sintomáticos e com doença coronariana não obstrutiva e obstrutiva. Já Prazeres e cols.47 conseguiram de forma ímpar resumir o potencial da técnica para uso na sala de emergência, com potencial de redução de custos para os doentes de baixa probabilidade.

- Ressonância Magnética

Avaliação de coronárias – A avaliação das coronárias pela ressonância magnética esta limitada atualmente à caracterização da origem ou avaliação dos terços proximais dos vasos principais. Recentemente, novas técnicas e utilização de contraste vasculares específicos criaram um novo horizonte para a realização deste método que é livre de radiação ionizante. Raman e cols.48 demonstraram que o meio de contraste endovenoso Gadofosveset trisodium teve uma performance pouco melhor do que os meios de contraste rotineiramente utilizados.

Avaliação de perfusão miocárdica – Desde os trabalhos iniciais de caracterização da obstrução microvascular por Rochitte e cols.49 em 1998, até a aplicabilidade clínica da avaliação da isquemia miocárdica por Cury e cols.50 em 2006, e a utilização da multimodalidade (combinada) das técnicas de ressonância para caracterização da doença arterial coronariana por de Mello e cols.51 em 2012, conseguimos constatar a atual maturidade do método em território nacional.

Avaliação de volumes e função – Após anos utilizando indexação e valores morfológicos, volumétricos e funcionais de estudos internacionais podemos dizer que de forma pioneira Macedo e cols.52 conseguiram demonstrar em uma população brasileira padrões morfológicos e volumétricos diferentes para homens e mulheres. Nacif e cols.53 demostraram que existem várias formas de quantificação do volume atrial e que todas possuem correlação entre si.

Avaliação de depósito de ferro – Os trabalhos de Fernandes e cols.54-56 são de grande importância para padronização e avaliação dos pacientes com depósito de ferro hepático e miocárdico.

Avaliação de fibrose focal – Neste tópico de publicações são inúmeras as contribuições de brasileiros no impacto do método no cenário mundial, mas sem sombra de dúvidas, um dos trabalhos mais discutidos foi o de Azevedo e cols.57 que conseguiu demonstrar a importância da detecção e quantificação do realce miocárdico tardio nos pacientes que se submeteram à troca valvar aórtica, tendo grande implicação na melhora funcional do ventrículo esquerdo e na avaliação de mortalidade.

Avaliação de fibrose intersticial – Os trabalhos de Nacif e cols.44, Mongeon e cols.58, Coelho-Filho e cols.59, Sibley e cols.60 e Liu e cols.61, foram pioneiros na avaliação da fibrose intersticial pelas técnicas do mapa T1 e quantificação do volume extracelular.

Impacto epidemiológico – Sem sombra de dúvidas, a ressonância magnética é um dos melhores métodos para quantificação de fibrose miocárdica. A fibrose miocárdica quando presente está relacionada a maior mortalidade e pior prognóstico62. No Brasil, além das doenças comumente avaliadas no mundo, temos a doença de Chagas que foi muito bem estudada por Rochitte e cols.63,64. Agora, um dos trabalhos com grande impacto na decisão clínica utilizando o método foi na reclassificação de risco utilizando agentes estressores65. Impacto das Últimas Publicações nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia

Os Arquivos Brasileiros de Cardiologia funcionam como termômetro nacional e principal canal científico refletindo esta explosão de publicações. O artigo de Duarte66, publicado em 2010, demonstra claramente o crescimento da tomografia computadorizada e seu impacto na detecção da doença arterial coronariana. Nos últimos dez anos observamos um número crescente de artigos do tipo revisão67-75 e artigos originais47,52,76-90 o que reforça o impacto da tomografia e da ressonância na imagem cardiovascular atual.

Finalmente, não é possível incluir todos os trabalhos de autores brasileiros devido ao número crescente de publicações na área, mas temos certeza que estamos entrando em uma nova era da imagem cardiovascular. O grande desenvolvimento da tecnologia aplicada à medicina faz com que a tomografia computadorizada e a ressonância magnética cresçam cada vez mais modificando dia-a-dia o impacto na prática clínica.

(12)

Editorial

Nacif e Rochitte

TC e RM Cardiovascular: Impacto no Brasil e no Mundo

Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):362-367

1. Stolf NA, Moreira FA, Beyruti R. [Myxoma of the left atrium: the value of computerized tomography in its diagnosis]. Arq Bras Cardiol. 1982;38(2):125-9. 2. de Medeiros Sobrinho JH, Luiz C, Santos DL, da Silva MV, Fontes VF. [Radiological archway sign in the scimitar syndrome and its importance in surgery. Report of 3 cases]. Arq Bras Cardiol. 1983;41(2):125-30. 3. Brito JC, Ribeiro AC, Carvalho HG, Tadeu E, Nery AC, Eloy R, Ribeiro

NA. [The scimitar syndrome. Report of 7 cases]. Arq Bras Cardiol. 1984;42(2):139-43.

