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APOSTILA DE HISTOLOGIA Educação Física

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Academic year: 2021

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APOSTILA DE HISTOLOGIA

EDUCAÇÃO FÍSICA/FAIMI

Profa. Dra. Cláudia Pacheco

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2 INTRODUÇÃO À HISTOLOGIA HUMANA

A histologia é responsável pelo estudo dos tecidos que compõe o organismo. A célula ovo contém toda informação genética do futuro indivíduo. Assim, após a fertilização o zigoto torna-se uma célula totipotente, ou seja, tem potencialidade para formar todos os tipos de células do corpo.

Durante o desenvolvimento embrionário, as células dividem-se por mitose, por isso são geneticamente idênticas entre si. É a atividade gênica diferencial que explica a diversidade celular dos organismos.

Cada célula é diferente uma da outra porque alguns genes estão ativos em umas células e inativos em outras. Entretanto, todas as células têm funções vitais e também exercem funções diferenciadas relacionadas ao tecido que pertencem.

FORMAÇÃO DOS TECIDOS

Tecido é o conjunto de células e elementos intercelulares numa determinada função. Existem três componentes primários que constituem os tecidos:

► Célula.

► Matriz extracelular. ► Fluidos corporais.

Os órgãos são formados por combinação de tecidos, exceto SNC. O conhecimento dos tecidos básicos é fundamental para o estudo da estrutura e funcionamento dos órgãos e sistemas.

TIPOS DE TECIDOS

Nos animais, diferentes grupos de células se reúnem, formando os tecidos. São quatro tipos básicos:

1. Tecido epitelial: revestimento e secreção.

2. Tecido conjuntivo: preenchimento, sustentação, transporte e defesa. 3. Tecido muscular: movimentação.

4. Tecido nervoso: recepção e condução de estímulos.

TECIDO EPITELIAL Pode ser dividido em três tipos:

Tecido Epitelial de Revestimento. Tecido Epitelial Glandular. Neuroepitélio.

TECIDO EPITELIAL DE REVEST1MENTO

Esse tecido encontra-se presente revestindo a parte externa do corpo ou internamente recobrindo órgãos ou revestindo a parte interna de órgãos ocos.

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3 1. Justaposição celular.

2. Células poliédricas

3. Eixo maior do núcleo acompanha o eixo maior das células. 4. Avasculares (sem a presença de vasos).

5. Presença de glicocálice. Estrutura presente na parte externa da membrana plasmática, que tem como uma das funções o reconhecimento de células e substâncias presentes na matriz extracelular.

6. Presença de lâmina basal. Esta estrutura tem a função de manter o epitélio conectado com o tecido subjacente.

Composição da lâmina basal: colágeno tipo IV, glicoproteínas (laminina) e proteoglicanas. Ao microscópio eletrônico podemos notar a presença de uma lâmina lúcida (região mais clara) e uma lâmina densa (mais escura).

7. Presença de junções intercelulares. Estas junções podem ser divididas em três grupos: junções impermeáveis, junções de comunicação e junções comunicantes.

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4 8. Presença de especializações na membrana plasmática, que podem ser no ápice da célula. Exemplos: estereocílios (não apresentam movimento, cílios (com movimentos rítmicos) e microvilosidades (aumentam a absorção das células do epitélio).

Funções do Tecido Epitelial: proteção, absorção, secreção, lubrificação e sensorial.

CLASSIFICAÇÃO DO EPITÉLIOS: Essa classificação é feita com base no número de camadas e na forma das células.

1. Número de Camadas: 1.1. SIMPLES. 1.2. ESTRATIFICADO. 1.3. PSEUDO-ESTRATIFICADO. 1.4. TRANSIÇÃO. 2. Forma da Célula: 2.1. PAVIMENTOSA. 2.2 CÚBICA. 2.3. CILÍNDRICA/COLUNAR/PRISMÁTICA. Número de Camadas: Epitélio Simples.

PAVIMENTOSO. Exemplo: Endotélio, mesotélio, alvéolos. CILÍNDRICO. Exemplo: Intestino.

CÚBICO. Exemplo: Ovário, ductos glandulares e túbulos renais. Epitélio Estratificado.

