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CONTEÚDO: Interpretação de texto, estrutura verbal, tempos verbais do modo Indicativo)

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Academic year: 2021

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Texto

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PROFESSOR: EQUIPE DE PORTUGUÊS

BANCO DE QUESTÕES - PORTUGUÊS - 7º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL

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CONTEÚDO: Interpretação de texto, estrutura verbal, tempos verbais do modo Indicativo)

EMERGÊNCIA

É fácil identificar o passageiro de primeira viagem. É o que já entra no avião desconfiado. O cumprimento da aeromoça, na porta do avião, já é um desafio para a sua compreensão.

— Bom dia... — Como assim?

Ele faz questão de sentar num banco de corredor, perto da porta. Para ser o primeiro a sair no caso de alguma coisa dar errado. Tem dificuldade com o cinto de segurança. Não consegue atá-lo. Confidencia para o passageiro ao seu lado:

— Não encontro o buraquinho. Não tem buraquinho?

Acaba esquecendo a fivela e dando um nó no cinto. Comenta, com um falso riso descontraído: "Até aqui, tudo bem". O passageiro ao lado explica que o avião ainda está parado, mas ele não ouve. A aeromoça vem lhe oferecer um jornal, mas ele recusa.

— Obrigado. Não bebo.

Quando o avião começa a correr pela pista antes de levantar voo, ele é aquele com os olhos arregalados e a expressão de Santa Mãe do Céu! No rosto. Com o avião no ar, dá uma espiada pela janela e se arrepende. É a última espiada que dará pela janela.

Mas o pior está por vir. De repente ele ouve uma misteriosa voz descarnada. Olha para todos os lados para descobrir de onde sai a voz.

"Senhores passageiros, sua atenção, por favor. A seguir, nosso pessoal de bordo fará uma demonstração de rotina do sistema de segurança deste aparelho. Há saídas de emergência na frente, nos dois lados e atrás."

— Emergência? Que emergência? Quando eu comprei a passagem ninguém falou nada em emergência. Olha, o meu é sem emergência.

Uma das aeromoças, de pé ao seu lado, tenta acalmá-lo. — Isto é apenas rotina, cavalheiro.

— Odeio a rotina. Aposto que você diz isso para todos. Ai meu santo.

"No caso de despressurização da cabina, máscaras de oxigênio cairão automaticamente de seus compartimentos."

— Que história é essa? Que despressurização? Que cabina?

"Puxe a máscara em sua direção. Isso acionará o suprimento de oxigênio. Coloque a máscara sobre o rosto e respire normalmente."

— Respirar normalmente?! A cabina despressurizada, máscaras de oxigênio caindo sobre nossas cabeças — e ele quer que a gente respire normalmente?!

"Em caso de pouso forçado na água..." — O quê?!

"... os assentos de suas cadeiras são flutuantes e podem ser levados para fora do aparelho e..."

— Essa não! Bancos flutuantes, não! Tudo, menos bancos flutuantes! — Calma, cavalheiro.

— Eu desisto! Parem este troço que eu vou descer. Onde é a cordinha? Parem! — Cavalheiro, por favor. Fique calmo.

— Eu estou calmo. Calmíssimo. Você é que está nervosa e, não sei por quê, está tentando arrancar as minhas mãos do pescoço deste cavalheiro ao meu lado. Que, aliás, também parece consternado e levemente azul.

— Calma! Isso. Pronto. Fique tranquilo. Não vai acontecer nada. — Só não quero mais ouvir falar de banco flutuante.

— Certo. Ninguém mais vai falar em banco flutuante.

Ele se vira para o passageiro ao lado, que tenta desesperadamente recuperar a respiração, e pede desculpas. Perdeu a cabeça.

(2)

— É que banco flutuante foi demais. Imagine só. Todo mundo flutuando sentado. Fazendo sala no meio do Oceano Atlântico!

A aeromoça diz que lhe vai trazer um calmante e aí mesmo é que ele dá um pulo:

— Calmante, por quê? O que é que está acontecendo? Vocês estão me escondendo alguma coisa!

Finalmente, a muito custo, conseguem acalmá-lo. Ele fica rígido na cadeira. Recusa tudo que lhe é oferecido. Não quer o almoço. Pergunta se pode receber a sua comida em dinheiro.

Deixa cair a cabeça para trás e tenta dormir. Mas, a cada sacudida do avião, abre os olhos e fica cuidando da portinha do compartimento sobre sua cabeça, de onde, a qualquer momento, pode pular uma máscara de oxigênio e matá-lo do coração.

De repente, outra voz. Desta vez é a do comandante.

— Senhores passageiros, aqui fala o comandante Araújo. Neste momento, à nossa direita, podemos ver a cidade de...

