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Fisiopatologia da Reprodução II

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Academic year: 2021

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V e t e r i n a r i a n D o c s www.veterinariandocs.com.br

Fisiopatologia da Reprodução II

Avaliação Andrológica

Introdução

A realização do exame andrológico tem como princípio fundamental caracterizar o potencial reprodutivo dos touros e deve atender ao diagnóstico da saúde sexual, saúde hereditária e saúde reprodutiva tanto no aspecto da capacidade de monta (potentia coeundi) quanto na capacidade fecundante (potentia generandi). O exame andrológico deve ser indicado nos casos de histórico de infertilidade individual bem como nos de seleção e preparação de touros antes da estação de monta.

Métodos de Coleta de Sêmen

01-Vagina Artificial

Utilização: para ruminantes, eqüídeos, felinos, coelhos e aves (aquáticas); Tamanho: condizente com a espécie em questão;

Composição: tubo rígido externo (PVC ou borracha) revestido por borracha maleável. No tubo rígido há a presença de uma válvula para colocação e retirada da água (morna) que fica alojada entre o tubo rígido e a borracha maleável. Também são necessárias amarrações nas extremidades da vagina artificial (amarração feita com tirar de borracha, anéis de borracha ou fios).

*Em equinos geralmente é necessário que a válvula fique aberta no momento da penetração do pênis na vagina artificial para que haja expulsão do excedente de água, pois o pênis do eqüino sofre grande dilatação.

Características Gerais: a água no interior da vagina artificial deve ser colocada a temperatura de cerca de 40 a 45ºC que, além de expandir a mucosa de borracha, garante a formação de um microclima semelhante ao apresentado no interior da vagina ‘natural’, e deve-se ter pressão suficiente para causar atrito e estimular o macho.

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Como Utilizar: primeiramente deve-se ter um manequim para que se mimetize uma cópula e quando houver o salto, deve-se desviar o pênis do animal em questão e auxiliar a penetração na vagina artificial. Antes da coleta, deve-se aferir a temperatura interna da VA (em torno de 42º C) e lubrificar o interior da mucosa (geralmente só lubrifica-se a extremidade anterior da vagina artificial).

*O pênis deve ser sempre lavado com solução fisiológica antes da introdução na vagina artificial.

Tipos de Manequim: -Vivos:

-Fêmeas em cio;

-Fêmeas sem cio (macho se acostuma a saltar);

*Centrais de coleta geralmente não fazem o uso de fêmeas para a coleta de machos, pois algumas vezes não se consegue desviar o pênis e tem-se penetração com ejaculação na própria fêmea. Quando utiliza-se fêmeas, elas devem ser castradas preferencialmente.

-Macho inteiro; -Macho castrado;

*Os machos utilizados para coleta devem ser calmos e condicionados. Machos novos devem permanecer um certo tempo assistindo os outros, para se acostumarem com a situação.

-Mecânicos:

-Fixos (não se movimentam, estão chumbados/presos ao chão); -Móveis;

*Não é o formato, mas sim a curvatura do manequim que estimula o macho;

Vantagens da VA: tem-se ejaculado completo (pois tem-se todas as fases da cópula) e pode-se fazer a avaliação da funcionalidade no momento da cópula.

Desvantagens da VA: deve-se ter manequim (mecânicos ou fixos).

02-Eletroejaculador

Utilização: ruminantes, aves e animais silvestres (ursos, macacos, grandes felinos e outros);

*Não utiliza-se em eqüinos e suínos devido ao estresse gerado, inviabilizando a coleta. Calibragem: aparelho ligado à energia elétrica, geralmente 12 V e trabalha-se com a regulagem de freqüência e amperagem.

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Tamanho: de acordo com a espécie em questão. Carneiros utiliza-se eletrodos de 3 cm de diâmetro por exemplo.

Como Utilizar: a técnica consiste em induzir a passagem de uma corrente alternada pela medula ao nível da 4ª vértebra lombar, com a qual se produz ejaculação. O eletrodo é inserido no ânus e posicionado no assoalho da ampola retal, este eletrodo possui dois pólos, um negativo e outro positivo, nos quais passa a corrente elétrica estimulando a contração regional, incluindo a via espermática e glândulas anexas. A voltagem é aumentada gradativamente com períodos de estimulação rítmica repetida, alternando com períodos de descanso (cerca de 5 segundos).

