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SIGNIFICADOS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA

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Academic year: 2021

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SIGNIFICADOS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA

Paula Kracker Francescon Orientadora: Profª. Drª. Simone Reis

RESUMO

O presente projeto propõe uma pesquisa etnográfica que buscará observar e descrever os processos de desenvolvimento de leitura em língua estrangeira de alunos de Ensino Médio. O contexto de coleta de dados será um curso voltado para a leitura crítica em língua inglesa a ser ministrado pela professora-pesquisadora. Os participantes da pesquisa serão alunos de 1º a 3º ano do Ensino Médio de uma escola pública de Londrina/PR, que frequentarão o curso ministrado por vontade própria. A coleta será feita longitudinalmente, durante o tempo estimado de 45 horas de curso, principalmente por meio de atividades de leitura realizadas no início, durante e ao final do curso. A epistemologia norteadora da investigação é o interpretativismo, visto que o papel da pesquisadora será descrever e interpretar os processos de leitura sob a perspectiva dos participantes da pesquisa. Assim, os resultados a que a pesquisa chegará revelarão a maneira e o que significa para os participantes ler criticamente em inglês de preferência como a literatura especializada define suas possibilidades.

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INTRODUÇÃO

Nesta parte introdutória, apresentarei a justificativa para a realização desta pesquisa, o contexto e objeto de estudo e as perguntas que conduzirão esta investigação, juntamente com a maneira que trabalharei para procurar respondê-las.

JUSTIFICATIVA

O objeto de estudo desta pesquisa é a leitura em língua inglesa. Eu, como professora de inglês, tenho especial interesse no ensino desse idioma, pois não há como negar a importância dele no contexto mundial, sendo um requisito básico para a entrada no mercado de trabalho e para a ascensão profissional e social.

A leitura é a habilidade mais privilegiada no ensino de língua estrangeira nas escolas públicas, sendo recomendada por documentos que regem o ensino, como os PCNs (BRASIL, 2008) e os Diretrizes Curriculares do Paraná (PARANÁ, 2008), ambos para o ensino de língua estrangeira moderna.

Diante disso, opto por um contexto pedagógico direcionado pela leitura crítica, considerando que esse tipo de leitura precisaria estar mais presente nas aulas de línguas estrangeiras, devido à possibilidade que ela traz de tornar os alunos mais questionadores, desafiadores das convenções sociais e ideologias dominantes. Figueiredo (2000, p. 144) demonstra sua preocupação com a falta do caráter crítico nas aulas de língua estrangeira quando afirma que “a leitura crítica não é geralmente encorajada nas salas de aula de inglês como língua estrangeira, onde a leitura é normalmente vista como uma atividade não problemática, o encontro entre o leitor e o texto”.

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sendo a leitura uma atividade social, na qual o texto reflete o contexto em que foi escrito (WALLACE, 1992 apud FIGUEREIDO, 2000), o contato dos alunos com textos que foram escritos em contextos culturais diferentes dos vivenciados por eles tendem a torná-los mais conscientes das diferentes culturas existentes, o que pode fazer com que eles tomem uma posição mais analista em relação aos textos.

Desse modo, concluo apontando que a motivação principal deste estudo é a busca por uma compreensão do processo de leitura em língua inglesa, por essa ser uma compreensão procurada por mim, devido aos meus interesses e a fim de colaborar com a minha formação profissional.

CONTEXTO E OBJETO DE ESTUDO

Este estudo se realizará por meio de um curso de leitura em língua estrangeira, em contexto pedagógico voltado para a leitura crítica, oferecido aos alunos de Ensino Médio de uma escola pública de Londrina – PR. O curso será preparado e ministrado pela professora-pesquisadora, no contra-turno das aulas dos alunos, com duração prevista para 45 horas.

Durante essas aulas, eu pretendo analisar aspectos do processo de leitura realizado pelos alunos. Como se busca compreender o modo que o processo de leitura ocorre, os resultados estarão de acordo com a significação dada pelos participantes aos aspectos de leitura realizados pelos mesmos. Assim, procurarei capturar esses aspectos, apenas oferecendo conhecimentos sobre leitura crítica aos alunos.

