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Amop elabora projeto-padrão a Centro de Atenção Psicossocial

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2ª quinzena de maio 2017 - 3

Amop elabora projeto-padrão a

Centro de Atenção Psicossocial

PLANEJAMENTO

O

Centro de Atenção Psicossocial é um serviço específico para o cuidado, atenção integral e continuada às pessoas com transtor-nos mentais graves e persistentes e necessidades em decorrência do uso de álcool, crack e outras drogas. Seu público específico são os adultos, mas também podem atender crianças e adolescentes, desde que observadas as orientações do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Cada unidade oferece atendimen-to à população, realizando o acompa-nhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. Também atendem aos usuários em seus momentos de crise, podendo oferecer acolhimento no-turno por um período curto de dias apoiando as famílias na busca de in-dependência e responsabilidade para com o tratamento do paciente.

Esses serviços, muitas vezes, ul-trapassam a própria estrutura física, porem o prédio é um equipamento importante para garantir o sucesso de suas ações, dispondo de equipe mul-tiprofissional e transdisciplinares com-posta por médico psiquiatra, clínico geral, psicólogos, dentre outros.

O Departamento de Planejamen-to conta com um projePlanejamen-to padrão de CAPS tipo I indicado para municípios ou regiões de saúde com população acima de quinze mil habitantes que

atende pessoas de todas as faixas etá-rias que apresentam prioritariamente intenso sofrimento psíquico decor-rente de transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aqueles rela-cionados ao uso de substâncias psico-ativas, e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços so-ciais e realizar projetos de vida.

Como solicitar recurso para manu-tenção do serviço: Realize o cadastro da solicitação no site do SAIPS, provi-denciando as informações e anexando as documentações solicitadas. Após o registro da sua solicitação, a Coorde-nação Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas fará análise. Podem ser solicitadas adequações da pro-posta. Após aprovação, a solicitação é enviada para pagamento pelo Fundo Nacional de Saúde.

Tipo de projeto: Padrão (Saúde) Área: 867,04 m²

Ano: 2017 Projeto: Arquiteto Bruno Moreira Mattei

Descrições básicas: Recepção acessível e acolhedora, com sofás, poltronas, cadeiras onde acontece o primeiro contato com o usuá-rio e seus familiares. Três salas de atendimento individualizado para consultas, entrevistas, terapias e orientações com total privacidade nos atendimentos realizados pela equipe multiprofissional. Duas salas de atividades coletivas para atendimentos em grupo para de-senvolvimento de práticas corpo-rais, expressivas e comunicativas; bem como a realização de ações de reabilitação psicossocial e de fortalecimento do protagonismo de usuários e suporte social junta-mente com familiares.

Um espaço para convivência in-terno e outro exin-terno com total privacidade para encontro dos pacientes com amigos, e profissio-nais da unidade e que servem tam-bém para atividades culturais. Um quarto coletivo para acolhimento noturno de duas pessoas com su-porte de enfermagem, sala de me-dicamentos e refeitório. Além dos ambientes de tratamento o proje-to conta com proje-toda infraestrutura administrativa e funcional conten-do administração, arquivo, sala de reuniões, copa, almoxarifado, ves-tiários e rouparia.

A modernização do Ginásio de Esportes de Missal motivou visita de in-tegrantes da equipe do Departamento de Planejamento e Projetos da Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná) ao município. Participaram da visita a engenheira civil Thaís Campagnolo de Melo e a arquiteta Ana Maria Fontana. Elas foram recebidas pelo vice-prefeito Eduardo Staudt. De acordo com Eduardo, a obra está na fase de elaboração de projeto e em breve será iniciada, já que os recursos necessários já estão assegurados.

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Teixeirinha: “Há avanços, mas há

muito a ser feito aos municípios”

MARCHA A BRASÍLIA

L

íder da comitiva de prefeitos da região Oeste do Paraná que par-ticipa da XX Marcha a Brasília (15 a 18), o prefeito de Matelândia e presidente da Amop, Rineu Menoncin (Teixeirinha), destacou avanços que o municipalismo tem vivenciado nos últimos tempos, porém lembrou que ainda há muito a ser feito.