4. Araujo JA, Torres JM, de Souza Neto JD, Barros RB, da Rocha FA, de Almeida AP. [Difficulties of angiography in the diagnosis of acute aortic dissection. A case report]. Arq Bras Cardiol. 1987;49(1):51-5.

5. Kalil Filho R, Chacra AP, de Albuquerque CP, Soares PR, Antelmi I, Rosemberg L, et al. [Significance of the nuclear magnetic resonance in the detection of coronary artery patency after thrombolysis]. Arq Bras Cardiol. 1995;64(3):221-4.

6. Kalil R, Bocchi EA, Ferreira BM, de Lourdes Higuchi M, Lopes NH, Magalhaes AC, et al. [Magnetic resonance imaging in chronic Chagas cardiopathy. Correlation with endomyocardial biopsy findings]. Arq Bras Cardiol. 1995;65(5):413-6. 7. Pinto IM, da Luz PL, Magalhaes HM, Pavanello R, Abizaid A, Kambara AM, et

al. [Consensus SOCESP-SBC on magnetic resonance imaging in cardiology]. Arq Bras Cardiol. 1995;65(5):451-7.

8. Kalil RA, Feldman CJ, Ludwig FW, da Silva AD, Prates PR, Sant’Anna JR, et al. [Late evaluation with spiral computed tomography of smooth bovine pericardium grafts]. Arq Bras Cardiol. 1997;69(2):111-5.

9. Feldman C, Vitola D, Schiavo N. Detection of coronary artery disease based on the calcification index obtained by helical computed tomography. Arq Bras Cardiol. 2000;75(6):471-80.

10. Guidelines for credentialing in cardiovascular magnetic resonance (CMR). Society for Cardiovascular Magnetic Resonance (SCMR) Clinical Practice Committee. J Cardiovasc Magn Reson. 2000;2(3):233-4.

11. Abbara S, Arbab-Zadeh A, Callister TQ, Desai MY, Mamuya W, Thomson L, et al. SCCT guidelines for performance of coronary computed tomographic angiography: a report of the Society of Cardiovascular Computed Tomography Guidelines Committee. J Cardiovasc Comput Tomogr. 2009;3(3):190-204. 12. Raff GL, Abidov A, Achenbach S, Berman DS, Boxt LM, Budoff MJ, et

al; Society of Cardiovascular Computed Tomography. SCCT guidelines for the interpretation and reporting of coronary computed tomographic angiography. J Cardiovasc Comput Tomogr. 2009;3(2):122-36.

13. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Departamento de Cardiologia Clínica. Grupo de Estudos de Ressonância e Tomografia Cardiovascular (GERT). [Guideline of Sociedade Brasileira de Cardiologia for Resonance and cardiovascular tomography. Executive Summary]. Arq Bras Cardiol. 2006;87 Suppl 3:e1-12. 14. Hendel RC, Patel MR, Kramer CM, Poon M, Hendel RC, Carr JC, et al;

American College of Cardiology Foundation Quality Strategic Directions Committee Appropriateness Criteria Working Group; American College of Radiology;Society of Cardiovascular Computed Tomography; Society for Cardiovascular Magnetic Resonance; American Society of Nuclear Cardiology; North American Society for Cardiac Imaging; Society for Cardiovascular Angiography and Interventions; Society of Interventional Radiology. ACCF/ACR/SCCT/SCMR/ASNC/NASCI/SCAI/SIR 2006 appropriateness criteria for cardiac computed tomography and cardiac magnetic resonance imaging: a report of the American College of Cardiology Foundation Quality Strategic Directions Committee Appropriateness Criteria Working Group, American College of Radiology, Society of Cardiovascular Computed Tomography, Society for Cardiovascular Magnetic Resonance, American Society of Nuclear Cardiology, North American Society for Cardiac Imaging, Society for Cardiovascular Angiography and Interventions, and Society of Interventional Radiology. J Am Coll Cardiol. 2006;48(7):1475-97. 15. Taylor AJ, Cerqueira M, Hodgson JM, Mark D, Min J, O’Gara P, et al; American College of Cardiology Foundation Appropriate Use Criteria Task Force; Society of Cardiovascular Computed Tomography; American College of Radiology;

American Heart Association; American Society of Echocardiography; American Society of Nuclear Cardiology; North American Society for Cardiovascular Imaging; Society for Cardiovascular Angiography and Interventions; Society for Cardiovascular Magnetic Resonance. ACCF/SCCT/ACR/AHA/ASE/ASNC/ NASCI/SCAI/SCMR 2010 Appropriate Use Criteria for Cardiac Computed Tomography. A Report of the American College of Cardiology Foundation Appropriate Use Criteria Task Force, the Society of Cardiovascular Computed Tomography, the American College of Radiology, the American Heart Association, the American Society of Echocardiography, the American Society of Nuclear Cardiology, the North American Society for Cardiovascular Imaging, the Society for Cardiovascular Angiography and Interventions, and the Society for Cardiovascular Magnetic Resonance. Circulation. 2010;122(21):e525-55. 16. Patel MR, White RD, Abbara S, Bluemke DA, Herfkens RJ, Picard M, et al; American College of Radiology Appropriateness Criteria Committee; American College of Cardiology Foundation Appropriate Use Criteria Task Force. 2013 ACCF/ACR/ASE/ASNC/SCCT/SCMR appropriate utilization of cardiovascular imaging in heart failure: a joint report of the American College of Radiology Appropriateness Criteria Committee and the American College of Cardiology Foundation Appropriate Use Criteria Task Force. J Am Coll Cardiol. 2013;61(21):2207-31.

