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TecnoAssist. Curso de Tecnologia Assistiva. Modalidade a distância

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Academic year: 2021

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Curso de Tecnologia Assistiva

Modalidade a distância

Formação Continuada de Professores em Educação Especial

Utilização, Operação e Aplicação Pedagógica de Softwares

de Tecnologia Assistiva

(4)

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, sob qualquer meio, especialmente em fotocópia (xerox), sem a permissão, por escrito do autor.

Editor: José Antônio Borges

Coordenação do Projeto TecnoAssist: Angélica Fonseca da Silva Dias e Maria Teresa Gouvêa Revisão: Ana Lúcia Faria da Costa Rodrigues

Projeto Gráfico e Diagramação: Juarez de F. Castro

Técnica e muita atenção foram empregadas na produção deste apostila. Porém, erros de digi-tação e/ou impressão podem ocorrer. Qualquer dúvida, inclusive de conceito, solicitamos enviar mensagem para angelica@nce.ufrj.br, para que nossa equipe, juntamente com o autor, possa esclarecer. O NCE/UFRJ não assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos ou perdas a pessoas ou bens, originados do uso deste livro.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

(5)

Introdução... 7

Unidade 1 Breves noções sobre o Sistema Braille ... 9

1.1 - Introdução ao Sistema Braille em 5 minutos ... 10

1.2 - Modos de produção de textos em Braille ... 14

1.2.1 - Reglete e Punção ... 14

1.2.2 - Máquinas Braille ... 15

1.2.3 - Impressoras Braille Computadorizadas ... 15

1.2.4 - Estereotipia (Matrizes) ... 16

1.3 - Documentos que normatizam o uso do Braille no Brasil .. 16

1.3.1 - Grafia Braille para a Língua Portuguesa ... 16

1.3.2 - Normas Técnicas para a produção de textos em Braille ... 16

1.3.3 - Grafia Braille para Informática ... 17

1.3.4 - Estenografia Braille para a língua portuguesa ... 17

1.3.5 - Código Matemático Unificado ... 17

1.4 - Revisão Braille ... 17

Desafio: traduza para tinta ...20

Unidade 2 Operação do Braille Fácil e configuração das impressoras Braille .. 19

2.1 - Introdução à transcrição Braille através do programa Braille Fácil ... 19

2.2 - Apresentação ... 19 2.3 - Interface ... 20 2.4 - Configurações ... 21 2.4.1 - Parâmetros do Programa ... 21 2.4.2 - Configuração da margem ... 23 2.4.3 - Fonte na tela ... 26

2.4.4 - Configuração da impressora Braille ... 26

2.4.5 - Configuração dos diretórios ... 27

2.4.6 - Configuração do dicionário ... 28

2.4.7 - Modo revisor ... 28

2.4.8 - 5 Linhas Braille ... 29

2.4.9 - Salvar/Carregar configurações ... 30

2.5 - Edição de textos e visualização Braille ... 30

2.6 - Visualização Braille ... 30

2.7 - Editando o texto ... 33

2.7.1 - Utilizando os comandos na edição ... 34

2.7.2 - Digitação Perkins ... 38

2.7.3 - Símbolos especiais ... 38

Unidade 3 Configuração das impressoras Braille ... 40

(6)

Unidade 4

Desenhos computadorizados em forma tátil: Programa MONET ... 44

4.1 - Conhecendo o programa ... 44

4.2 - Formato ... 45

4.3 - Aprendendo a usar o MONET ... 45

4.3.1 - Visualização ... 45

4.3.2 - Exportando para o Braille Fácil ... 63

Unidade 5 Adaptação de Livros Ilustrados e textos Matemáticos em Braille .. 65

5.1 - Adaptações de livros didáticos ... 65

5.1.1 - Análise do material ... 65

5.1.2 - Descrição de imagens (Fotos, figuras, mapas, etc.)... 66

5.1.3 - Histórias em quadrinhos ... 70

5.2 - Gráficos táteis feitos com a cela Braille ... 70

5.3 - Adaptação de textos matemáticos ... 75

5.3.1 - Textos matemáticos no Braille Fácil ... 76

5.3.2 - Representações gráficas da Matemática ... 79

(7)

Módulo 3

Introdução

Impressão Braille

Caro aluno (a)

Seja bem vindo ao Módulo 3 – Impressão Braille, cujo objetivo é contribuir para o aumento do número de pessoas habilita-das a realizar transcrição para o Sistema Braille, reforçando o compromisso da inclusão escolar como ferramenta de inclusão social das pessoas cegas usuárias do Sistema Braille.

O uso da escrita Braille está dentro do contexto da Lei 9.394/1996, que estabelece as diretrizes e bases da educa-ção nacional, onde a escola deve atender às necessidades de cada aluno. Porém, alguns alunos, historicamente, têm sido excluídos do processo educacional, pois a escola possui uma tendência homogeneizadora e seletiva em relação aos alunos que não se adaptam ao padrão. A Educação Inclusiva tem por objetivo romper essas barreiras e visa proporcionar uma edu-cação a todas essas pessoas, jovens e adultos portadores de deficiência, que estão afastadas do processo educacional. Neste sentido o Módulo 3 – Impressão Braille pretende in-troduzir os profissionais da Educação no universo do Sistema Braille, assim como as técnicas de transcrição e impressão de textos para, cada vez mais, oferecer ao aluno deficiente visual a oportunidade do contato com a leitura e a escrita, fortale-cendo os processos de ensino-aprendizagem.

Um bom curso a todos!

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Reconhecer a aplicação básica da escrita Braille na grafia da Língua Portuguesa.

- Reconhecer as diferentes modalidades de produção de textos em Braille

- Introdução aos documentos que normatizam o Braille no Brasil

- Operar o programa Braille Fácil em suas funções básicas como

• Configurações • Edição/visualização • Impressão

- Processar textos matemáticos

(8)

Este módulo está organizado em unidades, nas quais foi abor-dado o seguinte conteúdo:

Unidade 1. Breves noções sobre o Sistema Braille

Nesta primeira unidade, conheceremos o sistema de leitura e escrita Braille. Observaremos a concepção, a estrutura da cé-lula, o alfabeto e as representações numéricas. Conheceremos também as diferentes maneiras de impressão Braille assim como os documentos oficiais que normatizam o uso do Braille no Brasil.

Unidade 2. Operação do Braille Fácil

A unidade em questão aborda a transcrição de textos para o Sistema Braille com o programa Braille Fácil. Conheceremos a interface do programa, suas principais funcionalidades, a apli-cabilidade dos comandos e as outas configurações de modo geral.

Unidade 3. Configuração das impressoras Braille

Esta unidade nos apresenta ao funcionamento das impresso-ras Braille. Aprenderemos as configurações básicas no Braille Fácil, a instalação dos drivers e observaremos a descrição de alguns modelos que existem no mercado.

Unidade 4. Desenhos computadorizados em forma tátil: Pro-grama MONET

A abordagem desta unidade se concentra na elaboração de gráficos táteis com a utilização do programa MONET. Vere-mos como capturar imagens para em seguida transformá-las em relevo, desenhar formas geométricas e à mão livre, gerar efeitos de preenchimento com diferentes texturas e, por fim, observar como o programa pode gerar gráficos de barra e de funções automaticamente.

Unidade 5. Adaptação de Livros Ilustrados e textos

Matemá-ticos em Braille

Finalizando o estudo do nosso módulo, veremos algumas su-gestões de adaptações para os livros ilustrados. Observare-mos exemplos de tabelas, gráficos, esquemas, figuras adap-tadas e outras situações que podemos adaptar para o sistema Braille. Conheceremos, também, um pouco das possibilidades de transcrição de conteúdos da Matemática para o Sistema Braille. Como transcrever esses textos? Que metodologia usar?

