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IV Simpósio de Ciências da UNESP Dracena. V Encontro de Zootecnia Unesp Dracena

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IV Simpósio de Ciências da UNESP – Dracena V Encontro de Zootecnia – Unesp Dracena

Dracena, 09 a 11 de setembro de 2008.

EFEITO DE DIFERE TES FO TES DE ITROGÊ IO A PRODUÇÃO DE CASULOS DO BICHO-DA-SEDA

EFFECT OF DIFFERE T SOURCES OF ITROGE FERTILIZERS O SILKWORM COCOO PRODUCTIO

Bruna Scaramuzza Rodrigues¹, Gustavo do Valle Polycarpo¹, Reges Heinrichs², Everlon Cid Rigobelo², Leonardo Susumu Takahashi², Urbano dos Santos Ruiz², Daniel

icodemo²

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Alunos de graduação da Faculdade de Zootecnia, UNESP – Dracena,Professores da UNESP – Dracena bruna_scaramuzza@hotmail.com

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi avaliar se a fonte de adubo nitrogenado propicia interfere nos resultados da produção de casulos. Plantas de amoreira das cultivares IZ 56/4, IZ 64, FM SM e FM 86 foram adubadas com uréia, sulfato de amônio, nitrato de amônio, 30, 60 e 90 dias antes da criação do bicho-da-seda. Outras não foram adubadas e fizeram parte do grupo testemunha. Foram obtidos o peso dos casulos cheios e vazios. Os casulos cheios e vazios foram mais pesados quando as amoreiras da cultivar FM SM foram adubadas com sulfato de amônio e nitrato de amônio, respectivamente. Dentre os cultivares utilizados, a uréia proporcionou melhores resultados em IZ 56/4 e FM SM, o sulfato de amônio em FM SM, o nitrato de amônio em IZ 56/4 e FM SM. A ausência de adubação nitrogenada prejudice mais as cultivares IZ 56/4 e FM SM.

Palavras-Chave: adubação nitrogenada, amoreira, produção de casulos. ABSTRACT

The aim of this study was to assess if nitrogen fertilizers applied on a mulberry crop provides different results in the cocoon production. Mulberry plants from cultivars IZ 56/4, IZ 64, SM FM and FM 86 were fertilized with urea, ammonium sulfate and ammonium nitrate, 30, 60 and 90 days before the silkworm production. In the control group, the plants were not fertilized. We obtained the weight of filled and empty cocoons. The filled and empty cocoons were heavier when mulberries from FM SM cultivar were fertilized with ammonium sulfate and ammonium nitrate, respectively. Among the used cultivars, the urea provided better results in IZ 56/4 and FM SM, the ammonium sulfate was the best for FM SM and the ammonium nitrate for IZ 56/4 and FM SM. The absence of nitrogen fertilization provides worst results in IZ 56/4 and FM SM cultivars.

Key Words: nitrogen fertilizer, mulberry, cocoon production. I TRODUÇÃO

A amoreira, alimento do bicho-da-seda, é perene, rústica e possui vida útil de cerca de 20 anos. Suas plantas são de fácil cultivo e de excelente desenvolvimento, mesmo em

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períodos de estiagens prolongadas. No Estado de São Paulo, a fase vegetativa da amoreira ocorre entre meados de agosto e maio, produzindo, em média, 4 kg de folhas por planta, em três colheitas anuais (TINOCO & ALMEIDA, 1992; HANADA & WATANABE, 1986).

A quantidade e qualidade das folhas produzidas pelos cultivares de amoreira são de suma importância na produção de casulos. Quanto maior a produção de folhas por planta, maior poderá ser a quantidade de larvas criadas. A qualidade envolve as características nutricionais, constituindo a premissa básica para a obtenção do bom desempenho produtivo dos animais, sendo necessário considerar-se não só a composição da folha, mas também as características e peculiaridades que determinarão o nível de aproveitamento dos nutrientes disponíveis no alimento (PARRA,1991).

O casulo do Bombyx mori é constituído principalmente de fibroína, sericina e a P25, todos componentes protéicos secretados pela glândula sericígena (HOSSAIN et. al., 2003). Para tecer os casulos de seda, as larvas necessitam de proteína em sua alimentação, obtida nas folhas de amoreira. Segundo Li & Sang (2007) a dieta com folhas que apresentam elevados índices de proteínas e baixos teores de fibras levam ao melhor desenvolvimento biológico das lagartas e conseqüente maior produção de seda. Uma das medidas que são utilizadas para obter uma melhoria na qualidade da alimentação do bicho-da-seda é a adubação das amoreiras com adubos nitrogenados.