17. Russo AM, Stainback RF, Bailey SR, Epstein AE, Heidenreich PA, Jessup M, et al. ACCF/HRS/AHA/ASE/HFSA/SCAI/SCCT/SCMR 2013 appropriate use criteria for implantable cardioverter-defibrillators and cardiac resynchronization therapy: a report of the American College of Cardiology Foundation appropriate use criteria task force, Heart Rhythm Society, American Heart Association, American Society of Echocardiography, Heart Failure Society of America, Society for Cardiovascular Angiography and Interventions, Society of Cardiovascular Computed Tomography, and Society for Cardiovascular Magnetic Resonance. Heart Rhythm. 2013;10(4):e11-58.

18. White RD, Patel MR, Abbara S, Bluemke DA, Herfkens RJ, Picard M, et al; American College of Radiology; American College of Cardiology Foundation. 2013 ACCF/ACR/ASE/ASNC/SCCT/SCMR appropriate utilization of cardiovascular imaging in heart failure: an executive summary: a joint report of the ACR Appropriateness Criteria (R) Committee and the ACCF Appropriate Use Criteria Task Force. J Am Coll Radiol. 2013;10(7):493-500. 19. Mark DB, Anderson JL, Brinker JA, Brophy JA, Casey DE Jr, Cross RR, et al. ACC/AHA/ASE/ASNC/HRS/IAC/Mended Hearts/NASCI/RSNA/SAIP/SCAI/ SCCT/SCMR/SNMMI 2014 health policy statement on use of noninvasive cardiovascular imaging: a report of the American College of Cardiology Clinical Quality Committee. J Am Coll Cardiol. 2014;63(7):698-721. 20. Wolk MJ, Bailey SR, Doherty JU, Douglas PS, Hendel RC, Kramer CM, et al;

American College of Cardiology Foundation Appropriate Use Criteria Task Force. ACCF/AHA/ASE/ASNC/HFSA/HRS/SCAI/SCCT/SCMR/STS 2013 multimodality appropriate use criteria for the detection and risk assessment of stable ischemic heart disease: a report of the American College of Cardiology Foundation Appropriate Use Criteria Task Force, American Heart Association, American Society of Echocardiography, American Society of Nuclear Cardiology, Heart Failure Society of America, Heart Rhythm Society, Society for Cardiovascular Angiography and Interventions, Society of Cardiovascular Computed Tomography, Society for Cardiovascular Magnetic Resonance, and Society of Thoracic Surgeons. J Am Coll Cardiol. 2014;63(4):380-406. 21. Mark DB, Berman DS, Budoff MJ, Carr JJ, Gerber TC, Hecht HS, et al;

American College of Cardiology Foundation Task Force on Expert Consensus Documents. ACCF/ACR/AHA/NASCI/SAIP/SCAI/SCCT 2010 expert consensus document on coronary computed tomographic angiography: a report of the American College of Cardiology Foundation Task Force on Expert Consensus Documents. Catheter Cardiovasc Interv. 2010;76(2):E1-42.

22. Halliburton SS, Abbara S, Chen MY, Gentry R, Mahesh M, Raff GL, et al; Society of Cardiovascular Computed Tomography. SCCT guidelines on radiation dose and dose-optimization strategies in cardiovascular CT. J Cardiovasc Comput Tomogr. 2011;5(4):198-224.

23. Achenbach S, Delgado V, Hausleiter J, Schoenhagen P, Min JK, Leipsic JA. SCCT expert consensus document on computed tomography imaging before transcatheter aortic valve implantation (TAVI)/transcatheter aortic valve replacement (TAVR). J Cardiovasc Comput Tomogr. 2012;6(6):366-80.

Referências

(13)

Editorial

Nacif e Rochitte TC e RM Cardiovascular: Impacto no Brasil e no Mundo

Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):362-367

24. Patel MR, Dehmer GJ, Hirshfeld JW, Smith PK, Spertus JA. ACCF/SCAI/STS/ AATS/AHA/ASNC/HFSA/SCCT 2012 Appropriate use criteria for coronary revascularization focused update: a report of the American College of Cardiology Foundation Appropriate Use Criteria Task Force, Society for Cardiovascular Angiography and Interventions, Society of Thoracic Surgeons, American Association for Thoracic Surgery, American Heart Association, American Society of Nuclear Cardiology, and the Society of Cardiovascular Computed Tomography. J Am Coll Cardiol. 2012;59(9):857-81. Erratum in: J Am Coll Cardiol. 2012;59(14):1336.

