LOPES, M. C. L. Tendência temporal da gravidez na adolescência: uma análise a partir do Estado do Paraná e do município de Maringá. Orientadora: Ieda Harumi Higarashi. 2019. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Universidade Estadual de Maringá. Maringá, 2019.
RESUMO
Introdução: A gravidez na adolescência ainda representa um grave problema de saúde
pública mundial pelos riscos que podem ocasionar para a mãe e para o bebê. Está associada com o maior risco de doenças hipertensivas, de nascimentos prematuros e baixo peso ao nascer, anemia, além de mortalidade neonatal, perinatal e materna. Objetivo: Analisar a tendência temporal e os fatores associados à gravidez na adolescência. Método: Analisou-se a tendência temporal da gravidez na adolescência no Estado do Paraná e no município de Maringá-PR, utilizando de dados do Sistema de Informações de Nascidos Vivos (Sinasc). Para o Estado do Paraná, realizou-se um estudo longitudinal, de séries temporais, que se utilizaram dados de mulheres de10 a 19 anos que tiveram filhos nascidos vivos no período de 2000 a 2014, residentes no Estado do Paraná, Brasil. Os dados foram coletados no mês de julho de 2017. Calcularam-se as taxas de gravidez na adolescência por ano e estas foram agrupadas em períodos, segundo idade da mãe e local de residência. Para a análise de tendência, utilizou-se o modelo de regressão polinomial. Para análise da gravidez na adolescência no município de Maringá-PR, realizou-se um estudo ecológico, retrospectivo, a partir dos registros de nascimentos de bebês de mães adolescentes residentes em Maringá-PR, nos anos de 2000 a 2015. As proporções foram calculadas ano a ano para a análise de tendência da gravidez na adolescência e das características da mãe adolescente, gestação e parto e do recém-nascido. Para a análise dos fatores associados à gravidez adolescente, foram analisados dois triênios (2000 a 2002 e 2013 a 2015), utilizando a razão de chances (OR), com intervalo de confiança (IC) de 95%. Resultados: A taxa de gravidez na adolescência no Estado do Paraná diminuiu de 21,2 no ano de 2000 para 15,9 no ano de 2014. A análise da regressão polinomial revelou uma tendência decrescente da gravidez na adolescência, com redução média de 0,32 ao ano (r2=0,84). Avaliando por estratos de idade, observou-se redução média de 0,67 ao ano nas taxas de gravidez na faixa de 15 a 19 anos (r2=0,90), e de apenas 0,01 ao ano para as gestações em adolescentes de 10 a 14 anos (r²=0,70). Quando analisadas as taxas de gravidez na adolescência, segundo faixa etária e macrorregionais de saúde, observaram-se disparidades entre as macrorregiões, com apenas a região Centro-Leste-Sul com tendência decrescente para todas as faixas etárias, além das maiores taxas anuais médias de queda (-0,39 entre 10 e 19 anos, -0,02 de 10 a 14 e -0,78 para adolescentes de 15 a 19 anos). A macrorregional oeste apresentou tendência crescente para a faixa etária de 10 a 14 anos (aumento anual médio de 0,01) e a noroeste, que decresceu até o ano de 2007, apresentou aumento das taxas para essa faixa etária nos últimos anos analisados. A análise da tendência da gravidez na adolescência, segundo regionais de saúde (RS), observou-se que oito regionais apresentam aumento das taxas nos últimos anos analisados (1ª RS Paranaguá, 11ª RS Campo Mourão, 12ª RS Umuarama, 14ª RS Paranavaí, 15ª RS Maringá,18ª RS Cornélio Procópio, 20ª RS Toledo, 22ª RS Ivaiporã). As demais regionais apresentaram tendência decrescente, com maior taxa média para a 21ª RS Telêmaco Borba (β0=22,64), e maior redução média anual para a 6ª RS União da Vitoria (-0,73). No município de Maringá-PR, a
