• Nenhum resultado encontrado

Publicações do PESC A Informática na Modernização da Pecuária de Leite

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Publicações do PESC A Informática na Modernização da Pecuária de Leite"

Copied!
358
0
0

Texto

(1)

A INFORMÁTICA NA MODERNIZAÇÁO DA PECUÁRIA

DE LEITE

Paulo Roberto

de

Castro Villela

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÁO

DOS PROGRAMAS DE

PÓS- GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE

JANEIRO, COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA O OBTENÇÁO

DO

GRAU DE DOUTOR EM CIÊNCIAS DE ENGENHARIA DE SISTEMAS E COMPUTAÇÃO

~ ~ r o v a d a

por:

Cláudio Thomás Bomstein

Presidente

&.+J'

@

Fátima Janine aio

Lidia Micaela Segre

Rubens de Me10 l&nnho Júnior

RIO DE JANEIRO, RJ

-

BRASIL

MAIO DE 1991

(2)

VILLELA, PAULO ROBERTO DE CASTRO A I n f o r m z i t i c a n a M o d e r n i z a c ã o da P e c u á r i a d e L e i t e ( R i o d e J a n e i r o )

iP9i

X I V , 348 p . 29,7 cm (COPPEAJFRJ. D.Sc> E n g e n h a r i a d e S i s t e m a s e CoaputacZo,

1991

Tese

-

U n i v e r s i d a d e F e d e r a l do R i o d e J a n e i r o , COB- PE i . I n f o r m a t i z a ~ ã o da A g r o p e c u á r i a I. COBPE/UFR J 11. T i t u l o í s & r i e >

(3)

Resuma da Tese apresentada @OPBE/UFRJ como p a r t e dos r e q u i s i t o s n e c e s s á r i o s p a r a a obtencão do g r a u de Doutor em C i s n c i a s CB.Sc.)

A INFORMATICA NA WODERNIZAF%O DA PECUARXA DE LEITE

P a u l o R o b e r t o de C a s t r o U i l l e l a Maio,

í99í

O r i e n t a d o r P r o f . C l á u d i o Thomás B o r n s t e i n Programa Engenhar i a de Sistemas e Computacão

A i n f o r m a t i z a c ã o da p e c u á r i a de l e i t e

é

a n a l i s a d a no c o n t e x t o da modernizacão da a g r o p e c u á r i a . U t i l i z a - s e o modelo c o n c e i t u a l p r o p o s t o p o r Knudson R Larson, O u n i v e r s o onde s e dá t a l p r o c e s s o

6

d i v i d i d o em t r ê s componentes: Pesquisa & Desenvolvimento CPaD), Adocão & D i f u s ã o í A & D ) , e Regulamentacão & I n s t i t u i c õ e s ( R & I ) .

No componente P&D a n a l isa-se o p r o c e s s o da p e s q u i s a a g r o p e c u á r i a , e n f a t i s a n d o as concepcões e i n t e r e s s e s e s t r a n g e i r o s que modelaram a EWBRAPA e as U n i v e r s i d a d e s , No componente A&D a n a l i s a - s e o p a p e l dos d r g h s o f i c i a i s de difusão, a s s i s t h c i a t 6 c n i c a e extensão r u r a l : EWBRATER e EMBRAPA. Analisa-se a i n f o r m a t i z a c Z o de c o o p e r a t i v a s e

i n d ú s t r i a s de l e i t e , u t i l i z a n d o - s e a t k n i c a de " c l u s t e r " , complementada com e n t r e v i s t a s . Desenvolve-se u m a l g o r i tmo de c l u s t e r p a r a v a r á g v e i s c a t e g o r i z a d a s . Ho componente R & I enfoca-se o ambiente s o c i a l , c u l t u r a l , p o l í t i c o , economico e l e g a l que e n v o l v e o processo de i n f o r m a t izacão da a g r o p e c u á r i a de l e i t e .

Concluindo,

k

f e i t a uma a n á l i s e dos v í n v u l o s e n t r e o s d i v e r s o s componentes, encaminhando-se p a r a a d e f i n i c ã o de p r o p o s t a s que v i sem e s t a b e l e c e r uma e s t r a t e g i a adequada de

(4)

A b s t r a c t of ã h e s i s p r e s e n t e d t o COPPE/UFRJ as p a r t i a 1 f u l f i l l m e n t of t h e r e s u i r e m e n t ç f o r t h e dcgree o f Doctor i n Science (D.Sc.)

INFORMATICS I N THE HODERNIZATION O f D A I R Y SECTOR

P a u l o R o b e r t o de C a s t r o V i l l e l a

Thesys S u p e r v i s o r : C l á u d i o Thomas B o r n s t e i n Department: System E n g i n e e r i n g

Computer use i n t h e B r a z i l l i a n d a i r y s e c t o r i focused i n t h e a g r i c u l t u r a 1 m o d e r n i z a t i o n c o n t e x t . The c o n c e p t u a l framework proposed by Knudson and Larson i s used t o examine t h i s t e c h n i c a l change. A model i s c o n s t r u c t e d based on t h r e e coeponents: Research and Development (R&D), Adoption and D i f f u s i o n <A&D), and R e g u l a t i o n s and I n s t i t u t i o n s C R & I ) . The W&D component anaãyses t h e f o r e i g n i n t e r e s t s i n t h e c r e a t i o n o f EHBRAPA ( B r a z i l i a n M a t i o n a l C o r p o r a t i o n f o r Research i n A g r i c u l t u r e ) and u n i v e r s i t i e s programs i n 7 0 ' s . The A&D component f o c u s e s t h e r o l e o f governamental i n s t i t u t i o n s on t e c h n o l o g i c a l d i f f u s i o n i n B r a z i l l i a n a g r i c u l t u r e , and t h e mot i v a t i ons and adopt i on l e v e 1 o f computer t e c h n o l o g y i n c o o p e r a t i v e s and d a i r y i n d u s t r i e s . A c l u s t e r a l g o r i t h m f o r c a t e g o r i z e d v a r i a b l e s i s developed t o a n a l r s e q u e ç t i o n n a i r e s answered by coops and i n d u s t r i e s . S p e c i a l a t t e n t i o n i s ded i c a t e d t o R & I component

,

wh i ch d e f i n e s t he econom i c, c u l t u r a l , soc i a1

,

l e g a l and p o l i t i c a l enviroment For t h e components R&D e ARD. I n t h e c o n c l u s i o n , l i n k s between t h e t h r e e camponents a r e s t u d i e d and some a c t i a n s and s t r a t e g i e s a r e recommended.

(5)

APRESENVAÇBO

E AGRADECIHEWTOS

Normalmente quando s e aborda a questZo das novas t e c n o l o g i a s , e n t r e a s q u a i s s e i n c l u i a i n f o r m & t i c a , encontram-se d o i s posicionamentos d i a m e t r a l m e n t e opostos. E x i s t e m aqueles que são e u f ó r i c o s e francamente f a v o r á v e i s

à

a d o ~ ã o d e s t a s novas t e c n o l o g i a s , E do o u t r o lado, s e encon- t r a m os p e s s i m i s t a s

e

apocal í p t i c o s que as r e j e i t a t o t a l m e n - t e .

"Os d o i s p o n t o s de vista... parecem í n a c e i t a v e i s . O p r i me i r o porque, a c e i t a n d o a t e c n o l o g i a coma necessidade d e t e r m i nante, p r e t e n d e submeter aos v í n c u l o s que a d i s c i p l i n a impõe, uma r e a l i d a d e m u i t o mais r i c a . O segundo porque r e j e i t a um

Processo r e a l c o r r e n t e , que parece i n e v i t á v e l , r e n u n c i a n d o assim a p a r t i c i p a r d e l e e, p o r t a n t o , a guiá-lo," CHUSSIO, 59871

Quem s e pvdpõe e s t u d a r as r e l a s õ e s s o c i a i s , p o l

í t

i c a s e economicas n e s t a nova e t a p a do desenvolvimento t e c n o l ó g i c o , deve, p o r t a n t o , como p r i m e i r a t a r e f a s u p e r a r e s t e dilema.

"Postulamos a necessidade de estudos, d i a g n ó s t i c o s e e x e r c í c i o s de p r o s p e c t i v a t e c n o l 6 g i c a . a f i m de e l a b o r a r e i m p l a n t a r um c o n j u n t o de medidas s o c i a i s e p o l í t i c a s capazes de amainar o s impactos

n e g a t i v o s E- de r e d u z i r o s c u s t o s s o c i a i s do

(6)

D e n t r o d e s t e processo,

é

i m p o r t a n t e e n f a t i z a r o p a p e l desempenhado p e l a s i n s t i t u i c õ e s e s t a t a i s e p e l a s d i - v e r s a s i n s t â n c i a s de governo ao l o n g o da h

i s t ú r

i a na condu- c30 das p o l i t i c a s p l i b l icas, a t r a v g s da f i x a c ã o de i n c e n t i v o s f i s c a i s , c r ~ d i t i c i o s e l e g a i s em r e s p o s t a aos i n t e r e s s e s ex- t e r n o s , p r i v a d o s ou s o c i a i s . O p r o c e s s o de modernizacão da a g r o p e c u á r i a b r a s i l e i r a i n i c i a d o na dEcada de 40/58 e incrementado na dé- cada de 7 0 , um exemplo t i p i c o desse j o g o de i n t e r e s s e s , onde o s s e t o r e s i n d u s t r i a 1 e f i n a n c e i r o , n a c i o n a i s e e s t r a n - g e i r o s , impuseram suas c o n d i ç õ e s e determinaram o d e s e n r o l a r do processo, s u s t e n t a d o p e l a s p o l i t i c a s de f a v o r e c i m e n t o es- t a t a i s .