25. Lesser JR. SCCT International Regional Committees: the best future option for appropriate CT utilization. J Cardiovasc Comput Tomogr. 2013;7(2):145-6. 26. Leipsic J, Abbara S, Achenbach S, Cury R, Earls JP, Mancini GJ, et al. SCCT

guidelines for the interpretation and reporting of coronary CT angiography: a report of the Society of Cardiovascular Computed Tomography Guidelines Committee. J Cardiovasc Comput Tomogr. 2014;8(5):342-58.

27. Raff GL, Chinnaiyan KM, Cury RC, Garcia MT, Hecht HS, Hollander JE, et al. SCCT guidelines on the use of coronary computed tomographic angiography for patients presenting with acute chest pain to the emergency department: a report of the Society of Cardiovascular Computed Tomography Guidelines Committee. J Cardiovasc Comput Tomogr. 2014;8(4):254-71.

28. Hundley WG, Bluemke DA, Finn JP, Flamm SD, Fogel MA, Friedrich MG, et al; American College of Cardiology Foundation Task Force on Expert Consensus Documents. ACCF/ACR/AHA/NASCI/SCMR 2010 expert consensus document on cardiovascular magnetic resonance: a report of the American College of Cardiology Foundation Task Force on Expert Consensus Documents. J Am Coll Cardiol. 2010;55(23):2614-62.

29. Fratz S, Chung T, Greil GF, Samyn MM, Taylor AM, Valsangiacomo Buechel ER, et al. Guidelines and protocols for cardiovascular magnetic resonance in children and adults with congenital heart disease: SCMR expert consensus group on congenital heart disease. J Cardiovasc Magn Reson. 2013;15:51. 30. Moon JC, Messroghli DR, Kellman P, Piechnik SK, Robson MD, Ugander M, et al; Society for Cardiovascular Magnetic Resonance Imaging; Cardiovascular Magnetic Resonance Working Group of the European Society of Cardiology. Myocardial T1 mapping and extracellular volume quantification: a Society for Cardiovascular Magnetic Resonance (SCMR) and CMR Working Group of the European Society of Cardiology consensus statement. J Cardiovasc Magn Reson. 2013;15:92. 31. Schulz-Menger J, Bluemke DA, Bremerich J, Flamm SD, Fogel MA, Friedrich

MG, et al. Standardized image interpretation and post processing in cardiovascular magnetic resonance: Society for Cardiovascular Magnetic Resonance (SCMR) board of trustees task force on standardized post processing. J Cardiovasc Magn Reson. 2013;15:35.

32. Miller JM, Rochitte CE, Dewey M, Arbab-Zadeh A, Niinuma H, Gottlieb I, et al. Diagnostic performance of coronary angiography by 64-row CT. N Engl J Med. 2008;359(22):2324-36.

33. Sara L, Rochitte CE, Lemos PA, Niinuma H, Dewey M, Shapiro EP, et al. Accuracy of multidetector computed tomography for detection of coronary artery stenosis in acute coronary syndrome compared with stable coronary disease: a CORE64 multicenter trial substudy. Int J Cardiol. 2014 Aug 27. [Epub ahead of print]. 34. Cury RC, Nieman K, Shapiro MD, Butler J, Nomura CH, Ferencik M, et al.

Comprehensive assessment of myocardial perfusion defects, regional wall motion, and left ventricular function by using 64-section multidetector CT. Radiology. 2008;248(2):466-75.

35. Cury RC, Magalhaes TA, Paladino AT, Shiozaki AA, Perini M, Senra T, et al. Dipyridamole stress and rest transmural myocardial perfusion ratio evaluation by 64 detector-row computed tomography. J Cardiovasc Comput Tomogr. 2011;5(6):443-8.

36. Magalhaes TA, Cury RC, Pereira AC, Moreira Vde M, Lemos PA, Kalil-Filho R, et al. Additional value of dipyridamole stress myocardial perfusion by 64-row computed tomography in patients with coronary stents. J Cardiovasc Comput Tomogr. 2011;5(6):449-58.

37. Rochitte CE, George RT, Chen MY, Arbab-Zadeh A, Dewey M, Miller JM, et al. Computed tomography angiography and perfusion to assess coronary artery stenosis causing perfusion defects by single photon emission computed tomography: the CORE320 study. Eur Heart J. 2014;35(17):1120-30.

38. Vieira ML, Nomura CH, Tranchesi Junior B, Oliveira WA, Naccarato G, Serpa BS, et al. Left ventricular ejection fraction and volumes as measured by 3d echocardiography and ultrafast computed tomography. Arq Bras Cardiol. 2009;92(4):294-301.

