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O papel da família na aprendizagem das crianças que frequentam os primeiros anos do ensino fundamental

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DHE- DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES E EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA

O Papel da Família na Aprendizagem das Crianças que Frequentam os Primeiros Anos do Ensino Fundamental

RUBIANE CASTRO SPANIOL

IJUÍ (RS) 2016

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RUBIANE CASTRO SPANIOL

O PAPEL DA FAMILIA NA APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS QUE FREQUENTAM OS PRIMEIROS ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Monografia apresentada no componente curricular TCC II, sob a orientação da professora Eulália Beschorner Marin, Curso de Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI - Departamento de Humanidades e Educação– Curso de Pedagogia – Habilitação em Pedagogia.

IJUÍ (RS) 2016

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Ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a fazer o caminho caminhando, refazendo e retocando o sonho pelo qual se pôs a caminhar.

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DEDICATÒRIA

Dedico este trabalho de conclusão de curso primeiramente a Deus, por ter me

permitido chegar até aqui e ao meu pai, Antônio Luís de Oliveira Spaniol in memoriam, que foi a pessoa que me incentivou no início da faculdade, tenho absoluta certeza que se não fosse o incentivo dele eu não estaria aqui hoje fazendo meu trabalho de conclusão do curso superior de licenciatura em Pedagogia.

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AGRADECIEMNTOS

Dedico a professora Eulalia Marim pela paciência e pela dedicação em me orientar durante esse trabalho

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RESUMO:

Este trabalho de conclusão de curso, trata do tema da participação da família na aprendizagem das crianças que frequentam os primeiros anos do ensino fundamental, mais especificamente sobre a participação da família na alfabetização, a importância dessa

alfabetização e os motivos que levam a falta de participação dos pais na alfabetização de seus filhos e as consequências dessa falta de participação para a aprendizagem dos alunos.

Palavras-chave: alfabetização, família, participação, aprendizagem

Resume Abstract:

This work of course completion, this family participation issues in the learning of children attending the first years of elementary school, more specifically on family involvement in literacy, the importance of literacy and the reasons that lead to lack of participation of parents in the literacy of their children and the consequences of this lack of participation for student le Keywords: literacy, family, participation, learningarning.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 4

CAPITULO 1- TEORIZAÇÃO SOBRE APRENDIZAGEM E ALFABETIZAÇÃO: ... 9

CAPITULO 2 - TEORIZAÇÃO SOBRE PARTICIPAÇÃO E FAMÍLIA ... 15

CAPITULO 3 - ANALISES DAS ENTREVISTAS ... 20

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 23

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INTRODUÇÃO

O trabalho de conclusão de curso que ora apresento, além de representar uma exigência para a finalização do curso de pedagogia, é também fruto de indagações pessoais enquanto futura pedagoga. Uma questão que sempre me acompanhou durante o processo foi a importância e necessidade da participação da família na aprendizagem das crianças que frequentam os primeiros anos do ensino fundamental. Em razão disso, a pesquisa objetivou a compreensão do papel da família nessa etapa de ensino, ou seja, quais as vantagens para uma criança que tem a participação de seus pais durante o seu processo da alfabetização? e quais as desvantagens de uma criança que não conta com esta participação. A pesquisa foi realizada pautada no entendimento de que a educação é um processo que vem se desenvolvendo ao longo dos séculos, como uma mediação importante, imprescindível para a promoção de conhecimentos, valores, ideias e crenças. Nesse sentido pode-se dizer que a educação vai muito além da instituição escolar, ela permeia também outras instituições sociais como: a família, a igreja e o trabalho. Esta pesquisa tem o foco em duas instituições educativas a escola e a família

Em relação à escola, já está implícito, em nossos pensamentos, como uma instituição educativa, Esta cultura se consolida quando educadores como Paulo Freire, afirma que a escola pode ser definida como um ambiente favorável a aprendizagem significativa, onde a relação professor-aluno acontece sempre com diálogo, valorizando o respeito mútuo. No entanto, ao nos referirmos à família, que também e uma instituição educativa, esta relação de reciprocidade nem sempre ocorre. E é sobre este aspecto da família, como também instituição educadora, que pretendo abordar, pois ao retornarmos a pesquisa sobre a presença desta no processo educativo das crianças está deixando a desejar. Cada vez fica mais evidente a ausência ou omissão da família nesta tarefa

A partir dessas questões me debruço sobre os motivos que levam a falta de participação dos pais na vida escolar de seus filhos, as consequências desse fato e o que pode ser feito para amenizar esse problema.

Para conseguir responder minhas indagações, realizei uma pesquisa de campo objetivando trazer algumas respostas, ou outras indagações as quais possam subsidiar a propostas alternativas e criativas na perspectiva de unir estas duas instituições num projeto de qualificação do processo de aprendizagem das crianças

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Os sujeitos da minha pesquisa de campo são pais de alunos que frequentam os primeiros anos do ensino fundamental e professores que atualmente lecionam nos primeiros anos do ensino fundamental em uma escola estadual no município de Panambi-rs. O único critério de escolha dos sujeitos na hora de entregar os questionários foi ser professor dos primeiros anos do Ensino Fundamental ou ser pai ou mãe de uma criança que frequenta o ensino fundamental. Os professores são apenas de uma única escola, já os filhos dos pais questionados estudam em diferentes escolas, e são pessoas com as quais tenho contato durante minha rotina

A etapa escolar, escolhida como foco da pesquisa de campo foram os primeiros anos ensino fundamental. Para a LDB, o ensino fundamental a etapa que objetiva o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo, a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores que fundamentam a sociedade. Como também formação de valores, de vínculos familiares.

O Ensino Fundamental é uma etapa de ensino obrigatória, de direito de todos. É dever do Estado fornecer vagas na rede pública e fiscalizar a frequência dos alunos matriculados, assim como é dever da família manter os alunos na escola. Os objetivos dessa etapa de ensino, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais, consiste em assegurar aos estudantes o acesso ao conhecimento e aos elementos da cultura imprescindíveis para a vida em sociedade e os benefícios de uma formação comum, independentemente da grande diversidade da população escolar.

