CONSENSO DE
WASHINGTON
A “bula" para o desenvolvimento
latino-americano
CONSENSO DE WASHINGTON
• Foi o conjunto de formulação econômicas construídas após a queda do bloco socialista por funcionários do governo
dos EUA, burocratas do BID, FMI e BIRD.
• O intuito principal era reduzir as ações protecionistas dos Estados latino-americanos em relação a determinadas
atividades produtivas.
• As questões relativas ao trabalho e ações do Estado em defesa dos trabalhadores/população passaram a ser
analisados sob a perspectiva do custo público e da ineficiência do Estado para atuar em tais segmentos.
• As privatizações estariam na pauta em setores estratégicos e sociais, com o intuito de maximizar os lucros e retirar o
Estado da economia.
A BASE TEÓRICA
• Em 1989 uma conferência do IIE
(Institute for International Economics) intitulada "latin american adjustment:
how much has happened?”, possibilitou a discussão sobre a abertura das economias da América Latina.
• No ano seguinte foi publicado o livro,
onde notamos uma participação
inusitada: Daniel Dantas dividindo uma matéria (Paper) com Eliana Cardoso.
CONSENSO DE WASHINGTON
!
Podemos caracterizar e sintetizar o consenso de Washington em 9 pontos:
!
1- disciplina fiscal;
2- limitação e priorização dos gastos públicos; 3- reforma tributária;
4- liberalização financeira; 5- regime cambial estável; 6- liberalização comercial;
7- Abertura aos investimentos diretos estrangeiros; 8- privatização e
9- respeito a propriedade intelectual.
CONTRADIÇÕES DO
PROJETO
•
As implicações das medidas neoliberais
implementadas na América Latina foram:
•
a) Queda da qualidade de vida da população;
•b) Redução dos serviços voltados à população.
•c) Privatização de setores de serviços (energia,
!
O consenso de Washington
consolidou o neoliberalismo
como modelo econômico
prevalecente no mundo
capitalista, em especial nos
países semiperiféricos,
especialmente na América
Latina.
CARACTERÍSTICAS DO
PROCESSO DE INTEGRAÇÃO
• O início do bloco aconteceu em meados da década de 1980, quando os
governos do Brasil e Argentina promoveram uma integração.
• Em 1991 é assinado em Assunção (Tratado de Assunção) o acordo que dá
início ao bloco.
• Atualmente os membros fixos do bloco são: Argentina, Brasil, Paraguai (impedido), Uruguai e Venezuela.
• Equador, Chile, Colômbia, Peru, Bolívia participam como membros associados • Ligado ao Bloco também estão Egito e Israel que têm, desde de 2007, um
POTENCIAL DO
BLOCO
• As características do bloco
possibilitam uma análise
comparativa muito sugestiva quanto a dimensão e sua
capacidade.
• Se fosse um país, o Mercosul
seria o maior produtor agrícola do mundo, a 4˚ maior economia e
população do planeta.
• A extensão territorial
colocaria o bloco na 2˚
posição (atrás somente da Russia).
CARACTERÍSTICAS DO MERCOSUL
• Dentre os fatores que marcam os princípios do Mercosul,
temos:
• a) Liberdade para os fluxos de produtos entre os países participante, livres
de barreiras tarifárias e não tarifárias.
• b) Estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum (TEC), contendo a
concorrência entre os participantes frente a entrada de produtos externos.
• c) Coordenação de políticas macroeconômicas, possibilitando que as
políticas de câmbio, fiscal, monetária, agrícola, industrial e de normas técnicas estabeleçam condições justas para os Estados (ainda não aplicada em toda a sua abrangência).
A EXCLUSÃO DO PARAGUAI
E A ENTRADA DA VENEZUELA
• As relações entre os dois países tornaram-se tensas a partir da chegada ao poder de Hugo
Chavez na Venezuela.
• O partido Colorado (patronal) sempre temeu uma expansão do "Chavismo" no país e uma
perspectiva de emenda constitucional que possibilitasse a reeleição de Lugo.
• Os fatores responsáveis pela retirada do Paraguai do bloco estão vinculados a derrubada do
presidente Fernando Lugo em um processo no senado em 36 horas.
• O processo, segundo participantes do MERCOSUL, configurou um golpe a democracia
abriu caminho para a entrada da Venezuela, visto que os parlamentos do Brasil, Argentina e Uruguai já havia aprovado a entrada do país.
• Após o processo eleitoral no Paraguai notamos a reentrada do país no bloco, ainda com
DIFICULDADES PARA O BLOCO
• Diversidade entre os participantes, tanto do ponto de vista
econômico quanto espacial.
• População mais representativa do Brasil, assim como a sua
capacidade de inovação.
• Barreiras e impedimentos construídos entre os países membros
desrespeitando os acordo e tratados assinados.
• Baixo investimento em infra-estrutura para ampliar a integração.