39. Vieira ML, Nomura CH, Tranchesi B Jr, de Oliveira WA, Naccarato G, Serpa BS, et al. Real-time three-dimensional echocardiographic left ventricular systolic assessment: side-by-side comparison with 64-slice multi-detector cardiac computed tomography. Eur J Echocardiogr. 2010;11(3):257-63. 40. Arsanjani R, Berman DS, Gransar H, Cheng VY, Dunning A, Lin FY, et al;

CONFIRM Investigators. Left ventricular function and volume with coronary CT angiography improves risk stratification and identification of patients at risk for incident mortality: results from 7758 patients in the prospective multinational CONFIRM observational cohort study. Radiology. 2014;273(1):70-7. 41. Shiozaki AA, Senra T, Arteaga E, Martinelli Filho M, Pita CG, Avila LF, et al.

Myocardial fibrosis detected by cardiac CT predicts ventricular fibrillation/ ventricular tachycardia events in patients with hypertrophic cardiomyopathy. J Cardiovasc Comput Tomogr. 2013;7(3):173-81.

42. Shiozaki AA, Senra T, Arteaga E, Pita CG, Martinelli Filho M, Avila LF, et al. [Myocardial fibrosis in patients with hypertrophic cardiomyopathy and high risk for sudden death]. Arq Bras Cardiol. 2010;94(4):535-40.

43. Nacif MS, Liu Y, Yao J, Liu S, Sibley CT, Summers RM, et al. 3D left ventricular extracellular volume fraction by low-radiation dose cardiac CT: assessment of interstitial myocardial fibrosis. J Cardiovasc Comput Tomogr. 2013;7(1):51-7. 44. Nacif MS, Kawel N, Lee JJ, Chen X, Yao J, Zavodni A, et al. Interstitial myocardial fibrosis assessed as extracellular volume fraction with low-radiation-dose cardiac CT. Radiology. 2012;264(3):876-83.

45. Bittencourt MS, Hulten E, Ghoshhajra B, O’Leary D, Christman MP, Montana P, et al. Prognostic value of nonobstructive and obstructive coronary artery disease detected by coronary computed tomography angiography to identify cardiovascular events. Circ Cardiovasc Imaging. 2014;7(2):282-91. 46. Hulten E, Bittencourt MS, Ghoshhajra B, O’Leary D, Christman MP, Blaha MJ,

et al. Incremental prognostic value of coronary artery calcium score versus CT angiography among symptomatic patients without known coronary artery disease. Atherosclerosis. 2014;233(1):190-5.

47. Prazeres CE, Cury RC, Carneiro AC, Rochitte CE. Coronary computed tomography angiography in the assessment of acute chest pain in the emergency room. Arq Bras Cardiol. 2013;101(6):562-9.

48. Raman FS, Nacif MS, Cater G, Gai N, Jones J, Li D, et al. 3.0-T whole-heart coronary magnetic resonance angiography: comparison of gadobenate dimeglumine and gadofosveset trisodium. Int J Cardiovasc Imaging. 2013;29(5):1085-94.

49. Rochitte CE, Lima JA, Bluemke DA, Reeder SB, McVeigh ER, Furuta T, et al. Magnitude and time course of microvascular obstruction and tissue injury after acute myocardial infarction. Circulation. 1998;98(10):1006-14. 50. Cury RC, Cattani CA, Gabure LA, Racy DJ, de Gois JM, Siebert U, et al.

Diagnostic performance of stress perfusion and delayed-enhancement MR imaging in patients with coronary artery disease. Radiology. 2006;240(1):39-45.

51. de Mello RA, Nacif MS, dos Santos AA, Cury RC, Rochitte CE, Marchiori E. Diagnostic performance of combined cardiac MRI for detection of coronary artery disease. Eur J Radiol. 2012;81(8):1782-9.

52. Macedo R, Fernandes JL, Andrade SS, Rochitte CE, Lima KC, Maciel AC, et al. Morphological and functional measurements of the heart obtained by magnetic resonance imaging in Brazilians. Arq Bras Cardiol. 2013;101(1):68-77. 53. Nacif MS, Barranhas AD, Turkbey E, Marchiori E, Kawel N, Mello

RA, et al. Left atrial volume quantification using cardiac MRI in atrial fibrillation: comparison of the Simpson’s method with biplane area-length, ellipse, and three-dimensional methods. Diagn Interv Radiol. 2013;19(3):213-20.

54. Fernandes JL, Fabron A Jr, Verissimo M. Early cardiac iron overload in children with transfusion-dependent anemias. Haematologica. 2009;94(12):1776-7.

(14)

Editorial

Nacif e Rochitte

TC e RM Cardiovascular: Impacto no Brasil e no Mundo

Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):362-367

55. Fernandes JL, Sampaio EF, Fertrin K, Coelho OR, Loggetto S, Piga A, et al. Amlodipine reduces cardiac iron overload in patients with thalassemia major: a pilot trial. Am J Med. 2013;126(9):834-7.

56. Fernandes JL, Sampaio EF, Verissimo M, Pereira FB, da Silva JA, de Figueiredo GS, et al. Heart and liver T2 assessment for iron overload using different software programs. Eur Radiol. 2011;21(12):2503-10.