A adoção das modernas t e c n o l o g i a s agropecuá- r i a s , i n t e n s i v a s em c a p i t a l e i n t e l i g ê n c i a , e poupadoras dos f a t o r e s t e r r a e mão-de-obra, e s t e s abundantes no B r a s i l , t r o u x e como c o n s e q u ~ n c i a a t r a n s f e r g n c i a de r e c u r s o s ( c a p i - t a l ) do s e t o r a g r o p e c u á r i o p a r a os s e t o r e s i n d u s t r i a l e f i -

n a n c e i r o , bem com agravou a i n d a mais o enorme Exodo r u r a l e m d i r e c ã o

as

cidades, d e t e r i o r a n d o a n i v e i s sem precedentes a s c o n d i ç õ e s de v i d a destas, sem r e s o l v e r o g r a v e problema de d e s n u t r i ~ ã o de grande p a r t e da populacáo b r a s i l e i r a ,

A i n f o r m a t i z a c ã o da a g r o p e c u á r i a

é

a mais no- va e t a p a do processo de modernizacão d e s t e s e t o r economico. Embora i n c i p i e n t e ,

J S

se d e t e c t a desde

o

i n i c i o da decada de 80 u m movimento c r e s c e n t e das a t i v i d a d e s n e s t a área.

Acreditamos que ao Estado cabe o p a p e l de i n - c e n t i v a r a o r g a n i z a c ã o s o c i a l . A s c o o p e r a t i v a s r u r a i s são exemplos bem sucedidos desse t i p o de o r g a n i z a ~ ã o de pequenos e médios p r o d u t o r e s , e n f r e n t a n d o m u i t a s vezes conglon~erados m u l t i n a c i o n a i s na d i s p u t a p e l o mercado de c e r t o s produtos. P a r t i c u l a r m e n t e , essa a s i t u a c ã o do s e t o r de l e i t e e d e r i - vados no B r a s i l . Neste s e n t i d o , deve-se a u x i l i a r as coopera-

(7)

t i v a s no seu p r o c e s s o de m o d e r n i a a ~ ã o e i n f o r m a t i z a c S o , como forma de p o s s i b i l i t a r que os b e n e f í c i o s das novas t e c n o l o - g i a s alcancem, a i n d a que i n d i r e t a m e n t e , o s pequenos e médios p r o d u t o r e s r u r a i s .

E s t e t r a b a l h o tem p o r base a e x t e n s a b i b l io - g r a f i a c i t a d a ao f i n a l , bem como os dados do p r o j e t o conjun- t o do C e n t r o N a c i o n a l de Pesquisa de Gado de L e i t e da EHBRA-

B A com

a

U n i v e r s i d a d e F e d e r a l de J u i z de F o r a onde s e pes- q u i s o u os n í v e i s de adoção de computadores em

138

c o o p e r a t i - vas e

68

i n d d s t r i a s de l a t i c í n i o s a t r a v g s de q u e s t i o n è i r i a s e e n t r e v i s t a s .

O t r a b a l h o e s t á e s t r u t u r a d o em 6 c a p í t u l o s e 3 apêndices r e l a c i o n a d o s com a s p e c t o s complementares da t e - s e : No p r i m e i r o c a p í t u l o

&

a n a l i s a d o o processo de m o d e r n i z a ~ ã o da a g r o p e c u á r i a b r a s i l e i r a procurando-se d e i x a r c l a r o os d i v e r s o s i n t e r e s s e s em jogo, as consesuên- c i a s p a r a o desenvolvimento s o c i a l e econGmico do p a i s e suas i m p l i c a ~ ~ e s p o l i t i c a s d e n t r o do c o n t e x t o mundial, No segundo c a p i t u l o c o l o c a d o a e s t r u t u r a do modelo c o n c e i t u a l que s e r v e de base p a r a a n a l i s a r o processo de mudanca t e c n o l 8 g i c a na pecuar i a de l e i t e , de acordo com o

esquema p r o p o s t o p o r

KNUBSON

B LARSOM ( 5 9 8 9 ) . no q u a l se d i - v i d e o u n i v e r s o em questão em t r ê s componentes: Pesquisa â Desenvolvimento, Adocão

i3

D i f u s ã o , e R e g u l a m e n t a ~ ã o 4 I n s t i - k u i c õ e s .

No c a p í t u l o 3

&

estudado o componente Pesqui- s a â Desenvolvimento. com destaque p a r a a s c a r a c t e r í s t i c a s e p r i n c i p a i s p r o d u t o s ou s e r v i ~ o s da EMBRAPA, a s U n i v e r s i d a d e s e das empresas de s o f t w a r e {software-houses).

(8)

v i i i

O q u a r t o c a p í t u l o dedica-se a a n a l i s a r o com- ponente Adocão & D i f u s á o , revendo-se i n i c i a l m e n t e a b i b l i o - g r a f i a a r e s p e i t o , s e g u i d a de a n a l i s e s o b r e o s i s t e m a o f i - c i a l de d i f u s ã o t e c n o l o g i c a na a g r o p e c u á r i a , e culminando com a a v a l i a c s o do processo de i n f o r m a t i z a c á o nas c o o p e r a t i - vas e i n d Y s t r i a s de Hat i c i n ios, com base nas a n á l i s e s dos quest i o n á r ios, v i a t k n i c a de " c l u s t e r " , e nas e n t r e v i s t a s com d i r i g e n t e s e f u n c i o n á r i o s d e s t a s i n s t i t u t c ã e s ,

O cap i t u l o 5 enâoca o componente Regulamenta- cão & I n s t i t u i c ~ e s e engloba a a n á l i s e do c o n j u n t o de f a t o - r e s r e l a c i o n a d o s com o s aspectos c u l t u r a i s , s o c i a i s , econo- micos, p o l i t i c o s e l e g a i s r e l a t i v o s aa processo de informa-

t i zagáo.

No c a p i t u l o 6 aborda-se as re1açZes e n t r e o s d i v e r s o s componentes do modelo, destacando-se as pressães que um determinado campanente e x e r c e s o b r e os demais, procu- rando-se e x t r a i r d e s t a a n á l i s e p o s s i v e i s c e n á r i o s nos q u a i s s e desdobrará o processo de i n f õ r m a t i z a c ã o da p e c u á r i a de

leite.

O Apendice i t r a z a i n t e g r a dos r e l a t o s das e n t r e v i s t a s nas c o o p e r a t i v a s e i n d v i ç t r i a s de l a t i c i n i o s . O Apgndice 2 v e r s a s o b r e o a l g o r i t m o de c l u s t e r usado na c r i a - cão de uma t i p o l o g i a de c o o p e r a t i v a s e i n d ú s t r i a s a n a l i s a d a s no c a p í t u l o 4. E o Apgndice 3 r e p r o d u z os s u e s t i m á r i o s en- v i a d o s & s c o o p e r a t i v a s e i n d ú s t r i a s . A r e a l ização d e s t a t e s e c o n t o u com o mável a p o i o do C e n t r o H a c i o n a l de Pesquisa de Gado de da EMBRAPA, de v á r i o s de seus f u n c i o n á r i o s e em espec

i n e s t i

-

L e i t e i a 1 de seu Chefe, A l b e r t o Duque P o r t u g a l , que não poupou e ç f o r c o s p a r a a v i a b i l i z a ç ã o d e s t e t r a b a l h o .

De fundan~ental e r e a l i m p o r t ã n c i a f o i a o r i e n t a c ã o r e c e b i d a do Proâ. C l á u d i o Thomás B o r n s t e i n , sem a

(9)

x

q u a l a q u a l i d a d e d e s t e t r a b a l h o f i c a r i a comprometida. O r i e n - t a c á o que u l t r a p a s s o u o s p r a z o s e l i m i t e s acad&nicos f o r m a i s s e transformando numa amizade s i n c e r a e duradoura.

Aos demais membros da banca, P r o f e s s o r e s Ru- bens Marinho, L i d i a Segre e F á t i m a Gaio meus agradecimentas p e l a s c r i t i c a s e sugeçtoes s o b r e o s a s s u n t o s a q u i desenvol- vidos.

F i n a l m e n t e não p o d e r i a d e i x a r de r e g i s t r a r meu profundo reconhecàmento p e l o a p o i o r e c e b i d o de meus p a i s , minha esposa R i t a e de meus f i l h o s A r t u r , Guilherme e B á r b a r a que souberam s u p o r t a r e entender as inúmeras h o r a s s u b t r a í d a s do c o n v i v i o fami 1 i a r .

