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AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO (fase de carta-consulta) DE CURSO SUPERIOR DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS (Com ênfase Análise Sistemas)

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M I N I S T É R I O DA EDUCAÇÃO CONSELHO F E D E R A L DE EDUCAÇÃO

INTERESSADO/MANTENEDORA UF

ASSOCIAÇÃO TABOÃO DA SERRA DE EDUCAÇÃO E CULTURA SÃO PAULO

ASSUNTO:

AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO (fase de carta-consulta) DE CURSO

SUPERIOR DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS (Com ênfase Análise Sistemas)

RELATOR. SR. CONS. ERNANI BAYER

PARECER Nº 271/94 CÂMARA ou COMISSÃO APROVADO EM: 15/03/94

PROCESSO Nº:23.033.000.550/90-86

1-RELATÓRIO

1-0 presente parecer analisa a carta-consulta relativa ao pedido de autorização para funcionamento de curso de Ciências Contábeis, protocolizado, em 1990, na vigência da Resolução CFE nº 5/89 e objeto de análise preliminar, pelo Parecer CFE nº 3/91.

A continuidade de tramitação desse processo foi decidida pela Resolução CFE nº 1/93, que fixou normas para autorização de funcionamento de instituições isoladas de ensino superior de cursos de graduação e de aumento de vagas em cursos existentes. Esta mesma resolução, em seu artigo 25,- parágrafo único, fixou o prazo de 60 dias para a atualização e a reformulação dos processos em tramitação. Esse prazo que terminaria em 5 de abril de 1993, foi prorrogado até 30 de abril de 1993.

2 - Situação atual dos cursos de Ciências Contábeis Os dados relativos aos anos letivos de 1992 e 1991, serviram de base para a demonstração da demanda/oferta de vagas, matrículas e concluintes dos cursos de Ciências Contábeis no Brasil.

Até 1992, estavam em funcionamento 280 cursos, com um total de 29.031 vagas anuais em nivel nacional, em

1992 foi de 2.73/1. Essa demanda, contudo, apresenta variações quando analisada por Estados ou DGE.

A região Sudeste concentra o maior número de cursos (131), Região Norte, o menor (13).

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Por DGE, o maior número de cursos está localizado no DGE-24 (34 cursos), no Estado de São Paulo. O maior número de cursos aparece nos DGEs números 21(RJ), 44{RR), 45(T0) e 46 (AP) ( 1 curso).

O maior Índice da relação candidato/vaga é encontrado no DGE-12 (2.12) e o menor, no DGE 23 (SP) (0.98)

O quadro apresentado no item 5 deste Parecer, dá uma visão geral da situação desses cursos, no ano 1992.

3 - Cenários

O curso de Ciências Contábeis habilita seu bacharel - o contador - ao exercício de atividades privativas, como as de Auditoria e de Perícias Contábeis, além das funções relativas a contabilidade, de um modo geral, que podem ser exercidas, em parte, pelo Técnico em Contabilidade, formado em nível médio.

O bacharel em Ciências Contábeis é o profissional que, por lei, deve ser o responsável pela contabilidade das pessoas físicas e jurídicas, públicas ou privadas, organizando, planejando, acompanhando e executando ou orientando a execução de funções contábeis. Está, portanto, presente nas atividades econômicas ou profissionais, em todos os setores da economia.

Essas funções tornam o profissional dá contabilidade um elemento obrigatório, cuja formação em conteúdo, qualidade e quantidade deve acompanhar o crescimento e a diversificação da economia do país.

Há indícios de que os profissionais graduados pelas escolas superiores são absorvidos pelo mercado de trabalho.

Esse mercado de trabalho, contudo está cada vez mais sofisticado, exigindo profissionais qualitativamente melhor preparados dos que, na maioria, estão sendo formados.

O cenário futuro para os cursos de graduação em Ciências Contábeis e para o mercado de trabalho aponta para uma ampliação, em função das expectativas de crescimento da economia brasileira, além do crescimento vegetativo.

O cenário futuro aponta ainda para oportunidades mais expressivas para profissionais formados em cursos de Ciências Contábeis, onde os conhecimentos práticos sejam transmitidos aos educandos com mais ênfase, nos escritórios

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modelo com uso e apoio da informática, nos estágios supervisionados na exigência de trabalho de final de curso (monografia), em jogos de empresas e em simulações, com base na realidade da economia brasileira. A utilização da computação eletrônica de dados é outro componente forte para uma boa formação do profissional em Ciências Contábeis, que altera substancialmente a rotina de suas atividades profissionais.