análise de tendência revelou que a taxa de gravidez entre 10 a 19 anos apresentou queda no município (p< 0,001). A análise dos fatores associados à gravidez na adolescência observou-se que, no triênio 2000 a 2002, as variáveis: estado civil observou-sem companheiro (OR=5,0; p<0,001); escolaridade menor que oito anos (OR= 1,6; p< 0,001), paridade primípara (OR: 6,3; p<0,001), idade gestacional menor que 37 semanas (OR=1,3; p= 0,008); parto cesariano (OR= 2,9; p< 0,001), número de consultas de pré-natal menor que sete (OR=1,9; p< 0,001) e o Apgar menor que sete no primeiro minuto de vida (OR=1,5; p< 0,001) se apresentaram associadas à gravidez na adolescência. No triênio de 2013-2015, houve aumento das chances de adolescentes grávidas sem companheiro (OR= 8,5 p< 0,001) e escolaridade menor que oito anos (OR= 1,9; p< 0,001) quando comparado ao primeiro triênio. A primiparidade também apresentou associação significativa, mas com diminuição das chances (OR= 6,0; p< 0,001). A cesárea (OR=1,2; p< 0,001) e o número de consultas de pré-natal menor que sete (OR=1,3; p< 0,001) estiveram associadas à gravidez na adolescência e apresentaram diminuição das chances em relação ao primeiro triênio. O Apgar menor que sete no primeiro minuto (OR=1,3; p= 0,007) também apresentou associação estatisticamente significativa com a gravidez na adolescência. O resultado da tendência da proporção de gravidez na adolescência, segundo variáveis da mãe, gestação e parto, e do recém-nascido, demonstrou uma tendência decrescente na proporção de adolescentes grávidas com companheiro, mas com tendência crescente no final do período (r2: 0,82); tendência crescente das adolescentes grávidas com oito anos ou mais de escolaridade (r2: 0,79); crescente para o parto prematuro (idade gestacional menor que 37 semanas) (r2: 0,76); decrescente/crescente do parto normal (r2= 0,72) e oscilando entre crescente e decrescente para um número maior que sete consultas de pré-natal; tendência de oscilação entre crescente e decrescente, em relação ao Apgar maior ou igual a sete no primeiro minuto (r2: 0,75); crescente em relação ao Apgar menor que sete no quinto minuto (r2: 0,57) e tendência crescente de anomalias congênitas presentes nos recém-nascidos (r2= 0,69). Conclusão: Os resultados do estudo evidenciaram diminuição geral nas taxas de gravidez na adolescência no Estado do Paraná entre os anos de 2000 e 2014. Entretanto, quando analisada a gravidez na adolescência por faixas (10-14 e 15-19), destaca-se que a ocorrência de gravidez em adolescentes de 10-14 que tem se mantido constante em todo o Estado. A constância das taxas da gravidez na adolescência nessa faixa específica sinaliza a necessidade de análises mais precisas e direcionadas para cada RS isoladamente, buscando associação da gravidez na adolescência a fatores socioeconômicos, demográficos, de atenção à saúde e de organização de serviços de saúde. Como existe heterogeneidade no perfil da população entre as regiões, propõe-se a realização de estudos para compreender como esses fatores de risco para a gravidez na adolescência estão distribuídos nas diferentes regiões do Estado do Paraná. No município de Maringá-PR, semelhantemente ao Estado do Paraná, a taxa de gravidez entre 10 e 19 anos também apresentou queda no decorrer dos anos estudados. A análise de tendência e dos fatores associados à gravidez na adolescência permitiu conhecer como o fenômeno se comportou durante os anos e possibilitou o levantamento de informações que podem ser utilizadas para propor e/ou melhorar as estratégias a saúde do adolescente, da mãe adolescente e do recém-nascido.
Palavras-chave: Adolescente. Gravidez na adolescência. Saúde materna. Fatores de risco.
LOPES, M. C. L. Time trend of pregnancy in adolescence: an analysis from the state of Paraná and the city of Maringá. Advisor: Ieda Harumi Higarashi.. Thesis (Doctorate in Nursing) - State University of Maringá, Maringá, 2019.
