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Resposta ao Oficio N 030/2017/ADUFG SINDICATO. Chapa 2 UFG Plural

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Resposta ao Oficio N° 030/2017/ADUFG SINDICATO

Chapa 2 UFG Plural

A Chapa 2 – UFG Plural (ver www.ufgplural.com.br), composta pelos professores Luiz Mello e José Alexandre, agradece à diretoria da ADUFG pelo envio de uma pauta de reivindicações cujo conteúdo, em grande medida, espelha os nossos próprios anseios e vocaliza demandas que também são nossas. Antes de candidatos à reitoria, nós dois somos docentes e, assim, também são nossas as lutas e os clamores em favor da valorização e do respeito ao magistério superior.

A nossa chapa se ancora no princípio do pluralismo e adotamos como lema a “liberdade para pensar e para criar”. Sabemos que nenhuma sociedade é plural e livre sem sindicatos autônomos, fortes, respeitados e independentes. O alvorecer das democracias e dos regimes constitucionais orientados pelo respeito aos direitos humanos sempre coincidiu com a mais ampla e intensa atuação das organizações sindicais. Por outro lado, governos autoritários, regimes de exceção e estados dizimados pela onda neoliberal guardam em comum a perseguição e o desrespeito à livre associação sindical dos/as trabalhadores/as.

Em nossa gestão, portanto, o respeito à independência da ADUFG e o prioritário diálogo com as demandas dos/as docentes que são vocalizadas pelo sindicato será uma questão de princípio e um fundamento primordial da nossa atuação, desde o primeiro até o último dia dos nossos mandatos. É sob esta premissa que temos a honra de posicionarmo-nos em relação ao texto encaminhado às chapas concorrentes à Reitoria da UFG para o próximo quadriênio. Recebam, abaixo, as nossas considerações que, antes de ideias fechadas ou de conclusões peremptórias, encerram apenas os primeiros elementos para a profícua e democrática interlocução que ora se inicia.

Sabemos que, infelizmente, o princípio da autonomia universitária, assegurado no artigo 207 da Constituição da República, não possui a dimensão e o alcance que lhe seriam devidos. Assim, invariavelmente as gestões de universidades federais encontram-se limitadas em sua competência administrativa para solucionar os problemas que afligem as respectivas comunidades. É por isso que, antes de tudo, comprometemo-nos em atuarmos de

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modo protagonístico e proativo em âmbitos como a ANDIFES e os espaços institucionais, com vistas à efetiva realização da autonomia da UFG.

Os candidatos da Chapa 2 - UFG Plural, conjugam respeitabilidade em âmbito nacional, capacidade de articulação política e independência em relação a partidos ou facções que os capacitam a agirem em defesa dos direitos e demandas docentes não apenas em plano local, mas nos principais fóruns e âmbitos decisórios do país.

Ademais, comprometemo-nos com a realização, no primeiro ano da nossa gestão, de uma semana dedicada à “1a Conferência Interinstitucional de Gestão Universitária”. Nesta ocasião, esperamos propiciar um espaço de interlocução formal entre entidades representativas da comunidade acadêmica (ADUFG, SINT-IFES, DCE e outros), gestores/as da UFG, representantes dos órgãos de controle (TCU, CGU e MPF), representantes da administração pública centralizada da União (MEC e MPOG) e da Procuradoria Federal. O objetivo é firmar um protocolo de procedimentos que permita o atendimento de demandas como as que constam nos 15 tópicos da carta elaborada pela ADUFG, de tal maneira que os direitos dos/as docentes, TAs, e estudantes sejam obedecidos e que, igualmente, supere-se o cenário de entendimentos díspares entre perfilamentos distintos da burocracia federal.

Antes disso, respeitados os limites da competência administrativa da reitoria, a nossa chapa possui entendimentos em relação aos pontos apresentados pela ADUFG e, submetidos às fronteiras daquilo que a legislação e os órgãos de controle nos oportunizam, procuraremos atuar nos termos abaixo pormenorizados.

1) Retroatividade de progressões e promoções: A universidade adota entendimento que o marco inicial para contagem da progressão e promoção deve ser a data do requerimento [requisito criado por resolução do CONSUNI que não é amparada pela Lei nº 12.772]. Tal entendimento gera dois prejuízos ao professor. O primeiro é o financeiro imediato, posto que só se pagará retroativamente os valores devidos até a data do requerimento formulado pelo docente e não quando o mesmo preencheu os requisitos. O segundo problema é que todas as progressões e promoções que vierem na sequência, terão como marco de data inicial o requerimento formulado na progressão anterior, o que gera severos prejuízos aos professores e professoras.