Os anos iniciais do Ensino Fundamental é o tempo de consolidar o encantamento da criança pela escola, tempo de construção das competências cognitivas, procedimentais e atitudinais. É o tempo de consolidar o encantamento da criança pela escola construído na educação infantil, tornando a criança protagonista de seu processo de aprendizagem.

A razão da escolha da escola para realizar a pesquisa foi o fato de ter sido aluna e ter as portas abertas para o desenvolvimento dos meus estágios curriculares.

Há pretensão desse estudo, é esclarecer o papel da família na escola, na educação, na alfabetização e que os pais, possam sensibilizar-se e ter uma maior participação na vida escolar de seus filhos

No primeiro capítulo, faço uma teorização sobre o que e aprendizagem e alfabetização a partir dos autores lidos como Magda Soares (1985), John Dewey (2011), entre outros. E o objetivo desde capitulo é enfatizar que a alfabetização e a aprendizagem é de suma

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importância para a qualidade da vida escolar futura e, que por esta razão os primeiros anos de escola impactam na vida da pessoa pelo resto de suas vidas.

O segundo capitulo objetiva compreender o principal conceito desta pesquisa que e participação, a importância desta participação para o desenvolvimento humano, para a alfabetização e para um bom futuro escolar. Segundo autores como Durkheim (1893), Paulo Freire (2011) e Catarina Tomas (2007) e o conceito de Desenvolvimento e Participação Humana para Miguel Arroio (2002), ainda tomo como importante para refletir a constituição federal e o estatuto da Criança e do Adolescente

O terceiro capitulo traz a pesquisa de campo e a análise dos dados encontrados durante a pesquisa, e também esse último capítulo, traz as conclusões e resultados obtidos com a pesquisa e tem como objetivo analisar a realidade encontrada da participação das famílias no cotidiano escolar, além de apontamentos de soluções para como a escola pode tornar os pais mais participativos e no quarto e último capitulo trago as considerações finais para o fechamento do trabalho.

Para iniciar e contextualizar, escrevo um pouco da minha experiência escolar.Eu sou privilegiada em dizer que durante minha formação escolar no Ensino Fundamental e inclusive no Ensino Médio, minha mãe e principalmente meu pai, foram muito presentes. Minha mãe me ensinou a ler enquanto eu ainda estava no jardim B, aos cinco anos de idade, me ensinado a ler as placas que existiam nas ruas enquanto caminhávamos, agradeço a ela, o fato de ter entrado no primeiro ano, lendo. Meu pai, sempre me ajudou nas dificuldades que eu tinha em matemática e física.

Tenho certeza que o incentivo e a participação ativa dos meus pais em minha vida escolar foi de fundamental importância para que eu chegasse até aqui, apresentando o meu trabalho de conclusão do curso.

Posso afirmar, que minha mãe, fazia seu papel de me auxiliar na minha formação escolar, talvez por que quando eu nasci ela ainda estava no ensino médio e acabou completando o ensino só anos mais tarde, acredito que tenha feito falta para ela e com isso percebeu sua importância e tinha o desejo que eu tivesse consciência dessa importância também

Já em conversas com professoras inseridas no cotidiano da educação infantil e do ensino fundamental bem como com minhas colegas acadêmicas já inseridas em escolas, ouvi relatos do quanto e difícil envolver os pais nas reuniões escolares e nas atividades promovidas pela escola. Escutei várias vezes desabafos, delas dizendo que os pais querem passar a responsabilidade da educação de seus filhos o máximo possível para as mesmas e, que muitas

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vezes as crianças vêm sem banho, usando a mesma roupa do dia anterior, bem como comentários sobre os atrasos para buscar as crianças na escola

Desde que entrei na universidade, me interessei pelo tema da alfabetização, e foi com base em minha experiência como

Lembro muito bem, que meu pai, fez cartazes para mim com toda a conjugação dos verbos e toda a tabuada, e me pediu que antes de dormir eu lesse o cartaz da parede para que fosse memorizando o que estava escrito no cartaz. Quando tinha dificuldades em matemática, mesmo com o pouco tempo que meu pai tinha disponível, eu sempre podia contar com sua calma e paciência para me explicar como fazer as operações matemáticas que não conseguia. O que mostra que mesmo com pouco tempo, se os pais tomarem consciência da importância, podem participar da vida escolar de seus filhos e que esses empecilhos existentes podem sim, ser contornados

Quando cheguei ao segundo ano do ensino médio, encontrei dificuldades para aprender Física e ficava muito nervosa. No dia anterior a uma das provas de física estava bem nervosa e chorava, então meu pai chegou para mim e disse: “Filha o importante não e a sua nota na prova, pois essa prova, vai servir apenas para sua professora perceber o que você aprendeu ou não. Sua nota vai depender bastante do seu estado emocional no momento da prova”

Mas comecei a perceber, que minha mãe, mesmo tendo me ensinado a ler, não teve o mesmo empenho para ensinar aa minhas irmãs mais novas a ler, isso começou a me incomodar, comecei a me perguntar se minha mãe estava começando a acreditar que isso seria apenas papel da escola e ela não precisaria mais ensinar seus filhos a ler?

Hoje constata-se que os pais, pela falta de tempo gerada pela rotina da vida moderna ou por não compreenderem a importância de seu envolvimento na aprendizagem dos seus filhos, não acompanham a vida escolar dos mesmos e com isso deixam de passar a ideia do quanto é importante a dedicação aos estudos. Como consequências encontram dificuldades de adaptação escolar, mau desempenho e mau comportamento em sala de aula. A escola tem vivenciado essas consequências em seu dia a dia e se os educadores e atuais não pensarem em alternativas para esse problema, a tendência e que as próximas gerações também sofram com isso.

Busquei em alguns autores, referencias que me ajudassem a basear minha pesquisa de forma consistente, como o conceito de alfabetização de Magda Soares e de Emília Ferrero e Paulo Freire, o conceito de aprendizagem de John Dewey, além do conceito de participação de Catarina Tomas e Paulo Freire. Já o conceito de família foi buscado na constituição federal

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brasileira e em Durkheim além do conceito de desenvolvimento e participação humana de Miguel Arroyo. Espero, que com esse trabalho, eu possa começar a me constituir como uma professora, uma alfabetizadora e possa contribuir para que os pais de meus futuros alunos possam ver em mim, alguém com quem possam contar, uma parceira na educação de seus filhos que fara o que estiver ao seu alcance para que seus alunos tenham uma boa educação.