PAVIMENTOSO. Exemplo: Pele, esôfago e vagina.

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5 PSEUDO-ESTRATIFICADO. Apresenta núcleos em diferentes posições, mas todas as células encontram-se apoiadas na membrana basal. Exemplo: Traqueia e canal deferente.

TRANSIÇÃO. Exemplo: Bexiga.

TECIDO EPITELIAL GLANDULAR

Sua origem ocorre a partir do tecido epitelial de revestimento. Células do tecido epitelial de revestimento começam a proliferar e invadem o tecido subjacente. Algumas dessas células se modificam e passar a exercer a função de glândulas.

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO NÚMRO DE CÉLULAS:

Unicelulares: formadas por uma única célula. É o caso das células caliciformes (em forma de cálice), como mostra o esquema abaixo, presentes, por exemplo, na mucosa nasal, que secretam muco, uma substância viscosa destinada a reter as impurezas aspiradas.

Pluricelulares: a maioria das glândulas, entretanto, é pluricelular e estão sempre envolvidas por tecido conjuntivo, recebendo dele nutrientes e oxigênio. De acordo com a forma da porção secretora (região da glândula na qual se encontram as células secretoras), as glândulas podem ser classificadas em tubulosas, alveolares (ou acinosas) e acinosas (ou túbulos-alveolares).

TIPOS DE GLÂNDULAS: as glândulas podem ser divididas de acordo com a presença ou não de ductos.

GLÂNDULA ENDÓCRINA: também conhecida como glândula de secreção interna, é desprovida de duto excretor (canal de saída). Sua secreção, denominada hormônio, é absorvida Célula Caliciforme

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6 pelo sangue que circula pelos capilares que irrigam o tecido glandular, sendo lançada, portanto, diretamente na corrente sanguínea. Durante sua formação, o canal que a ligava ao epitélio de origem regride e desaparece. Citamos como exemplos a hipófise, a tireoide, as paratireoides e as adrenais.

GLÂNDULA EXÓCRINA: apresenta ducto excretor e lança sua secreção no exterior do corpo ou no interior de uma cavidade, que, por sua vez, se comunica com o meio externo. Como exemplos citamos as glândulas mamárias, sudoríparas, salivares, sebáceas, lacrimais, gástricas e intestinais. As glândulas exócrinas podem ser simples ou compostas. As simples apresentam ducto não ramificado (glândulas sudoríparas), enquanto as compostas apresentam ramificações em seus ductos (glândulas parótidas).

GLÂNDULA MISTA/ANFÍCRINA: apresenta, simultaneamente, funções exócrina e endócrina. O pâncreas constitui um exemplo clássico de glândula anfícrina, secretando insulina, glucagon e somatostatina, que são hormônios (secreção endócrina) relacionados com o controle do metabolismo da glicose e do suco pancreático, que é lançado no intestino, com função digestiva (secreção exócrina).

QUANTO AO MODO DE SECREÇÃO DAS GLÂNDULAS, ELAS PODEM SER: 1. MERÓCRINA: é aquela em que as células secretoras, ao eliminarem seus produtos, permanecem intactas com todo o seu citoplasma, podendo reiniciar o ciclo secretor. Suas células eliminam exclusivamente os produtos de secreção. Como exemplos, citamos as glândulas sudoríparas, as salivares, as gástricas, as lacrimais e o pâncreas exócrino.

2. HOLÓCRINA: nesse tipo de glândula, a célula secretora acumula os produtos no citoplasma; em seguida, morre e se desintegra, constituindo, ela própria, a secreção. Dessa forma, a secreção eliminada é constituída pelas próprias células secretoras, cujo acúmulo de

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7 secreção determina sua morte. Como exemplos, citamos as glândulas sebáceas de nossa pele, que estão sempre se desintegrando e se regenerando.

3. APÓCRINA: é aquela cujas células secretoras perdem parte de seu citoplasma, que se mistura com a secreção elaborada. Para reiniciar a secreção, é necessário que haja regeneração da parte perdida. Temos, como exemplos, as glândulas mamárias e as glândulas sudoríparas modificadas, existentes nas axilas e na região perianal.