Segundo ele, nos meios políticos da Capital da República é consenso que o governo federal prioriza as re-formas estruturais, como trabalhis-ta e previdenciária, e só vai discutir avanços no municipalismo depois de vencida esta fase. Todavia, há pressa por mudanças. “São os municípios que pagam a conta da maior parte dos serviços públicos e estão à frente das ações de cidadania. E a contrapartida é inversamente proporcional a essa realidade”, diz Teixeirinha.

Entre os avanços, foi anunciado pelo presidente Michel Temer au-mento nos repasses financeiros da merenda escolar, bem como a assina-tura de Medida Provisória que parce-la a dívida previdenciária dos municí-pios em até 200 meses, entre outros benefícios fiscais.

No entanto, a tão esperada pre-sença do presidente da República no evento, já que a ex-presidente Dilma Rousseff foi ausência na última edi-ção - acabou frustrando as expecta-tivas daqueles que esperavam algo mais, como o anúncio de liberação de recursos ou coisa parecida. “O presi-dente Temer não prometeu nada. Mas deixou claro que, futuramente, e se o país melhorar, poderá repassar os subsídios pretendidos pelas

mu-nicipalidades, mas por enquanto não há nada de concreto”.

CONQUISTAS

O presidente Michel Temer aten-deu reivindicação das prefeituras e assinou medida provisória parcelando em até 200 meses a dívida previden-ciária dos municípios, com 80% de desconto nos juros e 25% na mora e na correção monetária. Isto reduz em mais de R$ 30 bilhões a dívida de R$ 76 bilhões das prefeituras com a Pre-vidência Social.

Além disso, o presidente do Con-gresso Nacional, Eunício de Oliveira, comprometeu-se a derrubar o veto da Presidência da República ao projeto do ISS (Imposto sobre Serviços). Se o compromisso for mantido, ajudará a redistribuir mais de R$ 6 bilhões aos Municípios. Outro destaque da XX Marcha foi a assinatura do requeri-mento de criação da Frente Parlamen-tar Municipalista, proposta pelo depu-tado Herculano Passos (PSD-SP), que fortalece o movimento no Congresso Nacional.

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2ª quinzena de maio 2017 - 5

Prefeitos discutem questão

indígena com ministro da Justiça

O

ministro da Justiça, Osmar Ser-raglio, recebeu em seu gabi-nete um grupo de prefeitos da região Oeste que participou da Mar-cha a Brasília. A discussão girou em torno da questão indígena que aflige principalmente moradores dos Muni-cípios de Guaíra e Terra Roxa. Partici-param do encontro prefeitos dos dois municípios: Heraldo Trento e Altair de Pádua, respectivamente, bem como o deputado federal Sérgio Souza, o presidente da AMP, Marcel Micheletto e o presidente da Amop, Rineu Me-noncin (Teixeirinha). Segundo Trento, a situação é de extrema preocupação por parte do setor produtivo local,

já que a ameaça de perdas de terras agriculturáveis para a transformação em aldeias indígenas é real. Segundo

o ministro, a discussão é relevante e é preciso que se cessem rumores para que deem lugar a fatos concretos.

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Amop conquista carro elétrico

e renova convênio com Itaipu

PARCERIA

A

Amop (Associação dos Muni-cípios do Oeste do Paraná) é a primeira entidade da socie-dade organizada regional a receber a doação de um veículo elétrico por parte da Itaipu Binacional. O anúncio, comemorado efusivamente pelos 52 prefeitos associados à entidade muni-cipalista oestina, foi feito pelo diretor--geral brasileiro de Itaipu Binacional, Luiz Fernando Vianna, em sua primeira visita à sede da Amop em Cascavel.

Além do anúncio da cessão do ve-ículo em regime de comodato, Vian-na e o prefeito de Matelândia e pre-sidente da Amop, Rineu Menoncin (Teixeirinha), celebraram a renovação de convênio entre três instituições (Amop, Itaipu e Fundação PTI – Par-que Tecnológico de Itaipu), Par-que prevê uma série de ações em favor do oeste paranaense.

Entre elas, promover – de for-ma integrada e coordenada, com a ampla participação dos atores locais – programas, projetos e ações estra-tégicas para o desenvolvimento local

pios do Paraná), Marcel Micheletto e o coordenador regional do Governo do Estado, Eliezer Fontana.

