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Avaliação do potencial de competitividade do captador de imagens contronics

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE COMPETITIVIDADE DE UM NOVO PRODUTO A SER LANÇADO POR UMA EMPRESA DA ÁREA DE SEGURANÇA ELETRÔNICA. RITA DAGOSTIN. Florianópolis, 2005.

(2) RITA DAGOSTIN. AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE COMPETITIVIDADE DE UM NOVO PRODUTO A SER LANÇADO POR UMA EMPRESA DA ÁREA DE SEGURANÇA ELETRÔNICA. Dissertação apresentada ao programa de PósGraduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina para obtenção do grau de Mestre em Engenharia de Produção. Orientador: Prof.Leonardo Ensslin, Ph.D. Florianópolis, 2005.

(3) RITA DAGOSTIN. AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE COMPETITIVIDADE DE UM NOVO PRODUTO A SER LANÇADO POR UMA EMPRESA DA ÁREA DE SEGURANÇA ELETRÔNICA. Esta dissertação foi julgada adequada para a obtenção do título de Mestre em Engenharia de Produção, e aprovada em sua forma final pelo programa de PósGraduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina.. ____________________________________ Prof. Edson Pacheco Paladini, Dr. Coordenador do PPGEP Banca Examinadora. ____________________________________ Prof. Leonardo Ensslin, Ph.D. Orientador ____________________________________ Sérgio Murilo Petri, M.Sc. Co-orientador. ____________________________________ Prof. Ademar Dutra, Dr. ____________________________________ Profª. Sandra Rolim Ensslin, Dra..

(4) Dedico,. A minha mãe, Josefina Dagostin, e a meu pai, Pedro Dagostin (in memory)..

(5) Agradeço,. ao meu professor, Leonardo Ensslin, pela atenção dedicada para o verdadeiro aprendizado de seus alunos; ao apoio de seu monitor Sérgio Murilo Petri;. pela dedicação de meu sobrinho, Rafael Dagostin; e pela compreensão de meus amigos. Obrigada..

(6) RESUMO DAGOSTIN, Rita. Avaliação do potencial de competitividade de um novo produto a ser lançado por uma empresa da área de segurança eletrônica. Florianópolis, 2005. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, UFSC, 2005. Data: Fevereiro/2005. A sobrevivência das empresas, que atuam no mercado global está diretamente relacionada à sua capacidade de inovar e criar novos produtos, assim como de implantar uma gestão baseada no conhecimento e na inteligência competitiva. Neste contexto, as empresas têm procurado desenvolver produtos que as tornem diferencias no competitivo mercado, neste caso, de segurança eletrônica. Deste modo, para que uma organização lance um novo produto é necessário e recomendável que seja realizada uma avaliação de seu potencial competitivo. Neste sentido, é preciso contar com ferramentas eficientes e eficazes para que esta avaliação seja efetivada. Dentre as ferramentas disponibilizadas para este intento destaca-se a Metodologia Multicritério de Apoio à Decisão, MCDA - Construtivista, que devido a sua capacidade de integrar tanto elementos objetivos, quanto elementos subjetivos e por sua capacidade de desenvolver o conhecimento da problemática através de um processo Construtivista, bem como seu potencial de integrar os objetivos estratégicos as atividades operacionais, tem se tornado um importante aliado na avaliação do diferencial competitivo de uma organização. Desta maneira, o presente trabalho apresenta a construção do modelo Multicritério de Apoio à Decisão Construtivista como ferramenta na geração de conhecimento, e por conseqüência de compreensão de critérios competitivos a serem identificados e, posteriormente avaliados, no que tange ao desenvolvimento de um produto eletrônico novo a ser lançado em um crescente mercado, porém extremamente competitivo em uma organização voltada para a gestão do conhecimento. Com a utilização desta metodologia se espera identificar eventuais “problemas” estruturais, de funcionamento e de assistência técnica do produto, bem como será a sua introdução no mercado.. Palavras Chaves: Vigilância Eletrônica; Competitividade, MCDA-Construtivista..

(7) ABSTRACT. DAGOSTIN, Rita. Evaluation of the potential of competitiveness of a new product to be thrown by a company of electronic safety's area. Florianópolis, 2005. Dissertation (Master's degree in Engineering of Production) Program of Masters degree in Engineering of Production, UFSC, 2005. Date: Fevereiro/2005. The survival of the companies, that you/they act at the global market is directly related to his/her capacity to innovate and to create new products, as well as of implanting an administration based on the knowledge and in the competitive intelligence. In this context, the companies have been trying to develop products that turn differentiate them in the competitive market, in this case, of electronic safety. This way, for an organization to throw a new product is necessary and advisable that an evaluation of his/her competitive potential is accomplished. In this sense, it is necessary to count with efficient and effective tools so that this evaluation is executed. Among the tools made available for this project stands out the Metodologia Multicritério of Support to the Decision, MCDA - Construtivista, that due to his/her capacity to integrate so much objective elements, as subjective elements and for his/her capacity to develop the knowledge of the problem through a process Construtivista, as well as his/her potential of integrating the strategic objectives the operational activities, has if tornado an important ally in the evaluation of the differential competitive of an organization. Of this it sorts things out, the present work presents the construction of the model Multicritério of Support to the Decisão Construtivista as tool in the knowledge generation, and for consequence of understanding of competitive criteria the they be identified and, later appraised, with respect to the development of a new electronic product to be introduced at a crescent market, however extremely competitive in an organization gone back to the administration of the knowledge. With the use of this methodology he/she hopes to identify eventual structural "problems", of operation and of technical support of the product, as well as it will be his/her introduction in the market. Key words: Electronic surveillance; Competitiveness, MCDA-Construtivista..

(8) LISTA DE FIGURAS. Fig. 1: Modelo para Escolha dos Processos de Pesquisa Científica.........................25 Fig.2: Modelo de Ajuda à Decisão X Pesquisa Operacional Hard.............................36 Fig. 3: Diagrama Hager- Halliday...............................................................................43 Fig. 4: Quadro de Referência Mental.........................................................................45 Fig.5: Fases do Processo de Apoio á Decisão...........................................................57 Fig.6: Estratégia para Identificar EPA’s......................................................................69 Fig.7: Pontos de Vista Fundamentais no Processo Decisório....................................75 Fig.8: Árvore de Pontos de Vista Fundamentais........................................................76 Fig. 9: Exemplo de Construção da Matriz Semântica do Decisor..............................91 Fig. 10: Exemplo de Comparação entre Níveis......................................................... 92 Fig. 11: Exemplo de Indicadores de Impacto das Ações...........................................95 Fig. 12: Principais Mercados de Vigilância Eletrônica..............................................104 Fig. 13 Vendas de Equipamentos............................................................................106 Fig.14: Distribuição por Região................................................................................107 Fig. 15: Estruturação Através da Análise das Entrevistas........................................112 Fig. 16: Árvore de Valor............................................................................................113 Fig. 17: Características do Produto – Credibilidade.................................................116 Fig.18: Características do Produto – Flexibilidade, Facilidade do Manuseio...........116 Fig.19: Características do Produto – Confiabilidade................................................117 Fig. 20: Suporte da Emp. para o Sucesso do Produto – Garantia de Suprimento..118 Fig. 21: Suporte da Empresa para o Sucesso do Produto – Agilidade, Rapidez em Colocar Produtos na Rua ........................................................................................118.

