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Avaliação Externa das Escolas Relatório de escola. Agrupamento de Escolas de Alhandra, Sobralinho e S. João dos Montes

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Agrupamento de Escolas

de Alhandra, Sobralinho

e S. João dos Montes

Avaliação Externa das Escolas

Relatório de escola

Delegação Regional de Lisboa e Vale do Tejo da IGE

Datas da visita: 21 a 23 de Janeiro de 2009

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Ag rupa mento de Escola s de Alha ndra , So bral inho e S. João d os Mo nt es  21 a 23 d e Jan eiro de 200 9 I – INTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de Dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a auto-avaliação e para a avaliação externa. Por sua vez, o programa do XVII Governo Constitucional estabeleceu o lançamento de um «programa nacional de avaliação das escolas básicas e secundárias que considere as dimensões fundamentais do seu trabalho».

Após a realização de uma fase piloto, da responsabilidade de um Grupo de Trabalho (Despacho conjunto n.º 370/2006, de 3 de Maio), a Senhora Ministra da Educação incumbiu a Inspecção-Geral da Educação (IGE) de acolher e dar continuidade ao processo de avaliação externa das escolas. Neste sentido, apoiando-se no modelo construído e na experiência adquirida durante a fase-piloto, a IGE está a desenvolver esta actividade, entretanto consignada como sua competência no Decreto Regulamentar n.º 81-B/2007, de 31 de Julho.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa do Agrupamento de Escolas de Alhandra,

Sobralinho e S. João dos Montes, realizada pela equipa de

avaliação, na sequência da visita efectuada de 21 a 23 de

Janeiro de 2009.

Os capítulos do relatório ― Caracterização do Agrupamento, Conclusões da Avaliação por Domínio, Avaliação por Factor e Considerações Finais ― decorrem da análise dos documentos fundamentais do Agrupamento, da sua apresentação e da realização de entrevistas em painel.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente a auto-avaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para o Agrupamento, constituindo este relatório um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e pontos fracos, bem como oportunidades e constrangimentos, a avaliação externa oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.

Escala de avaliação

Níveis de classificação dos cinco domínios

MUITO BOM – Predominam os pontos

fortes, evidenciando uma regulação sistemática, com base em

procedimentos explícitos,

generalizados e eficazes. Apesar de alguns aspectos menos conseguidos, a organização mobiliza-se para o aperfeiçoamento contínuo e a sua acção tem proporcionado um impacto muito forte na melhoria dos

resultados dos alunos.

BOM– A escola revela bastantes

pontos fortes decorrentes de uma acção intencional e frequente, com base em procedimentos explícitos e eficazes. As actuações positivas são a norma, mas decorrem muitas vezes do empenho e da iniciativa

individuais. As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto forte na melhoria dos resultados dos alunos.

SUFICIENTE– Os pontos fortes e os

pontos fracos equilibram-se, revelando uma acção com alguns aspectos positivos, mas pouco explícita e sistemática. As acções de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola. No entanto, essas acções têm um impacto positivo na melhoria dos resultados dos alunos.

INSUFICIENTE– Os pontos fracos

sobrepõem-se aos pontos fortes. A escola não demonstra uma prática coerente e não desenvolve suficientes acções positivas e coesas. A

capacidade interna de melhoria é reduzida, podendo existir alguns aspectos positivos, mas pouco relevantes para o desempenho global. As acções desenvolvidas têm

proporcionado um impacto limitado na melhoria dos resultados dos alunos.

A equipa de avaliação externa congratula-se com a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

O texto integral deste relatório, bem como um eventual contraditório apresentado pelo Agrupamento, encontra-se no

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II – CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO

O Agrupamento de Escolas de Alhandra, Sobralinho e S. João dos Montes foi criado em 2003 e integra estas três freguesias pertencentes ao concelho de Vila Franca de Xira. A Escola dos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico Soeiro Pereira Gomes, escola sede, funciona em S. João dos Montes. Este Agrupamento recebe crianças e alunos das referidas freguesias e é constituído, para além da escola sede, por cinco escolas do 1.º Ciclo, duas delas desdobradas em dois pólos, e dois jardins-de-infância, com a seguinte distribuição: em Alhandra, duas escolas do 1.º Ciclo, uma delas a funcionar em dois pólos, e um jardim-de-infância; no Sobralinho, uma escola, igualmente subdividida em dois pólos; em S. João dos Montes, duas escolas e um jardim-de-infância. Das cinco escolas, apenas uma funciona em regime normal.

Este Agrupamento serve uma população diversa, decorrente das características das freguesias que o compõem: S. João dos Montes, predominantemente rural; Alhandra, com forte tradição operária e Sobralinho, com um núcleo de características suburbanas. Quanto à formação académica dos pais e encarregados de educação, 5,5% tem formação superior; 21,5%, o Ensino Secundário; 51,1% tem a escolaridade básica, distribuindo-se, equitativamente, pelos 1.º, 2.º e 3.º Ciclos; 21,1%, formação desconhecida e 0,8% não têm habilitações.

Frequentam o Agrupamento 78 crianças na Educação Pré-Escolar, 667 alunos no 1.º Ciclo, 304 alunos no 2.º Ciclo, 358 alunos no 3.º Ciclo e 30 alunos em Cursos de Educação e Formação, num total de 1437. O número de alunos que beneficia de auxílios económicos, no âmbito da Acção Social Escolar, é de 294 (21,6%), distribuindo-se 132 pelo escalão A e 110 pelo escalão B.