• Diferenças econômico-produtivas que dificultam uma maior fluidez
para a força de trabalho, apesar da liberação dos fluxos populacionais entre os países por 90 dias sem a necessidade de passaporte.
ORIGENS DO BLOCO
• BLOCO FORMADO POR VENEZUELA E CUBA, ONDE SUAS LIDERANÇAS (HUGO CHAVEZ E FIDEL
CASTRO) PROPUSERAM A CRIAÇÃO DE UM BLOCO SOCIAL.
• É UMA CONTRAPOSIÇÃO À ALCA: BLOCO
PROPOSTO PELOS EUA AOS PAÍSES LATINO-AMERICANOS, MENOS CUBA.
• SUA FUNCIONALIDADE VISA O BEM-ESTAR DAS POPULAÇÕES DOS PAÍSES MEMBROS, ONDE
NOTAMOS SUA FORMALIZAÇÃO APÓS 3 (três)
EVENTOS BASTANTE SUGESTIVOS: OS ATAQUES DE 11/09, A TENTATIVA DE GOLPE NA VENEZUELA E A
REUNIÃO DA OMC EM 2003 NO MÉXICO (RODADA DE DOHA).
FINALIDADES DO BLOCO
• POSSIBILITAR O ACESSO A PRODUTOS E ALIMENTOS COM PREÇO JUSTO PELA POPULAÇÃO ATRAVÉS DE TROCAS ENTRE OS PAÍSES MEMBROS.
• DISPONIBILIZAÇÃO DE SERVIÇOS BÁSICOS, FONTES ENERGÉTICAS E AVANÇOS TECNOLÓGICOS QUE BENEFICIEM EM PRIMEIRO
LUGAR, A POPULAÇÃO EM SUAS DEMANDAS BÁSICAS.
• A ALBA VISA A INTERRELAÇÃO ENTRE OS PAÍSES LATINO
-AMERICANOS COM O INTUITO DE SOLUCIONAR OS PROBLEMAS
DAS POPULAÇÕES A PARTIR DE UMA REDE AMPLA DE SERVIÇOS E INFRA-ESTRUTURA.
!
• EX:
• FORNECIMENTO DE PETRÓLEO A BAIXO CUSTO A CUBA
PELA VENEZUELA.
• FORNECIMENTO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E
EDUCAÇÃO PARA A VENEZUELA POR CUBA
CONSEQUÊNCIAS DO BLOCO
• Está polarizando países no Caribe e América do Sul, em função das vantagens e novas possibilidades.
• Está diminuindo a influência dos EUA na região, criando uma nova possibilidade para as diversas economias
Latino americanas.
• A força política de Hugo Chavez se amplia com o sucesso do bloco.
• A adesão de novos membros como a Nicarágua, Bolívia e Equador demonstram o potencial do bloco ligada a
esquerda da América Latina.
• Todas as relações que se estabelecem entre os países na ALBA visam, inicialmente, o bem-estar social.
A
L
B
A
UNASUL
UMA NOVA PERSPECTIVA PARA A
AMÉRICA DO SUL OU POPULISMO
DE ESQUERDA?
PROF.: ROBERT OLIVEIRA CABRAL
O que significa
UNASUL
?
• UNIÃO DAS NAÇÕES SUL-AMERICANAS.
• Trata-se de uma integração entre os 12 países da América do Sul em busca conferir uma integração econômica evoluída (união econômica), parceria política na resolução de problemas internos e a formação de um conselho de segurança.
• Esta é uma tentativa dos países sul-americanos
minimizares a presença dos EUA no subcontinente, tanto economicamente como militarmente.
• O caminho de construção da UNASUL tornou-se possível a partir dos problemas e dificuldades
enfrentadas pelos países na reunião da OMC em Cancun (2003) onde a Rodada de Doha e a
consolidação da ALCA tornaram-se inviáveis visto o protecionismo dos países centrais.
• Outro fator está relacionado ao crescimento da
importância estratégica dos países sul-americanos, em especial os detentores de reservas petrolíferas • As tentativas de golpe na Venezuela em 2002,
arquitetada pela elite local e interesses dos EUA ampliaram a solidariedade entre as nações latino-americanas na manutenção das suas democracias.
• A iniciativa da criação de um órgão nos moldes da UNASUL foi
apresentada, oficialmente, numa reunião regional, em 2004, em Cusco, no Peru.
• O projeto recebeu o nome de Casa (Comunidade Sul-Americana de
Nações), mas o nome foi modificado para UNASUL durante a Primeira Reunião Energética da América do Sul, realizada em 2007 na
Venezuela.
• Os principais objetivos serão a coordenação política, econômica e social da região.
• Com a UNASUL, espera-se avançar na integração física, energética, de telecomunicações e ainda nas áreas de ciência e de educação, além da adoção de mecanismos financeiros conjuntos.