(9) Fig. 22: Suporte da Empresa para o Sucesso do Produto – Marketing...................119 Fig. 23: Estrutura do PVF 3 – Confiabilidade...........................................................120 Fig. 24: Descritores e Níveis de Referência Bom e Neutro para o PVE 3.2............121 Fig. 25: Descritores e Níveis de Referência Bom e Neutro para o PVE 3.3............122 Fig. 26: Gráfico da Função de Valor do Descritor Vida/Garantia PVE 3.1...............123 Fig. 27: Árvore de Pontos de Vista Fundamentais com Taxas de Harmonização...125 Fig. 28: Fórmula da Agregação Aditiva – Demonstração do Cálculo.......................129 Fig. 29,30 e 31: Perfil de Impacto das Ações Sq e Sm............................................130 Fig. 32: Gráfico da Análise da Sensibilidade do Critério PVF 3...............................132 Fig. 33: Gráfico da Análise de Sensibilidade do Critério PVF 1 ..............................137 Fig. 34: Gráfico da Análise de Sensibilidade do Critério PVF 2 ..............................138 Fig. 35: Gráfico da Análise de Sensibilidade do Critério PVF 3 ..............................139 Fig. 36: Gráfico da Análise de Sensibilidade do Critério PVF 4 ..............................140 Fig. 37: Gráfico da Análise de Sensibilidade do Critério PVF 4 ..............................141 Fig. 38: Gráfico da Análise de Sensibilidade do Critério PVF 5 ..............................142 Fig. 39: Gráfico da Análise de Sensibilidade do Critério PVF 6 ..............................143 Fig. 40: Gráfico da Análise de Sensibilidade do Critério PVF 6 ..............................144.

(10) SUMÁRIO. 1NTRODUÇÃO...........................................................................................................1 1.1 Objetivos do Trabalho..........................................................................................13 1.2 Motivação para o Estudo......................................................................................14 1.3 Metodologia..........................................................................................................15 1.3.1 Visões do Conhecimento...................................................................................16 1.3.2 O Paradigma Científico ....................................................................................18 1.3.3 As Estratégias de Pesquisa...............................................................................21 1.3.4 A Coleta de Dados............................................................................................22 1.3.5 Os Instrumentos................................................................................................23 1.3.6 A Escolha..........................................................................................................24 1.4 Estrutura do Trabalho...........................................................................................26. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................28 2.1. Metodologia de Pesquisa....................................................................................28 2.1.1 O Método de Pesquisa......................................................................................28 2.2. Limites da Objetividade.......................................................................................40 2.2.1 A Lente de Brunswik..........................................................................................42 2.3. A Natureza do Julgamento..................................................................................45 2.4. O Processo Decisório..........................................................................................49 2.5 O Sistema de Apoio à Decisão.............................................................................53 2.5.1 Fases do Processo de Apoio à Decisão............................................................55 2.5.1.1 O Subsistema de Atores.................................................................................57 2.5.1.2 O Subsistema de Ações.................................................................................60.

(11) 2.5.2 As Problemáticas...............................................................................................62 2.5.3 Elementos Primários de Avaliação ...................................................................68 2.5.4 Mapas de Relações Meios-Fins........................................................................70 2.5.5 Os Pontos de Vista Fundamentais....................................................................73 2.5.6 Os Descritores...................................................................................................78 2.5.7 O Modelo...........................................................................................................82 2.6 Fases da Avaliação..............................................................................................86 2.6.1 Funções de Valor..............................................................................................86 2.6.2 As Escalas.........................................................................................................87 2.6.3 Construção de Função de Valor........................................................................89 2.6.4 Taxas de Substituição.......................................................................................92 2.6.5 O Perfil de Impacto das Ações Potenciais........................................................94 2.6.6 Fórmula de Agregação Aditiva..........................................................................96 2.6.7 Análise de Sensibilidade...................................................................................97 2.7 Recomendações...................................................................................................98 2.8 O Mercado de segurança.....................................................................................99 2.8.1 Violência X Segurança Eletrônica ..................................................................100 2.8.2 O Mercado de Sistemas de Vigilância Eletrônica............................................102. 3 ESTUDO DE CASO..............................................................................................108 3.1 Caracterização da Empresa...............................................................................108 3.2 Contexto Decisório.............................................................................................110 3.3 O Cenário...........................................................................................................110 3.4 Metodologia Aplicada na Estruturação da Árvore de Valor................................111 3.4.1 Novas Preocupações......................................................................................114.

(12) 3.4.2 Características do Produto............................................................................. 115 3.4.3 Suporte da Empresa para o Sucesso do Produto...........................................117 3.5 Função de Valor.................................................................................................122 3.6 Taxas de Harmonização.....................................................................................124 3.7 Avaliação das Ações Potenciais.........................................................................126 3.8 Análise de Sensibilidade....................................................................................132 3.9 Recomendações.................................................................................................133. 4 CONCLUSÕES.....................................................................................................145 4.1 Alcance dos Objetivos........................................................................................145 4.2 Recomendações para Futuros Trabalhos..........................................................148. REFERÊNCIAS....................................................................................................... 149. APÊNDICES.............................................................................................................153 1. Entrevista com o decisor......................................................................................153 2. Entrevista com o decisor......................................................................................176 3. Estrutura dos PVF’s..............................................................................................179 4. Descritores e Níveis de Referências....................................................................180 5. Gráficos da Função de Valor................................................................................195 6. Fórmula da Agregação Aditiva – Demonstração do Cálculo................................205 7. Tabela de Avaliação Global das Ações Sq e Sm.................................................206 8. Gráficos das Análises de Sensibilidade...............................................................207.

(13) 12. 1 INTRODUÇÃO. Nos anos 90, a incerteza, a instabilidade e a imprevisibilidade somadas a globalização de mercados e a revolução das comunicações passaram a delinear o complexo contexto organizacional.Neste ambiente é essencial que as organizações tenham flexibilidade, dinamismo, agilidade e adaptabilidade, visto que neste cenário, de constantes mudanças, estes fatores passaram a ser o diferencial competitivo. Particularmente, a competência e habilidade dos profissionais para utilizarem seu imenso conhecimento científico em forma integrada e alinhada com os objetivos e propósitos da organização. Para que isto se torne uma realidade as empresas estão buscando ferramentas que aperfeiçoem o processo de tomada de decisões de seus funcionários, principalmente daqueles em níveis mais estratégicos. As novas tecnologias de informação e comunicação desenvolvidas pelo homem estão modificando as estruturas da sociedade e exercem influência sobre os mais amplos aspectos sociais, transformando as relações de produção, dinamizando e globalizando os mercados de consumo, flexibilizando as relações de trabalho, etc. Enfim, aos poucos, emerge uma nova realidade, caracterizada pelo aumento da complexidade, à qual as organizações em geral buscam adaptar-se. A competitividade, hoje, é uma questão de sobrevivência para as organizações. Nesta busca, incessante, as empresas têm como desafio colocar no mercado produtos e serviços inovadores e de qualidade. Para tanto, se faz necessário avaliação constante e efetiva destes produtos. No entanto, a avaliação do desempenho organizacional ao longo da história sempre foi tida como um problema na gestão empresarial. Para amenizar estas.