No ano lectivo 2007/2008, segundo os dados do perfil, 52,1% dos alunos tinham computador e internet em casa, 15,8% tinham computador sem acesso à internet, sendo que 32,1% dos alunos não possuíam esses recursos.

O quadro do pessoal docente é constituído por 137 educadores e professores, pertencendo 81 (59%) ao Quadro de Escola, 26 (19%) ao Quadro de Zona Pedagógica e 30 (22%) são contratados. É, pois, um quadro relativamente estável, no qual metade dos docentes (50%) se encontra na faixa etária entre os 30 e os 40 anos e a generalidade (68%) tem até 19 anos de serviço. Quanto ao pessoal não docente, que inclui as carreiras de assistentes operacionais e de assistentes técnicos, é constituído por 44 trabalhadores: 26 (59%) pertencem ao Quadro e 18 (41%) são contratados.

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III – CONCLUSÕES DA AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO

1. RESULTADOS BOM

O Agrupamento tem vindo, nos últimos anos, de forma intencional e sistemática, a analisar e a reflectir sobre os resultados escolares, promovendo estratégias, de forma a superar as dificuldades identificadas. Ainda que abaixo das médias nacionais, as taxas de sucesso (transição/conclusão), no triénio 2005/2008, apresentam uma evolução muito positiva nos três ciclos do Ensino Básico e têm vindo a aproximar-se daqueles valores. Os alunos têm participado em assembleias de delegados. Têm, igualmente, realizado campanhas de solidariedade e participado em actividades de Natal e de final do ano lectivo. Contudo, não conhecem o Projecto Educativo nem participam na programação das actividades. Não existe uma estratégia de promoção de uma identidade pedagógica e cultural própria do Agrupamento. Apesar dos alunos das várias escolas terem, em geral, um comportamento disciplinado, existem situações problemáticas que abrangem cerca de duas dezenas de alunos do 2.º Ciclo, para as quais o Agrupamento não encontrou a estratégia mais eficaz, no sentido de as reduzir. O trabalho desenvolvido pelo Agrupamento tem sido reconhecido pela comunidade envolvente, desde a Educação Pré-escolar ao 3.º Ciclo, sendo valorizado pelo acompanhamento aos alunos prestado por directores de turma e professores em geral, tal como pelo clima de segurança nas diferentes escolas.

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2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO BOM

A articulação intra-departamental que o Agrupamento conseguiu implementar, garantindo a sequencialidade entre o 2.º e o 3.º Ciclos, não foi, ainda, alcançada ao nível do 1.º Ciclo, entre a actividade curricular e as actividades de enriquecimento curricular. O sistema de aferição interna implementado contribui para garantir a confiança na avaliação interna, permitindo calibrar critérios e instrumentos de avaliação. Ao estimular o trabalho cooperativo permite, igualmente, alguma monitorização e acompanhamento da prática lectiva. O Projecto Curricular de Agrupamento não tem sido utilizado por todos, como um instrumento para uma melhor e mais contextualizada gestão do Currículo Nacional. De sublinhar o trabalho de articulação desenvolvido pelos docentes de Educação Especial e pela psicóloga do Serviço de Psicologia e Orientação no apoio e encaminhamento dos alunos com necessidades educativas especiais e/ou dos alunos com dificuldades de aprendizagem. Contudo, as práticas de diferenciação pedagógica não têm sido utilizadas, no âmbito das estratégias de ensino e de aprendizagem. Não tem sido assumido, como prática institucional do Agrupamento, o reconhecimento do valor e da excelência, de forma a estimular, nos alunos, a valorização do conhecimento e da aprendizagem contínua.

3. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR BOM

Os documentos estruturantes da vida do Agrupamento, nomeadamente o Projecto Educativo, o Plano Curricular de Agrupamento e o Plano Anual de Actividades, apesar de evidenciarem o empenho e o esforço, quer de todas as estruturas de gestão quer de todo o corpo docente, estabelecem poucas conexões entre si, correndo-se o risco dos resultados, em termos de eficácia, não serem proporcionais ao esforço dispendido. O Órgão de Gestão rentabiliza as capacidades de todos e de cada um dos seus trabalhadores, o que propicia a criação de um bom clima institucional. De salientar o bom relacionamento entre os vários elementos da comunidade escolar. Tem havido uma melhoria progressiva dos equipamentos educativos e das condições materiais do Agrupamento; contudo, o parque escolar é deficitário ao nível do 1.º Ciclo do Ensino Básico, funcionando a generalidade das escolas em regime duplo. Se, de acordo com as evidências, se poderá questionar a eficácia das medidas desenvolvidas para incentivar a participação dos pais na vida escolar, por outro lado, é de sublinhar a disponibilidade dos directores de turma e dos professores no atendimento aos pais e no acompanhamento aos alunos. As evidências recolhidas apontam no sentido dos responsáveis do Agrupamento e das diferentes estruturas se pautarem por princípios de equidade e justiça.