*É comum que o ejaculado possua mais líquido (plasma) devido a estimulação das glândulas;

**Deve-se sempre esvaziar a ampola retal;

Vantagens: método involuntário, funciona sem grandes complicações, não é caro e pode ser usado em animais sedados,

Desvantagens: não pode-se avaliar a funcionalidade do animal, não tem-se o ejaculado completo, há dias que tem-se boa resposta e há dias que não há boa resposta do eletroejaculador e deve-se lavar o prepúcio (pois há a possibilidade de ejaculação dentro do prepúcio).

03-Técnica da Mão Enluvada

Utilização: suínos

Como Utilizar: necessita-se de um manequim e após o salto do macho, segura-se o pênis logo após a glânde, pressiona-se e traciona-se até ejacular totalmente. O ejaculado do cachaço apresenta fases (pobre/rica/pobre), para exame andrológico não necessita a separação, mas para inseminação artificial necessita separação, descartando a fase pobre.

04-Massagem das Ampolas

Utilização: somente para bovinos

Como Utilizar: deve-se espremer as ampolas na região cranial da bacia.

05-Masturbação

Utilização: geralmente caninos;

Como Utilizar: deve-se estimular o cão e quando o cão começar a ajudar (durante movimentos masturbatórios) tem-se que afastar o prepúcio para o animal não ejacular neste. Neste momento o frasco coletor deve estar próximo à glande. Por natureza, o cão passa a perna por cima do braço e deve-se então segurar o bulbo na mão.

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Inseminação Artificial em Cadela: deve-se fazer duas vezes com intervalo de 48 horas, pois não ovula em um só momento.

06-Massagem no Dorso Abdominal

Utilização: aves

Como Utilizar: primeiramente deve-se fazer a higienização do local da coleta, da região da cloaca, limpando e cortando as penas. Contém-se o galo no colo e pressiona-se com os dedos na região dorsal. Quando o falo for ejacular, este levanta o rabo e então deve-se pressionar a cloaca para a retirada do sêmen juntamente ao frasco coletor. *Em aves aquáticas utiliza-se uma fêmea junto. Então o macho sobe sobre a fêmea e expõe o falo e então acopla-se o tubo coletor.

07-Lavagem da Cauda do Epidídimo

Utilização: para animais de boa genética e bom sêmen que por algum motivo não podem mais exercer sua função. Pode-se então sacrificar o animal e castrar (retirando o epidídimo) ou castra e sacrifica.

*70% do sêmen da cauda do epidídimo é viável.

Como Utilizar: separa-se a cauda do epidídimo e também o ducto deferente, então, injeta-se solução na cauda do epidídimo e coleta-se na saída do ducto deferente. *Quando castrar o animal, deve-se manter viável a maior porção do ducto deferente possível, pois pode-se coletar mais sêmen.

Local de Coleta de Sêmen

01-Campo;

02-Área Coberta: quando é rotina, fixa-se o manequim não vivo ao lado de um

laboratório. O ambiente deve ser fechado (em formato de ‘U’ ou ‘L’) com pé direito alto. Se for congelar o sêmen, necessita de duas salas, uma para a manipulação e outra para os botijões de congelamento. O piso da sala de coleta deve ser não abrasivo, sem sujidades e pode-se utilizar grama desde que possa mudar o manequim de lugar. Para o piso pode-se utilizar concreto/asfalto, mas não podem ser lisos e nem abrasivos de mais. O ideal é utilizar manto de borracha ou caixa de areia grossa.

Deve-se ter água disponível e perto do local para higienização adequada do local.

O local deve ser longe de outros locais movimentados, para se ter um ambiente calmo para o macho.

É necessário tronco de contenção dentro da sala de coleta, alguns machos são de difícil manuseio e necessitam certa contenção.

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Características Particulares por Espécie

01-Bovinos:

-Possuem reflexo de flêmen para perceber melhor os ferormonas.

-Deve-se estimular o salto e esperar para coletar. Pode-se fazer com que o animal salte 2/3 vezes (saltos cegos/falsos) para melhorar a qualidade do sêmen.

-Após o salto deve-se fazer o desvio do pênis, segurando o prepúcio e não propriamente o pênis.

-O ejaculado tem cerca de 7 a 8 mL de volume, com máximo de 12 mL.

02-Equinos:

-Possuem reflexo de flêmen para perceber melhor os ferormonas.

-Pode-se utilizar protetor de pescoço para éguas, pois os machos podem morder as fêmeas nesta região no momento da cópula.

-Ejaculado tem cerca de 80 a 100mL de volume.

*Jumento: cerca de 40mL (menor volume e maior concentração do que de cavalos). **Égua no cio: aumenta o quadrilátero de sustentação, deixa pernas abertas, mantém a cauda em posição lateral e apresenta vulva edemaciada;

03-Carneiro:

-Agacha o posterior e começa a exteriorizar o pênis.