PERGUNTAS

As perguntas que nortearão esse estudo são as seguintes: Que tipos de processos os alunos realizam enquanto leem textos em inglês como língua estrangeira? Que tipos de conhecimento e estratégias eles usam no

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processo de leitura? De que maneiras eles aplicam os aspectos de leitura crítica aos quais são expostos durante as aulas?

A busca pelas respostas a essas perguntas será realizada por meio da observação da pesquisadora no contexto das aulas de leitura em língua inglesa, com atenção especial às ações realizadas pelos alunos durante as atividades propostas, além de que essas próprias atividades também contribuirão para a análise dos processos realizados pelos alunos nas atividades de leitura.

OBJETIVOS

O objetivo principal deste trabalho é compreender aspectos de processos de desenvolvimento de alunos do ensino médio enquanto leitores em inglês como língua estrangeira em contexto pedagógico voltado à leitura crítica.

Para alcançar esse objetivo principal, focalizarei os aspectos de leitura que podem ser apreendidos a partir das atividades realizadas pelos alunos, observando os conhecimentos e estratégias usadas por eles no processo de leitura e a significação que os próprios alunos atribuem a sua aprendizagem de leitura em inglês.

REFERENCIAL TEÓRICO

Pesquisas na área da educação são sempre muito difíceis de serem realizadas devido à dificuldade de promover a exatidão no processo da investigação, de obter evidências sólidas e por ser desenvolvida normalmente em um ambiente complexo, como as escolas, no qual não é fácil manter o controle das situações investigadas (HARRISON, 2004).

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Os estudos desenvolvidos na área da leitura conduzem ao modelo interativo, o qual propõe que a leitura deve ser realizada interagindo com o texto e considerando o contexto no qual o texto se insere, buscando significados para o que está sendo lido por meio de diferentes fontes. Esse modelo de leitura engloba dois outros: o top-down e o bottom-up1 (HARRISON,

2004; DECHANT, 1991).

Mais especificamente, além da leitura como o modelo interativo prevê, este estudo é baseado na visão de leitura crítica. Para iniciar a compreensão dessa concepção de leitura, começarei com observações acerca do estudo crítico da linguagem.

Fairclough (1989a) defende que o ensino escolar deve ser pautado na visão crítica da linguagem. Isso significaria “mostrar conexões que podem estar escondidas das pessoas” (FAIRCLOUGH, 1989b, p. 5), e essas conexões se referem à ligação entre linguagem, poder e ideologia. A linguagem é uma das práticas sociais onde o poder, por meio das ideologias vigentes, se manifesta e se perpetua. As ideologias se constituem nas convenções sociais. O que se entende como senso comum, comportamentos familiares, etc. são estabelecidos pelas convenções, o que faz com que não sejam questionados ou que as pessoas que agem de determinada maneira nem mesmo estejam conscientes de o fazerem, já que está dentro do comportamento comum.

Devido a esta relação entre linguagem e poder, Fairclough (1989a) aponta a importância de a educação linguística visar a desenvolver uma consciência crítica da linguagem, de como o discurso funciona dentro das relações sociais em que se insere. O ensino de língua que busque formar essa consciência crítica da linguagem tem como seus propósitos desenvolver

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O modelo top-down propõe que a leitura deve ser feita a partir do contexto e dos conhecimentos do leitor para o texto, referindo a uma atividade ativa de leitura. O modelo bottom-up refere-se à leitura que parte do texto, decodificando-o das menores para as maiores unidades textuais, ou seja, é uma atividade mais passiva, mas fundamental para qualquer outra concepção de leitura.