4. LIDERANÇA BOM

O Agrupamento dispõe de órgãos de topo com lideranças que mostram eficácia e disponibilidade para o atendimento e resolução de questões colocadas por toda a comunidade educativa. As lideranças funcionais dos órgãos intermédios reflectem um conhecimento das suas atribuições e dinamismo na procura de integração das suas respostas. Verifica-se um elevado nível de empenho, motivação e progressivo sentimento de afiliação por parte de docentes e funcionários dos diferentes níveis educativos. De salientar a formação interna e o trabalho desenvolvido na área das Tecnologias de Informação e Comunicação, para a promoção de competências pedagógicas. Todavia, a abertura à inovação não resulta ainda de uma procura proactiva de novas linhas de desenvolvimento. O Agrupamento privilegia e coopera com parcerias locais públicas e privadas. Contudo, não está envolvido em quaisquer projectos internacionais e não desenvolve esta área da cooperação de forma diversificada, no tecido empresarial e em projectos nacionais.

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5. CAPACIDADE DE AUTO-REGULAÇÃO E MELHORIA DO AGRUPAMENTO

[CLASSIFICAÇÃO]

SUFICIENTE

O processo de auto-avaliação encetado pelo Agrupamento tem vindo, desde 2003/2004, a evoluir progressivamente. Surgiu, informalmente, uma estrutura de avaliação interna, constituída por vários observatórios, que recolhem e tratam diferente informação, com destaque para os resultados escolares. Contudo, as evidências apontam, quer para uma fraca articulação entre os observatórios, quer para a falta de uma estratégia apurada de divulgação da informação recolhida, que envolva e mobilize toda a comunidade educativa. Este ano lectivo, o Agrupamento relançou a dinâmica da auto-avaliação constituindo, formalmente, uma Estrutura de Avaliação Interna, coordenada por um docente. Esta estrutura integra os representantes dos seis observatórios e já elaborou vários documentos de planeamento e realizou algumas das suas actividades calendarizadas. Na verdade, os diferentes observatórios e a recente Estrutura de Avaliação Interna demonstram uma forte determinação em organizar e dispor de um dispositivo de monitorização do progresso do Agrupamento – esta dinâmica poderá ser considerada como indicadora de sustentabilidade no futuro próximo.

IV – AVALIAÇÃO POR FACTOR

1. RESULTADOS

1.1 SUCESSO ACADÉMICO

O Agrupamento tem vindo, nos últimos anos, a recolher e a tratar informação, de forma intencional e sistemática, sobre os resultados escolares, incluindo a análise dos fluxos escolares (coortes) de alunos dos 2.º e 3.º Ciclos; tem, igualmente, desenvolvido uma análise reflexiva sobre os mesmos, principalmente ao nível dos conselhos de docentes, dos departamentos curriculares e do Conselho Pedagógico. As causas subjacentes às taxas de sucesso no 2.º ano do 1.º Ciclo, que têm sido, em cada um dos anos lectivos do triénio 2005/2008, sempre as mais baixas relativamente aos outros anos do ciclo, não estão objectivamente identificadas. Tal situação pode condicionar a concepção de estratégias de melhoria e dificultar a identificação dos elementos determinantes dos casos de sucesso/insucesso. O fraco investimento na diferenciação pedagógica e na tarefa em sala de aula, assim como as carências socioeconómicas de algumas famílias, que proporcionam um menor acompanhamento escolar dos educandos, são as principais causas apontadas, pelo Agrupamento, para o insucesso escolar nos diferentes ciclos. A utilização da plataforma Moodle por professores e alunos, o reforço das aprendizagens e o sistema de aferição interna das mesmas são as estratégias já utilizadas para superar as dificuldades. O Agrupamento tem feito recolha e análise de dados qualitativos relativos ao desenvolvimento global das crianças que frequentam a Educação Pré-escolar, tendo em conta as diferentes áreas de conteúdo das respectivas Orientações Curriculares. Este ano lectivo iniciou-se a aplicação de fichas de observação que vão permitir, não só a avaliação das crianças, mas também conhecer a evolução do seu desenvolvimento global.

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A análise dos resultados disponibilizados pelo Agrupamento, no triénio 2005/2008, mostra que as taxas de sucesso (transição/conclusão) apresentam uma evolução significativa nos três ciclos do Ensino Básico (1.º Ciclo: 89,8%; 91,2%; 92,0%. 2.º Ciclo: 74,8%; 85,6%; 89,6%. 3.º Ciclo: 74,1%; 79,1%; 83,0%). Ainda que abaixo das médias nacionais têm vindo a aproximar-se daqueles valores. As classificações nas Provas de Aferição do 4.º ano, em Língua Portuguesa, sofreram um decréscimo, ainda que pouco significativo, de 2007, valor igual à média nacional, para 2008. Os resultados das Provas de Aferição do 4.º ano em Matemática encontram-se abaixo da média nacional. De assinalar, os resultados dos alunos do 6.º ano nas Provas de Aferição em Língua Portuguesa e em Matemática, que evoluíram de 2007 para 2008, encontrando-se acima da média nacional. Os resultados em exames nacionais do 9.º ano em Língua Portuguesa e em Matemática, no triénio 2005/2008, apresentam uma

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evolução significativa, situando-se acima da média nacional. De salientar, em ambas as disciplinas, o aumento de níveis 5 e a diminuição de níveis 1, inexistentes em Matemática (2008) e em Língua Portuguesa (2007 e 2008). No que se refere às diferenças entre as médias das classificações internas e as de exame, nestas disciplinas e no referido triénio, os resultados apresentam uma variação entre – 0,4 e + 0,6. Tal poderá significar que o trabalho desenvolvido, no âmbito da aferição interna da avaliação, se está a mostrar profícuo, nas disciplinas referidas. A análise das taxas de abandono, no triénio 2005/2008 (1.º Ciclo: 3,7%; 3,2%; 2,4%. 2.º Ciclo: 7,4%; 3,1%; 2,9%. 3.º Ciclo: 1,7%; 1,2%; 0,3%), mostra uma redução mais acentuada nos 1.º e 3.º Ciclos no último ano lectivo e no 2.º Ciclo nos últimos dois. Ainda que esta seja uma questão não totalmente resolvida, tem havido, neste sentido, um grande esforço, por parte do Agrupamento, com recurso à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco e à Escola Segura.