ABSTRACT
Introduction: Adolescent pregnancy still represents a serious worldwide public health
problem due to the risks to the mother and the baby. It is associated with a higher risk of hypertensive diseases, premature births and low birth weight, anemia, and neonatal, perinatal and maternal mortality.Objective: To analyze the time trend and factors associated with pregnancy in adolescence. Method: The time trend of pregnancy in adolescence in the state of Paraná and in the city of Maringá-PRwas analyzed, using data from the Information System for Live Births (Sinasc). For the state of Paraná, a longitudinal time-series study was carried out, using data from 10 to 19-year-old women who had infants born alive between 2000 and 2014, residing in the state of Paraná, Brazil. Data were collected in July 2017. Adolescent pregnancy rates were calculated per year and these were grouped into periods, according to the mother’s age and living place. For the trend analysis, the polynomial regression model was used. A retrospective ecological study was carried out for the analysis of teenage pregnancy in the city of Maringá, Brazil, from the records of the births of babies of adolescent mothers living in Maringá-PR, from 2000 to 2015. The proportions were calculated year to year for the analysis of the tendency of adolescence pregnancy and the characteristics of the adolescent mother, gestation and delivery of the newborn. For the analysis of associated factors with adolescent pregnancy, two triennia (2000 to 2002 and 2013 to 2015) were analyzed using the odds ratio (OR), with a 95% confidence interval (CI).Results: The rate of teenage pregnancy in the state of Paraná decreased from 21.2 in 2000 to 15.9 in 2014. The analysis of polynomial regression revealed a decreasing trend of teenage pregnancy, with a mean reduction of 0.32 at year (R2=0.84). A mean reduction of 0.67 per year in pregnancy rates between 15 and 19 years (R2=0.90) was observed, and only 0.01 per year for pregnancies in adolescents from 10 to 14 years (R²=0.70). When analyzing pregnancy rates in adolescence according to age and Macroregional Health, disparities were observed between the Macroregions, with only the Center-East-South region with a decreasing trend for all age groups, in addition to the higher average annual rates of fall (-0.39 between 10 and 19 years, -0.02 from 10 to 14 and -0.78 for adolescents from 15 to 19 years).The West Macroregional presented an increasing trend for the age group of 10 to 14 years (average annual increase of 0.01) and the Northwest, which decreased up to the year 2007, presented an increase in the rates for this age group in the last years analyzed. The analysis of the trend of pregnancy in adolescence according to Health Regionals (HR), it was observed that eight regional presented increased rates in the last years analyzed (1stHR Paranaguá, 11thHR Campo Mourão, 12thHR Umuarama, 14thHR Paranavaí, 15thHR Maringá, 18th HR Cornélio Procópio, 20thHRToledo, 22ndHR Ivaiporã). The other regional ones showed a decreasing trend, with a higher average rate for the 21ª HR Telemaco Borba (β0 = 22.64), and the highest annual reduction for the 6th HR União de Vitoria (-0.73).In the city of Maringá-PR, trend analysis revealed that the pregnancy rate between 10 and 19 years of age presented a decrease in the municipality (p<0.001). The analysis of factors associated with adolescent pregnancy showed that, in the triennium 2000 to 2002, the variables: marital status
without partner (OR=5.0; p<0.001); less than eight years of school (OR=1.6; p<0.001), primiparityOR=6.3; p<0.001), gestational age <37 weeks (OR=1.3, p=0.008); cesarean section (OR=2.9; p<0.001), less than seven prenatal consultation (OR=1.9; p<0.001) and Apgar less than seven in the first minute of life (OR=1.5; p<0.001) were associated with pregnancy in adolescence. In the triennium of 2013-2015, there was an increase in the odds of unmarried pregnant adolescents (OR=8.5 p<0.001) and schooling less than eight years (OR=1.9; p<0.001) when compared to the first triennium.Primiparity also showed a significant association, but with a decrease in odds (OR=6.0; p<0.001). The cesarean section (OR=1.2; p<0.001) and the number of prenatal visits less than seven (OR=1.3; p<0.001) were associated with pregnancy in adolescence and presented a decrease in odds relative to first triennium. Apgar less than seven in the first minute (OR=1.3; p= 0.007) also had a statistically significant association with pregnancy in adolescence. The results of the trend of the proportion of pregnancy in adolescence, according to variables of the mother, gestation and delivery, and of the newborn, showed a decreasing trend in the proportion of pregnant adolescents with companion, but with increasing trend at the end of the period (R2: 0.82); growing trend of pregnant adolescents with eight years or more of schooling (R2: 0.79); increasing for preterm birth (gestational age<37 weeks) (r2:0.76); decreasing/increasing of natural birth (R2 = 0.72) and oscillating between increasing and decreasing to a number greater than seven prenatal visits; trend of oscillation between increasing and decreasing, in relation to Apgar greater than or equal to seven in the first minute (R2: 0.75); and increasing in relation to Apgar less than or seven in the fifth minute(R2: 0,57) andan increasing trend of congenital anomalies present in newborns (R2: 0.69).Conclusion: The study results showed a general decrease in the rates of adolescent pregnancy in the state of Paraná between the years 2000 and 2014. However, when analyzed by ranges (10-14 and 15-19), it is noted that the occurrence of pregnancy in teens ages 10-14 who has remained steady throughout the state. The constancy of adolescent pregnancy rates in this specific range indicates the need for more precise and directed analyzes for each RH alone, seeking to associate pregnancy in adolescence with socioeconomic, demographic, health care and health service organization factors. As there is heterogeneity in the profile of the population between the regions, it is proposed to carry out studies to understand how these risk factors for teenage pregnancy are distributed in the different regions of the State of Paraná. In the municipality of Maringá-PR, similarly to the state of Paraná, the pregnancy rate between 10 and 19 years also showed a decrease over the years studied. The analysis of trends and factors associated with teenage pregnancy allowed us to know how the phenomenon happened over the years and enabled the collection of information that could be used to propose and/or improve strategies for adolescent, for the adolescent mother, for the adolescent health and for the newborn.
