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ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA EM HABILIDADES SOCIAIS E ACADÊMICAS DE ALUNO COM PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO.

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ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA EM HABILIDADES SOCIAIS E ACADÊMICAS DE ALUNO COM PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO. Regina Keiko Kato Miura, Rogério dos Santos Ferreira, Miriam Nascimento de Lima. Universidade Estadual Paulista – Campus de Marília/SP.Apoio: Proex - Reitoria de extensão - PROGRAD/UNESP. rkkmiura@marilia.unesp.br; miriam.nlfernandes@gmail.com

Tema: Práticas Pedagógicas.

EDUCATIONAL GUIDANCE ON SOCIAL SKILLS AND STUDENT ACADEMIC WITH BEHAVIOUR PROBLEMS. Regina Keiko Kato Miura, Rogério dos Santos Ferreira, Miriam Nascimento de Lima. State University of Sao Paulo - Campus Marilia / SP. Support: PROGRAD- Núcleo de Ensino-Reitoria/UNESP. rkkmiura@marilia.unesp.br; miriam.nlfernandes@gmail.com

Resumo

A forma como os pais educam seus filhos parece influenciar no surgimento de comportamentos adequados ou “inadequados” dos filhos. A criança que apresenta problemas comportamentais é considerada um aluno que precisa de ações educativas cuja conscientização acerca dos direitos para garantia de respeito e educação de qualidade a esses alunos também são necessárias. O presente estudo teve por objetivo analisar o desenvolvimento de atividades que comtemplassem áreas acadêmicas e de habilidades sociais para uma criança com problemas de comportamento na escola e na família. O estudo de caso, contou com a participação de uma aluna de uma escola municipal de ensino fundamental-EMEF, 10 anos de idade, e encaminhada ao setor de triagem no atendimento no Centro de Estudos da Educação e Saúde – CEES/Marília, por apresentar problemas de aprendizagem e de comportamento. Os resultados da intervenção de habilidades sociais mostraram que as características de condutas sociais interferem no desenvolvimento de atividades acadêmicas e nas interações parentais. Houve a necessidade de identificação da função da apresentação do problema de conduta, que, neste caso, parecia se relacionar a imitação e a reprodução de ações, na escola e na família, de episódios de filme de terror de grande interesse da aluna. Observou-se que a probabilidade de sucesso na aquisição das competências pode ser vista pelo potencial demonstrado no desempenho o das atividades propostas e na redução de comportamentos inadequados.

Palavras-chave: Problemas de Comportamento. Habilidades Sociais Abstract

The way parents educate their children seems to influence the emergence of appropriate behavior or "inadequate" children. The child with behavioral problems is considered a student who needs educational activities whose awareness of the rights to respect and guarantee quality education to these students are also required. This study aimed to analyze the activities that develop comtemplassem academic and social skills areas for a child with behavior problems in school and family. The case study, with the participation of a student in a public school of fundamental-EMEF school, 10 years old, and referred to the screening sector in meeting the Education and Health Studies Center - CEES / Marilia, to present learning problems and behavior. Social skills intervention results showed that social behavior characteristics interfere in the development of academic activities and in parental interactions. There was the need to identify the function of presenting the problem of conduct, which in this case seemed to relate imitation and reproduction actions, school and family, episodes of great interest of the student horror film. It was observed that the probability of success in

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acquiring the skills can be seen by the potential shown in the performance of the proposed activities and the reduction of inappropriate behavior.

Keywords: Behavior Problems. Social skills

1.Introdução

Quando se fala em indisciplina escolar muitos professores apontam a família como culpada pela “falta de educação” de seus filhos e acreditam que o alicerce na edificação de valores morais é papel dos pais, mas reconhece que a escola é um espaço complementar na construção dos valores sociais e morais.

A forma como os pais educam seus filhos parece influenciar no surgimento de comportamentos adequados ou “inadequados” em seus filhos. Patterson, Reid, Dishion (2002) relatam que os comportamentos pró-sociais e desviantes podem ser subproduto direto de intercâmbios sociais, especialmente com membros da família e outros pares. Os autores explicam que tais comportamentos ocorrem diante de um estímulo discriminativo observável no ambiente social imediato e mantido por consequências reforçadoras ou punitivas. O efeito desses padrões de ação e reação, altamente previsíveis, seria produzir comportamentos igualmente estáveis da criança-problema, tanto pelos pares como pelos pais e professores.