O gestor do Programa de Fortale-cimento de Gestão Pública da Itaipu Binacional, João José Pacini, explanou sobre o Programa de Fortalecimento de Gestão Pública da Itaipu Binacional:

houve assinatura simbólica de termo de adesão ao programa pelo muni-cípio de Ubiratã. Em seguida, a pro-fessora Joseane Zoghbi, mestre em Administração pela Universidade do Espírito Santo, proferiu palestra sobre ações bem sucedidas na área de pro-jetos públicos.

e regional sustentável, por meio do fortalecimento das políticas públicas, de disseminação de boas práticas de gestão pública e da ampliação de oportunidades de capacitação, trabalho, emprego e renda.

Participaram da reunião, entre outros, diretores da Bi-nacional, como Marcos Vitório Stamm (Financeiro), Marcos Baumgaertner (Administrativo) e Claudio Issami Ozaco (co-ordenador técnico da Funda-ção PTI). Também, estiveram presentes o prefeito de Assis Chateaubriand e presidente da AMP (Associação dos

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Municí-2ª quinzena de maio 2017 - 7

Advogado afirma que reforma política

deve eliminar coligações proporcionais

DIREITO

O

advogado Gustavo Guedes, que notabilizou-se nacional-mente ao defender o presi-dente da República, Michel Temer, na área eleitoral, participou na tarde desta sexta-feira (9) da 6ª Assembleia Geral Ordinária da Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná), em Cascavel. Guedes proferiu pales-tra sobre a Reforma Política que está em discussão na Câmara dos Depu-tados e no Senado da República.

Segundo o advogado, há grande possibilidade de as reformas já va-lerem para as eleições de 2018, que

escolherá os novos presidente da República, governadores, dois se-nadores por estado, deputados federais e deputados estaduais. Guedes também fa-lou sobre administra-ções públicas de um modo em geral, e o cuidado que os ges-tores devem ter para não comprometer o patrimônio pessoal diante de ações ad-ministrativas. “Sobre a reforma, dúvidas

A

Festa das Nações de Guaíra ganhou seu devido reconhe-cimento no último dia 11 de maio. Por meio de uma publicação no diário oficial, o governador sancionou a lei 19.008, que insere no Calendário Oficial de Eventos Turísticos do Paraná este que é o maior evento de Guaíra. O projeto de lei (Projeto de Lei 118/2016) foi apresentado em 2016 pelo então deputado Chico Brasileiro, agora pre-feito de Foz do Iguaçu. Na época, ele foi procurado pela Assessoria de Im-prensa do Município de Guaíra, que

Festa das Nações está inserida no

Calendário Oficial de Eventos do PR

informou a ausência da festa no ca-lendário. “Quando os assessores me relataram sobre a Festa das Nações, de imediato me prontifiquei a ajudar naquilo que estava ao meu alcance”, declarou Chico Brasileiro.

Também no dia 11 entrou em

vi-gor a lei 19.009, que insere o Arquipé-lago Fluvial de Ilha Grande, localizado no Parque Nacional de Ilha Grande, dentro do Roteiro Turístico Oficial do Estado. O projeto de lei que insere o arquipélago no roteiro oficial foi apre-sentado pelo deputado Claudio Palozi. são inúmeras, talvez o único consen-so é o fim das coligações proporcio-nais”, observou.

O voto distrital misto, o sistema de listas fechadas, a limitação de pesquisas eleitorais e outros assun-tos também estão sendo discutidos no âmbito do Congresso Nacional. Guedes tem ligações familiares com Cascavel: seus pais moram na Capi-tal do Oeste. “Sempre quando posso, venho para cá me atualizar do que está acontecendo, bem como para renovar as energias com o convívio familiar”, comentou.

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Defi nidas cidades que sediarão etapas

classifi catórias e fi nal do 12º Fermop

MÚSICA

F

oram definidos na manhã desta terça-feira (23) os municípios que sediarão a 12ª edição do Fermop (Festival Regional dos Municípios do Oeste do Paraná): Itaipulândia (12/8), Ubiratã (15/9), Mercedes (22/9) e Capitão Leônidas Marques 29/9) sediarão as etapas classificatórias e Toledo (6/10) sediará a grande final. O premirá competidores que cantarem canções nas categorias Sertaneja, Popular, Gospel e Kids. A exemplo de todas as edições anteriores, o patrocínio é da Itai-pu Binacional. A animação fica por conta da banda Hora Nacional. Mais detalhes do evento serão divulgados em café da manhã que será servido nos próximos dias à imprensa, autoridades e convidados.

