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Sistema Tributário e a Federação Brasileira

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Academic year: 2021

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O Sistema Tributário e a

Federação Brasileira

Leonardo de Andrade Costa

• Leonardo de Andrade Costa

• Professor da graduação e Coordenador da Pós-graduação em Direito Tributário da FGV Direito Rio. Mestre em Direito por Harvard Law School/Universidade de São Paulo (USP). Especialista em Contabilidade pela FGV. Graduado em Ciências Econômicas e em Direito pela PUC-Rio. Auditor Fiscal com atuação na área normativa da Superintendência de Tributação e de Receitas Não Tributárias da Secretaria de Estado de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro. Ex- consultor em tributação internacional nos Estados Unidos e professor assistente na University of Florida.

• O Sistema Tributário e a Federação Brasileira. A nova regulamentação do ICMS. A Resolução 13 e seus aspectos conflitivos. A divulgação do preço, conceito de similar nacional e lista CACEX. Os incentivos fiscais e os tratados do Mercosul e do GATT. Government takes e tributação. Os royalties do petróleo.

(2)

 Plano Internacional

 Outubro de 2001 - Conselho Federal da OAB: Brasil Século XXI: O Direito na Era da Globalização. Mercosul, Alca e União Europeia. Painel: A Integração de Mercados e Questões Tributárias

 Fevereiro de 2002- SEFAZ/RJ promoveu o Seminário “O Federalismo Fiscal e o Processo de Integração de mercados no Século XXI: Desafios e perspectivas”.

 Junho de 2002- o Fórum das Federações e o Governo do Estado do Rio Grande do Sul organizaram o seminário “Federalismo Fiscal no Mercosul: desafios da integração regional”

 Setembro de 2004- Criação do Fórum Fiscal dos Estados Brasileiros

 Plano Interno

O Sistema Tributário e a Federação Brasileira

 Quais são as causas?

 Plano Internacional

 Plano Interno

 As Formas de Estado e os Poderes da

República em face da

Análise Combinatória

 A competição pelas bases econômicas de

tributação no contexto das Finanças Públicas e

da

Teoria das Jogos

(3)

 Tipologia reducionista das Formas de Estado:

1) Unitário

- descentralizado administrativamente ou não;

2) Confederado

- se constitui pela associação de vários

Estados independentes e soberanos, com a possibilidade

de secessão;

3) Federado

– Federação é um conceito jurídico-positivo,

que tem origem histórica em um processo de

agregação

ou

de

segregação

,

pressupondo

a

definição

de

competências

tanto no âmbito dos

gastos

como na

vertente das

receitas

.

 Complexidade jurídica

 As Formas de Estado e os Poderes da República em face da

Análise Combinatória

 A competição pelas bases econômicas de tributação no contexto das Finanças Públicas e daTeoria dos Jogos.

 Porquê a adoção da Federação?

 “[...] o Estado Federal é na verdade, forma de

descentralização do poder, de

descentralização geográfica

do poder do Estado. Constitui técnica de governo, mas

presta obséquio, também à liberdade, pois toda a vez que o

poder centraliza-se num órgão ou numa pessoa tende a

tornar-se arbitrário”.

• VELLOSO, Carlos Mário da Silva. Estado Federal e Estados Federados na Constituição brasileira de 1988: do equilíbrio federativo. In: BDA – Boletim de Direito Administrativo, 1993, p.

 Complexidade jurídica

 As Formas de Estado e os Poderes da República em face da

Análise Combinatória

 A competição pelas bases econômicas de tributação no contexto das Finanças Públicas e daTeoria dos Jogos.

O Sistema Tributário e a Federação Brasileira

 “[...] O segundo motivo porque um debate entre prós e os contra seria

estéril é que a descentralização tem sido um imperativo político. Na

maioria dos países, ela teve motivação política. Um país descentralizado

tem menor probabilidade de se tornar uma ditadura do que um

centralizado. Essa é a justificativa principal para a descentralização. É

um motivo muito forte. E que tem implicações econômicas, porque um

pouco de estabilidade política é, com efeito, um pré-requisito para a

eficiência, a estabilização e redistribuição econômicas.”

• PRUD´HOMME, Rémy; SHAH, Anwar. Centralização versus descentralização: o diabo está nos detalhes. In: REZENDE, Fernando; OLIVEIRA, Fabrício Augusto de (Orgs.). Federalismo e Intergração

(4)

 Apesar

dos

múltiplos

arranjos

institucionais

possíveis

(Cooperativo, Competitivo, Integração[ADI 3138], Híbridos),

a

Federação

é um só Estado composto por uma pluralidade de

entes políticos

constitucionalmente

autônomos

(

?

), vinculados

pelo laços federativos contra a monopolização do poder político.

 Consequências:

1. múltiplas ordens jurídicas incidentes no mesmo território;

2. constantes tensõesentre:

a) o imperativo da unidade que congrega e une a nação de um lado com a necessidade de autonomia das partes que compõem o todo íntegro; e

b) os diversos Poderes das diferentes esferas de governo.