(9)

Unidade

1

Breves noções sobre o Sistema Braille

Nesta primeira unidade, conheceremos o sistema de leitura e escrita Braille. Observaremos a concepção, a estrutura da célula, o alfabeto e as representações numéricas. Conheceremos também as diferen-tes maneiras de impressão Braille, assim como os documentos ofi-ciais que normatizam o uso do Braille no Brasil.

O Sistema Braille é o sistema de leitura e escrita tátil utilizado pelas pessoas cegas. É formado pela combinação entre seis (6) pontos, formando assim os 64 símbolos (inclui-se aqui o espaço vazio) com os quais podemos representar todo o alfabeto (maiúsculo e minús-culo), numerais, sinais de pontuação, códigos de matemática, quí-mica, musicografia, entre outros.

1 - Leitura de um impresso em Braille. Você sabia?

O Sistema Braille é um código universal de leitura tátil e de escrita, usado por pessoas cegas. Foi desenvolvido na França por Louis Braille, um jovem cego, a partir do sistema de leitu-ra no escuro, paleitu-ra uso militar, de Charles Barbier. O Sistema é utilizando na literatura nos diversos idiomas, na simbologia matemática e científica, na música e mesmo informática. A partir da invenção do sistema em 1825, seu autor desenvolveu estudos que resultaram em 1837 na proposta que definiu a es-trutura básica do sistema, ainda hoje utilizada mundialmente. Por sua eficiência e vasta aplicabilidade, o sistema se impôs como o melhor meio de leitura e de escrita para as pessoas

(10)

Para que você consiga ler corretamente este texto é obriga-tório que você tenha instalado no seu computador a fonte

SimBraille.

Será que está instalada?

Olhe para a linha abaixo: ela aparece como pontinhos ou pare-ce ser apenas a representação das letras “abcde” em tamanho grande?

ABCDE

Se não aparecerem pontinhos acima, está tudo errado! Insta-le a fonte acima, e veja os pontinhos aparecerem.

A fonte SimBraille é instalada automaticamente quando você instala o programa Braille Fácil. Você também pode pegar esta fonte na Internet no site:

https://code.google.com/p/braille-font/downloads/detail?na-me=SimBraille.ttf

1.1 Introdução ao Braille em 5 minutos

Braille é um sistema de transcrição de impressão que pode ser lido por toque. Nele, os caracteres são representados por conjuntos de seis pontos, numa matriz de 3 linhas e duas colunas, que são co-nhecidos como células (muita gente no Brasil chama de celas, que é uma corruptela do inglês “cell”).

Para identificar os pontos dentro da célula usam-se números de 1 a 6, como na figura 1.1:

Figura 1.1 Numeração dos Pontos Braille

Com 6 pontos é possível representar 63 arranjos, sem contar com o espaço, o que é suficiente para o alfabeto e para muitos caracteres mais.

Neste texto, para ficar mais fácil de ler, usaremos nas letras em Braille sempre 6 pontinhos alguns bem pretinhos e outros bem pe-queninos, por exemplo:

sim

(11)

que representa a palavra “sim”. Em particular, as letras, quando necessário, serão referidas por seus pontos, por exemplo, o “s” da palavra “sim” algumas vezes será referenciado como 2-3-4, que são os pontos marcados.

Nota: a maioria dos cursos convencionais sobre a técnica Brail-le de escrita ensina alguns nomes específicos para indicar cer-tos conjuncer-tos de poncer-tos da célula. Localize na figura 1.2 a coluna da esquerda (pontos 1, 2, 3) e da direita (pontos 4, 5, 6) os pontos superiores (1, 2, 4, 5) e os pontos inferiores (2, 3, 5, 6). Na prática, entretanto, estas classificações têm pouca importância a não ser de caráter teórico.

Figura 1.2 Classificação muito usada para os pontos braille

O Braille é geralmente escrito em papel, mas pode também ser es-crito em tecido, plástico, etc. Existem várias máquinas dedicadas a produzir Braille, desde impressoras manuais ou computadorizadas ou mesmo painéis em que as letras se modificam dinamicamente através de pontinhos de plástico que sobem e descem, controlados por computador.

As 63 possibilidades de combinações de pontinhos foram organiza-das por Louis Braille há mais de 150 anos, que os associou a dois tipos de informação:

• letras alfabéticas • notas musicais

É interessante pensar nisso: Braille era cego e um grande músico (ganhava a vida como professor, mas também era um famoso con-certista de órgão nas igrejas de Paris). Outra coisa interessante é que as mesmas combinações de pontos podem representar coisas diferentes, dependendo do contexto, por exemplo: d representa a letra d em textos, ou a nota dó colcheia em música. Em japonês,

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a) Ele usou os 4 pontos superiores para as letras de a até j, elimi-nando algumas combinações que seriam difíceis de identificar, sendo cego. Por exemplo, ele usou apenas o pontinho 1 para representar a letra a, mas deixou de lado a possibilidade de usar só o pontinho 2 ou só o 4 ou só o 5, pois o leitor se con-fundiria. Veja as escolhas de Braille:

A B C D E f g h i j

a b c d e f g h i j

Quer decorar? Pegue um papel e saia escrevendo pelo menos 20 palavras de até quatro letras, em Braille (limitando-se a usar palavras contendo letras de a até j). No guia deste curso você pode encontrar uma folhinha própria para exercitar as letras Braille.

b) Todas as letras até agora não usaram a linha inferior (ou seja, os pontos 3 e 6). Então Braille usou a mesma sequência de pontos agregado a um pontinho para as próximas 10 letras:

K l m

n o p

q

r

s

t

k l m n o p q r s t

em seguida, usou dois pontinhos embaixo para as letras restantes.

U v x y z

u v x y z

Sentiu falta do W? Braille não usou esta letra, que naquela época não existia em Francês. Essa letra depois foi agregada, usando a codificação

w

Está ficando difícil de decorar? Claro que não, exige um pouco de paciência, mas com certeza em menos de 2 horas você sabe TUDINHO de cor! Se você tem crianças em casa, ensine a eles, e sinta-se humilhado por que, em menos de 15 minutos, já aprenderam tudo muito melhor que você.

Ensine-as e depois peça a suas crianças para traduzirem o texto a seguir:

A fACA AfiADA CortA os ABACAtEs

Nós defendemos fortemente que o ensino do Alfabeto Braille seja compulsório para todas as crianças. Afinal, é um código matematicamente muito bem bolado, e enseja inúmeros exer-cíciosmentais para as crianças, além, obviamente, de ser um instrumento de integração social!

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c) Mas e as outras letras?

Bem, ele usou uma lógica não tão óbvia assim, mas saiba que é possível representar qualquer caracter em Braille, sendo que em alguns casos, há macetes muito interessantes!

• Números: escreva como se fossem letras. 1 se escreve a, 2 se escreve b, 3 é o c, e assim por diante sendo que o zero se es-creve como j... . Para diferenciar, números de palavras, prece-da o número pelos pontos 3-4-5-6 (

#

), por exemplo, o número

125 se escreve algo parecido com #abe, ou seja:

#ABE

• Indicar maiúsculas também é simples: basta usar os pontos 4 e 6 antes da palavra, por exemplo :

.ABADE

para representar

a palavra Abade. Duas vezes este símbolo indica uma palavra em caixa alta:

..ABADE

para representar a palavra ABADE.

• Às vezes são usados caracteres com duas celas, para aumentar a quantidade de símbolos disponíveis no código. Isso só ocorre em símbolos não alfanuméricos.

d) Acentos?

Bem... Acentos não seguem uma regra tão simples: as letras mais acentos são representados por códigos especiais. Pior que isso, dependendo da Língua, são diferentes. Veja na tabela 1 abaixo a relação completa de letras, inclusive, os acentos, na codificação usada por padrão no Brasil.

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Um equívoco comum!

