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Indução magnética

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Academic year: 2021

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(1)

Indução Magnética

Fluxo magnético Indutância

Tensão induzida e Lei de Faraday Energia magnética Lei de Lenz Circuitos RL

Tensão induzida por movimento Propriedades magnéticas Correntes parasitas dos supercondutores

(2)

Indução magnética

• Descoberta por Michael Faraday e Joseph Henry em 1830.

• Um campo magnético variável pode induzir uma tensão (tensão induzida) e uma corrente (corrente induzida) em um condutor. • Um campo magnético variável pode ser produzido por uma

corrente variável ou por um ímã em movimento.

• Um ímã que se move próximo a uma bobina induz uma corrente que é acusada por um galvanômetro. O mesmo ocorre se

movermos uma bobina nas proximidades de um ímã permanente. • Uma bobina pode girar quando aplicamos um campo externo.

Esse é o mecanismo básico de um gerador, um dispositivo que transforma energia mecânica em energia elétrica.

(3)

Fluxo magnético

• Vimos que o fluxo magnético pode ser definido da

seguinte maneira:

• No SI a unidade de fluxo magnético é o weber,

• Se um campo uniforme faz um ângulo com a normal

ao plano, o fluxo vale

• O fluxo que atravessa uma bobina com N espiras vale

(4)

Fluxo magnético

• Exemplo 30-1

Determine o fluxo magnético através de um

solenoide com de comprimento, de raio e ,

percorrido por uma corrente de .

– O campo magnético de um solenoide é dado por ,

onde é o número de espiras por unidade de

comprimento.

– Neste exemplo, . Assim,

(5)

Tensão induzida e a lei de Faraday

• Faraday descobriu que a variação do fluxo

magnético induz uma tensão em um circuito.

• As tensões induzidas se distribuem por todo o

circuito.

• Como produzir um fluxo variável:

– Variando a corrente que o produziu

– Movendo o ímã em relação ao circuito

– Movendo o circuito em relação ao ímã

– Variando a área delimitada pelo circuito

(6)

Tensão induzida e a lei de Faraday

• Sabemos que tensão é definida pelo trabalho

realizado pela força elétrica por unidade de

carga

• Por sua vez, e , assim

• Ou ainda,

(7)

Tensão induzida e a lei de Faraday

• Faraday observou que a tensão induzida é igual a

taxa de variação do fluxo magnético, ou seja,

• Assim,

• Na eletrostática, a integral acima é nula (campo

conservativo). Aqui vemos que quando o campo

elétrico é induzido ele deixa de ser conservativo.

• Este resultado é conhecido como a lei de Faraday.

(8)

Tensão induzida e a lei de Faraday

• Exemplo 30-2

Um campo magnético uniforme faz um ângulo de com o eixo de uma bobina circular de com de raio. O campo está

variando à razão de . Determine o módulo da tensão induzida na bobina.

– Vimos que a tensão induzida é igual a taxa de variação do fluxo magnético.

– O fluxo magnético através de uma bobina com é dado por – Assim,

– Portanto, .

(9)

Tensão induzida e a lei de Faraday

• Exemplo 30-4

Um campo magnético é perpendicular ao plano

do papel e uniforme em uma região circular de

raio . Do lado de fora da região circular, é nulo.

A taxa de variação do módulo de é . Determine

o módulo do campo elétrico induzido:

(a) A uma distância , do centro da região circular

– Pela lei de Faraday . Como o campo elétrico

induzido é constante ao longo da integral, temos

(10)

Tensão induzida e a lei de Faraday

• Exemplo 30-4

Um campo magnético é perpendicular ao plano

do papel e uniforme em uma região circular de

raio . Do lado de fora da região circular, é nulo.

A taxa de variação do módulo de é . Determine

o módulo do campo elétrico induzido:

(b) A uma distância onde .

– Pela lei de Faraday . Como o campo elétrico

induzido é constante ao longo da integral, temos

(11)

A lei de Lenz

• Tensões induzidas e correntes induzidas sempre se opõem às variações que as produziram. • Quando deslocamos um ímã na

direção de uma espira condutora, a variação do fluxo magnético induz uma corrente na espira que por sua vez gera um campo no sentido

oposto.

• O campo magnético induzido tende a diminuir o fluxo que atravessa a

(12)

A lei de Lenz

• Quando afastamos um ímã de uma espira condutora o campo magnético induzido tende a aumentar o fluxo que atravessa a espira.

• O momento magnético induzido na espira exerce uma força de repulsão ou atração sobre o ímã, de acordo com o seu movimento.