(14) 13. dificuldades. as. organizações. adotam. estratégias. pautadas. em. diferentes. abordagens que foram variando, conforme a época em que foram utilizadas. Neste contexto, este trabalho se propõe a utilizar como ferramenta para a avaliação do potencial competitivo de um produto novo de vigilância eletrônica a Metodologia Multicritério de Apoio a Decisão – Construtivista, tendo em vista a sua capacidade de integrar tanto elementos objetivos, quanto elementos subjetivos e por sua capacidade de desenvolver o conhecimento da problemática através de um processo Construtivista, bem como seu potencial de integrar os objetivos estratégicos as atividades operacionais, tem se tornado um importante aliado na avaliação do diferencial competitivo de uma organização. Salientando que o mercado de segurança eletrônica, onde será inserido este novo produto é altamente competitivo e apresenta, atualmente um crescimento significativo devido o aumento da violência em todo o planeta. Assim, para que a empresa obtenha sucesso no seu novo empreendimento é necessário que este produto seja avaliado de forma eficaz e eficiente.. 1.1 OBJETIVOS DO TRABALHO. O objetivo principal deste estudo é identificar e avaliar os critérios de competitividade do produto, Captador de Imagem, NVS – NetWork Vídeo Serviçe, de acordo com o juízo de valor do decisor. Além desse objetivo mais amplo, é possível elencar outros mais específicos, como: •. Pesquisar na literatura pertinente ao tema conceitos e informações estatísticas quanto à competitividade e ao mercado de segurança eletrônica;.

(15) 14. •. Construir um modelo que permita identificar e avaliar os critérios competitivos do novo produto, de acordo com os valores do decisor;. •. Realizar uma avaliação das ações potenciais;. •. Analisar os resultados obtidos através da geração de um perfil de impacto das ações e uma análise de sensibilidade;. •. Gerar recomendações para a continuidade do estudo e para melhorias no desenvolvimento de critérios competitivos do produto, objeto deste estudo.. 1.2 MOTIVAÇÃO PARA O ESTUDO. As novas tecnologias de informação e comunicação desenvolvidas pelo homem estão modificando as estruturas da sociedade e exercem influência sobre os mais amplos aspectos sociais, transformando as relações de produção, dinamizando e globalizando os mercados de consumo, flexibilizando as relações de trabalho, etc. Enfim, aos poucos, emerge uma nova realidade, caracterizada pelo aumento da complexidade, à qual as organizações em geral buscam adaptar-se. Durante determinado período da história, quando o mercado apresentava características como estabilidade e previsibilidade, as decisões tomadas nas organizações referentes a problemas identificados, baseavam-se nos critérios econômicos e racionalistas. Porém, por volta da década 70 o mercado passou a desenvolver-se no sentido da integração global e do acirramento da competitividade, conduzindo ao aumento da complexidade no contexto decisório. A partir dessas transformações, as organizações sentiram a necessidade de rever os métodos tradicionais de tomada de decisão, procurando adaptá-los às novas necessidades, sendo indispensável levar em consideração, na avaliação do.

(16) 15. desempenho organizacional, novos fatores como inovação tecnológica, flexibilidade e preocupação com as questões relacionadas ao meio ambiente, etc.. Neste cenário de complexidade e de mudanças constantes, o conhecimento e a capacidade de uma rápida adaptação às situações emergentes e inovadoras, tornou-se um diferencial competitivo, deste modo, fica clara a importância da escolha adequada de um método, que leve em consideração, além do conhecimento, a percepção e os valores dos gestores empresariais na tomada de decisões. Ressaltando, ainda a importância das inovações tecnológicas a serviço da proteção do homem e do patrimônio, observa-se que no setor de segurança eletrônica, ser o pioneiro é um marcante diferencial competitivo, visto que neste mercado as evoluções tecnológicas são rapidamente incorporadas ao dia a dia das empresas. Neste contexto, o lançamento de um novo produto deve ser rigorosamente estudado, para que ao chegar ao mercado atenda efetivamente seu objetivo. Assim, a escolha da metodologia MCDA Construtivista na estruturação deste problema e na avaliação multicritério das alternativas auxiliará na eliminação das ambigüidades, das incertezas e na abundância de alternativas, assim como no aperfeiçoamento de seu entendimento, visto que gerará conhecimento ao decisor, fazendo com que este consiga visualizar as possíveis ações que considera relevante.. 1.3 METODOLOGIA. É relevante enfocar estes fundamentos metodológicos, já que por meio deles evidencia-se a lógica de construção do objeto da pesquisa, orienta-se a definição de.

(17) 16. processos a serem utilizados e direciona-se a interpretação dos resultados obtidos na pesquisa.. 1.3.1 Visões do Conhecimento. Dentro de um contexto de negócios ou administrativo, a tomada de decisão se depara, na maioria das vezes, com situações extremamente complexas. A escolha de um paradigma servirá de guia para validar os métodos utilizados e a forma de como são entendidos os problemas (ENSSLIN et al, 2001). Segundo Landry (1995), é possível identificar três visões epistemológicas vinculadas à relação entre o sujeito e o objeto, bem como a sua importância na atividade de conhecimento, são elas:. •. Objetivista;. •. Subjetivista;. •. Construtivista. De acordo com Landry (1995), no Objetivismo o conhecimento é originado principalmente do objeto. A realidade, além de ser explorada através da experiência, é externa e independente do conhecimento do sujeito, isto é, este observa o objeto de fora, preocupando-se somente com o registro dos experimentos – observação não obstrutiva – o que lhe garante um conhecimento objetivo. Nesta visão o sujeito assume um papel secundário e passivo no processo de produção do conhecimento, visto não fazer parte da organização do objeto..

(18) 17. A visão subjetiva minimiza a importância do objeto no processo de aquisição do conhecimento, destacando o papel do sujeito. As propriedades percebidas do objeto são dependentes do sujeito, sendo ainda, irrelevante a existência de uma realidade independente. Landry (1995) destaca dentro desta abordagem duas grandes correntes: o Apriorismo e o Convencionalismo. O Apriorismo, que agrupa filósofos racionalistas, como Descartes e Leinnitz, acredita que a natureza geral do mundo pode ser explicada sem demonstrações empíricas. Já o Convencionalismo estabelece que teorias cientificas são livres criações da mente pela simples e conveniente interpretação da natureza. Nas duas correntes o problema é algo abstrato, que não existe sem o sujeito, sendo este o único a julgar entre o certo e o errado. Na visão construtivista tanto o objeto, como o sujeito atuam juntos, comprometidos um com o outro, na aquisição do conhecimento (ROY, 1993). Embora, a realidade externa seja importante, o sujeito também tem papel ativo no processo, já que ele está em constante interação e adaptação com esta realidade. Conforme Landry (1995), a ação do sujeito gera conhecimento sobre o objeto, sendo que para o primeiro (sujeito) é impossível ater-se a todas perspectivas existentes na realidade. Assim, na produção de conhecimento, este sujeito escolherá, dentre outras, as particulares perspectivas de seu interesse na produção desse conhecimento. Salienta-se que nesta visão muitos sujeitos consideram o mesmo fato de maneiras diferentes, conseqüentemente cada um construirá o seu problema da maneira como o percebe. Roy (1993) afirma que escolher a visão construtivista é considerar conceitos, modelos, procedimentos e resultados como ferramentas justificáveis na organização e no desenvolvimento do conhecimento de uma situação. No Construtivismo o.