A ADUFG e os/as docentes têm razão ao afirmarem que os direitos de natureza público-subjetiva assegurados na Lei 12.772 não podem ser objeto de regulamentação que restrinja

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ou prejudique o respectivo alcance. A nossa gestão pretende encaminhar ao CONSUNI uma proposta de resolução que vise a adequar os pedidos de progressões e promoções à legislação, de modo que não remanesçam prazos ou requisitos não dispostos em lei e, com efeito, atenda-se integralmente à proposta que a ADUFG formula no primeiro tópico do documento apresentado aos candidatos à reitoria. Entendemos, sobretudo, que a administração pública deve aplicar e regulamentar comandos normativos sob rígido e inarredável cumprimento do princípio da legalidade, garantido nos arts. 5o e 37 da Constituição, o que implica o dever de não violar a extensão das conquistas do magistério superior por meio de instrumentos reguladores infralegais. Quanto às progressões e promoções já ocorridas sob a atual sistemática, sabemos que foi exarada sentença judicial em favor dos docentes, no contexto de um mandado de segurança coletivo impetrado pela ADUFG. Acaso eleitos, envidaremos todos os esforços, nos limites de nossas atribuições, para que a decisão, tão logo transite em julgado, seja cumprida de modo efetivo e célere.

2. Exercícios anteriores: pela concessão atrasada de progressões, promoções, abono permanência ou outros direitos que implicam em pagamento de valores retroativos, tais montantes, quando devidos em anos anteriores ao do reconhecimento do direito, são reconhecidos como exercício anteriores, mas não têm sido pagos por falta de dotação orçamentária.

Este é um tema que elucida o modo como, historicamente, as Universidades Federais não têm a sua autonomia constitucional devidamente respeitada pelo Poder Público. Ora, se a Constituição é clara ao predicar o âmbito da “gestão financeira e patrimonial” como uma das dimensões da autonomia assegurada no art. 207 da Constituição, então deveria haver condições de se resolver temas como o do pagamento das despesas atinentes a exercícios anteriores segundo normativas e procedimentos definidos internamente. Ocorre, contudo, que o Poder Executivo da União não se comporta desta maneira. Assim, uma necessária medida em nossa gestão será a de diligenciar, a partir da ANDIFES, uma nova pactuação da autonomia das Universidades Federais, para que a nossa gestão financeira possa, efetivamente, lidar com temas como o desta questão.

De modo mais específico e até que as soluções estruturais - pelas quais nos empenharemos abnegadamente - não ocorram, provocaremos os órgãos de controle e a

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Procuradoria Federal formalmente, com o escopo de obtermos respaldo para agirmos em conformidade com o direito que, com justiça e correção, a ADUFG pleiteia. Ademais, procuraremos os meios técnicos junto à SEGEP/MPOG para que seja cumprido, de imediato, Art. 10 da Portaria SEGEP/SOF 02/2012, de tal ordem que os valores que alcancem até R$ 5.000,00 sejam adimplidos, independentemente de recursos orçamentários.

3. Concessão de insalubridade: A concessão de insalubridade para os servidores não tem sido feito da forma como manda a Lei, seja por conta do número reduzido de profissionais para fazer a avaliação in loco, seja por estes profissionais entenderem que é necessária uma análise quantitativa da exposição e a UFG não dispor dos equipamentos necessários para realização de tal avaliação. Enquanto isso, professores ficam submetidos a trabalho em condição insalubre sem receber a contraprestação devida e necessária e outros, que recebem, são classificados em grau menor ao que deveriam receber.

A solução desta demanda, que historicamente acomete os/as trabalhadores/as do magistério superior, será uma prioridade em nossa gestão. O direito à percepção dos adicionais garantidos nos arts. 68 a 70 da Lei 8.112, em régio respeito aos níveis referidos no art. 5o da ON-SEGEP-MPOG 06/2013 não é um favor, mas um dever da administração pública. Ao assumirmos a reitoria, faremos uma minuciosa aferição das nossas condições para realização das avaliações de insalubridade. Acaso, de fato, não exista estrutura em nossos quadros e equipamentos suficiente para a implementação satisfatória dessa tarefa, procuraremos outros caminhos, tais como a celebração de convênios ou parcerias que permitam a realização de laudos por terceiros, sob supervisão de profissionais da UFG, segundo a disciplina do parágrafo 1o do art. 10 da ON-SEGEP-MPOG 06/2013.

4. Conversão do tempo de trabalho insalubre em tempo de trabalho comum: tal conversão seria importantíssima para que os professores expostos a anos de trabalho insalubre pudessem aumentar o tempo de contribuição e se aposentar antes dos demais servidores que não são expostos.

