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IGREJA CATÓLICA, POLÍTICA E PIO XII

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IGREJA CATÓLICA,

POLÍTICA E PIO XII

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IGREJA CATÓLICA,

POLÍTICA E PIO XII

O ESTADO DEMOCRÁTICO

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©2012 Elza S. Cardoso Soffiatti

Direitos desta edição adquiridos pela Paco Editorial. Nenhuma parte desta obra pode ser apropriada e estocada em sistema de banco de dados ou processo similar, em qualquer forma ou meio, seja eletrônico, de fotocópia, gravação, etc., sem a permissão da editora e/ou autor.

So231 Soffiatti, Elza S. Cardoso

Igreja Católica, Política e Pio XII: O Estado Democrático/Elza S. Cardoso Soffiatti. Jundiaí, Paco Editorial: 2012.

184 p. Inclui bibliografia. ISBN: 978-85-8148-046-6

1. Igreja Católica 2. Estado 3. Política 4. Pio XII. I. Soffiatti, Elza S. Cardoso. CDD: 203

IMPRESSO NO BRASIL PRINTED IN BRAZIL Foi feito Depósito Legal

Índices para catálogo sistemático:

História da Europa 940 Cristianismo 230 Religião 200 Rua 23 de Maio, 550 Vianelo - Jundiaí-SP - 13207-070 11 4521-6315 | 2449-0740 contato@editorialpaco.com.br

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PREFÁCIO

Elza Silva Cardoso foi minha aluna no curso de graduação em História, ocasião em que escreveu seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) versando sobre as Radiomensagens envia-das pelo papa Pio XII durante a Segunda Guerra Mundial.

Já naquele texto, Elza manifestava uma característica, uma forma de ser que, a meu ver, é fundamental para o trabalho his-toriográfico – a ousadia de investigar aquilo que já está estabe-lecido, aquilo que política e ideologicamente se considera como verdadeiro, sem medo de propor novas formas de interpretação.

Posteriormente, Elza foi minha orientanda no programa de pós-graduação, nível de mestrado, e nessa condição escreveu a dissertação, Contra o liberalismo, a favor da democracia. A

concep-ção política da Igreja Católica em meados do século XX, sobre a qual

escrevo palavras de apresentação.

Novamente, o caráter ousado de Elza se manifestou. Não tanto pelas ideias que defendeu sobre o posicionamento católico em relação à política, pois esse tema tem sido bastante estudado, mas pelo personagem, Pio XII.

O padre, bispo, arcebispo, cardeal, núncio apostólico na Ba-viera, núncio apostólico na República de Weimar, núncio apos-tólico na Prússia, secretário de Estado de Pio XI, Eugenio Maria Giuseppe Giovanni Pacelli, posteriormente, a partir de 1939, papa Pio XII, ocupa lugar de destaque na história do século XX, sem qualquer dúvida.

Erudito, culto, hábil político e diplomata, filho de uma famí-lia nobre e de fortes ligações com a Sé da Igreja Católica Romana, Eugênio Pacelli desempenhou tarefas importantes e de extrema dificuldade durante o pontificado de Pio XI, das quais se

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desta-cam, o Tratado de Latrão e a nunciatura apostólica junto à Bavie-ra, Weimar e Prússia, junto ao Estado nazista, portanto.

Com seu irmão, Francesco Pacelli, o então arcebispo, em bre-ve cardeal, Eugênio Pacelli negociou com o gobre-verno fascista de Mussolini o Tratado de Latrão.

Durante o processo da unificação italiana, iniciada ainda em meados do século XIX e concluída em 1870, quando o rei Vitor Emanuel II ocupou Roma e a anexou ao Reino da Itália, a Igreja Católica perdeu a posse e o domínio sobre os Estados Pontifícios, que havia recebido por doação de Pepino, o Breve, em 756, e confirmada por Carlos Magno, em 800.

Durante 59 anos, perdurou a querela entre a Sé Católica e o Estado italiano – a Questão Romana – e somente foi resolvida pelo Tratado de Latrão, que retomou a proposta anteriormente feita pelo rei Vitor Emanuel II, a saber, posse e domínio da Igreja Católica sobre a Cidade do Vaticano (então criada espe-cificamente para esse fim), uma compensação financeira paga à Igreja Católica pelo Estado italiano, no valor de 1 bilhão de liras italianas, e a regulamentação da situação do catolicismo dentro da Itália fascista.