57. Azevedo CF, Nigri M, Higuchi ML, Pomerantzeff PM, Spina GS, Sampaio RO, et al. Prognostic significance of myocardial fibrosis quantification by histopathology and magnetic resonance imaging in patients with severe aortic valve disease. J Am Coll Cardiol. 2010;56(4):278-87.

58. Mongeon FP, Jerosch-Herold M, Coelho-Filho OR, Blankstein R, Falk RH, Kwong RY. Quantification of extracellular matrix expansion by CMR in infiltrative heart disease. JACC Cardiovasc Imaging. 2012;5(9):897-907. 59. Coelho-Filho OR, Shah RV, Neilan TG, Mitchell R, Moreno H Jr, Kwong

R, et al. Cardiac magnetic resonance assessment of interstitial myocardial fibrosis and cardiomyocyte hypertrophy in hypertensive mice treated with spironolactone. J Am Heart Assoc. 2014;3(3):e000790.

60. Sibley CT, Noureldin RA, Gai N, Nacif MS, Liu S, Turkbey EB, et al. T1 Mapping in cardiomyopathy at cardiac MR: comparison with endomyocardial biopsy. Radiology. 2012;265(3):724-32.

61. Liu CY, Liu YC, Wu C, Armstrong A, Volpe GJ, van der Geest RJ, et al. Evaluation of age-related interstitial myocardial fibrosis with cardiac magnetic resonance contrast-enhanced T1 mapping: MESA (Multi-Ethnic Study of Atherosclerosis). J Am Coll Cardiol. 2013;62(14):1280-7. 62. Neilan TG, Shah RV, Abbasi SA, Farhad H, Groarke JD, Dodson JA, et al. The

incidence, pattern, and prognostic value of left ventricular myocardial scar by late gadolinium enhancement in patients with atrial fibrillation. J Am Coll Cardiol. 2013;62(23):2205-14.

63. Rochitte CE, Oliveira PF, Andrade JM, Ianni BM, Parga JR, Avila LF, et al. Myocardial delayed enhancement by magnetic resonance imaging in patients with Chagas’ disease: a marker of disease severity. J Am Coll Cardiol. 2005;46(8):1553-8.

64. Rochitte CE, Nacif MS, de Oliveira Junior AC, Siqueira-Batista R, Marchiori E, Uellendahl M, et al. Cardiac magnetic resonance in Chagas’ disease. Artif Organs. 2007;31(4):259-67.

65. Shah R, Heydari B, Coelho-Filho O, Murthy VL, Abbasi S, Feng JH, et al. Stress cardiac magnetic resonance imaging provides effective cardiac risk reclassification in patients with known or suspected stable coronary artery disease. Circulation. 2013;128(6):605-14.

66. Duarte PS. Technologies for the investigation of CAD: association between scientific publications and clinical use. Arq Bras Cardiol. 2010;94(3):379-82, 401-5.

67. Bertaso AG, Bertol D, Duncan BB, Foppa M. Epicardial fat: definition, measurements and systematic review of main outcomes. Arq Bras Cardiol. 2013;101(1):e18-28.

68. Rodrigues AR, Barbosa MR, de Brito MS, Silva LC, Machado FS. [Minimally invasive coronary angiography using a multidetector CT]. Arq Bras Cardiol. 2006;86(5):323-30.

69. Piva e Mattos B, Torres MA, Rebelatto TF, Loreto MS, Scolari FL. The diagnosis of left ventricular outflow tract obstruction in hypertrophic cardiomyopathy. Arq Bras Cardiol. 2012;99(1):665-75.

70. Rosa LV, Salemi VM, Alexandre LM, Mady C. Noncompaction cardiomyopathy: a current view. Arq Bras Cardiol. 2011;97(1):e13-9. 71. Nacif MS, Oliveira Junior AC, Carvalho AC, Rochitte CE. Cardiac magnetic

resonance and its anatomical planes: how do I do it? Arq Bras Cardiol. 2010;95(6):756-63.

72. Mattos BP, Torres MA, Freitas VC. Diagnostic evaluation of hypertrophic cardiomyopathy in its clinical and preclinical phases. Arq Bras Cardiol. 2008;91(1):51-62.

73. Nigri M, Rochitte CE, Tarasoutchi F, Grinberg M. Magnetic resonance imaging is image diagnosis in heart valve disease. Arq Bras Cardiol. 2006;87(4):534-7.

74. Dias RR, Fernandes F, Ramires FJ, Mady C, Albuquerque CP, Jatene FB. Mortality and embolic potential of cardiac tumors. Arq Bras Cardiol. 2014;103(1):13-8.

75. Rajani R, Khattar R, Chiribiri A, Victor K, Chambers J. Multimodality imaging of heart valve disease. Arq Bras Cardiol. 2014;103(3):251-63.

76. Tassi EM, Continentino MA, Nascimento EM, Pereira Bde B, Pedrosa RC. Relationship between fibrosis and ventricular arrhythmias in Chagas heart disease without ventricular dysfunction. Arq Bras Cardiol. 2014;102(5):456-64.