O Sistema Tributário e a Federação Brasileira

Conflitos bilateriaisem potencial: Distribuição de funções entre os Poderes

Executivo Legislativo Judiciário

Modelo de Federalismo Fiscal

União

Estado/DF

Municípios Modelo: Estado Unitário

 Complexidade jurídica

 As Formas de Estado e os Poderes da República em face da

Análise Combinatória

 A competição pelas bases econômicas de tributação no contexto das Finanças Públicas e daTeoria dos Jogos.

 Premissa: Conflitos bilaterais

Conflitos em potencial: = 3! =

3

2!  Premissa: Conflitos bilaterais

Premissa HIPOTÉTICA Americana (USA): União + 50 Estados (FederaçãoDual) Conflitos em potencial: 153! = 153 x 152 x 151! = 153 x 152 = 23256 =

11.628

2! (153-2)! 2! 151! 2! 2 Premissas:

 Conflitos bilaterais

 26 Estado + Distrito Federal + União com 3 Poderes (sem contar os conflitos em potencial com Ministérios Públicos e os Tribunais de Contas)

 5.570 Municípios com 2 Poderes 28 x 3 = 84 5570 x 2 = 11.140 n = 11.224 Conflitos em potencial: 11.224! = 11.224 x 11.223 x 11.222! = 11.224 x 11.223 = 2! (11.224-2)! 2! 11.222! 2 = 125.966.952 =

62.983.476

 Premissa: Conflitos bilaterais

Premissa HIPOTÉTICA: União + 26 Estado + Distrito Federal (FederaçãoDual) Conflitos em potencial: 6! = 6 x 5 x 4! = 6x5 = 30 =

15

2! (6-2)! 2! 4! 2! 2  Premissa: Conflitos bilaterais

(5)

 Características que

potencializam

os problemas apontados:

1. Inexistência de clara definição das responsabilidades pela provisão dos bens e serviços públicos – competência pela realização dos gastos - e a disputa pelo “bolo tributário” entre os diversos entes políticos ocasionam o processo de centralização do setor público nacional nas mãos da União

2. A utilização de conceitos jurídicos indeterminados dificulta a precisão do intérprete/aplicador do Direito quanto ao exato sentido constitucional do termo“autonomia federativa”

 e.g. “normas gerais”, “interesse local”, “peculiaridades dos Estados” e etc.

3. Inadequação e complexidade do sistema de transferências obrigatórias 4. Próximo slide (...)

 Complexidade jurídica

 As Formas de Estado e os Poderes da República em face da

Análise Combinatória

 A competição pelas bases econômicas de tributação no contexto das Finanças Públicas e daTeoria dos Jogos.

 Complexidade jurídica

 As Formas de Estado e os Poderes da República em face da

Análise Combinatória

 A competição pelas bases econômicas de tributação no contexto das Finanças Públicas e da Teoria dos Jogos.

O Sistema Tributário e a Federação Brasileira

4. Receitas

patrimoniais,

de

multas

e de

transferências

não são

suficientes para financiar os gastos dos entes subnacionais

5. Os mesmos substratos

econômicos

de incidência de

tributos

seriam partilhados pela União, Estados, DF e Municípios:

a) Renda (Adicional de IR de competência dos Estados/DF)

;

b) Patrimônio

; e

c) Consumo

.

6. Falta de coordenação da política fiscal entre os diferentes níveis

de governo, apesar da

interdependência

(6)

 A Teoria dos Jogos estuda cenários onde existem vários

interessados em otimizar os próprios ganhos, usualmente em

conflito entre si, onde as decisões são

interdependentes

e os

ganhos de cada um dependem da combinação de muitas ações

em cadeia até chegar em um equilíbrio (Nash).

 A tentativa de maximização da utilidade individual, por parte de

cada ente político (racionalismo econômico), leva todos “os

jogadores” a adotar um

comportamento não cooperativo, com

a certeza de que os demais utilizarão a mesma estratégia,

gerando um resultado global muito aquém do possível.

O Sistema Tributário e a Federação Brasileira

Considerações Finais

 A complexidade jurídica decorre da combinação de

múltiplos fatores,

alguns incontornáveis

e

outros que

são consequências de decisões políticas idealistas, as

quais

estimulam,

na

prática,

comportamentos

irracionais sob o ponto de vista da maximização dos

resultados possíveis para o país

.

 Sorteio:

1. Educação

Ambiental:

premissa

inafastável

do

desenvolvimento econômico sustentável.

2. Supremo em Números (FGV Direito Rio): STF O Tribunal da

Federação

(7)

Lançamento do Livro

Educação Ambiental: premissa

inafastável do desenvolvimento

econômico sustentável

no dia 11.04.2014, de

12.00-13.00 hs,

Local: Tribunal de Justiça do

Estado do Rio de Janeiro

(9º andar)

Leonardo de Andrade Costa

Professor da graduação e Coordenador da Pós-graduação em Direito Tributário da FGV Direito Rio. Mestre em Direito por Harvard Law School/Universidade de São Paulo (USP). Auditor Fiscal da Secretaria de Estado de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro.

Referências

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