(10)

F O L H A D E ROSTO i F I C H A C A T A L O G R 6 F I C A i i RESUHO i i i ABSTRACT i v APRESENTA"0 E AGRADECIHENTOS v I N D P Ç E >c: C A P I T U L O 1: TEGNOLOGIA N A AGROPECUARIA T e c n o l o g i a e P o d e r 1 P r o c e s s o de D e s e n v o ã v i n ~ e n t o T e c n o l d g i c o 4 T e c n o l o g i a E D e p e n d s n c i a 10 I m p o r t â n c i a E c o n i i m i c a da A g r a p e c u á r i a

i2

T e c n o l o g i a

na

A g r i c u l t u r a : A R e v o l u c i Z o V e r d e 14 H s d e r n i r a ~ ã o da A g r o p e c u á r i a e E c o l o g i a 29 C o n c l u s ã o 32 C A P I T U L O 2: HODELO C O N C E I T U A L DE A N A L I S E 2.1 M o d e l o d e K n u d s o n / L a r ~ o n 35 2.2 O b j e t i v o s do M o d e l o 36

2.3

C ~ m p a n e n t e s do M o d e l a 37

(11)

2.3.1

Pesquisa e Desenvolvimento CPRD)

38

2.3.2

Adocão e D i f u s ã o { A R D I

38

2.3.3

Regulamentação e I n s t i t u i c õ e s f R & I )

39

2.4

V i n c u l o s E n t r e Componentes do Hodelo

40

2.4.1

V í n c u l o P&D

-

AGD

41

2.4.2

V í n c u l o ARD

-

PGD

41

2.4,3

V i n c u l o R G I

-

P&D

42

2.4.4

V i n c u l o PGB

-

R81

44

2.4.5

V i n c u l o R â I

-

AGD

44

2.4.6

UincuPo ARD

-

R R I

45

CAPíTULO 3: PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

3.5

f n t r o d u c ã o

47

3.2

U n i v e r s i d a d e s

6i

3.2.1

C e n t r o de I n f o r m a t i c a na A g r i c u l t u r a

63

3.2.2

Cursos de Graduasão em C - A s r i i r i a s 65

3.2.2-1

Evolucão dos Cursos

65

3.2.2.2

D i s t r i b u i c ã o G e o g r á f i c a

68

3.2.2.3

I n f o r m i i t i c a na GraduaçZo

73

3-2.3

Cursos de P6s-Gradua~zo em & . A g r á r i a s 76

3.2.3.1

D i s t r i b u i c ã o G e o g r á f i c a

77

3.2.3-2

I n f o r m á t i e a na Phç-Grad. 80

3.3

Emp. B r a s i l e i r a de Pesquisa A s r o p e c u á r i a

83

3.3.1

H i s t ó r i c o e O b j e t i v o s

83

3.3.2

S i s t . Cooperat, de Pesquisa Ágropecuária 85

3.3.3

Recursos F i n a n c e i r o s

86

3.3.4

Recursos Humanos

88

3.3.5

I n f o r m á t i c a na Embrapa

89

3.3.5.1

S o f t w a r e P r o d u z i d o

96

3.3.6

NGcleo Vecnol- ãnfarmat, Asropec. CNTIA)

i430

3.3.7

C e n t r o Hac. Pesq. Gado de L e i t e CCNPGL)

101

3.4

Empresas De S o f t w a r e

163

3.4-1

O Mercado de S o f t w a r e

163

3.4.2

Software D i s p o n i v e l p a r a a A g r i c u l t u r a

109

3.5

C o n c l u s h

113

(12)

4.1

I n t r o d u c á o

115

4.2

Revisão B i b l i o g r á f i c a

i17

4.3

Sistema De D i f . Tecnol. na A g r o p e c u á r i a

125

4-3.1

D i f . I n f o r m á t . Sistema Embrapa Emater

131

4.4

Uso Da I n f o r m á t i c a Nas C o o p e r a t i v a s

137

4,4.1

T i p a ã o g i a De G o u p e r a t i v a s

f37

4.4.1.1

I n f o r m a t izadas

138

4,4,1,2

Não L n f o r m a t i z a d a s

142

4.4.5.3

S i n t e s e Da T i p o f o g i a

144

4.5

I n f o r m i i t i

ca

Nas I n d l i s t r i as

645

4.5,á

T í p o l o g i a De I n d G s t r i a s

547

4.5.1.1

I n f o v m a t i z a d a s

148

4.5.1.2

N ã o - I n f o r m a t i z a d a s

152

4-5.1.3

S i n t e s e da T i p o l o g i a

154

4.6

A v a l i a ç á o A t r a v i k de E n t r e v i s t a s

156

4.6-1

C a r a c t e r i s t

.

do I n { c i o da Pnâormat izaçáo

157

4.6.2

C a r a c t e r i s t . do Processo de I n f o r m a t .

163

4-h.2.1

Cont. S a n i t . Do Rebanho 6 6 6

4.6.2.2

Afimentacãu Do Rebanho

167

4.6.3

f n f o r m a t izaõSo

e

E s t r u t u r a s De Poder 569

4.7

Conclusão

174

5.1

I n t r o d u ~ ã o

177

5.2

F a t o r e s S G c i o - C u l t u r a i s

177

5.2.1

Qualidade de V i d a e o Êxsdo R u r a l

177

5.2-2

O Ambiente Acadêmico

181

5.2.3

Wodernidabe

184

5.3 F a t o r e s EconBmiíos

187

5.3-1

Preço Do L e i t e

187

5.3-2

C r g d i t o R u r a l

E

S u b s í d i o s A g r í c o l a s

i92

(13)

5.4

F a t o r e s P o l í t i c o s

595

5.4.1

Papel do Estado: P o l i t ic a s A g r i c o l a s

195

5.4.2

P o l i t ic a s P r o t e c i o n i s t a s 282

5.4.3

P o l i t i c a Macional De I n f o r m á t i c a

212

5.5 F a t o r e s L e g a i s 224

5.5.1

L e i de S o f t w a r e

224

5-5-2

Taxasão

232

5.5-3

C o n w r c i a l i z a ç ã o

de

S o f t w a r e

233

5.6

Concluszo

237

CAPITULO

6:

RELAFSES ENTRE OS COMPONENTES

E

CONCLUSGES FINAIS

6.1

I n t r o d u ~ ã o

239

6.2

A n á l i s e dos V i n c u l o s do Modelo

248

6.3

A Pressão da O f e r t a de Hovas T t k n i c a s

241

6 - 4

Demanda P o t e n c i a l p o r Novos P r o d u t o s

243

6 - 5

O Modelo E s t r a n g e i r o

247

6.6

A P o l í t i c a TecnolGsica p a r a a Pesquisa

248

6.7

Financiamento da Pesquisa

258

6.8

Regime F i s c a l p a r a o S a f t w a r e

251

6.9

P r á t i c a s P r a t e c i o n i s t a s

252

& , i @

Formatos em Bases de Dados

253

6.11

S o f t w a r e s Agropecuários

254

6.12

D e á q u a l i f i c a c S o da WZo-de-Obra

255

6-53

E s t r u t u r a s de Poder e I n f o r a a t ização

257

6.f4

A q u i s i ç á o

de

S o f t u a r e

259

6.15

P o l

í t

i c a de P r e ~ o s da L e i t e

268

6.56

O s U s u á r i o s E a Reserva de Hercada

S6i

(14)
(15)

1.1

-

TECNOLQGPA E

PODER

Poder n a sociedade c a p i t a l i s t a sinGnimo de c a p i t a l e c o n t r o l e dos meios de producão. O saber, consubs- t a n c i a d o na sua forma u t í l í t a r i s t a da t e c n o l o g i a ,

é

e n t ã o usado p a r a t r a n s f o r m a r a Natureza d e n t r o dos i n t e r e s s e s de quem detem o poder.

NORA K

M I N E

(1988)

a n a l i s a n d o os e f e i t o s so- c i a i s da t e c n o l o q i a da informacSo na sociedade, c l a s s i f i c a - os como "mais i m p o r t a n t e s do sue seus e f e i t o s econômicos, porque p e r t u r b a m o s j o g o s t r a d i c i o n a i s de poderes",

e

com- pletam:

nocão de poder

F

dupla, i d e n t i f i c a - s e , por um lado, com uma s & r i e de r a l a s õ e s , incessantemente adveis, p e l a s s u a i s se a j u s t a m os campos de competencia, comando

e

dominacão, no i n t e r i o r de u m dado

sistema: t r a t a - s e e n t ã o de

m

i cropoderes. Por o u t r o lado, e l a corresponde

5s

formas g l o b a i s de

r e g u f a c % o da sociedade: mercado, plano, r e l a ~ õ e s de classe: o que e s t a em j o g o e n t ã o

&

o psder".