DE ACORDO COM A NATUREZA QUÍMICA DA SECREÇÃO:

SEROSAS: são aquelas que elaboram uma secreção clara e aquosa, rica em proteínas, que podem ser enzimas. Citamos, como exemplos, as glândulas gástricas, o pâncreas e as glândulas salivares.

MUCOSAS: produzem uma secreção viscosa (muco), de natureza glicoproteica. Temos, como exemplo, a glândula caliciforme da traqueia.

NEUROEPITÉLIOS

Apresentam junto com as células do epitélio, células do sistema nervoso que propiciam a captação de diversos tipos de estímulos, como por exemplo vibração (som), sabor e temperatura.

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8 TECIDO CONJUNTIVO

É o tecido mais abundante do corpo humano, sendo formado por células que se encontram separadas umas das outras. O espaço entre as células é preenchido por substância intercelular composta de água e proteínas.

Apresenta diversas características como presença de células e abundante matriz extracelular. A matriz extracelular apresenta fibras colágenas, fibras reticulares e fibras elásticas. Essa matriz extracelular é chamada de substância fundamental amorfa (SFA), que é constituída por proteoglicanas, glicosaminoglicanas e glicoproteínas de adesão. Também apresenta um fluido intersticial.

CLASSIFICAÇÃO DO TECIDO CONJUNTIVO

O tecido conjuntivo propriamente dito é dividido em dois subtipos: Tecido Conjuntivo Frouxo e Tecido Conjuntivo Denso.

T. C. FROUXO

Mais amplamente distribuído, funções de preenchimento de espaços, nutrição de células epiteliais, defesa contra infecções e cicatrização.

Apresenta consistência flexível e pouco resistente às trações. Maior quantidade de células, quando comparado ao outro tipo.

Localização: sob os epitélios, em torno de vasos sanguíneos, entre fibras e feixes

musculares e circundando o parênquima das glândulas.

T. C. DENSO

Pode se apresentar como não modelado e modelado. O modelado possui mais fibras e menos células.

Sua orientação e arranjo dos feixes de fibras colágenas tornam mais resistente a trações. Modelado/Ordenado:

Feixes de fibras colágenas paralelos entre si. Resistente a trações exercidas numa só direção. Exemplo: tendões e ligamentos.

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9 Não modelado/Desordenado:

Feixes de fibras colágenas em arranjo aleatório. Resistente a trações em várias direções. Exemplo:derme, bainha de nervos, cápsulas do baço, ovários, rins, linfonodos, etc.

CÉLULAS PRESENTES NO CONJUNTIVO FIXAS/RESIDENTES

Originam-se no tecido conjuntivo e aí permanecem: fibroblastos/fibrócitos, adipócitos e mastócitos. Os macrófagos são células residentes no tecido conjuntivo, mas se originam de células precursoras presentes na medula óssea.

TRANSITÓRIAS

Originam-se na medula óssea e circulam da corrente sanguínea para o tecido conjuntivo: plasmócitos, linfócitos, neutrófilos, eosinófilos, macrófagos e mastócitos.

FIBROBLASTOS

São as células mais frequentes no tecido conjuntivo. Apresentam uma forma alongada e com muitas ramificações.

Sua função é sintetizar proteínas que compõe as fibras desse tecido. Quando reduzem atividade, transformam em fibrócitos.

MACRÓFAGOS

São células grandes com contornos irregulares, ativas, locomovem-se por pseudópodes e com capacidade fagocitária. Originários dos monócitos função de defesa através do englobamento das partículas nocivas. Macrófagos em repouso são denominados de histiócitos.

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10 MASTÓCITOS

São células grandes e granulosas. Apresentam-se numerosas em diversos tecidos conjuntivos. Seus grânulos podem liberar histamina, nas reações alérgicas promovendo a vaso constrição, ou heparina, que é um anticoagulante.

ADIPÓCITOS

Essas células apresentam uma forma esférica com núcleo deslocado próximo a membrana celular. Apresenta como função principal armazenar lipídios (gorduras).

PLASMÓCITOS

São células com forma ovoide e ricas em retículo endoplasmático rugoso. Não são encontradas em grandes quantidades, estando em maior número quando existe um processos inflamatório e nos locais sujeitos a invasão bacteriana (mucosa intestinal).