-Apêndice vermiforme não altera a fertildiade e é um prolongamento da uretra. -O ejaculado tem cerca de 0,5 a 2 mL e é 2/3 vezes mais concentrado que de bovinos.

04-Búfalo:

-Possuem reflexo de flêmen para perceber melhor os ferormonas. -Ejaculam em menor volume e em maior concentração que bovinos.

05-Características Gerais para Todas Espécies

-Cuidado para não perder o sêmen na descida do macho, sempre deve-se acompanhar a descida com a vagina artificial.

-Após a coleta, deve-se esvaziar a vagina artificial para descer todo o sêmen no tubo coletor.

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Avaliação do Sêmen

01-Avaliação Microbiológica: pesquisa de bactérias e parasitas. Não é feito de rotina,

apenas em centrais e quando se tem suspeita de alguma enfermidade venérea.

02-Avaliação Físico-Química: aferição do pH (cerca de 6,8) e osmolaridade. Também

não é feito de rotina.

03-Avaliação Macroscópica: 03.1-Coloração:

-Normal: branco, branco-amarelado e amarelo-cítrico.

-Anormal: presença de sangue no ejaculado (sangue pode ser proveniente de regiões mais iniciais do trato reprodutor, como epidídimo, glândulas acessórias ou da parede da uretra, e esta diferença de local, altera a forma como sangue se apresenta no sêmen).

03.2-Volume:

Espécie Volume (mL) Tempo de Ejaculação Local de Deposição

Touro 2 a 10 1 s Vagina

Carneiro 0,7 a 2 1 s Vagina

Varrão 150 a 500 10 a 20 min Útero

Garanhão 20 a 250 10 a 15 s Útero

Cão 2 a 16 30 a 40 min Vagina

Gato 0,01 a 0,2 1 s Vagina

Fonte: DERIVAUX, 1980.

03.3-Aspecto: avalia a viscosidade. Deve-se agitar o observar contra a luz.

A) Aquoso; B) Opalescente/Soroso C) Leitoso D) Cremoso E) Super Cremoso 03.4-Odor;

03.5-Presença de substâncias estranhas: como sujidades e outros.

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04-Avaliação Microscópica

04.1-Motilidade/Mobilidade: é uma avaliação microscópica em lâmina aquecida

com mesa do microscópio aquecida.

*O calor é importante, pois ao diminuir a temperatura, diminui também a motilidade. Utilizam-se placas de platina aquecedoras para controle de temperatura durante a visualização em microscópio comum. A lâmina em que o sêmen vai ser colocado já deve estar pré aquecida também. Não utilizar isqueiro, pois nunca se sabe o quanto esquentou e a temperatura que a lâmina se encontra.

04.1.1-Turbilhão: utiliza-se uma lâmina limpa/desengordurada e

coloca-se uma gota de sêmen. Obcoloca-serva-coloca-se em aumento 100x e a objetiva é posicionada no canto da gota. Deve-se observar os espermatozóides em conjunto, observa-se o ‘redemoinho’. *Apenas ruminantes possuem turbilhão e é classificado em graus que variam de 1 a 5; **Sinonimos: motilidade massal ou movimento de massa.

04.1.2-Porcentagem de Células Móveis: utiliza-se aparelhagem

específica (eletrônica) ou avaliação subjetiva (estimativa dos que estão em movimento em relação aos que estão parados). Utiliza-se uma lâmina/lamínula limpa e aquecida juntamente a uma gota de sêmen. Observa-se em aumento 200/250x, então percorre-se alguns campos e faz-se a estimativa.

*Ruminantes: no mínimo 70% devem estar móveis; **Equinos: entre 50 e 60%;

***Não deve-se avaliar onde há presença de bolha de ar;

04.1.3-Tipo de Movimentação

-Progressiva: para frente (típico de ruminantes);

-Circular: ocorre em eqüinos (circular e progressivo). Admite-se até 30% em equinos. * Em qualquer espécie o choque térmico origina a movimentação circular.

-Local: movimenta-se, mas está parado no mesmo lugar. -Retrógrado: para trás. Comum quando há contato com água.

04.1.4-Intensidade do Movimento/Vigor: avalia a força com que os

espermatozóides se movimentam. Classificado de 0 a 5 (melhor) e não deve ser inferior a 3.

04.2-Concentração: avaliação de número de células por unidade de medida.