Ele pula outra vez da cadeira e grita para a cabina do piloto: — Olha para a frente, Araújo! Olha para a frente!

(Luís Fernando Verissimo. Mais comédias para ler na escola. São Paulo: Objetiva, 2009.)

01- O texto acima caracteriza-se como:

(A) informativo, que apresenta uma explicação científica sobre despressurização. (B) científico, que analisa o comportamento dos passageiros e da tripulação do avião.

(C) crônica, pois narra, de forma humorística, um assunto retirado de fatos cotidianos que ganha evidência aos olhos do cronista.

(D) fábula, porque trata de uma narrativa figurada que apresenta uma lição de moral no final da história.

(E) instrucional, pois apresenta regras de comportamento que devem ser seguidas por passageiros que viajam de avião.

02- Qual o foco narrativo do texto? Qual o tipo de narrador? Justifique com uma passagem.

R.: ___________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________

03- Qual a palavra que melhor substituiria a palavra sublinhada na frase, sem que haja mudança de sentido: "Ele fica rígido na cadeira."?

(A) flexível (B) rijo

(C) severo (D) grave

04- Todas as palavras destacadas estão corretamente interpretadas entre parênteses, exceto em: (A) "É fácil identificar o passageiro de primeira viagem." (reconhecer).

(B) "Confidencia para o passageiro ao seu lado [...]" (diz em segredo).

(C) "Tem dificuldade com o cinto de segurança. Não consegue atá-lo." (segurá-lo).

(D) "Que, aliás, também parece consternado e levemente azul." (de ânimo abatido, prostrado). (E) "Puxe a máscara em sua direção. Isso acionará o suprimento de oxigênio." (fornecimento).

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05- O personagem do texto apresenta características típicas das pessoas que reconhecem, na viagem de avião, um grande desafio para a sua compreensão. O perfil dessas pessoas demonstra que elas:

(A) ficam bloqueadas pelo medo e ignoram o funcionamento técnico do avião.

(B) mantêm-se confiantes para não demonstrar insegurança aos comissários de bordo. (C) não se sentem confiantes ao observar a postura dos outros passageiros.

(D) são totalmente descontroladas emocionalmente em qualquer situação e jamais deveriam viajar de avião.

(E) confiam, apesar de não demonstrarem, nos procedimentos rotineiros de segurança.

06-

"(...) – Emergência? Que emergência? Quando eu comprei a passagem ninguém falou nada em emergência. Olha, o meu é sem emergência."

• Para o personagem principal, emergência, nesse caso, significava algo que: (A) iria acontecer em breve.

(B) acontecia em todos os voos.

(C) era possível escolher ao comprar a passagem. (D) todos os outros passageiros tinham comprado.

07- O passageiro estava nervoso quando entrou no avião. Justifique essa afirmação com APENAS uma frase do texto.

R.: ___________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________

08- A que palavra ou expressão os pronomes sublinhados se referem nas frases abaixo?

a) "O cumprimento da aeromoça, na porta do avião, já é um desafio para a sua compreensão." R.: ___________________________________________________________________________

b) "– Eu estou calmo. Calmíssimo. Você é que está nervosa [...]."

R.: ___________________________________________________________________________

c) "Não consegue atá-lo. Confidencia para o passageiro ao seu lado [...]"

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09- Há, no texto, várias passagens que demonstram não haver comunicação entre o personagem principal e a aeromoça por falta de entendimento entre os dois, mas apenas um que parece demonstrar que os dois concordam um com outro. Transcreva o este diálogo.

R.: ___________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________

10- Identifique as locuções verbais nas frases abaixo, identificando como são formadas: a) "Eu desisto! Parem este troço que eu vou descer. Onde é a cordinha? Parem!"

R.: ___________________________________________________________________________

b) "Mas, a cada sacudida do avião, abre os olhos e fica cuidando da portinha do compartimento [...]"

R.: ___________________________________________________________________________

Leia a fábula abaixo para responder às questões de 13 a 15.

O LOBO E O CORDEIRO

Estava o cordeiro a beber água num riacho, quando apareceu um lobo que estava há alguns dias sem comer e procurava algum animal apetitoso para matar a fome.

— Que desaforo é esse de sujar a água que estou bebendo? — disse o monstro, arreganhando os dentes. — Espera que vou castigá-lo por tamanha má-criação!

O cordeirinho, trêmulo de medo, respondeu com inocência:

— Como posso sujar a água que o senhor está bebendo se ela corre do senhor para mim? Era verdade aquilo e o lobo atrapalhou-se com a resposta, mas não deu o rabo a torcer. — Além disso — inventou o lobo — sei que você andou falando mal de mim no ano passado. — Como poderia falar mal do senhor o ano passado, se nasci este ano?