Prêmio Amop de Jornalismo

contará com categoria Web

A

introdução de uma nova cate-goria, a Web, é a principal no-vidade da 12ª edição do Prêmio Amop de Jornalismo. Dessa forma, blogs e sites também poderão parti-cipar dessa tradicional competição/ confraternização, juntamente com as categorias Televisão, Rádio, Impresso e Fotografia. Para o prefeito de Ma-telândia e presidente da Amop, Rineu Menoncin (Teixeirinha), é algo de-safiador introduzir a internet em um

dos principais eventos que premiam jornalistas por reportagens divulgadas na mídia regional. O tema do 12º Prê-mio Amop de Jornalismo será divul-gado nos próximos dias, em café da manhã oferecido à imprensa regional. A exemplo de todas as edições ante-riores, o patrocínio é da Itaipu Bina-cional, com apoio da AJC (Associação dos Jornalistas de Cascavel), ATI (As-sociação Toledana de Imprensa), FAG, Unipar, Fasul, Uniamérica e Univel.

(9)

2ª quinzena de maio 2017 - 9

Boa Vista da Aparecida valoriza

os trabalhadores do município

RECONHECIMENTO

O

dia 1º de maio, dia do Traba-lhador, foi marcado, em Boa Vista da Aparecida, pelo almo-ço do Servidor Público, evento realiza-do pela Prefeitura Municipal.

O Centro de Eventos Nossa Senho-ra Aparecida, palco da confSenho-raterniza- confraterniza-ção dos servidores, ficou lotado. Além de um delicioso e variado almoço e sorteio de prêmios, os servidores e seus acompanhantes participaram de um matine, mas a diversão não foi só para os adultos: as crianças também puderam aproveitar o dia festivo. No local, dois brinquedos infláveis, piscina de bolinhas, carrossel, cama elástica e jump fizeram a alegria da garotada.

Rosenilda de Lima, zeladora, este-ve presente e elogiou a iniciativa da prefeitura. “Está muito bom, para nós, funcionários. Nunca esperamos um almoço tão bom assim, com dança, picolé e tudo mais, muito bom”, co-menta Rosenilda.

Jaime Pizzato, motorista, foi acom-panhado da esposa, que estava de aniversario e a filha, estava animado com o evento. “Eu estou achando nota

maravilha, comida muito boa, pessoal animado, um evento excelente”, afir-ma Leandro.

Durante a tarde ainda foi

realiza-Além do almoço, dos brinquedos e da banda que animou a tarde dos ser-vidores, estes receberam refrigerante para acompanhar a refeição e, logo após, o prefeito distribuiu picolés, pri-meiro para todas as crianças, e depois passando de mesa em mesa, parabe-nizando os colaboradores.

dez, bem bom, está funcionando tudo certinho”, conta Jaime. Mais tarde, Jai-me foi contemplado com um fogão cinco bocas no sorteio dos prêmios.

Leandro Moresco, oficial adminis-trativo, diz que valeu à pena ter ido ao evento, pois estava tudo bem orga-nizado. “Eu estou achando tudo uma

do um show de prêmios e brindes, foram sorteados uma geladeira, um fogão cinco bocas, um forno elétrico, um micro-ondas e uma churrasqueira elétrica, prêmios adquiridos com re-cursos da Prefeitura Municipal, outros brindes também foram sorteador, es-tes oferecidos pelo comércio local.

(10)

Parcerias Público-Privadas

ARTIGO

O

timista que sou, sei que uma crise econômica pode trazer muitos pontos positivos. Entre eles, a exigência que o momento impõe aos administradores, sejam públicos ou CEO’s de empresas privadas, de busca-rem pela maior eficiência possível na gestão o que, em outras palavras, sig-nifica fazer mais com menos. Isso não implica somente em inovar, mas eventu-almente utilizar mecanismos já existen-tes e que haviam sido deixados de lado nos tempos de bonança. É o caso das fa-mosas Parcerias Público-Privadas (Lei n. 11.079/2004), renovadas com o advento do chamado PPI (Programa de Parceira de Investimentos – Lei n. 13.334/2016).