Se você abrir o Bloco de Notas do Windows ou o Microsoft Word e selecionar a fonte Braille Kiama ou SimBraille terá a impressão que é facílimo digitar Braille. LEDO ENGANO! Ten-te baTen-ter uma letra maiúscula, um número ou um acento: sai tudo errado. Use sempre o Braille Fácil para transcrever tex-tos para Braille.

e) O Braille americano

Muitas coisas marcadas vêm para o Brasil a partir do exterior, e nós estranhamos porque o Braille às vezes parece estar escrito errado. Não é isso não: é que alguns códigos nos Estados Uni-dos são diferentes.

a. Maiúsculas. As maiúsculas não são precedidas por 4-6, mas apenas por 6.

,ABACAtE

em vez de .ABACAtE

b. Números também começam por 3-4-5-6, mas as letras

pos-teriores são rebaixadas.

#123

em vez de

#ABC

1.2 Modos de produção de textos em Braille

O acesso à informação em Braille tem evoluído consideravelmente nos últimos anos. Braille agora pode ser traduzido e formatado com um computador. Caracteres em Braille também podem ser inseridos diretamente em um computador usando seis teclas do teclado nos programas voltados para uso por cegos, como o DOSVOX, onde basta usar as teclas control-alt-F9 para passar a digitar em Braille, com as teclas FDS JKL. Além disso, o texto que é inserido em um computador por meio de digitalização ou digitação pode ser tradu-zido de forma muito fácil para Braille, usando um software especial como o Braille Fácil!

Existem diferentes maneiras de se produzir textos em Braille. Há mé-todos manuais, automatizados e mecânicos. Veja alguns exemplos:

1.2.1 Reglete e Punção

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Sua funcionalidade assemelha-se ao lápis e o caderno. Além de seu baixo custo (geralmente feito de plástico ou alumínio), a sua pra-ticidade também é peculiar. Geralmente, alunos em sala de aula, pessoas videntes e reabilitandos que estão aprendendo o Braille, são as que mais a utilizam.

O material consiste em uma estrutura para prender o papel, outra estrutura que serve de guia (possui espaços que simulam as celas Braille). A furação é feita pelo punção no sentido oposto (espelha-do). Quando o papel for retirado, os pontos poderão ser lidos.

1.2.2 Máquinas Braille

3 - Máquina Perkins.

As máquinas Braille (Perkins ou tetra point) assemelham-se a uma máquina de escrever comum, pois possuem teclas para a digitação. Porém no lugar das teclas com letras, números e etc., existem 6 teclas que representam os pontos da cela Braille e uma tecla de es-paço. A máquina Braille possui uma dinâmica diferente, permitindo que alguns textos possam ser transcritos com certa facilidade. O único revés é impossibilidade de impressão nas duas faces do papel.

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1.2.4 Estereotipia (Matrizes)

Neste caso, a impressora produz uma matriz (clichê) para ser utili-zada na reprodução mecânica. Uma vez que o material é transcrito e impresso na matriz, a mesma é levada à impressora mecânica que a reproduz no papel.

Geralmente esta modalidade é usada em grandes polos de impres-são Braille, especificamente na produção de material para distribui-ção em grande escala.

Existem tipos variados de impressoras matriciais, algumas com digi-tação perkins e outras eletrônicas, conectadas ao computador.

1.3 Documentos que normatizam o uso do Braille no Brasil

Como no sistema de escrita comum, o Sistema Braille possui uma regulamentação e uma série de particularidades que foram adapta-das a cada língua em que se aplica. Em se tratando de Braille, exis-tem documentos que norteiam a transcrição e produção de textos e outros recursos. Esse material de consulta é imprescindível para acompanhar tanto revisor, quanto o transcritor e adaptador no pro-cesso de editoração. Vejamos os mais importantes:

1.3.1 Grafia Braille para a Língua Portuguesa

Este documento de consulta é destinado especialmente a professo-res, transcritoprofesso-res, revisores e usuários do Sistema Braille. Propõe diretrizes, normas e regulamentações para a unificação do sistema Braille com países de língua portuguesa e espanhola em todas as modalidades.

1.3.2 Normas Técnicas para a produção de textos em Braille

Este livro apresenta informações básicas e necessárias sobre as di-ferentes etapas do processo de transcrição de textos para o Braille, auxiliando a confecção de publicações em Braille, de forma a ga-rantir aos alunos e às pessoas cegas o acesso às mesmas informa-ções e experiências que os textos em tinta transmitem às demais pessoas. Este documento foi elaborado pela Comissão Brasileira do Braille – CBB.

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1.3.3 Grafia Braille para Informática

Instrumento Braillográfico de referência para a informática. Trata-se de um documento essencial para auxiliar na leitura e interpretação das publicações da área de Informática, destinado a professores, transcritores, revisores e usuários do Sistema Braille.

1.3.4 Estenografia Braille para a língua portuguesa

A Estenografia Braille para a Língua Portuguesa foi elaborada com base na Grafia Braille da Língua Portuguesa publicada pela Comis-são de Braille de Portugal. O documento comporta duas grandes es-truturas: a das abreviaturas e a da estenografia propriamente dita. A intenção é contribuir com os Sistemas de Ensino e com as pessoas cegas brasileiras, que poderão contar com mais uma alternativa de uso do Sistema Braille.

1.3.5 Código Matemático Unificado

É um instrumento de consulta para produção de conteúdo de Ma-temática, tais como numerais romanos, conjuntos, frações, setas, entre outros, além dos sinais exclusivos do Sistema Braille.

1.4 Revisão Braille

A transcrição automática é um grande avanço na produção de Braille. Mas nenhum programa é perfeito: quando o material trans-crito automaticamente é algo mais sério, deve ser sempre ser veri-ficado por um Revisor Braille qualiveri-ficado.

A produção perfeita de Braille, especialmente o Braille que não é literário (por exemplo, de textos matemáticos, musicais, física, quí-mica, etc) é uma habilidade que exige treinamento, curiosidade in-telectual, paciência e meticulosidade, e infelizmente, no Brasil, só se encontram pessoas com estas habilidades nos grandes centros de produção Braille.

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..Dosvox

.Dosvox = sin?nimo DE sol

.trAzEnDo novA E fEliz AlvorADA1 .fAzEnDo toDA A tErrA ilUminADA1 .gErAnDo viDA Com lUz E CAlor6

.Dosvox = sin?nimo DE ChUvA .ABEn&oADA A fECUnDAr A tErrA1 .DistriBUinDo A viDA qUE EnCErrA .Em CADA pingo Do sEU grAnDE Amor6

.Dosvox = o sABEr mUDAnDo A hist+- riA6 .= o ClAr>o Bonito DA vit+riA

.qUE A novA rEAliDADE nos ConDUz'

.Dosvox1 CAUsA DE orgUlho prA n+s1 .= iDEAl ConCrEtizADo Em voz1

.porqUE = voz qUE trAnsformoU-sE Em lUz'

.Ary .roDrigUEs DA .silvA <#BE-#Aj-#Bjji>

Desafio: traduza para tinta

Comece anotando as vogais

A E i o U

depois as letras de a-j, as letras restantes, as vírgulas e pontos, e finalmente as indicações de maiús-culas e os números.

(19)

Unidade

2

Operação do Braille Fácil e configuração das impressoras Braille

A unidade em questão aborda a transcrição de textos para o Siste-ma Braille com o prograSiste-ma Braille Fácil. Conheceremos a interface do programa, suas principais funcionalidades, a aplicabilidade dos comandos e as outas configurações de modo geral. Esta unidade também nos apresenta ao funcionamento das impressoras Braille. Aprenderemos as configurações básicas no Braille Fácil, a instala-ção dos drivers e observaremos a descriinstala-ção de alguns modelos que existem no mercado.

