COMUNICAÇÃO TÉCNICA
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Nº 174640
Tecnologias de medição de água e incerteza de medição
Nilson Massami Taira
Palestra apresentada no Encontro Técnico para Tecnologias e Alternativas de Macromedição, Telemetria e Registro de deados em Distrito de Medição e Controle – DMC, mar., 2017
A série “Comunicação Técnica” compreende trabalhos elaborados por técnicos do IPT, apresentados em eventos, publicados em revistas especializadas ou quando seu conteúdo apresentar relevância pública.
___________________________________________________________________________________________________
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S/A - IPT Av. Prof. Almeida Prado, 532 | Cidade Universitária ou Caixa Postal 0141 | CEP 01064-970 São Paulo | SP | Brasil | CEP 05508-901 Tel 11 3767 4374/4000 | Fax 11 3767-4099
TECNOLOGIAS DE MEDIÇÃO DE ÁGUA E
INCERTEZA DE MEDIÇÃO
NILSON MASSAMI TAIRA Centro de Metrologia Mecânica, Elétrica e de Fluidos – RBC 162 Salvador e Recife, 02 e 03 de março de 2017 Encontro Técnico para tecnologias e alternativas de macromedição, telemetria e registro de dados em Distrito de Medição e Controle - DMCRealidades econômicas do mundo moderno
Globalização
Terceirização internacional
Terceirização local
Fabricação terceirizada
Crescimento do setor de serviços
Expectativas de qualidade
Necessidade de eficiência operacional
Preocupações e dúvidas
Em 2050, população mundial estimada em 10
bilhões de pessoas
Haverá qualidade de vida?
Crise econômica x Desenvolvimento sustentável
Triple Bottom Line
Água e Energia?
Precisamos quebrar paradigmas
O ambiente mudou de “voraz” para “
verde
”:
Eficiência energética
é estratégia segura para trabalhar
na direção da
Triple Bottom Line
aspectos sociais, econômicos e ambientais de um
negócio.
É necessária uma mudança de paradigmas no
projeto e na operação em sistemas de saneamento.
Eficiência é meio e meta.
Os paradigmas de projetos implícitos e explícitos eram:
• maximização dos lucros a curto prazo;
• economia na implantação da instalação;
• LCC;
• aquecimento global;
• impacto ambiental e energia.
Agora sociedade e acionistas exigem:
• respeito ao meio ambiente;
• “consciência” social das empresas;
• práticas que respeitem uso de energia e aquecimento global;
• análise focada no impacto ambiental.
Não eram
importantes
Mudança de paradigmas
Protocolo Internacional para Medição e Verificação do
Desempenho Energético – IPMVP (2009)
Definição de
Energia
“Consumo de energia ou de
água
ou demanda.”
Fonte: Efficiency Valuation Organization
www.evo‐world.org
Medir & Verificar – M&V
Por enquanto, são medições de caráter voluntário.
Na
Europa Ocidental
, 68% das multinacionais fazem este
tipo de relatórios e, nos
Estados Unidos
, 41%, com
crescimento vertiginoso.
No futuro imediato o consumidor se tornará cada vez mais
responsável e exigirá saber qual é o impacto econômico,
ambiental e social que geram os produtos que compra.
Medir & Verificar – M&V
"Quem não mede não gerencia“ Vicente Falconi “Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, e não há sucesso no que não se gerencia” William Edwards DemingMedir & Verificar – M&V
Protocolo Internacional para Medição e Verificação do
Desempenho Energético – IPMVP (2009)
Conjunto de orientações, recomendações e boas
práticas mas que precisam ser ampliadas.
Ajudam no diagnóstico mas podem não ser perenes.
Qual a confiabilidade das informações?
A eficácia das ações de combate às perdas precisam ser
avaliadas com confiabilidade e precisam ser
fundamentadas (medições reconhecidas)
Micromedição
•
Medir o volume de água significa medir o fluxo de $$$!
•
A água está se tornando um fluido escasso e caro
Por que medir?
VOLU ME P R ODU Z IDO CO NSUM O S AU TO RI ZA DO S Consumos Autorizados Faturados
Consumos medidos faturados
ÁGUAS FA TU R A D A S
Consumos não-medidos faturados (estimados)
Consumos Autorizados Não Faturados
Consumos medidos não-faturados (usos próprios, caminhão-pipa etc.) ÁG U A S N Ã O -F A TU RA DAS
Consumos não-medidos, não-faturados (corpo de bombeiros, favelas etc.)
