• Nenhum resultado encontrado

AÇÃO ORDINÁRIA (PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO) Nº /RS AUTOR : CELI KONSGEN REICHOW ADVOGADO : WILLIAM FERREIRA PINTO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "AÇÃO ORDINÁRIA (PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO) Nº /RS AUTOR : CELI KONSGEN REICHOW ADVOGADO : WILLIAM FERREIRA PINTO"

Copied!
5
0
0

Texto

(1)Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Rio Grande do Sul 2ª Vara Federal de Pelotas. AÇÃO ORDINÁRIA (PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO) Nº 5001294-77.2011.404.7110/RS AUTOR ADVOGADO RÉU PERITO. : : : : : : :. CELI KONSGEN REICHOW WILLIAM FERREIRA PINTO ROBERT VEIGA GLASS GETÚLIO JAQUES JÚNIOR INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS RENATO BARBOSA XAVIER RENATO BARBOSA XAVIER. SENTENÇA I) Celi Konsgen Reichow ajuizou a presente ação ordinária contra o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, tendo por objeto o restabelecimento de auxílio-doença e conversão para aposentadoria por invalidez. Para tanto, sustentou que: (a) recebeu o benefício de auxílio-doença em 09.05.2005, sendo cessado pelo INSS em 26.09.2005; (b) sofre de problemas cardíacos e ortopédicos que incapacitam total e permanentemente para o trabalho. Solicitou a antecipação de tutela e o benefício da assistência judiciária gratuita, juntando procuração e documentos. Foi concedido o benefício da AJG e determinada a realização de perícia com médicos cardiologista e traumatologista. Apresentada contestação pelo INSS, sustentando que: (a) deve ser reconhecida a prescrição quinquenal; (b) a perícia médica do INSS concluiu que a autora está apta para o exercício de atividades laborais, sendo apresentados em contraposição apenas atestados médicos produzidos unilateralmente; (c) a perícia médica da Previdência Social detém competência legal para aferir se os segurados estão aptos ou não para o trabalho. Juntou o processo administrativo. Apresentados os laudos periciais, foi indeferido o pedido de nova perícia cardiológica, com apresentação de agravo retido pela autora. Apresentados laudos complementares pelo perito traumatologista, com manifestação das partes, foi deferido o pedido de antecipação de tutela. Vieram, então, os autos conclusos para sentença. É o relatório. Passo a decidir. II) Trata-se de ação em que a autora requer o restabelecimento do benefício de auxílio-doença, com conversão para aposentadoria por invalidez, ante a sua incapacidade total e permanente para o trabalho. Sentença Tipo A 5001294-77.2011.404.7110. .

(2) 

(3)   . [JLM©/JLM] 8211425.V002_1/5. 

(4) 

(5) 

(6) .

(7) Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Rio Grande do Sul 2ª Vara Federal de Pelotas. Com efeito, a medida antecipatória foi deferida no evento 102, com fundamento nos laudos periciais (eventos 51 e 72), que atestam que a autora é portadora de artrose de coluna vertebral na região lombar, e que, por este motivo, apresenta "incapacitação total para suas atividades anteriores ou similares, que demandem esforços físicos leves ou moderados. Poderá exercer atividades que não impliquem em esforços físicos ou levantar pesos.". Após, no laudo complementar (evento 88), referiu que "sua incapacitação é do tipo permanente, definitiva e total ou omniprofissional", posto que não apresenta possibilidade de cura. Logo, possuindo a demandante, além de uma doença cardíaca, artrose de coluna vertebral que a incapacita para o exercício de sua atividade laboral e a limita para outras atividades, entendo que a postulante faz jus a concessão do benefício da aposentadoria por invalidez. Ademais, também não se pode cogitar de reabilitação profissional, na medida em que a autora possui 59 anos de idade e baixo nível de escolaridade, sendo que para as suas atividades laborais registradas nos autos, de faxineira e agricultora, notoriamente são necessários grandes esforços físicos para a sua realização. Neste contexto, deve, então, ser feita, a análise sobre a relação do atual quadro com o benefício anteriormente recebido, na medida em que o INSS alega que o atual problema incapacitante não tem relação com o auxílio-doença deferido pela autarquia. A autora recebeu o benefício de 07.05.2005 a 26.09.2005, por problemas cardiológicos (evento 57, documento 3). No entanto, apenas isto não significa que a demandante já não sofresse dos problemas traumatógicos, importando aos autos se fica configurado que a artrose relatada pelo perito traumatologista já estivesse incapacitando a autora na data em que deixou de receber o auxílio-doença. A respeito, referiu o perito traumatologista (evento 51) que se trata de "patologia de evolução lenta e progressiva", "o início foi no ano de 2005, ocasião em que esteve em benefício previdenciário. O agravamento ou incapacitação ocorreu em 2006". Respondendo à impugnação do INSS, o perito afirmou que, independentemente da patologia cardíaca, que motivou a concessão administrativa do auxílio-doença, "também apresenta artrose de coluna vertebral, com início no ano de 2006", esclarecendo que era aposta esta data de início em razão de exames radiológicos que mostram o aumento dos sintomas dolorosos e incapacitantes. Desta forma, tenho que, embora o perito tenha afirmado que a incapacidade em razão da artrose tenha se iniciado no ano de 2006, é plenamente viável estabelecer-se que na data da cessação do benefício do auxílio-doença, em Sentença Tipo A 5001294-77.2011.404.7110. .