Keywords: Adolescent. Pregnancy in adolescence. Maternal health. Risk factors. Nursing.
LOPES, M. C. L. Tendencia temporal del embarazo en la adolescencia: una análisis a partir del estado del Paraná y del municipio de Maringá. Tutora: Ieda Harumi Higarashi. 2019. Tesis (Doctorado en Enfermería) - Universidad Estatal de Maringá, Maringá, 2019.
RESUMEN
Introducción: Una gravedad en la adolescencia puede representar un grave problema de
salud pública mundial debido a los riesgos que pueden ocasionar para la madre y el bebé. Está asociado con el aumento de las enfermedades hipertensivas, de nacimientos prematuros y bajo peso al nacer, la anemia, la mortalidad neonatal, la perinatal y la materna. Objetivo: Analizar la tendencia temporal y los factores asociados al embarazo en la adolescencia. Método: Se analizó la tendencia temporal del embarazo en la adolescencia en el estado de Paraná y en el municipio de Maringá-PR, utilizando datos del Sistema de Informaciones de Nacidos Vivos (Sinasc). Para el estado de Paraná, se realizó un estudio longitudinal, de series temporales, que utilizó datos de mujeres de 10 a 19 años que tuvieron hijos nacidos vivos en el período de 2000 a 2014, residentes en el estado de Paraná, Brasil. Los datos fueron recolectados en el mes de julio de 2017. Se calcularon las tasas de embarazo en la adolescencia al año y estas fueron agrupadas en períodos, según edad de la madre y lugar de residencia. Para el análisis de tendencia, se utilizó el modelo de regresión polinomial. Para el análisis del embarazo en la adolescencia en el municipio de Maringá-PR, se realizó un estudio ecológico, retrospectivo, a partir de los registros de nacimientos de bebés de madres adolescentes residentes en Maringá-PR, en los años 2000 a 2015. Las proporciones fueron calculadas año a año para el análisis de tendencia del embarazo en la adolescencia y de las características de la madre adolescente, gestación y parto y del recién nacido. Para el análisis de los factores asociados al embarazo adolescente, se analizaron dos trienios (2000 a 2002 y 2013 a 2015), utilizando la razón de posibilidades (OR), con un intervalo de confianza (IC) del 95%. Resultados: La tasa de embarazo en la adolescencia en el estado de Paraná rduciu de 21,2 en el año 2000 a 15,9 en el año 2014. La análisis de la regresión polinomial reveló una tendencia decreciente del embarazo en la adolescencia con reducción media de 0,32 al (R2=0,84). En la mayoría de los casos, se observó una reducción media de 0,67 al año en las tasas de embarazo en el grupo de 15 a 19 años (R2=0,90), y de apenas 0,01 al año para las gestaciones en adolescentes de edad 10 a 14 años (R2=0,70). Cuando se analizaron las tasas de embarazo en la adolescencia según grupo de edad y Macrorregionales de Salud, se observaron disparidades entre las Macrorregiones, con apenas la región Este del Centro-Sur con tendencia decreciente para todas las edades, además de las mayores tasas anuales medias de reducción (-0,39 entre 10 y 19 años, -0,02 de 10 a 14 y -0,78 para adolescentes de 15 a 19 años). La Macrorregional Oeste presentó una tendencia creciente a lo grupo de edad de 10 a 14 años (aumento anual medio de 0,01) y la Noroeste, que decreció hasta el año 2007, presentó un aumento de las tasas para ese grupo de edad en los últimos años analizados. En el análisis de la tendencia del embarazo en la adolescencia según Regionales de Salud (RS), se observó que ocho regionales presentan aumento de las tasas en los últimos años analizados (1ª RS Paranaguá, 11ª RS Campo Mourão, 12ª RS Umuarama, 14ª RS Paranavaí, 15ª RS Maringá, 18ª. RS Cornélio Procópio, 20 RS Toledo, 22 RS Ivaiporã). Las demás regionales presentaron tendencia decreciente, con mayor tasa media para la 21ª RS Telêmaco Borba (β0 = 22,64), y mayor reducción media anual para la 6ª RS Unión de Vitoria (-0,73). En el municipio de Maringá-PR, el análisis de