O processo de transformagóes t e c n o l ó g i c a s na a g r o p e c u a r i a dos p a í s e s em desenvolvimento e s t a intimamente

(16)

2

t r a i s . Ã f ' t e c n o l o g i a

6

o v e í c u l o que o c a p i t a l u t i 1 i z a p a r a p e n e t r a r e mod i f i c a r determinado processo p r o d u t ivo" ( # L I -

VEIRA, 1 9 8 5 ) . A t e c n o l o g i a n h

6

p o l i t i c a m e n t e n e u t r a , o seu uso a l t e r a profundamente a s e s t r u t u r a s de poder, sendo p o i s

u m processo de n a t u r e z a c u l t u r a l , p o l i t ica, economica e so- c i a l .

MARQUES 41984) a t r a v Ê s de uma e s t d r i a s i n t e - t i z a bem, embora de uma maneira b a s t a n t e s i m p l i f i c a d a , as r e l a ~ h s e n t r e d o i s POVOS um que domina a t e c n o l o g i a e o u t r o

que "conipra" a t ecnolog i a:

##

Imaginemos que uma determinada soc i d a d e p r i m i t i v a tenha, p a r a s i m p l i f i c a r . sua s u b s i s t ê n c i a

assegurada basicamente p e l a caFa a animais, t a i s como as nacoes i n d i g e n a s que habitavam c e r t a s

p a r t e s do o e s t e do c o n t i n e n t e norte-americano a t é a segunda metade da s é c u l o passada. Usando a r c o e f l e c h a ou o u t r o s métodos a i n d a mais p r i m i t i v o s de

cata, o e s f o r ~ o n e c e s s á r i o p a r a assegurar o

a l i m e n t o b a ç i c o p a r a a t r i b o

6

r e p r e s e n t a d o p e l o niin~ero de h o r a s p o r d i a que tem sue s e r dedicadas

à

"Um d i a essa t r i b o e n t r a E m c o n t a t o com uma o u t r a

sociedade de t e c n o l o g i a mais avancada e que produz o f u z i l . É p o s s í v e l e n a t u r a l que essa t r i b o passe a u t i l i z a r o f u z i l como u m instrumento, uma

ferramenta, uma maquina p a r a aumentar a

p r o d u t i v i d a d e da p v o d u ~ á o de a l i m e n t o básico. No caso e x e m p l i f i c a d o o f u z i l passa a s e r usado p a r a cacar mais rapidamente de mado que cada i n d i v i d u o na t r i b o dedique menos h o r a s d i á r i a s $ caça,

(17)

i n d i v i d u a l m e n t e do tempo que l h e passa a s o b r a r d e v i d o ao f a t o da t r i b o caçar mais rapidamente com o f u z i l do que com a r c o e f l e c h a . I#

"Náo podemos nos esquecer, no e n t a n t o , que ao a d o t a r o f u z i l como i n s t r u m e n t o de caça, a t r i b o e s t a b e l e c e uma r e l a c ã o de d e p e n d h c i a a n í v e l de sua

s u b s i s t ê n c i a com o s f o r n e c e d o r e s dos f u z i s ( e b a l a s ) , uma vez que a t r i b o permanece

t e c n o l o s icamente incapaz de p r o j e t a r e c o n s t r u i r seus p r ó p r i o s f u z i s , Supondo-se a i n d a que com o d e c o r r e r do tempo se e s t a b e l e ~ a m r e l a ~ o e s

c o m e r c i a i s e n t r e as duas sociedades, em que f u z i s passam a s e r t r o c a d o s p o r p e l e s , cerâmicas ou m a t e r i a s - p r i m a s do t e r r i t ó r i o da nacso indígena, s e r i a extremamente ingsnuo imaginar que as r e l a c s e s de t r o c a , v i s t a s como de i n t e r d e p e n d ê n c i a

e s t a b e l e c i d a concretamente ao n i v e l do poder e n t r e a s duas soc iedades, se mant i vessem e s t á v e i s uma v e r que

o

l e q u e de o p ~ % e s da sociedade t e c n o l o g i c a m e n t e mais avancada se a b r e de forma m u i t o mais ampla do que o da t r i b o , e que passada uma geracão t e r á provavelmente p e r d i d o a t e mesmo a sua capacidade

i n i c i a l de p r o v e r a sua p r ó p r i a s u b s i s t e n c i a usando m6todos mais p r i m i t i v o s , não estando mais preparada p a r a v o l t a r ao arco-e-flecha."

A adocão de t e c n o l o g i a , sem que se l e v e em c o n t a f a t o r e s de ordem s o c i a l , c u l t u r w l , economica e p o l í t i - ca, l e v a ,

na

m a i o r i a das vezes, a uma s i g n i f i c a t i v a mudança das r e l a c õ e s de poder e n t r e i n d i v í d u o s , grupos, e países. Quem d e t h o poder pode impor o s p r e c o s nas r e l a c z e s comer- c i a i s levando a d e t e r i o r a c s o das r e l a c g e s de t r o c a . Por exemplo, a tr i b o da e s t 6 r i a poderá chegar a e s t a s i t u a c s o quando pagar com mais p e l e s , cerâmicas e m a t d r i a s - p r i m a s pa-

(18)

4

r a comprar a mesma q u a n t i d a d e de f u z i s e m u n i ~ ã o , porque

não mais sabe s u b s i s t i r sem o uso da t e c n o l o g i a e x t e r n a : o que a l e v a r á a uma u t i l i z a ç ã o mais i n t e n s i v a de seus r e c u r - sos n a t u r a i s , podendo chegar ao completo esgotamento dos mesmos.

1.2

-

O PROCESSO DE DESENUOLVãMENTO TECNOL6GICO

" T e c n o l o g i a

&

conhecimento.

&

saber. 5 c o n j u n t o do conhecimento dos b r a s i l e i r o s

&

a t e c n o l o g i a b r a s i l e i r a . A t e c n o l o g i a b r a s i l e i r a , então, f a z

p a r t e da c u l t u r a b r a s i l e i r a . T e c n o l o g i a tambgrn c o n s t i t u i c u l t u r a . " CFREGNI. 1984).

Tecnologia, p o r t a n t o , e s t á i n t ímamente 1 igada a um processo de deçenvolvimewto c u l t u r a l , de modo a d e f i n i r uma r e l a ç ã o de poder e n t r e as naçóes o b j e t i v a n d o nos garan-

t i r a p r t í p r i a s u b s i s t a n c i a economica e s o c i a l como nacão i n -

dependente. Se ao usarmos determinada t e c n o l o g i a , sem e s t a r - mos c u l t u r a l m e n t e preparados p a r a

t a l ,

f a t a l m e n t e estaremos abdicando de uma p a r c e l a de poder, comprometends nossa sub- s i s t B n c i a .

Conclusivamente, náo podemos p o i s "comprar" t e c n s l o g i a como se f o s s e uma m e r c a d o r i a que s e t r a n s f e r e a posse. 8 caminho c o r r e t o

&

desenvolver t e c n o l o g i a ,

é

apren- d e r fazendo, Pode-se agrupar esse aprendizado em t r ê s c a t e - g o r i a s {FREGNI, 1984) d i s t i n g u i n d o a t e c n o l o g i a de p r o j e t o , de p r o d u ~ S o e de USO.

(19)

n e c e s s 5 r i o s que, a p a r t i r de uma dada e s p e c i f i c a ~ ã o f u n c i o n a l de um p r o d u t o , capac ãta t k c n i c o s a

p r o j e t a - l o .

T e c n o l o g i a de producáo

&

o c o n j u n t o de conhecimentos que definem a s e s u h c i a das operac5es f a b r i s de forma a se obterem p r o d u t o s segundo c r i t é r i o s de q u a l i d a d e , q u a n t i d a d e e custo..

T e c n o l o g i a de uso

E

o c o n j u n t o de conhecimentos que p e r m i t e a c r iagao de t o d a i n f r a - e s t r u t u r a , de forma a u t i 1 i z a r o p r o d u t o da maneira mais p r o d u t i v a p a r a os f i n s que s e dest i na.

O domin i o do c i c l o t e c n o l 6 g i c o i m p l i c a no do- m í n i o de t o d a s a s 3 fases. As m u l t ã n a c i o n a i s ao i n s t a l a r e m suas p l a n t a s num pai's u s u S r i o do seu p r o d u t o se preocupam, basicamente, em d i f u n d i r a t e c n o l o g i a de uso, e

riso

r a r o , nem e s t a d i f u n d i d a adequadamente. Todos o s conhecimentos que p o s s i b i l it a m a c r i a c z o do p r o d u t o C t e r n o l o s i a de p r o j e - t o ) e

sua

f e i t u r a C t e c n o l o s i a

d e

produc%) não szo gerados no p a i s u s u á r i o e sequer e x i s t e i n t e r e s s e em t r a n s f e r i r t a i s conhecimentos.

Desta forma a maior p a r t e da mão-de-obra es- p e c i a l i z a d a de n i v e l s u p e r i o r c o n t r a t a d a p e l a s m u l t i n a c i o - n a i s se d e d i c a

à

venda e m a r k e t i n g de seus p r o d u t o s , a s s i s - t s n c i a t k n i c a , e g e r b c i a dos processas f a b r i s e adminis- t r a t i v o s . Nada ou quase nada dessa mão-de-obra

4

empregada em deçenvolv i mento

de

novos produtos.