• Portanto, a espira se comporta como um ímã, ora com polo norte voltado para o ímã, ora com o polo sul

(13)

A lei de Lenz

• A lei de Lenz é uma consequência da conservação da energia.

• Caso os momentos magnéticos induzidos fossem contrários, a força de atração ou repulsão iriam acelerar indefinidamente o ímã.

• Com a aceleração do ímã a taxa de variação do fluxo na espira também aumentaria aumentado sua corrente.

• Portanto, tanto a energia cinética do ímã quanto a dissipação de energia por efeito joule na espira aumentariam sem haver uma fonte de energia para isso.

(14)

A lei de Lenz

• O arranjo ao lado mostra o que acontece com

a corrente na bobina da direita quando uma corrente circula pela bobina da esquerda. • Quando a chave do circuito esquerdo é

fechado a corrente varia de zero até um valor finito.

• Isso gera um campo magnético variável que produz um fluxo variável na bobina da direita. • A taxa de variação do fluxo induz uma

corrente na bobina da direita.

• Quando a corrente da bobina esquerda se estabiliza, a corrente na bobina da direita vai a zero.

(15)

A lei de Lenz

• O mesmo fenômeno pode ser

observado quando a chave da

bobina esquerda é desligada.

• Como a corrente varia de um valor

finito até zero, a taxa de variação

do fluxo magnético na bobina

direita induz uma corrente.

• É importante notar que a corrente

induzida só existe enquanto o

fluxo magnético variar pela

bobina.

(16)

A lei de Lenz

• Quando o circuito é constituído por uma única bobina, ocorre o fenômeno da auto-indução.

• Toda vez que a chave é ligada, a variação do fluxo magnético na bobina induz uma tensão que se opõe à variação da

corrente (força contra-eletromotriz).

• Por conta disto, a corrente em um circuito não pode variar instantaneamente de zero para um valor finito.

• O mesmo ocorre quando a chave é aberta. A tensão induzida tende a manter a corrente original.

• Como a tensão induzida é alta, o campo elétrico entre os contatos da chave é tão alto que torna o ar condutor. A passagem de corrente pelo ar gera uma centelha elétrica.

(17)

A lei de Lenz

• Exemplo 30-6

Uma bobina retangular de 80 espiras, com 20 cm de largura e 30 cm de

comprimento, é submetida a um campo magnético dirigido para dentro do papel, com apenas metade da bobina na região em que existe campo

magnético, que se estende indefinidamente para a direita e para a

esquerda. A resistência da bobina é . Determine o módulo, a direção e o sentido da corrente induzida se a bobina está se movendo com uma

velocidade de :

(a) Para a direita.

– A corrente induzida é dada pela razão entre tensão e resistência .

– A tensão, por sua vez, é induzida pela taxa de variação do fluxo magnético pela espira

– Como a bobina está se movendo para a direita, não há variação do campo magnético, pois não há variação na área da bobina.

– Assim,

(18)

A lei de Lenz

• Exemplo 30-6

Uma bobina retangular de 80 espiras, com 20 cm de largura e 30 cm de comprimento, é submetida a um campo magnético dirigido para

dentro do papel, com apenas metade da bobina na região em que existe campo magnético, que se estende indefinidamente para a direita e para a esquerda. A resistência da bobina é . Determine o

módulo, a direção e o sentido da corrente induzida se a bobina está se movendo com uma velocidade de :

(b) Para cima.

– O fluxo magnético é dado por – Assim,

– Finalmente,

– O sentido da corrente deve ser tal que o campo induzido reduza o fluxo magnético pela espira. Nesse caso, a corrente será anti-horário.

(19)

A lei de Lenz

• Exemplo 30-6

Uma bobina retangular de 80 espiras, com 20 cm de largura e 30 cm de comprimento, é submetida a um campo magnético

dirigido para dentro do papel, com apenas metade da bobina na região em que existe campo magnético, que se estende

indefinidamente para a direita e para a esquerda. A resistência da bobina é . Determine o módulo, a direção e o sentido da corrente induzida se a bobina está se movendo com uma velocidade de :

(c) Para baixo.

– A corrente tem o mesmo módulo que no problema anterior, ou seja, – Porém, como o fluxo na bobina está diminuindo, a corrente terá que ser horária para produzir um campo que aumente o fluxo magnético.

(20)

Tensão induzida por movimento

• É uma tensão induzida pelo movimento relativo de um condutor numa região de campo magnético.

• Considere uma barra condutora RS deslizando para a direita sobre um trilho de condutores numa região de campo

magnético dirigido para dentro do plano.

• Como o fluxo magnético aumenta a uma taxa de

• Portanto o módulo da tensão induzida no circuito depende da velocidade da barra condutora,

(21)

Tensão induzida por movimento

• A tensão induzida gera uma corrente no sentido anti-horário de modo a produzir um fluxo magnético para fora do plano.