Novamente confundido pela voz da inocência, o lobo insistiu: — Se não foi você, foi seu irmão mais velho, o que dá no mesmo. — Como poderia ser meu irmão mais velho, se sou filho único?

O lobo, não tendo mais como culpar o cordeiro, usou sua razão de animal esfomeado e não disse mais nada: pulou sobre o pescoço do animalzinho e o devorou.

Moral da história: Contra a força não há argumentos.

http://conscienciapoliticarazaosocial.blogspot.com.br/2013/01/o-lobo-e-o-cordeiro-de-esopo-recontada.html (adaptada para esta atividade)

11- O lobo, sem encontrar um motivo justo e consciente para atacar a presa, usou a sua razão de "animal esfomeado", revelando o predomínio da:

(A) força física sobre a razão. (B) força física sobre a fome. (C) lógica sobre a fome. (D) fome sobre a força física. (E) razão sobre a força física.

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12- Dentre os ditos populares sugeridos abaixo, qual poderia ser usado como moral da história "O lobo e o cordeiro"?

(A) Mais vale um pássaro na mão do que dois voando. (B) Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. (C) A corda arrebenta sempre do lado mais fraco. (D) Quando um não quer, dois não brigam. (E) Tamanho não é documento.

13- Identifique com (V), se forem verdadeiras, e com (F), se forem falsas, as afirmativas abaixo. No caso de (F), reescreva a frase tornando-a verdadeira e indicando as desinências corretas.

a) ( ) As formas verbais era e sou possuem o mesmo verbo no infinitivo.

R.: ___________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________

b) ( ) Os verbos estava e procurava possuem a mesma desinência número-pessoal.

R.: ___________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________

c) ( ) O verbo poderia não possui desinência número-pessoal.

R.: ___________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ d) ( ) A forma verbal procurávamos não possui nem desinência de modo e tempo nem

desinência de número e pessoa.

R.: ___________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________

14- Dê o tempo, modo, a pessoa que se refere e o valor semântico dos tempos verbais sublinhados no texto abaixo:

O Brasil ainda tem cerca de 20 mil trabalhadores que atuam em condição análoga à escravidão e os atuais métodos de combate à prática criminosa ainda não são suficientes para zerar a conta.

Quem admite a situação é o Ministério Público do Trabalho (MPT) que lançou nesta quinta-feira, 27 de maio, uma campanha nacional para sensibilizar a sociedade desse problema que

persiste mais de um século depois do fim da escravidão no país. A campanha busca atingir

empresários, sociedade e trabalhadores por meio de propagandas de TV, rádio e uma cartilha explicativa.

Trabalho escravo ainda faz 20 mil vítimas no país. Débora Zampier. (In: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/trabalho-escravo-ainda-faz-20-mil-vitimas-no-pais-diz-mpt)

R.: ___________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________

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GABARITO

01- (C)

02- O foco narrativo é de 3ª. pessoa, o narrador é observador onisciente: "Ele faz questão de sentar num banco de corredor, perto da porta. Para ser o primeiro a sair no caso de alguma coisa dar errado. Tem dificuldade com o cinto de segurança. Não consegue atá-lo."

03- (B) 04- (C) 05- (A) 06- (C)

07- "O cumprimento da aeromoça, na porta do avião, já é um desafio para a sua compreensão." 08- a) Sua = do passageiro principal.

b) Você = A aeromoça. c) lo = O cinto de segurança.

09- a) vou descer - vou (verbo auxiliar) e descer (verbo principal no infinitivo). b) fica cuidando - fica (verbo auxiliar) e cuidando (verbo principal no gerúndio). 10- Não admitiu que estava errado.

11- (A) 12- (C) 13- a) (V)

b) (F) Os verbos estava e procurava possuem a mesma desinência número-pessoal.

Os verbos estava e procurava não possuem desinência de número e pessoa. Eles possuem radical (est- e procur-), vogal temática (-a-) e desinência de Modo e Tempo (-va).

c) (V)

d) (F) A forma verbal procurávamos não possui nem desinência modo-temporal, nem desinência de número e pessoa.

A forma verbal procurávamos possui desinência de modo e tempo "va" e desinência de número e pessoa "mos".

14-

Atuam → Presente do indicativo, 3a pl. – Ação rotineira, habitual. Admite → Presente do indicativo, 3ª s. – Verdade absoluta.

Lançou → Pretérito perfeito do indicativo, 3a s. – Fato pontual no passado. Persiste → Presente do indicativo, 3ª s. – Ação rotineira, habitual.

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