PE R D AS D E ÁG UA Perdas Comercias
Consumos não-autorizados (fraudes e falhas de cadastro)
Problemas com medidores de consumo (submedição)
Perdas Reais
Vazamentos nas adutoras e/ou redes de distribuição Vazamentos nos ramais prediais até o hidrômetro Vazamentos e extravasamentos nos aquedutos e reservatórios de distribuição
IGP ‐ Matriz de Perdas no Saneamento
Adaptado de IWA, 2000
Por que medir?
Fonte: IRAR, 2006 VO L U ME PR O D U Z ID O CO N S UM O S AUT O R IZ A D O S Consumos Autorizados FaturadosConsumos medidos faturados
ÁG U A S FATURA DAS
Consumos não-medidos faturados (estimados)
Consumos Autorizados Não Faturados
Consumos medidos não-faturados (usos próprios, caminhão-pipa etc.) Á G U A S NÃ O-FA T URAD AS
Consumos não-medidos, não-faturados (corpo de bombeiros, favelas etc.)
P E RD A S DE ÁGU A Perdas Comercias
Consumos não-autorizados (fraudes e falhas de cadastro)
Problemas com medidores de consumo (submedição)
Perdas Reais
Vazamentos nas adutoras e/ou redes de distribuição Vazamentos nos ramais prediais até o hidrômetro Vazamentos e extravasamentos nos aquedutos e reservatórios de distribuição
Faturamento, IGP, eficiência,
Por que medir?
Fonte: IRAR, 2006
Macromedição e setorização
• Balanço hídrico
• Falta de confiabilidade na medição e controle nos sistemas produtores e distribuidores
• Aumentar a eficiência e redução de custos
• Identificação e localização de vazamentos
• Cobrança pelo uso água: captação e lançamentos
Por que medir?
Macromedição da produção
ETA QAB PROCESSO QAT QAD QAC perdasPor que medir?
Macromedição da adução
-30% -20% -10% 0% 10% 20% 30% D500 mm 500 mmD900 mm 900 mmD2500 mm -30% -20% -10% 0% 10% 20% 30% Medidores eletromagnéticos 300 mmD700 mmVenturi e tubo Dall
300 mmD1050 mm
Macromedidores são confiáveis?
Por que medir?
Fonte: IRAR, 2006
Esgoto
• Balanço hídrico
• Aumentar a eficiência e redução de custos
• Regulação e cobrança pelo
Por que medir?
Estamos assistindo a uma corrida ansiosa na busca de
soluções de medição, de rastreabilidade e de
confiabilidade para a medição de vazão e volume de
água e também de energia.
Stakeholders, investidores,
agências reguladoras,
comitês de bacias, ANA,
INMETRO
INDICADORES DE EFICIÊNCIA
GESTÃO DA MEDIÇÃO
QUAIS SÃO OS CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO
E UTILIZAÇÃO DE MEDIDORES DE VAZÃO
E VOLUME DE ÀGUA?
A seleção é influenciada por uma
expectativa complexa.
E ESGOTO?
SELEÇÃO DE SISTEMA DE MEDIÇÃO
Indústria alimentos, química e petroquímica e processos em geral Indústria da água e saneamento básico
TIPOS BÁSICOS DE MEDIÇÃO DE VAZÃO
derivados Indústria do Petróleo&Gás e derivadosFATORES RELEVANTES PARA A SELEÇÃO DE UM
MEDIDOR DE VAZÃO
Exigências e necessidades da medição
Condições externas ao conduto
Condições internas ao conduto
Local de calibração
Acessórios e instalação
Fatores econômicos
EXIGÊNCIAS E NECESSIDADES DA MEDIÇÃO
Medição em conduto aberto ou fechado?
Determinação da vazão ou do volume de fluido escoado?
Monitoração de um processo contínuo ou em bateladas?
Qual é a faixa de vazão do fluido no processo (3:1, 10:1 etc)?
A medição busca atender a um requisito legal ou de processo?
Qual é o nível de incerteza exigido para a medição?
Qual a repetitividade (a curto ou longo prazo)?
Qual a vida útil e manutenção desejada?
A perda de carga (gasto de energia) é importante?
Como deve ocorrer a transmissão de sinal (analógica ou digital)?
Quais as fontes de alimentação (bateria, VAC, solar etc.)?
Ajustes na calibração (é possível? se permite?)