(20)

&i

P a r a i l u s t r a r e s t a s i d e i a s pode-se a n a l i s a r ( Q u a d r o

i - 6 )

a

casa

da i n d t i s t r i a b r a s i l e i r a de computadores camparando-se o emwvego da mão-de-abra de n i v e l s u p e r i a r n a s empresas de cap i t a l

nac

i a n a l e nas de cap i t a l

mult

inac i m a l ,

MAMUTEMGãB

5.5.

3 6 4

3 6 4

3

8

4

8

6 -

-

ADMXNISTRAC%O

2%

33 22 34 25 32

19

35 i3 44 2 8 46

---

---

--- --- --- --- ---

--e

---

---

-e-

---

TOTAL

i@@

2843

188 i80 108

688

168

188 680 188

180

108

...

Fonte: S E I CSec, E s p e c i a l de ãn-ForaGtica3 ÇQANTAS, 1 9 8 9 )

Um c a ç o b e m i n t e r e s s a n t e

e

que r e t r a t a e s s a f a l t a de i n t e r e s s e das m u à t i n a c i o n a i s em c o n s t i t u i r aqui e q u i p e s p a r a p r o j e t a r p r o d u t o s adequados

&

nossa

r e a l i d a d e

é

a s e g u i r r e l a t a d a ÇDANTAS, 6989ã.

N e f s o n Wortsmann, D I r e t a r de Q p e r a ~ Z e s da S i d I n f o r m a t i c a , e r a g e r e n t e de P r o d u t o e Warket i n g da

BP

i v e t t i n o B r a s i l , que e n t á o v e n d i a m i n i c o m p u t a d o r e s da empresa n o r - t e - a m e r i c a n a Sgcar, a s q u a i s eram

ideais

p a r a a t r a n s m i s s ã o de dados, Wartsmann, l e v a v a

h

m a t r i z da O l i v e t t i n a I t a l i a encomendas e s p e c i f i c a 5 de u s u á r i o s b r a s i l s i r o s que nunca

(21)

O r i e n t a d o p e l o c o n s u l t o r Arnon S c h r e i b e r , c o n c l u í r a que 70% a SBX das operacões r e a l i z a d a s nas agen- c i a s b a n c á r i a s b r a s i l e i r a s interessavam apenas às p r d p r i a s agências, e p o r t a n t o não há necessidade de grande q u a n t i d a d e de dados serem e n v i a d o s aos computadores c e n t r a i s dos ban- cos. Wortsmann p r a p ã s a r q u i v a r os c a d a s t r o s das agencias nos d i s c o s magn4ticos dos minicomputadores vendidos p e l a O l i v e t -

t i . A t e e n t g o o d i s c o s e r v i a apenas p a r a r e g i s t r o das opera- ~ õ e s r e a l i z a d a s p e l a maquina. A p r o p o s t a apresentada e x i g i - r i a da O l i v e t t i o desenvolvimento de programas a p r o p r i a d o s e a l g u n s a j u s t e s nos equipamentos. A O l i v e t t i r e j e i t o u a p r o - p o s t a p o r não s e r de seu i n t e r e s s e i n v e s t i r r e c u r s o s humanos e f i n a n c e i r o s num p r o j e t o que nao l h e d a r i a o r e t o r n o dese- jada,

A d e f i n i g h da " r e s e r v a de mercado", p e l a CA-

PRE, p a r a m i c r o e minicomputadores c r i o u u m ambiente p r o p i - c i o p a r a a e n t r a d a de i n v e s t i d o r e s n a c i o n a i s na s e t o r . Em

i979,

com a p o i o f i n a n c e i r o do Banorte, S c h r e i b e r fundou a D i g i r e d e num apartamento do E d i f í c i o I t á l i a em São Paulo pa- r a p o r em p r a t i c a a sua i d Ê i a , H o j e a D i g i r e d e emprega 5.588 t r a b a l h a d o r e s , sendo 972 com c u r s o secundário, 583 conl c u r s o s u p e r i o r e

25

p&s-graduados.

A adocão de novas t e c n o l o g i a s t r a z i d a s do ex- t e r i o r se f a z com base num processa de d i f u s a o da t e c n o l o g i a de uso a t r a v e s de t e c n i c a s de m a r k e t i n g ( p u b l i c i d a d e , d i s -

t r i b u i ç% de amostraç g r a t i s, campanhas "educat i va5" em es- c o l a s , e t c ) u t i l i z a n d o , na m a i o r i a das vezes, o s 6rgÃos de c o m u n í c a ~ % o de massa, em p a r t i c u l a r as grandes c a d e i a s de t e l e v i s ã o . Em 1968 h a v i a 76Q m i l a p a r e l h o s de TV i n s t a l a d o s no B r a s i l , em 9.978 e s t e n ~ i m e r o elevou-se p a r a 4,9 m i l h o e s (24.1% dos d o m i c i l i o s b e em 1988 chegou-se a 1 8 + 3 m i l h õ e s f55,9X dos d o m i c i l i o s ) . Quase a metade da p r o g r a m a ~ S o v e i c u - l a d a n a T V b r a s i l e i r a e r a de o r igem e s t r a n g e i r a em

1978

(PE- REIRA. %985f b.

(22)

8

Exemplo (PEREIRA, 1985a) i n t e r e s s a n t e

&

o ca- s o da i n t r o d u ~ z o das l e i t e s i n d u s t r i a 1 izados CPeite em po, l e i t e condensado, e t c ) no B r a s i l a p a r t ir da decada de 2 0 .

Neste p e r i o d o um grande esquema promoc i o n a l f o i montado p a r a vender o novo p r o d u t o . Náo se usava apenas o s meios de comu- n i c a ~ % c o n v e n c i o n a i s t i p o r a d i o , r e v i s t a s e j o r n a i s , Duran- t e d i v e r s o s momentos u t i l i z o u a p r 6 p r i a e s t r u t u r a o f i c i a l de ça&de p u b l i c a do p a i s t a i s como e s c o l a s medicas, maternida- des, c e n t r o s de saGde e l a c t z i r i o s ( c r i a d o s em 6935) p a r a d i - f u n d i r o uso do l e i t e em p6 ensinando as mães a prepararem mamadeiras ou d i v u l g a n d o as q u a l idades "c i e n t

í f

i r a s " do p r o - duto. Haç a p r i n c i p a l base de d i v u l s a c % o da nova t e c n o l a g i a eram as r e v i s t a s medicas onde se a l a r d e a v a o novo a l i m e n t o como "mais r a c i o n a l " , "mais h i s i 8 n i c o H , não e s t r a g a v a e es- t a v a sempre f r e s c o d e n t r o de l a t a s l a c r a d a s .

Em

1333, a M e ç t l k i n s t a l o u sua p r i m e i r a f á - b r i c a de l e i t e s i n d u s t r i a l i z a d o s no B r a s i l , sendo que a t & e s t a d a t a t a i s p r o d u t o s eram importadas.

em

6916

a p a r e c i a na r e v i s t a

"A

C i g a r r a " o p r i m e i r o a n d n c i o de t a i s p r o d u t o s que d i z i a : "Para as H%s: Se s u e r e i s v e r os vossos c a r o s f i - l h o s sZos e r o b u s t o s , usae o l e i t e condensado marca

AGUIA

da Borbau'ç Condençed H l l k Co. de

New

York. L e i t e Condensado

A G U I A

-

i n v e n t a d o em 1857 p e l a B o r d e u 9 s Condensed Wílk Co. de New York

-

59 annos de e x p e r i e n c i a " , Em 3.986 a Organiza- 6% H u n d i a l da SaGde condenou a promocão do l e i t e em p6 como s u b s t i t u t o da amamentacZo n a t u r a l .

I n t e r e s s a n t e a a n & l i s e de

DOELLIMGER

& CAVAL- C A N T I C19791 a s b r e a p e n e t r a ~ s o das empresas m u l t i n a c i o n a ã s no B r a s i l : "A t e o r i a economica c o n v e n c i o n a l e x p l i c a r i a q u a i s q u e r i n v e s t i m e n t o s i n t e r n a c i o n a i s em termos de d í f e r e n - c a s de r e n t a b i l idade do c a p i t a l . #as porque e n t ã o

a

i n v e s t i - ntento d i r e t o e nzo a t r a d i c i o n a l c a r t e i r a de i n v e s t imentos? Por que a p r o p r i e d a d e e o c o n t r o l e são t ã o c r u c i a i s ? T a l v e z porque tambem a t e c n o l o g i a s e j a t r a n s f e r i d a , E nau apenas o s

(23)

vender t e c n o l o g i a , ao i n v k da empresa l a n ç a r - s e em novo e a r r i s c a d o empreendimento, que freqiientemente e x i g e ~ r o t e ~ a o t a r i f á r i a p a r a s e r economicamente v i s v e l ? A f i n a l , p o r que n k se exportam aP&m de p r o d u t o s F i n a i s , bens de c a p i t a l , c a p i t a i s f i n a n c e i r o s , t e c n o l o g i a , ç e r v i c o s q e r e n c i ã i s , etc., coma a t e o r i a c o n v e n c i o n a l nas l e v a a c o n c l u i r , ao i n v h de ex i s t i rem empresas m u i t i nac i ona i s subst i t u i ndo esse h i p n t é -

t i c o comwh-c i o?