Para discutir esse tema, foi planejado uma pesquisa de campo para coleta de dados, com algumas perguntas a serem respondidas por professores do ensino fundamental e por pais de alunos que frequentam os primeiros anos do ensino fundamental. Essas perguntas, serão analisadas com o objetivo de entender qual e a participação dos pais atualmente e quais os motivos que levam a falta de participação dos pais na vida educacional de seus filhos

Educar não e uma tarefa fácil, e pode ser ainda mais difícil se cada um dos responsáveis pela educação das nossas crianças brasileiras não assumir sua parte nessa tarefa. Considero alfabetizar crianças e uma tarefa de grande responsabilidade, talvez ela seja a maior responsabilidade de um professor, pois dominar a leitura e a escrita são condições básicas para viver no cotidiano da sociedade atual. E em sendo uma grande responsabilidade, os pais e professores devem assumir de forma conjunta essa responsabilidade para que ela possa ser feita com total êxito e dedicação para que essa etapa se torne uma base solida para os próximos aprendizados dos alunos

A família tem a função de ser modelo para a criança, a chamada educação primaria, transmitindo valores morais necessários para o desenvolvimento de um ser humano. Já a escola tem como função a socialização do saber, do conhecimento e da cultura, A escola é uma instituição do domínio coletivo, dos grupos, das trocas, e a família é o domínio do mais reservado, do particular e do específico, ou seja, são papeis distintos, mas de igual importância e que se complementam para a formação de um ser humano completo e pleno

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CAPITULO 1- TEORIZAÇÃO SOBRE APRENDIZAGEM E ALFABETIZAÇÃO:

Este capítulo aborda concepções de aprendizagem e alfabetização objetivando esclarecer a importância da alfabetização para a aprendizagem não apenas escolar, mas para o resto da vida social dos alunos. Neste contexto, a alfabetização e a aprendizagem são entendidas como elementos interligados, que não se separam e, em razão disso trago os dois temas nesse capitulo

Todas as profissões existentes atualmente em nossa sociedade começam na escola. São os primeiros anos do ensino fundamental, ou seja, a alfabetização, que formará toda a base para aprendizados mais complexos que serão trabalhados nos anos subsequentes, para que o aluno possa se tornar futuramente qualquer uma das muitas opções de profissões que ele irá encontrar. Gostaria então de começar abordando o conceito de alfabetização:

Em termos gerais, a alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização para a comunicação. É um processo no qual o indivíduo constrói a gramática. É a capacidade de interpretar, compreender, ressignificar, criticar o que foi lido

Para Emília Ferreiro (1998, p7) a alfabetização é:

A aquisição da representação escrita de uma linguagem, simultaneamente a aquisição do sistema de representação por escrito de quantidades e de operações elementares com tais quantidades.

Também Soares (1985, p20) define-a como o processo de aquisição do código escrito e das habilidades de leitura e escrita.

Para a Unesco, Segundo Fernandes ,2008 uma pessoa para ser considerada alfabetizada terá que ser capaz de assinar o próprio nome, de ler e escrever uma frase simples sobre tarefas diárias, capaz de ler e escrever pelo seu próprio pensamento, fazer um texto escrito e compreender a leitura, de acordo com o nível de estudo compatível coma terceira série. Outros autores, entendem a alfabetização de forma simplificada, ou seja, como: o estudo e a apropriação de uma certa modalidade da linguagem: a escrita, como forma de representação da realidade.

O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa do Ministério da Educação 2016, afirma que:

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Estar alfabetizado significa ser capaz de interagir por meio de textos escritos em diferentes situações. Significa ler e produzir textos para atender a diferentes propósitos. A criança alfabetizada compreende o sistema alfabético de escrita, sendo capaz de ler e escrever, com autonomia, textos de circulação social que tratem de temáticas familiares ao aprendiz e também afirma que: O ciclo da alfabetização nos anos iniciais do ensino fundamental é um tempo sequencial de três anos (600 dias letivos), sem interrupções, dedicados à inserção da criança na cultura escolar, à aprendizagem da leitura e da escrita, à ampliação das capacidades de produção e compreensão de textos orais em situações familiares e não familiares e à ampliação do universo de referências culturais dos alunos nas diferentes áreas do conhecimento.

Ainda, segundo a proposta do PNAIC, ao final do ciclo de alfabetização, a criança tem o direito de saber ler e escrever, com domínio do sistema alfabético de escrita, textos para atender a diferentes propósitos. Considerando a complexidade de tais aprendizagens, concebe-se que o tempo de 600 dias letivos é um período necessário para que concebe-seja asconcebe-segurado a cada criança o direito às aprendizagens básicas da apropriação da leitura e da escrita; necessário, também, à consolidação de saberes essenciais dessa apropriação, ao desenvolvimento das diversas expressões e ao aprendizado de outros saberes fundamentais das áreas e componentes curriculares, obrigatórios, estabelecidos nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos.

Alfabetizar é uma atividade construtiva, criativa e deve fundamentar-se no valor que a leitura e a escrita tem na prática social, não é apenas ensinar a ler e escrever, mas ensinar a ler e escrever para que o aluno tenha autonomia, possa formular suas próprias opiniões, expressar suas ideias e ser um futuro sujeito ativo na sociedade. A alfabetização também pode ser compreendida como uma pratica de letramento. É a aquisição da escrita enquanto habilidade para a leitura e escrita. Uma pessoa alfabetizada conhece o código alfabético, domina as relações grafônicas, ou seja, sabe que sons as letras representam, é capaz de ler palavras e textos simples, mas não necessariamente é usuário da leitura e da escrita na vida social

Letrar é familiarizar o aprendiz com os diversos usos sociais e cotidianos da leitura e da escrita. Já o letramento, refere-se a apropriação da leitura e da escrita para o uso social, traz consequências políticas, econômicas, sociais, culturais, para indivíduos e grupos que se apropriam da escrita, fazendo com que esta se torne parte de sua vida como meio para se expressar e se comunicar. Ou seja, letrado e um sujeito que que torna-se usuário da leitura e da escrita na vida social e que se apropriou suficientemente da leitura e da escrita aponto de

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usa-las com desenvoltura, com propriedade em situações sociais e profissionais de seu cotidiano. Portanto alfabetizar letrando implica em refletir sobre de que forma se está iniciando as crianças no mundo da leitura e da escrita para assim garantir que elas possam não apenas ler e escrever mas poder compreender e saber explicar o que leram

O processo de ensino/ aprendizagem da alfabetização deve ser organizado de modo que a leitura e a escrita sejam desenvolvidas em uma linguagem real, natural e relacionada ao cotidiano da criança, partindo de sua realidade e de seu cotidiano, do conhecimento que ela já adquiriu em sua vivencia com em casa com a família. Assim o processo de alfabetização será muito mais produtivo, rápido e satisfaria e a criança terá prazer em aprender.