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Formas de Avaliação: -Aspecto: subjetivo;

-Câmara de Neubauer/Câmara de Thoma;

-Espermodensímetro: diluí-se o sêmen e avalia-se em uma escala pela translucidez do sêmen. É feita uma pré diluição e multiplica o valor por uma tabela padronizada. É importante que o material esteja limpo;

-Contadores de Células Eletrônico: o sêmen é diluído (diluente 0,1mL/50mL). A solução é colocada em um Becker, onde através de uma fístula em um cano do equipamento contador, será sugada e contada por meio de células foto-elétricas, sendo o volume sugado é sempre o mesmo, é padronizado;

04.2.1-Câmara de Neubauer:

*A contagem entre as duas câmaras (1 e 2) deve ser semelhante. Cada câmara contém 25 quadrados.

**Câmara de Thoma há 16 quadrados, mas conta-se os 5 quadrados em cada lado.

Como fazer a contagem: conta-se 5 quadrados em cada câmara (10 no total) sempre na diagonal.

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Deve-se diluir o sêmen para conseguir fazer a contagem. Deve-se utilizar formol citrato (com 4mL de formol 40% e 96mL de citrato de sódio 3%), pode-se utilizar NaCl 10% ou HCl.

A forma de contagem deve ser padrão, deve-se contar o que está dentro do quadrado e o que está em cima de 2 linhas, sempre seguir orientação em forma de ‘L’.

Concentração:

[ ] = nº de células contadas

Altura

x

Área

x

Diluição

*Área: número de quadrados ÷ 25.

Fator X = nº de espermatozóides

10/25

x

1/10

x

1/grau de diluição

(ver tabela)

Diluição à utilizar:

-Eqüino/Suíno: diluição de 1/40 ou 1/50 (estas espécies possuem sêmens mais diluídos);

-Touro/Carneiro: diluição de 1/100 para leitoso ou 1/200 para cremoso *Sêmen bom é de animal em repouso sexual de 3 dias (longe de fêmeas – sem qualquer estímulo);

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Exemplo:

Volume: 5 mL Aspecto: leitoso Diluição: 1/100

Contagem: lado 1 em 5 quadrados 92 espermatozóides e lado 2 em 5 quadrados 102 espermatozóides, totalizando 194 espermatozóides.

194 x 2.500 (fator X de diluição – tabela) = 485.000 sptz/mm³. Então se 1cm³ (1 mL) é igual a 1.000 mm³ multiplica-se 485.000 com 1000 e 5 totalizando 2.425.000.000 espermatozóides neste sêmen.

04.3-Patologias (alterações morfológicas das células espermáticas):

04.3.1-Técnica do Esfregaço Corado: faz-se o esfregaço, fixa, cora e

observa-se no microscópio com aumento de 1000x. Dependendo do diluente utilizado no sêmen, o corante não funciona e nestes casos deve-se utilizar um microscópio de fases.

*O esfregaço deve ocupar 2/3 da lâmina, sempre fixar a lâmina antes de corá-la (formol citrato também fixa), lavar lâmina na parte de trás para tirar excesso de corante e pode utilizar mais de um corante.

04.3.2-Lâminas Coradas: lâminas específicas já coradas.

Corantes Utilizados: violeta de metila, cristal violeta 0,5%, vermelho congo e corante de Willians.

04.3.3-Avaliação Patológica

Espermatozóide Normal

04.3.3.1-Defeitos de Acrossoma

-Acrossoma edemaciado: acontece o desprendimento e pode ocorrer pelo congelamento e descongelamento.

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-Grânulos acrossomais; -Acrossomos rudimentares; -Acrossomos desprendidos;

*Não precisa informar que tipo de defeito, apenas a sua localização (Ex.: acrossoma).

04.3.3.2-Defeitos de Cabeça

-Cabeça alongada; -Cabeça arredondada; -Cabeça de espátula *São menos comuns;

04.3.3.3-Defeitos de Base:

-Defeito de forma: estreita ou larga;

-Defeito de implantação: axial, abaxial (faz o espermatozóide girar – em equinos pode não ser considerado defeito), oblíqua, retroaxial e cabeça solta (sem cauda);

04.3.3.4-Defeito da Peça Intermediária:

Defeitos: curto, magra, estreita, com intersecção e com fratura da cauda.

*Defeito de cauda: fortemente dobrada ou simplesmente dobrada (envolvendo a peça intermediária);

04.3.3.5-Defeitos de Cauda e Gota:

*Gota: gota plasmática (‘lixo’ da formação da célula). São resíduos de citoplasma e organelas e esta ‘limpeza’ ocorre no epidídimo onde é reunido todo o material no colo (gota proximal). Conforme a célula vai maturando a gota vai migrando e na célula maturada não deve haver gota.