77. Rochitte CE, Hoette S, Souza R. Myocardial delayed enhancement by cardiac magnetic resonance imaging in Pulmonary Arterial Hypertension: a marker of disease severity. Arq Bras Cardiol. 2013;101(5):377-8. 78. Bessa LG, Junqueira FP, Bandeira ML, Garcia MI, Xavier SS, Lavall G, et

al. Pulmonary arterial hypertension: use of delayed contrast-enhanced cardiovascular magnetic resonance in risk assessment. Arq Bras Cardiol. 2013;101(4):336-43.

79. Fernandes AM, Rathi V, Biederman RW, Doyle M, Yamrozik JA, Willians RB, et al. Cardiovascular magnetic resonance imaging-derived mitral valve geometry in determining mitral regurgitation severity. Arq Bras Cardiol. 2013;100(6):571-8.

80. Villacorta Junior H, Villacorta AS, Amador F, Hadlich M, Albuquerque DC, Azevedo CF. Transthoracic impedance compared to magnetic resonance imaging in the assessment of cardiac output. Arq Bras Cardiol. 2012;99(6):1149-55.

81. Mello RP, Szarf G, Schvartzman PR, Nakano EM, Espinosa MM, Szejnfeld D, et al. Delayed enhancement cardiac magnetic resonance imaging can identify the risk for ventricular tachycardia in chronic Chagas’ heart disease. Arq Bras Cardiol. 2012;98(5):421-30.

82. Moreira Rde C, Haddad AF, Silva SA, Souza AL, Tuche FA, Oliveira MA, et al. Intracoronary stem-cell injection after myocardial infarction: microcirculation sub-study. Arq Bras Cardiol. 2011;97(5):420-6. 83. Efe D, Aygun F. Assessment of the relationship between non-alcoholic fatty

liver disease and CAD using MSCT. Arq Bras Cardiol. 2014;102(1):10-8. 84. Staniak HL, Sharovsky R, Pereira AC, Castro CC, Bensenor IM, Lotufo PA,

et al. Subcutaneous tissue thickness is an independent predictor of image noise in cardiac CT. Arq Bras Cardiol. 2014;102(1):86-92.

85. Azevedo JC, Ferreira Junior Dde S, Vieira FC, Prezotti LS, Simoes LS, Nacif MS, et al. Correlation between myocardial scintigraphy and CT angiography in the evaluation of coronary disease. Arq Bras Cardiol. 2013;100(3):238-45. 86. Staniak HL, Bittencourt MS, Sharovsky R, Bensenor I, Olmos RD, Lotufo PA. Calcium score to evaluate chest pain in the emergency room. Arq Bras Cardiol. 2013;100(1):90-3.

87. Barros MV, Rabelo DR, Nunes Mdo C, Siqueira MH. Coronary tomography for predicting adverse events in patients with suspected coronary disease. Arq Bras Cardiol. 2012;99(6):1142-8.

88. Hadlich MS, Oliveira GM, Feijoo RA, Azevedo CF, Tura BR, Ziemer PG, et al. Free and open-source software application for the evaluation of coronary computed tomography angiography images. Arq Bras Cardiol. 2012;99(4):944-51.

89. Rochitte CE, Azevedo GS, Shiozaki AA, Azevedo CF, Kalil Filho R. Diltiazem as an alternative to beta-blocker in coronary artery computed tomography angiography. Arq Bras Cardiol. 2012;99(2):706-13.

90. Rabelo DR, Barros MV, Nunes Mdo C, Oliveira CC, Siqueira MH. Multislice coronary angiotomography in the assessment of coronary artery anomalous origin. Arq Bras Cardiol. 2012;98(3):266-72.

(15)

Artigo Original

Apneia do Sono e Arritmia Cardíaca Noturna: Estudo Populacional

Sleep Apnea and Nocturnal Cardiac Arrhythmia: A Populational Study

Fatima Dumas Cintra, Renata Pimentel Leite, Luciana Julio Storti, Lia Azeredo Bittencourt, Dalva Poyares, Laura de

Siqueira Castro, Sergio Tufik, Angelo de Paola

Universidade Federal de São Paulo - Unifesp, São Paulo, SP − Brasil

Correspondência: Fatima Dumas Cintra •

Alameda Taurus, 146, Residencial Genesis I, Alphaville. CEP 06543-670. Santana de Parnaíba, SP – Brasil E-mail: fatimacintra@cardiol.br; fatimadc@einstein.br

Artigo recebido em 06/12/13; revisado em 26/06/14; aceito em 04/07/14. DOI: 10.5935/abc.20140142

Resumo

Fundamento: Os mecanismos relacionados às consequências cardiovasculares da apneia obstrutiva do sono incluem modificações abruptas no tônus autonômico, que podem desencadear arritmias cardíacas. Os autores tiveram como hipótese a ocorrência de arritmias cardíacas noturnas maiores em pacientes portadores de apneia obstrutiva do sono.