Alfabetizar, vai além do ensinar o aluno a ler e escrever, alfabetizar e ensinar a criança a ler o mundo a sua volta, a usar a linguagem e a escrita de maneira efetiva, possibilitando que a pessoa se comunique e se expresse através da leitura e da escrita para que futuramente possa formar suas próprias opiniões, e não apenas aceitar as opiniões prontas dos outros. Alfabetizar vai além da decodificação das letras, e preciso que o aluno não só leia e escreva, mas que saiba compreender o que leu e explicar o que escreveu. Infelizmente a atual realidade brasileira, e uma realidade de poucos leitores e de analfabetos funcionais, de pessoas que mesmo capacitadas a decodificar minimamente frases, sentenças, textos, números, não desenvolvem a capacidade de interpretação de textos, ou seja, não compreendem e não sabem explicar o que leram

Paulo Freire afirma que a leitura e a escrita são os mais poderosos meios de comunicação, que permite entender e apreciar as ideias dos outros e expressar as suas para o resto do mundo. Par Paulo Freire a alfabetização de qualquer indivíduo é algo que nunca será alcançado por completo, ou seja, não há um ponto final (Paulo Freire 1991)

O conceito de alfabetização para Paulo Freire tem um significado mais abrangente, na medida em que vai além do domínio do código escrito, pois, enquanto prática discursiva, “possibilita uma leitura crítica da realidade, constitui-se como um importante instrumento de resgate da cidadania e reforça o engajamento do cidadão nos movimentos sociais que lutam pela melhoria da qualidade de vida e pela transformação social”. Para Paulo Freire o letramento reflete uma luta política por melhoria da educação que melhora o índice de alfabetismo

Entendo que o processo de alfabetização de crianças e uma das aprendizagens mais importantes em sua vida escolar e por isso deve e pode ser realizado com prazer e de forma lúdica, respeitando o tempo de aprendizado de cada criança e tornando as aulas prazerosas. Uma boa alfabetização e uma base solida para os próximos aprendizados mais complexos

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O letramento pode portanto, servir para a qualidade da educação, avanços, melhorias e transformações na educação como um todo

Penso que a alfabetização e a aprendizagem são elementos interligados, que andam juntos, por isso trago as duas juntas nesse capitulo. A aprendizagem é considerada como uma das principais funções mentais que apresentam os seres humanos. Em termos gerais, pode -se dizer que a aprendizagem e a aquisição de qualquer conhecimento a partir da informação que se recebe, ou seja, a aprendizagem é o processo pelo qual as competências, habilidades, conhecimentos, comportamento ou valores são adquiridos ou modificados, como resultado de estudo, experiência, formação, raciocínio e observação. Aprender é adquirir conhecimento, ficar sabendo, instruir-se.

Para Vygotsky ((VIGOTSKY, 1984, p. 98), a aprendizagem é um processo continuo e a criança inicia seu aprendizado muito antes de chegar a escola, o aprendizado escolar vai introduzir elementos novos em seu desenvolvimento

Na concepção de Comenius (2006) o ensino deveria estar mais próximo da realidade da criança de acordo com a sua faixa etária, e conduzindo o ensino para que a criança aprenda

a partir das coisas simples (concretas) para as complexas. De acordo com Comenius, as escolas não deveriam sufocar a mente dos alunos com muitos conhecimentos ao

mesmo tempo, para que não lhes causassem confusões sem aprendizado, no sentido de que “quem presta atenção a várias coisas tem menor sensibilidade para cada uma dela” (COMENIUS, 2006, p. 254) e a aprendizagem não se torna significativa. Comenius, as criança deveriam ser ensinadas desde a tenra idade, sua pedagogia preconiza que se deve iniciar o aprendizado pelos sentidos, pois é através deles que se percebe os estímulos exteriores e, portanto, o que se considera real; assim, as percepções sensoriais seriam impressas no interior do ser e, depois, analisadas pelos instrumentos racionais.

Para Paulo Freire (FREIRE, 1996, p. 26). A verdadeira aprendizagem é aquela que transforma o sujeito, ou seja, os saberes ensinados são reconstruídos pelos educadores e educandos e, a partir dessa reconstrução, tornam-se autônomos, emancipados, questionadores, inacabados. Paulo Freire considera que ensinar e criar possibilidades para a produção e construção do conhecimento e não apenas a sua simples transmissão, ou seja o professor deve transmitir o conhecimento buscando proporcionar ao aluno a compreensão do que foi exposto para que o aluno possa dar um novo sentido. A ideia não é que o conhecimento esteja pronto para o aluno, mas sim que a aula abra possibilidades para o debate, indagações, sugestões e raciocínio

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Segundo John Dewey(2011), o aprendizado se dá quando compartilhamos experiências, e só é possível em um ambiente democrático, onde não haja barreiras ao intercambio de pensamentos. Podemos dizer que tudo o que nos acontece na vida, de uma forma ou outra, pode nos agregar algum conhecimento e nesse sentido constituir-se em aprendizagem, pois esses acontecimentos constituem-se de experiências que através de nossas observações - na medida em que concomitantemente vamos aumentando nosso grau de instrução - nos permitem fazer relações cognitivas cada vez mais ricas e complexas. Para Piaget(2006) a aprendizagem e uma resposta particular, aprendida através da experiência, para ele a aprendizagem ocorre através dos processos de assimilação e de acomodação, e, ainda, através dos esquemas. “Esquema” era um conceito visto por Piaget como um conjunto de ações interiorizadas as quais podem ser repetidas e generalizadas.