Produzem anticorpos.

MATRIZ EXTRACELULAR

É formada por um complexo de macromoléculas (componentes fibrosos, proteínas e polissacarídeos) que se organizam formando uma rede. É secretada pelas células adjacentes, sendo especialmente adaptada dependendo do tecido em que se localiza

Assim, ela é constituída por proteínas fibrosas embebidas em um gel hidrofílico de polissacarídeos e proteínas. Também apresenta um gel hidrofílico formado por proteoglicanas, glicosaminoglicanas e proteínas de adesão.

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11 Principais constituintes: Sistema Colágeno (colágeno e fibras reticulares) e Sistema Elástico (elástico, elaunínicas e oxitalânicas).

SISTEMA COLÁGENO

COLÁGENO: Fibra flexível com grande força de tensão.

A síntese de colágeno se dá a partir do pré-procolágeno, que é produzido no RER. Após sua síntese no retículo endoplasmático rugoso ele vai para o Complexo de Golgi transformando-se em pró-colágeno (modificado). Desta organela ele vai para a matriz extracelular, transformando-se em tropocolágeno e por último em fibras colágenas.

FIBRAS RETICULARES:

Formadas principalmente por colágeno tipo III, sendo mais finas que as outras fibras. São abundantes na musculatura lisa, endoneuro, trabéculas dos órgãos hematopoiéticos (baço, nódulos linfáticos, medula óssea), ao redor de glândulas endócrinas, artérias, fígado, útero e camadas musculares do intestino.

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12 SISTEMA ELÁSTICO:

É composto por três tipos de fibras: Elástica, Elaunínica e Oxitalânica.

SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL: é formada por polímeros lineares não ramificados de dissacarídeos-polissacarídeos longos, não-flexíveis, carga negativa elevada, atrai sódio e atrai água. Contribuem para a resistência às forças de compressão (água).

Proteoglicanas: formadas pelas ligações covalentes entre glicosaminoglicanas e uma molécula de proteína. Podem ter tamanhos variados:

● Moléculas grandes (agregana). ● Moléculas pequenas (decorina).

As glicoproteíans de adesão permitem a adesão das células com os componentes de sua matriz, mantendo os componentes dos tecidos (células e matriz) unidos.

Essa moléculas de adesão podem se ligar a proteínas da superfície celular (integrinas), às fibras colágenas e ainda a outras proteoglicanas.

Existem vários tipos de glicoproteínas de adesão, são elas: fibronectina, entactina, laminina, ostonectina, tenascina, condronectina e fibronectina.

É um dímero formado por duas subunidades polipeptídicas semelhantes ligadas por pontes dissulfeto. Representa uma família de mais de 20 glicoproteínas que contém locais de adesão com as células não epiteliais, com outras moléculas de fibronectina e com componentes fibrosos da matriz.

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13 Laminina é uma glicoproteína grande composta de três cadeias polipeptídicas: A, B

1 e

B

2. Localiza-se, predominantemente na lâmina basal, realizando a ligação com células do

epitélio. Apresenta sítios de ligação com heparansulfato, integrinas e colágeno tipo IV.

A lâmina basal é um tipo de matriz extracelular localizada entre as células epiteliais e o tecido conjuntivo adjacente, ao redor das células musculares.

Apresenta uma rede de moléculas de colágeno tipo IV embebida em inúmeras proteínas (laminina e proteoglicana do heparansulfato).

As moléculas de colágeno se associam em forma de rede e não em fibrilas. Formam um filtro aniônico envolvido na formação de urina nos rins. Nos pulmões proteção contra material transportado pelo ar.

As integrinas: são proteínas transmembranas, semelhantes aos receptores da membrana na célula, já que formam pontes com os ligantes intra e extracelular.

Suas regiões citoplasmáticas estão ligadas ao citoesqueleto (maioria ligam-se à feixes de filamentos de actina, contatos focais e/ou filamentos intermediários – hemidesmossomos).

Os ligantes (extracelulares) são membros estruturais da matriz extracelular As ligações têm afinidade relativamente baixa – capacidade de mover-se na matriz.