Com a ratificação do Tratado, ainda em 1929, e nova ratifi-cação em 1984, o papa volta à condição de chefe de Estado, do Estado da Cidade do Vaticano, o que lhe garante o direito de continuar a credenciar embaixadores, os núncios apostólicos, junto aos Estados com quem mantém relações diplomáticas e também junto à ONU.

Na qualidade de núncio apostólico, e depois, já secretário de Estado, a partir de 1930, o já cardeal Pacelli negociou diver-sas concordatas com Estados europeus, atuando também como mediador entre vários governos da Europa, destacando-se a lon-ga negociação com o Estado nazista, particularmente em 1933, para assinar uma concordata que visava à garantia dos direitos da Igreja Católica Romana na Alemanha e garantir, inclusive, a vida dos fiéis católicos alemães.

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Desnecessário dizer que a concordata não foi respeitada pelo governo de Hitler.

Talvez se inicie, com essa negociação e com o posicionamento católico, que via com simpatia os Estados que, a título de combate ao comunismo, aboliram os preceitos democráticos, a construção de uma imagem do papa Pio XII, constantemente divulgada pela imprensa, pelos meios teatrais e cinematográficos e por livros, as-sociada à de Hitler como colaborador do governo nazista, processo que considero ter chegado ao ápice com o livro, O Papa de Hitler.

Elza não se propõe, neste livro, a desconstruir essa imagem. A construção da imagem pelos diversos meios de comunicação foi muito forte e faz parte do mesmo ambiente que leva ao esqueci-mento os genocídios praticados na URSS, ao tempo de Stálin, e no Camboja, sob o domínio de Pol Pot e do Khmer Vermelho – são construções ideológicas difíceis até de ser analisadas e entendidas.

O objetivo de Elza é outro – demonstrar que, ao contrário de várias interpretações ainda existentes, Pio XII, tendo a experiên-cia diplomática que teve, e tendo vivido as agruras da II Guerra, deu um passo à frente em suas concepções políticas, sem aban-donar o conjunto doutrinário católico, e, com isso, levou a Igreja Católica Romana a fazer uma revisão de seus posicionamentos, culminando esse processo, penso eu, no Concílio Vaticano II, convocado por seu sucessor, João XXIII.

O ponto nevrálgico de toda essa revisão está nas relações da Igreja Católica com o mundo moderno e, em particular, com o liberalismo.

A historiografia sobre a Igreja Católica Romana demonstra que, desde o século XVIII, culminando com os papas Gregório XVI e Pio IX, a Sé Católica se posicionou decididamente contra o mundo moderno, considerando-o como resultado direto da Reforma Protestante, dos materialismos e ateísmos então já em desenvolvimento e, particularmente, do liberalismo.

A ideia básica dessa condenação ao liberalismo é a concepção de que a mente humana não pode ser livre, ela deve sempre estar

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direcionada, para não se perder em descaminhos, sendo o pior deles o comunismo ateu. Também assim, o homem não pode viver completamente livre em um Estado que não lhe imponha limites políticos e sociais.

Com esse posicionamento, a Sé Católica sustentava a tese de que ela, a única e verdadeira Igreja constituída diretamente por Jesus, poderia ser a condutora da humanidade – Mater et

Magis-tra, assim a Igreja Católica romana se autoentendia.

O desdobramento dessas posições foi, conforme se lê em vasta bibliografia, a simpatia com que a Igreja Católica Romana passou a olhar os Estados totalitários da primeira metade do sé-culo XX, particularmente na Espanha, de Franco, em Portugal, de Salazar e no Brasil, de Getúlio Vargas.

As agruras e os horrores, tanto da II Guerra, quanto das atro-cidades cometidas pelos governos totalitários, de esquerda e de di-reita, levaram a Sé Católica, e aqui me refiro especificamente a Pio XII, a uma reflexão profunda sobre os posicionamentos anteriores.

Claro estava, para Pio XII, que os totalitarismos somente podem se constituir e se conservar assentados sobre a violência, violência contra a pessoa humana.

Este é o segundo ponto nevrálgico da questão – a Igreja Ca-tólica Romana tem como fundamento institucional de sua dou-trina o respeito à dignidade da pessoa humana. Suas exortações são sempre em direção à pessoa humana e não em direção às clas-ses sociais ou grupos, ou seja, ela se considera a Igreja de todos os homens, e não igreja de classes ou frações de classe.