(19) 18. objetivo não é descobrir uma verdade única, mas sim possibilitar a construção de um conjunto de “chaves” que possam abrir portas para que os atores possam progredir de acordo com seus objetivos e com seus sistemas de valor. Portanto, a meta desta visão é construir o conhecimento a partir do sistema de valor, das convicções e dos objetivos dos envolvidos na situação. Um ponto importante na visão construtivista é a aprendizagem, visto que ela é a decorrência natural da participação dos indivíduos que interferem sobre a situação, além de ser o elemento propulsor do processo de análise da tomada de decisão. No contexto de Apoio a Decisão, o Construtivismo traduz que as recomendações feitas não podem ser vistas como sendo as únicas soluções possíveis, mas como uma solução bem fundamentada e compartilhada pelos indivíduos envolvidos. Assim, esta abordagem formaliza a partilha do conhecimento, podendo gerar mudanças.. 1.3.2 O Paradigma Científico. A pesquisa científica é orientada não apenas por uma coleção de leis e conceitos (teoria), mas por algo mais amplo, o paradigma. Este pode ser definido como uma espécie de “teoria ampliada”, formada por leis, conceitos, modelos, analogias, valores, regras para avaliação e formulação de problemas, princípios metafísicos e exemplares (soluções concretas de problemas). (KUNH apud ALVESMAZZOTTI, 1998, p. 24). Segundo Guba (apud ALVES-MAZZOTTI, 1998) paradigma é entendido como um conjunto básico de crenças que orienta a ação. É neste sentido que o termo será enfocado nesta dissertação..

(20) 19. A literatura aponta dois paradigmas direcionando o processo de pesquisa, são eles:. •. O Positivismo;. •. A Fenomenologia. É importante ressaltar a visão de Easterby et al (1991) afirmando que nenhum destes dois paradigmas abarca de maneira completa todos os aspectos de um fenômeno. O Positivismo enfatiza a lógica e a matemática no estabelecimento de regras da linguagem que levam ao conhecimento, não considerando a experiência. Para Trivinos (1987) a análise positivista considera a realidade como sendo formada por partes isoladas, não se aceitando outra realidade que não sejam os fatos, fatos estes que possam ser observados. O Positivismo distinguiu, claramente valor e fato. Os fatos são objeto da ciência, já os valores são expressões culturais, sem interesse científico. Para o Positivismo tudo deve ser observável, dessa forma, as sentenças que não puderem ser provadas empiricamente estão fora da fronteira do conhecimento, ou seja, são sentenças sem sentido. (ALVES-MAZZOTTI, 1998, p. 12). Neste caso a tarefa da Filosofia é analisar logicamente os conceitos científicos, sendo a verificabilidade, o critério de significação de um enunciado. Os estudos do tipo positivista procuram explicar e predizer o que acontece no mundo social, através da busca de fenômenos regulares e de relações causais entre os elementos que o constituem, utilizando instrumentos de medida estruturados. Entre estes elementos ressalta-se o emprego do termo variável, que permite, não só.

(21) 20. medir as relações entre fenômenos, mas também testar hipóteses e estabelecer generalizações. (TRIVINOS, 1987). Assim, os positivistas não estão interessados em saber como o cientista pensa, e nem mesmo como ele age na prática, o que os interessa são as relações lógicas entre os enunciados científicos. O objetivo principal desta abordagem é justificar ou legitimar o conhecimento científico, estabelecendo fundamentos lógicos e empíricos. A Fenomenologia propõe-se a estabelecer uma base segura, liberta de pressuposições para todas as ciências. (HUSSERL, 1986). Este paradigma refere-se à intuição intelectual e a descrição do intuito. (FERRARI, 1986). Para Alves-Mazzotti, (1998) a Fenomenologia enfatiza a intencionalidade dos atos humanos e o “mundo vivido” pelos sujeitos, privilegiando as percepções dos atores a respeito dos fatos. Trivinos (1987) coloca que na posição fenomenológica as pesquisas partem do pressuposto que as pessoas criam e associam seus próprios significados subjetivos quando interagem com o mundo que os cerca. Nesta situação, o pesquisador procura explicar os fenômenos em estudo segundo o ponto de vista dos sujeitos observados, não impondo pontos de vista externos formulados aprioristicamente. Portanto, não existe objeto sem sujeito. A palavra fenômeno, utilizada nesta abordagem, serve para caracterizar processos que podem ser observados sensivelmente. Os fenomenologistas analisam as percepções dentro de uma realidade imediata visando entender os significados e os pressupostos dos fenômenos sem levar em conta as raízes históricas como alternativa para explicar os significados. (TRIVINOS, 1987). A Fenomenologia tem sido uma importante corrente nas ciências sociais, fazendo um contraponto à corrente positivista, ao rejeitar a noção de que o método.

(22) 21. científico adotado nas ciências naturais possa ser aplicado ao estudo da vida social humana. Trivinos (1987), enfatiza, que a vida humana é, em sua essência, diferente, o que requer uma metodologia diversa daquela proposta pela concepção positivista. A Fenomenologia destaca que na pesquisa qualitativa, o pesquisador, parte de focos de interesses amplos, que vão sendo definidos à medida que o estudo avança. Envolve a obtenção de dados descritivos sobre pessoas, lugares e processos interativos pelo contato direto do pesquisador com a situação estudada, procurando entender o fenômeno segundo a perspectiva dos sujeitos.. 1.3.3 Estratégias de Pesquisa. A estratégia de pesquisa é escolhida de acordo com o objetivo do pesquisador. Ela ligada ao método de investigação utilizado pode fornecer importantes resultados sobre o processo de Apoio à Decisão. Segundo McGrath (1982), existem várias estratégias de pesquisa que variam de acordo com a ambientação do experimento e com os objetivos da mesma. Quanto ao primeiro fator o experimento pode ocorrer em ambiente natural – pesquisa de campo – onde acontece o fenômeno a ser analisado; ou em ambiente controlado e criado artificialmente. Quanto aos objetivos a escolha da estratégia depende de três pontos, a saber:. •. Ponto de máxima preocupação com a generalização à população;. •. Ponto. de. máxima. preocupação. com. a. precisão. comportamento; •. Ponto de máxima preocupação com o realismo do contexto.. de. medição. do.

(23) 22. Este autor ainda ressalta que estudos de campo são classificados como estratégia de pesquisa não obstrutiva, isto é, a interferência do pesquisador é mínima, para que se obtenha o comportamento exato do sistema a ser estudado.. 1.3.4 A Coleta de Dados. Experimentos, pesquisa, teoria fundamentada, etnografia, pesquisa-ação, estudo de caso são métodos projetados para analisar e avaliar processos sociais complexos, como por exemplo, o Apoio à Decisão. Eles levam em conta a subjetividade e as construções da realidade dos participantes no experimento. O estudo de caso se preocupa com algo singular, que tenha valor em si mesmo, sendo que um caso, mesmo similar a outro, é distinto, tendo em vista que o interesse do estudo recairá, exatamente, sobre o aspecto único, particular, que ele apresenta. Segundo Rauen (1999), estudo de caso é uma análise profunda e exaustiva de um ou de poucos objetos, de modo a permitir o seu amplo e detalhado conhecimento. Salientando que o objeto pode ser um sujeito, um pequeno grupo de sujeitos, uma unidade organizacional, ou uma organização. Um dos objetivos do estudo de caso é proporcionar maior familiaridade com o problema, a fim de que este fique explicito. Neste aspecto, o estudo de caso envolve levantamento bibliográfico, entrevistas e análise de exemplos. Ressalta-se que o estudo de caso é um método analítico, ou seja, se fundamenta em um conjunto de regras, com o intuito de facilitar a compreensão do leitor sobre o fenômeno estudado..