• Agora, sabemos que a força magnética sobre um condutor é dada por

• De acordo com a regra da mão direita, o sentido desta força está para a esquerda.

• Assim, se esta é a única força atuante, a barra diminui sua velocidade até parar.

(22)

Tensão induzida por movimento

• Mesmo que o circuito esteja aberto, o movimento da barra condutora induz uma tensão.

• Os elétrons livres do condutor sofrem uma força para baixo cujo módulo é

• O campo elétrico gerado pela separação de cargas aplica uma força elétrica sobre os elétrons de

módulo

• Quando as duas forças se equilibram, temos

• Assim, um condutor em movimento em um campo magnético possui um tensão entre suas

extremidades igual a

(23)

Tensão induzida por movimento

• Exemplo 30-8:

Uma barra de massa desliza sem atrito sobre trilhos

condutores em uma região onde existe um campo

magnético constante . No instante , a barra está se

movendo com velocidade inicial e a força externa que

agia sobre ela é removida. Determine a velocidade da

barra em função do tempo.

– Como a força externa foi removida a única força que atua sobre a barra é a força magnética no sentido contrário ao movimento.

– Assim, a aceleração da barra é

(24)

Tensão induzida por movimento

• Exemplo 30-8:

Uma barra de massa desliza sem atrito sobre trilhos

condutores em uma região onde existe um campo

magnético constante . No instante , a barra está se

movendo com velocidade inicial e a força externa que

agia sobre ela é removida. Determine a velocidade da

barra em função do tempo.

– Porém, a corrente induzida depende da tensão induzida no condutor devido ao seu movimento

– Assim,

(25)

Tensão induzida por movimento

• Exemplo 30-8:

Uma barra de massa desliza sem atrito sobre

trilhos condutores em uma região onde existe

um campo magnético constante . No instante , a

barra está se movendo com velocidade inicial e

a força externa que agia sobre ela é removida.

Determine a velocidade da barra em função do

tempo.

– Integrando a equação

(26)

Correntes parasitas

• Correntes parasitas são

correntes induzidas em

condutores por fluxos

magnéticos variáveis.

• Em alguns casos, as correntes

parasitas são indesejáveis pois

elas dissipam calor.

• Em outros casos, as correntes

parasitas podem atenuar

oscilações indesejáveis em

circuitos.

(27)

Indutância

• Vimos que o fluxo magnético por uma bobina é dado pela

expressão

• Onde

• Assim, vemos que o fluxo magnético em uma bobina é

diretamente proporcional a corrente

• A constante de proporcionalidade depende de

características da bobina como densidade de espiras , área

da espira e comprimento da bobina .

• Essa constante é representada pela letra e chamada de

auto-indutância.

(28)

Indutância

• Assim, o fluxo magnético pode ser escrito na

forma

• Quando a corrente varia, o fluxo magnético

também varia

• Porém, vimos que um fluxo magnético variável

induz uma tensão no circuito. Assim,

(29)

Indutância

• Indutância mútua

– O fluxo magnético em circuitos não isolados depende

da corrente do próprio circuito e da corrente dos

circuitos vizinhos.

– Onde é denominada a indutância mútua. Podemos

também escrever o fluxo magnético no circuito a

(30)

Indutância

• Indutância mútua entre dois solenoides concêntricos

– Considere dois solenoides concêntricos de comprimento , raios e e com números de espiras e .

– O fluxo magnético produzido no solenoide 2 devido ao solenoide 1 é

– Assim, podemos escrever o fluxo magnético no solenoide 2, na forma

– Onde

(31)

Energia magnética

• Vimos que a variação temporal da corrente induz uma tensão no solenoide cujo módulo é

• Essa tensão está relacionada com a potência de energia magnética armazenada no solenoide (indutor)

• Como a potência é dada pela variação temporal da energia magnética , temos

• Integrando a equação acima de até , temos

(32)

Energia magnética

• Como a corrente gera o campo magnético,

temos e

• Assim, a densidade de energia magnética vale

(33)

Circuitos RL

• Circuitos RL

– É um circuito constituído por um resistor e um

indutor.

– Pela lei de conservação da energia, temos

(34)

Circuitos RL

• Circuitos RL

– Podemos escrever a equação da conservação da

seguinte forma

(35)

Circuitos RL

• Circuitos RL

– Condições iniciais:

– Assim,

(36)

Circuitos RL

• Circuitos RL

– Onde é a constante de tempo do circuito.

– Quando , assim na equação

– Temos

– Ou seja,

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