As reflexões de Pio XII, que já começaram a transparecer nas radiomensagens de Natal, de 1939 a 1945, e se consolidaram no pós-guerra, se consubstanciaram em um elenco muito grande de textos por ele escritos e em atitudes práticas de aproximação com os Estados democráticos ou redemocratizados após 1945, ou de-senvolvendo projetos para revalorização das populações, como o Movimento Para um Mundo Melhor, organizado pelo padre Ricardo Lombardi.

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O fundamento dessa nova postura, e agora já podemos falar do Vaticano, era a certeza de que a dignidade da pessoa humana não poderia ser jamais reconhecida e, muito menos, respeitada, em regimes totalitários, de esquerda ou de direita, e esse desres-peito seria o passo inicial que poderia levar – e quase levou – a uma nova conflagração mundial.

Apoiar as democracias – essa poderia ser a frase síntese dos documentos produzidos e das práticas realizadas por Pio XII.

Esse foi o universo, político e ideológico, que Elza ousou en-frentar, de forma competente e responsável, em seu trabalho de mestrado que agora vem a público em forma de livro e que tenho a honra e a satisfação de apresentar ao público leitor.

A todos, boa e proveitosa leitura.

Franca, setembro de 2011

(ano e mês em que o Brasil apoia na ONU a criação do Estado palestino)

Prof. Dr. Ivan Aparecido Manoel

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SumÁRIO

Capítulo I

A igreja e a modernidade: novos paradigmas...13

1. Os pontificados do século XIX e o mundo moderno – liberal..21

1.1 Gregório XVI...21 1.2 Pio IX...23 1.3 Leão XIII...31 1.4 Pio X...49 1.5 Bento XV...52 Capítulo II Enfim, o século XX – Pio XI...59

1. A igreja e os regimes totalitários...63

2. Os documentos de Pio XI...76

2.1 Ubi arcano...76

2.2 Quas primas...82

2.3 Mortalium animos...84

2.4 Divini illius magistri...85

2.5 Non abbiamo bisogno...92

2.6 Mit brennder sorge...96

2.7 Divini redemptoris...107

Capítulo III Pio XII e a democracia...115

1. O posicionamento de pio xii durante a guerra: análise das mensagens e radiomensagens de natal dos anos do conflito (1939 – 1945)...128

1.1 “Pontos fundamentais para a pacífica convivência dos povos” – 1939 ...129

1.2 “Alegria na tormenta” – 1940...133

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1.4 “A paz na vida social” – 1942...143

1.4.1 “Convivência na ordem”...145

1.4.2 “Convivência na tranquilidade”...147

1.5 “Natal de guerra” – 1943...154

1.6 “Sobre a democracia” – 1944...158

1.7 “Missão da igreja e pressupostos de uma paz durável” – 1945...164

Considerações finais...167

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Capítulo I

A IGREJA E A mODERNIDADE:

NOVOS PARADIGmAS

O advento do Renascimento Cultural, a partir do século XV, e toda a sua carga de transformação sociocultural – dentre os quais podemos destacar o Humanismo, o Heliocentrismo, o Cientificismo, o Antropocentrismo, além da Reforma Protes-tante, entre outros acontecimentos –, abalaram os alicerces da Igreja Católica e a expuseram a uma série de questionamentos que culminaram em mudanças na conduta dogmático-social da instituição. A Igreja Católica deixou de ser a única instituição doutrinária que determinava as regras e as normas que condu-ziam a sociedade e a vida dos homens.

É importante ressaltar que durante, aproximadamente, os dez séculos que abrangeram a Idade Média, a Igreja Católica foi, predominantemente, a guia moral e legal da sociedade, consti-tuindo de forma hegemônica a sociedade ocidental.

Dessa forma, conhecer, mesmo que de forma sucinta, o con-junto das ideias renascentistas que recobriram aquela época é relevante, pois estas aprouveram mudanças paradigmáticas nas sociedades dos séculos seguintes. As mudanças promovidas a par-tir do Renascimento abalaram os alicerces da Igreja Católica e, inclusive, alguns de seus dogmas.

Para exemplificar claramente como o conjunto doutrinário renascentista abalou diretamente a Igreja Católica, podemos nos ater a questão da superação da teoria geocêntrica ou teoria astro-nômica, proposta por Ptolomeu (83-161 d.C.), que se centrava na hipótese e defesa de que a Terra seria o centro do Universo.