(24) 23. Como todo o método, o estudo de caso traz em si algumas limitações, que envolvem problemas de confiabilidade, validade e generalização dos dados obtidos. As principais limitações são:. •. Uma exploração rica necessita de tempo e dinheiro;. •. Uma exploração pode ser confusa ou muito detalhada para ser usada;. •. A simplificação ou o exagero na exploração pode levar a conclusões errôneas;. •. A sensibilidade e a integridade do pesquisador (ele coleta os dados).. O estudo de caso é o melhor plano para responder questões baseadas nas situações da vida real que necessitam de uma avaliação rica e holística, já que fornecem meios para observar unidades sociais com múltiplas variáveis.. 1.3.5 Os Instrumentos. Conforme Yin (2001), no estudo de caso, a coleta de dados pode originar-se de seis fontes: documentos, registros em arquivos, entrevistas, observações diretas, observações participantes e artefatos físicos. Essas fontes são complementares uma das outras, portanto não devem ser utilizadas isoladamente. Além da relevância destas fontes é necessário atentar a três princípios fundamentais para a coleta de dados na realização dos estudos de caso:. •. Utilizar mais de uma fonte de dados, desde que elas se relacionem com o mesmo conjunto de fatos ou descobertas;.

(25) 24. •. Criar um banco de dados para o estudo de caso;. •. Manter o encadeamento dos dados.. A obediência a esses princípios na investigação, de um estudo de caso, aumentará a fidedignidade dos dados obtidos e por conseqüência a qualidade da pesquisa.. 1.3.6 A Escolha. Este tópico aborda as escolhas metodológicas que guiarão esta pesquisa. A figura abaixo, elaborada e estudada pelo doutorando Sergio Murilo Petri (apresentada em sala de aula - 2003), ilustrará de forma clara e sintetizada estas escolhas..

(26) 25. Modelo para escolha dos processos de Pesquisas Científicas. Estratégia de Pesquisa. Entrevista. Questionário. Misto. Instrumentos. Qualitativo. Particular. Universal. Marxismo. Fenomenologia. Positivismo. Construtivista. Subjetivista. Objetivista. Método de Pesquisa. Documental. Paradigma Científico. Quantitativo. Visão de Conhecimento. Não estruturado. Estruturado. Não. obstrutivas. Obstrutivas. Não obstrutivas. Obstrutivas. Aberto. Fechado. Estudo de campo. Simulações computacionais. Simulações experimentais. Experimento de campo. Pesquisas amostrais. Teoria Formal. Tarefas de julgamento. Experiência Laboratorial. FIGURA 1: MODELO PARA ESCOLHA DOS PROCESSOS DE PESQUISAS CIENTÍFICAS Fonte: Notas de aula MCDA – 10.3.2003. Petri, Sergio M.. Conforme a figura 1, neste estudo será adotada como visão de conhecimento, o Construtivismo, tendo em vista que esta abordagem defende a interação entre todos os envolvidos na situação de tomada de decisão, proporcionando ao grupo um crescente nível de conhecimento e de domínio sobre a mesma. A presente dissertação observará os pressupostos fenomenológicos, visto que este paradigma científico tem como preocupação fundamental entender o fenômeno sob a perspectiva dos atores e não do pesquisador, isto é, a relevância está na intencionalidade das ações dos atores envolvidos no processo de decisão..

(27) 26. A estratégia adotada será a pesquisa de campo, visando que o experimento ocorra com alto grau de realismo, para isso o pesquisador terá uma atuação não obstrutiva. O estudo de caso foi o método escolhido para coleta de dados deste estudo, tendo em vista que estes serão colhidos em situação real, sendo avaliados holisticamente, isto é, de maneira ampla, considerando múltiplas variáveis sociais. A opção por este método, também se justifica pela sua função particularista (situação única) e exploratória (conhecer para compreender) do fenômeno. Os instrumentos utilizados para coleta de dados nesta dissertação serão a entrevista não estruturada (informal) e a aplicação de questionário com perguntas abertas. O método de pesquisa adotado será misto, visto que na abordagem decisória proporcionada pelo MCDA - construtivista, consideram-se tanto fatores medidos quantitativamente, como os avaliados de forma qualitativa.. 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO. O presente estudo é composto por cinco capítulos. O primeiro apresenta o tema, bem como os objetivos, os aspectos metodológicos e a motivação para este estudo. O segundo capítulo aborda a fundamentação teórica que alicerça todo o trabalho. Neste capítulo serão apresentados conceitos e argumentações sobre o assunto estudado, bem como a importância da identificação e da avaliação dos.

(28) 27. critérios de competitividade para que o produto a ser laçado no mercado (captador de imagens), objeto deste estudo, obtenha sucesso. O terceiro capítulo enfoca uma breve apresentação do mercado onde está inserida a empresa alvo deste trabalho, isto é, o mercado de vigilância eletrônica. O quarto capítulo é dedicado à pesquisa, propriamente dita. Este capítulo além de apresentar a empresa, objeto deste estudo, apresenta a construção do modelo MCDA – Construtivista, como ferramenta na geração de entendimento e conhecimento necessário à identificação e avaliação dos critérios competitivos do produto pesquisado. Assim, objetiva-se abordar a operacionalidade, a eficácia e a robustez da metodologia adotada. O quinto capítulo se prenderá as conclusões do trabalho, de modo que serão assinalados os resultados alcançados, além das limitações encontradas para a execução deste estudo..

(29) 28. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA. 2.1 METODOLOGIAS DA PESQUISA. Este capítulo pretende apresentar uma revisão sobre metodologias de pesquisa, mais especificadamente, sobre a abordagem a ser utilizada ao longo deste trabalho.. 2.1.1 O Método de Pesquisa. O propósito das organizações, ao longo da história, sempre foi o de tomar decisões mais adequadas ao contexto em que estão inseridas. A partir da Segunda Guerra Mundial, métodos aplicados em operações militares passaram a ser adaptados para a solução de problemas industriais e até mesmo do setor público. Estes sistemas se caracterizavam por serem mecanismos de controle, que quando aplicados à solução de problemas organizacionais avaliavam os fatores controláveis através da matemática, que se mostrava uma ferramenta eficiente na identificação, dentro de um conjunto de alternativas bem definidas, àquela que seria a melhor decisão. Surgia a Pesquisa Operacional, PO. A PO Clássica, como ficou conhecida posteriormente, teve seu auge nas décadas de 50 e 60 quando os mercados eram estáveis, a economia era de escala e as características da evolução tecnológica e cultural não pareciam provocar grandes modificações nas preferências dos consumidores (os produtos tinham um ciclo de vida mais longo do que atualmente). Neste ambiente não se exigia uma visão globalizada e integrada de decisores e administradores..