2.1 Introdução a transcrição Braille através do programa Braille Fácil

O programa Braille Fácil (http://intervox.nce.ufrj.br/brfacil/) é um editor de textos para a transcrição e impressão em Braille. Nele, editaremos os textos de acordo com a formatação a fim de obter uma impressão legível e bem organizada. A interface do programa é relativamente simples e não difere de um editor de textos comum, o diferencial é a visualização da impressão em Braille.

2.2 Apresentação

O programa foi desenvolvido no Brasil pelo Professor Antônio Bor-ges juntamente com o corpo de funcionários da Imprensa Brail-le do Instituto Benjamin Constant, aliando recursos tecnológicos e experiência profissional na área de transcrição Braille. O resultado foi uma ferramenta definitiva de transcrição em pequena, média e

(20)

Eles nos são úteis também na aplicação das grafias e das normas técnicas em nossos textos, na elaboração de capas de livros, cabe-çalhos, índices e sumários, etc.

Também podemos elaborar tabelas, alguns tipos de gráficos, qua-dros e algumas figuras, mas vamos nos atentar para o básico, por enquanto.

2.3 Interface

A interface do programa é relativamente simples, proporcionando ao transcritor maior facilidade na elaboração do trabalho. Algumas das principais funções são muito acessíveis devido a barra de ata-lhos que o programa possui.

Menu – Aqui estão todas as opções de edição, configuração e im-pressão do programa;

Barra de atalhos – Aqui estão os atalhos dos principais recursos do programa;

São eles (da direita para a esquerda): Arquivo novo

1. Abrir 2. Salvar 3. Imprimir (Braille) 4. Visualizar (Braille) 5. Cortar seleção 6. Copiar seleção 7. Colar 8. Fonte na tela 9. 1 ou 5 linhas Braille 10. Quebra de página 11. Negrito/sublinhado 12. Recuo de 2

13. Inibe ajuste de trecho 14. Pedir ajuda 15. Página em tinha 16. Centralizado 17. Anotações 18. Símbolos especiais 19. Digitação Perkins 20. Verificação ortográfica 21. Sair

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• Texto – Display do texto em edição

• Linha de visualização Braille – Oferece ao transcritor a visualização Braille da linha do texto em edição.

2.4 Configurações

Antes de começarmos a utilizar o programa para transcrever, deve-mos configurá-lo corretamente. Para tal, devedeve-mos acessar o menu “configurar” conforme figura abaixo:

(22)

• Numeração de páginas: Localização da numeração da página em Braille. O padrão (à direita, nas páginas ímpares) é o utilizado pelo Instituto Benjamin Constant;

• Local do cabeçalho: Frente (páginas ímpares), Ambos os lados (páginas impares e pares);

• Afastamento: Quantidade de celas (espaços) a se distanciar da margem;

• Codificação: Braille Antigo (grafia utilizada antes de 2002) e Braille Unificado (após a unificação da grafia Braille em 2002);

• Ajustes no texto:

- Auto-formata: Formata automaticamente o texto digitado (posi-ciona parágrafos, margem e centralização);

- Interponto: Impressão dos dois lados do papel;

- Separa-sílabas: Separa as sílabas das palavras automaticamen-te quando há a translineação das mesmas;

- Texto estrangeiro: Quando selecionado, altera a grafia padrão para a grafia estrangeira de Braille;

- Cabeçalho estrangeiro: Quando selecionado, altera o cabeçalho padrão para o cabeçalho nos moldes das grafias estrangeiras de Braille;

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• Cabeçalho (aba): Numeração Braille, numeração correspondente em tinta (inserida manualmente), eliminação de linhas brancas entre o cabeçalho e o texto;

• Tratamento gráfico: Sem gráficos, com gráficos (somente as pági-nas que possuam gráficos serão impressas sem interponto), tudo em modo gráfico (sem interponto em nenhuma página) e repassar gráficos para tratamento posterior (impressoras matriciais PUMA VII);

• Área de impressão: Linhas X Colunas (28 X34 é o padrão do Ins-tituto Benjamin Constant).

Após configurar o Braille fácil, podemos salvar um novo padrão sele-cionando “Torna isso padrão”. Se quisermos estabelecer os parâme-tros apenas para o trabalho atual, somente selecione “OK”.

2.4.2 Configuração da margem

É possível configurar a margem do texto que se apresenta na tela. Podemos customizar a quebra da coluna, indicando-a conforme fi-gura abaixo:

ATENÇÃO! Quando selecionados apenas para o trabalho atual, ao

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• Quebra automática: Ao selecionar esta opção, o programa fará a quebra automaticamente;

• Coluna máxima: Aqui, o usuário indica em qual coluna o programa fará a quebra;

• Cancelar: Abandona as modificações;

• OK: Salva as configurações para o documento atual;

• Tornar isso padrão: Salva a configuração selecionada como novo padrão.

Acompanhe um exemplo de configuração de margem: Figura 1 – Texto sem quebra de margem:

As linhas grandes transpassam a apresentação da tela, impossibili-tando o transcritor de visualizar seu final.

Figura 2 – Ajustando a margem:

Ajustamos a quebra automática da margem para a 40ª coluna.

ATENÇÃO! Quando selecionados apenas para o trabalho atual, ao

(25)

Figura 3 – Resultado:

Nesta figura podemos observar que parte do texto Já está com a quebra da margem executada. A modificação se aplica à medida que o texto na tela é editado.

Caso o transcritor opte por quebrar todas as margens nas linhas grandes de uma só vez, o procedimento é esse:

• Selecionar no menu “editar” a opção “dividir linhas grandes”;

• Após a seleção, aparecerá uma mensagem questionando se o transcritor já salvou o documento por segurança (é recomendado salvar);

(26)

O texto inteiro tem suas linhas grandes divididas.

2.4.3 Fonte na tela

Permite configuramos a fonte que se apresenta na tela. É muito útil também para quem tem dificuldade para enxergar ou tem baixa visão.

2.4.4 Configuração da impressora Braille

Aqui, configuraremos nossa impressora (ela já deve estar instalada no sistema e configurada como impressora padrão).

ATENÇÃO! As configurações de margem apenas têm efeito na

apre-sentação do texto no momento da edição, não tendo nenhum efeito no Braille que será impresso. Essa opção existe para que o transcri-tor possa adequar a visualização na tela do computador.

(27)

Observe as abas de configuração:

• Modelo da impressora: Selecione o modelo da impressora instalada; • Impressão frente e verso (Interponto);

• Altura (polegadas): Altura da folha de papel utilizada;

• Linhas: Quantidade máxima de linhas a serem impressas por folha; • Colunas: Quantidade máxima de colunas a serem impressas por

folha;

• Conexão física: Selecione a conexão com a impressora (padrão PRN);

• Nome do arquivo: Quando o transcritor deseja salvar sua impres-são em um arquivo (.brl);

Envia também linhas vazias: Envia as linhas em branco para a im-pressão.

A opção “Programe!” está desativada.

2.4.5 Configuração dos diretórios

(28)

fun-ATENÇÃO! Modificar esses parâmetros pode acarretar mau

funcio-namento do programa!

2.4.6 Configuração do dicionário

Assim como nos diretórios, podemos alterar os caminhos do dicio-nário, podendo substituí-los se necessário. Essas configurações per-manecem inalteradas, sendo apenas de uso de usuários avançados.

ATENÇÃO! Modificar esses parâmetros pode acarretar mal

funcio-namento do programa!

2.4.7 Modo revisor

Configuração destinada aos revisores Braille. Visando a economia de papel, quando dispondo de tecnologia assistiva (leitores de tela, linhas Braille), é possível revisar o conteúdo do texto selecionado no modo revisor.

Quando o programa funciona neste modo, a tela fica com o fundo na cor vermelha e o texto não pode ser editado. O revisor pode inserir notas de revisão (F8) que não serão impressas caso o transcritor mande o trabalho para impressão e, posteriormente, acessar a lista com todas as notas do documento (F6) . Observe na imagem, o programa funcionando em modo revisor.