(8) 

(9)   . [JLM©/JLM] 8211425.V002_2/5. 

(10) 

(11) 

(12) .

(13) Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Rio Grande do Sul 2ª Vara Federal de Pelotas. 26.09.2005, ainda estava a demandante incapacitada para o trabalho, embora que por motivo diverso daquele que havia originado o benefício de auxílio-doença. Deve-se ressaltar que, tratando-se de eventos acontecidos há anos passados, é possível ao perito efetuar apenas uma estimativa aproximada da data em que ocorreu o início da moléstia, cabendo então ao Juízo, na análise conjugada com os demais elementos dos autos, estabelecer a relação concreta do atual quadro clínico com o benefício administrativo anteriormente concedido. Ademais, é de se registrar que não consta que a autora tenha sido periciada pelo INSS em 26.09.2005, sendo esta data de cessação previamente designada em exame realizado um mês antes. Assim, sequer a própria autarquia tem elementos para afirmar que, na data de cancelamento do auxílio-doença, não estivesse a autora com moléstia incapacitante diversa da anterior. Desta forma, deve ser reativado o benefício de auxílio-doença cancelado em 26.09.2005, devendo ser convertido em aposentadoria por invalidez em 13.06.2011, data da elaboração do laudo do perito traumatologista (evento 51) e primeira oportunidade em que fica configurada a impossibilidade fática de recuperação da autora para o trabalho. Tem a demandante, ainda, direito às parcelas pretéritas, com correção pelo IGP-DI, conforme remansosa jurisprudência, desde a data do vencimento, até 26.12.2006, e, desde 27.12.2006, data da publicação da Lei nº 11.430/2006, até 29.06.2009 pela variação do INPC, que passou a ser o índice utilizado para o reajustamento dos benefícios previdenciários. A partir de 30.06.2009, no entanto, para fins de atualização monetária e juros haverá a incidência, uma única vez, até o efetivo pagamento, dos índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança, nos termos da nova redação do art. 1º-F da Lei nº 9.494/1997, instituída pela Lei nº 11.960/2009. Saliente-se que é entendimento deste Juízo que a aplicação destes critérios de atualização deve corresponder aos rendimentos da caderneta de poupança, portanto, com capitalização mensal. Com efeito, a aplicação dos índices previstos no dispositivo legal acima referido, ou dos juros estabelecidos para remuneração da poupança, com capitalização anual significaria que a recomposição de débitos judiciais seria mais desfavorável que a própria caderneta de poupança, sabidamente o rendimento de menor rentabilidade. Ora, isto representaria completo desprestígio às decisões judiciais, e conseqüente estímulo não apenas à procrastinação do pagamento das dívidas já reconhecidas na via judicial, como também à própria transgressão dos direitos do Administrado, posto que, sob a ótica meramente financeira, seria vantajoso ao Sentença Tipo A 5001294-77.2011.404.7110. .

(14) 

(15)   . [JLM©/JLM] 8211425.V002_3/5. 

(16) 

(17) 

(18) .

