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ÓRGÃOS DA JUSTIÇA DO TRABALHO

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ÓRGÃOS DA JUSTIÇA DO TRABALHO CAPÍTULO III

DO PODER JUDICIÁRIO Seção V

Do Tribunal Superior do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho e dos Juízes do Trabalho

Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho: I - o Tribunal Superior do Trabalho;

II - os Tribunais Regionais do Trabalho; III - Juizes do Trabalho.

Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete (27) Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos (+ 35 e – 65 anos) e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 92, de 2016)

I um quinto dentre (1/5 advogados e MPT) com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;

II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

§ 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho:

I a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira;

II o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

§ 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar, originariamente, a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 92, de 2016)

Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho.

CAPÍTULO III DO PODER JUDICIÁRIO

Seção V

Do Tribunal Superior do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho e dos Juízes do Trabalho

Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo (07 juízes), sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da

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República dentre brasileiros com mais de trinta (+ 30 e – 65 anos) e menos de sessenta e cinco anos, sendo:

I um quinto dentre (1/5 advogados e MPT) advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;

II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e merecimento, alternadamente.

§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. § 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.

CAPÍTULO III DO PODER JUDICIÁRIO

Seção V

Do Tribunal Superior do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho e dos Juízes do Trabalho

Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular.

Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

ANTES DA EC 24/99 TÍNHAMOS AS JUNTAS DE CONCILIAÇÃO E JULGAMENTO FORMADAS POR 3 JUÍZES (1 TOGADO E 2 CLASSISTAS). ASSIM, A JURISDIÇÃO ERA COLEGIADA E PARITÁRIA.

Art. 668 CLT - Nas localidades não compreendidas na jurisdição das Juntas de Conciliação e Julgamento, os Juízos de Direito são os órgãos de administração da Justiça do Trabalho, com a jurisdição que lhes for determinada pela lei de organização judiciária local.

COMPETÊNCIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO: (ARTIGO 114 DA CF)

É a organização do Poder de julgar.

Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

Diz respeito aos trabalhadores empregados pelo regime da CLT).

É que a ADIn 3395-6 o STF afastou a possibilidade do estatutário ingressar com a ação na Justiça do Trabalho. Assim, o estatutário terá que ingressar com a ação na Justiça Estadual Comum.

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Súmula 363, STJ - Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente.

II as ações que envolvam exercício do direito de greve;

III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;

Permite ações dos sindicatos em causa própria. Assim é de competência da Justiça do Trabalho a análise de todos os processos que envolva sindicatos, até mesmo eleição sindical.

IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;

V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; (STF)

VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;

Geralmente nessas ações o empregado requer indenização por acidente do trabalho ou doenças ocupacionais (ação de responsabilidade civil).

Súmula 392 do TST DANO MORAL E MATERIAL. RELAÇÃO DE TRABALHO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO

Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido.

Ações de indenização por acidente do trabalho em face do INSS postulando o auxílio-acidente não são de competência da justiça do trabalho, mas da justiça estadual comum (art. 109, I, da CF).

Art. 109 - CF. Aos juízes federais compete processar e julgar:

I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

Art. 114, VII, CF - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;

É possível impetrar mandado de segurança na Vara do Trabalho quando o empregador sofrer penalidades aplicadas de forma ilegal/abusiva pelos órgãos de fiscalização do trabalho.

Art. 114, VIII, CF - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;

São as contribuições previdenciárias e fiscais das sentenças trabalhistas e serão executadas nos próprios autos pela Justiça do Trabalho.

Art. 114, IX, CF - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. A Justiça do Trabalho não é competente apenas para analisar as ações de trabalhador avulso e pequena empreitada, mas também as ações de trabalhador autônomo, trabalhador eventual, parceiros, meeiros, arrendatários etc, exceto as relações de consumo.

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§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. Cabimento da arbitragem no processo do trabalho para o dissídio coletivo.

§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.

§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.

INCOMPETÊNCIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO

a) Acidentes do Trabalho em face do INSS (art. 109, I, CF): competência da Justiça Comum (art. 109, I, CF);

b) Previdência Social: competência da Justiça Federal ou Justiça Comum para pedidos de benefícios previdenciários, e

c) Relações de consumo: competência da Justiça Comum em virtude do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90).

COMPETÊNCIA TERRITORIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO (ARTIGO 651 DA CLT)

É a escolha do local físico (circunscrição territorial) onde deve ser proposta a ação. Competência de foro.

Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.

A CLT fixa a competência territorial no “caput” do art. 651 da CLT, sendo regra geral o último local de trabalho, ainda que o empregado tenha sido contratado em outro local ou no estrangeiro, pouco importando o domicílio do reclamante/autor. Será competente o Juízo da localidade onde o empregado trabalhou.

EXCEÇÕES

§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado E, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.

Se o trabalhador FOR AGENTE OU VIAJANTE COMERCIAL, não terá um local de trabalho fixo. Nesta situação, a competência é fixada pela localidade onde estiver a filial a que é subordinado. Se não houver filial (ou seja, subordinado diretamente à matriz) a competência é da localidade onde o empregado tiver domicílio.

