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Caseína micelar (CM)

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Academic year: 2021

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Caseína micelar

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Caseína micelar (CM)

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Proteína de absorção lenta

Introdução:

A caseína (do latim "caseus", queijo) é uma proteína do tipo fosfoproteína encontrada no leite fresco. Representa cerca de 80% do total de proteínas do leite. A caseína compõe uma das frações protéicas do leite, estando em maior concentração que as proteínas do soro no leite de vaca. Existem cinco tipos de caseína presentes no leite, sendo que estas se encontram organizadas na forma de micelas (como se fossem pequenas gotículas) unidas através de ligações de fosfato de cálcio, compondo assim as conhecidas micelas de caseína, sendo a formação destas, essencial para manter o equilíbrio do leite.

Algumas frações de caseína são apolares, e isso não permite que as mesmas fiquem em contato com a água, outras são sensíveis ao cálcio e sendo assim não podem estar em contato com esse. Como esses dois tipos encontram-se em elevadas quantidades no leite, a Kappa-caseína (uma das

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frações), que pode estar em contato com ambos, envolve as demais caseínas compondo as micelas e mantendo o estado fluido do leite. Elas são consideras proteínas de liberação lenta, ou “time release”.

A caseína contém um número razoavelmente alto de peptídeos de prolina que não interagem. Não apresenta nenhuma ponte dissulfeto. Como consequência apresenta relativamente pouca estrutura secundária ou estrutura terciária, não formando estruturas globulares. Por isso não pode desnaturar. É relativamente hidrofóbica, tornando-se pouco solúvel em água. Encontra-se no leite como uma emulsão de partículas de caseína (micelas de caseína), de modo que a região hidrófoba (apolar) fica no interior e a região hidrófila (polar) na superfície exposto a água. As caseínas das micelas se prendem juntas por íons de cálcio e interações hidrofóbicas.

Por ser uma proteína de lenta metabolização tem excelente capacidade em evitar a quebra da massa magra (o catabolismo proteico), além de atuar estimulando a síntese de proteínas, apesar deste estímulo ser menor do que o fornecido pelas proteínas do soro do leite. A caseína em sua forma micelar gera, após sua ingestão, um fluxo constante de aminoácidos na corrente sanguínea mantendo um amplo espectro dos mesmos no sangue por um período aproximado de 7 horas após a sua ingestão.

Uma das incríveis propriedades da caseína micelar é a de formar uma espécie de gel no intestino. É este gel que garante que os aminoácidos presentes na caseína sejam liberados gradualmente no organismo, o que faz dela uma perfeita proteína para ser usada para a prevenção do catabolismo muscular e para inibir os hormônios catabólicos como o cortisol, responsáveis pela queima da massa magra. Além da propriedade citada acima, quando a caseína está presente no estômago, tem a capacidade de ligar-se a alguns receptores opióides. Isso irá cursar com uma ação de redução do peristaltismo fazendo com que o tempo de absorção seja aumentado.

A melhor forma de usar a caseína é antes de dormir, pois o sono é um período de jejum e isso favorece a ocorrência do catabolismo protéico ao acordarmos. Além disso, durante o sono ocorre a secreção de hormônios anabólicos (que constroem os músculos), como por exemplo, o hormônio do crescimento, e estes podem se favorecer da liberação gradual de aminoácidos promovida pela caseína para a construção de massa muscular, afinal não basta apenas o estimulo promovido pelos hormônios, precisa-se ainda do substrato para a construção muscular.

Outro momento interessante para usar a caseína é cerca de 16 horas depois do exercício. Nesse momento, o corpo está com uma demanda por proteína muito grande. O uso de uma proteína de liberação mais lenta seria ideal para quem tem interesse na hipertrofia muscular.

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Essa proteína pode ser encontrada em diversos suplementos, como os hiperproteicos ou isoladamente. Os melhores hiperproteicos devem possuir a caseína na forma micelar, pois estes terão um maior tempo de ação no organismo. Sua apresentação é em pó, podendo ser diluída em água ou leite, a depender da preferência e dieta do individuo.

A caseína, ou produtos que contenham esse ingrediente, não deve ser consumida logo após o exercício físico. Nesse momento, recomenda-se o uso de uma proteína de liberação mais rápida. Algumas pessoas usam caseína em outros momentos do dia, como complemento à alimentação, sendo uma forma de enriquecer a dieta com proteína. Isso é interessante quando o consumo proteico estiver baixo, ou quando houver a necessidade de um consumo maior de proteína em determinado horário.

Classe:

A Caseína micelar é extraída do leite por processos de filtração o que aumenta a quantidade de peptídios bioativos do leite que melhoram a função imunológica e criam um ambiente perfeito para o crescimento de massa muscular, enquanto a caseína micelar tem seu pico de ação e duração de até 7 horas, sendo assim uma proteína de altamente anti-catabólica por dua essênia, é uma proteína de liberação gradual. É único suplemento capaz de provocar a queima de gordura e aumentar a massa muscular.