Objetivo: Analisar a relação entre a apneia obstrutiva do sono e o registro de anormalidade no ritmo cardíaco, durante o sono, em uma amostra populacional.

Métodos: Estudo transversal com uma amostra representativa da cidade de São Paulo de 1.101 voluntários. A polissonografia de noite inteira foi realizada por meio de um sistema digital (EMBLA® S7000), durante o horário regular de sono do indivíduo. O canal de eletrocardiograma foi extraído, duplicado e, em seguida, analisado com um sistema Holter (Cardio Smart®).

Resultados: Um total de 767 participantes, sendo 461 do sexo masculino, com idade média de 42,00 ± 0,53 anos, foi incluído nas análises. Pelo menos um tipo de distúrbio do ritmo cardíaco noturno (arritmia atrial/ventricular ou pausa) foi observado em 62,7% da amostra. A ocorrência de arritmias cardíacas noturnas foi mais frequente com o aumento da gravidade da doença. A perturbação do ritmo foi observada em 53,3% da amostra sem distúrbios respiratórios do sono, enquanto que 92,3% dos pacientes com grave apneia obstrutiva do sono apresentaram arritmia cardíaca. Ectopia atrial e ventricular isolada foi mais frequente em pacientes com apneia obstrutiva do sono moderada/severa quando comparada com controles (p < 0,001). Após controle de potenciais fatores de confusão, idade, sexo e Índice de Apneia-Hipopneia foram associados à arritmia cardíaca noturna.

Conclusão: Arritmias cardíacas noturnas ocorrem com maior frequência em pacientes portadores de apneia obstrutiva do sono, e sua prevalência aumenta com a gravidade da doença. Idade, sexo e o Índice de Apneia-Hipopneia foram os fatores preditores de arritmias nesta amostra. (Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):368-374)

Palavras-chave: Síndromes da Apneia do Sono; Arritmias Cardíacas; Sono; Apneia do Sono Tipo Obstrutiva.

Abstract

Background: The mechanisms associated with the cardiovascular consequences of obstructive sleep apnea include abrupt changes in autonomic tone, which can trigger cardiac arrhythmias. The authors hypothesized that nocturnal cardiac arrhythmia occurs more frequently in patients with obstructive sleep apnea.

Objective: To analyze the relationship between obstructive sleep apnea and abnormal heart rhythm during sleep in a population sample. Methods: Cross-sectional study with 1,101 volunteers, who form a representative sample of the city of São Paulo. The overnight polysomnography was performed using an EMBLA® S7000 digital system during the regular sleep schedule of the individual. The electrocardiogram channel was extracted, duplicated, and then analyzed using a Holter (Cardio Smart®) system.

Results: A total of 767 participants (461 men) with a mean age of 42.00 ± 0.53 years, were included in the analysis. At least one type of nocturnal cardiac rhythm disturbance (atrial/ventricular arrhythmia or beat) was observed in 62.7% of the sample. The occurrence of nocturnal cardiac arrhythmias was more frequent with increased disease severity. Rhythm disturbance was observed in 53.3% of the sample without breathing sleep disorders, whereas 92.3% of patients with severe obstructive sleep apnea showed cardiac arrhythmia. Isolated atrial and ventricular ectopy was more frequent in patients with moderate/severe obstructive sleep apnea when compared to controls (p < 0.001). After controlling for potential confounding factors, age, sex and apnea-hypopnea index were associated with nocturnal cardiac arrhythmia.

Conclusion: Nocturnal cardiac arrhythmia occurs more frequently in patients with obstructive sleep apnea and the prevalence increases with disease severity. Age, sex, and the Apnea-hypopnea index were predictors of arrhythmia in this sample. (Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):368-374)

Keywords: Sleep Apnea Syndromes; Arrhythmias, Cardiac; Sleep; Sleep Apnea, Obstructive.

Full texts in English - http://www.arquivosonline.com.br

368

Referências

Documentos relacionados

Ousasse apontar algumas hipóteses para a solução desse problema público a partir do exposto dos autores usados como base para fundamentação teórica, da análise dos dados

The probability of attending school four our group of interest in this region increased by 6.5 percentage points after the expansion of the Bolsa Família program in 2007 and

The objective of the present study is to evaluate the association between serum levels of Lp(a) and ischemic heart disease as well as other cardiovascular risk factors in

Assumindo uma perspectiva crítica e transdisciplinar para a Linguística Aplicada, cujo compromisso com a utilidade da pesquisa na procura de soluções para os problemas da

Analisando a sala de aula do ensino superior como ambiente de encontro de serviço (chung; mclarney, 2000), o presente estudo explora relações entre constructos relevantes para

The rate of naturally infected sandflies in endemic areas and the correct identification of the infecting Leishmania in a determined phlebotomine species are of prime importance

Segundo Brasil (2015),o crescimento da pós-graduação stricto sensu na área de Enfermagem, em todo o território nacional, edo número de publicações em

Para a manipulação das classes do framework foram criados objetos que representam e manipulam as respectivas classes, são eles: -xSOrder: Representa todas as ordens do sistema,