(30) 29. Tversky (1996) caracteriza o decisor racional da PO ou paradigma racionalista da seguinte forma:. Considera-se um decisor racional por três aspectos: a) Invariância da descrição – relação às ações não devem depender da forma como as informações sobre elas são apresentadas a eles; b) Invariância de procedimentos – diferentes métodos de obtenção de julgamento do decisor devem fornecer o mesmo resultado; c) Independência do contexto – cada ação tem seu valor intrínseco, que não depende de outras ações do conjunto de ações potenciais (TVERSKY, 1996, p.33).. Ensslin (2003) salienta que a Pesquisa Operacional seja qual for sua definição, incorpora preocupações como: conhecimento do contexto, fundamentação científica, coerência, objetivos, sistema de valor dos atores e preferências. Na abordagem da PO Clássica, fundamentada no paradigma racionalista, parte-se do princípio de que o decisor tem conhecimento de tudo, sendo cada decisão tratada, por ele, isoladamente, de forma racional. Segundo Cunha (2003), na PO Clássica, as restrições que delimitam um conjunto de soluções satisfatórias existem objetivamente, sendo elas consideradas independentes do tempo e dos diferentes decisores envolvidos no processo decisório. As imperfeições de seu conhecimento são justificadas, unicamente, pela insuficiência de informações. Grande parte dos pesquisadores que atuam de acordo com a Pesquisa Operacional Clássica, constrói seus modelos com base na expectativa de que possam, da melhor forma possível, representar o contexto de forma simplificada, propondo-se a aperfeiçoar seu desempenho. Entretanto, quando o problema está relacionado ao aperfeiçoamento do desempenho organizacional a caracterização deste problema está condicionada à.

(31) 30. percepção de um ser humano, assim é necessário algo mais que os instrumentos matemáticos fornecidos pela Pesquisa Operacional Clássica. De acordo com Cunha (2003), os métodos tradicionais de PO consideram problemas reais como sendo problemas estruturados, onde somente as questões técnicas são importantes para resolução dos mesmos (a partir dos seus dados). No entanto, observa-se que em situações reais a obtenção, assim como a organização dos dados, é etapas muito complexas, considerando que existem diversos atores no processo decisório, sendo que cada um tem uma perspectiva e uma interpretação diferente sobre o evento. Enfim, segundo esta autora, a PO não enfatiza a fase de estruturação do problema, como também seus objetivos não estão claramente definidos. Complementando essa linha de pensamento, Gomes (2003) assegura que freqüentemente, as decisões são tomadas através de parâmetros não mensuráveis quantitativamente, mas que, porém, são passiveis de serem expressos por meios qualitativos, através de juízos de valor, ao longo de escalas apropriadas. Assim, o ser humano se vê obrigado a tomar decisões, ora usando parâmetros quantitativos, ora fazendo uso de parâmetros de mensuração qualitativa, com característica subjetiva marcante. Roy (apud ENSSLIN et al, 2003) sustenta que a visão reducionista da Pesquisa Operacional, que a rotula de improdutiva, tem sido o principal fator responsável por aquilo que se denomina de crise da Pesquisa Operacional.Neste sentido, Roy (1996) ressalta dois pontos: o primeiro é que esta visão de Pesquisa Operacional possui a tendência de cortar pelo meio aquilo que a fortalece e a legitima como algo diferente de um ramo da matemática, o que induz os pesquisadores a trabalhar separadamente do contexto onde acontecem os problemas. Em segundo lugar, esta.

(32) 31. interpretação tende a validar uma abordagem científica para qualquer problema de PO com base em três pressupostos:. •. Encontrar o problema “correto” e procurar enquadrá-lo dentro de um dos modelos padrões existentes;. •. Solucionar o problema;. •. Implementar a solução (ENSSLIN et al, 2003). A metodologia racionalista da Pesquisa Operacional Clássica teve importância maior em outras épocas, quando os processos eram demorados e os meios de comunicação lentos. Desta forma, a Pesquisa Operacional (PO) vem passando por mudanças que têm como objetivo corrigir as distorções decorrentes da excessiva concentração dos esforços em uma visão de otimização de modelos matemáticos. Para Ensslin et al (2003), o redirecionamento conceitual e cultural da Pesquisa Operacional de Apoio à Decisão, provocou uma implosão no modo de administrar o conhecimento de cada profissional para reerguer uma estrutura com base em convicções, objetivos e necessidades inovadoras, à luz de exigências impostas pelo novo ambiente. Com a globalização dos mercados e a exploração das tecnologias de informação, foi necessário modificar, drasticamente, as práticas gerenciais para que as organizações pudessem se adequar a esse novo ambiente competitivo. O método até então utilizado (PO Clássica), tornou-se insuficiente para garantir a eficiência nos processos decisórios. Tendo de se apoiar em novos métodos para atender as novas exigências do mercado..

(33) 32. A partir dos anos 70, a PO foi expandida para o que, posteriormente veio ser denominada Soft PO. Além da expansão no espectro das oportunidades, houve também a incorporação de conhecimentos das ciências sociais, saúde, educação, tendo em vista que a tomada de decisão é um processo social que envolve pessoas e grupos de influências, com relações de poder entre si. No inicio da utilização da Soft PO as mudanças foram sutis, visto que a origem cientifica sempre recaia no padrão anterior (PO Clássica), todavia com o tempo foi se aperfeiçoando o contexto, segundo os processos de percepção, de valores e preferências daquele a quem compete desempenhar a tomada de decisão. A Soft PO busca auxiliar o decisor na identificação, organização e construção de escalas de mensuração para seus valores específicos ao contexto do problema, permitindo a compreensão clara e transparente da repercussão das conseqüências das alternativas em seus valores. Os modelos soft, em sua etapa de estruturação, concentram seus esforços na construção do conhecimento do problema, segundo a percepção dos valores e preferências dos atores envolvidos. Isso significa um confronto com a visão, exclusivamente, objetivista da Pesquisa Operacional Hard (clássica), que pressupõe pleno conhecimento do problema pelos atores. A PO Soft construtivista, em sua forma de trabalho, propõe etapas interativas para estruturar e avaliar o processo decisório, recomendando a resolução mais adequada ao contexto. No momento em que o mercado se apresenta extremamente competitivo, a Pesquisa Operacional sentiu a necessidade de incorporar novas áreas de pesquisa e dentro delas a Metodologia Multicritério em Apoio a Decisão – MCDA (Multiple Criteria Decision Aid)..

(34) 33. O MCDA é um dos métodos desenvolvidos pela pesquisa a ser adotado no auxílio à tomada de decisões no contexto organizacional. É um método construtivista que tem por objetivo construir um nível de entendimento, permitindo que as soluções possam emergir naturalmente. Neste método, o problema é personalizado, pois gera conhecimento gradativo da situação problemática, possibilitando a construção de uma solução dentro da importância que o decisor possa julgar, a cada critério, em vez de se buscar uma única solução. Evidencia-se com isso, que a correta estruturação do problema, antes de buscar sua solução é fundamental. Conforme Cunha (2003), o MCDA não procura tomar o lugar dos procedimentos tradicionais, mas soma-se a eles, não desmerecendo seu valor, já que até hoje são consideradas importantes ferramentas na resolução de certos tipos de problemas. Vale salientar que de acordo com Bana e Costa (1995), um processo de Apoio à Decisão. [...] é um sistema aberto de que são componentes os atores e os seus valores e objetivos, e as ações e suas características. A atividade de Apoio à Decisão pode então ser vista como um processo de interação com uma situação problemática ‘mal estruturada’ onde os elementos e as suas relações emergem de forma mais ou menos caótica.. Deste modo, observa-se que uma situação decisória (situação que demande uma ação), se apresenta no momento da constatação da existência de um diferencial de desempenho. Isto significa que um problema é diagnosticado e reconhecido, sendo que por problema ou diferencial de desempenho, entende-se um espaço entre a realidade e o desejo de uma pessoa com relação a alguma situação..