CONDIÇÕES EXTERNAS AO CONDUTO
Acessibilidade para inspeção, manutenção, calibração etc.
Atmosferas hostis são geralmente corrosivas, afetando
partes vitais de medidores, contatos elétricos, circuitos e
componentes.
Efeitos de campos elétricos e magnéticos sobre circuitos
elétricos e eletrônicos, fruto de fontes de alimentação, rádio
comunicadores, celular, etc.
A prova de água: primários (normalmente o são) e
secundários (nem sempre).
Possibilidade de uma eventual imersão: medidores com
partes elétricas expostas instalados em zonas passíveis de
inundação.
CONDIÇÕES INTERNAS AO CONDUTO
Propriedade do fluido
Perfil do escoamento
Efeito rotacional do escoamento
Protuberâncias e incrustações
O diâmetro interno da tubulação
Ruído hidrodinâmico (turbulências, vórtices ou ondas de choque).
Pulsações do escoamento (sinal periódico ou não).
Escoamentos bidirecionais exigem medidores bidirecionais.
FATORES QUE INFLUENCIAM UMA MEDIÇÃO
EFEITO DE UMA VÁLVULA BORBOLETA
FATORES QUE INFLUENCIAM UMA MEDIÇÃO
EFEITO DE UMA CURVA DE 90°
Mínimo 5
D
Mínimo 10 D, mas podem chegar a 100 D
Correção de assimetria dos escoamento: Trechos retos e/ou retificadores de fluxo
As técnicas para “corrigir” perfis de velocidades deformados levam, seguramente, ao aumento dos custos de projeto, implantação e também de energia. Deve-se avaliar os ganhos e perdas ao adotar esta prática.
LOCAL DE CALIBRAÇÃO
Calibração do medidor em laboratório (
sempre que possível
):
estabilidade da vazão
perfil de velocidades adequado
conhecimento das propriedades e da pureza do fluido
processo de curta duração
Calibração do medidor no local de operação:
as condições internas e externas tendem a variar
o perfil de velocidades é afetado pelas singularidades
pode ocorrer uma deterioração a longo prazo
Uma decisão sobre investir em um medidor não deve se restringir a seu preço de compra.
Não é fácil avaliar e ponderar cada um dos itens em termos monetários.
PERDAS • depreciação • custo de instalação • custo de manutenção necessidade de recalibração (1 ano?) • necessidade de alimentação • perda de carga permanente GANHOS
• maior eficiência na operação • redução de custos no processo
(LCC)
• maior segurança
• melhor exatidão na medição • atendimento a requisitos
estatutários
A BUSCA DO MEDIDOR IDEAL (Que não existe!)
Uma relação de características desejáveis incluem:
• baixo custo de aquisição • boa exatidão
• uma faixa de medição ampla
• insensibilidade a perfis de escoamento, efeitos rotacionais • materiais de construção não corrosíveis e não degradáveis • perda de carga permanente pequena
• disponibilidade em todas as dimensões
• seguro em ambientes de risco e áreas classificadas • resposta rápida a alterações do escoamento
• imunidade a vibrações e a efeitos de escoamento pulsante
• fácil calibração, p.ex., por meio de verificação dimensional ou
handheld
• facilidade de manutenção
PRINCIPAIS MEDIDORES
2
1
1
4
2
4
d
p
C
Q
d
Modelo matemático ISO 5167 v D d p T pTUBO DE VENTURI
v D d p p T
2
1
1
4
2
4
d
p
C
Q
d
Modelo matemático ISO 5167PLACA DE ORIFÍCIO
Vantagens
• Relativamente baratos
• Conhecidos há mais de século
• Resistentes (não tem peças
móveis)
• Não requerem calibração
frequente
• Tem resposta rápida em
escoamentos pulsantes ou intermitentes
• Leitura direta de vazão (controle)
Desvantagens
• Exatidão pobre (da ordem de 2%) • Provocam perda de carga
• Sensíveis ao perfil do escoamento • Faixa de operação limitada (1:3 ou
1:4)
• Depende da qualidade da medida de pressão
• Perda de exatidão com o tempo (incrustações) e desgaste
E=(4 x B)/( x D) x Q
Onde:
E é a força eletromotriz
B é o módulo do campo magnético
D é o diâmetro do tubo
Q é a vazão
Princípio de funcionamento baseado na lei de Faraday
Medição de fluidos condutores
Primeiros medidores apareceram no início dos anos 60
MEDIDOR DE VAZÃO DO TIPO
ELETROMAGNÉTICO
Vantagens
• Medidor de tecnologia bem
desenvolvida e confiável
• Perda de carga desprezível e sem
partes móveis
• Boa faixa de operação (10 até
100:1)
• Diâmetros entre 1/10” até 80”
• Repetibilidade ±0,1% da leitura
até ±2,0% do FS (fundo de escala)
• Bom tempo de resposta > 0,2
segundos
• Opera com escoamento
bidirecional
Desvantagens
• Interferência de ruídos de fontes eletromagnéticas e da rede
elétrica (necessita aterramento) • Medidor altamente suscetível ao
perfil de velocidades
• Exige trechos retos: >10D a montante e >5D a jusante
• Exige calibrações sistemáticas • Fluidos condutibilidade elétrica
entre 0,05 até 20 mS/cm • Problemas com eletrodos
MEDIDOR DE VAZÃO DO TIPO
Medição de água bruta, tub. 2,5 m de diâmetro,
vazão 18 m³/s.