O ensino é uma troca, deve-se levar em conta a experiência do aluno e o professor deve relacionar esse conhecimento prévio com sua prática docente aplicando os conteúdos propostos. A aprendizagem, não deve ser apenas o que o professor sabe e transmite aos seus alunos, mas no processo de aprendizagem, o professor é o mediador, e está ali para instigar os alunos a aprender e a mediar o conhecimento. Segundo Libâneo (2006, p. 42):

Aprender é desenvolver a capacidade de processar informações e lidar com os estímulos do ambiente, organizando os dados disponíveis da experiência. Em consequência, admite-se o princípio da aprendizagem significativa que supõe, como passo inicial, verificar aquilo que o aluno já sabe. O professor precisa saber(compreender) o que os alunos dizem ou fazem, o aluno precisa saber compreender o que o professor procura dizer-lhes.

Para que o processo de aprendizagem ocorra, Libâneo atenta para a qualificação do professor quando diz:

“A condição de êxito do trabalho escolar supõe um professor com uma formação científica de alto nível, formação que inclua, também, uma clara compreensão dos mecanismos do insucesso escolar.” (LIBÂNEO, 2006 p. 107).

É fundamental que uma criança em processo de alfabetização, veja seus pais e professores lendo, pois ler histórias para as crianças ajuda a formar o que os educadores chamam de comportamento leitor e educar pelo exemplo e a maneira mais eficaz que eu conheço. E não é novidade que uma criança mergulhada em um ambiente onde há muitas situações de leituras disponíveis, vai ter muito mais interesse em aprender a ler e, provavelmente irá alfabetizar-se com mais facilidade, de forma muito mais produtiva e rápida e com certeza com muito mais prazer

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A aprendizagem é um processo individual, pois cada indivíduo tem seu jeito de apropriar-se do conhecimento, seu jeito de aprender e por isso que quando se trata de aprendizagem devemos respeitar o tempo de cada aluno, pois cada ser humano aprende a sua maneira e a seu tempo. A aprendizagem se constitui em uma troca de saberes, o professor não só ensina e o aluno só aprende. O professor está ali não para encher o aluno como uma página em branco, mas para mediar a aprendizagem, buscar trabalhar com o que aluno já sabe, com o que já aprendeu em casa, com suas vivencias e experiências

Considero a alfabetização um dos processos escolares mais importantes na vida de um aluno, pois uma boa alfabetização, garante uma base solida para as próximas etapas escolares e garante menos dificuldades de aprendizado dos conteúdos previstos para as series seguintes, faz com que a criança se torne e se sinta parte da sociedade, prepara para a vida pessoal e profissional e garante o efetivo e pleno exercício da cidadania. O período de alfabetização e decisivo para o bom aproveitamento e andamento das próximas etapas escolares, inclusive o ensino superior

Atualmente o aprender a ler e escrever é parte de todo o processo de desenvolvimento do sujeito, é ter o direito à cidadania e poder escrever sua própria historia

Hoje, sabe-se que o processo de aprendizagem é contínuo e nos acompanha sempre, da infância à velhice. Assim também ocorre com o processo de alfabetização, sendo este, considerado um processo permanente, que não se restringe à aprendizagem da leitura e da escrita e que tem forte influência na vida social das pessoas.

Dentro da aprendizagem considera-se que o mais fundamental processo é a imitação, ou seja, a repetição de um comportamento ou atitude. É o mais fundamental por que observa-se que essa é a primeira forma de aprender que as crianças deobserva-senvolvem. As crianças aprendem imitando seus pais e as pessoas mais próximas, e ai que entra o papel dos pais na educação. O Exemplo dos pais e uma grande forma de aprendizado para as crianças, e os pais precisam tomar consciência disso

Acredito na ideia de que o processo de aprendizagem da alfabetização tem forte ligação com a participação ou não participação das famílias nesse processo, por isso o próximo capítulo aborda sobre a família e sobre esta participação

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CAPITULO 2 - TEORIZAÇÃO SOBRE PARTICIPAÇÃO E FAMÍLIA

Este segundo capitulo, aborda as concepções de participação e família e o objetivo deste capitulo e entender o que e participar e a importância da participação para o desenvolvimento humano, para uma boa alfabetização e um bom futuro escolar.

Gostaria de começar abordando sobre o conceito de família, A família é a base e faz parte das relações sociais como um todo, pois o início de toda a vida tem origem numa família. e não há ninguém no planeta que não descenda da geração anterior ou que seja parente, mesmo que distante de determinada família. A família é, unidade básica da sociedade formada por indivíduos com ancestrais em comum ou ligados por laços afetivos. Podendo também ser considerada como, um conjunto invisível de exigências funcionais que organiza a interação dos membros da mesma, considerando-a, igualmente, como um sistema, que opera através de padrões transacionais.

A família pode ser definida como um grupo de pessoas que vivem sobre um mesmo teto e um grupo de pessoas que tem ancestralidade comum. A Constituição Federal Brasileira de 1988, no artigo 226, parágrafo 4, define família como: a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.

No artigo segundo do Estatuto da Família define-se entidade familiar como: o núcleo social formado a partir da união entre um homem e uma mulher, por meio de casamento ou união estável, ou ainda por comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.

O estatuto da Criança e do adolescente ainda define como: família extensa: aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade (art. 25, parágrafo único, ECA).

A declaração universal dos direitos humanos no aritgo16, parágrafo 3 afirma que: A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção desta e do Estado.

Durkheim(1893), encarava a família como sendo uma instituição essencial da sociedade e uma parte importante da estrutura social.

Para Maria Helena Dinis(2008): “Família no sentido amplíssimo seria aquela em que indivíduos estão ligados pelo vínculo da consanguinidade ou da afinidade. Já a acepção lato sensu do vocábulo refere-se àquela formada além dos cônjuges ou companheiros, e de seus filhos, abrange os parentes da linha reta ou colateral, bem como os afins (os parentes do outro

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cônjuge ou companheiro). Por fim, o sentido restrito restringe a família à comunidade formada pelos pais (matrimônio ou união estável) e a da filiação.