(29)

MÓDULO 3 - Impressão Braille

2.4.8 5 Linhas Braille

Aumenta a pré-visualização de 1 para 5 linhas Braille. Observe as imagens a seguir:

Figura 1 – 1 linha Braille (cor verde): a que está sendo editada.

Figura 2 – 5 linhas Braille (cor verde): a linha que está sendo

(30)

2.4.9 Salvar/Carregar configurações

O usuário pode salvar suas configurações em um arquivo *.ini com o objetivo de carrega-las futuramente. Um bom exemplo é de casos onde o transcritor utiliza diversos computadores para trabalhar.

2.5 Edição de textos e visualização Braille

Para formatar um texto corretamente, de acordo com as peculiari-dades da leitura tátil, alguns ajustes, através de comandos, deverão ser feitos. Estes comandos podem modificar a formatação, posicio-namento, grafia utilizada, recuo, entre outros. Algumas formatações são automáticas (ver item 4.3.1) dispensando o uso de comandos específicos, são elas:

• Margem – para posicionar o texto na margem (Braille), ele deve se distanciar apenas um espaço da margem esquerda (texto);

• Parágrafos -- para posicionar o texto no parágrafo deveremos, além da tabulação padrão (TAB), deixar entre dois e nove espaços; • Centralizar – para o texto centralizar corretamente, deveremos

deixá-lo no décimo espaço.

ATENÇÃO! Algumas situações específicas como, por exemplo,

tex-tos matemáticos, poesias, fórmulas químicas, etc. podem requerer a inibição da formatação automática.

2.6 Visualização Braille

A principal ferramenta que o programa oferece para a transcrição é a visualização Braille do texto editado na tela. Esse recurso permite ao transcritor visualizar a formatação da impressão dos caracteres em Braille a ser realizada a fim de verificar erros na translineação, nas quebras de páginas, na formatação e em outros aspectos rele-vantes do trabalho.

O acesso à visualização pode ser acionado pelas teclas de atalho alt+v, o ícone ou através do acesso na barra de tarefas “Visualizar”. No canto superior direito está indicado a página e a linha seleciona-das. A linha pontilhada indica a quebra de página.

(31)

A visualização Braille possui um menu com ferramentas que auxi-liam no trabalho de transcrição. O menu é composto das seguintes ferramentas:

• Braille – Ferramenta padrão que nos permite a visualização da impressão Braille na tela;

• Gráfico – Uma janela extra aparecerá com a visualização do Brail-le com os gráficos inseridos na página (quando houver);

• Tinta – Ao selecionar esta opção, no local dos caracteres em Brail-le, aparecerá os caracteres em tinta (linguagem da impressora) ;

(32)

• Tamanho (normal e pequeno) – Podemos alterar o tamanho da visualização do Braille na tela;

• Fonte – Permite alterar a fonte da visualização Braille (padrão Braille Kiama);

• Conferir – Selecionando esta opção, aparecerá uma janela com o texto contido na linha selecionada, em Braille, revertido e em co-dificação da impressora;

• Ir ao original – Leva automaticamente para a linha que está sendo editada, no texto original;

• Localizar página – Localiza as páginas na visualização, podendo retroceder, avançar ou ainda indicar qual página deverá ser visua-lizada;

ATENÇÃO! Atente para o fato de que a numeração é da página

físi-ca, considerando capa, contracapa e outras páginas que podem não ser numeradas.

(33)

• Anotação – Esta função é voltada para a visualização em modo revisor. Nela o revisor pode inserir notas para o transcritor.

2.7 Editando o texto

O menu “Editar” (imagem acima) mostra algumas opções de edição que podemos utilizar na concepção de nosso texto. Algumas das op-ções são bastante comuns entre editores de texto comuns e outras específicas do Braille Fácil.

• Desfazer – Desfaz a última ação;

• Recortar – Remove o trecho selecionado, salvando seu conteúdo na área de transferência;

• Copiar – Copia o texto selecionado para a área de transferência • Copiar em Meta-braille -- copia o trecho selecionado para a área de

transferência, fazendo antes uma pré-conversão para Meta-Brail-le, codificação usada pelo processo de transcrição do programa. Desse jeito, o transcritor poderá saber o número exato de letras

(34)

• Dividir linhas grandes – Realiza quebra de linha em todo o docu-mento;

• Não ajustar este trecho – Inibe a auto-formatação no trecho sele-cionado, quando selecionada nas configurações;

• Recuo de 2 – Posiciona o trecho selecionado dentro de um recuo de 2 celas a partir da margem esquerda;

• Centrar linhas – Centraliza o texto selecionado (outra maneira de centralização é posicionando o texto a partir da 11ª cela).

2.7.1 Utilizando os comandos na edição

Os comandos podem ser digitados manualmente, devendo ser co-locados sempre dentro de < >. Alguns deles, os mais usados, pos-suem atalhos e teclas-atalho, como mostra a figura abaixo.

Os comandos que não estão presentes nas teclas de atalho devem ser digitados entre < > na margem esquerda do documento.

ATENÇÃO! Quando não posicionados corretamente, os comandos

não surtirão efeito e seu conteúdo aparecerá no documento. Os principais comandos são:

<p>

Quebra de página – Insere uma quebra de página no texto; Texto:

(35)

Braille:

<F->

Inibe ajuste de formatação automático – Após a inserção do coman-do, o trecho selecionado não mais é submetido a ajuste automático; <F+>

Retoma ajuste de formatação automático – Inserindo este comando após o trecho selecionado, o ajuste automático é retomado;

(36)

Braille:

<R+>

Recuo de 2 celas – Inicia o trecho com recuo de 2 celas a partir da margem esquerda;

<R->

Fim do recuo de 2 celas – Finaliza o trecho com recuo de 2 celas; Texto:

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<T cabeçalho>

Nomear cabeçalho – Insere o nome do trabalho em todas as páginas numeradas;

<T+n>

Numeração em Braille – Quando “n” se refere a numeração inicial; <n>

Numeração do original – Pode-se colocar a referência da página do original na publicação em Braille. O “n” equivale ao numero de pá-gina do orpá-ginal.

Texto:

Braille:

(38)

2.7.2 Digitação Perkins

Este método de entrada de texto permite ao transcritor a edição simulada de uma máquina Braille.

Para selecionar este modo, o transcritor deve ir ao menu>utilitá-rios>digitação Perkins (F11) ou no ícone

Uma janela ira surgir, indicando os pontos da digitação, conforme figura:

No processo, somente as teclas citadas na imagem funcionarão, assim com o espaço, a tecla “enter” (mudar de linha) e a tecla “ba-ckspace” (apagar).

2.7.3 Símbolos especiais

Este utilitário permite que o transcritor insira alguns símbolos au-tomaticamente no texto. Ele consiste de uma série de atalhos que, uma vez selecionados, inserem o símbolo correspondente na locali-zação do cursor, como mostra a imagem a seguir.

Acompanhe o exemplo:

1 – Posicionar o símbolo de “multiplicação” que está faltando na expressão;

(39)
(40)

Unidade

3

Configuração das impressoras Braille

Esta unidade nos apresenta ao funcionamento das impressoras Braille. Aprenderemos as configurações básicas no Braille Fácil, a instalação dos drivers e observaremos a descrição de alguns mode-los que existem no mercado.

3.1 Conhecendo as impressoras

As impressoras Braille têm suas características básicas muito se-melhantes as de uma impressora comum: ligam-se ao computador através de ligação física (Porta LPT ou USB) ou por rede; imprimem conteúdo do programa editor de texto ou de imagens; podem ser alimentadas por folhas soltas e/ou formulários contínuos; etc. O grande diferencial é a capacidade da impressora de perfurar o papel (de um ou ambos os lados) para que a pessoa com deficiência visual possa ler o conteúdo da impressão.