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uma consciência de como o discurso figura dentro das prática sociais, uma consciência que qualquer conhecimento de uma esfera da vida social é constituído como um discurso entre uma variedade de discursos co-existentes e concebíveis, que discursos diferentes são associados com perspectivas diferentes na esfera em questão e interesses diferentes, uma consciência de como os discursos podem funcionam ideologicamente nas relações sociais de poder, e assim por diante. É na base dessas compreensões de como o discurso funciona dentro das práticas sociais que as pessoas podem questionar e ver além dos discursos existentes, ou relações de dominação e marginalização existentes entre os discursos (FAIRCLOUGH, 1999, p. 74 – 75).

A partir da consciência crítica da linguagem, será possível desvendar as ideologias predominantes nos discursos e facilitar o discurso emancipatório, podendo desafiar e transformar as práticas sociais dominantes e, até mesmo, auxiliar a luta dos grupos oprimidos contra os grupos dominantes (FAIRCLOUGH, 1989a).

Com isso, concordo com Fairclough (1989a, p. 238 – 239), quando o autor afirma que a educação

não é apenas passar coisas adiante (apesar de ser parcialmente isso); é desenvolver a consciência crítica da criança no seu ambiente e na sua auto-consciência crítica, e sua capacidade de contribuir para a configuração e a reconfiguração de seu mundo social.

Nessa concepção de educação linguística crítica, a leitura crítica é parte fundamental. A leitura crítica pressupõe uma atitude ativa em relação ao texto por parte do leitor, e não a aceitação passiva das informações expostas pelo texto. Essa atitude ativa do leitor retoma a visão interativa de leitura, pois espera que o leitor faça relações entre o que está lendo com

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representações contidas em sua memória, seu conhecimento de mundo (FAIRCLOUGH, 1989b; TOMITCH, 2000).

Tendo essa atitude ativa como ponto de princípio, a leitura crítica leva o leitor ao questionamento das informações textuais, o que torna possível a observação das convenções ideológicas e contestação das mesmas. Taglieber (2000, p. 16) apresenta características do conceito de leitura crítica, como

meio de compreender a história e cultura de uma pessoa na estrutura social atual [...] e de promover um ativismo em direção a uma participação igual em todas as decisões que afetam e controlam nossas vidas. Processo interativo que usa vários níveis de pensamento simultaneamente (análise, síntese e avaliação), estabelecendo padrões e julgando ideias contra os padrões para verificar sua razoabilidade.

Como já dito anteriormente em relação ao estudo crítico da linguagem, o reconhecimento e questionamento das convenções sociais, estabelecidas pelas ideologias dominantes e que se manifestam por meio da linguagem, levam à criação de consciência, empoderamento dos indivíduos em busca de sua emancipação, libertação das relações de poder existentes na sociedade (FAIRCLOUGH, 1989a; FAIRCLOUGH, 1989b; FIGUEIREDO, 2000).

Assim, por meio da leitura crítica, o leitor será equipado discursivamente para ser capaz de reconstruir os significados do texto, aceitando ou questionando, desafiando a ideologia presente no texto. Isso também pode ser realizado na leitura em língua estrangeira, já que o leitor também poderá se apoderar de conhecimentos de outras culturas, contribuindo para sua formação crítica (FIGUEIREDO, 2000). Dessa maneira, Wallace (1992, apud HEBERLE, 2000, p. 134) considera que o trabalho com a leitura em aulas de línguas estrangeiras pode

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ajudar os leitores em inglês como língua estrangeira a se sentirem mais confiantes em tomar posições mais assertivas contra o texto, encorajá-los a sentirem que eles têm opções na maneira em que eles escolhem ler os textos, e ajudá-los a se sentirem em uma relação mais igual com o escritor.

METODOLOGIA

Neste momento, eu tratarei dos encaminhamentos

metodológicos que nortearão os procedimentos desta pesquisa. Assim, discorrerei sobre a natureza da pesquisa, apresentarei a forma como a coleta de dados se realizará e o que orientará a posterior interpretação dos mesmos. Ainda, relatarei sobre as minhas preocupações éticas ao conduzir a pesquisa.