Entrada de reservatório, tub. 1,5 m de diâmetro, vazão 4
m³/s
MEDIDOR DE VAZÃO DO TIPO
Pás do rotor Mancais do rotor Corpo do medidor Pick up
Suportes dos mancais e aletas guia Defletor de jusante Rotor Pick up Defletor de montante Espaçador de jusante
Medidor desenvolvido durante a 2a Guerra Mundial
Normalmente utilizado em medições de grandes vazões
MEDIDOR DE VAZÃO DO TIPO TURBINA DE
INSERÇÃO
O escoamento do fluido provoca a rotação do rotor da turbina
A velocidade angular da pá é proporcional à velocidade do fluido
A rotação da turbina é medida e convertida em velocidade
onde: V = velocidade do fluido
r = raio médio do rotor da turbina
= ângulo entre o eixo do rotor e a roda do parafuso em r
n = número de revoluções por unidade de tempo V = 2
r n cotVantagens
• Medidor com larga faixa de
operação
• Normalmente utilizado em
medições de grandes vazões
• Aplicável em tubulações de 1”a
50”
• Custo relativamente baixo
Desvantagens
• Medidor que incorpora partes
móveis (desgaste). Fluido deve ser limpo
• Sofre influência da temperatura devido à variação da viscosidade do fluido
• Exige calibrações sistemáticas nos respectivos tubos de medição
• Medidor altamente suscetível ao perfil de velocidades
• Exige trechos retos: >10D a montante e > 5D a jusante • Não é padronizado
Taquimétricos (vazões até 30 m³/h)
Woltmann (vazões até 1500 m³/h)
Deslocamento positivo *
São medidores utilizados na
medição doméstica, comercial e industrial de água
TIPOS
Existe classificação por classe
metrológica
* não existe portaria do INMETRO para este tipo de medidor para fins de faturamento de consumo de água
Curva de erro característica
II.
ERRO zona inferior de
erros
zona superior de erros
+5% +2% erros positivos sobre medição 0 -2% erros negativos sub medição Qmin 30 L/h Qtransição 120 L/h (Classe “B”) Qnominal 1500 L/h Qmax 3000 L/h -100 % (Classe “B”) sem
indicação zona de submedição
Vazão
zona de sobre medição
Vantagens
Baixo custo
Fácil manutenção
Faixa de operação de até
280:1
Tecnologia homologada pelo
INMETRO
Desvantagens
Deve trabalhar com água
limpa
Medidor que incorpora partes
móveis (desgaste)
Exatidão inferior com relação
a outros medidores de vazão
Perda de carga pode chegar a
10 mca na vazão máxima
Efeito Doppler
f1 f2
V
f1 - f2 = 1/t1 - 1/t2 = 2 V f1 cos/a a = velocidade do som no meioV = velocidade do fluido
f1 = frequência de transmissão f2 = frequência de recepção = ângulo de incidência
RT
a
MEDIDOR DE VAZÃO ULTRASSÔNICO
Tempo de Trânsito
a1 = a + V cos = L/t1
a1, t1 = veloc. e tempo de propagação do som de A para B
a2, t2 = veloc. e tempo de propagação do som de B para A
a = velocidade do som no fluido estacionário V = velocidade do fluido (V << a) = ângulo de incidência a2 = a - V cos = L/ t2 V L V V A B V = L /(2 cos) ·(1/t1 - 1/t2)
MEDIDOR DE VAZÃO ULTRASSÔNICO
Tipo Tempo de Trânsito entre flanges
MEDIDOR DE VAZÃO ULTRASSÔNICO
Nova tecnologia de medição homologada pelo INMETRO, mas ainda inacessível para o setor de
Montagem de medidor tipo tempo de trânsito Clamp-on
Tipo Tempo de Trânsito sensor molhado
Montado em carga
Vantagens
• Similar aos medidores
eletromag-néticos, com exceção do tipo por efeito Doppler que possui
problemas de repetitividade e reprodutilidade
• Fácil montagem (tipo
Clamp On
)• Custo praticamente independe do