"

DQEFLINGER

&

CAVALCANTI

(1979)

buscam e x p l i - cagão p a r a esse i n s a c i á v e l d e s e j o das m u l t i n a c i o n a i s em a t u a r d i r e t a m e n t e nos mercados l o c a i s , na t e o r i a do " C i c l o do Produto" de Uernon: t u d o s e i n i c i a quando "novas p r o d u t o s e processos sáo gerados p e l a s empresas, em seus p a i s e s de origem, em r e s p o s t a a determinados e s t i m u l u s % a i s como

au-

mento da demanda p o t e n c i a l i n t e r n a , d i s p o n i b i l i d a d e de m a s -

de-obra q u a l i f i c a d a , c a p i t a l , r e c u r s o s e m p r e s a r i a i s e em g e r a l , novos conhecimentos t e c n o l d g i c o s . A i n t r o d u c % dos novos p r o d u t o s conduz eventualmente

a

expanszo de sua produ- cão e, de acordo com uma c e r t a c u r v a de e x p e r i e n c i a , a uma reduç%o de seus custos. Uma vez que o p r o d u t o t e n h a se pa- dronizado, as c o n s i d e r a c o e s de c u s t o s tornam-se mais inwor- t a n t e ç , p o i s a medida que p r o d u t o s c o m p e t i t i v o s são também d e s e n v o l v i d o s a expansão das vendas passa a depender c r e ç - centemente das reduc5es de preços. O p r i m e i r o e s t á g i o da ex- panszo em d i r e ç ã o aos mercados e x t e r n o s o c o r r e com a expor- tacão; e n t r e t a n t o , a c r e s c e n t e campet igãs de p r o d u t o s subs- t i t u t o s e i m i t a c õ e s tende a d i l u i r as vantagens da empresa o r i g i n a l , S ~ g u e - s e e n t ã o u m segundo e s t a g i o da expansSo no q u a l a empresa i n i c i a sua p r o d u ~ á o em mercados e s t r a n g e i r o s de forma d e f e n s i v a , a f i m

bs

manter sua vantagem i n i c i a l , Eventualmente, o s p a i s e s ent que foram f e i t o s os investimen-

t a s poderão o f e r e c e r r a n ~ b i n a c Z e s t a i s que,

s m

um e s t & s i o f i - na1

,

o p r o d u t o possa s e r e x p o r t a d o p a r a o pa I's i n i c i ador da p r o d u ~ ã o , CampPeta-se assim o c i c l o , uma vez que o p r o d u t o r e t o r n a , v i a i m p o r t a ~ S o , ao mercado de origem."

(24)

i@

8 - 3

-

TEGNQLBGIA

E

DEPEMDENCPA

A d i n â m i c a c a p i t a l i s t a r e s e r v a aos p a í s e s mais d e s e n v o l v i d o s o s s e t o r e s mais r e n t a v e i s da economia, repassando aos p a í s e s p e r i f Ê r i c o s a q u e l e s que v% perdendo a a t r a t i v i d a d e , sem contudo se d e s c u i d a r da m a n u t e n c h das f l u x o s de c a p i t a i s que a1 in~entam o grande c a p i t a l i n t e r n a - c i o n a l , "A p e r d a de autonomia dos p a í s e s menos d ~ s e n v o l v í d o s se baseou predominantemente no c o n t r o l e daç f i n a n q a s e x t e r - nas, com alguma e v i d s n c i a r e c e n t e do p a p e l c r e s c e n t e que o c o n t r o l e da t e c n o l o g i a vem desempenhando" (BORMSTEIN, 1998).

A c r i a ~ a o de v l n c u l o s de dependência t e c n o l d - g i c a

é

p o r t a n t o v i t a l p a r a o grande c a p i t a l i n t e r n a c i o n a l . Um exemplo i n t e r e s s a n t e dessa questão

4

o casa da a v i c u l t u r a " b r a s i l e i r a " .

O B r a s i l Ê o sesundo maior p r o d u t o r e expor- t a d o r de c a r n e de f r a n g o . Em L 9 9 8 foram e x p o r t a d a s 280 m i l

t o n e l a d a s de c a r n e de f r a n g o , a USB

382

m i l h z e s , numa produ-

cao

estimada d~

2,3

mí1R-zes de t o n e l a d a s a n u a i s ( R I B E I R O ,

f998a.l. Contrastando com esse i n e g a v e l desempenha, t o d a essa preducSs depende da i m p o r t a ~ á o

d e

avõs e s t r a n g e i r a s sue cus- tam de USB

i0

a

i2

m i l h a e s anualmente mais o u t r o s USB

$88

m i l h o e á com v i taminas, vac inas, a n t i b i

6 t

i c o ã e o u t r o s hnsu-

mos importados usados na p r o d u ~ S o dos f r a n g o s CFURTADO,

f 9881.

A s av6s szo programadas p a r a p r o c r i a r somente e n t r e s i e d%o ortgem a m a t r i z e s de a l t a p r o d u t i v i d a d e , r a s - p o n s á v e i s p e l o s f r a n g o s e ovos encontrados no mercado. A s matrtmes cometam a se degenerar em u m ano e interrompem a p o s t u r a . Assim comeca u m novo c i c l o de i m p o r t a ~ Z e s . Se f s s - s e m iwterrampidws as compras e x t e r n a s t l o g o se i n s t a l a r i a uma c r i s e no s e t o r de abastec i m r n t o [FURTADO, 19B8).

(25)

Apesar da baf anca con~erc i a1 f a v o r a v e l

,

deve- se s a l i e n t a r d o i s aspectos n e g a t i v o s , P r i m e i r a , o enorme r i s c o de t r a n s m i s s á o de doenças v i a i m p o r t a ~ S o das

RVOS,

co- mo a l í õ s acanteceu com a i n t r o d u ~ ã o no B r a s i l do "gumbsro-

{uma espGcie de A i d s dos f r a n g o s ) . Segundo, a t o t a l depen- d g n c i a da a v i c u l t u r a b r a s i l e i r a , s u j e i t a n d o - s e a t o d a s o r t e de pressóes sob a ameaça de c o r t e de f o r n e c i m e n t o de avds.

Tem ç A do £e i

t

a5 i ntimeraã t mt a t i vas p a r a o desenvolvimento de l i n h a g e n s n a c i o n a i s (FURTADO, 19883, ob- j e t i v o que tem s i d o p e r s e g u i d o p e l a U n i v e r s i d a d e F e d e r a l de U i ~ o s a , ESALQ e a l g u n s n ~ i c l a o s da Embrapa. A l g m da f a l t a de v e r b a s s u f i c i e n t e s o s pesquisadores e n f r e n t a m " r e s i s t h c i a s " p o r p a r t e das c r i a d o r e s em r e l a ~ a o

âs

l i n h a g e n s n a c i o n a i s sem t r a d i c z o no mercado,

Coincidentenwnte, agora que s e comeGa a dar passos d e c i s i v o s na d i r e ~ ã o de se c o n s o l i d a r a t e c w o l o g i a n a c i o n a l na obtençÃo de l i n h a g e n s b r a s i l e i r a s , a empresa A g r o c e r ~ s , desde setembro de $997, s e a s s o c i o u empresa I n - g l e s a Ross Breedes L t d , c r i a n d o - s e a j o i n t - v e n t u r e Agraceres Ross Melhoramewts G e n g i i c o

de

Aves §.A, com 48% de c a p i t a l da Agroceres, 20% da Ross e 2 0 X do BMDES, e j á p r o d u z i u em

2978

A@

m i l avds n a B r a s i l , c e r c a de 5 9 %

das

n ~ c e s ç i d a d e s do mercado n a c i o n a l (MAFEã, f9891, a p a r t i r de 5 4 m i l b i s a v á s

importadaç da Ross

6FURBADQ

f 8 8 8 > ,

??

As açssc i a ~ % e s com o cap i t a l e s t r a n g - i r o , conhecidas como j o i n t - v e n t u r e s s%a sempre f e i t a s com a can- dica, de que a t e c n o l o g i a s e j a e x t e r n a "

(FREGMI,

5 7 8 4 ) . Ba- sicamente as j o i n t - v a n t u r e s t @ m p o r a b j e t ivos: a ) acesso

ao

mercado

de

exportac%o; b > acesso a tecnologàa; c > acesso ao c a p i t a l ; e d ) aceççu

5

f o n t e de insunms b a s i c o s

fFIGRE,

$984).

A s j o i n t - v e n t u r e s tan~b&m permitem e n t r a r r d - p i d a no mercado i n t e r n o , a ç u s t o ç nwnores, mas em nada r o l a -

(26)

i2

boram com o e ç f o r c o de d e s ~ n v o l v i m e n t o t e c n o l á g i c o , subme- tendo-se a uma e t e r n a d e p e n d h c i a com a t e c n o l a g i a e x t e r n a

(FWEGNI,

6 9 8 4 ) , estabelecendo p a r % m e t r ~ s de c s ~ c o r r & n c i a d e s l e a l com a s empresas e i n s t i t u í c õ e s que se dedicam a de- s ~ n v o l v e r uma t e c n o l o g i a n a c i o n a l aut6woma. Conforme i n t e n - cão m a n i f e s t a d a p e l a Agroceres-Ross

(HAFEI,

i P 8 9 ) , p r e t e n - de-se que a i o i n t - v e n t u r e assuma, no c u r t o prazo, um t e r ~ o do mercado n a c i o n a l de avos.