1.2 PARTICIPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO CÍVICO

Todos os alunos, no início do ano lectivo, são informados dos seus direitos e deveres, sendo os mesmos objecto de reflexão, sobretudo nas aulas de Formação Cívica e de Estudo Acompanhado. Em algumas escolas do 1.º Ciclo tem sido implementada uma estratégia para resolução de conflitos, com a participação dos alunos mais velhos que são “padrinhos” dos mais novos, contribuindo, assim, para desenvolver o respeito pelos outros e a convivência democrática. Apesar de não conhecerem o Projecto Educativo do Agrupamento nem participarem na programação das actividades, os alunos desenvolvem algumas campanhas de solidariedade e têm estado envolvidos na rádio escolar. Têm, igualmente, sido co-responsabilizados em algumas decisões que lhes dizem respeito, com a participação nas assembleias de delegados. O Agrupamento fomenta a identificação dos alunos com a escola realizando actividades no Natal, no final de ano lectivo e na comemoração do “Dia da Escola”, tal como no âmbito do Desporto Escolar. Contudo, não existe uma estratégia de promoção de uma identidade pedagógica e cultural própria do Agrupamento. Este estimula e valoriza os pequenos e grandes sucessos individuais dos seus alunos, com a realização de pequenos concursos ao longo do ano e com o recurso ao elogio individual.

1.3 COMPORTAMENTO E DISCIPLINA

Em geral, os alunos das várias escolas têm um comportamento disciplinado e mostram conhecer e cumprir as regras de funcionamento do Agrupamento. As situações mais problemáticas abrangem um reduzido número de alunos do 2.º Ciclo, cerca de duas dezenas, que têm sido alvo de atitudes concertadas por parte dos professores, no sentido de os levar ao cumprimento das regras instituídas, aprovadas em Conselho Pedagógico. Considerando o tipo de sanções aplicadas, como indicador do nível de gravidade dos actos de indisciplina, poderá afirmar-se que alguns destes têm merecido penas de suspensão significativas. Efectivamente, no conjunto de outras penas aplicadas, em 2007/2008, dos 25 alunos que foram punidos com 152 dias de pena de suspensão, 20 são alunos do 2.º Ciclo, aos quais foram aplicados 129 dias. Apesar da atenção prestada às questões da indisciplina e à falta de competências sociais de alguns alunos que ingressam no ensino básico, as estratégias adoptadas, nomeadamente a implementação das tutorias, a abertura e funcionamento do Gabinete de Gestão de Conflitos e do seu Programa Stop (In) Disciplina, não têm mostrado, até agora, a eficácia desejada.

1.4 VALORIZAÇÃO E IMPACTO DAS APRENDIZAGENS

As aprendizagens têm sido privilegiadas nas práticas do Agrupamento, como um serviço a prestar aos alunos e restantes elementos da comunidade, de forma a diminuir o insucesso e o abandono escolares, desde a Educação Pré-escolar ao 3.º Ciclo. O Agrupamento tem sido reconhecido como uma referência para a comunidade envolvente. Os alunos e os encarregados de educação têm consciência disso e valorizam-no, destacando o acompanhamento realizado pelos directores de turma e professores em geral, tal como a segurança nas diferentes escolas. O Agrupamento tem, igualmente, contribuído para uma maior valorização das aprendizagens, tendo em conta algumas necessidades do meio e expectativas dos alunos e das suas famílias, com a criação de duas turmas de Percursos Curriculares Alternativos (hortofloricultura e cerâmica) e de Cursos de Educação e Formação (jardinagem). O baixo

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índice de escolaridade de alguns pais e encarregados de educação, associado a certas carências socioeconómicas, tem condicionado as expectativas não só dos pais como dos próprios alunos, reflectindo-se no acompanhamento educativo que lhes é prestado pela família, principalmente em algumas escolas do 1.º Ciclo.

2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO 2.1 ARTICULAÇÃO E SEQUENCIALIDADE

A articulação faz-se, em cada departamento, ao nível do planeamento das diferentes disciplinas que o integram, o que tem garantido, com sucesso, a sequencialidade nos 2.º e 3.º Ciclos. Entre os diferentes departamentos, a articulação tem sido assegurada, predominantemente, ao nível da organização de visitas de estudo e de outras actividades constantes dos diferentes planos anuais de actividades apresentados por cada uma das unidades e estruturas do Agrupamento. A coordenação e articulação entre as várias unidades do Agrupamento é uma preocupação do Conselho Executivo, embora na prática se concretize mais entre as unidades educativas de cada uma das três freguesias, tendo em conta as dificuldades de deslocação. A articulação e a sequencialidade entre a Educação Pré-escolar e o 1.º Ciclo são feitas no âmbito de reuniões entre estes níveis de ensino; entre o 1.º e o 2.º Ciclos, elas surgem, de forma mais organizada, ao nível das disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática; na área das Expressões, são feitas mais informalmente e, sobretudo, ao nível dos conteúdos.