(35) 34. Assim, este diferencial do desempenho, de acordo com Basadur et al (1994, p.629), pode ser identificado por três manifestações de necessidade de ação distintas, quais sejam:. •. Manifestação Positiva - não compreende exatamente um problema, porém uma oportunidade de ação que venha possibilitar a melhoria do desempenho atual da organização;. •. Manifestação Negativa - ocorre quando a situação problemática atual da organização é considerada indesejável e, portanto, há a necessidade de fazer mudanças a fim de melhorá-la;. •. Manifestação Desconhecida - ocorre quando a situação atual é tida como satisfatória, entretanto a organização tem conhecimento do fato de que essa situação será eliminada através das mudanças ambientais, que estão além de seu controle.. Os problemas complexos dentro de uma organização, que envolvem vários atores exigem reflexão tanto individual, como do grupo, sobre a estrutura da organização e as influências que podem afetá-las, a fim de que sejam identificados os fatores intervenientes no processo decisório e suas inter-relações. A análise de decisão está imersa em um amplo e dinâmico contexto, que passa pela modificação das preferências dos atores, e por transformações decorrentes da influência externa ao problema inicial. Desta forma, por haver uma série de valores envolvidos, Martins (2003), afirma que os modelos de programação matemática, característicos da Pesquisa Operacional Clássica são inadequados, visto que não possibilitam a exploração de toda a dinâmica envolvida no processo decisório..

(36) 35. Contudo, esses modelos se firmaram como ferramentas, freqüentemente utilizadas, considerando-se a tendência dos indivíduos e dos grupos em procurar solucionar rapidamente as situações conflituosas, como já foi mencionado anteriormente. Entretanto, no caso de problemas que não podem ser percebidos ou medidos pelo critério quantitativo, o uso do modelo tradicional da Pesquisa Operacional, acaba conduzindo a simplificação e, conseqüentemente, ao empobrecimento do modelo e do processo decisório. Assim, em um contexto caracterizado pela complexidade, influenciado por diferentes fatores, propõe-se à utilização da abordagem de Multicritério de Apoio á Decisão (MCDA). A abordagem desse modelo permite uma observação mais profunda do contexto onde emergiu o problema, possibilitando a aprendizagem de elementos que podem se tornar ferramentas para adquirir, organizar e apresentar o conhecimento (NORESE apud MARTINS, 2003). Neste sentido, no intento de evitar a simplificação que resulta de modelos operacionais tradicionais, Martins (2003) sugere alguns questionamentos a serem realizados ao final do processo decisório:. Houve um adequado conhecimento da organização frente ao problema de forma que o mesmo passe a ser efetivamente controlado pela organização ou a empresa certamente deverá recorrer repetidamente ao auxílio emergencial de consultores frente a uma situação semelhante? Os decisores, gerentes e/ou diretores, sentem-se efetivamente compromissados com a decisão tomada ou esperam os resultados sob um certo clima de tensão individual ou intergrupal? Os decisores conheceram exatamente as expectativas dos demais em relação ao problema e com isso passaram a agir de forma ponderada e enriquecedora em relação a estes aspectos?. Segundo Martins (2003), através do uso de metodologias que possibilitem a partilha do conhecimento e dos julgamentos relacionados aos problemas organizacionais, à resposta a estas questões estará sempre voltada aos aspectos.

(37) 36. positivos1. É importante salientar que, atualmente, o diferencial competitivo das organizações situa-se na agregação da experiência, da criatividade e do conhecimento. Portanto, a utilização desses elementos no processo decisório é fundamental na construção ou estruturação de um modelo de avaliação eficaz. Assim, o modelo MCDA fundamenta-se na abordagem soft, que engloba os valores pessoais e humanos dos atores que participam do processo decisório, pois além do decisor possuir representações verbais, escritas ou faladas, também pode utilizar o juízo de valor ou julgamento pessoal na estruturação do problema e na tomada de decisão. Na figura 2, abaixo, está representado o Modelo de Ajuda à Decisão – AD – também conhecida como Soft PO, demonstrando que a MCDA evoluiu da PO Hard, salientando que, a Soft PO embora tenha incorporado os conhecimentos das ciências sociais, não abandonou a sua origem cientifica, ligada à matemática.. PO-SOFT. PO-HARD. FIGURA 2: MODELO DE AJUDA À DECISÃO x PESQUISA OPERACIONAL HARD Fonte: Roy, 1994.. Conforme Gomes (2003), a metodologia da Soft PO assim, como os modelos de AD, compõe-se de um número expressivo de métodos e técnicas, elaborados 1. Modelo para escolha dos processos de pesquisas científicas.

(38) 37. para um ambiente caracterizado pela complexidade de conflitos e situações não determinísticas, que auxiliam aos que praticam funções de análise de problemas e gerenciamento. Com isso, a Soft PO ajuda a enfrentar os problemas de planejamento e a tomada de decisão. O principal componente das metodologias de Soft PO compreende a incorporação explícita do comportamento humano que, através do senso comum e da experiência podem ser representados com a utilização de gráficos ou diagramas, que reproduzem de modo esquemático as redes de interações. Desta forma, é possível demonstrar entre os diversos elementos das situações problemáticas analisadas, quais são as influências, as causalidades, as similaridades ou compatibilidades que existem na estrutura dessas situações. Segundo Ensslin (2001), a validação, na PO Soft, se dá através da comunidade cientifica, sendo a legitimidade realizada pelo reconhecimento do decisor de que o modelo construído atende o objetivo de ajudá-lo a identificar, organizar e mensurar seus valores, assim como de orientá-lo no processo de busca da mais conveniente alternativa, para o contexto, de acordo com sua percepção. Enquanto os métodos tradicionais empregam técnicas embasadas na teoria das probabilidades, os métodos de PO Soft, adotam o conceito de cálculo de possibilidades, estruturando eventos ou resultados que os participantes declaram como relevantes ao processo, o que torna possível identificá-los, sem a obrigatoriedade de associar números a seus significados (GOMES, 2003). Neste sentido, Roy (1994, p.23-26) ainda acrescenta que:. [...] AD e PO são ciências que buscam desenvolver uma rede de conceitos, modelos, procedimentos e resultados capazes de formarem estruturas e coerente corpo de conhecimento que possam atuar em conjunto com um corpo de hipótese como chaves para guiar os decisores e a comunicação, mantendo a coerência de acordo com seus objetivos e valores..

(39) 38. Estas “chaves” contribuem para os processos decisórios na forma de:. •. Identificação dos objetivos, segundo a percepção do decisor;. •. Separando as conclusões robustas das frágeis;. •. Dissipando. desentendimentos. provocados. pela. comunicação,. particularmente; •. Evitando as armadilhas ilusórias do bom senso;. •. Enfatizando, após terem sido compreendidos, os resultados controversos;. •. Projetando softwares de Ajuda á Decisão, mesmo os de automatização de decisões. (ROY, 1994).. Ao determinar o contexto de um problema, na organização, suas fronteiras devem ser definidas de duas maneiras. Primeiramente, é necessário definir os critérios julgados pelo decisor, ou seja, o PVF - Ponto de Vista Fundamental – (KEENEY, 1992, apud ENSSLIN, 2001) e quais os critérios que serão considerados, na delimitação do problema. A segunda maneira para delimitação do problema segue a instrução de deixar as fronteiras surgirem naturalmente, sem forçá-las, a fim de que, progressivamente, se construa a decisão, gerando conhecimento relevante para que o decisor julgue cada critério analisado, através de taxas de compensação2, ao invés de buscar uma decisão ótima. Bana e Costa (1993), afirma existir dois princípios básicos que representam os fatores mais importantes no modelo de Apoio à Decisão, MCDA: o Princípio da. 2. Taxa de Compensação Clássica “Trade off procedure” (Procedimento de troca)..