§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde

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que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário.

O parágrafo segundo garante ao empregado brasileiro a competência da Justiça do Trabalho brasileira para conhecer de conflito que tenha ocorrido no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional regulando o tema.

Poderá mover ação contra o seu ex-empregador no local da sede da empresa no Brasil ou na localidade em que foi contratado.

§ 3º- Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.

Cuidado para não realizar interpretação que afronte o “caput” do artigo. Aplicável somente quando o EMPREGADOR promover atividades fora do lugar da contratação do empregado. O foro competente é o do local da contratação do empregado ou dos locais onde se prestou serviços. FORO DE ELEIÇÃO: no direito do trabalho NÃO EXISTE o chamado foro de eleição ou contratual (aquele que as partes, livremente, escolhem o local para a propositura das ações).

Art. 2° Sem prejuízo de outros, NÃO SE APLICAM AO PROCESSO DO TRABALHO, em razão de inexistência de omissão ou por incompatibilidade, os seguintes preceitos do Código de Processo Civil:

I - art. 63 (modificação da competência territorial e eleição de foro);

ASPECTOS GERAIS DO PROCESSO DO TRABALHO

CELERIDADE: as questões trabalhistas devem ser resolvidas de forma rápida, pois envolvem questões salariais, que constitui no único meio de sobrevivência do trabalhador e sua família (art. 5º, LXXVIII, CF).

ORALIDADE: os atos praticados no processo do trabalhado são eminentemente orais e praticados em audiência.

- 20 minutos para aduzir a defesa (art. 847 da CLT) - depoimentos pessoais

- oitiva de testemunhas

- 10 minutos para as partes aduzirem razões finais (art. 850 da CLT)

CONCENTRAÇÃO: os atos processuais mais relevantes são realizados na audiência (presença das partes, tentativas de conciliação, oitiva das partes e suas testemunhas e a própria decisão). IRRECORRIBILIDADE DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS: as decisões proferidas pelo órgão jurisdicional no curso do processo não são recorríveis, podendo a parte levantar a questão somente no recurso que couber da sentença (art. 893, §1º, CLT e Súmula 214 do TST).

AGRAVO DE INSTRUMENTO só serve para destrancar um recurso que foi negado seguimento. assim, se o juiz indeferiu algum pedido da parte em decisão interlocutória, via de regra, só cabem os protestos pela parte que entende ter sido prejudicada.

JUS POSTULANDI: artigo 791 da CLT:

“Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final”.

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É o direito de postular em Juízo sem a necessidade de estar assistido por advogados, faculdade que também se estende ao empregador.

Art. 133 da Constituição Federal: “O advogado é indispensável à administração da justiça”. Súmula nº 425 do TST

JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE.

O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. É por causa do jus postulandi que inexiste o instituto da sucumbência em relação aos honorários advocatícios na Justiça do Trabalho.

Honorários Sucumbência – Súmula 219 do TST

Súmula nº 219 do TST - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO.

I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a) estar assistida por sindicato da categoria profissional; b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família.

Após a EC 45/2004 nas ações que NÃO TENHAM POR OBJETO A RELAÇÃO DE EMPREGO são devidos honorários advocatícios pela mera sucumbência (Artigo 5º da I.N. 27 do TST).

Art. 5º Exceto nas lides decorrentes da relação de emprego, os honorários advocatícios são devidos pela mera sucumbência.

NATUREZA CONCILIATÓRIA: artigos 846 e 850 da CLT.

O juiz deve medir esforços no sentido de conseguir a conciliação/acordo em duas oportunidades. - antes da apresentação da defesa

- depois de encerrada a instrução e antes de proferir julgamento

No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a previdência social sobre as contribuições previdenciárias.

Art. 831, Parágrafo único CLT. No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas.

A homologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança (Súmula 418 do TST).

Súmula nº 418 do TST - MANDADO DE SEGURANÇA VISANDO À CONCESSÃO DE LIMINAR OU HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO.

A concessão de liminar ou a homologação de acordo constituem faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança.

NULIDADE: artigos 794 e 795 da CLT.

No processo trabalhista as nulidades só ocorrerão se delas resultar manifesto prejuízo às partes. “Art. 794. Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes”.

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As nulidades no processo do trabalho devem ser suscitadas pelas próprias partes, devendo arguí-las na primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.

“Art. 795. As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão arguí-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos”.

Só excepcionalmente, as nulidades devem ser argüidas ou proclamadas ex officio. (ex: incompetência em razão da matéria ou nulidade de citação)

APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL: artigo 769 da CLT.

“Art. 769. Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título”.

Assim, são dois os requisitos para a aplicação subsidiária do Código de Processo Civil: - omissão da legislação trabalhista

- compatibilidade da norma processual civil com os princípios gerais do processo do trabalho Na FASE DE EXECUÇÃO APLICA-SE SUBSIDIARIAMENTE A LEI DE EXECUÇÃO FISCAL 6.830/80 (artigo 889 da CLT)

Art. 889 - Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em que não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal. PRAZOS PROCESSUAIS

- exclui-se o dia do começo, incluindo-se o do vencimento, salvo se este cair em domingo, feriado ou em dia que não houver expediente na Justiça (art. 775 da CLT);

Súmula nº 262 do TST - PRAZO JUDICIAL. NOTIFICAÇÃO OU INTIMAÇÃO EM SÁBADO. RECESSO FORENSE.