Essa teoria enquadrou-se de forma simétrica ao conjunto de ideias que fundamentavam os dogmas da Igreja na

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Elza S. Cardoso Soffiatti

de. A teoria ptolomaica foi utilizada como uma das formas de se confirmar, ou reafirmar, que o poder de Deus era superior ao do homem e que a Igreja, como única representante legítima de Deus na Terra, tinha privilégios incontáveis sobre os homens e as suas sociedades. Sendo a Terra o centro de todo o Universo e este girando ao seu redor.

A Igreja tinha, dessa forma, o poder totalmente legitimado, conferido a ela pelo Criador.

Com o desenvolvimento do conhecimento do homem e das pesquisas fundamentadas no método científico da modernidade renascentista, a teoria geocêntrica foi superada pela teoria helio-cêntrica. O heliocentrismo, desenvolvido por Nicolau Copérni-co (1473 – 1543), se fundamentou na hipótese que a Terra e os demais planetas giravam em torno do Sol, astro central, compro-vando esta hipótese por meio das observações. Em virtude disso, a Terra deixou de ser o centro do Universo. Ao deixar de ser a Terra o centro do Universo, abalou-se um dos alicerces da dou-trina católica, qual seja, o da legitimidade de ser a Igreja a única instituição a representar o Criador do centro do mundo.

Em outras palavras, ao descentralizar a Terra, pode-se consi-derar que a Igreja também foi descentralizada, deixando de ser o centro oriundo do poder. Como consequência, mais uma teoria católica, o Teocentrismo, acabou por ser abalada. A teoria teo-cêntrica se fundamentava na concepção de que Deus era o centro do Universo, de que tudo havia sido criado por Ele e não havia outra razão além do desejo divino sobre a vontade humana, limi-tando o homem a acreditar nessa única verdade e em sua fonte na Terra, a saber, a Igreja Católica.

O Teocentrismo foi superado pelo Antropocentrismo. A concepção antropocêntrica se caracteriza por considerar que a humanidade é e deve permanecer no centro das atenções da pró-pria humanidade, ou seja, dos homens. O homem passou a ser, então, o centro das atenções dos próprios homens, o que deu origem a uma cultura centrada no homem, nas suas capacidades

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Igreja Católica, Política e Pio XII: O Estado Democrático

e desejos. O homem passou a ser o sujeito de sua vida, o dono de suas vontades e não mais sujeito ao determinismo divino, às vontades da Igreja Católica, à escatologia do Absoluto.

Não mais tendo Deus como fator determinador da vida da humanidade, a Igreja perdeu parte do poder que possuía sobre as sociedades humanas, que passaram a ter “brechas” para ques-tionamentos, críticas, posições sociais, políticas, econômicas e filosóficas que se diferiam do posicionamento dogmático do ca-tolicismo e que, muitas vezes, eram opostos a este.

O desenvolvimento da Ciência, especialmente do método científico, contribuiu ainda mais para que surgissem “formas” comprovadamente concretas e que tornavam, cada vez mais, o conhecimento humano algo empírico e, consequentemente, me-nos divino. Surgia o Cientificismo, doutrina segundo a qual as ciências físico-matemáticas constituem o único tipo de conheci-mento válido e seguro.

O Cientificismo desenvolveu-se a partir de meados do século XIX, quando a ciência da natureza, que tem como um dos prin-cipais representantes Isaac Newton (1642 – 1727), atingiu seu apogeu, e seus procedimentos metodológicos, com base no mé-todo científico de pesquisa e busca da verdade, passaram a servir de modelo para a abordagem dos fenômenos humanos.

O desenvolvimento das ciências da natureza, a partir do Re-nascimento, está ligado intimamente à formulação de uma nova metodologia, em contraposição à silogística aristotéli-ca: a da indução e experimentação. A primeira formulação sistemática do método indutivo-experimental encontra-se no Novum Organum [1620], de Francis Bacon [1561 – 1626]. Na mesma época, [René] Descartes [1596 – 1650] escreveu o Discurso do Método, obra na qual a verdade só pode ser obtida por meio de procedimento puramente ra-cional, como os empregados pelos matemáticos. A tarefa de união da indução e da experiência com a matemática ficou reservada a Galileu [Galileu Galilei – 1564 – 1642] e

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