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14 Suas características são serem heterodímeros, apresentarem cadeias glicoproteicas  e , apresentarem domínio intracelular ligado a talina e a -actinina do citoesqueleto celular e domínio extracelular ligado a macromoléculas da matriz extracelular.

Podem se ligar a um ou mais tipos de macromolécula da matriz (colágeno, fibronectina, laminina), dependendo do tipo celular.

A interação das integrinas com os ligantes depende de cátions divalentes (cálcio ou magnésio extracelular).

TECIDO CARTILAGINOSO

É o tecido que forma as cartilagens do corpo. Apresentam algumas características que são próprias desse tecido, como a consistência rígida.

É formado por células chamadas condrócitos e abundante matriz extracelular. Não apresentam vasos (avasculares) e são desprovidos de nervos.

Funções: suporte de tecidos moles, absorção de choques e são essenciais para a formação dos ossos.

Constituição do Tecido Cartilaginoso: células (condrócitos) e matriz formada por: colágeno, elastina, proteoglicanas (proteínas + glicosaminoglicanas), ácido hialurônico e glicoproteínas.

Pericôndrio

É o nome dado ao tecido conjuntivo denso, rico em colágeno tipo I (região mais superficial) e rico em células (próximo a cartilagem).

Função: nutrição, oxigenação, eliminação de restos metabólicos e fonte de condrócitos.

Grupo Isógeno: Grupo de 2 a 8 condrócitos, todos derivados de divisão mitótica de um único condrócito.

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15 Os condrócitos apresentam como função a secreção de colágeno (principalmente tipo II), proteoglicanas e glicoproteínas (condronectina).

TIPOS DE CARTILAGEM CARTILAGEM HIALINA

Características: a mais abundante das cartilagens, forma o primeiro esqueleto do embrião e é constituída de colágeno tipo II.

É encontrada nas fossas nasais, traqueia, brônquios, extremidade ventral das costelas e recobrindo superfícies articulares dos ossos longos.

Sua matriz é formada de fibrilas de colágeno tipo II + ácido hialurônico, proteoglicanas e glicoproteínas.

CARTILAGEM ELÁSTICA

É formada por fibrilas de colágeno (principalmente tipo II), fibras elásticas contínuas com tecido conjuntivo (pericôndrio).

Pode ser encontrada isolada ou formando peças junto com a cartilagem Hialina.

Localização: pavilhão auditivo, conduto auditivo externo, tuba auditiva (Tuba de Eustáquio), epiglote e laringe.

CARTILAGEM FIBROSA/FIBROCARTILAGEM

Formada por grande quantidade de fibras colágenas (tipo I) e pouca substância fundamental, como o ácido hialurônico, proteoglicanas e glicoproteínas.

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16 Crescimento das Cartilagens pode ser de dois tipos:

Crescimento Intersticial: divisão mitótica dos condrócitos. Crescimento Aposicional: células do pericôndrio.

Os discos intervertebrais são formados por um anel fibroso, cuja porção periférica é constituída de tecido conjuntivo denso.

No centro são formados pelo chamado núcleo pulposo, que é um gel semifluido. Ao nascimento, o gel consiste de material mucoide com poucas células notocordais e é distinto do anel circunvizinho. Após a primeira década, o material mucoide é gradualmente substituído por fibrocartilagem, passando a haver menor distinção entre ele e o anel. Sendo fluido, o núcleo pode ser deformado sob pressão, sem redução em seu volume.

TECIDO ADIPOSO

O tecido adiposo é formado por células adiposas (adipócitos), que podem ser encontradas isoladas ou em pequenos grupos no tecido conjuntivo frouxo, porém a maioria delas forma grande agregados, constituindo o tecido adiposo distribuído pelo corpo.

É o maior depósito corporal de energia, sob a forma de triglicerídeos. Os depósitos de triglicerídeos (ácido graxo) do tecido adiposo são as principais reservas de energia do organismo. Não são depósitos estáveis, porém se renovam continuamente, e o tecido é muito influenciado por estímulos nervosos e hormonais. O tecido adiposo também modela a superfície corpórea. Forma também coxins absorventes de choques (glúteos, palma da mão e planta do pé), contribui também para o isolamento térmico e preenche espaços entre outros tecidos e auxilia a manter certos órgãos em suas posições normais. O tecido adiposo tem também atividade secretora, sintetizando diversos tipos de moléculas.