Bolsoni-Silva (2002) É importante levantar quais são os comportamentos parentais favorecem o surgimento e manutenção de comportamentos considerados inadequados dos filhos, bem como suas Habilidades Sociais Educativas, de forma a verificar quais comportamentos parentais devem reduzir de frequência e quais devem ser fortalecidos ou instalados, para a melhoria do relacionamento pais-filhos e redução dos problemas de comportamento dos filhos.

Silva (2000) verificou, ao comparar relatos de pais e de professores quanto a comportamentos adequados e inadequados de crianças referidas como tendo problemas de comportamento ou comportamentos socialmente adequados, que ambos os grupos de crianças apresentavam grande número de comportamentos adequados, apesar de o primeiro grupo possuir um maior número de comportamentos inadequados. Com base nestes dados, é possível hipotetizar que crianças, mesmo as consideradas como tendo problemas de comportamento, podem ter algum repertório adequado, o qual acaba passando despercebido por pais e/ou professores, levando a um fortalecimento de comportamentos inadequados e a um enfraquecimento de comportamentos socialmente adequados.

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Marques (1999) pesquisou envolvendo a análise de competência social no âmbito das relações pais-filhos. A autora investigou relações entre competência social, empatia e representação de apego junto a 100 crianças e 30 mães. Esta população foi considerada em risco, por morar em locais com alto índice de tráfico de drogas e violência e por possuir nível socioeconômico baixo, na cidade de Porto Alegre. Alguns resultados apontam relações entre relacionamento positivo mãe-criança e: a) auto eficácia da criança e b) sentimentos de felicidade e pertencimento e comportamentos socialmente competentes da criança. Estes resultados mostram que HSE dos pais podem favorecer comportamentos socialmente adequados nos filhos, à medida que podem desenvolver maior auto eficácia e sentimentos de felicidade e melhor desempenho acadêmico e social. Tais sentimentos podem ser desenvolvidos em ambientes familiares mais afetivos que punitivos.

Soares e Mello (2009) em seus estudos realiza uma reflexão sobre a importância das habilidades sociais para o contexto educacional, que contribui para novos estudos na área. E podem ainda servir de alerta para que as instituições escolares se preocupem com o desenvolvimento das relações interpessoais entre seus professores e alunos, com o intuito de favorecer a formação desse sujeito não só em termos de conteúdo, mas também a sua formação enquanto ser humano. Neste último caso, as habilidades sociais têm demonstrado se constituir um aspecto relevante para a formação de professores. Meireles (2009) aponta que nas estratégias dos programas de desenvolvimento das habilidades sociais do professor deve ser considerado o modelo da assertividade, que fortalecerá e manterá comportamentos interpessoais (DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2002), e também a empatia, pois a habilidade empática possui efeitos positivos sobre o comportamento humano (FALCONE, 1999).

O educando que apresenta problemas comportamentais é considerado um aluno que precisa de ações educativas especiais. Nesse sentido é importante conscientizar acerca dos direitos do educando para garantia de respeito e educação de qualidade a esses alunos. Para LeBlanc (1990), a educação deveria seguir um currículo funcional Natural (CFN) e proporcionar habilidades que as pessoas pudessem utilizar durante toda a vida e a aprendizagem deveria ser reforçadora, divertida e causar o menor número de erros.

De acordo com LeBlanc (1992), um currículo desenhado para desenvolver ao máximo as potencialidades de uma pessoa portadora de necessidades educacionais especiais, tendo em vista um conjunto dos objetivos a ensinar e procedimentos de como ensinar, com base em três perguntas: O que ensinar? (Objetivos), Para que ensinar? (Princípios

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Norteadores), Como ensinar? (Procedimentos). Além de seguir essas perguntas norteadoras, o currículo deve ser sempre Funcional, Natural e Divertido.