No que concerne ao perfil de competências a desenvolver pelos alunos, não se efectua articulação entre a actividade curricular e as actividades de enriquecimento curricular no 1.º Ciclo. A articulação entre os conselhos de turma e as coordenações de departamento é pouco evidente, não havendo articulação entre os projectos curriculares de turma e o Projecto Curricular de Agrupamento. Contudo, o trabalho cooperativo e a partilha entre docentes têm vindo a crescer, nomeadamente com a realização de provas internas de aferição em todos os ciclos e com a implementação da plataforma Moodle. Na transição entre ciclos, a psicóloga do Serviço de Psicologia e Orientação apoia os alunos do 9.º ano de escolaridade, orientando-os, em termos de opções vocacionais.

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2.2 ACOMPANHAMENTO DA PRÁTICA LECTIVA EM SALA DE AULA

Os coordenadores de departamento estimulam o trabalho cooperativo que, por sua vez, tem permitido, por um lado, o planeamento por ano de escolaridade, de forma a integrar-se no plano de gestão curricular do respectivo departamento e, por outro lado, que se realize o acompanhamento e alguma monitorização da prática lectiva. Com a realização de provas de aferição interna em dois momentos do ano lectivo, organizadas com rigor e trocadas entre docentes para correcção, o Agrupamento tem conseguido, não só garantir maior confiança na avaliação interna, como também recolher mais elementos para o referido acompanhamento e supervisão da prática lectiva dos docentes. Os coordenadores de directores de turma dos 2.º e 3.º Ciclos trabalham em conjunto, evidenciando um desempenho importante, no que respeita à organização e preparação, com os directores de turma, das diferentes actividades, nomeadamente no desenvolvimento dos projectos curriculares de turma.

Apesar da utilização progressiva de pares pedagógicos, que tem permitido um maior apoio aos alunos que manifestam dificuldades de aprendizagem, não há evidências de que as práticas de diferenciação pedagógica tenham sido apropriadas e utilizadas enquanto estratégias de ensino e aprendizagem e façam parte integrante da prática lectiva em sala de aula. Na Educação Pré-Escolar e no 1.º Ciclo, as diferentes reuniões de articulação, de Conselho de Docentes e de coordenação, tal como as reuniões de departamentos e de conselhos de turma nos 2.º e 3.º Ciclos, permitem a articulação dos docentes e alguma análise dos resultados da avaliação dos alunos. O Projecto Curricular de Agrupamento não tem sido utilizado por todos, enquanto instrumento para uma melhor e mais contextualizada gestão do Currículo Nacional.

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Ag rupa mento de Escola s de Alha ndra , So bral inho e S. João d os Mo nt es  21 a 23 d e Jan eiro de 200 9 2.3 DIFERENCIAÇÃO E APOIOS

O Agrupamento procede ao despiste e encaminhamento tanto dos possíveis casos de necessidades educativas especiais como de alunos com dificuldades de aprendizagem. Estes últimos são apoiados em sala de aula, em parcerias pedagógicas, por vários docentes, incluindo professores de apoio socioeducativo no 1.º Ciclo. Os 70 alunos com necessidades educativas especiais são apoiados de forma directa e indirecta, sendo de realçar o trabalho de articulação desenvolvido pelas docentes do Ensino Especial e pela psicóloga do Serviço de Psicologia e Orientação. Efectivamente, os recursos disponibilizados têm sido maximizados com esta articulação que, ao estender-se aos professores e aos directores de turma, evidencia um trabalho em rede. No ano lectivo 2006/2007, foram apoiados 506 alunos com dificuldades de aprendizagem, com uma taxa de sucesso de 69%. No ano lectivo seguinte, a taxa de sucesso foi de 78%, para 577 alunos apoiados.

Relativamente aos alunos com necessidades educativas especiais apoiados, igualmente ao nível do Ensino Básico, o número de alunos e taxas de sucesso são, respectivamente, em cada ano lectivo do triénio 2005/2008: 105 alunos e 74% de taxa de sucesso; 105 alunos e 79% de taxa de sucesso; 114 alunos e 82% de taxa de sucesso. Apesar destes dados mostrarem o aumento, quer do número de alunos apoiados, quer do seu sucesso escolar, não há evidências de um auto-questionamento sistemático e intencional, desta informação, por parte dos docentes e técnicos envolvidos, que possa contribuir para um aumento das práticas de diferenciação pedagógica.

2.4 ABRANGÊNCIA DO CURRÍCULO E VALORIZAÇÃO DOS SABERES E DA APRENDIZAGEM

O Agrupamento apresenta como oferta educativa alternativa, vocacionada para as situações de risco de insucesso e abandono escolares, os Percursos Curriculares Alternativos e os Cursos de Educação e Formação. As várias Bibliotecas Escolares/Centro de Recursos Educativos desenvolvem actividades no âmbito de diversos projectos e do Plano Nacional de Leitura, promovendo nos alunos dos três ciclos, a valorização do conhecimento e da aprendizagem contínua. Contudo, as evidências apontam, no 1.º Ciclo, para uma menor atenção no que se refere ao desenvolvimento da competência da expressão escrita em Língua Portuguesa. No domínio da componente experimental e de incentivo a uma prática activa na aprendizagem das ciências, apesar de não existirem evidências de que esta seja comum, quer ao nível do Pré-Escolar, quer ao nível do 1.º ciclo, tem havido algum incremento, não só na aquisição de materiais, como na respectiva utilização ao nível da sala de aula, nas diferentes escolas. Quanto aos 2.º e 3.º Ciclos, estas componentes activas na aprendizagem das ciências procuram obedecer ao currículo, tendo havido algum acréscimo com a implementação dos turnos semanais nas disciplinas experimentais. A atenção à dimensão artística concretiza-se tanto ao nível do currículo, como na realização de actividades colectivas nas escolas (teatro e rádio) e em visitas de estudo. Não tem estado previsto um sistema de reconhecimento do valor e da excelência, de forma a estimular, nos alunos, a valorização do conhecimento e da aprendizagem contínua.

3. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR

3.1 CONCEPÇÃO, PLANEAMENTO E DESENVOLVIMENTO DA ACTIVIDADE

O Projecto Educativo do Agrupamento, para 2008/2009, inclui o Projecto de Desenvolvimento Curricular e está alicerçado no anterior, elaborado para o triénio 2005/2008, existindo alguma ambiguidade relativamente ao modo como é explicitada a conjugação entre ambos. Estamos perante um documento extenso e algo confuso, cujo conteúdo se revelou ser desconhecido por parte de diversos elementos da comunidade educativa. Devido à natureza abrangente da problemática em função da qual é delineado o Projecto Educativo - “Construir o Futuro” -, acaba por ser frágil a articulação com o Projecto de Desenvolvimento Curricular (na terminologia apresentada pelo Agrupamento). Com efeito, este não define opções ou intencionalidades próprias nem apresenta a forma particular como, no contexto específico deste Agrupamento, se reconstrói e se apropria o currículo, de forma a contribuir para a consecução das competências e metas delineadas no Projecto

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Educativo. A pluralidade e riqueza de actividades constantes dos diversos Planos de Actividades

apresentados por todas as unidades e estruturas do Agrupamento, denota o empenho de todos estes profissionais. Contudo, não há um documento unificador do Agrupamento, que permita fomentar a interdisciplinaridade, rentabilizando recursos e fomentando um efectivo desenvolvimento de competências.

3.2 GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS

O órgão de gestão executiva conhece bem as competências pessoais e profissionais do pessoal docente e não docente, tendo-as, sempre que possível, em conta, na gestão dos recursos humanos, de forma a poder rentabilizar as capacidades de cada um. A distribuição das turmas pelos professores é feita no respeito pelos critérios aprovados em Conselho Pedagógico, nomeadamente a continuidade pedagógica. As direcções de turma são atribuídas de acordo com o perfil do docente e com as características da turma. Os professores que chegam de novo são apoiados pelos respectivos departamentos e/ou grupos disciplinares, que lhes facultam toda a informação necessária com vista à sua rápida integração. A distribuição das tarefas pelos assistentes operacionais é feita pelo Conselho Executivo, em colaboração com a coordenadora operacional, que acompanha e supervisiona o desempenho dos funcionários colocados pela primeira vez na escola. Os Serviços de Administração Escolar estão organizados por áreas, havendo polivalência nas áreas de pessoal e alunos. O Plano de Formação do pessoal docente e não docente foi elaborado a partir da identificação das necessidades. As evidências apontam para a existência de um bom relacionamento entre os vários elementos da comunidade escolar.

3.3 GESTÃO DOS RECURSOS MATERIAIS E FINANCEIROS

As instalações das escolas do 1.º Ciclo apresentam-se bem cuidadas e em razoável estado de conservação, já que têm sofrido obras de manutenção e adaptação de alguns espaços. No entanto, o parque escolar é deficitário neste nível de ensino, funcionando a generalidade das escolas em regime duplo, não dando, assim, resposta às necessidades dos pais/encarregados de educação, uma vez que o prolongamento das actividades é assegurado apenas três dias por semana. As instalações em que funcionam os dois jardins-de-infância são espaços de grande qualidade pedagógica, pois resultam de intervenções recentes. As instalações desportivas da escola sede são adequadas. Apesar de não ter laboratórios específicos, o apetrechamento dos espaços adaptados para o efeito é adequado aos currículos leccionados. Quanto aos espaços de recreio, predominam as áreas de pátio abertas, com o consequente desconforto para os alunos nos dias de chuva. Está em curso a implementação do sistema de higiene alimentar nas áreas de bufetes e refeitório. Existe um plano de segurança que aguarda homologação superior. O Conselho Executivo canaliza os recursos financeiros disponíveis, nomeadamente os que angaria no desenvolvimento de alguns projectos, para melhorar os equipamentos educativos e as condições materiais do Agrupamento.

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3.4 PARTICIPAÇÃO DOS PAIS E OUTROS ELEMENTOS DA COMUNIDADE EDUCATIVA

A participação dos pais e encarregados de educação na vida escolar verifica-se, essencialmente, nas reuniões de início do ano lectivo e de avaliação. Comparando os dados referentes às presenças na primeira reunião deste ano lectivo com os dados referentes a igual situação no ano lectivo anterior, constata-se um decréscimo significativo. Na reunião geral de pais do Agrupamento para eleição dos seus representantes, num universo possível de 1350, compareceram cerca de 250 (18,5%). Poder-se-á, perante estas evidências, questionar a eficácia das medidas desenvolvidas, pelo Agrupamento, para incentivar a participação dos pais na vida escolar. Por outro lado, é de salientar como aspecto positivo, a participação regular das estruturas representativas dos pais nos órgãos de administração e gestão em que têm assento, numa atitude de acompanhamento e de crítica construtiva. Sublinhe-se, ainda, a disponibilidade dos directores de turma para atendimento aos pais, chegando a facultar o seu contacto telefónico, assim como o acompanhamento, empenhado, que é feito aos alunos, por parte dos professores. De salientar a estreita articulação com as Juntas de Freguesia, bem como com empresas e

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instituições locais, na procura de soluções conjuntas para a resolução dos vários problemas que vão surgindo.