A Chapa UFG Plural, nas pessoas dos seus candidatos, concorda com a tese, já afirmada genericamente na Súmula 33 do STF, de que, à míngua de uma Lei Complementar que regulamente o tema, aplicam-se as disposições do regime previdenciário geral para os servidores públicos, o que inclui, portanto, a conversão do tempo de trabalho insalubre para fins de aposentadoria. Sabemos, entretanto, que esta questão específica encontra-se em fase

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de julgamento no STF, nos autos do RE 1.014.286, cuja repercussão geral fora deferida em maio de 2017. Assim, a nossa gestão – como toda a administração pública dos poderes executivo, legislativo e judiciário – ficará atada ao que for decidido nessa ação judicial. Isto não significa que ficaremos inertes, contudo. Proporemos à Andifes que se habilite como amicus curiae, na ação, para que as nossas razões em favor dos direitos do pessoal docente sejam levadas formal e oficialmente ao conhecimento dos Ministros do STF e possam influenciar os respectivos juízos sobre o tema.

5. Diferenciação entre o pagamento realizado aos Diretores de Unidade e Chefe de Unidade Acadêmica Especial. Em que pese as atividades de ensino, pesquisa, extensão, gestão desenvolvidas no âmbito das "Unidades Acadêmicas" e "Unidades Acadêmicas Especiais" serem equivalentes [o trabalho exercido pelos gestores desses organismos - Diretor (Unidade Acadêmica) e Chefe (Unidade Acadêmica Especial) - são equivalentes e bastante assemelhados, como pode ser constatado no regimento da universidade]. O diretor de Unidade Acadêmica recebe uma “CD” e o chefe de Unidade Acadêmica Especial recebe uma “FG”, o que implica em uma enorme diferença remuneratória.

A criação das Unidades Acadêmicas Especiais foi uma solução utilizada no Estatuto atual da UFG para viabilizar a estruturação principalmente das regionais de Jatai, Catalão e Goiás, na ausência de funções de direção. É preciso rever as desigualdades impostas por tal política e avaliar as possíveis soluções. O pleito é pertinente, legítimo e diz respeito à política de valorização das unidades acadêmicas especiais que deverá pautar a nossa gestão. Acaso sejamos eleitos, abriremos um amplo debate com toda a comunidade acadêmica e suas entidades representativas, de modo a redefinirmos, em compasso com os ideais de eficiência na gestão e isonomia no tratamento dos trabalhadores/as, as afetações de funções gratificadas.

6. Progressão Acelerada para egressos de outras IFs. A progressão acelerada deverá ser concedida ao professor que vem de outra IF e deverá ser enquadrado diretamente no cargo que ocupava antes, ou seja, se tal professor era associado 1 na UFBA e entra na UFG por meio de novo concurso, ele não trilhará todo esse caminho de progressões e promoções, ele já entra como associado 1. O Reitor da UFSC já assinou documento possibilitando tal direito.

A progressão acelerada de egressos de outras Instituições Federais é justa e encontra ressonância em uma decisão do Tribunal Regional Federal da 4a Região, quando tal direito

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fora franqueado a um servidor da UFRGS. Sabe-se, todavia, que a Reitoria não consegue adotar essa medida de ofício, em função dos já mencionados limites à interpretação que se tem conferido à autonomia universitária. Na nossa gestão, solicitaremos à Procuradoria Federal e aos órgãos de controle que indiquem os caminhos técnicos para que possamos viabilizar o atendimento desta demanda, com a qual concordamos.

7. Acompanhamento dos atos concessivos de aposentadoria: Encaminhamento de expediente mensal da UFG para o Sindicato informando todos os professores e professoras que se aposentaram no mês, o enquadramento legal da aposentadoria e a data da publicação no DOU.

Esta demanda é justa, pertinente e garante o cumprimento da publicidade administrativa. Assumimos o compromisso de atendê-la.

8. Pagamento integral da RT do aposentado proporcional: alterar o entendimento de que se deve fracionar o VB e a RT, na concessão de aposentadoria proporcional para os professores, devendo ser fracionado apenas o VB e pago a RT de forma integral.

Trata-se de outra reivindicação justa que, contudo, excede as competências administrativas estabelecidas em Lei, Estatuto e Regimento à reitoria da UFG. Isto não nos impedirá de agirmos, no âmbito da Andifes, em favor da respectiva implementação.