O domi'n i o a p a r e n t e da t e c n e l o s i a gengt ica, a t r a v s s

d a

i r n p a r t a ~ % das b i s a v d s ( e nSo das avds como v i n h a sendo F e i t o ) , const i tua apenas mais um passo no e l o da ca- d e i a t e c n o l & g i c a , nso s i s n i f l c a n d o

o

conhecimento completo do c i c ã o . A s remessas p e l a i r n p o r t a ~ 2 0 do p a c o t e t e c n o l á g i c o c o n t i n u a r ã o a s e r f e i t a s , sen9 q u a l q u e r chance de, a c u r t o prazo, s e quebrar t a l processo, Ã a v i c u l t u r a b r a s i l e i r a a i n - da c o n t i n u a na dependenc i a da t e c n o l o g i a e x t e r n a , s u J e i t a , p o r t a n t o , & s imposigzeç de pvecos e aos i n t e r e s s e s de seus donos.

1.4

-

A ãHPBRT&MCIA EGON&'iICk DA

AGWOPECUARIA

Q p a p e l dos s e t o r e s p r i m i r i o s b e s p ~ c i a 8 m e n t e da agroaeciiár i a ) na economia

c a p

i t a ' l i s t a a t u a l pode s e r com- provado a t r a v e s

de

a n â l i s e das H a t r i s e s de Relasiies I n t e r s e - t a r i a i s do B r a s i l elabciradaá p e l o IBGE, as q u a i s mostram o v a l o r m s n ~ t & r i o das opeuaczes de compra a venda e n t r e os d i - v e r s o s s e t o r e s da economia. PRADO (18Bd), A R A S J O J R . <iÇ'?39b e SOUZA

Çf889)

destacam em anaf i ã e s conduzidas em cima

das

M a t r i z e s de 197@, i 9 7 5 ou f9B0 a l g u n s aspectoá i n t e r e s s a n t e s r e l a t i v o s aos s ~ t o r e s prima rio^ da economia,

PRADO CiW3á3 m o s t r a que são as a t i v i d a d e s primarias l i g a d a s .%. t e r r a , 5s l a v o u r a s , a p e c u á r i a e as i n -

(27)

I*

m

.-

I 'Ir; 9 U W h *h

m

U Vi 01 a 01 4 ITi 4.' W SI. @

..".

m

L Qi e .- E W

.-

[ri

>

*- .L-'

rn

1 B E O L L

wmmo

C-UUF.

m

.-

N L*. Ui

>

u

1.

m

rn

W .-

aia

m

ki

.-

mar,

O L a;rnW

m

*- W

umr:

C

.-

.- Qr L

.-

o

rn

Lar W OO,L

(28)

f

4

u m dado v a l o r . E s t e t r a b a l h o conwlementa a q u e l e d e s e n v o l v i d o p o r BRADO

& i 9 8 5 1

p o i s s e e s t e q u a n t i f i c a o " e f e i t o de enca- deamento" o de SOUZA C59891 m o s t r a o s s e t a r e s que provocam o encadeamento, Novamente " c o n s t a t o u - s e n e s t e t r a b a l h o a i m -

p o r t â n c i a dos s e t o r e s v i n c u l a d o s a a g r i c u l t u r a n a i n t e g r a c a o da economia nac i o n a l " , Q s e t a r a g r o p ~ c ~ . & r i o apr-eçentou n o e s t u d o de SOUZA

(iBBP1

a m a i o r numero de 58 l í g a ~ z e s f o r t e s d i r e t a s com s u t r o s s e t o r e s da economia, s e g u i d o p e l a s e t o r de larninados de aco cam 56, n w t a l u r s i a de n a o - f e r r a s o s com

52, q u i m i c a d i v e r s a com 5 6 , @ c a n s t r u c % o c l v l f com

5%.

C o n c l u s G s n a mesma l i n h a , tamb&nb f o r a m t i r a - das p o r AWA6JO 98.

(%4ã4)

a n a l i s a n d o a s F t a t r i z e s de R e l a c ã e s I n t e r s e t o r i a i s de 6878, 1975 e i P 8 8 , denmnstrando a d i c i o n a l - ntewte

que

e x i s t e uma r a z o s v e l e s t a b i 1 i dade das c o n c l u s z e s n o d e c o r r e r das anos. Novamente o s e t o r "agaopecu&-ia e e x t r a -

t

i v a w e g e t a I " s e d e s t a c a coma um d a s QUE a p r e s e n t a m a i o r po-

d e r de encadeamento p a r a f r e n t e e p a r a t r á s , c o n s i d e r a n d o u m

t o t a l de 58 s e t o r e s d u r a n t e o s 3 anos da a n a l i s e .

6 . 5

-

B E G N O L O G I A NA A G R I C U L T U R A : A R E V O L U ~ O V E R D E

Desde o f i n a l da Segunda Grande Guerra, e m a i s acentuadamente a p a r t i r do f i n a l da dgcada de

68,

o s p a r s e s menos d e s e n v o l v i d o s (como o B r a s 6 l ) vem aumentando s i g n i f i c a t i v a m e n t e s u a p r o d u ~ ã o de a l i m e n t o s t o r n a n d o - s e g r a n d e s e x p a r t adores.

E s t s p r o g r e s s o na# a c o n t e c e u p o r acaso, nem f o i g r u t a de

uma

ope% d e l i b e r a d a e c o n q u i s t a d a p e l a s p o v o s dos p a i s e s p e r i f d r i c o s . O c o r r e u como c o n s e q u h c i a de uma es- B r a t k g i a m u i t o bem e l a b o r a d a de d a r u m novo i m p u l s e ao c a p i - t a l i s m o i n t e r n a c i o n a l o n d e r e d e f i n i a - s e o p a p e l dos E s t a d o s

(29)

Unidas, Canadá e Europa, d e i x a n d o e s t e s

de

serem o s g r a n d e s p r o d u t o r e s de

a2

imentos e t r a n s f e r i n d o e s t a t a r e g a p a r a a l - guns p a i s e ç da America L a t i n a , d s i a e & f r i c a .

A chamada " R e v a l u c h Verde" CBRUH,

1988:

H#-

SEHAN,

f974;

BURBACH R FLYNN,

1982)

f o i u m programa que t e v e

i n Ec i o p o r v o l t a do ano de

$943

e

t

inha como o b j e t i v o

expl

i-

c i t o c o n t r i b u i r p a r a o aumento da p r o d u t i v i d a d e e da produ- ~ % o a g r i c o t a no munda a t r a v g s do u s o

de

sementes selecãona- das, adubaqao q u i m í c a do s o l o , wecanizaçso do t r a b a l h o ru- r a l , c u n t r a H e de p r a g a s a t r a v p s de d e f m s i v a s , e d e o f e u e c i - mento de a s s i s t g n c i a t Ê c n i c a e c r g d i t o s u b s i d i a d o a s p r o d u - t o r . A F u n d a ~ a o R o c k e f e l l e r

(BRUH,

1988;

MOSEMAN, 6 9 7 4 ) p a t r s c i n o u desde a dÊcada de 48, p r o j e t o ç - p i l o t o s em p a i s e s s e l e c i o n a d o s , e n t r e o s q u a i s a MGxico, a s F i l i p i n a s , a B r a s i 1 der% menor e s c a l a )

e

n a s E s t a d o s Unidos.

Resumidamente: a n o v a e s t r a t & g i a e r a c a p a c i - t a r o s p a i s e s p e r E f & i c o s p a r a a nova t a r e f a W s r n e c e r a l i - mentas

ao

mundo) com base numa t e t n o l o g i a c o n c e b i d a nos p a í - s e s c e n t r a i s , p e l a

q u a l

a b v i a a e n k e pagaríamos o preEo

que

n o s f o s s e cobrado. T i n h a i n í c i o a s s i m a

moderniza^%^

da a g r o p e c u S r i a .

No H e x i c o

Ç B R U M ,

i988;

MOSEHAN, 1974) r e a l i - zavam-se e x p e r i ê n c i a s com t r i g o obtendo-se r e s u l t a d a s Fxcep- c i o n a i s , nas

F

i 1 i p i n a s com a r r o z e n o s E s t a d o s U n i d o s com t r i g o e m i l h o . Em

f943,

N e l s o n WackefePler e s t e v e n o B r a s i l e f u n d o u 3 empresas: a C a r g i l l l i s a d a p r i n c i p a l m e n t e

5

{FU-

TENQ,

$ 9 8 5 ) c o w e r c i a l i r a e % o I n t e r n a c i o n a l de c e r e a i s , produ-

GSO

de

sementes h i b r i d a s de m i l h o e

a

f a b r i c a c ã o de r a ç G ~ s p a r a a n i m a i s , a A g r o c e r e s p r o d u t o r a de m i l h o h i b r i d o , e a EMA (Empreendimentas A g r i c o l a s ) v o l t a d a p a r a a f a b v i c a ç á o de imp2ementos mecânicos p a r a a Havaura.