diâmetro da tubulação
• Não necessita parar o escoamento
na montagem
Desvantagens
• Ruídos da válvula reguladora podem afetar a operação
• Medidor altamente suscetível ao perfil de velocidades
• Exige trechos retos: >20D a montante e > 5D a jusante
• Exige calibrações sistemáticas
• Custo elevado
• Tecnologia relativamente recente que exige treinamento e
conhecimento
p
K
m
m
Nomes comerciais: Annubar, Sonda 4, Pitot proporcional...p
K
Q
MEDIDOR DE VAZÃO TIPO MULTIFUROS
Desvantagens
• Medidor altamente suscetível ao perfil de velocidades;
• Exige trechos retos: >10D a montante e > 5D a jusante;
• Exatidão pobre (da ordem de 2%) • Range limitado;
• Depende da qualidade da medida de pressão;
• Perda de exatidão com o tempo (incrustações e risco de
entupimento).
Vantagens
• Baixo custo de instalação;
• Baixa perda de carga;
• Disponível para diâmetros de 1”
até 80”;
• Pode operar com líquidos, gás ou
vapor d’água.
Medição de água bruta, tubulação de 2 m de diâmetro, vazão de 7,5 m³/s Medição industrial, tubulação de 200 mm de diâmetro
MEDIDOR DE VAZÃO TIPO MULTIFUROS
Medição de nível ultras-sônica Calha Parshall e Vertedouros
MEDIDOR DE VAZÃO CANAL ABERTO
Antigas tecnologias de medição: acessíveis, existe normalização, sem aprovação de modelo e vulneráveis a
Critério fundamental A exatidão (incerteza) do sistema de medição deve ser adequada à aplicação em particular. Critérios importantes: Confiabilidade do sistema de medição Facilidade de manutenção Conectividade aos sistemas de automação e TI
SELEÇÃO DE SISTEMA DE MEDIÇÃO
Critérios legais (em breve): RTM – Regulamento Técnico Metrológico – INMETRO Padronização de faixa de operação e erros admissíveis para pequenos e grandes medidores de água (OIML R49)PROJETO DE SISTEMAS DE MEDIÇÃO
MEDIDORES ELETROMAGNÉTICOS
Garantia do Preenchimento Completo Verificação do Perfil de Velocidade Conexão à tubulação Projeto do Abrigo
Ensaio de
Aceitação
Elemento Primário Escolha do Local de Instalação Posicionamento frente às singularidades Dimensionamento Escolha do Local de Instalação Projeto do Abrigo Elemento SecundárioPROJETO DE ESTAÇÃO DE MACROMEDIÇÃO
TRAVERSE VERTICAL
TRAVERSE HORIZONTAL
45° 45°
Desejável
Opção alternativa
PROJETO DE ESTAÇÃO DE MACROMEDIÇÃO
instalações adequadas e inadequadas de elementos primários
tub med med oper oper D V V Q
Qmax, min, max, min, int
Escolher este ponto e reiniciar o processo 2 int min min . . 4 tub oper oper D Q V oper oper cal V Q D min min int . . 4
Existe outro ponto da tubulação com diâmetro
maior 2 int max max . . 4 cal oper cal DN Q V 2 int max max . . 4 tub oper oper D Q V oper oper cal V Q D max max int . . 4 2 int min min . . 4 cal oper cal DN Q V med cal V Vmax max med oper V Vmax max med cal V Vmin min cal med DN
DN DNmedDNtub DNmedDNcal
med
DN
A faixa de consumo ultrapassa a faixa do medidor. Escolher outro
medidor med med oper oper V V Q Q max min max min A faixa de consumo ultrapassa a faixa do medidor. Escolher outro
medidor med med oper oper V V Q Q max min max min Não Sim Não Sim Não Não Sim Sim Sim Não med oper V Vmin min
Parâmetros
tub med med oper operD
V
V
Q
Q
max,
min,
max,
min,
intmed
DN
PROJETO DE ESTAÇÃO DE MACROMEDIÇÃO
SECUNDÁRIO DE MEDIDORES
em painel em ambiente
PROJETO DE ESTAÇÃO DE MACROMEDIÇÃO
MEDIDOR ELETROMAGNÉTICO