O objetivo deste trabalho foi avaliar se a adubação nitrogenada da amoreira com uréia, sulfato de amônio e nitrato de amônio propicia diferentes resultados na produção de casulos.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido na Faculdade de Zootecnia da UNESP, Campus Experimental de Dracena, cujas coordenadas são: latitude 21º 27’37 ”S e longitude 51º33’21” O, em uma altitude de 421m.

Foi utilizado um amoreiral em primeiro ano de produção, com 176 plantas de cada um dos quatro cultivares (IZ64, IZ56/4, FM86, FMSM), plantadas em espaçamento de 3,00 x 1,00 x 0,50 m.

Para a adubação das amoreiras, foi estabelecido um delineamento em blocos casualizados, com quatro blocos e 44 repetições. Foram realizadas três adubações, 30, 60 e 90 dias antes do início da alimentação das larvas, com quantidades iguais de Nitrogênio. Os tratamentos consistiam da utilização de fontes diferentes de nitrogênio aplicadas nos quatro cultivares. Para cada cultivar, nos tratamentos um, dois e três, mensalmente, foram aplicados 12,2 g de uréia, 28,0 g de sulfato de amônio e 18,7 g de nitrato de amônio, respectivamente. No quarto tratamento, testemunha, não foi aplicado qualquer adubo.

A alimentação com folhas oriundas das plantas tratadas foi iniciada no terceiro instar de desenvolvimento das larvas, com seis tratos diários (7h30, 9h30, 11h30, 13h30, 15h30 e 17h30). Cada grupo de 200 lagartas recebeu folhas do mesmo tratamento até o quinto instar. A criação foi realizada num galpão de alvenaria e cobertura de alumínio forrada com PVC. As camas eram de madeira, tinham 1,00 x 2,00 m e ficavam a 1,0 m de altura do chão.

A colheita dos ramos foi realizada diariamente no início da manhã e no final da tarde. Em seguida, eram armazenados em sacos plásticos e umedecidos. Antes de cada trato, as folhas eram retiradas dos caules e quantidades iguais de folhas eram colocadas sobre as larvas dos respectivos tratamentos. As quantidades de folhas fornecidas ao longo da criação foram

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ajustadas em função do consumo de folhas, crescendo gradativamente até o final do último instar.

Terminado o período de alimentação, foi realizado o manejo para o encasulamento com a colocação de bosques tipo taturana sobre a cama de criação e posterior elevação para confecção dos casulos. A colheita ocorreu no oitavo dia após a formação do primeiro casulo, quando se retirou a anafaia. Todos os casulos obtidos, com exceção dos duplos, foram pesados, determinando-se o peso dos casulos cheios. Em seguida, os casulos foram cortados para retirada das crisálidas e espólios e pesados novamente, obtendo-se o peso dos casulos vazios.

O experimento constou de um esquema fatorial com 4 cultivares x 4 fontes de nitrogênio. Para a análise estatística do peso dos casulos cheios e vazios, as médias foram comparadas pelo teste de Tukey, a 5 % de probabilidade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

No cultivar FM SM, a produção de casulos cheios foi maior quando se utilizou sulfato de amônio quando comparado a adubação com uréia e com o tratamento testemunha. Para as outras cultivares, não houve diferença na produção de casulos cheios (Tabela 1 e figura 1). Com a aplicação de uréia, a produção foi maior nas cultivares IZ 56/4 e FM SM. Os casulos oriundos de larvas alimentadas com folhas de amoreira adubadas com sulfato de amônio da cultivar FM SM foram mais pesados que os demais. As cultivares IZ 65/4 e FM SM foram mais beneficiadas que IZ 64 e FM 86 quando se aplicou nitrato de amônio. Dentre as cultivares, a IZ 64 proporcionou os piores resultados quando não se aplicou qualquer adubo.

Analisando-se a produção de casulos vazios, verifica-se nas cultivares IZ 56/4, IZ 64 e FM 86 as fontes de nitrogênio proporcionaram resultados semelhantes. Para FM SM, o nitrato de amônio foi superior a adubação com uréia e, a ausência de adubação proporcionou resultados iguais de produção de casulos vazios que os três tipos de adubo (Tabela 2). Com a uréia, os resultados da IZ 64 foram inferiores aos das outras cultivares. Utilizando sulfato de amônio, os resultados obtidos foram maiores com os cultivares IZ 56/4 e FM SM. O nitrato de amônio proporcionou casulos vazios mais pesados na cultivar FM SM e sem adubação, os casulos menores foram aqueles oriundos de larvas alimentadas com folhas da cultivar IZ 64. Logo após a implantação do amoreiral foi feita uma adubação orgânica no solo, que deve ter fornecido nitrogênio para todas as plantas, inclusive as do tratamento testemunha, possibilitando que os dados desse grupo de amoreiras fossem parecidos aos demais, em função do efeito residual característico desse tipo de adubação.