• Os presidentes assinaram a formalização do bloco em maio de 2008, mas para que UNASUL comece a funcionar como organismo
internacional o texto ainda precisa ser ratificado pelos congressos de nove dos doze países.
• Os líderes regionais estão discutindo também a criação do Conselho de Defesa da América do Sul. A idéia foi apresentada oficialmente pelo
Brasil, mas é rejeitada pela Colômbia.
• A iniciativa ganhou força depois da crise envolvendo Venezuela,
Colômbia e Equador, provocada por uma ação militar colombiana contra as FARCs em território equatoriano.
• Existe o plano de criação do Parlamento único da
UNASUL, mas não há nenhuma expectativa de que a idéia seja colocada em prática em um futuro próximo. • A UNASUL terá ainda uma secretaria permanente que
deverá ser em Quito, no Equador.
• Os países que farão parte do grupo têm cerca de 360
milhões de habitantes e, de acordo com dados da CEPAL (Comissão Econômica para América Latina e Caribe),
tinham um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 2,5 trilhões em 2006.
• Ainda de acordo a CEPAL, só o PIB do Brasil era de US$ 1,06 trilhão em 2006. Em 2007, o PIB do Brasil foi de US$ 1,3 trilhão.
Várias Américas
• Mas este é um grupo desigual, que conta com 200
milhões de habitantes do Brasil e três milhões do
Uruguai, por exemplo.
• Num primeiro momento, os governos parecem ter
expectativas diversas sobre os resultados reais da
UNASUL.
• O ministro das Relações Exteriores do Chile,
Alejandro Foxley, disse que seu país tem três
principais interesses nessa integração: energia,
infra-estrutura e uma política comum de inclusão
social.
Funcionalidade do Bloco
• O sistema de presidência é temporária (1 ano)
e rotativa (em ordem alfabética).
• Nos termos do Tratado, a UNASUL terá como
órgãos deliberativos um Conselho de Chefes
de Estado e de Governo, um Conselho de
Ministros de Relações Exteriores e um
Conselho de Delegados.
• Haverá reuniões anuais de chefes de Estado e
de Governo e reuniões semestrais do
Conselho de Ministros de Relações Exteriores.
UNASUL E A 4ª FROTA NAVAL DOS EUA
PROF.: ROBERT OLIVEIRA CABRAL robertgeografia@gmail.com
• APÓS A FORMALIZAÇÃO DA UNASUL NOTAMOS QUE OS EUA REESTABELECEM A 4ª FROTA NAVAL.
• ESTE “BRAÇO” DAS FORÇAS ARMADAS DOS EUA FOI CRIADO DURANTE A 2ª GUERRA PARA EXPURGAR DO ATLÂNTICO SUL A PRESENÇA NAZISTA.
• EM 1950 A 4ª FROTA FOI DESATIVADA, VISTO A INFLUÊNCIA DOS EUA NA AMÉRICA LATINA E O CONTROLE DA EXPANSÃO DO SOCIALISMO NA REGIÃO COM AS DITADURAS MILITARES.
• OUTRO FATOR IMPORTANTE PARA ENTENDERMOS O RENASCIMENTO DA 4ª FROTA ESTÁ NO PETRÓLEO ENCONTRADO PELO BRASIL NA
CAMADA PRÉ-SAL.
• ESTE É O PRINCIPAL FATOR PARA NOTARMOS O REAPARELHAMENTO DAS FORÇAS ARMADAS DO BRASIL, EM ESPECIAL OS LAÇOS
FORMALIZADOS COM A FRANÇA.
• O CONSELHO DE SEGURANÇA DA UNASUL É UMA PERSPECTIVA SUL-AMERICANA DE REDUZIR A PRESENÇA DOS EUA NA REGIÃO.
• A PREOCUPAÇÃO DOS MILITARES BRASILEIROS ESTÁ SE
INTENSIFICANDO, VISTO INFORMAÇÕES SOBRE DISCUSSÕES NO PENTÁGONO SOBRE A SOBERANIA COSTEIRA DO BRASIL.
A COLÔMBIA E AS BASES MILITARES
DOS EUA
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• Fica claro que o objetivo dos EUA não é combate ao
narcotráfico, porém estratégico para futuras intervenções militares na América do Sul.
• Ainda mais agora que se sabe a respeito de um documento da USAF apresentado em abril, em um seminário militar,
defendendo o uso de uma base no centro da Colômbia como plataforma de operações de longo alcance.
• Com o anuncio das bases o Brasil antecipou a compra dos caças do Projeto FX-2, quase fechando o acordo com a francesa
Dessaut na compra do Rafale C.
• A contraproposta da SAAB deixou o governo brasileiro
assustado: o Gripen pela metade do preço do Rafale C e a fusão entre a SAAB e a EMBRAER.
• Esta última proposta feita pela SAAB levou a presidente Dilma a fechar o contrato com os suecos em 2014.