Infelizmente, esse tipo de impressora (Braille) ainda não é fabricada do Brasil, o que nos leva a um desencadeamento de vários fatores: elevado custo; manutenção igualmente cara; falta de uma assistên-cia técnica adequada e atuante; dificuldade de obtenção de drivers e manuais de instalação entre outros problemas. Para ofuscar um pouco este problema, a seguir, observaremos como configurar es-tas impressoras corretamente e também como utilizá-las através do Braille Fácil.

3.1.1 Configuração das impressoras Index®

As impressoras da marca Index® (Basic D e Everest) são muito populares nas escolas e CAPs por serem adquiridas com recursos do FNDE para a transcrição de livros no atendimento do PNBE e PNLD. São muito velozes e, nas versões mais modernas, funcionam até mesmo em rede. Seu manuseio é simples e sua manutenção pre-ventiva, limpeza e configuração física relativamente fáceis de serem executados.

Observemos então, a seguir, vídeos com a instalação e configuração das impressoras Index®:

https://www.youtube.com/watch?v=19Jia-SM8KI https://www.youtube.com/watch?v=dyBMFMkRVjE

3.1.2 Configuração das impressoras Enabling®

As impressoras da marca Enabling® (Juliet Pro) também são co-muns, apesar de serem mais antigas e utilizarem tecnologia anti-quada. A maioria destas impressoras em uso no Brasil são da década de 1990 e estão em escolas e centros de impressão mais tradicio-nais. Apesar destes aspectos iniciais, elas são muito confiáveis e robustas, dado este observado na prevalência destes equipamentos durante um longo período de tempo.

(41)

Vejamos um vídeo com as particularidades desta impressora:

http://www.youtube.com/watch?v=HsZAaFN26wM

Agora, um vídeo com a configuração do Braille Fácil:

http://www.youtube.com/watch?v=8zNzdZ8GZEg&

3.2 Impressão através do Braille Fácil

O Braille Fácil permite uma impressão Braille computadorizada do documento atual, desde que a impressora esteja devidamente ins-talada e configurada.

O transcritor também pode reimprimir trabalhos antigos, material de revisão, trabalhos de terceiros e etc. Para tal, é recomendado que seja efetuada uma minuciosa verificação da formatação em que foi feito este trabalho, levando-se em conta: tamanho (linhas x co-lunas); grafia Braille utilizada; quebras de páginas; etc.

De acordo com o que mostra a figura acima, há três tipos de impres-são que o programa realiza:

3.2.1 Imprimir texto

O programa irá imprimir o texto em tinta (impressoras comuns), ou seja, o texto que se apresenta na tela em formato (.txt) com todos os comandos e tabulações existentes.

3.2.2 Imprimir em Braille

O programa imprimirá o conteúdo em Braille (impressora Braille) de acordo com o seguinte passo a passo:

1 – Selecione a impressão em Braille pelo caminho abaixo ou sele-cionando o ícone

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2 – O menu “Detalhes da impressão” aparecerá com as configura-ções, como mostra a figura:

• Página Inicial – É indicado aqui a página (física) que começa a impressão;

• Página Final – É indicado aqui a página (física) que termina a im-pressão;

• Número de cópias – Quantidade de cópias a serem impressas; • Número da página 1 – Indica em que página (física) está a página

1 Braille (numeração arábica);

• Dispositivo de Impressão – Mostra o dispositivo em que está ins-talada a impressora ou nome do arquivo que será salvo;

• Configure – Função desativada;

• Imprima! – Manda o arquivo atual para a impressão. 3 – Andamento da impressão

Após o envio do arquivo para a impressão, a tela de seleção de im-pressora aparecerá.

Selecionada a impressora, depois do OK a impressão começa. Sur-girá uma janela mostrando o andamento.

(43)

Ao término, outra janela mostrará a conclusão do envio.

ATENÇÃO! Ao cancelar uma impressão, dependendo do modelo da

impressora, pode haver impressão parcial do arquivo ou algum mau funcionamento da mesma. Recomenda-se muito cuidado e precau-ção antes de enviar trabalhos para a impressora.

3.2.3 Braille no Word®

Esta ferramenta permite que o texto seja transportado do Braille Fácil para o Word® automaticamente. Acompanhe:

1 – Selecione opção “Braille no Word”

2 – O Braille Fácil transcreverá o conteúdo, transportando-o auto-maticamente para o Microsoft Word®. O novo documento conterá todo o conteúdo em Braille na fonte BrailleKiama com todas as que-bras e tabulações da impressão Braille.

(44)

Unidade

4

Desenhos computadorizados em forma tátil: Programa MONET

A abordagem desta unidade se concentra na elaboração de gráficos táteis com a utilização do programa MONET. Veremos como captu-rar imagens para em seguida transforma-las em relevo, desenhar formas geométricas e à mão livre, gerar efeitos de preenchimento com diferentes texturas e, por fim, observar como o programa pode gerar gráficos de barra e de funções automaticamente.

4.1 Conhecendo o programa

O programa MONET, basicamente, permite ao profissional vidente1

desenhar os pontos livremente, importar imagens e transformá-las em relevo, escrever em Braille, escrever em letras cursivas utili-zando o relevo, elaborar gráficos de função e de barras, entre ou-tras funcionalidades, explorando o modo de operação gráfico das impressoras Braille, simplificando o uso em relação ao uso da cela Braille para desenhar. Estes recursos dão a este profissional uma gama muito maior de possibilidades de transcrição do material grá-fico contido nos livros didáticos, diferentemente das restrições im-postas pela cela Braille. Mesmo em baixa resolução2, é possível se

desenhar figuras geométricas complexas com maior eficiência tor-nando o livro em Braille o mais fiel ao original possível.

Existe, ainda, uma série de recursos no programa que permitem ao usuário trabalhar em cima de uma figura pré-existente, permitindo com que o tempo de execução seja menor e fazendo com que a

fi-1 No universo do estudo da deficiência visual, o indivíduo que enxerga recebe a nomenclatura vidente. 2 A resolução gráfica das impressoras Braille é medida pela capacidade da impressora de imprimir os

pontos na menor distância possível entre eles. Quanto menor a distância, maior a resolução.

Você Sabia

Claude Monet foi um pintor francês muito importante na História da Arte por ter sido um dos inventores do Impressionismo. Esta técnica consistia em pinceladas rápidas que acompanhavam o movimento da luz. Olhando-se de perto, essas pinceladas eram apenas borrões, mas, afastando-se da tela, os olhos do especta-dor conseguiam identificar a imagem ali retratada. Esse tipo de técnica exigia que o pintor passasse muitas horas do dia pintando ao ar livre, exposto ao sol. Para Monet, esta rotina lhe causou uma doença na vista, a catarata. Porém, mesmo acometido des-sa doença, Monet não parou sua produção artística, tendo pinta-do até o fim de sua vida.

A homenagem prestada (nome do software) se deve, principalmente, ao fato de que, mesmo com problemas na visão, Monet não parou de pintar seus quadros. Este fato foi utilizado como inspiração para modificar o paradigma estabelecido: “os cegos não conseguem ler os desenhos em relevo”. A criação deste software não representa a mudança imediata deste paradigma e, nem tem esta pretensão. Para tal, é preciso a elaboração de uma nova metodologia tanto na concepção deste material quanto nos métodos de ensino-aprendizagem dos alunos cegos em sala de aula.

(45)

gura fique ainda mais próxima do original. Esta técnica permite que sejam capturadas imagens do livro original e, após serem importa-das para o MONET, possam ser transformaimporta-das em desenho tátil. Além do desenho livre e da importação de figuras pré-existentes, devido a sua recorrência em livros didáticos, foi criado um recurso para execução de gráficos de barra e função, dentro do programa. Ao contrário do exaustivo trabalho de digitação e justaposição do desenho com a Cela Braille, basta ao usuário inserir os nomes e os valores dos componentes do gráfico que o programa gera o dese-nho, inclusive com legenda, automaticamente.