Na década de 70, Bijou e Baer definiram um currículo funcional para crianças pré-escolares e propuseram que ele deveria incluir três componentes básicos, quais foram:

a) estabelecer metas de comportamentos que fossem relevantes ao desenvolvimento das crianças dentro de seu ambiente (decidindo quais comportamentos reforçar e quais diminuir para que as crianças se desenvolvessem otimamente dentro de seu ambiente);

b) ajustar as condições e procedimentos de ensino para favorecer uma ótima aprendizagem (decidindo que técnicas utilizar para realizar as mudanças de comportamentos e aprendizagem de novas habilidades);

c) avaliar constantemente a efetividade destes procedimentos (por meio da avaliação do comportamento durante o processo de ensino)

(LEBLANC,1998, p.1 apud GIARDINETTO, 2009, p. 25).

LEBLANC (1998) define que o conceito de Funcional e Natural em que a palavra funcional significa que é necessário que as habilidades a serem ensinadas tenham uma função para a vida da pessoa, a fim de que aprenda o que é necessário para ter sucesso em sua vida. A palavra natural refere-se aos procedimentos de ensino usados no Currículo, com ênfase para que o ambiente de ensino e os procedimentos utilizados sejam o mais próximo possível ao que ocorre no mundo real. O Currículo Funcional Natural propõe um que as atividades sejam divertidas. Refere-se ao engajamento tanto do professor quanto do aluno, sendo que ambos devem sentir prazer nas atividades desenvolvidas. Por sua vez, o professor deve causar o menor número de erros, ou seja, o professor deverá facilitar o processo de aprendizagem, antecipando as possibilidades de erros e impedindo, na medida do possível, que eles ocorram, pois, na medida em que os alunos acertam, sentem-se mais confiantes para avançar (MAYO, LEBANC, MIURA, 2008)

LeBlanc, Etzel e Domash (1978 apud GIARDINETTO, A. R. S. B. 2009) mostram em seu estudo sobre currículo funcional com crianças em idade pré-escolares, que para a educação dessas crianças era necessário ensinar a elas habilidades que as levassem a funcionar da melhor forma possível dentro de seu ambiente, com independência. Para isto acontecer, as crianças precisariam ter habilidades e conhecimentos pertinentes para atuarem efetivamente em seu ambiente e que um currículo funcional poderia ser planejado para desenvolver tais habilidades e conhecimentos.

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2. Objetivo

Analisar o desenvolvimento de atividades que comtemplassem áreas acadêmicas e de habilidades sociais com uma criança que apresentava alta frequência de problemas de comportamento e dar orientação aos pais sobre habilidades sociais educativas.

3. Metodologia

Esse trabalho consiste num estudo de caso. Segundo Yin (2010), essa metodologia é apenas uma das várias maneiras de realizar pesquisa de ciência social. Outras maneiras incluem, mas não se limitam a experimentos, levantamentos, histórias e pesquisa econômica e epistemológica. Em geral, os estudos de caso são preferidos quando:

a) As questões “como” ou “por que” são propostas; b) O investigador tem pouco controle sobre os eventos;

c) O enfoque está sobre um fenômeno contemporâneo no contexto da vida real.

Em resumo, o método do estudo de caso permite que os investigadores retenham as características holísticas e significativas dos eventos da vida real.

3.1. Participantes

Para elaboração dos dados dessa pesquisa selecionou-se uma criança com problemas comportamentais, oriunda do setor de triagem do CEES e encaminhado ao projeto de extensão-PROEX-Reitoria/UNESP intitulado: “Ensino de habilidades de manejo de comportamento para graduandos de Pedagogia e fonoaudiologia”, sob coordenação da pesquisadora Drª. Regina K.K. Miura, docente do Departamento de Educação Especial-FFC/UNESP/Marília.

A participante do presente estudo de caso foi uma aluna que frequenta escola municipal do ensino fundamental-EMEF que apresentam problemas comportamentais e problemas de aprendizagem em conteúdos acadêmicos, conforme demonstra o quadro abaixo. Quadro 1- caracterização da participante do estudo

Fonte: Elaborado pela autora.