NATUREZA DA PESQUISA

Nesta pesquisa de cunho qualitativo, tomarei os postulados do pós-positivismo como enquadramento paradigmático. Paradigma é definido por Guba (1990, p. 17) como “um conjunto básico de crenças que guia a ação, seja ela da variedade do dia-a-dia ou a ação tomada conforme uma investigação disciplinada”. Dentro desse paradigma, defino as instâncias ontológica como crítico realista, a epistemológica como interpretativista e usarei os procedimentos metodológicos etnográficos.

Minha concepção ontológica é de que há uma realidade que só pode ser parcialmente ou imperfeitamente apreensível devido à dificuldade de sua compreensão total e da falta de meios para a realização dessa compreensão.

Para a instância epistemológica norteadora da pesquisa, seguirei as concepções do interpretavismo, uma vez que ele sugere a

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postura, para compreender uma ação humana, é preciso entendê-la conforme os significados que os atores (os praticantes da ação) atribuem a ela. Dessa forma, o observador adota uma atitude objetiva, pois deve relatar e compreender seu objeto de estudo da maneira como o observa, procurando se distanciar e não interferir na compreensão com suas crenças, teorias e preconceitos. Assim, é importante observar que o pesquisador vai a campo com o objetivo de aprender algo sobre seu objeto de estudo (os significados da ação humana) (SHWANDT, 2006).

Ainda relacionado ao interpretativismo, mais uma consideração é relevante: a de que as ações humanas ocorrem em um determinado espaço e tempo e esse contexto deve ser considerado pelo pesquisador ao formular sua descrição e interpretação do objeto de estudo. É por isso que o pesquisador deve considerar todo o contexto de realização da ação humana, mesmo quando seu objeto de estudo seja apenas um ponto específico de uma ação mais ampla (SHWANDT, 2006). Assim, ainda que a objetividade seja o ideal, não é possível considerar que o pesquisador seja completamente neutro em seu campo de pesquisa. Portanto, compreende-se que os resultados advirão da interação entre pesquisador e pesquisados.

Em relação à metodologia, essa pesquisa qualitativa será uma etnografia escolar. A etnografia propõe o estudo de uma cultura ou, nesse caso, de um grupo escolar no qual o pesquisador se incorpora na comunidade a ser observada a fim de relatar suas observações das ações desse grupo. Nesse sentido, a etnografia se coaduna com o interpretativismo, pois também pressupõe que o investigador se desligue de seus valores particulares e descreva as ações observadas de maneira objetiva, de acordo com as intenções e significados dos atores (VIDICH & LYMAN, 2006).

Apesar da busca pela objetividade no relato dos resultados, recorro neste momento à instância epistemológica já discutida sobre a

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dificuldade da manutenção da neutralidade por parte do pesquisador. Vidich e Lyman (2006, p. 51) retratam os pesquisadores etnógrafos como

observadores do mundo, eles também participam deste; suas observações, portanto, são feitas dentro de um esquema mediado, ou seja, um esquema de símbolos e significados culturais oferecidos a eles por aspectos de suas histórias de vida que eles trazem para o ambiente observacional.

Para conseguir compreender as ações dos participantes e significados das mesmas para eles, recorro à observação participante, uma vez que ela permite que o pesquisador possa coletar dados por meio de ações verbais ou não verbais, conseguindo discernir comportamentos importantes para o caso estudados daqueles que não o são e contribui para o ambiente da pesquisa seja mais natural, visto que a observação ocorre em um período mais longo do que outras pesquisas (COHEN, MANION & MORRISON, 2000a).

Com isso, apresento minha preocupação em manter-me distante de meus valores e teorias nos momentos de observação, relato e compreensão das ações por mim definidas como objeto de estudo, uma vez que minha busca é dos significados que os alunos dão às ações que realizam.