Para Orlando Gomes(1998) família é: “O grupo fechado de pessoas, composto dos genitores e filhos, e para limitados efeitos, outros parentes, unificados pela convivência e comunhão de afetos, em uma só e mesma economia, sob a mesma direção

A família é a base da sociedade de conhecemos e na qual vivemos, uma família estruturada, é o lugar de amor, cuidado, aceitação, proteção, aconchego e é onde suprimos nossas necessidades e podemos ser nos mesmos. A família é uma instituição historicamente constituída que ao longo do tempo sofre modificações e transformações em virtude das transformações econômicas, culturais e sociais

Fala-se atualmente em uma família moderna, caracterizada pela redução do número de integrantes e por uma maior autonomia dos mesmos, a família moderna hoje tem várias leituras, maneiras, tipos e sem dúvida já não é algo único, pois a velocidade das mudanças atuais faz com que essas transformações sejam ainda mais dinâmicas. Mas, ainda continua cumprindo um papel importante quanto a ser núcleo fundamental da sociedade e continua sendo o reflexo da sociedade existente

Para podermos pensar sobre a participação dessa família na vida escolar trago o conceito de participação: Para Paulo Freire, (2011) a participação não pode ser reduzida a uma pura colaboração que setores populacionais devessem dar a administração pública. Participação ou colaboração, por exemplo, através dos chamados mutirões, por meio dos quais se reparam escolas, creches. A família é uma instituição historicamente constituída que ao longo do tempo sofre modificações em função das transformações econômicas, culturais e sociais, o que provoca também a produção de diferentes subjetividades.

Para Catarina Tomas, (2007) participar significa mais do que fazer parte. A participação exige condições, que são condicionadas pelo desenvolvimento emocional, competência para identificar diferentes perspectivas e depende da classe social e da auto estima.

Para Pedro Demo, (2006) a participação e um processo infindável, um constante vir a ser, sempre se fazendo, não existe participação suficiente, nem acabada.

Se participar é sinônimo de tornar-se parte, compartilhar, presença e atuação então uma família que participa da vida escolar de seus filhos portanto, é uma família que compartilha seus conhecimentos e uma família que faz parte da vida escolar de seus filhos, acompanha o aprendizado, se interessa sobre o que o aluno fez na escola durante o dia e senta junto com seu filho no momento do dever de casa, para tirar suas duvidas

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Participação, no conceito de educação, é a atividade que o aluno ou o convidado

realizou durante a aula ou a tarefa.. O nível de participação é fundamental para o aluno ser aprovado na disciplina ou em trabalho prático.

Para Miguel Arroyo, (2002) o Desenvolvimento e Participação Humana, são uma procura nada fácil, de organizar o trabalho, os tempos e espaço, os saberes, as experiências de socialização da maneira mais respeitosa para com as temporalidades do desenvolvimento humano.

A família, e o primeiro grupo de pessoas com as quais teremos contato, e é nesse grupo que teremos as primeiras noções de pertencimento a um grupo. E responsabilidade da família ensinar as primeiras noções de vida em sociedade, fornecer proteção, cuidado e afeto. É na família que serão dadas as primeiras lições de disciplina, respeito, responsabilidade e valores básicos para a convivência com os demais.

A família assume um papel indispensável em relação à formação do caráter da criança, pois é através dela que a criança é inserida na sociedade e, ao mesmo tempo, é a família a responsável por modelar e programar o comportamento e a identidade da criança. A família desempenha papel decisivo na educação formal e informal, e dentro dela são absorvidos valores éticos e humanitários. Uma de suas principais tarefas é promover a transmissão de aprendizados desenvolvidos pela experiência humana em sociedade. A família é o lugar indispensável para a garantia de sobrevivência e proteção integral dos filhos e demais membros

O convívio familiar e suas relações são muito importantes para o desenvolvimento e aprendizagem da criança, principalmente no que diz respeito à leitura e a escrita. A parceria entre a família e a escola é essencial para o crescimento de um indivíduo, pois essas duas instituições são responsáveis por preparar o indivíduo para a vida em sociedade. O exemplo da família e essencial para uma criança, e muito mais produtivo se uma criança no cotidiano familiar assistir seu pai lendo e que o pai estude com ela, do que se o pai mandar a criança sentar para ler e estudar. Comenius já dizia que tendem a imitar tudo o que veem seja bom ou ruim, por isso e importante conduzi-las no caminho da honestidade

A qualidade da escola brasileira começa dentro de casa, pois quando os pais estimulam o aprendizado e participam da vida escolar as crianças se alfabetizam com maior facilidade, obtém notas melhores, permanecem mais tempo no sistema de ensino e tem maiores chances de chegar a um curso superior.

A demonstração de interesse pela vida escolar dos filhos e parte fundamental em seu processo de aprendizagem, diminui os problemas comportamentais, a evasão escolar e o

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desinteresse pelos estudos. O envolvimento dos pais na vida escolar dos filhos tem sido apontado como o principal fator de sucesso acadêmico do aluno

O artigo dois da LDB afirma que a educação e direito de todos e dever da família e do Estado cabendo aos pais, na idade própria, matricular seus filhos na rede escolar, cumprindo ao Estado a responsabilidade de oferecer vagas e condições adequadas de ensino. Em seu artigo primeiro, a LDB trata da educação de uma forma muito ampla. Ela reconhece que a escola compartilha a responsabilidade de educar as novas gerações e também os jovens e adultos com várias outras instituições da sociedade, a família, a convivência humana, o trabalho, as instituições de ensino e pesquisa, os movimentos sociais, as organizações da sociedade civil e as manifestações culturais. Portanto a escola compartilham a responsabilidade de educar também com a família e a família deve compreender e aceitar essa responsabilidade, reconhecendo sua responsabilidade de ensinar os princípios básicos das relações interpessoais e de ajudar nas dificuldades de aprendizagem e comportamento de seus filhos. Não considerando esses papeis como sendo apenas da escola e dos professores.