Uma variedade é o tecido adiposo comum, amarelo ou unilocular, cujas células, quando completamente desenvolvidas, contêm apenas uma gotícula de gordura que ocupa quase todo o citoplasma. A outra variedade é o tecido adiposo pardo ou multilocular, formado por células que contêm numerosas gotículas lipídicas e muitas mitocôndrias.

Funções: reserva energética, isolante térmico, amortecer contra choques mecânicos e preenche espaço entre órgãos e os mantém nas posições normais.

As gorduras armazenadas são usadas como fonte de energia e são continuamente renovadas. A gordura armazenada no tecido adiposo é formada por triglicerídeos.

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17 TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR

A cor varia entre branco e amarelo escuro, dependendo da dieta. Deve-se principalmente ao acúmulo de carotenos dissolvidos nas gotículas de gordura. Seu acúmulo em certos locais é influenciado pelo sexo e pela idade do indivíduo. Forma o panículo adiposo, sob a pele e que é de espessura uniforme por todo o corpo do recém-nascido. Com a idade, o panículo adiposo tende a desaparecer de certas áreas, desenvolvendo-se em outras. É regulada pelos hormônios sexuais e pelos hormônios produzidos pela camada cortical da glândula adrenal. Além da gotícula lipídica principal, existem outras muito menores. Todas essas gotículas são desprovidas de membrana envolvente, porém cada uma é envolvida por uma lâmina basal, e sua membrana plasmática mostra numerosas vesículas de pinocitose.

O tecido unilocular apresenta septos de conjuntivo frouxo, que contêm vasos e nervos, desses septos partem fibras reticulares (colágeno tipo III) que vão sustentar as células adiposas. A vascularização do tecido adiposo é muito abundante.

A deposição e mobilização dos lipídios se dá através do armazenamento da gordura nas células adiposas. Essas gorduras estão principalmente na forma de triglicerídeos, isto é, ésteres de ácidos graxos e glicerol. Essas gorduras originam-se da seguinte maneira: são absorvidos da alimentação e trazidos até as células adiposas como triglicerídeos dos quilomícrons (são formados pelas células epiteliais do intestino delgado, a partir dos nutrientes absorvidos. São constituídos por triglicerídeos, colesterol, fosfolipídios e proteínas).

Após deixarem as células epiteliais eles penetram nos capilares linfáticos do intestino e são levados pela corrente linfática indo posteriormente atingir o sangue, que distribui por todo o organismo. Assim como da síntese nas próprias células adiposas, a partir da glicose.

As células adiposas podem sintetizar ácidos graxos e glicerol a partir de glicose, processo que é acelerado pela insulina. Este hormônio estimula também a penetração de glicose nas células adiposas.

A hidrólise dos triglicerídeos é desencadeada principalmente pela noradrenalina (neurotransmissor), que ativam a lipase sensível a hormônio (intracelular), promovendo a liberação de ácidos graxos e glicerol, que se difundem para os capilares do tecido adiposo. Os ácidos graxos que são quase insolúveis na água, ligam-se à parte hidrofóbica das moléculas de

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18 albumina do plasma sanguíneo e são como fonte de energia. O glicerol, muito solúvel no plasma, é captado pelo fígado e reaproveitado.

O tecido adiposo uni e multiloculares são inervados por fibras simpáticas do sistema nervoso autônomo. No unilocular, as terminações nervosas são encontradas na parede dos vasos sanguíneos e apenas alguns adipócitos são inervados. A remoção dos lipídios não se faz por igual em todos os locais. Primeiro são mobilizados os depósitos subcutâneos, os do mesentério e os retroperitoneais, enquanto o tecido adiposo localizado nos coxins das mãos e dos pés resiste a longos períodos de desnutrição.

Depois de tempos sem comer o tecido unilocular perde quase toda a sua gordura e suas células perdem quase todas suas gotículas de gordura. Também é um órgão secretor. Sintetiza várias moléculas como leptina que são transportadas pelo sangue, e a lipase lipoproteica já mencionada, que fica ligada à superfície das células endoteliais dos capilares sanguíneos situados em volta dos adipócitos.