(19) Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Rio Grande do Sul 2ª Vara Federal de Pelotas. Estado negar um direito evidente para que, depois de reconhecido na via judicial, fosse feito o ressarcimento com mínima correção. Ainda, tendo em vista que, a partir da vigência da Lei nº 11.960/2009, a recomposição dos créditos judiciais se dá pela variação dos índices da poupança e que na sistemática anterior os juros moratórios eram devidos apenas a contar da citação, no caso dos autos não há que se falar em fixação de juros para o período precedente a 30.06.2009. Por fim, deve ser confirmada a decisão que deferiu a antecipação de tutela, e reconhecida a prescrição quinquenal, não tendo a demandante direito ao recebimento das parcelas anteriores a 15.04.2006. III) Ante o exposto, confirmo a antecipação de tutela anteriormente concedida e julgo procedente a ação para condenar o INSS a restabelecer em favor da autora o benefício de auxílio-doença cancelado em 26.09.2005, convertendo-se em aposentadoria por invalidez a partir de 13.06.2011. Deverá, ainda, o INSS proceder ao pagamento das parcelas em atraso, com correção monetária, desde o vencimento de cada parcela, pelo IGPDI, até 26.12.2006, e INPC, até 29.06.2009, e a partir de 30.06.2009, para fins de atualização monetária e juros haverá a incidência, uma única vez, até o efetivo pagamento, dos índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança, com capitalização mensal e observada a prescrição quinquenal. Condeno, ainda, o INSS ao pagamento de honorários advocatícios, os quais arbitro em 10% do valor das diferenças devidas até a presente data, com fulcro no art. 20, § 3º do CPC, bem como ao ressarcimento à Seção Judiciária do Rio Grande do Sul dos valores referentes aos honorários periciais (eventos 87 e 101), por meio de RPV, após o trânsito em julgado. Sem custas processuais, nos termos do art. 4º, I, da Lei nº 9.289/1996. Sentença sujeita a reexame necessário. Em homenagem aos princípios da instrumentalidade, celeridade e economia processual, eventuais apelações interpostas pelas partes restarão recebidas no efeito devolutivo, desde que atendidos os requisitos de admissibilidade. Interposto(s) o(s) recursos(s), caberá à Secretaria abrir vista à parte contrária para contra-razões, e, na sequência, remeter os autos ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Sentença Tipo A 5001294-77.2011.404.7110. .

(20) 

(21)   . [JLM©/JLM] 8211425.V002_4/5. 

(22) 

(23) 

(24) .

(25) Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Rio Grande do Sul 2ª Vara Federal de Pelotas. Pelotas, 25 de maio de 2012.. Documento eletrônico assinado por Everson Guimarães Silva, Juiz Federal Substituto, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março de 2010. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico http://www.jfrs.jus.br/processos/verifica.php, mediante o preenchimento do código verificador 8211425v2 e, se solicitado, do código CRC CB077ABD.. Sentença Tipo A 5001294-77.2011.404.7110. .

(26) 

(27)   . [JLM©/JLM] 8211425.V002_5/5. 

(28) 

(29) 

(30) .

(31)

Referências

Documentos relacionados

O prazo para entrega dos produtos será de 10 (dez) dias corridos, contados do recebimento pelo detentor da Ordem de Fornecimento, exceto quando, a critério do IGESDF, for

Proveitos Regulados (€ M) Compensação amort. • A margem bruta da actividade de distribuição em Espanha aumentou 34,1% no período para €34,8M no 1T07, reflectindo: i) um aumento

Segundo os estudos aqui realizados sobre a palatalização dos fonemas  e  no Brasil, a hipótese mais aceita até então para explicar a presença de tal

 Embora não tenha sido observado padrão de zonação das espécies entre borda e interior, a floresta de mangue do estuário inferior apresentou menor desenvolvimento

O Autor é segurado da Previdência Social, e devido a sua incapa- cidade laborativa total e permanente se encontra afastado em benefício previdenciário por

De forma a clarificar esta temática e como não exis- tem estudos sobre a prevalência da fratura dos instrumentos durante os tratamentos endodônticos na populac¸ão portu- guesa,

( ) conversor analógico-digital. O protocolo IP é responsável pelo encaminhamento dos dados pela rede.. 10 - A fim de definir a taxa de transmissão máxima para um canal de

Lasers utilizados em fibras para grande largura de banda, LEDs com pequena largura de banda. Fibras ópticas monomodo utilizadas para grande largura de banda: 10 microns de