As caseínas são divididas em três subgrupos: α-caseínas, κ-caseínas e β-caseínas, que diferem entre sí por poucos aminoácidos. Os três subgrupos possuem a característica comum de terem um, dos dois aminoácidos que contém grupos hidroxil, esterificados para ácido fosfórico. O ácido fosfórico liga-se ao cálcio e ao magnésio, e alguns desses sais formam pontes entre as moléculas de caseína.

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de um diâmetro de 10 - 15 nm. O conteúdo de α, κ e β caseína é heterogeneamente distribuído nas diferentes micelas

Histórico:

Uma proteína tem seu pico de ação/duração de cerca de 3h30 enquanto a caseína tem tempo de ação bem maior. Ou seja, a proteína é anabólica enquanto a da caseína é uma proteína com alto poder anti-catabólico.

Antigamente, alguns suplementos utilizavam em sua formulação a caseína, porém em uma forma termicamente tratada, de difícil digestão, difícil absorção e que quando atingia o intestino grosso era fermentada pela flora do mesmo ocorrendo grande produção de produtos tóxicos como a amônia e uma variedade de fenóis.

Os suplementos de hoje contém em sua formulação a caseína micelar – uma caseína não desnaturada (undenatured micelar casein) separada do leite por modernos processos de ultra-filtração, sem o uso de aditivos químicos, o que aumenta a bio-atividade dos peptídeos do leite responsáveis por melhoras no sistema imunológico e crescimento de massa muscular magra livre de gordura.

Indicações:

♦ Aumento de massa muscular ♦ Diminuição da massa gorda Dosagem:

Para homens: Aproximadamente 35g Para as mulheres: Aproximadamente 25g Vantagens:

 Altamente ANTI-CATABÓLICA!

 Após sua ingestão continua promovendo efeito por mais de 7 horas!  É a proteína “timed release” dos músculos!

 Melhora a função imune!

 Promove o crescimento muscular!  B.V = 77 (Valor biológico).

 P.E.R= 2.5 (Eficiência de proteína).

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 Promove maior liberação de IGF-1 que a soja.  Inibe a perda óssea.

 A kapa-caseína contém GMPs que estimulam a liberação de CCK , inibidor do apetite  Contém traços de agentes anti-viróticos (ácido siálico).

 Rica em Glutamina.

Mecanismos de Ação:

A caseína em sua forma micelar gera após sua ingestão um fluxo constante de aminoácidos na corrente sangüínea, mantendo um amplo espectro dos mesmos por um período de cerca de 7 horas após a sua ingestão. Uma das incríveis propriedades da caseína micelar é formar uma espécie de gel no intestino.

É este gel que garante que os aminoácidos presentes na caseína sejam liberados gradualmente em seu sistema o que faz dela uma perfeita proteína para ser utilizada na prevenção do catabolismo e supressão de hormônios catabólicos como o cortisol.

Esta forma de caseína é ótima para ser utilizada logo antes de dormir para que seja garantido uma boa liberação de hormônios anabólicos (GH e Testosterona) durante o seu sono evitando assim que o cortisol seja o hormônio dominante nesta fase .

Essa proteína é sensível ao ph ácido do intestino e se forma como um coágulo que é processado muito lentamente. Enquanto o soro do leite tem um tempo de metabolização de 2 a 3 horas, a caseína é processada durante 7 horas em média, evitando que o organismo entre em catabolismo durante o longo período de descanso. O Soro do Leite tem um efeito anabólico bem maior que a caseína, no entanto, a caseína tem um efeito anti-catabólico bem mais considerável que o soro do leite.

Dosagem / Posologia:

Para homens: Aproximadamente 35g Para as mulheres: Aproximadamente 25g Referência:

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• Teschemacher H, Koch G, Brantl V. 1997. Milk protein-derived opioid receptor ligands. Biopolymers. 43(2): 99-117.

• Meisel H. 1997. Biochemical properties of regulatory peptides derived from milk proteins. Biopolymers.43(2):119-28.

• Clare DA, Swaisgood H.E. 2000. Bioactive milk peptides: a prospectus. J Dairy Sci. Jun;83(6):1187-95.

• Aimutis WR. 2004. Bioactive properties of milk proteins with particular focus on anticariogenesis. J Nutr. Apr;134(4):989S-95S.

• Hall WL, Millward DJ, Long SJ, Morgan LM. 2003. Casein and whey exert different effects on plasma amino acid profiles, gastrointestinal hormone secretion and appetite. Br J Nutr. Feb;89(2):239-48.

Referências

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