-Defeito da Gota: posicionada antes da metade da peça intermediária ou distal (depois da peça intermediária);

*A gota proximal não influencia na motilidade, somente a distal;

-Defeito de Cauda: cauda enrolada, fortemente enrolada, rudimentar e enrolada sobre a cabeça.

04.3.3.6-Aumento no Número de Cabeças/Caudas (Forma de Medusa):

-Defeito: presença de duas caudas ou duas cabeças;

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-Impotência Degenerante sem Causa Específica: ocorre geralmente na raça Jersey e não se sabe a causa. Animal é normal reprodutivamente.

Certificado de Exame Andrológico

Passos

01-Identificação: HBB (Bovinos), FBB (Ovinos) e SBB (Equinos) é a

identificação de registro nas associações criadoras.

02-Anamnese: deve-se informar ‘sem alteração’ caso o animal não apresente

alteração significante e deve-se informar o motivo (Ex.: exposição);

03-Exame Clínico Geral: verifica-se e informa-se estado nutritivo, arcada

dentária, aprumos, articulações, cascos e outros.

04-Exame Clínico Específico: verifica-se e informa-se prepúcio, pênis, escroto,

testículos (dimensões, consistência, mobilidade e sensibilidade), epidídimo (cabeça, corpo e cauda), cordão espermático, ampolas, vesículas seminais, próstata e perímetro de cada lado (direito e esquerdo).

*Próstata não se palpa, apenas por ultrassonografia.

05-Exame Sanitário: em anexo;

06-Exame Funcional e de Sêmen: informar método de coleta, nota do libido,

observar e informar como se dá o salto (com dificuldade ou normal, faz movimentos de procura ou não), volume (mL), aspecto (aquoso à cremoso), pH (não é necessário), turbilhão (0 a 5), motilidade e vigor e concentração espermática. No espermograma deve-se constar a ocorrência de defeitos como: subdesenvolvimento, formas duplas, defeitos no acrossomo, defeitos de cabeça, defeitos de peça intermediária, presença de gota e localização e defeitos de cauda.

Quantificação de Defeitos (Patologias)

Deve-se utilizar aumento de 400x e gota de imersão. Conta-se da metade em diante do esfregaço e contabiliza-se cerca de 400 células (é o ideal), mas pode-se contar 200 e 100 células é pouco.

Percorre-se a lâmina em direção zigue-zague e em um esfregaço bom encontram-se cerca de 5 células por campo (ótimo é 10 células/campo).

Contabiliza-se somente os espermatozóides que estão completamente inseridos no campo e anota-se os que estão normais e defeituosos por campo. Após isto calcular porcentagem final de defeituoso/normais.

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Parâmetros de Avaliação de Sêmen (CBRA)

Parâmentro Valor

Motilidade Espermática Progressiva* – Mínimo (%) 30

Vigor de Motilidade – Mínimo (1 a 5) 3

Sptz com Motilidade Progressiva – Mínimo (x106/dose) 10 Motilidade Após Teste de Termoresistência – Mínimo (%) 20

Defeitos Maiores Totais*** – Máximo (%) 20

Defeitos Totais** – Maiores e Menores – Máximo (%) 30 Fonte: CBRA, 1998.

*Busca-se 70% em carneiros e touros.

**Valor para touros, o valor para carneiros é de 20%. Defeitos totais para eqüinos é de cerca de 40%. ***Valores referentes à bovinos, para eqüinos utiliza-se 20%;

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Referências Bibliográficas

C.P. Freitas-Dell’Aqua., A.M. Crespilho, F.O. Papa, J.A. Dell’Aqua Junior.

Metodologia de Avaliação Laboratorial do Sêmen Congelado Bovino. Faculdade de

Medicina Veterinária e Zootecnia, UNESP, Botucatu, SP, Brasil, 2009.

N. C. Severo. Influência da Qualidade do Sêmen Bovino Congelado Sobre a

Fertilidade. A Hora Veterinária – Ano 28, nº 167, janeiro/fevereiro/2009. Colégio Brasileiro de Reprodução Animal – CBRA

Disponível em: http://www.cbra.org.br/portal/index.htm

C.E. Peña Alfar. Importância da Avaliação Andrológica na Seleção de

Reprodutores a Campo. Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos,

Patos, PB, Brasil. Rev. Bras. Reprod. Anim., Belo Horizonte, v.35, n.2, p.152-153, abr./jun. 2011. Disponível em www.cbra.org.br

Referências

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