PARTCIPANTE GÊNERO IDADE INSTRUÇÃO HISTÓRICO E QUEIXAS P1LE Feminino 10 anos EMEF-4º ano

Fala com gritos, birras, atitudes antissociais, dificuldade e resistência às atividades acadêmicas, bate em colegas da escola, agressão contra a irmã

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3.1.2.Local e material

O estudo foi desenvolvido no Centro de Estudos da Educação e da Saúde - CEES, unidade auxiliar da Unesp/ Marília, onde apoiam o desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão com pessoas que apresentam necessidades educacionais especiais.

Para desenvolvimento de trabalho foi realizada inicialmente uma pesquisa bibliográfica acerca do tema em: Banco de dados, artigos, revistas, internet, livros e teses.

Os instrumentos para coleta de dados do presente estudos foram: termo de consentimento livre e esclarecido, roteiro de entrevista semiestruturada e análise funcional. Os equipamentos utilizados foram: Câmera fotográfica, notebook, mesa, cadeira, lousa, giz de lousa, caderno, lápis de lição, lápis de cor, giz de cera, borracha e brinquedos.

3.3 Procedimento

A pesquisa se realizou nas dependências do Centro de Estudos da Educação e saúde – CEES. O estudo iniciou-se com consentimento dos pais e a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

A coleta de dados foi realizada por meio de observação da aluna P1LE em atividades acadêmicas e o desenvolvimento, no segundo momento de habilidades de gestão de comportamento (MIURA, 2006). As estratégias utilizadas para promoção de habilidades sociais nesse trabalho foram selecionadas e analisadas por Miura (2006).

Realizou-se uma entrevista com os pais para coletar informações e dar instruções sobre como lidar com os problemas de comportamento apresentados pela participante deste estudo. A entrevista para análise funcional consistiu em quatro etapas de perguntas: 1) descrição do comportamento-problema e definição operacional, 2) História do comportamento, 3) Análise dos eventos antecedentes e 4) Análise das consequências.

Ao trabalhar o problema de comportamento, paralelamente a isso, foram ensinadas habilidades acadêmicas. Observou-se, em registro no caderno, que a aluna não sabia falar e nem escrever o próprio nome completo, sua idade, nome dos pais, não tinham noção temporal (ontem, hoje, amanhã, manhã, tarde, noite, dias, meses, anos), não sabiam ver minimamente horas, não sabiam cores, letras, números, contar, entre outros.

No terceiro momento se realizou-novas avaliações e entrevista com os pais para analisar os dados obtidos.

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A intervenção tanto comportamental quanto acadêmica teve como base o Currículo Funcional Natural que implica em uma análise e avaliação entre todas as interações ambientais e comportamentais.

4. Resultados e Discussão

Por meio da metodologia de análise funcional foi realizado ensino paralelo de estratégias de ensino de habilidades social (MIURA, 2006) e acadêmicas, para a criança e aos pais. Por exemplo: adaptação do aluno em diversas situações sociais; constantes retomadas das regras em situações de rotina; modelos de falas e comportamentos adequados; definição de um único objetivo por vez; a partir das atividades desenvolvidas com os alunos, em alguns momentos houve a necessidade de adaptações curriculares e de recursos; níveis de ajuda total e parcial em atividades sociais, principalmente em atividades que envolvem leitura e escrita e matemática, dentre outros.

Por ter dificuldades acadêmicas apresentava comportamentos como falar muito, andar na sala de aula, fazer pirraças aos colegas de sala, diminuindo ainda mais a probabilidade de aprendizado e de mostrar seu potencial.

As atividades de rotina com base no Currículo Funcional Natural se referiram por exemplo: Nome, calendário (dia, dias da semana, mês, ano), hora, sistema monetário, situações problemas e descrição do problema com raciocínio lógico matemático, tabuada, fração leitura e escrita (pontuação, ortografia).