9. Isonomia para cursar pós-graduação no município de Goiânia e em outros locais: parece-nos haver uma desproporção ao não ser concedido afastamento para os(as) docentes que cursam pós-graduação em Goiânia nos mesmo termos daqueles que o fazem em outras localidades. Nesse sentido, entende-se que além do docente ser penalizado por não dispor de todo tempo que lhe seria oportunizado se fizesse sua pós em outro município, a comunidade local também é sensivelmente prejudicada, vez que a pesquisa a ser realizada em Goiânia, muitas vezes, não pode ser tão detalhadas e rica como as realizadas nas outras localidades, e que o(a) professor(a) não pode afastar-se nas mesmas condições e dedicará menos tempo ao produto da pós.

A resolução 1286/2014, modificada pela 1404/2016, foi rediscutida na Câmara de Pós-Graduação e Pesquisa da UFG (CSPPG) em 2015/2016, a pedido da ADUFG, especificamente em relação à questão de afastamentos para mestrado e doutorado na própria regional. Nesse sentido de igualdade de condições, diversos pontos devem ser esclarecidos. A CSPPG entendeu que deve haver um estimulo a que os docentes realizem seus cursos em

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outras IES, para ampliar a percepção de universidade e trazer novas parcerias futuras. Por outro lado, entendeu que, se um docente, por quaisquer opções profissionais e pessoais, deseja fazer seu curso na própria UFG, ele possui menos oportunidade de tais mudanças e possibilidades de interação. Ao mesmo tempo, ele tem uma vantagem de não precisar de deslocar e mudar sua rotina, passando também a ter a possibilidade de continuar realizando suas atividades de pesquisa muito próximo ao orientador na própria UFG. Assim, entendeu-se que, no caso de mestrado e doutorado, 6 meentendeu-ses e 1 ano devem entendeu-ser um tempo máximo de afastamento das atividades na instituição, respectivamente, período no qual o nosso docente pode se dedicar aos créditos ou à finalização da dissertação/tese, conforme suas necessidades. Posteriormente a CSPPG entendeu que, se um docente da UFG solicitar a realização de um estágio-sanduiche no Brasil ou no Exterior, esse novo tempo de afastamento pode ser concedido para além do tempo regulamentar de afastamento (ou seja, totalizando 1 ano para o mestrado e 2 anos para o Doutorado), de acordo com o princípio de ampliar as interações com outras instituições.

Assim, nossa compreensão inicial é que atualmente a política para afastamentos dos docentes é justa, considerando o balanço entre as vantagens institucionais de se afastar da UFG para outra IES e as desvantagens institucionais de se qualificar na própria instituição. Entretanto, é possível discutir os seguintes aspectos relativos ao afastamento: 1) Uma vez que a resolução já foi implantada há 3-4 anos, é possível levantar dados e tentar avaliar o desempenho relativo dos docentes que se afastaram em diferentes situações, o que pode, se for o caso, a uma reavaliação da política. Isso está de acordo com os princípios da nossa chapa UFG Plural; 2) A resolução 1286/2014 pode ser repensada em um contexto maior de gestão de pessoas, o que implica mudança no fluxo de processos com maior envolvimento da PRODIRH e o estabelecimento de uma política mais ampla e clara de distribuição de trabalho na UFG. De fato, o pressuposto da restrição do período de afastamento dos docentes que continuam na UFG em seus cursos é que estes teriam suas atividades nas Unidades Acadêmicas reduzidas ao mínimo adequado, de modo que eles pudessem desenvolver sem maiores problemas seu trabalho de dissertação e tese (condição que deveria existir de fato para qualquer docente desenvolver seriamente trabalhos de pesquisa e/ou extensão). Caso haja problemas nesse sentido, toda a política deve ser repensada e integrada de uma forma mais adequada.

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10. Condições de Trabalho. garantir boas condições de trabalho considerando as peculiaridades e especificidades de cada área, tais como: os laboratórios que não obedecem a legislação técnica, a caldeira da Escola de Agronomia que não tem revisão, entre outros. Acolhemos esta demanda e convidamos todos os colegas a lerem o tópico 3.3 do nosso plano de gestão. Ali, inúmeras propostas para a valorização dos/as profissionais e a melhoria das condições de trabalho são apresentadas.

11. Propostas sobre questões ligadas a saúde dos professores e professoras, tais como a ampliação e melhoria do SIASS e do programa Saudavelmente. Sobre a atuação do SIASS, em especial, há a exigência que o professor periciado retorne em momento futuro para receber o laudo pericial, em desrespeito a sua condição de mobilidade reduzida, pois o SIASS não fornece o laudo de imediato, tampouco o entrega a outra pessoa senão o próprio periciado, de forma a desconsiderar a doença que acomete o professor e professora, fato ainda mais agravado por não existir unidades nas Regionais Jataí, Catalão e Cidade de Goiás.