CO CLUSÃO

Os casulos cheios e vazios foram mais pesados quando as amoreiras da cultivar FM SM foram adubadas com sulfato de amônio e nitrato de amônio, respectimvamente.

Dentre os cultivares utilizados, a uréia proporcionou melhores resultados em IZ 56/4 e FM SM, o sulfato de amônio em FM SM, o nitrato de amônio em IZ 56/4 e FM SM. A ausência de adubação nitrogenada prejudicou mais as cultivares IZ 56/4 e FM SM.

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Dracena, 09 a 11 de setembro de 2008.

REFERÊ CIAS BIBLIOGRÁFICAS

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proteína e energia do bicho-da-seda, nos três ínstares finais da fase larval. Jaboticabal:

Funep, 1993. p5-7

HANADA, Y.; WATANABE, J.K. Manual de criação do bicho-da-seda. Curitiba: Cocamar, 1986. 224p

HOSSAIN, K.S.; OCHI, A.; OOYAMA, E.; MAGOSHI, J.; NEMOTO, N. Dynamic Light

Scattering of ative Silk Fibroin Solution Extracted from Different Parts of the Middle Division of the Silk Gland of the Bombyx mori Silkworm. Biomacromolecules, 2003.

LI, R.; SANG, O. The relationship between quality of mulberry leaves and some

economics characters during the later larval stage. Science of Sericulture, v. 10, 2007.

PARRA, J, R.P. Consumo e utilização de alimentos por insetos. In ROVERI, A.N..

Características produtivas de três cultivares de amoreiras e sua influência na produção de casulos do bicho-da-seda. São Paulo, 1991.p.2-4.

SINGHAL,B.K.;RASAN,M.V.;SARAR,A.;DATTA,R.K.Nutricional disorders of mulberry

(Morus sp). In ERLACHER, C. K..Efeitos dos tratos culturais na produção de amoreira (Morus alba L.) e na produção de casulos de bicho-da-seda (Bombyx mori L.) durante o verão.Jaboticabal: Funep, 2004. p 5.

SUDO, M.; SHO, Y.; OKAJIMA, T. The relation between tha leaf quality at different leaf order an silkworm growth or cocoon quality. In: MURARI, O. Determinação das

necessidades em proteína e energia do bicho-da-seda, nos três ínstares finais da fase larval. Jaboticabal:Funep,1993.p5-7

TAKAHASHI,R.Efeitos dos diferentes tipos de adubação na produção de folhas de

amoreira (Morus alba L.), sua influência no desenvolvimento da glândula sericígena e na produção de casulos do bicho-da-seda (Bombyx mori L.).1988.186f. Tese (Doutorado

em Ciências) – Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 1988. TINOCO, S.T.J.; ALMEIDA, R.A.C. Manual de sericicultura. Campinas: CATI, 1992. 67p. WALDBAUER,G., The consumption and utilization of food by insect. Advance in insect physiology. In JAZEDJE, D. Competição de cinco cultivares de amoreira na produção de

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Dracena, 09 a 11 de setembro de 2008.

Tabela 1: Peso médio (g) dos casulos cheios tecidos por larvas alimentadas com folhas de amoreiras, de quatro cultivares, adubadas com uréia, sulfato de amônio, nitrato de amônio e não adubadas (testemunha).

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Médias seguidas por letras iguais, maiúsculas nas linhas e minúsculas nas colunas, não diferem pelo teste de Tukey (5%).

Tabela 2: Peso médio (g) dos casulos vazios tecidos por larvas alimentadas com folhas de amoreiras, de quatro cultivares, adubadas com uréia, sulfato de amônio, nitrato de amônio e não adubadas (testemunha).

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Médias seguidas por letras iguais, maiúsculas nas linhas e minúsculas nas colunas, não diferem pelo teste de Tukey (5%).

Figura 1: Peso médio dos casulos cheios e vazios tecidos por larvas alimentadas com folhas de amoreiras adubadas com uréia, sulfato de amônio, nitrato de amônio e não adubadas (testemunha).

Adubos

Cultivar Uréia Sulfato de Amônio Nitrato de Amônio Testemunha

IZ 56/4 1,5961 Aa 1,692 Ab 1,652 Aa 1,596 Aa

IZ 64 1,472 Ab 1,467 Ac 1,471 Ab 1,457 Ab

FM SM 1,678 BCa 1,836 Aa 1,777 ABa 1,631 Ca

FM 86 1,566 Aab 1,545 Ac 1,540 Ab 1,583 Aab

Adubos

Cultivar Uréia Sulfato de Amônio Nitrato de Amônio Testemunha

IZ 56/4 0,3572 Aa 0,367 Aa 0,343 Ab 0,342 Ab

IZ 64 0,288 Ab 0,295 Ac 0,317 Ab 0,298 Ac

FM SM 0,353 Ba 0,378 ABa 0,397 Aa 0,373 ABa

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