Por outro lado, como está acontecendo em todo mundo, a tendência, no Brasil, é caminhar para a tercerização da economia, liberando a mão de obra dos setores primário e secundário. Na atualidade, os serviços já dominam a economia mundial, gerando 70% do P.N.B. e das oportunidades de emprego nas nações industrializadas. Os países em desenvolvimento já possuem 48% do P.N.B. e 18% dos empregos gerados nesse setor. Enquanto nos E.U.A., em 1985, 79% da PEA estava no setor terciário, no brasil, no mesmo ano, o percentual atingia 59%.

Por outro lado, a evolução da população economicamente ativa no Brasil, com nivel superior, mostra os avanços alcançados nas últimas décadas. Enquanto, em 1970, apenas 540.000 pessoas da PEA possuíam nível superior, em 1990, êste número subiu para 3.400.000, significando um crescimento de 246% no período.

Finalmente, cabe mencionar que a diversificação do mercado de trabalho ocorre em função das transformações porque está passando o processo de trabalho, assim como a qualificação real exigida pelo setor produtivo.

Este fenômeno ocorre também no caso do profissional de Ciências Contábeis, a partir da introdução dos controles eletrônicos computadorizados. O profissional, neste cenário, ao tempo em que encontra limitações nos empregos diretos, tem perspectivas de atuação em consultorias especializadas de auditagem contábeis, contratadas cada vez com mais frequência pelas empresas, tanto de grande como de pequeno e médio porte, além de estudos específicos em áreas correlatas. 0 surgimento de escritórios especializados em auditorias e consultorias técnica no Brasil, é um fato desta última parte do século XX.

Não cabe neste parecer, todavia, a análise de conteúdo dos projetos de cada curso, que é da competência da Câmara de Ensino Superior. Cabe-nos somente, compatibilizar os pleitos apresentados a demanda/oferta de vagas, por região geo-educacional ou área de influência de cada curso. Não se pode, porém, perder de vista, que a nossa economia não é uma

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economia de estado, centralizadora, que planeja tudo, próprias dos regimes autoritários. E deverá ser, cada vez mais, uma economia de mercado, onde as pessoas e as organizações podem fazer, livremente, suas opções de investimentos. No setor educacional, cabe ao poder público zelar pela qualidade do ensino ministrado, em nível superior, não tolhendo iniciativas privadas legítimas e que atendam às normas e exigências legais.

4 - Critérios para Análise do Pedido

Os critérios que presidem a análise dos pleitos, objeto deste parecer, levam em conta:

1. a demanda/oferta de vagas;

2. as peculiaridades locais e regionais; 3. o estímulo ao desenvolvimento de regiões emergentes;

4. cidades de concentração demográfica e/ou densidade de serviços;

5. ocupação de espaço nas regiões de fronteira;e 6. complementação de projeto institucional e pedagógico de IES em regular funcionamento.

Como critério complementar, importante é a prioridade a estabelecimentos já existentes em confronto com novas iniciativas.

5 - Localização dos Cursos Pretendidos por DGE e/ou Área de Influência

Região Sudeste DGE Curso Pret. Vagas Pret. Vagas Ofer. C/V 92

RJ 20 1 100 904 2.81 RJ 21 80 1.40 RJ 22 110 2.04 RJ 23 5 660 3.062 1.90 * SP 24 8 900 5.269 1.89 SP 25 3 340 260 2.18 SP 26 1 80 775 1.35 SP 27 4 380 540 1.07 SP 28 2 200 292 0.98 SP 29 1 80 460 1.98 SP 30 5 520 1.110 1.30 SP 31 5 300 260 1,29 Sub-total - 35 Fonte MEC/SAG/CPS/SEEC 3.560 13.122

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6- Análise do Parecer

O pedido de autorização de novo curso superior de Ciências Contábeis, na fase de carta-consulta, foi apresentada por mantenedora, que pretende iniciar suas atividades na área.

Foi elaborado uma ficha padrão, contendo informações sobre sua constituição, sede, natureza jurídica, capacidade patrimonial, condições econômico-financeira, situação de regularidade fiscal e parafiscal, idoneidade de seus dirigentes, experiência na área educacional e grau de autonomia assegurado à unidade a ser mantida e os cursos de graduação pleiteado, com número de vagas. Essas condições foram analisadas pela assessoria deste Conselho, juntamente com as informações a respeito do curso pretendido (concepção, objetivos, perfil profissiográfico, regime acadêmico, vagas anuais, turnos e turmas) e da IES responsável pela ministração do curso.