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Ao realizar a análise funcional do comportamento observou-se que a criança apresentava atitudes agressivas e vingativas ao ser contrariada ou confrontada, tanto no ambiente escolar e quanto em casa com a irmã. Tinha resistência a atividades acadêmicas e tirava muitas notas baixas, além de ter a autoestima baixa e precisar se afirmar o tempo todo, contava mentiras para se engrandecer. Em conversa durante atividades pedagógicas de leitura, escrita e jogos pedagógicos observou-se que alguns dos comportamentos inadequados da aluna era aprendido por meio de filmes de terror que a mesma assistia em vídeos, conforme descrito em uma das produções de texto espontânea;

Figura: Texto escrito pela P1LE.

Pôde ser observado também atrás de relatos espontâneo da criança para a graduanda de Pedagogia nos atendimentos “A criança contou que na sua escola tem uma menina que tem olho de gato e disse que é muito estranho. Contou também que uma outra criança disse que dorme com o Chuck, e que essa menina era “doida” porque o boneco podia acordar a noite e puxar o pé dela”

Após o levantamento de dados sobre o comportamento e desempenho da criança planejaram-se estratégias de ensino de habilidades social (MIURA,2006), o plano de ensino de atividades acadêmicas e orientação aos pais, pois os responsáveis apresentavam

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dificuldades em lidar com comportamentos da criança, como mostra o relato da própria criança para graduanda “A criança contou que estava assistindo televisão e sua mãe falou para ela ir dormir. A criança saiu correndo e fechou tão forte a janela do seu quarto que quebrou o vidro. Falou que sua mãe ficou muito brava e que iria descontar o conserto da janela em um presente que iria dar a ela. A criança também contou que antes de isso acontecer sua irmã quebrou um celular de sua tia e a mãe não fez nada com sua irmã, e não foi justo, disse a criança”.

Na imagem abaixo mostra as anotações feita pela graduanda de pedagogia, sobre a uma das orientação feita pela orientadora Regina Miura aos responsáveis da aluna.

Podemos observar que: a mãe seguiu algumas das orientações dadas em reuniões anteriores, que os pais não recebem mais reclamações da escola (as notas melhoraram), traçou novas metas de aprendizagem para criança a ser desenvolvidas tanto no CEES quanto em

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casa, os responsáveis ainda proferem palavras negativas, por vezes na frente da criança, a orientação dada foi para não agir dessa maneira.

Após as intervenções foi feito uma entrevista com o responsável pela criança que afirmou que “seu desempenho escolar e comportamental melhorou significativamente”. As orientações feitas aos familiares foram bem sucedidas, pela participação e motivação dos pais em aprender, auxiliando para uma intervenção adequada e efetiva. A aluna apresentou melhoras no desenvolvimento global, constatou-se o aumento na apresentação de habilidades sociais e desempenho positivo nas atividades acadêmicas, tais atividades referem-se aos objetivos de ensino de identificação pessoal (exemplos: de forma oral e escrita de seu nome completo, de seus familiares e de palavras significativas, aumento da autoestima e imagem corporal), pontuação, ortografia, leitura e escrita de textos, leitura de relógio (horas), tabuada, operações matemáticas entre outros. Os dados do presente estudo podem ser apresentados por meio do relato da responsável “ela melhorou com a irmã, na escola, muito inteligente e a professora disse que melhorou muito e que hoje ajuda os amigos. Em casa está ajudando, está obediente, faz tarefa sozinha.”

5. Considerações Finais

Ao longo deste estudo procurou-se a entender os problemas de comportamento no ambiente escolar, familiar e a importância que o mesmo tem na prática pedagógica e, consequentemente, no processo educacional.

Observou-se a importância de ter conhecimento sobre habilidades sociais para desenvolvimento de boas relações, para estabelecer harmonia e equilíbrio no ato de ensinar, educar e aprender com eficiência.

O planejamento de educacional em sala de aula e em família, principalmente quando se trata de crianças com problemas de comportamento, exige do professor e dos pais conhecimentos sobre a criança e variáveis que podem interferir nas condições ambientais na sala de aula e nas relações parentais, analisar aspectos que podem levar ao sucesso ou ao fracasso do ato de educar.

Este é um estudo sobre comportamento e habilidades sociais deverá ter continuidade com novos estudos que possam contribuir nas relações parentais e formação de professores, para o sucesso da criança com problema de comportamento.

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7. Referências

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