Olhando para nosso passado recen-te, enxergamos um período de razoável prosperidade, que o estado poderia ter aproveitado para ampliar o caixa e se preparar para os tempos de “vacas magras”. Fazer caixa no momento de bonança e gastar na crise é o melhor remédio, segundo Alan Greenspan no seu livro “A era da turbulência”. Mas o Estado brasileiro não o fez e acabou por assumir sozinho um grande número de obras, desde estádios e usinas a portos e rodovias. Para ser justo, convém lembrar que foram feitas algumas concessões e poucas parcerias público-privadas.

O gasto foi enorme e os tais tempos de “vacas magras” chegaram (sempre chegam), mas as necessidades brasilei-ras, que já eram altas, aumentaram.

Diminuir o risco não significa que o parceiro Público (União, Estado ou Município) arcará com todo e qualquer prejuízo, até porque a legislação estabe-lece a obrigação de “repartição de riscos entre as partes, inclusive os referentes a caso fortuito, força maior, fato do prín-cipe e álea econômica extraordinária”. O esclarecimento é relevante diante das evidências de uma relação espúria en-tre o público e o privado no Brasil. Com as vísceras da corrupção à mostra, não custa relembrar que parceria implica em riscos mútuos.

As restrições da lei n. 11.079/2004, que instituiu as PPP’s na legislação bra-sileira, são claras. O contrato mínimo de R$ 20 milhões e a vedação às conces-sões comuns, as permisconces-sões de serviços públicos e os arrendamentos de bens públicos são bons exemplos. Apesar dis-so, a legislação já trazia algumas ideias importantes e que poderiam ter gerado mais benefícios. Aqui faço um parêntesis para dizer que há pelo Brasil um razoá-vel número de Parceria Público-Privadas, muitas delas em pleno funcionamento e com sucesso. Caso do chamado “Porto Maravilha”, no Rio de Janeiro.

O que era bom ficou ainda melhor com a chegada da Lei n. 13.334/2016. Ela ampliou as possibilidades de PPP’s, agregando a possibilidade das conces-sões comuns, das permisconces-sões de servi-ços públicos, do arrendamento de bens públicos, entre outros. Com isso, e o período de arrecadação mais baixa de-vido à crise, saltaram oportunidades a gestores púbicos e a empresas privadas. Eis que a solução passou a ser transferir, para a iniciativa privada, o investimento em alguns serviços públicos (hospitais, por exemplo) que, em tese, ganhariam mais qualidade com menos gastos para o erário.

Algumas coisas precisam ser ditas antes que todo o gestor grite aos qua-tro cantos que fará parcerias público--privadas em todos os setores do gover-no. Calma lá. Como dito no início, o que se exige, antes de tudo, é melhoria na gestão, o que demanda mais atenção no modo de gerir a res pública.

O “calma lá” se justifica porque, con-forme art. 10 da legislação das PPP’s, a parceria deve ser precedida de uma lici-tação na modalidade de Concorrência e de um estudo técnico que demonstre a viabilidade do projeto. É preciso consi-derar também a conveniência e a opor-tunidade da contratação; se as despesas criadas ou aumentadas não afetarão as metas de resultados fiscais; a estimativa do impacto orçamentário-financeiro nos exercícios em que deva vigorar o contra-to de parceria público-privada (o prazo pode ser chegar a 35 anos); a declara-ção do ordenador da despesa de que as obrigações contraídas pela Adminis-tração Pública no decorrer do contrato são compatíveis com a lei de diretrizes orçamentárias e estão previstas na lei orçamentária anual (atenção, gestor!); a submissão da minuta de edital e de con-trato à consulta pública mediante publi-cação na imprensa oficial, em jornais de grande circulação e por meio eletrônico; a informação da justificativa para a con-tratação, da identificação do objeto, do prazo de duração do contrato, seu valor estimado; dentre outras exigências.

Salta aos olhos a imensa responsa-bilidade que o gestor público continua a ter. Observa-se, inclusive, que a Lei de Responsabilidade Fiscal continua firme e forte, regendo esse tipo de relação. Sig-nifica dizer que, por exemplo, tem que haver uma “declaração do ordenador da despesa de que as obrigações contraídas pela Administração Pública no decorrer do contrato são compatíveis com a lei de diretrizes orçamentárias e estão previs-tas na lei orçamentária anual”, segundo art. 10, III, da Lei n. 11.079, ou, ainda, que

“seu objeto estar previsto no plano plu-rianual em vigor no âmbito onde o con-trato será celebrado”, de acordo com o art. 10, V, da lei de PPP. Mais que isso! O poder público deve viabilizar garantias adicionais ao parceiro privado e algumas atividades não são delegáveis. Seguran-ça pública, por exemplo, com exceção para presídios.