3.5 EQUIDADE E JUSTIÇA

As evidências recolhidas apontam no sentido dos responsáveis do Agrupamento e das diferentes estruturas se pautarem por princípios de equidade e de justiça. É dada uma particular atenção aos problemas sociais e disciplinares, sendo o tratamento e o acompanhamento das situações feitos pelos órgãos de gestão, pelos directores de turma e pelas equipas que trabalham em vários projectos, o que se reflecte no apoio e encaminhamento dos alunos para soluções pedagógicas diferenciadas. Reconhecendo a importância da plataforma Moodle como complemento de aprendizagem, verifica-se, ainda, que existe um número significativo de alunos que não tem computador nem acesso à Internet em casa, o que poderá gerar situações de alguma desigualdade.

4. LIDERANÇA

4.1 VISÃO E ESTRATÉGIA

A liderança do Conselho Executivo é reconhecida como forte, competente, dedicada e com espírito de abertura na consideração das diferentes situações apresentadas pelos vários órgãos e elementos da comunidade educativa. De assinalar o empenho dos docentes e a coordenação ao nível dos departamentos, bem como as várias situações de clara liderança pedagógica que emergiram com o apoio e abertura do Conselho Executivo. É dada grande importância ao papel estruturante do Conselho Pedagógico, apresentado como o “coração” do Agrupamento e órgão estratégico de condução educativa futura, bem como à acção das diferentes estruturas intermédias. A qualidade do acolhimento, sentido de pertença e bem-estar nas interacções interpessoais é reconhecida por diferentes elementos da comunidade educativa.

4.2 MOTIVAÇÃO E EMPENHO

A motivação e o empenho são elevados em todas as unidades educativas, tanto do pessoal docente como do não docente. A articulação entre órgãos é promovida e assegurada de forma estruturada por reuniões planificadas e regulares. Tem-se desenvolvido um sentimento de afiliação ao Agrupamento, ao nível das diferentes unidades educativas que se manifesta, por exemplo no progressivo interesse em desenvolver algumas acções em termos pedagógicos e funcionais. Os níveis de assiduidade do pessoal docente e não docente são significativamente elevados.

4.3 ABERTURA À INOVAÇÃO

O Agrupamento não está envolvido em quaisquer projectos internacionais. De salientar a formação interna aos docentes e o trabalho desenvolvido na área das Tecnologias de Informação e Comunicação, o que tem contribuído para uma maior utilização da plataforma Moodle, para melhorar a capacidade de usar adequadamente os quadros interactivos e para um maior investimento na produção de recursos educativos disponibilizados on-line. Assim, a abertura à inovação tem consistido mais num esforço interno de adaptação a novas necessidades do que sido resultado de procura proactiva de novas linhas de desenvolvimento.

4.4 PARCERIAS, PROTOCOLOS E PROJECTOS

O Agrupamento tem tido uma interligação consistente e frutuosa com as três autarquias que administram o território educativo bem como com organizações locais de diagnóstico e resolução de problemas sociais. Existem, também, parcerias de longa data com uma grande e centenária empresa que tem sido o maior empregador do operariado local e com entidades culturais e recreativas alhandrenses de grande prestígio. As parcerias institucionais com outros serviços públicos, como por exemplo a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco ou a Escola Segura estão, igualmente,

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bem consolidadas. O Agrupamento desenvolveu alternativas de tipo profissionalizante para alunos

que apresentavam riscos de abandono. Porém, não foi identificada uma relação clara entre as ofertas disponibilizadas e a grande variedade do tecido empresarial local.

5. CAPACIDADE DE AUTO-REGULAÇÃO E MELHORIA DO AGRUPAMENTO 5.1 AUTO-AVALIAÇÃO

A auto-avaliação do Agrupamento tem vindo, desde o primeiro ano lectivo do seu funcionamento, 2003/2004, a evoluir. Numa primeira fase, o Conselho Executivo coordenava um grupo de trabalho que realizava a recolha e o tratamento estatístico dos resultados escolares que eram apresentados em Conselho Pedagógico. Tratava-se, assim, de um processo, ainda, pouco partilhado e pouco discutido com a comunidade educativa. Surgiu, entretanto, uma estrutura de avaliação interna, constituída por vários observatórios, que recolhem e tratam informação, de acordo com diferentes áreas consideradas mais prioritárias. Contudo, as evidências apontam para uma fraca articulação entre os observatórios e, ainda, para a ausência de uma estratégia apurada de divulgação da informação recolhida que mobilize toda a comunidade educativa. Aproveitando as alterações dos diferentes órgãos, impostas pelo novo regime de administração e gestão, o Agrupamento relançou a dinâmica da sua auto-avaliação com a formalização de uma Estrutura de Avaliação Interna, coordenada por um docente e constituída pelos representantes dos seis observatórios. De salientar que esta estrutura já elaborou vários documentos de planeamento e tem vindo a realizar as actividades calendarizadas desde o início do presente ano lectivo.