(30)

As empresas m u l t i n a c i o n a i s que

J á

c o n t r o l a v a m a c o n ~ e r c i a l i a a c ã o dos p r o d u t o s a g r i ç a 2 a s passam tambsm a p r o d u z i r o s insumos da nova a g r i c u l t u r a b r a s i l e i r a que toma- r i a

kntptrlso

n o

c o m e ~ l a da

d&cada

d e

6'9,

prlesçionarida

assim os

a g r i c u l t o r e s a u s a r o s processos mnwx!ernoç" d i s p o n i v ~ í s .

A agropecuar í a *'moderna" paççou e n t ã o a se i n s e r i r num novo c a n t e x t o ,

bem

d i f e r e n t e da a g r o p e c u z k i a t r a d i c i o n a l , compondo u m dos a n Ê i s do cantplexo agao-induç-

t r i a f - f í n a n c e i r o :

1.

O agr í c u í t o r compra i nsumos modernos

d a s

A nd4st r i as C t r a t o r e s , equipamentos, f e r t i l i z a n t e s , sementes, d e f e n s i v o s , r a ~ õ e s , e t c ) ;

2. T a i s ind~istc-ias ou

sSo

m u l t i n a c i o n a l s ou s%~

empresas n a c i o n a i s que na m a i o r i a das vezes

i/

con~pran~" t e c n e l o g i a e s t r a n g e i r a p a r a t r a b a l h a r a

wat& i a - p r ima,

v a g a n d o

" r o ~ a l t ies".

3 -

O s a q r i c u à t o r e ç vendem p a r t e de sua p r o d u c h

as

empresas de ç o m e r c i a l i m a ~ ã a , a m a i o r i a das q u a i s

5 % ~ ~t i nac u li ona i ç que dom l

nam

o c o d r c i o

i n t e r n a c i o n a l de "conmodit ies", E p a r t e p a r a as

i n b u ç t r i a s processadoras (moinhozi, cileos, c a f &

çoluvel,

a l c o o l , aiztkar, l a t i c í n i o s , c i g a r r a s , s t c )

as q u ã í s tawbhrn

ou

s b m u l t á n a c í o n a i s ou usam,

na

m a i o r i a das vezes, t e c n o l o s i a importada, enviando mais d i v i s a s p a r a o e x t e r i o r ,

(31)

4.

Pairando

s o b r e t o d o s s i s t e m a a g r a - i n d u s t r i a l acha-se o s e t o r f i n a n c e í r o { n a c i o n a l e e s t r a n g e i r a ) a

quem

c a b e f i n a n c i a r 05 i n v e s t i r e n t ~ ç i n d u s t r i a i s e a s r i c o l a s e a t e s c u s t e i o d a s c u l t u r a s , uma v e z q u e p a r a o p r o d u t o r r u v a h ,

diante

dessa e s t r u t u r a , n%o

h $

c a p i t a l s u f i c i e n t e p a r a g i r a r sua a t i v i d a d e .

D e n t r o da engrenagem da moderna economia

mun-

d i a l cabe ao s e t o r a g r õ p e c u & r i o , conforme e s t u d a do IPEA, a r s ã o

de

e s t u d o 6 Ê p l a r t ~ J a m ~ n t o do

Governo

F e d e r a l CIPEA,

19755: " i ) P r a d u ~ ã o de a l i m e n t o s ;

2)

t i b e r a ~ ã o de

mas-de-o-

b r a

para

o s s e t o r e s urbanas; 3 ) Forneclmentu de r e c u r s a z i pa-

r a a formac& de c a p i t a l ;

4)

Hercado consumidor a d i c i o n a l de p r a d u t o s i n d u s t r i a i s ; 5 ) E x p s r t a ~ % o p a r a c r i a r c a p a c i d a d e de i m p o r t a r e pagar o s j u r o s da d i v i d a e x t e r n a , n e c e s s i i r i a

ao

processo

de

industt-ialfzacSo,"

A n a l i s a n d o e s t e s p a p g i s d e s t i n a d o s

5

agrope- c u á u i a , c s n s t a t a m o s que tadas vem s e r e a l i z a n d o :

i.

P r ã d u ~ h D e A l i m e n t o s :

A n a l i s a n d o p e l o G r á f i c o ã a e v o l u c ã o da p r a -

d u c %

b r a s i l e i r a

d e

d a i s

alimentas=

sãga

e feijaa,

nota-se

um

c r e s c i m e n t o bem m a i s acentuado da s o j a , c u l t u r a v a l t a d a p a r a a e x p o r t a ~ 5 o ,

d s

que do 4 ' e i j S o r u m dos a à i ~ e n t o s b S s i -

(32)

f B

GR6FECO

I :

PWODUCaQ

A G R I C O L A

BRASILEIRA

DE S O J A E

FEIJâO:

4milhGes de t o n e l a d a s x ano)

F E I J A O

O B r a s i l

k

o q u a r t o e x p o r t a d o r m u n d i a l de

alimentos,

mas em

% V 8 4

a b e s n u t r i ~ % a t i n g i a a 84

m i f R O ~ ç

de

b r a s i l e i r o s , 85% da populaq%o. I s t o a c o n t e c e p o r q u e a m a i o r p a r t e

do5

i n c e n t i v o s f t e c n a ã ~ g i a a c r & d i t o ç

subsidiados> v a i

p a r a o s e t o r a g r

{cola

de e : < p o r t a ~ % ~ .

Em

1963,

e a r c a de 27 r n i l h a e s de b r a s i l e i r o s

(38%

da p o p u Z a ~ h n a Êpoca2 eram c t m s i b e r a d o s d e s n u t r i d a s

( P E R E I R B ,

1985b).

Em

1994 e s t e numero t i n h a c r e s c i d o p a r a 72 m f l h B a s

CQIX

da p o p u I a ~ S o 2 . Em 5984 o B r a s i l

j á

a t i n g i a a i m p r e s s i a n a n t e c i f r a de 86 n18lhGas de d e s n u t r i d o s

( 6 5 h

da p o p u l a c % ) .

(33)

O u t r o f a t o r a c o n s i d w a r n a produsSo de a l i m e n t a s

&

a

m a

b i ç t r i b u i ~ % das t e r r a s no

Brasil

onde, em

1975,

a s pequenas p r o p r i e d a d e s <com menos d e

180

h e c t a r e s ) ocupavam

a p e n a s

2 1 X

da

Srea a g r í c o ã a , consumiam 322

das

f i -

n a n c i a m e n t o s da p r o d u ~ ? b e p r o d u z i a m

73%

dos a l i m e n t o s p a r a

s

m ~ r c a d o I n t e r n a Carraz, m i

lho,

mawd

i o c a , f e l

JSo,

aãgnâSo, b a t a t a J , ao passo que a s g r a n d e s p r o p r i e d a d e s ( m a i s de 1.800 h e c t a r e ç ) f i c a v a m com

4 3 X

d a k e a , 23X boç f i n a n c i a m e n t o s , mas p r o d u z i a m apenas 6% dos a l i m e n t o ç p a r a o mercado i n t e r - no,

8

QU4DRO

á - 2

a p r e s e n t a u m detalhamewto d e s t e panorama no ano de

$.??S.

O p r o b l e m a d a posse de t e r r a v e m s e agravando ana a ano. 6 i n d i c e de G i n i í P E R E S R A , 8 9 9 S d )

que

mede a csn- c e n t r a c s o d e t e r r a , e q i d ~ v a r i a e n t r e

@,@a

e

f,88

Ç8,88 s i g -

Referências

Documentos relacionados

Temos, no texto I, apenas elementos imagéticos (uma mulher com uma cesta ou bacia na cabeça, um galo, um igreja, cactos, entre outros elementos). No texto II,.. predominantemente

Discutindo o papel do ambiente no desenvolvimento infantil, a literatura na área das relações pessoa-ambiente esclarece que a qualidade de vida (presente e futura) da

Delimitação das possíveis fontes de rocha, enquanto matéria-prima para construção, através de raios concêntricos de 5 e 10 km, que tem como pontos centrais o Forte de

36 Antes do aterro, o lixo que sobrava depois que as catadoras retiravam os seus ficava exposto a céu aberto no próprio lixão, quando o terreno ficava cheio de lixo

mais de 600 mil/habitantes (IBGE, 2010), seria inviável a gestão tendo como ponto de partida a unidade espacial das ESF. Obviamente cada caso é um caso. Há peculiaridades

Considering the relevance of the responsiveness as a pyschometric measure in QoL assessment instruments, and due to the fact Ferrans and Powers Quality of Life Index is more and

Vale ressaltar que estamos lidando aqui com a imagem de leitor figurada a partir da leitura das crônicas, não se trata de identificar o público real dos folhetins

No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama também é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, exceto na região Norte, onde o