tendencia reveló que la tasa de embarazo entre 10 a 19 años presentó caída en el municipio (p<0,001). En el análisis de los factores asociados al embarazo en la adolescencia se observó que, en el trienio 2000 a 2002, las variables: estado civil sin compañero (OR=5,0; p<0,001); escolaridad inferior a ocho años (OR=1,6; p<0,001), paridad primípara (OR: 6,3; p<0,001), edad gestacional menor de 37 semanas (OR=1,3; p=0,008); parto cesárea (OR=2,9; p <0,001), número de consultas de prenatal menor que siete (OR=1,9; p<0,001) y el Apgar menor que siete en el primer minuto de vida (OR=1,5; p<0,001) se presentaron asociadas al embarazo en la adolescencia. En el trienio de 2013-2015, había un aumento de las posibilidades de adolescentes embarazadas sin compañero (OR=8,5; p<0,001) y escolaridad inferior a ocho años (OR=1,9; p<0,001) en comparación con el primer trienio. La primiparidad también presentó asociación significativa, pero con disminución de las probabilidades (OR=6,0; p<0,001). La cesárea (OR=1,2; p<0,001) y el número de consultas de prenatal menor que siete (OR=1,3; p<0,001) estuvieron asociadas al embarazo en la adolescencia y presentaron disminución de las posibilidades en relación al embarazo em el primer trienio. El Apgar menor que siete en el primer minuto (OR=1,3; p=0,007) también presentó asociación estadísticamente significativa con el embarazo en la adolescencia. El resultado de la tendencia de la proporción de embarazo en la adolescencia, según variables de la madre, gestación y parto, y del recién nacido, demostró una tendencia decreciente en la proporción de adolescentes embarazadas con compañero, pero con tendencia creciente al final del período (R2: 0,82); tendencia creciente de las adolescentes embarazadas con ocho años o más de escolaridad (R2: 0,79); creciente para el parto prematuro (edad gestacional menor de 37 semanas) (R2: 0,76); decreciente/creciente del parto normal (R2=0,72) y oscilando entre creciente y decreciente para un número mayor que siete consultas de prenatal; tendencia de oscilación entre creciente y decreciente, en relación al Apgar mayor o igual a siete en el primer minuto (R2: 0,75); creciente en comparación con el Apgar menor que siete en el quinto minuto (R2: 0,57) y la tendencia creciente de anomalías congénitas presentes en los recién nacidos (R2 = 0,69). Conclusión: Los resultados del estudio evidenciaron disminución general en las tasas de embarazo en la adolescencia en el estado de Paraná entre los años 2000 y 2014. Sin embargo, cuando se analiza por fajas (10-14 y 15-19), se destaca que la ocurrencia de embarazo en adolescentes de 10-14 que se ha mantenido constante en todo el estado. La constancia de las tasas del embarazo en la adolescencia en esta banda específica señala la necesidad de análisis más precisos y dirigidos para cada RS individualmente, buscando asociación del embarazo en la adolescencia a factores socioeconómicos, demográficos, de atención a la salud y de organización de servicios de salud. Como existe heterogeneidad en el perfil de la población entre las regiones, se propone la realización de estudios para comprender cómo estos factores de riesgo para el embarazo en la adolescencia se distribuyen en las diferentes regiones del Estado de Paraná. En el municipio de Maringá-PR, semejante al estado de Paraná, la tasa de embarazo entre 10 y 19 años también presentó caída en el curso de los años estudiados. El análisis de tendencia y de los factores asociados al embarazo en la adolescencia permitió conocer cómo el fenómeno se comportó durante los años y posibilitó el levantamiento de informaciones que pueden ser utilizadas para proponer y/o mejorar las estrategias a la salud del adolescente, de la madre adolescente y del adulto, recién nacido.
Palabras clave: Adolescente. Embarazo en adolescencia. Salud materna. Factores de riesgo.