São exigências que não devem ser menosprezadas, pois algumas implicam em previsão e estimativa de fluxo e im-pacto orçamentário por toda a vigência do contrato. Uma demonstração da im-portância de uma modelagem financeira precisa e bem fundamentada, além de um modo de governar mais atento ao orçamento e seguro nas previsões.

Há ainda a necessidade de avaliação constante de performance. Ou seja, não basta fazer a parceria. A fiscalização deve ser permanente, pois a finalidade é o in-teresse público, junto com a boa pres-tação de serviço ao usuário e o maior e melhor resultado com menos gasto. O bônus é a geração de emprego.

A iniciativa privada precisa atentar para todas essas observações e também para o fato de que a lei estabelece que a Sociedade de Propósito Específico for-mada para a parceria “deverá obedecer a padrões de governança corporativa e adotar contabilidade e demonstrações financeiras padronizadas”. O que torna necessária a implantação de um rigoro-so programa de compliance dentro da empresa.

Estabelecer parcerias entre entes públicos e privados é, claramente, uma boa solução para os problemas de má prestação de serviços públicos e garga-los que travam o desenvolvimento mais rápido do país. Mas não é tarefa simples e exige de ambos os lados preocupação com o bem comum e capacidade geren-cial acima da média.

O que se espera é que a crise traga ações positivas que impactem a pres-tação de serviços públicos, reduzam gargalos na infraestrutura e diminuam gastos públicos, promovendo interação entre governos e iniciativa privada. Para os dois setores, há oportunidades de in-vestimento e lucro.

A solução já foi adotada por outros países. Aqui, precisa de mais atenção e entendimento. Todos podem ganhar com a iniciativa.

Marcos Boschirolli

Dr. Marcos Vinicus Boschirolli, é Advogado OAB PR 19.647, Sócio da banca Boschirolli, Gallio & Oliveira - OAB PR 1.541.

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2ª quinzena de maio 2017 - 11

E

m virtude da queda de ar-recadação motivada pela redução de duas das princi-pais fontes de recursos das pre-feituras, o FPM (Fundo de Parti-cipação dos Municípios) e ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), o pre-feito de Matelândia e presidente da Amop (Associação dos Muni-cípios do Oeste do Paraná), Ri-neu Menoncin (Teixeirinha) de-terminou a redução no valor das mensalidades da entidade mu-nicipalista oestina, beneficiando os 52 municípios associados. A mudança, aprovada por unani-midade, prevê o repasse ampa-rado no percentual de 0,30% do ICMS gerado mensalmente pela prefeitura (desde que respeitado os tetos máximo e mínimo esti-pulados pela entidade). Antes, o percentual era de 0,35%. O im-pacto desta redução representa uma queda de aproximadamen-te 15% na arrecadação financeira da entidade municipalista.

Crise das

prefeituras faz

Menoncin

reduzir as

mensalidades

da Amop

Mercedes é destaque na

Escala Brasil Transparente

ORGULHO

A

Administração do Município de Mercedes alcançou a 6ª maior nota do estado no ranking da 3ª edição da Escala Brasil Transparente (EBT), divul-gada pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU).

Durante análise realizada entre junho e dezembro de 2016, no sistema de transparência, foram avaliados o grau de cumprimento da Lei de Acesso à In-formação e a existência e funcionamento do Serviço de InIn-formação ao Cidadão (SIC). No ranking estadual o município alcançou a nota de 9,16. Em escala nacio-nal, Mercedes ficou na 171ª posição. Na região oeste do Paraná, além de

Merce-des, apenas Toledo com 9,30 e Cascavel com 8,19 obtiveram destaque a nível de estado. A nota alcançada foi comemorada pela administração que destacou a avaliação positiva reafirmando o comprometimento com a transparência pública. O objetivo é aprimorar o sistema de transparência e de acesso à informação para que, além de promover a melhoria da ges-tão pública, na próxima avaliação Mercedes esteja na primeira posição.

Os dados da pesquisa podem ser obtidos por meio do endereço: https://relatorios.cgu.gov.br/Visualizador.aspx?id_re-latorio=23 selecionando a opção > PR ou > lista completa dos municípios.

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Referências

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