A leptina é um hormônio proteico constituído por aa (aminoácidos). Regula a quantidade de tecido adiposo no corpo e a ingestão de alimentos. Atua principalmente no hipotálamo, diminuindo a ingestão de alimentos e aumentando o gasto de energia. Além de formar outros tipos celulares dá origem aos fibroblastos e aos lipoblastos.

HISTOFISIOLOGIA

Os lipídios são oriundos da alimentação = QUILOMÍCRONS e fígado = VLDL (lipoproteínas de baixo peso molecular).

A síntese pelos próprios adipócitos a partir da glicose.

TECIDO ADIPOSO MULTILOCULAR

Esse tipo de tecido adiposo mantém o animal quente na hibernação. Sua cor é devida a vascularização abundante e às numerosas mitocôndrias presentes em suas células. Sua distribuição é limitada, localizando-se em áreas determinadas. Esse tecido é abundante nos animais que hibernam (gambá, urso), onde foi chamado glândula hibernante. No feto humano e no recém-nascido, o tecido multilocular apresenta localização bem determinada. Como este tecido não cresce, sua quantidade no adulto é extremamente reduzida.

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19 Esse tecido é especializado na produção de calor, tendo papel importante nos mamíferos que hibernam. Nos humanos a quantidade deste tecido só é significante no recém-nascido, com função auxiliar na termorregulação. Ao ser estimulado pela liberação de noradrenalina nas terminações nervosas abundantes em torno das suas células, o tecido multilocular acelera a lipólise e a oxidação de ácidos graxos. Que produz calor e não ATP, por que as mitocôndrias apresentam uma proteína transmembrana chamada termogenina ou UCP1 (ATP sintetase). Em consequência, a energia gerada pelo fluxo de prótons não é usada para sintetizar ATP, sendo dissipada como calor. O calor aquece o sangue contido na rede de capilar do tecido multilocular e é distribuído por todo o corpo.

O despertar da hibernação é devido à ação de estímulos nervoso sobre o tecido multilocular, que funciona como um acendedor dos outros tecidos. As células mesenquimais que vão formar o tecido multilocular tornam-se epitelioides, adquirindo um aspecto de glândula cordonal, antes de acumularem gordura.

O tecido adiposo secreta substâncias como adiponectina (GBP-28, apM1, AdipoQ e Acrp30) que serve para a regulação da glicemia e catabolização dos ácidos graxos. Outras substâncias são a lipase lipoproteica, a leptina e o peptídeo sinalizador do estoque energético do organismo: ADIPOSTATO.

167 aminoácidos se tornam circulantes - 146 aa ligados a uma proteína carreadora. Síntese: tecido adiposo, placenta e epitélio intestinal.

Já a sua degradação acontece nos rins, sendo 80% da leptina plasmática. A meia vida de 25’ na circulação.

Função: manter a HOMEOSTASIA ENERGÉTICA.

Sua síntese é proporcional à quantidade absoluta de gordura – informando ao SNC estoques energéticos.

Sinal aferente ao hipotálamo → redução da ingestão e aumento do gasto energético.  No estado alimentado.

 No estado de jejum.  Em obesos.

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20 DOENÇAS DO TECIDO ADIPOSO: Lipomas (tumores benignos) e Lipossarcomas (tumores malignos).

TECIDO MUSCULAR

O tecido muscular é formado por células alongadas, com capacidade de capacidade de contração e distensão, proporcionando os movimentos corporais. São propriedades dos músculos: elasticidade, que leva a distensão, a contratilidade, que promove a contração e a tonicidade, que promove o tônus.

Principais funções: movimento, manutenção da postura, movimento dos órgãos, circulação do sangue e absorção de choques para proteger o corpo.

Principais nomenclaturas: Célula muscular: fibra muscular. Citoplasma: sarcoplasma.

Membrana plasmática: sarcolema. Fibrilas contráteis: miofibrilas.

Classificação Funcional dos Músculos: Essa classificação é baseada nas suas ações musculares.

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21 Antagonistas: Se opõe à ação dos agonistas.

Fixadores: músculos que ancoram um osso ou parte óssea para que o músculo ativo tenha base para se tracionar.