A análise dos documentos, dados e informações, fornecidas pela entidade e os dados constantes do cadastro deste Conselho, subsidiaram o Relator na elaboração do Parecer.

DGE - 24

O DGE 24 constitui a cidade de São Paulo, com 34 cursos e 5.269 vagas totais.

A relação candidato/vaga atingiu a média de 2/1 nos últimos vestibulares (92/91).

A cidade de São Paulo - sede do curso pretendido - tem boa oferta de cursos de Ciências Contábeis. Contudo é a metrópole brasileira mais desenvolvida, o pleito foi analisado em razão de suas características e as peculiaridades de sua localização.

A cidade apresentava, em 1991, uma população de 11.514.181 habitantes e na microregião, 31.192.818 habitantes. É o maior centro da América Latina de distribuição e serviços e de produção industrial. A dinâmica empresarial é exponencial.

Na região sul da grande São Paulo, através de estatística, é o maior reduto eleitoral, com 106 zonas eleitorais, com 2.616 sessões utilizando 205 escolas

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públicas e particulares nos vários graus. Na nova divisão territorial do município de São Paulo Lei Estadual 11.222 de 20/05/92, que restitui a nova divisão geográfica, consta que, 3.007.173 habitantes, conforme dados do IBGE, a zona sul do Município de São Paulo, tem os

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seguintes bairros, numa área de 70 Km , Santo Amaro, Campo Grande, Campo Limpo, Capão Redondo, Cidade Ademar, Cidade Dutra, Grajaú, Itaim Bibi, Marcilac, Jardim Angela, Jardim São Luiz, Parelheiros, Pedreira, Socorro, Vila Andrade, Vila Sônia e Capela, portanto, a maior concentração populacional da zona sul, onde não tem, ainda, um Curso Superior de Ciências Contábeis, vindo satisfazer plenamente a micro-região da grande São Paulo, com a instalação do novo curso.

A Associação Taboão da Serra de Educação e Cultura - ATSEC, cumpre integralmente, a Resolução nº 1/93, solicita 160 vagas, situada no bairro de Campo Limpo, zona sul da Capital, que concentra uma população acima de três milhões de habitantes e onde não há oferta de ensino superior. Os mais próximos são os cursos da Universidade Ibirapuera.

A região de influência, os municípios de Itapecerica da Serra, Embú das Artes e Taboão da Serra, ao seu redor concentram-se centenas indústrias químicas -Squib, Laborterápica, Bayer, Ciba e indústrias de eletro mecânica e eletro-eletrônica - Semp-Toshiba, Gradiente, Alfa Lavai, Caloi, Monark, Prodesp, Concretex e outras de grande e médio porte, além das micros e pequenas empresas.

Essa região industrial constituída por um enorme contingente populacional, caracteriza-se por um vazio de ensino superior.

Pelo critério e peculiaridade locais de localização do pleito pode ser recomendado o curso com 80 (oitenta) vagas.

7 - Quadro Comparativo entre Cursos e Vagas Pretendidas e

Recomendadas na DGE 24

Na região sudeste, especificamente no Distrito Geo-Educanional 24, consta que tem 8 (oito) cursos pretendidos e recomendados 6(seis) com 900(novecentas) vagas pretendidas e 440 (quatrocentos e quarenta) vagas recomendadas.

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A região sudeste das DGEs 13 ao 31, que congrega os estados de MG, ES, RJ e SP, terá um crescimento em relação ao total da região de 10.2% e no total geral 11.0%.

Propõe-se um acréscimo total do Brasil de 11.0% nas vagas, o que representa nas grandes regiões os seguintes percentuais de aumento:

Região Norte ... 15,8% Região Nordeste ... 8,4% Região Sudeste ... 10,2% Região Centro Oeste ... 50,2% Região Sul ... 3,1% Fonte: MEC/SAG/CPS/SEEC

8 Conclusão e Voto do Relator

Tendo presente, a análise efetuada a partir dos critérios assinalados para decisão sobre a Carta-Consulta, e tendo em conta a recomendação expressa em cada caso. O Relator entende que pode ter prosseguimento o processo de interesse da entidade, que deverá, no prazo de 60 (sessenta) dias, apresentar a apreciação da Câmara de Ensino Superior o competente projeto com oitentas vagas totais anuais.

Este Relator vota, favoravelmente, pelo prosseguimento.

9 - Conclusão da Câmara

Relator.

A Câmara de Planejamento acompanha o voto do

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