5.2 SUSTENTABILIDADE DO PROGRESSO

O Agrupamento, com o trabalho realizado nos observatórios, com a elaboração dos diferentes relatórios parcelares e finais e com a recente Estrutura de Avaliação Interna, demonstrou uma forte determinação em organizar e dispor de um dispositivo de monitorização do seu progresso. Na verdade, já permitiu, por um lado, conhecer os pontos fortes e fracos, as oportunidades e os constrangimentos do Agrupamento e, por outro, contribuir para a melhoria em diferentes áreas consideradas prioritárias. Contudo, a comunidade educativa não foi plenamente envolvida nos diferentes processos de auto-avaliação, desde a sua concepção à análise dos resultados obtidos. Em síntese, poder-se-á afirmar, que o trabalho realizado e o empenho demonstrado no sentido de integrar o processo de auto-avaliação como prática intrínseca da vida do Agrupamento, poderão ser considerados como indicadores de sustentabilidade no futuro próximo.

Ag rupa mento de Escola s de Alha ndra , So bral inho e S. João d os Mo nt es  21 a 23 d e Jan eiro de 200 9 V – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste capítulo, apresenta-se uma selecção dos atributos do Agrupamento de Escolas de Alhandra,

Sobralinho e S. João dos Montes (pontos fortes e fracos) e das condições de desenvolvimento da sua

actividade (oportunidades e constrangimentos). A equipa de avaliação externa entende que esta selecção identifica os aspectos estratégicos que caracterizam o Agrupamento e define as áreas onde devem incidir os seus esforços de melhoria.

Entende-se aqui por ponto forte: atributo da organização que ajuda a alcançar os seus objectivos; por ponto fraco: atributo da organização que prejudica o cumprimento dos seus objectivos; por oportunidade: condição ou possibilidade externas à organização que poderão favorecer o cumprimento dos seus objectivos; por constrangimento: condição ou possibilidade externas à organização que poderão ameaçar o cumprimento dos seus objectivos.

Os tópicos aqui identificados foram objecto de uma abordagem mais detalhada ao longo deste relatório.

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Ag rupa mento de Escola s de Alha ndra , So bral inho e S. João d os Mo nt es  21 a 23 d e Jan eiro de 200 9 Pontos fortes

 Trabalho desenvolvido pelos docentes dos 2.º e 3.º Ciclos na promoção da articulação e da sequencialidade entre os respectivos anos de escolaridade.

 Sistema de aferição interna de forma a garantir a confiança na avaliação e nos resultados.  Trabalho desenvolvido pela Educação Especial e pelo Serviço de Psicologia e Orientação em

articulação com os professores e com os directores de turma, maximizando a resposta às necessidades educativas especiais e às dificuldades de aprendizagem dos alunos.

 Dedicação e disponibilidade dos directores de turma junto dos alunos e dos pais.  Liderança do Conselho Executivo e emergência de lideranças pedagógicas.  Relações interpessoais positivas entre os vários elementos da comunidade escolar.  Empenho e motivação dos docentes e não docentes.

 Implementação de formação interna e desenvolvimento de trabalho na área das Tecnologias de Informação e Comunicação para promover o desenvolvimento de competências pedagógicas.

Pontos fracos

 Inexistência de uma estratégia que contribua para a consolidação do Agrupamento como unidade de gestão, significante e com identidade própria.

 Fraco impacto das medidas destinadas a combater a indisciplina ao nível do 2.º ciclo.

 Falta de articulação entre os promotores das actividades de enriquecimento curricular do 1.º Ciclo e o Agrupamento.

 Fraco investimento na utilização de estratégias de diferenciação pedagógica ao nível das práticas lectivas.

 Incipiente Projecto Curricular de Agrupamento no que respeita a uma melhor e mais contextualizada gestão do Currículo Nacional.

 Inexistência de um sistema de reconhecimento do valor e da excelência, de molde a incentivar, nos alunos, atitudes exemplares de cariz social ou comunitário e a valorizar o conhecimento.  Ausência de envolvimento em projectos internacionais, como forma de responder a

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Oportunidades

 Incremento de novas parcerias com o tecido empresarial e económico da região e outras instituições locais, no sentido de favorecer o desenvolvimento de projectos e alargar as ofertas educativas.

 Estabelecimento de conexões com as diversas entidades externas (Câmara Municipal, Juntas de Freguesia, Banco de Voluntariado e outras) no sentido de favorecer o trabalho em rede para o desenvolvimento de iniciativas conjuntas, nomeadamente de uma “Escola de Pais”.

Constrangimentos

 Falta de salas de 1.º Ciclo no Ensino Básico e reduzido espaço coberto de convívio para os alunos nas diferentes escolas do Agrupamento.

 Elevado número de alunos sem recursos, nas suas casas, para utilização da Internet, pondo em causa a igualdade de oportunidades relativamente à utilização da plataforma Moodle disponibilizada pelo Agrupamento, enquanto complemento de aprendizagem.

Em função do contraditório apresentado pelo Agrupamento, este relatório foi alterado:

– Na página 3 - Capítulo II – Caracterização do Agrupamento foi acrescentado (quarto parágrafo): “No ano lectivo 2007/2008, segundo os dados do perfil, 52,1% dos alunos tinham computador e internet em casa, 15,8% tinham computador sem acesso à internet, sendo que 32,1% dos alunos não possuíam esses recursos.”.

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