Sinergistas: músculos que indiretamente auxiliam o movimento, estabilizando as articulações. Previnem movimentos indesejados, permitindo que o agonistas funcionem.

COMPONENTES DO MÚSCULO:

COMPONENTES ELÁSTICOS: São aqueles que retornam a sua forma original após o relaxamento. Exemplo: miofilamentos e o tecido conjuntivo.

COMPONENTES PLÁSTICOS: São aqueles que não retornam à forma original cessada a contração, se não houver influência externa. Exemplo: mitocôndrias (30-35% volume muscular), retículo sarcoplasmático e sistema tubular (5% do volume muscular).

Existem Três Tipos de Tecido Muscular: Musculatura Lisa.

Musculatura Estriada Esquelética. Musculatura Estriada Cardíaca.

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22 MÚSCULO LISO

Essa musculatura tem como características, células que são mais afiladas nas extremidades e núcleo único e central.

Suas células têm um tamanho variado entre: 20µm - 500µm.

Apresenta estruturas conhecidas como corpos densos, onde os miofilamentos se

inserem. É encontrado nas vesículas ocas como gastrointestinais, urinárias, reprodutoras, vasos sanguíneos, etc.

O núcleo durante o processo de contração assemelha-se a um saca rolha. Seus miofilamentos se cruzam em todas as direções.

Apresenta estruturas chamadas cavéolas.

Sua fibras musculares são mantidas unidas juntas por uma rede delicada de fibras reticulares.

Seu movimento é do tipo Lei do tudo ou nada.

Atividade: contração fraca, lenta e involuntária.

MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO

É formado por feixes de células cilíndricas, muito longas. O diâmetro das células varia entre 10-100µm. Suas células são multinucleadas, apresentando estriações transversais.

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23 Atividade: contração forte, rápida, descontínua e voluntária.

MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO

Apresenta células alongadas e ramificadas, com estriações transversais. As mitocôndrias ocupam 40% do citoplasma.

Os núcleos encontram-se localizados centralmente.

São circundadas por uma delicada bainha de tecido conjuntivo, contendo abundante rede de capilares sanguíneos.

Ocorre a presença de discos intercalares, assim como de díades.

Suas fibras apresentam grânulos de lipofuscina. Também observa-se a presença de grânulos com molécula precursora do hormônio ou peptídeo atrial natriurético (ANP).

Atividade: contração forte, rápida, contínua e involuntária.

O tecido muscular não é constituído apenas por FIBRAS MUSCULARES. Há também o TECIDO CONJUNTIVO que as envolve e se prolongam, formando os TENDÕES ou APONEUROSES que fixam o músculo a um osso.

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24 O Tecido Conjuntivo mantém as fibras musculares unidas, permitindo que a força de contração gerada por cada fibra individualmente atue sobre o músculo inteiro.

MECANISMOS DE CONTRAÇÃO: MUSCULATURA LISA

Os íons Ca

+2

combinam-se com moléculas de calmodulina. A calmodulina ativa a enzima cinase da cadeia da Miosina II, fosforilando as moléculas de Miosina II.

A Miosina II se distende deixando descobertos os sítios.

MECANISMOS DE CONTRAÇÃO: MUSCULATURA ESTRIADA

As fibras musculares esqueléticas mostram estriações transversais: alternância das faixas claras e escuras.

Banda A: faixa escura (anisotrópica): filamentos finos e grossos. Banda I: faixa clara (isotrópica): filamentos finos.

Banda H: filamentos grossos.

ESTRUTURA DAS FIBRAS ESTRIADAS Retículo Sarcoplasmático (REL) e Túbulos T.

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25 Membrana celular penetra no interior da célula nas junções das bandas A e I, formando os Túbulos T. Cada Túbulo T é ladeado por duas cisternas formando uma Tríade. Associado ao túbulo T está o retículo sarcoplasmático (cisternas terminais que armazenam cálcio intracelular).

Filamentos Finos de Actina: partem da linha Z e se projetam para o centro do sarcômero. Filamentos de Miosina: formam arranjos paralelos intercalados aos filamentos finos.

Durante a contração, os dois discos Z se aproximam e os filamentos de actina e miosina deslizam um pelo outro.

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Referências

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