4.2 Formato

Salvo as ferramentas específicas para o sistema Braille, à primeira vista, o usuário se depara com um editor de imagens muito seme-lhante ao Photoshop®3, por exemplo. Esta característica não tem

uma fundamentação meramente visual, pelo contrário, a adequação de algumas características desses programas (utilização de cama-das, por exemplo) é fundamental na concepção dos desenhos tá-teis, assim como, nos desenhos comuns. A operação do programa é demasiadamente simples e as funções básicas não requerem muita experiência por parte do usuário.

4.3 Aprendendo a usar o MONET

A seguir, veremos as ferramentas de desenhos, visualizações e ou-tras funções do programa MONET.

4.3.1 Visualização

• Folha quadriculada

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• Esconder folha quadriculada

Acesse o menu Visualizar > Esconder Folha Quadriculada. Esta opção ajuda a ver o desenho de uma forma mais “limpa”.

• Zoom

Aumentar

Aperte “Control +” ou no ícone de “zoom+”

Diminuir

Aperte “Control - ” ou no ícone de “zoom-”

Zoom Padrão

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• Desenhar

1. Mão Livre

Com esta ferramenta é possível desenhar qualquer forma. O botão esquerdo coloca o ponto na seleção e o botão direito do mouse apaga o ponto.

2. Linha Reta

Com o botão esquerdo, clique para iniciar a reta em um ponto e, clique em outro ponto para finalizá-la.

3. Linha Quebrada

Com o botão esquerdo, faça as arestas da figura ou as dobras da linha e, com o botão direito, finalize o desenho.

(48)

4. Arco

Primeiro desenhe a reta e...

...depois arraste para formar uma curva.

5. Retângulo

Escolha o ponto superior do retângulo, pressione o botão esquerdo do mouse...

(49)

...e arraste até formar o retângulo desejado.

6. Oval

Escolha o ponto superior do objeto, clique e arraste para fazer a forma...

...depois solte e a figura será desenhada.

(50)

Preencher

Preenche uma figura previamente desenhada...

(51)

9. Braille

Insira um texto em Braille no seu trabalho

10. Texto

Ferramenta para desenhar letras do nosso alfabeto em relevo.

(52)

Os desenhos serão adicionados a camadas diferentes de acordo com a ferramenta de desenho escolhida.

• Importar Imagem Arquivo > Importar.

As imagens importadas serão colocadas dentro de uma cama-da específica, e ela será criacama-da automaticamente.

(53)

• Filtros

Inverter

Vá em Filtros > Inverter

Brailizar

Vá em Filtros > Braillizar

(54)

Selecionemos então uma porcentagem de opacidade:

Não ficou bom? Podemos ajustar a tolerância...

(55)

• Ferramentas de tratamento da imagem Selecionar área retangular ou oval.

(56)

2. Redimensionar objeto selecionado Editar > Redimensionar ou control + r

3. Girar objeto selecionado Editar > Girar ou control + g

(57)

...e anti-horário

4. Mover objeto selecionado

A ferramenta com o ícone de mão serve para mover o objeto.

• Desenhar Gráfico de Barras

(58)

2. Coloque os dados na tabela

Digite o nome do campo aperte tab e digite o valor depois pres-sione enter.

3. Aperte o botão “desenhar”

O sistema irá desenhar o gráfico e criar algumas camadas para ele.

• Desenhar Gráfico de Função

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2. Cadastre os Pontos do Gráfico Digite os eixos X e Y.

3. Digite o nome do gráfico. 4. Aperte o botão “desenhar”

O sistema irá desenhar o gráfico e criar algumas camadas para ele.

• Definir página como paisagem

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• Definir Resolução para o Braille Fácil 1. Vá em Arquivo > Definir resolução.

2. Escolha os valores de papel padrão ou defina os seus valores para largura e altura.

3. Aperte “Aplicar”.

• Camadas

1. Apagar camada

Selecione a camada e aperte delete.

2. Esconder camada

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3. Mesclar camadas

Vá em menu Camadas > Mesclar Camadas Ex.: 3 camadas selecionadas...

...viram uma camada!

4. Alterar ordem da camada

Clique com o botão esquerdo e, sem soltá-lo, arraste a camada desejada para alterar a sua ordem.

(62)

5. Alterar o nome da camada.

Clique duas vezes sobre a camada e digite o novo nome. Outro modo de fazer isso é selecionar a camada e apertar a tecla F2.

• Clipart

Podemos inserir imagens pré-existentes em nosso trabalho, inserindo-as através do menu > Clipart > inserir Clipart

Uma série de opções em várias categorias!

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E tenha esse resultado:

4.3.2 Exportando para o Braille Fácil

Uma das ferramentas mais úteis é a exportação dos gráficos do MONET para uso no Braille Fácil. O objetivo deste recurso é poder-mos inserir nossos gráficos dentro do texto transcrito, facilitando o trabalho de adaptação e aumentando o leque de possibilidades para o transcritor utilizar quando estiver defronte um livro com recursos visuais, matemáticos, mapas, etc.

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• Inserindo no texto (Braille Fácil) Menu > gráfico > embutir gráfico

Aparecerá uma tela de pré-visualização

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Unidade

5

Adaptação de Livros Ilustrados e textos Matemáticos em Braille

Finalizando o estudo do nosso módulo, veremos algumas sugestões de adaptações para os livros ilustrados. Observaremos exemplos de tabelas, gráficos, esquemas, figuras adaptadas e outras situações que podemos adaptar para o sistema Braille. Conheceremos, tam-bém, um pouco das possibilidades de transcrição de conteúdos da Matemática para o Sistema Braille. Como transcrever esses textos? Que metodologia usar?

5.1 Adaptações de livros didáticos

A adaptação dos textos didáticos e paradidáticos para a transcrição Braille é essencial, visto que para a compreensão destes textos, na maioria das vezes, as representações são necessárias. O apelo visu-al no materivisu-al originvisu-al em tinta não deve cercear as possibilidades de representação no material tátil, salvo os casos em que tal repre-sentação não for possível ou que seu aparecimento seja irrelevante. Vamos observar nessa unidade alguns dos recursos utilizados na adaptação e transcrição para o sistema Braille, sua abrangência e contextualização, suas propriedades e modos de aplicação previstos nos documentos oficiais para produção de conteúdo em Braille e exemplificações da aplicação prática.

Antes de começarmos a estudar as adaptações de livros, vamos res-saltar o que diz as Normas Técnicas para a Produção de Textos

em Braille:

h) Considerar os desenhos, fotos, gráficos, tabelas e outras formas de representação, avaliando a real necessidade de reproduzi-los em rele-vo e as condições técnicas de o fazer, de acordo com os equipamentos disponíveis. Quando as figuras têm o caráter de simples ilustração, pode-se deixar de produzi-las em relevo, sem prejuízo do conteúdo. Se necessárias, precisam ser representadas no próprio livro ou em material complementar a este. No caso de as figuras necessitarem ser descritas, deve-se fazê-lo com clareza, utilizando poucas palavras e enfocando os aspectos essenciais ao assunto a que se referem. As descrições não se devem confundir com o texto do livro, razão por que recomendamos destacá-las por linhas em branco, linhas pontilhadas ou outras formas previamente estabelecidas para casos semelhantes. (BRASIL, 2002, pág. 18) disponível em: http://portal.mec.gov.br/in-dex.php?option=com_content&view=article&id=12671%3A

5.1.1 Análise do material

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de-Após esta prévia análise, devemos observar também os aspectos práticos da adaptação Braille. Tais aspectos são basicamente o es-paço físico do livro em Braille: a quantidade de linhas e caracteres por linha que dispomos na folha.