(40) 39. Interconexão e da Inseparabilidade dos elementos objetivos e subjetivos no contexto decisório e o Princípio de Aprendizagem e do Construtivismo. Fundamentado em seus estudos, Yu (1985, p.08) afirma que:. [...] o MCDA pressupõe ser preciso admitir que a subjetividade está sempre presente nos processos de decisão, o que permite iniciar o entendimento de que serão encontrados diferentes juízos de valores nos diversos atores da decisão, partindo de múltiplos critérios, busca-se edificar padrões que viabilizem a elucidação de juízos de valor, permitindo também que, as alternativas sejam analisadas, avaliadas e, caso seja possível, priorizadas.. Neste sentido, Roy (1993, apud ENSSLIN, 2001, p.133), ressalta que a abordagem do MCDA reconhece os limites da objetividade levando em conta a subjetividade dos atores. No contexto decisório existem muitos atores e cada um possui sua própria interpretação dos eventos vinculados ao problema e aos seus próprios sistemas de valores. Pelo exposto, acredita-se que o paradigma construtivista MCDA apresenta-se como o mais adequado para o objetivo de apoiar o decisor. De acordo com Roy (1996, p.36), o MCDA construtivista é definido como “[...] uma ciência de ajuda à decisão, para se chegar à solução mais conveniente”. Esta metodologia, segundo Roy (1996, apud ENSSLIN, 2001, p.18), se baseia na consideração de múltiplos critérios, sendo que é necessário analisar questões como: “Quais são os critérios que deverão ser levados em conta? Como construir escalas cardinais para os critérios? De que maneira integrar estes critérios para se obter uma visão holística?” Em suma, o MCDA consiste em um conjunto de métodos e técnicas que se estendem para além dos modelos matemáticos da Pesquisa Operacional Clássica, servindo para auxiliar e apoiar pessoas e organizações a tomarem decisões, sob a influência de uma diversidade de fatores tanto objetivos como subjetivos..

(41) 40. De acordo com Bana e Costa & Almeida (1990, p. 19-28) “[...] a aplicação de qualquer método de análise multicritério apresenta como hipótese à comparação de várias alternativas de decisão que, para tanto, recorre ao uso de múltiplos critérios”. Percebe-se, então, que a distinção entre o MCDA e as metodologias tradicionais de Pesquisa Operacional e avaliação é o grau de incorporação dos valores do decisor nos modelos de avaliação (GERSHON & GRANDZOL, 1994, p. 69-73). As variáveis de um processo decisório são avaliadas pela definição dos efeitos de seus valores, conforme os objetivos dos decisores, e não pelos valores propriamente ditos.. 2.2 LIMITES DA OBJETIVIDADE. As metodologias multicritério são úteis para os processos decisórios, visto que reconhecem os limites da objetividade e adicionalmente reconhecem e incorporam os fatores subjetivos como influentes no processo decisório. Pesquisas de psicologia da Study of a Science comprovam que as escolhas efetuadas pelos atores envolvidos no processo decisório obedecem a três tipos de julgamento:. •. Objetivos – envolvem a identificação de fatores, considerados chaves pela pessoa em um dado momento;. •. Julgamento – aquele que reflete as preferências individuais;. •. Previsões (capacidade de fazer) – é a capacidade da mente em estabelecer suas preferências para realizar uma escolha..

(42) 41. No entendimento de Roy (1996), um dos fatores mais importantes em abordagens MCDA consiste no reconhecimento das limitações da objetividade, que na perspectiva de Apoio a Decisão, levantam cinco aspectos fundamentais, a saber:. •. A arbitrariedade na escolha das ações que poderão ou não ser realizadas;. •. Muitas pessoas (stakeholders) atuando como decisor no contexto decisório;. •. Preferências (do decisor) mal formuladas e zonas de incertezas e contradições sobre convicções estabelecidas;. •. A imprecisão de dados como: critérios, valores numéricos de avaliação, etc.;. •. A impossibilidade de definir se uma decisão é boa ou não, apenas fundamentando-se. em. um. modelo. matemático,. visto. que. fatores. organizacionais, culturais e pedagógicos do processo decisório exercem influência na qualidade e no sucesso da decisão (ROY, 1996).. Para Roy (1996), esses cinco pontos evidenciam os fatores de natureza mais objetiva, todavia considerando que características das ações interagem com os fatores subjetivos, ou seja, os valores subjetivos dos atores atuam no processo de Apoio a Decisão. Assim, o MCDA – Metodologias de Multicritério de Apoio à Decisão - ao incorporar os valores subjetivos dos atores nos modelos de avaliação, difere das metodologias tradicionais que vêem a decisão, apenas como “objeto técnico”. O aprendizado é algo possível e contínuo que ocorre ao longo da identificação de um problema na organização, se desenvolvendo na medida em que o problema é estruturado..

(43) 42. 2.2.1 A Lente de Brunswik3 A Lente de Brunswik foi inicialmente elaborada pelo psicólogo Egon Brunswik e está relacionada ao estudo dos limites da objetividade, visto que continua sendo desenvolvida por uma associação de psicólogos, pesquisadores e seguidores de Brunswik, que estudam o processo de julgamento humano com o objetivo de melhorar a tomada de decisão. Eles procuram entender dois sistemas: o primeiro é a localização do evento e o segundo é o julgamento realizado pela pessoa sobre o evento. (HALLIDAY & HAGER, 2002). A figura abaixo é ilustrada por Halliday & Hager (2002), seguidores da Lente de Brunswik. O objetivo do modelo é colocar os fundamentos empíricos para um programa mais amplo de pesquisa que enfocará antecedentes, processos e conseqüências, associados ao aprendizado no contexto da decisão. O enfoque de Hager & Halliday (2002) expressa um modelo de aprendizado, com base nas noções de percepção-julgamento-confirmação, onde se observa que o modelo é recursivo. CONTEXTO Fatores explícitos em uma situação – Característica que todos aprendizes conhecem. Fatores implícitos em uma situação – suposições tomadas como certas e que podem ser problemáticas. PERCEPTIVA 3. PROPÓSITO. Processo de Aprendizado. Objetivos externos. Ex. coisas externas.. Julgamento Repetitivo Objetivos internos. Ex. coisas intrínsecas.. JULGAMENTO. REFORÇO. Egon Brunswik (1903 – 1955) era um dos diversos psicólogos que vieram aos Estados Unidos pouco antes do início da II Guerra Mundial. Em 1921, graduou-se na Theresianische Akademie. Estudou engenharia, e mais tarde passou a estudar psicologia na Universidade de Viena, onde se tornou assistente no Instituto Psicológico de Karl Bühler recebendo a titulação de PHD em 1927 (THE BRUNSWIK SOCIETY, 2003)..

Referências

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