O Estatuto da Criança e do Adolescente, no artigo 53, afirma que: É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais, mas não basta apenas isso estar na constituição e nas leis, e preciso que os pais e professores tenham atitudes concretas para que a educação no brasil seja cada vês melhor

A constituição Federal afirma no Artigo 205 que: A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho

A família, tem papel primordial na integração do sujeito ao mundo social, com ela aprendemos a ser seres humanos e conviver em sociedade, também é onde ocorrem as primeiras aprendizagens, andar, falar e torna-se seu modelo de valores, atitudes e caráter. O lugar da família está em contribuir com amor e desprendimento, para formar um cidadão independente. Já a escola precisa educar para a democracia, construindo um ser crítico e reflexivo, garantindo a aprendizagem dos conhecimentos necessários para a vida em sociedade

O art. 14 da LDB trata especificamente da questão determinando que “os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na Educação Básica de acordo com as suas peculiaridades, conforme os seguintes princípios: I – participação dos

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profissionais da Educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes”.

A família e a escola, possuem papeis que se complementam na formação do sujeito e objetivos comuns que são: uma boa educação ás crianças, para que elas possam ter as portas abertas para no futuro poder usufruir das possibilidades profissionais que a sociedade oferece, formar cidadãos conscientes de seu papel e suas responsabilidades como cidadãos e propagar pelas próximas gerações os conhecimentos construídos no passado e possibilitar que novos conhecimentos sejam construídos futuramente por esses cidadãos em formação

Para que a escola possa promover a participação da família, ela precisa reconhecer a família como sua principal parceira na educação, conhecer as famílias e a realidade de seus alunos e da comunidade onde a escola está inserida, criar canais de comunicação com as famílias de seus alunos, para que possa escuta-las e ser ouvida também, comunicando-se regularmente com as famílias. Oferecer diversas formas, ações, espaços e oportunidades de participação e fortalecer os existentes como o conselho escolar ou associação de pais e mestres

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CAPITULO 3 - ANALISES DAS ENTREVISTAS

Este terceiro capitulo, trará as análises das entrevistas feitas com pais de alunos que frequentam os primeiros anos do ensino fundamental e professores que lecionam nos primeiros anos do ensino fundamental e tem como principal objetivo entender como e a participação dos pais no ensino fundamental e quais as dificuldades que os pais enfrentam para participar na vida escolar dos filhos que frequentam essa faixa escolar. Também trará a opinião dos professores entrevistados com relação importância da participação dos pais e como esses professores pensam que seria possível envolver os pais na vida escolar de seus filhos

Para as entrevistas com professores, busquei apenas uma escola, localizada no município de Panambi-rs e dentre os professores entrevistados há professores que lecionam há apenas dois anos, até professores que lecionam há vinte e cinco anos. Os pais entrevistados, também residem no município de Panambi e são pessoas com as quais tenho contato em meu cotidiano e o único critério para as entrevistas com os pais foi possuir um filho estudando frequentando os primeiros anos do ensino fundamental

Ao ler e analisar as entrevistas feitas com as famílias de alunos que frequentam os primeiros anos do ensino fundamental e com professores que atuam nos primeiros anos do ensino fundamental, foi possível perceber que os professores entendem a importância das famílias no seu Trabalho, valorizam essa participação e desejariam que os pais os ajudassem mais em seu trabalho. O que acredito que já deveria ser esperado de profissionais que realmente se preocupam coma educação de seus alunos e desejam que ela se torne cada vez melhor

É na família que se estabelecem as primeiras aprendizagens, portanto os exemplos e as práticas utilizadas na educação doméstica influenciam sobremaneira na construção do caráter e personalidade dos aprendentes, já nos diz Pilleti (2009, p.274), sobre o assunto, que “o que é ensinado inconscientemente, sem a intenção de ensinar, normalmente permanece por mais tempo”.

Todos os professores entrevistados, responderam que percebem diferenças na aprendizagem dos alunos que possuem e que não possuem a participação ativa de seus pais em sua alfabetização, o que confirma a ideia inicial de que com o acompanhamento dos pais, as crianças em processo de alfabetização se alfabetizam com maior facilidade

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Destaco a fala de uma das professoras entrevistadas que afirma: “A participação dos pais e de fundamental importância, e sem esta parceria entre a escola e a família não conseguiríamos realizar de fato um trabalho coerente com a realidade de cada educando”

Outra professora entrevistada afirma: “Quando os pais acompanham o aprendizado o aluno se alfabetiza facilmente, por que há o estimulo e acompanhamento das atividades em casa”

Nas entrevistas os professores responderam que quando as famílias não se envolvem a criança fica desmotivada, pois sabe que não terá algum para compartilhar novidades e ajuda-lo e que muitas vezes a família não se envolve porque acredita que na escola ele vai aprender tudo e não querem ter esse compromisso e essa responsabilidade com sua educação. Uma professora me relatou na entrevista que durante sua caminhada de magistério foram muitas as tentativas de envolver os pais dos seus alunos, e infelizmente alguns pais só se conscientizam dessa importância quando já e tarde e o filho se envolve com drogas e roubo

Outra professora afirma: “Crianças que tem o acompanhamento de seus pais em seu desenvolvimento escolar são crianças mais alegres, participativas e fazem as atividades com amor”

Os pais entrevistados, afirmaram possuir algumas dificuldades para participar da vida escolar de seus filhos, achei muito interessante a fala de uma mãe que diz: “a maior dificuldade é conseguir ensina-la, ajuda-la da mesma forma que a professora ensina pois em algumas atividades eu aprendi de um jeito e a professora ensina de outro, e quando vou ajuda-la do meu jeito eajuda-la não aceita pois a professora ensina de outro...”. Falta de tempo para conversar com os professores, conseguem conversar apenas de forma rápida e em poucos momentos e que procuram acompanhar os seus filhos no dever de casa, e nesse momento tem um pouco de tempo para olhar no caderno as atividades que o filho tem feito em sala de aula

Outra professora afirma: ‘’ Pais que participam, olham os cadernos, se envolvem com as atividades, demostram aos filhos que a escola, que a aprendizagem são importantes e isso faz com que os alunos valorizem mais o processo e consequentemente tem melhores resultados.’’ A mesma professora afirma na entrevista: “... Percebe-se que aqueles que apresentam maiores dificuldades são os que os pais não atendem aos chamamentos. Aqueles que tem os pais participativos na vida escolar obtém sucesso. As respostas dos pais que não participam geralmente são as mesmas: falta de tempo, trabalho, ou o filho não entregou bilhetes...’’ Ela afirma que quando os pais derem valor a educação de seus filhos conseguiram participar da vida escolar deles