Traçamos aqui algumas sugestões iniciais no trato primordial do li-vro didático:

1. Casos onde não é possível ou é dispensável a adaptação tátil fiel ao original:

• A quantidade de informação é muito extensa, não cabendo na quantidade de colunas adotadas na formatação do trabalho; • O recurso utilizado pelo autor é meramente visual, implicando

que uma possível descrição do mesmo favorecesse o aluno na resolução das atividades do livro;

• A relevância é nula. Sendo nula, sua eliminação se faz neces-sária visando uma economia de espaço na obra impressa em Braille;

• O aluno não compreendeu, ou achou muito confuso o entendi-mento. Nesses casos, a descrição da imagem é recomendada. • Atividades que primam por apelos meramente visuais como, por

exemplo, comparar figuras, observar imagens, etc.;

• Atividades que sejam relacionadas à manipulação de algum tipo de manufatura (recorte e colagem, confecção de maquetes, desenhos e pinturas complexas, etc.);

• Atividades em que o aluno tenha que observar alguma paisa-gem, fenômeno da natureza, etc.

5.1.2 Descrição de imagens (Fotos, figuras, mapas, etc.)

Seguindo a recomendação das Normas Técnicas, as descrições de figuras deverão ser feitas de forma clara e objetiva, o mais sucinta-mente possível. Estas descrições devem estar contidas em notas de transcrição no final do texto em que se insere, salvo os casos que para compreensão do mesmo, a descrição deva vir anterior ao corpo do texto.

Estas notas de transcrição são inseridas entre linhas em branco para não se confundir com o restante do texto, ficando assim em posição de destaque.

A seguir, veremos exemplos de descrições de imagens em livros didáticos:

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Coleção Projeto Prosa História pág. 28

Nota de transcrição em Braille:

[Pintura: Um homem a cavalo com homens brancos e índios seguindo-o por dentro da mata.]

Legenda: Chefe...

Em alguns casos, a própria legenda da(s) figura(s) descreve-a com clareza. Nestes casos, a nota de transcrição se torna apenas uma referência para o cego da existência de uma figura naquele local. Coleção Projeto Prosa História pág. 44

Nota de transcrição em Braille: [Pintura]

(68)

Coleção Projeto Prosa História pág. 75

Nota de transcrição em Braille:

[Três fotos: 1) uma rua com casas simples de apenas um pavi-mento; 2) uma rua com alguns prédios e casarões; 3) uma rua movimentada, com prédio e casarões, muitas pessoas andando na rua e também há carruagens nesta rua.]

Legenda 1: Rua do... Legenda 2: Rua da... Legenda 3: Rua 15...

Nos mapas a descrição não difere muito das figuras, porém alguns casos requerem uma atenção maior por parte do adaptador. A rele-vância e a aplicabilidade deste mapa deverão ser levadas em conta e, a partir disso, um raciocínio de descrição deverá ser elaborado, não influindo na interpretação do aluno usuário do Sistema Braille. Coleção Projeto Prosa História pág. 70

Nota de transcrição em Braille:

[Mapa: Rebeliões do período regencial. Mostra o Brasil, desta-cando as rebeliões nos estados em que ocorreram:

Cabanagem (1835-1840) Pará; Balaiada (1838-1841) Maranhão;

Setembrizada e Novembrada (1831) Pernambuco; Guerra dos Cabanos (1832-1834) Alagoas e Pernambuco; Revolta dos Malês (1835) e Sabinada (1837) Bahia; Guerra dos Farrapos (183-1845) Rio Grande do Sul.]

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O mesmo ocorre com gráficos. Alguns deles são muito extensos ou sua representação tátil é inviável com o uso da cela Braille. Para es-ses casos a descrição é necessária e é feita como sugere o exemplo: Coleção Projeto Prosa História pág. 81

Nota de transcrição em Braille:

[Gráfico: Tráfico de escravos para o Brasil (1845-1852). Mostra a quantidade de escravos traficados nos respectivos anos.] 1845 19543 1846 50324 1847 56172 1848 60000 1849 54000 1850 23000 1851 3287 1852 700 [Fim do gráfico]

Apesar do aluno usuário do Sistema Braille não visualizar o gráfico, ele conseguirá, lendo a descrição do mesmo, resolver os exercícios propostos. Seguindo esta mesma linha de raciocínio e respeitando os parâmetros utilizados anteriormente, os quadros que não podem ser representados graficamente são descritos da mesma forma, como mostra o exemplo:

(70)

As informações do quadro que foram dispostas de acordo com o exemplo facilitam a compreensão para a leitura tátil, uma vez que no início da nota foi explicado ao aluno quais seriam as quatro colu-nas do quadro. Isto permite que ele visualize o quadro e a posição das lacunas (em Braille) e possa fazer o exercício proposto.

5.1.3 Histórias em quadrinhos

O caso peculiar da descrição de figuras na adaptação de textos di-dáticos são as Histórias em quadrinhos. Elas aparecem em todos os tipos de livros e em todas as disciplinas, praticamente. A descrição destas figuras pode ser feita de diversas maneiras, mas seu conte-údo deve permanecer inalterado. A fim de evitar uma intervenção mais brusca, o roteiro adaptado foi o seguinte:

• Divisão das descrições pelos quadrinhos: 1, 2, 3, ..., a, b, c... • Descrição da cena: Onde se passa a história, que lugar, etc. • Descrição dos personagens: Quem é, que roupa está vestindo,

etc.

• Falas: Falas de cada personagem, fala do narrador, etc... Exemplo:

Coleção Aprendendo Sempre Língua Portuguesa pág. 18

Nota de transcrição em Braille:

[Tirinha b em 3 quadrinhos descritos a seguir:

1. Em sua mesa de trabalho, um empresário liga para a sua secretária e diz “Dona Cristina, ligue-me com meu contador!”. 2. O empresário ajeita um travesseiro em sua poltrona.

3. Sentado na poltrona, com a cabeça apoiada o travesseiro, ele fala ao telefone “...conte-me a da branca de neve.”]

5.2 Gráficos táteis feitos com a cela Braille

Apesar da existência de programas que desenham em relevo, como o pintor Braille e o MONET, por exemplo, a utilização da cela Braille é muito utilizada na adaptação de material didático e/ou matemático. A opção pela utilização desse método se dá por vários fatores, mas a principal é a possibilidade de impressão dos dois lados da folha, já que não há a inserção de gráficos genuínos e sim representações com a própria escrita Braille.

Devido a complexidade de algumas situações nos livros originais, faz-se necessário, em boa parte das adaptações, uma pequena des-crição antes desses gráficos podendo ser necessário também fazer-se uma legenda.

(71)

ATENÇÃO! Os gráficos e suas descrições, quando forem adaptados

e se diferirem do original, devem SEMPRE aparecer em nota de transcrição entre linhas em branco

Vamos observar alguns exemplos desses gráficos: Coleção Projeto Buriti História 2º ano pág. 13

Representação gráfica e nota de transcrição:

[Linha do tempo: Tempo de vida de Juliana até os sete anos. Mostra a relação dos anos com os acontecimentos na vida de Juliana, ilus-trados por imagens.]

a)

2003: Juliana ainda bebê dormindo; b) 2004: Juliana aprendendo a andar; c) 2005: Juliana ganha uma boneca; d) 2006: Juliana anda de triciclo; e) 2007: Juliana pula corda;

f) 2008: Juliana anda de mochila nas costas; g) 2009: Juliana lê um livro;

h) 2010: Juliana observa seu bolo de aniversário com uma vela de número sete.



         [Fim da linha do tempo]

(72)

Representação gráfica:                                                    

Coleção Aprendendo Sempre Língua Portuguesa 4º ano pág. 20

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Coleção Aprendendo Sempre Língua Portuguesa 4º ano pág. 81

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Coleção Asas Para Voar Ciências 2º ano pág. 31 Representação gráfica:                                                 

Coleção Asas Para Voar Ciências 3º ano pág. 153

Referências

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