I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente.

II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho suspendem os prazos recursais.

- A NOTIFICAÇÃO POSTAL. NOTIFICAÇÃO DO EMPREGADOR. Súmula nº 16 do TST - NOTIFICAÇÃO

Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário.

- entre a data da NOTIFICAÇÃO/CITAÇÃO DO EMPREGADOR e data audiência deve ser respeitado o prazo mínimo de 5 dias para o reclamado preparar a sua defesa (art. 841 da CLT). Para a Fazenda Pública esse prazo é em quádruplo (art. 1º do Decreto-lei nº 779/69);

- caso o empregado procure a COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA, esta terá o prazo de 10 dias para a realização da audiência de tentativa de conciliação (art. 625 da CLT);

Art. 625-F. As Comissões de Conciliação Prévia têm prazo de dez dias para a realização da sessão de tentativa de conciliação a partir da provocação do interessado. - DEFESA DO EMPREGADOR

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Art. 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes.

- EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA

Art. 800 - Apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 24 (vinte e quatro) horas improrrogáveis, devendo a decisão ser proferida na primeira audiência ou sessão que se seguir.

- RECONVENÇÃO, dentro da contestação.

Art. 343 NCPC. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.

- RAZÕES FINAIS, encerrada a instrução e antes de o Juiz da Vara prolatar a sentença existe o prazo de 10 minutos para cada parte aduzir razões finais (art. 850 da CLT);

Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão. - PRAZO PARA OS RECURSOS típicos trabalhistas é de 8 dias (recurso ordinário, recurso de revista, agravo de petição, agravo de instrumento e embargos para o Pleno-SDI do TST);

- para a Fazenda Pública o prazo para o recurso é em dobro (art. 1º do Decreto-lei nº 779/69); - as CUSTAS PROCESSUAIS NA FASE DE CONHECIMENTO são pagas pelo vencido no valor de 2% e devem ser pagas no prazo do recurso (art. 789 da CLT). Improcedência da ação custas pelo Reclamante. Procedência total ou parcial custas pela Reclamada. A única hipótese em que é possível o pagamento de custas parciais para cada parte é no acordo;

Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e serão calculadas:

- as CUSTAS NA FASE DE EXECUÇÃO são pagas pelo executado ao final do processo (art. 789-A da CLT) em valores variáveis;

Art. 789-A. No processo de execução são devidas custas, sempre de responsabilidade do executado e pagas ao final, de conformidade com a seguinte tabela:

- após o trânsito em julgado da sentença do conhecimento, inicia-se a FASE DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

§ 1o-B. As partes deverão ser previamente intimadas para a apresentação do cálculo de liquidação, inclusive da contribuição previdenciária incidente.

- homologada as contas, por meio da sentença de liquidação, inicia-se a FASE DE EXECUÇÃO com a citação do executado para pagamento em 48 horas, sob pena de penhora (art. 880 da CLT);

Art. 880. Requerida a execução, o juiz ou presidente do tribunal mandará expedir mandado de citação do executado, a fim de que cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo modo e sob as cominações estabelecidas ou, quando se tratar de pagamento em dinheiro, inclusive de contribuições sociais devidas à União, para que o faça em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta a execução, sob pena de penhora.

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- garantida a execução com pagamento ou penhorados os bens o executado-devedor terá 5 dias para opor EMBARGOS À EXECUÇÃO, (art. 884 da CLT);

Art. 884 - Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exeqüente para impugnação.

- nesta oportunidade, poderão AS PARTES IMPUGNAREM A SENTENÇA DE LIQUIDAÇÃO: Art. 884 § 3º - Somente nos embargos à penhora poderá o executado impugnar a sentença de liquidação, cabendo ao exeqüente igual direito e no mesmo prazo.

- garantida a execução com a penhora de bens de um estranho, ou seja, aquele que não é o devedor, este poderá opor os EMBARGOS DE TERCEIRO no prazo de até 5 dias depois da arrematação, adjudicação ou remição (artigo 1048 do CPC);

- no INQUÉRITO JUDICIAL PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE, na ocorrência de suspensão do empregado dirigente sindical estável, terá o empregador 30 dias para propor a ação (art. 853 da CLT). Esse prazo é decadencial (Súmula 403 do STF);

- as AÇÕES RESCISÓRIAS devem ser propostas em até 2 anos, a contar do trânsito em julgado da decisão (art. 836 da CLT c/c art. 975 do NCPC/2015). Esse prazo é decadencial (Súmula 100 do TST).

Art. 836. É vedado aos órgãos da Justiça do Trabalho conhecer de questões já decididas, excetuados os casos expressamente previstos neste Título e a ação rescisória, que será admitida na forma do disposto no Capítulo IV do Título IX da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, sujeita ao depósito prévio de 20% (vinte por cento) do valor da causa, salvo prova de miserabilidade jurídica do autor.

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