Acolhemos as propostas e, no que tange ao programa “Saudavelmente”, notamos que o nosso plano de gestão, no item 3.3, reflete exatamente a reivindicação da Adufg, ao dispor sobre “Ampliar e fortalecer o Programa “Saudavelmente”, destinado à comunidade interna da UFG. “

12. Projeto de melhoria de funcionamento da ouvidoria/UFG, pois ela funciona de maneira insatisfatória, vez que não há a investigação dos casos, mas o simples repasse das denúncias para a unidade do professor ou que ocorrera o fato. Ademais há uma proteção inconstitucional do anonimato nas denúncias realizadas na ouvidoria, fomentando a utilização do sistema como meio de ameaça e falsas denúncias. A Resolução nº 003/2009 do CONSUNI dispõe que devem constar na denúncia os motivos que a determinou e a identidade do interessado, a qual deverá ser protegida por sigilo, sempre que solicitado, mas não se verifica tal atuação.

O aprimoramento da ouvidoria e de todos os mecanismos institucionais voltados à promoção de um ambiente de trabalho em que a dignidade humana, a probidade e o respeito sejam observados é um compromisso da nossa chapa. No tópico 3.1 do nosso plano de gestão, detalhamos incontáveis medidas que, acreditamos, realizam os mesmos objetivos pressupostos nesta reivindicação da ADUFG.

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13. Posicionamento sobre o processo de avaliação discente/docente

A avaliação dos docentes por discentes deverá ser objeto de abordagem em uma ampla política de avaliação institucional e de pessoal que, em conjunto com a comunidade acadêmica e suas entidades representativas, pretendemos erigir. Quanto a este específico tópico, acreditamos que aprimoramentos quanto à elaboração das questões, qualidade das amostras e impacto nas carreiras (ou seja, consideração desse elemento nos processos de estágio probatório e progressão) merecem discussão, aprofundamento e, eventualmente, retificação.

14. Posicionamento acerca da gerência e da divisão dos recursos financeiros captados através da pós-graduação Latu Sensu e/ou extensão.

A nossa chapa pretende repensar a gestão orçamentária da UFG, com vistas à obtenção do máximo de transparência e eficiência. Isto também diz respeito às receitas correspondentes aos cursos de pós-graduação lato sensu e de extensão. Os detalhamentos do tema serão formulados a partir de uma coordenação cuja criação consta do nosso programa de gestão nos seguintes termos: “é fundamental criar uma nova coordenação de Cursos Lato Sensu, a fim de estabelecer políticas acadêmicas e de gestão para essa modalidade”. De modo geral, não havia, até o início de 2017, segurança jurídica para estabelecer uma política realmente efetiva para a pós-graduação lato sensu. Uma vez que o STF resolveu que é possível realizar cobranças de mensalidade nessa modalidade, a principal função da nova coordenação será discutir amplamente, com as demais pró-reitorias envolvidas (PRPG, PRODIRH e PROAD), bem como com as unidades acadêmicas, qual a política a ser adotada pela UFG. O ponto mais importante é que essa política defina conjunta defina: 1) a questão da participação dos docentes das diferentes unidades nessa modalidade, em termos de dedicação e distribuição de carga horária, respeitando os limites da lei; 2) a participação mais efetiva dos benefícios financeiros gerados pelos cursos, tanto para a UFG como um todo quanto para a unidade acadêmica. Entendemos que já há boas iniciativas nesse sentido, desenvolvidas especialmente na Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas (FACE), e que podem servir de modelo para toda a UFG.

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15. Questão dos professores e professoras das Regionais de Catalão e Jataí, que ingressaram na carreira de magistério superior, através das fundações municipais, sempre atuando na UFG, e após ingressarem através de concurso público na UFG, estão sendo impedidos de se aposentar na forma mais benéfica, em especial as previstas na Emenda Constitucional nº 41/2003 e nº 47/2005, pois não teriam o requisito mínimo de 10 anos na carreira, ao passo que sempre trabalharam nesta carreira e para a UFG.

Esta é uma outra demanda que pressuporá atuação junto ao MEC, ao MPOG e aos órgãos de controle. A nossa gestão envidará esforços, seja por meio da ANDIFES ou diretamente, para viabilizá-la junto a esses órgãos.

Agradecemos mais uma vez a oportunidade de manifestação e estamos certos de que este é o início de uma saudável interação, sempre pautada pela democracia, pelo compromisso comum de valorização da carreira e das condições de trabalho dos/as docentes e por nosso respeito inabalável à autonomia das organizações sindicais.

Com os nossos sinceros agradecimentos,

Luiz Mello de Almeida Neto

Referências

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