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Os professores responderam que para envolver os pais, eles procuram: dialogar com os pais para informa-los sobre o rendimento escolar de seus filhos e que enviam atividades para casa que pedem que os pais as realizem junto com seus filhos e que para que os pais se conscientizem da importância da sua participação na escola é necessário que os pais se sintam parte da instituição, conheçam o processo de alfabetização e que poderia ser realizado um encontro para debater o tema

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Trago nesse último capitulo as conclusões obtidas ao final de toda essa pesquisa de campo e das leituras feitas, com o objetivo de fazer um fechamento do trabalho realizado

Ao concluir está presente pesquisa, afirmo que não tenho a pretensão de com este trabalho esgotar esta discussão, pois este é um tema bastante amplo. Mas pretendo, no entanto, alertar para a complexidade do problema em questão: a família no processo de alfabetização e a falta que essa participação faz no nesse processo. Assim como afirmado na LDB e no Estatuto da Criança e do adolescente processo de alfabetização não é simplesmente um problema da escola ou da criança. O artigo dois da LDB afirma que a educação e direito de todos e dever da família e do Estado cabendo aos pais, na idade própria, matricular seus filhos na rede escolar, cumprindo ao Estado a responsabilidade de oferecer vagas e condições adequadas de ensino. Em seu artigo primeiro, a LDB trata da educação de uma forma muito ampla. Ela reconhece que a escola compartilha a responsabilidade de educar as novas gerações e também os jovens e adultos com várias outras instituições da sociedade, a família, a convivência humana, o trabalho, as instituições de ensino e pesquisa, os movimentos sociais, as organizações da sociedade civil e as manifestações culturais.

Portanto a escola compartilham a responsabilidade de educar também com a família e a família deve compreender e aceitar essa responsabilidade, reconhecendo sua responsabilidade de ensinar os princípios básicos das relações interpessoais e de ajudar nas dificuldades de aprendizagem e comportamento de seus filhos. Não considerando esses papeis como sendo apenas da escola e dos professores.

O Estatuto da Criança e do Adolescente, no artigo 53, afirma que: É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais, mas não basta apenas isso estar na constituição e nas leis, e preciso que os pais e professores tenham atitudes concretas para que a educação no brasil seja cada vês melhor, mas se queremos uma boa alfabetização nas escolas brasileiras, as escolas e a família precisam trabalhar de mãos dadas e com o mesmo objetivo,

Não é novidade que um bom processo de alfabetização e importantíssimo para os próximos anos escolares e inclusive para um bom desempenho acadêmico futuramente, já ouvi relatos de pessoas que tem pânico da dissertação argumentativa do vestibular, isso poderia ser resolvido se houvesse incentivo da leitura dede a infância na família

Se a escola se aproximar das famílias, os professores podem passar a ter maiores informações a respeito de quem são os alunos, sua cultura, sua vida cotidiana e assim, podem

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trazer formas de ensinar, atividades, conceitos mais próximos da realidade dos alunos e portanto mais fáceis de serem assimilados

O segredo é participar. Não basta estar ao lado de seu filho, sem observá-lo, sem escutá-lo ou sem questioná-lo. Sem interação não existe troca de experiências e sem diálogo e observação, não há aprendizado, nem para os pais, nem para as crianças.

Para tornar os pais mais participativos na educação de seus filhos é necessário que estes se sintam parte da instituição, conheçam o trabalho do professor e da escola e que a escola e os funcionários sejam apresentados a família. Outra forma é expor os currículos, os projetos, trabalhos dos alunos e emprestar o espaço da escola para eventos da comunidade

Porque não colocarmos bilhetes que vão para casa frases que incentivem os pais como por exemplo:” Para nos sua participação é de extrema importância”; nosso trabalho só será completo com a sua dedicação em acompanhar as atividades de seu filho, pois a alfabetização de pende do apoio e da base familiar que o aluno encontra em sua casa. A relação entre família e estudos e principalmente, a maneira como a família se comporta com relação ao desempenho escolar desse aluno, influencia os resultados obtidos pelas crianças. Uma base solida com pais que se interessam e até mesmo ajudam na realização dos deveres, faz com que o aluno tenha um bom desempenho escolar. Não basta apenas estar presente na realização dos deveres, na hora de estudar, e preciso perceber quando seu filho não está tendo um bom desenho em alguma disciplina e buscar soluções, por que não contratar um professor particular, meus pais fizeram isso comigo e deu certo,

O desempenho escolar individual de cada aluno não depende somente do seu rendimento em sala de aula e da competência de seus professores, mas também, do incentivo, acompanhamento e da importância que os pais mostram a seus filhos que estudar tem. [...] tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa: preparar as crianças para o mundo; no entanto, a família tem suas particularidades que a diferenciam da escola, e suas necessidades que a aproximam dessa mesma instituição. A escola tem sua metodologia e filosofia para educar uma criança, no entanto ela necessita da família para concretizar o seu projeto educativo. (PAROLIM, 2003, p. 99)

A escola nunca educará sozinha, de modo que a responsabilidade educacional da família jamais cessará. Uma vez escolhida a escola, a relação com ela apenas começa. É preciso o diálogo entre escola, pais e filhos. (REIS, 2007, p. 6). Portanto, uma boa relação entre a família e a escola deve estar presente em qualquer trabalho educativo que tenha como principal alvo, o aluno. A escola deve também exercer sua função educativa junto aos pais, discutindo, informando, orientando sobre os mais variados assuntos, para que em

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reciprocidade, escola e família possam proporcionar um bom desempenho escolar e social às crianças.

Termino essa presenta pesquisa, coma certeza de que não sou mais a mesma aluna que começou esse projeto de pesquisa no início do semestre passado no projeto de tcc, pois tive a oportunidade de evoluir como acadêmica através da realização desse trabalho

Esse trabalho me fez entender que como futura professora do ensino fundamental, necessitarei trabalhar em conjunto com os pais dos meus futuros alunos para realizar um trabalho que supra todas as demandas do meus alunos e que possa prepara-los para as próximas etapas escolares, e assim se torrarem adultos que utilizem-se da leitura e da escrita de forma plena e eficaz em seu cotidiano

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