Elemento secundário totalização de volume Alimentação estação pitométrica Medidor Calibração do conjuntosensor, cabo e indicador
cuidados com conversores A/D
lead
pitot pressure taps
Tomadas de pressão total e de esteira
PROJETO DE ESTAÇÃO DE MACROMEDIÇÃO
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0 1.1 0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 0.70 0.80 0.90 1.00 u/V c y/D 0,22 m³/s 0,31 m³/s 0,37 m³/s 0,43 m³/s 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0 1.1 0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 0.70 0.80 0.90 1.00 u/V c y/D 0,905 m³/s 1,05 m³/s 1,29 m³/s 1,44 m³/s 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0 1.1 1.2 0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 0.70 0.80 0.90 1.00 u/V c y/D 0.45 m³/s 0.63 m³/s 0.84 m³/s 1.07 m³/s PERFIS DE VELOCIDADES ADIMENSIONAIS
DESEJÁVEL
NÃO DESEJÁVEL
PROJETO DE ESTAÇÃO DE MACROMEDIÇÃO
Resultado esperado
aplicação
erro admissível (*)incerteza expandida da medição com tubo de
Pitot Cole
transferência de custódia ± 2 % 3 %
transferência interna ± 3 % 4 %
controle operacional ± 5 % 5 %
REAVALIAÇÃO
periodicidade (6 meses, 1 ano, 2 anos, etc)?
carta de controle metrológico para cada medidor
PROJETO DE ESTAÇÃO DE MACROMEDIÇÃO
ENSAIO DE ACEITAÇÃO
Estimativa da incerteza em medição de vazão
• O termo “INCERTEZA”
– Significa “DÚVIDA” ou falta de conhecimento
– é um termo QUANTITATIVO (no passado era qualitativo)
• INCERTEZA DE MEDIÇÃO
– DÚVIDA a cerca da validade do resultado de uma medição,
porém deve ser QUANTIFICADA para reduzir o aspecto
subjetivo da palavra.
– VIM (3.9) ‐ Vocabulário Internacional de Metrologia
Parâmetro, associado ao resultado de uma medição, que
caracteriza (e quantifica) a dispersão dos valores que
poderiam ser razoavelmente atribuídos ao mensurando
(grandeza submetida à medição: Vazão, volume, etc)
Valor verdadeiro e o médio Valor Valorverdadeiro médio Medição Medição EXATO Incerteza baixa e erro zero NÃO EXATO Incerteza baixa e erro elevado
Valor verdadeiro e o médio Valor Valorverdadeiro médio
Medição Medição NÃO EXATO Incerteza alta e erro zero NÃO EXATO Incerteza e ero são elevados
Hoje?
META
curto prazo
META
médio prazo
META
longo prazo
Estimativa da incerteza em medição de vazão
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x xxAntigas tecnologias com nova “roupagem”? Velhos problemas?
Não existe normalização e sem aprovação de modelo
Telemetria de macromedidores e
equipamentos
Sistema integrado
. . . .
SISTEMA INTEGRADO
Níveis de automação
Nível Local Descrição
1 Empresarial Sistema informatizado corporativo Gestão comercial 2 Planta / Processo Gestão da produção Gestão da distribuição CCO 3 Sistema ou célula Grupo de equipamentos Comando centralizado Engenharia e manutenção 4 Equipamento Unidade de tarefa 5 Elemento / Medidor Sensores, atuadores, alarmes Fluxo de dados entre os níveis
GANHOS DA AUTOMAÇÃO
• Gestão integrada e on‐line
• Ferramentas de apoio à tomada de decisão
• Geração de indicadores de desempenho (on‐line)
• BI (Inteligência empresarial)
• Conectividade
• Robustez
• Asset management (Gestão da manutenção e
calibração)
• Gestão do conhecimento
• CONFIABILIDADE
NILSON MASSAMI TAIRA nmtaira@ipt.br
Centro de Metrologia Mecânica, Elétrica e de Fluidos – CTMetro
Salvador e Recife, 02 e 03 de março de 2017