COLETA E ABORDAGEM ANALÍTICA DE DADOS

O contexto no qual a coleta de dados acontecerá é um curso de leitura em língua inglesa, conduzido de acordo com os pressupostos da leitura crítica, oferecido para alunos de Ensino Médio (1º a 3º ano) de uma escola pública de Londrina – PR. Pretendo realizar esse curso no contra-turno, para que não influencie no andamento das aulas regulares da escola e para que os alunos que participarem do curso o façam com liberdade de escolha e vontade de fazerem parte do projeto. O tempo estimado de duração do curso é de 45

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A coleta de dados ocorrerá de modo longitudinal, por meio das atividades aplicadas no início, durante e ao final do curso. Assim, minha intenção é observar a aprendizagem dos alunos durante as aulas. Essa observação também contribuirá para a coleta de dados, por meio das anotações feitas pela pesquisadora ao longo do curso, com o intuito de acrescentar aos dados ações, comportamentos e até mesmo falas dos alunos durante as aulas.

Além disso, os alunos responderão um questionário com perguntas abertas para refletirem sobre sua aprendizagem enquanto leitores. A escolha desse tipo de questionário se deve ao fato de que ele permite uma resposta livre e convida o participante a fazer comentários pessoais. Como afirmam Cohen, Manion e Morrison (2000b, p. 255), perguntas abertas “podem capturar a autenticidade, riqueza e profundidade da resposta”.

A respeito da apresentação dos resultados, a etnografia requer um relato rico dos acontecimentos como meio de demonstrar resultados. Ainda assim, uma seleção dos eventos relevantes para o caso que está sendo estudado é possível (COHEN; MANION; MORRISON, 2000a). Para isso, a abordagem analítica dos dados será indutivo-dedutiva. A abordagem indutiva me levará a observar os processos de leitura mais recorrentes que os alunos realizam ao fazer as atividades. A abordagem dedutiva acontecerá quando procurarei evidências no corpus para dar apoio às recorrências localizadas a partir da análise indutiva.

ÉTICA

As principais preocupações éticas nesta pesquisa concentram-se acerca da relação entre pesquisadora e participantes do estudo e a respeito da ética com a própria pesquisa, no que concerne a redação dos resultados obtidos.

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Entre as principais preocupações acerca da condução de pesquisas está a relação assimétrica pressuposta entre pesquisador e pesquisados. Apesar dessa preocupação, visto o contexto e a metodologia dessa pesquisa explicitados anteriormente, considero esse estudo como pesquisa ética (CAMERON et al., 1992). Essa classificação se deve à preocupação de que haja a aceitação dos participantes em fazer parte da pesquisa, além das considerações éticas de assegurar a privacidade dos participantes e a reflexão acerca dos inconvenientes que podem ser trazidos aos participantes pela pesquisa.

Não é apenas a interação com os participantes que demanda atenção, mas também a ética em relação ao conteúdo dos resultados que serão expostos. A interpretação dos dados coletados é uma tarefa que cabe exclusivamente ao pesquisador. Desse modo, é importante ter zelo com as escolhas do que o pesquisador relatará ou não, principalmente para não narrar apenas aspectos negativos (FINE et al., 2006).

Portanto, concluo que a ética neste estudo refere-se, principalmente, ao cuidado que a pesquisadora tomará com seus participantes, na busca de mantê-los tranquilos no decorrer das aulas e na interação com a pesquisadora, além de preservá-los de uma exposição desnecessária na apresentação dos resultados.

CONTRIBUIÇÕES ESPERADAS

Com essa pesquisa, espero contribuir para o entendimento do processo de leitura em língua inglesa, sendo esta realizada a partir das concepções de leitura crítica. Reforço que a busca desse entendimento advém de interesse pessoal, sem, no entanto, desconsiderar que os procedimentos usados e os possíveis resultados podem ser de alguma valia para o desenvolvimento de aulas de língua inglesa.

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Reitero a importância da língua inglesa para o desenvolvimento de cidadãos mais críticos e atuantes na sociedade, já que ela é a língua utilizada na grande maioria de atos comunicativos realizados por falantes ao redor do mundo. Assim, é necessário considerar o ensino de língua inglesa nas escolas públicas como parte imprescindível de uma formação crítica.

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